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Clínica
MÓDULO III
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descritos na Bibliografia Consultada.
MÓDULO III
CONCEITO DE SAÚDE
www.usp.br
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bem-viver humano como saneamento básico, lazer e acesso à educação e cultura,
por exemplo.
A OMS reconhece ainda que a cada unidade monetária (dólar, euro, real,
etc.) dispendida em saneamento economiza-se cerca de quatro a cinco unidades em
sistemas de saúde (postos, hospitais, tratamentos, etc.) e que cerca de 80% das
doenças mundiais são causadas por falta de água potável suficiente para atender as
populações. Portanto, a saúde deve ser entendida em sentido mais amplo, como
componente da qualidade de vida. (Wood; Cohen, 2007)
A partir daí, deve-se perguntar: afinal, o que significa esse processo saúde-
doença e quais suas relações com a saúde e com o sistema de serviços de saúde?
Em síntese, em termos da determinação causal, pode-se dizer que ele representa o
conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e
doença de uma população, que se modifica em diversos momentos históricos e do
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desenvolvimento científico da humanidade. Assim, houve a teoria mística sobre a
doença, que os antepassados julgavam como um fenômeno sobrenatural, ou seja,
ela estava além da sua compreensão do mundo, superada posteriormente pela
teoria de que a doença era um fato decorrente das alterações ambientais no meio
físico e concreto que o homem vivia. Em seguida, surge a teoria dos miasmas
(gazes), que vai predominar por muito tempo. Até que, com os estudos de Louis
Pasteur na França, entre outros, vem a prevalecer a “teoria da unicausalidade”, com
a descoberta dos micróbios (vírus e bactérias) e, portanto, do agente etiológico, ou
seja, aquele que causa a doença.
Devido a sua incapacidade e insuficiência para explicar a ocorrência de uma
série de outros agravos à saúde do homem, essa teoria é complementada por uma
série de conhecimentos produzidos pela epidemiologia, que demonstra a
multicausalidade como determinante da doença e não apenas a presença exclusiva
de um agente.
Finalmente, uma série de estudos e conhecimentos provindos
principalmente da epidemiologia social nos meados deste século esclarece melhor a
determinação e a ocorrência das doenças em termos individuais e coletivos. O fato é
que se passa a considerar saúde e doença como estados de um mesmo processo,
composto por fatores biológicos, econômicos, culturais e sociais.
Deve-se ressaltar ainda o recente e acelerado avanço que se observa no
campo da Engenharia Genética e da Biologia Molecular, com suas implicações tanto
na perspectiva da ocorrência como da terapêutica de muitos agravos. Desse modo,
surgiram vários modelos de explicação e compreensão da saúde, da doença e do
processo saúde-doença, como o modelo epidemiológico baseado nos três
componentes: agente, hospedeiro e meio, considerados como fatores causais, que
evoluiu para modelos mais abrangentes, como o do campo de saúde, com o
envolvimento do ambiente (não apenas o ambiente físico), estilo de vida, biologia
humana e sistema-serviço de saúde, numa permanente inter-relação e
interdependência.
Alguns autores questionam esse modelo, ressaltando, por exemplo, que o
“estilo de vida” implicaria uma opção e conduta pessoal voluntária, o que pode não
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ser verdadeiro, pois pode estar condicionado a fatores sociais, culturais, entre
outros. De qualquer modo, o importante é saber e reconhecer essa abrangência e
complexidade causal: saúde e doença não são estadas estanques, isolados, de
causa aleatória – não se está com saúde ou doença por acaso. Há uma
determinação permanente, um processo causal, que se identifica com o modo de
organização da sociedade. Daí se dizer que há uma “produção social da saúde e/ou
da doença”.
Em última instância, como diz Breilh, “o processo saúde-doença constitui
uma expressão particular do processo geral da vida social”. Outro nível de
compreensão que se há de ter em relação ao processo saúde-doença é o conceito
do que é ser ou estar doente ou o que é ser ou estar saudável.
