Вы находитесь на странице: 1из 10

Índice

Introdução ..................................................................................................................... 1

1. COSTUME INTERNACIONAL .......................................................................... 2

1.1. Conceito do Costume Internacional ................................................................... 2

1.2. Natureza Jurídica ............................................................................................... 2

1.3. Classificações de espécies de costume .............................................................. 4

1.4. Elementos do Costume ...................................................................................... 4

1.5. Princípio da Obrigatoriedade ............................................................................. 5

1.6. Actos estatais e a prova do costume no plano internacional .............................. 6

1.7. Críticas ao costume ............................................................................................ 7

1.8. Extinção do costume .......................................................................................... 7

2. Considerações finais .............................................................................................. 8

3. Bibliografia ............................................................................................................ 9
Introdução
O presente trabalho busca analisar o Costume Internacional como fonte do Direito
Internacional Público, nesta ordem de ideias, os Costumes internacionais são a segunda
grande fonte. Há uma actual tendência de codificação das normas internacionais. Foi a
primeira a aparecer, é, nessa linha, fonte-base anterior a todo Direito das Gentes. Nessa
linha, para que um determinado comportamento omissivo ou comissivo configure
costume internacional, fonte em sentido técnico, deve cumular dois elementos, quais
sejam: 1 – o material ou objetivo (“prova de uma prática geral”); e 2 – o psicológico,
subjetivo ou espiritual (“aceita como sendo o direito”), a "opinio juris". Caso configure
regra aceita como sendo o direito, é uma fonte jurídica, cujo descumprimento é passível
de sanção internacional. Resta cristalino que sua conceituação faz emergir a ideia de uma
prática constante, geral, uniforme e vinculativa. Assim sendo quem alega um costume
tem o ônus de prová-lo.

O Direito Internacional Público, tem vários meios ou modalidade como fonte jurídica que
não estão expressamente ou por escrito, acordadas entre os Estados. A essas fontes
jurídicas dá-se o nome de fontes não convencionais, algumas delas são tão importantes
que podem, dependendo do caso concreto, revogar tratados, o que não é algo incomum
visto que, a Corte Internacional de Justiça já revogou tratados em virtude da fonte não
convencional que será tratada no presente trabalho.

1
1. COSTUME INTERNACIONAL
1.1. Conceito do Costume Internacional

Segundo Pereira (1993), um costume é um modo habitual de agir que se estabelece pela
repetição dos mesmos actos ou por tradição. Trata-se, portanto, de um hábito.

De acordo com Rezek (2014), o costume internacional é uma prática geral aceita como
sendo o direito. Possui elemento material e subjetivo. O elemento material é a própria
prática, ou seja, a repetição, ao longo do tempo, de um determinado modo de proceder,
atuar, diante de um determinado fato. Traduz-se pela repetição de atos, comportamentos
e opiniões, na administração de suas relações externas ou da organização interna, pelos
sujeitos de Direito Internacional.

Mello (1986) diz que a afirmação material de um costume provém de sua prática
constante e efetivamente cumprida. Trata-se da uniformidade e da concordância dos atos
emanados dos sujeitos de Direito Internacional. O segundo elemento, de caráter subjetivo,
é a convicção de que essa forma de agir é a mais justa e necessária (opinio júris).
Manifesta-se pela existência, livremente consentida, ou seja, a convicção do direito ou da
necessidade. Sua obrigatoriedade a distingue das regras de cortesia internacional.

Porém para o autor supra citado o Costume internacional deve espelhar o reconhecimento
generalizado por parte dos Estados e demais sujeitos de DIP de uma determinada pratica
como sendo obrigatória.

Conforme define o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, costume é a


prática geral e aceita como sendo o direito (obrigatória).

Contudo para Miranda (2005), Costume Internacional é o conjunto de normas jurídicas


não escritas observadas nas relações internacionais, com a consciência da sua
obrigatoriedade, pó razoável período de trapo.

