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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE IRATI


Setor de Ciências Agrárias e Ambientais – SEAA/I
Departamento de Matemática – DEMAT/I

LUIZ JANKOWSKI

FRACTAIS: O MUNDO VISTO DE OUTRA FORMA

Irati, PR

2011

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LUIZ JANKOWSKI

FRACTAIS: O MUNDO VISTO DE OUTRA FORMA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de
Licenciatura em Matemática da
Universidade Estadual do Centro-
Oeste do Paraná/Irati como
exigência parcial para obtenção do
título Licenciado em Matemática.

Orientador: RICARDO AUGUSTO ULHOA

Irati, PR
2011

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA – DEMAT/I
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

A COMISSÃO EXAMINADORA, ABAIXO-ASSINADA, APROVA O TCC:

FRACTAIS: O MUNDO VISTO DE OUTRA FORMA

Elaborada por:

LUIZ JANKOWSKI

COMISSÃO EXAMINADORA

______________________________________________
Nome do Prof. (a)
Presidente

________________________________________________
Nome do Prof. (a)

________________________________________________
Nome do Prof. (a)

Irati,............ de ............................de ...............

3
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que tornaram este trabalho possível.


Inicialmente agradeço a Deus por me dar força para levar a termo este
trabalho.
Agradeço a meus familiares pelo apoio durante os anos em que estive
comprometido com o curso.
Agradeço a todos os professores do curso, que me propiciaram conhecimento
e contato com a Matemática: esta área fundamental do conhecimento humano.
Agradeço também a meus colegas que permitiram que a convivência pudesse
ser transformada em amizade.

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As nuvens não são esferas, as montanhas não são cones, as linhas
costeiras não são círculos, a casca das árvores não é lisa e os relâmpagos
não viajam em linha reta.

Benoit Mandelbrot

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RESUMO

Este trabalho tem por objetivo a apresentação de propostas de atividades


sobre Fractais. O campo de aplicação destas atividades são os alunos de sétima e
oitava séries do ensino fundamental. Estas atividades visam à introdução do tema
Fractais utilizando materiais concretos. São apresentadas, também, informações
históricas dos fractais, imagens de objetos com características fractais na natureza,
além de comentários sobre áreas de aplicação da geometria fractal. Também é
intuito deste trabalho a demonstração de que a Matemática não é uma ciência
completamente árida e que pode dar origem a imagens cheias de beleza

Palavras-chave: Fractal. Mandelbrot. Geometria não-Euclidiana. Auto-


similaridade. Auto-semelhança.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS 8
INTRODUÇÃO..............................................................................................................9
1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................10
Benoit Mandelbrot.....................................................................................................10
Os Fractais.................................................................................................................10
2.PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................................15
2.1.ATIVIDADE 1 – CONSTRUÇÃO DE UM FRACTAL TRIDIMENSIONAL...........15
2.1.1.Objetivos.............................................................................................................15

2.1.2.Descrição das atividades...................................................................................15

2.2.ATIVIDADE 2 – AUTOSIMILARIDADE DO TRIÂNGULO DE SIERPINSKI.......16


2.2.1.Objetivos.............................................................................................................16

2.2.2.Descrição das atividades...................................................................................17

2.3.ATIVIDADE 3-PADRÃO FRACTAL NO TRIÂNGULO DE PASCAL...................18


2.3.1.Objetivos.............................................................................................................18

2.3.2.Descrição das atividades...................................................................................18

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21

7
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Benoit Mandelbrot............................................................................10


Figura 2 - Conjunto de Cantor..........................................................................11
Figura 3 - Curva de Peano...............................................................................11
Figura 4 - Curva de Hilbert...............................................................................11
Figura 5 - Curva de Koch.................................................................................12
Figura 6 - Triângulo de Sierpinski.....................................................................12
Figura 7 – Conjunto de Mandelbrot..................................................................13
Figura 8 – Primeiro passo para a construção do fractal..................................15
Figura 9 – Folha com o corte dobrado.............................................................16
Figura 10 – Fractal tridimensional pronto.........................................................16
Figura 11 – Nível 1 para o Triângulo de Sierpinski..........................................17
Figura 12 – Triângulo de Sierpinski no nível 2.................................................17
Figura 13 – Terceiro nível do Triângulo de Sierpinski......................................18
Figura 14 – Padrão obtido com a marcação dos números mútiplos de dois no
triãngulo de Pascal......................................................................................................19