Sem aprofundar as grandes discussões sobre esse tema, que envolvem
entre outras, como base de discussão preliminar e compreensão, as categorias da
“representação dos indivíduos” e a “representação dos profissionais” ou mesmo das
instituições de saúde. Em um sentido mais pragmático pode-se destacar que em
toda população há indivíduos sujeitos a fatores de risco para adoecer com maior ou
menor freqüência e com maior ou menor gravidade. Além do que, há diferenças de
possibilidades entre eles de “produzir condições para sua saúde” e ter acesso aos
cuidados no estado da doença.
Há, portanto, grupos que exigem ações e serviços de natureza e
complexidade variada. Isso significa que o objeto do sistema de saúde deve ser
entendido como as condições de saúde das populações e seus determinantes, ou
seja, o seu processo de saúde-doença. Visando produzir progressivamente
melhores estados e níveis de saúde dos indivíduos e das coletividades, atuando
articulada e integralmente nas prevenções primária, secundária e terciária, com
redução dos riscos de doença, seqüelas e óbito.
Desse modo, há que se compreender outra dimensão, que é aquela que
coloca o processo de intervenção, por meio de um sistema de cuidados para a
saúde, para atender as necessidades, demandas, aspirações individuais e coletivas,
como, um processo técnico, científico e político. É político no sentido de que se
refere a valores, interesses, aspirações e relações sociais e envolve a capacidade
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de identificar e privilegiar as necessidades de saúde individuais e coletivas.
Resultantes daquele complexo processo de determinação e acumular força e poder
para nele intervir, incluindo a alocação e garantia de utilização dos recursos
necessários para essa intervenção.
É técnico e científico no sentido de que esse saber e esse fazer em relação
à saúde-doença da população não devem ser empíricos, mas podem e devem ser
instrumentalizados pelo conhecimento científico e desenvolvimento tecnológico, pelo
avanço e progresso da ciência.
Portanto, o saber e o fazer em relação à saúde da população mediante um
sistema de saúde é uma tarefa que implica a concorrência de várias disciplinas do
conhecimento humano. E a ação das diversas profissões da área de saúde, bem
como ação articulada entre os diversos setores, que é requerimento para a produção
de saúde.
E aquela dimensão política inerente a esse processo social remete para a
necessidade de satisfazer outro requerimento, próprio dos processos políticos
democráticos, que é a participação social, ou seja, a participação ativa da população
na formulação, desenvolvimento e acompanhamento das políticas e dos sistemas de
saúde. Que hoje, no Sistema Único de Saúde (SUS), está minimamente
estabelecida nos conselhos de saúde (nacional, estadual e municipal) e
conferências de saúde.
SAÚDE MENTAL
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http://s.socialesaude.zip.net/
DEFICIÊNCIA MENTAL
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http://www.gazetadelimeira.com.br/jornaldamulher
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Acostumamos a pensar na Deficiência Mental como uma condição em si
mesma, um estado patológico bem definido. Entretanto, na grande maioria das
vezes a Deficiência Mental é uma condição mental relativa.
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habilidades adaptativas: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais,
utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades escolares, administração
do ócio e trabalho. Para o diagnóstico é imprescindível que a Deficiência Mental se
manifeste antes dos 18 anos. As áreas de necessidades dos deficientes devem ser
determinadas através de avaliações neurológicas, psiquiátricas, sociais e clínicas e
nunca numa única abordagem de diagnóstico.
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Ainda baseada na capacidade funcional e adaptativa dos deficientes, existe
outra classificação bastante interessante para a Deficiência Mental. Trata-se da
seguinte:
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Moderado: O máximo que podem alcançar é o ponto de assumir um nível
pré-operativo. São pessoas que podem ser capazes de adquirir hábitos de
autonomia e, inclusive, podem realizar certas atitudes bem-elaboradas. Quando
adultos podem freqüentar lugares ocupacionais, mesmo que sempre estejam
necessitando de supervisão.
TRANSTORNO MENTAL
Apesar disso, pessoas com essas condições, muitas vezes atraem medo,
hostilidade e desaprovação em vez de compaixão, apoio e compreensão. Tais
reações não somente influem para que se sintam isolados e infelizes, como são
impedimentos para que busquem ajuda efetiva e tratamento. A saúde mental é
componente chave de uma vida saudável.