1.2. Natureza Jurídica

Nos ensina o professor Silva (2002) que o costume pratica reiterada, tida como
direito – é algo que já é visto no mundo jurídico muito antes da formação da Corte
Internacional de Justiça, na Escola Histórica Alemã por exemplo, onde para eles o
costume era uma pratica reiterada e dotada de convicção, mesmo que não fosse
democrático no historicismo alemão o costume já era considerado de suma importância.

2
Hoje, no Direito Internacional ele é mais considerado como uma fonte jurídica
do que era no século XIX no Historicismo Alemão, e está previsto no Estatuto da Corte
Internacional de Justiça no Artigo 38 onde determina “3. O costume internacional como
prova de uma prática geralmente aceita como direito”.

É reconhecido, não só pela CIJ mas, universalmente pelos Estados e sujeitos de


Direito Internacional. E algumas correntes se formaram sobre a natureza jurídica do
costume no Direito Internacional, uma delas considera a opinio juris sive necessitatis que
é formada a partir do consentimento dos Estados, que consideram o costume representa
o direito. Há uma corrente que diz que o costume não é fonte de direito internacional, é
fonte de direito autônomo, no entanto essa é uma corrente minoritária. A corrente adotada
pela CIJ, é aquela que considera a opinio juris.
O costume pode vir a se tornar um tratado, se o mesmo for reconhecido pelos
Estados, e é importante destacar que não há uma hierarquia entra tratado e costume como
salienta Resek:

Não há desnível hierárquico entre normas costumeiras e normas


convencionais. Um tratado é idôneo para derrogar, entre as partes celebrantes,
certa norma costumeira. (FRANCISCO RESEK, DIREITO INTERACIONAL
PÚLICO:CURSO ELEMENTAR 2014)

O costume tem em Direito Internacional um papel bem maior do que aquele que tem no
domínio do Direito interno.

A ausência de uma autoridade central, a nível mundial, explica-o, em parte. Ainda


hoje há matérias importantíssimas que continuam reguladas principalmente ou quase só
por costume, como responsabilidade internacional e as imunidades dos Estados. O
caminho para a institucionalização não impede a formação de normas consuetudinárias.

O costume internacional não resulta só da prática dos estados nas suas relações
bilaterais ou multilaterais. Resulta também da prática que se desenvolva no interior das
organizações internacionais.

Um caso paradigmático de costume nestas circunstâncias a que vale a pena aludir,


desde já, é o respeitante ao direito de veto dos membros permanentes do Conselho de
Segurança.

3
De harmonia com o art. 27.º, n.º3 da Carta das nações Unidas, as deliberações do
Conselho de Segurança em questões não processuais são tomadas com votos afirmativos
de nove membros. À letra, isto significaria que tanto o voto contrário como a abstenção
equivaleriam a veto. No entanto, desde há muito que se verifica não ser a tomada de
abstenção neste sentido.

1.3. Classificações de espécies de costume

- Olhando ao seu âmbito ou aos destinatários, contrapõe costume geral (obriga todos
os Estados) ou universal e costume particular (aplicável apenas a certo continente).

- Costume local, quase sempre bilateral, relativo a uma área geográfica circunscrita,
como foi o costume consagrador do direito de passagem de autoridades civis portuguesas
entre Damão e os enclaves de Dadrá e Nagar-Aveli. MIRANDA (2005:47)

1.4. Elementos do Costume


Para Accioly (2010), Para que o costume possa ser considerado como tal, é
preciso que seja identificado nele alguns elementos e esses elementos são objetivo ou
material, subjetivo ou espacial.
De acordo com a doutrina, o elemento objetivo é aquele do qual os Estados
tenham determinado como uma pratica corriqueira, ou habitual, durante um determinado
tempo. Essa prática regular não necessariamente precisa ser algo que é feito como, por
exemplo, pedir o passaporte para a entrada do turista no entre dois Estados vizinhos, pode
ser também um ato de omissão como não pedir o passaporte para a entrada do turista entre
esses Estados vizinhos. O tempo, pelo qual essas práticas são realizadas para que possam
ser consideradas como um costume não são determinadas pelo Direito Internacional, uma
vez que a configuração de um costume pode ocorrer tanto em espaço curto de tempo como
em um período longo ou até mesmo histórico de tem, basta que aconteça á tempo
suficiente para que os Estados tenham o considerado um direito.

