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São Paulo
2010
DEDICO ESTE TRABALHO
- Ao Pr. Davi Klawa por suas palavras via telefone que nunca vou
esquecer: “você sabe que você tem toda uma igreja em sua
retaguarda”.
À Simone, uma amiga mais chegada do que uma irmã, e a Ester duas
respostas de Deus para o meu grito de socorro: “Deus eu preciso de
ajuda”! À primeira, por suprir-me e a segunda por acompanhar-me com
suporte terapêutico durante todo o tempo de realização deste trabalho.
Ao Pr. João Marcos Morilha, meu pastor e amigo, que há 18 anos tem sido
um facilitador/abençoador para o desenvolvimento de meus dons
ministeriais. Amo você pastor com um amor parental. Obrigada por me
amar como eu sou.
2Coríntios 1:4
PRÁTICAS DE ACONSELHAMENTO PARA ADULTOS ENLUTADOS:
RESUMO
ABSTRACT
This work aims to study counseling as a source of help and support to adults in grief
at the loss of a beloved person. It is a research about the experience of Grief and its
consequences in the life of an adult mourning the death of a significant one,
describing a wide range of emotions, experiences, and psychological and
physiological changes that occurred as a result of the loss. The author relates the
experience of coping with the sorrow by Death from three main points: Death, The
Process of Grief and Grief Counseling. This study regards as necessary the care with
bereaved people in the field of counseling. It investigates the importance and benefits
of counseling as an instrument to help bereaved adult to cope with death and also
shows practices of counseling intervention in the bereaved life. The results of this
research have impacts on the fields of counseling, mental health care, hospice
services and life saving in catastrophes, disasters, emergencies and others.
Keywords: Death. Grief. Losses. Mourning. Grief Support Group. Counselor. Pastoral
Counseling.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................11
2. O PROCESSO DE LUTO......................................................................................20
CONSIDERAÇOES FINAIS........................................................................................49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................54
INTRODUÇÃO
Amor e Luto estão entrelaçados
Parkes.
O livro bíblico de Eclesiastes diz: "para tudo há o seu tempo. Há tempo para
nascer e tempo para morrer”.1 Embora o morrer faça parte do cotidiano dos seres
vivos, falar sobre Tanatologia2 ainda é tema evitado, reprimido ou considerado
deprimente, haja vista a reação de uma pessoa quando se comentou com ela sobre
o tema desse trabalho: “você está fazendo terapia? Deveria, porque este assunto é
mórbido!”. Nunca foi fácil falar ou escrever sobre assuntos que envolvam perdas,
dor, sofrimentos e, uma gama de sentimentos outros, muitas vezes dilacerantes,
como é o caso da Morte e o que se segue a ela, o Luto.
O presente trabalho é um estudo exploratório a respeito do tema: O
aconselhamento como fonte de ajuda a adultos enlutados por perda de pessoas
significativas. Buscar-se-á responder a seguinte questão: Qual a importância e
possíveis benefícios do Aconselhamento para os adultos enlutados?
Pode-se experimentar sentimentos semelhantes ao Luto diante de outras
perdas como: desemprego, separações, perda de posição socioeconômica, retirada
de um órgão, mudanças forçadas, dentre outras. Para objetivar nosso estudo
limitamo-nos à perda por morte de pessoa importante para o enlutado.
O entusiasmo e a motivação inicial que despertou o interesse pelo estudo do
tema foi o Luto paterno vivenciado pela própria autora. Esta experiência pessoal
estimulou seu espírito investigativo levando-a a desenvolver esse trabalho como
requisito final para conclusão do curso de Aconselhamento.
Esta pesquisa se justifica, pelo fato da morte de alguém amado se configurar
como a causa de uma devastadora dor na vida de um indivíduo (COLLINS, 2004).
Mediante a morte de alguém querido, alguns se descrevem como tendo sofrido uma
“colisão”, levando algumas delas a se desestruturarem emocionalmente, fato esse
evidenciado pelo sofrimento emocional e físico.
1
A BÍBLIA. Livro de Eclesiastes capítulo 3, versículo 2. Trad. João Ferreira de Almeida. Versão
Revista e Atualizada no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
2
Tanatologia: “área de estudos sobre a morte que inclui tanto um corpo de conhecimento específico
quanto os cuidados de pacientes no fim da vida, os processos de luto antes e depois da morte, e
temas como suicídio, comportamentos autodestrutivos, eutanásia e suicídio assistido”. (KOVÁCS,
2003, p.148)
Justifica-se tal estudo ainda pela relevância acadêmica do tema. De acordo
com alguns estudiosos da Tanatologia no Brasil, como área de pesquisa e
intervenção há ainda muito que ser explorado nessa área e faz-se necessário que
no campo do aconselhamento se amplie os estudos na direção do cuidado com os
enlutados. O estudo será importante também para o exercício profissional dos
Conselheiros em suas comunidades de pertença, podendo servir de base para a
criação de trabalhos de suporte e assistência aos enlutados.