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desconfortos, escondidos no fundo da mente podem desencadear outras doenças
do corpo ou produzir sintomas somáticos.
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esclarecer um mal entendido sobre doença mental, ela auxilia na manutenção de
mitos.
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mente e com ela funciona. Entretanto, a doença mental tem muitas causas. Ela não
é apenas uma questão de química alterada e envolve questões sociais, emocionais,
cognitivas e físicas.
Depressão
http://escrevoapenas.blogs.sapo.pt/arquivo/depressao.jpg
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Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças
conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com
a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela
prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que
ocorre para o clima da região em questão.
O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios
a banho de sol. Nos climas tropicais e polares haverá dias mais quentes, mais frios,
mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de
variação.
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• Perda de energia ou interesse
• Humor deprimido
• Dificuldade de concentração
• Alterações do apetite e do sono
• Lentificação das atividades físicas e mentais
• Sentimento de pesar ou fracasso
• Pessimismo
• Dificuldade de tomar decisões
• Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
• Irritabilidade ou impaciência
• Inquietação
• Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
• Chorar à toa
• Dificuldade para chorar
• Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
• Dificuldade de terminar as coisas que começou
• Sentimento de pena de si mesmo
• Persistência de pensamentos negativos
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• Queixas freqüentes
• Sentimentos de culpa injustificáveis
• Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda
do desejo sexual
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O limite a partir do qual se devem usar antidepressivos não é claro,
dependerá da experiência de cada psiquiatra. A princípio sempre que o paciente
apresente um conjunto de sintomas depressivos semelhante ao conjunto de
sintomas que os pacientes deprimidos sem câncer apresentam, deverá ser o ponto a
partir do qual se deve entrar com medicações. Existem alguns mitos sobre o câncer
e as pessoas que padecem dele, tais como"os portadores de câncer são
deprimidos".
Normalmente a pessoa que fica sabendo que está com câncer torna-se
durante um curto espaço de tempo descrente, desesperada ou nega a doença. Esta
é uma resposta normal no espectro de emoções dessa fase, o que não significa que
sejam emoções insuperáveis. No decorrer do tempo o humor depressivo toma o
lugar das emoções iniciais. Agora o paciente pode ter dificuldade para dormir e
perda de apetite.
Nessa fase o paciente fica ansioso, não consegue parar de pensar no seu
novo problema e teme pelo futuro. As estatísticas mostram que aproximadamente
metade das pessoas conseguirá se adaptar a essa situação tão adversa. Com isso
estas pessoas aceitam o tratamento e o novo estilo de vida imposto não fica tão
pesado.
Para se afirmar que o paciente está deprimido tem-se que afirmar que ele
sente-se triste a maior parte do dia, quase todos os dias, não tem tanto prazer ou
interesse pelas atividades nas quais apreciava. E, não consegue ficar parado e pelo
contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos
inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se
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culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na
família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem
pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para
que possamos dizer que o paciente está deprimido.
Ansiedade
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http://www.brasilescola.com/imagens/ansiedade.jpg
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O nosso Sistema Nervoso Central e a nossa mente necessitam de uma
situação de conforto e de segurança para usufruir a sensação de repouso e de bem
estar.
Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este
estado acontece o estado ansioso.
Evolutivamente faz muito pouco tempo que saímos dos tempos da caverna,
onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram uma constante. A excitação
do Sist. Nerv. Central vinha como uma forma de estimular o nosso corpo para a luta
ou para a fuga.
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na maioria dos casos terá a chamada ansiedade patológica, que tende a se
cronificar e piorar com os anos.