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INTRODUÇÃO

A Matemática é uma ciência que trata de formas de compreender e descrever


o mundo. E um dos ramos da Matemática que podem ser usados para este fim é a
Geometria. Os conhecimentos de Geometria foram compilados por Euclides no
terceiro século antes de Cristo em “Os Elementos”. Desde então, e por vários
séculos, esta Geometria, chamada Euclidiana, foi utilizada nestas descrições.
A Geometria Euclidiana trata de elementos em superfícies planas. Somente
no século XIII é que foram iniciadas as pesquisas sobre elementos geométricos em
superfícies não planas. Muitos dos axiomas e postulados descritos por Euclides não
podiam ser aplicados nesta nova forma de geometria que foi chamada de não-
euclidiana.
Entre a segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX,
alguns matemáticos depararam-se com construções geométricas que não se
encaixavam nos padrões conhecidos até então. Estes elementos geométricos,
originados em áreas da álgebra, eram tidos como casos patológicos ou anomalias
matemáticas. Houve quem chamasse estas construções de monstros geométricos.
Finalmente, a partir do início do século XX, com os estudos de Benoit
Mandelbrot, auxiliado por recursos computacionais, estas estruturas passaram a ser
estudadas. Foram chamadas de Fractais e muitas áreas de aplicação foram
descobertas. As propriedades dos fractais podem, por exemplo, ser utilizados para a
representação de formas da natureza, na compressão de arquivos e na computação
gráfica, além de áreas da biologia, economia, astronomia, entre outras.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Matemática para as Séries Finais do
Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, de 2008, aos alunos devem ser
apresentadas noções de Geometrias não-Euclidianas. Uma das formas em que este
tipo de geometria pode ser expresso é a Geometria Fractal.

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1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Benoit Mandelbrot

Nascido em Varsóvia em 1924, Benoit Mandelbrot mudou-se com a família


para Paris em 1936. Estudou, por pouco tempo, na Escola Normal, passando, em
seguida, para a Politécnica. Participou do grupo Bourbaki, um grupo de jovens
matemáticos que buscavam a reconstrução da matemática francesa.
Em 1948 deixou a França, indo estudar Ciência Aeroespacial nos Estados
Unidos. Mais tarde conseguiu um cargo na IBM, no Centro de Pesquisas Thomas
Watson. Dedicou-se, durante anos, à procura de situações onde pudesse aplicar
suas idéias. Ocupou cargos acadêmicos em Harvard e na Faculdade Einstein de
Medicina.

Figura 1 - Benoit Mandelbrot

Os Fractais

Fractais são objetos gráficos matemáticos que têm como principal


característica a auto-similaridade, ou seja, sua estrutura interna é similar ao todo não
importando o número de vezes que o objeto seja ampliado. A estrutura repete-se em
escala cada vez menor com pequenas variações.
Quem primeiro usou o termo fractal foi Bernoit Mandelbrot em 1967. Quando
preparava a publicação de sua primeira obra sobre o assunto, sentiu necessidade de
nomear a nova forma de geometria que estudava. A palavra fractal teve sua origem
10
no adjetivo em latim fractus que significa quebrado. Por sua grande contribuição
neste campo de estudo, Bernoit Mandelbrot é considerado o pai da Geometria
Fractal.
A idéia de fractal teve origem em trabalhos científicos entre os anos de 1857 e
1913. Desses trabalhos surgiram objetos que não tinham grande valor científico na
época e que foram chamados de “monstros”, “demônios” ou “entes patológicos”
devido à dificuldade em representá-los graficamente.
Algumas das estruturas que mais tarde foram chamadas de fractais são o
Conjunto de Cantor (também chamado de Polvo ou Poeira de Cantor), a Curva de
Peano, a Curva de Hilbert , a Curva de Koch e o Triângulo de Sierpinski.

Figura 2 - Conjunto de Cantor

Figura 3 - Curva de Peano

Figura 4 - Curva de Hilbert

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Figura 5 - Curva de Koch

Figura 6 - Triângulo de Sierpinski

O estudo dos fractais começou a ter uma evolução maior a partir da década
de 1960 quando os computadores passaram a ser usados para este fim. Como cada
fractal é o resultado gráfico das tentativas de resolução de uma equação, o poder de
processamento dos computadores foi capaz de gerar imagens que seriam
impossíveis de se construir manualmente.
Um dos fractais mais conhecidos é o Conjunto de Mandelbrot. Uma imagem
com um grau de complexidade tão elevado que seria necessária mais de uma vida
para percorrê-lo.

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Figura 7 – Conjunto de Mandelbrot
A geometria fractal é um campo em que os estudos são recentes. O número
de formas de aplicação deste conhecimento vem crescendo e cada vez mais
pessoas precisam entrar em contato com esta área matemática.
Uma das estratégias para tornar o ensino da Geometria Fractal atraente é
aproveitar o atrativo estético. Como os fractais são objetos gráficos de extrema
beleza, costumam chamar a atenção das pessoas que os vêem.
De acordo com Lorenzato (2008):

O sucesso ou o fracasso dos alunos diante da matemática depende da


relação estabelecida desde os primeiros dias escolares entre a matemática
e os alunos. Por isso, o papel que o professor desempenha é fundamental
na aprendizagem dessa disciplina, e a metodologia de ensino por ele
empregada é determinante para o comportamento dos alunos.

Além da abordagem inicial do tema, o tratamento posterior do assunto pode


influenciar na aprendizagem. Muitos alunos sentem-se pouco à vontade com as
abstrações matemáticas. Sendo assim, é oportuno o tratamento do tema com algum
material concreto. De acordo com Lorenzato (2008): “antes de lidarem com objetos
matemáticos, as pessoas precisam lidar com objetos físicos”.