Tal estudo tem como objetivo geral explorar o processo de Luto, seus efeitos
e o aconselhamento do Luto. E seus objetivos específicos são: 1) Investigar a
importância e possíveis benefícios do aconselhamento como um instrumento que
ajudará o adulto enlutado a lidar com a morte; 2) Demonstrar as práticas de
intervenção de aconselhamento para o adulto enlutado.
Como aproximação ao tema, primeiramente, apresenta-se algumas
considerações sobre a Morte e o Processo de Luto.
No capítulo I, são feitas breves reflexões sobre a morte e seus
desdobramentos. O objetivo desse primeiro capítulo não é o aprofundamento teórico
da questão da morte, mas enfocar a maneira pela qual o homem lida com este
fenômeno humano universal e inevitável: seus medos, suas angústias, suas
defesas, suas atitudes diante da morte.
No capítulo II a pesquisa centra-se exclusivamente no Processo de Luto
vivenciado por adultos que sofreram perda por morte, deixando de fora do mesmo o
Luto noutras faixas etárias específicas, como é o caso das crianças e adolescentes,
uma vez que eles têm características próprias na forma de sentir a perda e de
viverem o Luto, sendo necessários determinados cuidados específicos. A
abordagem desta pesquisa não envolve morte e Luto por suicídio, pois a questão é
complexa e poderia nos levar além dos objetivos desse trabalho, e também não trata
das diferentes formas de expressão de Luto em culturas distintas. Mas abrange as
variáveis que afetam o curso do Luto desencadeando em Luto Patológico ou
traumático e as questões de saúde emocional e física decorrentes do estresse
causado pela perda. Este capítulo objetiva perceber os efeitos cognitivos,
psicológicos, comportamentais e físicos que entram em ação quando o homem se
encontra diante da morte de uma pessoa especial.
No capítulo III são abordadas as Práticas de aconselhamento para adultos
enlutados considerando a ajuda e o papel do conselheiro diante de pessoas em
situação de Luto, a demonstração das práticas terapêuticas e procedimentos de
ajuda por meio do aconselhamento e, por último, os benefícios de grupos de apoio
aos enlutados. Nesse trabalho trataremos do aconselhamento dentro de uma
perspectiva pastoral circunscrita, principalmente, ao universo das comunidades de
fé3 de natureza cristã.
Na bibliografia que versa sobre a dor da perda que sucede a morte de uma
pessoa amada, os adjetivos, habitualmente, para descrevê-la são: esmagadora,
avassaladora, assustadora, dolorosa, dilacerante, profunda, visceral, intensa. A
magnitude da reação e a desmesura desse acometimento na vida de uma pessoa
constituem-se em um desafio difícil e delicado, porém gratificante para o
conselheiro, que irmanado como parceiro dessa travessia, pode oferecer uma
presença de amor, escuta empática e ser instrumento de ajuda que capacitará as
pessoas a lidarem com este sofrimento que vulnerabiliza, desorganiza e muitas
vezes paralisa a vida do sobrevivente.
Todas as perdas envolvem o rompimento de laços afetivos e há que se
considerar que as implicações dessa experiência não estão limitadas ao psiquismo,
mas a uma experiência humana com raízes em diversas áreas do conhecimento,
inclusive a Teologia.
Ainda que nós, os cristãos, sejamos consolados pela certeza da
ressurreição, não somos poupados do vazio e aflição de sermos obrigados a nos
separar de alguém que amamos. No entanto, este trabalho mostra que manter a fé e
3
Entendemos por comunidade de fé cristã a união daqueles que acreditam em Jesus
Cristo como Salvador e Senhor, acreditam na Bíblia como palavra de Deus e anunciam a
mensagem de Cristo a outros.
uma atitude positiva diante dos infortúnios que a vida nos apresenta, contribui para
superar as adversidades e restabelecer a esperança de viver.
1. BREVES REFLEXÕES SOBRE A MORTE E SEUS DESDOBRAMENTOS
O abalo da morte é tão grande que se torna difícil o homem tratá-la com
naturalidade encarando-a como sendo mais uma etapa do ciclo da vida, há uma
recusa em se acreditar que é mortal e se age como se a morte não existisse.