O elemento subjetivo é caracterizado pela aceitação dos Estados àquela pratica,


uma vez que não há costume se o ato ou ação é pouco relevante ou se a prática for imposta
por meio de força. A ausência da aceitação dos Estados perante determinado ato, não
permite que o mesmo seja considerado ou aceito como costume.

4
Porém, não há uma maneira fixada pelo Direito Internacional que determine ou
não se os Estados aceitam àquela ação, a continuidade da pratica por partes do Estados,
por exemplo, podem configurar um tipo de aceitação. O costume segundo o elemento
subjetivo pode surgir tanto de uma prática repetida a partir de ações simples, ou podem
partir de uma solução para uma certa necessidade.

Alguns doutrinadores veem o elemento subjetivo – parte da aceitação dos


Estados - mais importante, ou usado, no Direito Internacional do que o elemento objetivo
– mais caracterizado pela repetição.

O último, e não menos importante elemento, é o espacial, que determina que o


costume pode ser regional ou universal, sendo ele regional quando apenas um grupo de
Estados o reconhece, e universal quando for reconhecido pela comunidade internacional.
No entanto, não precisa ser aceito por toda a comunidade internacional para ser
considerado um costume geral, baste que uma boa parte dos Estados o reconheçam para
que ele seja determinado como um costume universal. Há algumas práticas entre os
Estados europeus que são exemplo de costume regional pois, são reconhecidos apenas
por alguns Estados Europa e não são reconhecidos entre outros Estados.

1.5. Princípio da Obrigatoriedade

De acordo com o Prof. Miranda (2005), existem duas correntes que tentam justificar a
obrigatoriedade do costume (e de qualquer outra norma internacional): (a) voluntarista ou
consensualista, segundo a qual os Estados vinculam-se aos costumes em razão do seu
consentimento; e (b) objetivista, para a qual o costume configura uma regra objetiva,
exterior e superior às vontades estatais. Há, atualmente, uma tendência da doutrina mais
moderna em filiar-se à corrente objetivista.

Para que se possa considerar existente um costume jurídico internacional, o uso deve ser
contínuo, ou seja, deve consistir numa prática constante dos sujeitos de Direito
Internacional que se encontrem em situação de o aplicar. Geral, quer dizer deve consistir
numa prática comum. Embora não seja de exigir a unanimidade de todos os membros
da sociedade internacional.

- Posição antiga, ligada à doutrina da soberania, tendia a reconduzir o costume ainda


à vontade. O costume seria um pacto tácito: não manifestada a sua vontade em contrário,

5
os Estados ou os sujeitos de Direito Internacional em geral estariam adstritos a cumprir
os deveres decorrentes de normas consuetudinárias (Grócio).

- Jorge Miranda – o costume internacional decompõe-se num elemento material –


o uso – e num elemento psicológico – a convicção de obrigatoriedade.

O uso exige tempo e repetição de comportamentos de diversa natureza (actos


diplomáticos, actos de execução de tratados).
A convicção de obrigatoriedade reporta-se não a qualquer psicologia colectiva, mas
à interpretação funcional e normativa da vontade manifestada por sujeitos de Direito
Internacional ou pelos seus órgãos; e depreende-se, antes de mais, da consideração
objectiva dos actos praticados ou deixados de praticar por esses sujeitos.
As normas jurídicas de origem consuetudinária e as de origem convencional
possuem o mesmo valor jurídico e deve admitir-se, à partida, a possibilidade de recíproca
modificação ou revogação.

Em contrapartida, as normas consuetudinárias encontram-se, também elas,


subordinadas ao jus cogens e com este não se confundem, mesmo as de costume
universal, visto que: 1.º o jus cogens não pode ser modificado ou afectado por normas
consuetudinárias; 2.º o costume postula sempre a prática, o jus cogens impõe-se ainda
quando não haja nenhuma prática, seja no sentido do seu cumprimento, seja noutro
sentido.