É mais ou menos assim, “Tudo que vem de mim é seguro e tudo que vem de
fora e não está sob controle é perigoso". É a clássica postura do pessimista, como
aquele personagem dos desenhos antigos de TV, a hiena Hardy, amiga do leão
Lippy, que sempre dizia “Oh céus, oh vida, oh azar, não vai dar certo!" Traumas de
infância, grandes sustos, perdas afetivas ou mesmo materiais também podem
desencadear quadros ansiosos importantes, mas não chegariam a ser causas
específicas
Transtorno Bipolar
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http://virtualpsy.locaweb.com.br/adm/img/temp/bipolar1a.jpg
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Como em outras doenças, o Transtorno Bipolar do Humor afeta não só
quem o tem, como também, o cônjuge, familiares, amigos e empregadores. Se
depressão, mania forem acompanhadas de alucinações (ouvir, ver, sentir o que não
existe) e delírios (pensamentos irreais à realidade) trata-se do subtipo psicótico. As
pessoas que sofrem de Transtorno Bipolar levam, em média, 8 anos antes de serem
diagnosticadas ou receberem tratamento adequado, o que pode causar grande
sofrimento e perdas.
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- Transtornos Ciclotímicos – Períodos em que haveria uma alteração crônica
e flutuante do humor marcada por numerosos períodos com sintomas maníacos e
numerosos sintomas depressivos que se alterariam. Contudo, não seriam
suficientemente graves nem ocorreriam em quantidade suficiente para se ter certeza
de se tratar de depressão e mania. Isto é, pode ser facilmente confundida com o jeito
de ser da pessoa, “de lua”.
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- Fatores Psicossociais – Os acontecimentos vitais estressores precedem,
mais freqüentemente, os primeiros episódios de Transtorno do Humor e poderiam
provocar alterações nos estados funcionais de vários sistemas neurotransmissores e
sinalizadores intraneurais. Dificuldades financeiras, doença na família, perda de uma
pessoa importante, uso de drogas, entre outros, podem contribuir para o
desencadeamento da doença.
Mania
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- Quando grave, ocorrem delírios e/ou alucinações, estressores precedem,
mais freqüentemente, os primeiros episódios de Transtorno do Humor e poderiam
provocar alterações nos estados funcionais de vários sistemas neurotransmissores e
sinalizadores intraneurais. Dificuldades financeiras, doença na família, perda de uma
pessoa importante, uso de drogas entre outros, podem contribuir para o
desencadeamento da doença.
Depressão
- Irritabilidade, desespero;
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- Dores ou sintomas físicos difusos, sofridos, que não se explicam por outras
doenças: dor de cabeça, nas costas, no pescoço e nos ombros, sintomas
gastrointestinais, alterações menstruais, queda de cabelo, dentre outros;
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Psicoterapia
http://www.literattus.blogger.com.br/1mafalda.jpg
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Sou ou não sou um portador do TOC? Eis uma pergunta que você pode ter
se feito eventualmente. Provavelmente, ouviu em algum programa de rádio ou TV,
leu em alguma reportagem de jornal ou revista que lavar as mãos seguidamente,
revisar várias vezes as portas, janelas ou o gás antes de deitar, não gostar de
segurar-se no corrimão do ônibus. Evitar usar as toalhas de mão utilizadas pelos
demais membros da sua família, não conseguir tocar com a mão no trinco da porta
de um banheiro público, ter medo de passar perto de cemitérios ou entrar numa
funerária, de deixar um chinelo virado. Assim como outros comportamentos
semelhantes, podem, na verdade, constituir sintomas do chamado transtorno
obsessivo-compulsivo ou TOC.
E você deve ter ficado com dúvidas quanto a ser ou não um portador. Medos
e preocupações fazem parte do nosso dia-a-dia. Aprendemos a conviver com eles
tomando certos cuidados. Fechamos as portas antes de deitar, lavamos as mãos
antes das refeições ou depois de usar o banheiro, desligamos o celular antes da
sessão de cinema ou verificamos periodicamente o saldo bancário de nossa conta.
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Sua característica principal é a presença de obsessões: pensamentos,
imagens ou impulsos que invadem a mente e que são acompanhados de ansiedade
ou desconforto, e das compulsões ou rituais: comportamentos ou atos mentais
voluntários e repetitivos, realizados para reduzir a aflição que acompanha as
obsessões.
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As obsessões mais comuns envolvem:
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As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às
obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por
uma obsessão.
Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de
aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é
tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los,
tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais.
Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam
prevenir (p ex., alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não
aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao
sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, por trás desses rituais existe
um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre
nas superstições.
• De lavagem ou limpeza
• Verificações ou controle
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• Repetições ou confirmações
• Contagens
• Ordem, simetria, seqüência ou alinhamento
• Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar
ou economizar
• Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números
• Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.
Compulsões Mentais
Algumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são
realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas
têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns
exemplos:
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http://www.elciudadano.cl/imagenes/gt2.jpg
ESQUIZOFRENIA
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Sabe-se que a hereditariedade é um fator importante - pessoas que têm um
familiar com esquizofrenia têm maior chance de desenvolver a doença - mas ainda
não se sabe quais os genes envolvidos ou se a presença deles é suficiente para o
desenvolvimento da esquizofrenia.
Gêmeos idênticos têm 50% de chance de desenvolver a doença quando um
deles já desenvolveu.
Alguns pesquisadores acreditam que a esquizofrenia é resultado de uma
combinação de fatores genéticos e ambientais. Certas pessoas nascem com essa
tendência, mas o problema só aparece se expostas a determinados fatores
ambientais.
Não existe um consenso de quais seriam os fatores ambientais envolvidos,
mas estudos sugerem que infecções, má nutrição na gravidez e complicações no
parto podem contribuir posteriormente para o desenvolvimento da esquizofrenia.
Os sintomas são variados e podem aparecer subitamente, embora,
geralmente, a doença se manifeste em meses ou anos.
Inicialmente os sintomas podem não ser evidentes, e são confundidos com
alterações próprias da idade ou com de outras doenças psiquiátricas.
Os indivíduos começam a perceber que há algo estranho, mas muitas vezes
são incapazes de contar para seus familiares.
Podem relatar que estão mais tensos, tendo dificuldade de concentração ou
para dormir, começam a isolar-se das pessoas, não conseguem mais ficar com os
amigos e param de estudar ou trabalhar. Com a progressão da doença, aparecem
os sintomas mais característicos da psicose. (Perda da noção da realidade)
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discriminado e achar que tem poderes ou atributos especiais. Pode sentir que seu
corpo está mudando ou que recebe influências de forças externas.
b) Alucinações: são falsas percepções na ausência de um estímulo externo,
mas com as qualidades de uma verdadeira percepção. Isto é, eles podem ver, ouvir
e sentir coisas que não estão realmente no local.
As alucinações podem ser auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas ou
uma combinação de todas.
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Outras alterações motoras são estereotipias (movimentos repetidos sem
objetivo aparente) e maneirismos (atividades normais, mas fora de contexto).
Geralmente a deterioração do comportamento social ocorre junto com o
isolamento social. Os indivíduos podem negligenciar seus cuidados pessoais, vestir
roupas sujas ou inapropriadas, e suas coisas e ambientes permanecerem
descuidados e desarrumados.
Podem ainda desenvolver comportamentos que contrariam as convenções
sociais como falar obscenidades em público ou apresentar maneiras rudes à mesa.
Podem ser encontrados nas ruas marchando, falando alto e gesticulando.
Esse descuido com a higiene pessoal e comportamentos excêntricos podem
dificultar ainda mais a aproximação de familiares, amigos e estranhos. Essa situação
corrobora ainda mais a certeza, destes pacientes, de que as pessoas não gostam
deles.
Transtornos do Afeto
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Podem imaginar que outras pessoas tentam prejudicá-los, não estão
interessadas nele ou querem criticá-lo.
Alternativamente, os pacientes podem experienciar reações negativas de
outras pessoas durante os episódios psicóticos, o que pode pesar ainda mais na sua
imaginação. Percebem ainda que não são mais competentes no trabalho. Ele pode
ter sido um bom estudante durante anos ou um trabalhador devotado e competente,
mas após a doença percebe que houve diminuição de sua performance.
A experiência de estar "louco" é uma das mais dolorosas e significativas.