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Sendo assim, duas das atividades seguintes utilizam esta metodologia para
abordagem da Geometria Fractal em sala de aula.

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2.PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

2.1.ATIVIDADE 1 – CONSTRUÇÃO DE UM FRACTAL TRIDIMENSIONAL

2.1.1.Objetivos

 Construir um fractal em três dimensões, utilizando cortes e dobras;


 Compreender o conceito de auto-semelhança;
 Abordar o tema da Geometria Fractal utilizando material concreto.

2.1.2.Descrição das atividades

Para a realização desta atividade utilizaremos cartolina, uma folha de papel A4,
tesoura e cola. Inicia-se dobrando ao a folha de papel A4 ao meio no sentido de sua
largura. Em seguida, marca-se o meio desta construção e faz-se um corte.

Figura 8 – Primeiro passo para a construção do fractal

Após este passo dobra-se para dentro uma parte cortada da folha para que
tenha o aspecto da figura seguinte.

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Figura 9 – Folha com o corte dobrado

Este processo deve ser repetido algumas vezes para que o fractal tenha um
efeito melhor. Alunos que tenham mais habilidade com trabalhos manuais terão um
resultado melhor
Depois de concluído, o fractal deverá ter a aparência da imagem abaixo.

Figura 10 – Fractal tridimensional pronto

2.2.ATIVIDADE 2 – AUTOSIMILARIDADE DO TRIÂNGULO DE SIERPINSKI

2.2.1.Objetivos
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 Construir um dos fractais clássicos, utilizando recortes e colagem;
 Compreender o conceito de auto-semelhança;
 Abordar o tema da Geometria Fractal utilizando material concreto.

2.2.2.Descrição das atividades

Para a realização desta atividade utilizaremos uma folha branca de papel


tamanho A4, folhas de papel colorido, tesoura e cola.
Inicialmente recorta-se um triângulo eqüilátero com o papel colorido. Cola-se
este triângulo no papel branco. Após isso, corta-se um triângulo eqüilátero que tenha
um quarto do tamanho do primeiro triângulo. Esta peça deve ser colada como
mostra a figura.

Figura 11 – Nível 1 para o Triângulo de Sierpinski

Para o passo seguinte será necessário construir três triângulos com um


quarto do triângulo anterior. Estas peças serão coladas dentro dos triângulos obtidos
com a colagem do primeiro triângulo, como mostra a figura abaixo.

Figura 12 – Triângulo de Sierpinski no nível 2

Este processo de recorte e colagem de triângulos menores pode ser repetido


até o limite físico do manuseio de peças cada vez menores.

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Figura 13 – Terceiro nível do Triângulo de Sierpinski

Com esta atividade pretende-se mostrar que sempre é possível colocar


formas menores semelhantes com a aparência geral da estrutura.

2.3.ATIVIDADE 3-PADRÃO FRACTAL NO TRIÂNGULO DE PASCAL

2.3.1.Objetivos

 Mostrar a relação entre a geometria fractal e o triângulo de Pascal;


 Estabelecer ligação entre vários conteúdos matemáticos;

2.3.2.Descrição das atividades

Para esta atividade será usada uma folha impressa com os números que
formam o triângulo de Pascal.
Pede-se para os alunos marcarem os múltiplos de um número, por exemplo, o
numero dois.
Também é possível solicitar a marcação dos múltiplos de outros números
como o três, o quatro, o cinco ou mesmo marcar os números pares ou ímpares.

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Figura 14 – Padrão obtido com a marcação dos números mútiplos de dois no triãngulo de Pascal

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante muito tempo, a geometria euclidiana serviu de ferramenta para a


representação de formas da natureza. Este tipo de geometria tem características
dos elementos criados pelo homem, como uma grande incidência de linhas retas.
O que tem sido descoberto é que a natureza tem formas e padrões que
podem ter uma melhor representação através do uso da geometria fractal.
Assim é importante ver a Geometria Fractal como uma nova área da
matemática e não como um assunto tratado apenas como curiosidade.
Também conclui-se que a Geometria fractal pode contribuir para despertar o
interesse dos alunos para a Matemática, pois é uma área com objetos gráficos de
grande apelo visual.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, RUY MADSEN. Descobrindo a Geometria Fractal para a sala de aula.


Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

LORENZATO, SERGIO. Para aprender Matemática. 2ª Edição. Campinas: Autores


Associados, 2008.

SEVERINO, ANTÔNIO JOAQUIM. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:


Cortez Editora, 2007.

ALVES, C.M.F.S.J., Fractais: conceitos básicos, representações gráficas e


aplicações ao ensino não universitário, tese de mestrado, Universidade de Lisboa,
2007

OLIVEIRA, L. H. A Matemática do Delírio. SUPERINTERESSANTE. São Paulo: Ed.


Abril, ano 8, n. 10, out. 1994. 92 p

RESENDE, R; VERSIGNASSI, A. Da Lama ao Caos. SUPERINTERESSANTE. São


Paulo: Ed. Abril, ano 20, n. 224, mar. 2006. 98 p

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