1.6. Actos estatais e a prova do costume no plano internacional

A prova de que alguma ação entre Estados é um costume, pode ser por meio de
atos estatais, não só por aqueles que compões a pratica diplomática, mas também nos
textos legais em decisões judiciarias que discorram sobre temas de interesse de direito.

Há a busca pela prova do costume no plano internacional na jurisprudência


internacional, como por exemplo, decisões já proferidas em outros casos da CIJ, podem
servir como auxilio para identificar em outros casos se trata-se de uma norma costumeira
ou não.

6
1.7. Críticas ao costume

O costume é criticado por ser considerado uma forma de


manutenção do status quo contra a vontade dos Estados minoritários. Os
Estados desejosos de mudar o direito internacional ficam – de fato –
paralisados pelos costumes tradicionais.

Devem manter relações internacionais com moldes de regras


antigas, consolidadas pelos costumes, que se manterão inalteráveis, enquanto
os demais Estados negam a realização de tratados contrários aos costumes
consolidados. SOARES (1988, p. 35)

Até mesmo os novos Estados acabam sendo submetidos aos costumes antigos
pois, é imposto á eles pelo Direito Internacional a aceitação desses costumes. Com isso,
novos Estados têm que seguir costumes antigos e isso faz com que haja um freio no
movimento de renovação do Direito Internacional. Isso faz com que o interesse em mudar
o direito aplicável para que ele possa evoluir diminuem. Essa é a grande crítica sobre a
norma costumeira.

1.8. Extinção do costume


Segundo Varella (2012), deixar de ser praticado pelos sujeitos de Direito
Internacional, durante um razoável tempo, é uma das formas pelas quais o costume
pode ser extinguido, quando a pratica não acontece mais corriqueiramente ou quando
é substituída por oura prática que pode chegar a se tornar um novo costume.

Outra maneira de se extinguir um costume é quando o Estado decide


revoga-lo, por meio de um tratado.

7
2. Considerações finais

O costume, é uma fonte não convencional que fortalece as relações entre os


Estado de Direito Internacional e em alguns casos aproximam os Estados politicamente,
por isso a importância do reconhecimento dessa prática, e da utilização da mesma.

Portanto é reconhecido, não só pela CIJ mas, universalmente pelos Estados e


sujeitos de Direito Internacional. E algumas correntes se formaram sobre a natureza
jurídica do costume no Direito Internacional, uma delas considera a opinio juris sive
necessitatis que é formada a partir do consentimento dos Estados, que consideram o
costume representa o direito. Há uma corrente que diz que o costume não é fonte de direito
internacional, é fonte de direito autônomo, no entanto essa é uma corrente minoritária. A
corrente adotada pela CIJ, é aquela que considera a opinio juris.

8
3. Bibliografia

Estatuto da Corte Internacional de Justiça, 1920

ACCIOLY, H. Manual de direito internacional público: São Paulo .2010

ACCIOLY, Hildebrando. Manual de Direito Internacional Público, Ed. Saraiva, 15a


edição, 2002.

MELLO, Celso D. de Albuquerque. Direito Internacional Público, Biblioteca Jurídica


Freitas Bastos, 8a edição, 1986, 2 v.

MIRANDA, JORGE. Curso de Direito Internacional Público, 3ª ed., Principia, Cascais,


2005

PEREIRA, ANDRÉ GONÇALVES/QUADROS, CANUTO FAUSTO DE. Manual de


Direito Internacional Público, 3ª ed., Livraria Almedina, Coimbra, 1993

REZEK, F. Direito internacional público: curso elementar. São Paulo: Saraiva, 2014

SILVA, G.E. do Nascimento;

SOARES, ALBINO DE AZEVEDO. Lições de Direito Internacional Público, 4ª ed.,


Livraria Almedina, Coimbra, 1988

VARELLA, M. D. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2012

Вам также может понравиться