Quando os pensamentos tornam-se desorganizados, quando as decisões estão
bloqueadas, quando as emoções inexplicadas e não esperadas aparecem, há uma
conscientização do clima de horror, de que mente está fazendo armadilhas e que foi
embora seu modo usual de agir.
A experiência da psicose faz com que o paciente mude o conceito a respeito
de sua própria mente. A experiência do distúrbio faz com que a pessoa desacredite
nos seus processos de pensamento, mesmo quando estes voltam ao normal.
O paciente perde a fé de que possa pensar propriamente. Após a psicose,
ele tem conhecimento de que alucinou e, por algum tempo ou para sempre, ele não
será capaz de reagir normalmente aos sons estranhos e ocasionais que podem ser
ouvidos em locais e horas não esperados.
Tratamento
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• Cuidar da saúde geral do paciente
• Melhorar sua qualidade de vida e dar à família suporte emocional
Talvez o fator mais importante para cumprir estes objetivos seja assegurar
que o paciente faça o tratamento. Devido ao isolamento social, idéias paranóides,
negação da doença e desconforto com os efeitos colaterais das drogas, muitos
pacientes abandonam o tratamento.
Tratamento Farmacológico
Fase Aguda
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Se a medicação for suspensa, o médico deve estar atento a algum sinal de
recidiva e, em caso de nova crise psicótica, a medicação deve ser introduzida por
tempo indefinido.
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HIPERATIVIDADE E DÉFICIT DE ATENÇÃO
Http://Www.Plenarinho.Gov.Br/Educacao/Imagens/Escolha-A-Escola-Certa/04.Jpg
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alimentos e complicações de parto, como privação de oxigênio ou traumas durante o
nascimento.
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educada e contida, a criança hiperativa não consegue se controlar. Pode ser
frustrada, desanimada e envergonhada.
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Ao tratar da criança hiperativa, sua meta é ajudá-la a fazer o melhor
possível, em casa, na escola, e com os amigos. Lembre-se sempre de que seu filho
está lutando com todas as forças para superar uma deficiência do sistema nervoso.
Explique, se preciso for, mas não se sinta envergonhado ou culpado quando seu
filho não se comportar bem.
TRATAMENTO CONVENCIONAL
Antes de qualquer tratamento, um exame físico deve ser feito para descartar
outras causas para o comportamento do seu filho, tais como infecção crônica do
ouvido médio, sinusite, problemas visuais ou auditivos ou outros problemas
neurológicos.
Contudo, não deixe de verificar com seu médico antes de parar de dar esse
medicamento a seu filho. A tioridazina é um tranqüilizante ao qual se pode recorrer
se a criança for extremamente agressiva e, nesse caso, apenas nas situações mais
difíceis.
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Na maioria das circunstâncias, o medicamento para a hiperatividade pode
ser interrompido durante o verão e retomado quando as aulas começarem
novamente, após as férias.
Essa conduta pode limitar alguns dos efeitos colaterais prolongados desses
medicamentos. Após um verão sem medicamento, talvez seja útil deixar que seu
filho freqüente as primeiras semanas de aula sem qualquer medicação. Considere
esse período como um teste para determinar se seu filho pode passar sem o
medicamento. (Converse sempre com seu médico antes de descontinuar qualquer
tratamento, durante qualquer período de tempo).
PSICOTERAPIA E PSICOPEDAGOGIA
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Desenvolva uma rotina estável em casa. Para diminuir a confusão e a
quantidade de estímulos diários, defina horários específicos para comer e dormir.
Faça com que a criança participe de projetos que ela goste para ajudá-la a
concentrar-se.
Se você não fizer isso para o seu próprio bem, faça por seu filho.
Provavelmente você voltará se sentindo renovado, mais calmo e carinhoso.
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ATIVIDADES FÍSICAS
Não deixe que seu filho se exponha ao chumbo. As fontes mais comuns de
exposição ao chumbo são tinta à base de chumbo, água potável e cerâmica mal
esmaltada.
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atenção. A hiperatividade é dez vezes mais comum nos meninos do que nas
meninas. A causa ou causas exatas da hiperatividade são desconhecidas.
GLOSSÁRIO
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