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Impactos da lei sobre os processos de registro e regularização migratória.

A Lei 13.684/2018 foi originada da MP 820/2018, criando um crédito extraordinário


determinado pela medida destinou-se ao Ministério da Defesa para o custeio das ações
referentes à MP 820/2018 e dispôs sobre medidas de assistência emergencial para
acolhimento a pessoas em situação de vulnerabilidade decorrente de fluxo migratório
provocado por crise humanitária. A nova legislação estabeleceu ações de assistência à
disponibilidade orçamentária, priorizando a aplicação dos recursos em ações e serviços de
saúde e segurança pública. O texto autoriza a União a aumentar o repasse de recursos para os
fundos estaduais e municipais de saúde, educação e assistência social dos entes afetados após
a aprovação de crédito orçamentário e define com maior abrangência o imigrante, sendo este,
pessoa em situação de vulnerabilidade decorrente de fluxo migratório provocado por crise
humanitária.

A questão dos processos de registro e regularização dos imigrantes continuou sendo


estabelecida pela Lei de Migração (LEI Nº 13.445/17), lei esta que substituiu o Estatuto do
Estrangeiro (LEI Nº 6.815/1980) e definiu os direitos e deveres do migrante e do visitante,
regulando a sua entrada e estadia no País, também estabelecendo princípios e diretrizes para
as políticas públicas para o emigrante".

Quando a lei foi sancionada, com vetos, pelo presidente Michel Temer, em maio deste ano, o
texto foi bem recebido por organizações de defesa dos direitos humanos, uma vez que fora
elaborado durante vários anos em conjunto com representações da sociedade civil e
contempla princípios como a não-discriminação, o combate à homofobia e a igualdade de
direitos de trabalhadores imigrantes e nacionais.

O chefe do Poder Executivo expediu o decreto de regulamentação da nova lei, este explicando
como a lei deve ser aplicada, o decreto regulamentar não pode contrariar a lei, mas
justamente essa crítica foi feita ao presidente por diversas organizações de defesa dos direitos
dos migrantes, assim como pela Defensoria Pública da União (DPU). "O decreto tem aspectos
claramente contrários à própria Lei de Migração, como a previsão de prisão do migrante que
será deportado, quando o artigo 123 da lei expressamente proíbe privação de liberdade por
razões migratórias", declarou Camila Asano, coordenadora de Programas da Conectas Direitos
Humanos, à Folha de S. Paulo.

A DPU considerou temas sensíveis "a concessão de vistos, o acesso a serviços e programas
sociais e a maior participação dos migrantes nas decisões sobre política migratória no Brasil",
segundo conclusão de um encontro que, em agosto, discutiu a regulamentação da nova lei.

Abaixo está presente algumas das principais mudanças introduzidas pela nova Lei de Migração
do Brasil (LEI Nº 13.445/17), e o que o decreto de regulamentação altera nela.

1. Vistos

O que diz a nova lei: A concessão de vistos temporários para acolhida humanitária foi
institucionalizada com a nova lei, que dá visto de um ano "ao apátrida ou ao nacional de
qualquer país" em "situação de grave ou iminente instabilidade institucional, de conflito
armado, de calamidade de grande proporção, de desastre ambiental ou de grave violação de
direitos humanos ou de direito internacional humanitário, ou em outras hipóteses".
Assim, o visto temporário humanitário utilizado por refugiados haitianos desde 2010, por
exemplo, foi consolidado. A lei também garante que o estrangeiro não deve ser deportado ou
repatriado se correr risco de morrer ou de sofrer ameaças à sua integridade pessoal ao retorna
ao país de origem.

O que diz o decreto: prevê um ato conjunto dos ministros da Justiça, Relações Exteriores e do
Trabalho para definir condições, prazos e requisitos para a emissão do visto. Outro ato
conjunto dos mesmos ministérios "poderá estabelecer instruções específicas para a realização
de viagem ao exterior do portador do visto" – segundo os críticos, esses procedimentos
poderão atrasar a concessão de vistos.

Outra crítica feita por organizações de defesa dos migrantes diz respeito às taxas cobradas
para a emissão de cédulas de identidade, das quais alguns imigrantes, dependendo da
situação, eram isentos (por exemplo os refugiados).

2. Reunião familiar

O que diz a nova lei: concede o visto ou autorização de residência, "sem discriminação
alguma", a cônjuge ou companheiro do imigrante, a filhos de imigrante com autorização de
residência e a outros familiares de até segundo grau (netos ou irmãos, por exemplo).

O que diz o decreto: pede que os familiares de asilados políticos estejam em território
nacional para que ocorra a reunião, o que muitas vezes não é possível porque a maior parte
chega ao país sozinha e depois quer trazer a família.

3. A regularização migratória passa a ser a regra.

4. A previsão da autorização de residência passa a ser requerida em território nacional sem


ter que sair para se regularizar.

5. O Registro Nacional Migratório (RNM) de todo estrangeiro que entra no país com o visto
deve fazer o Registro Nacional Migratório (RNM), prazo de até 90 dias após a entrada no país.

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