Observa-se que esta inaptidão em aceitar a morte faz com que seja criado muito
tabu e negação em torno dela. Para Kubler-Ross (1998) desde os tempos remotos o
homem teve aversão à morte e possivelmente continuará a rechaçá-la. Em seu
inconsciente o homem não compreende que a morte seja possível quando se trata
dele mesmo, sendo inconcebível imaginar de fato o fim de sua existência na terra e,
se a vida tiver um fim, a morte vai sempre estar ligada a uma ação má, a um
acontecimento apavorante e não a uma causa natural ou idade avançada.
(KUBLER-ROSS, 1998).
Ninguém me disse que o Luto se parecia tanto com o medo. Não estou com
medo, mas a sensação é a mesma; A mesma agitação no estômago, a
mesma inquietação, o bocejo, a boca seca. (LEWIS, 2007, p.29).
A morte provoca uma sensação de impotência muito grande, pois temos de
enfrentá-la como uma condição irreversível, que não podemos controlar ou mudar.
Convivemos com situações de morte diariamente ainda que vivamos em uma
sociedade que a nega o tempo todo. A morte do outro nos remete à nossa finitude e,
de certa forma, está nos preparando para este grande momento. Uma correta
perspectiva da morte nos auxilia a uma maior autenticidade e consciência. Morte e
vida estão amalgamadas durante todo o nosso ciclo de vida. Fugir da morte é fugir
da vida. (LEO, 2005; KOVÁCS, 2005).
Kubler-Ross (1998) declara que entre os mais importantes motivos para fugir
do enfrentamento da morte está o fato de que hoje morrer tornou-se um evento
solitário, desumano e impessoal porque o paciente é levado ao confinamento
hospitalar, rodeado por aparelhagens e profissionais ávidos por prolongar-lhe a vida,
não se preocupando tanto em dar-lhe um tratamento mais humano, como por
exemplo, segurar a mão do paciente, sorrir-lhe e prestar atenção a uma pergunta.
A revista Veja5, em sua matéria “A ética na vida e na morte”, diz que “os
questionamentos acerca dos limites entre uma vida insuportável pela doença e uma
morte digna surgem em grande parte das conquistas espetaculares da medicina
ocorridas, sobretudo, nas últimas duas décadas”.
Rubem Alves (2003), em seu artigo “Sobre a morte e o Morrer”, ilustra esse
dilema angustiante do paciente diante da morte:
4
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA BRASILEIRO. Artigo 41. Disponível em
<http://www.portalmedico.org.br/novocodigo/integra_5.asp> Acesso em: 15. Mai. 2010
5
LOPES, Adriana D. A ética na vida e na morte. Veja. São Paulo, edição 2162, nº 17, p. 100-106,
abr./2010.
[...] a morte e a vida não são contrárias, são irmãs [...] tenho
muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de
dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu
corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer,
porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão,
ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas
comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem
seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela
acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos
hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões
de beleza. (ALVES, 2000, p.3)
A sociedade ocidental não encara bem a morte e nega seu impacto ao
remover os moribundos do aconchego de seus lares e comunidades. (WALSH;
MCGOLDRICK, 1998). Kubler-Ross (1998, p.11) nos lembra que “já vão longe os
dias em que era permitido a um homem morrer em paz e dignamente em seu próprio
lar”.
6
A BÍBLIA. Português. Livro de João, capítulo 11, versículo 26. Tradução de João Ferreira de
Almeida. Versão Revista e Atualizada no Brasil. 2ª Ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
2. O PROCESSO DE LUTO
Amor e Luto são duas faces da mesma moeda: não é possível sentir o
primeiro sem correr o risco de se deparar com o segundo. Possivelmente, somente
ao entender a natureza do amor e o significado dos vínculos afetivos pode se
compreender completamente o impacto de uma perda e o comportamento humano
que o acompanha. Muitos autores escreveram sobre o desenvolvimento do apego.
Bowlby (1998) está entre os que mais contribuíram para este assunto escrevendo
muitos livros e artigos sobre apegos e perdas. Sua Teoria do Apego é
fundamentalmente uma teoria da origem e natureza do amor. Esta diz respeito à
formação dos laços afetivos entre as crianças e seus progenitores ou figuras de
cuidado. Segundo a sua teoria a formação do apego nasce da necessidade que se
tem de se sentir seguro e protegido. Este sistema de apego mantém-se na vida
adulta, cooperando para a formação de atitudes do indivíduo nas relações
amorosas.
Perdas são grandes desafios da vida, parece que para algumas pessoas o
Luto é uma experiência intensa, para outras, moderada e o início do processo de
Luto é diferente de pessoa para pessoa, para uns podendo acontecer logo após a
perda e para outros adiado para alguma experiência futura, como por exemplo,
quando se vê uma fotografia da pessoa falecida ou em datas comemorativas como
aniversários de nascimento e falecimento ou festividades como o Natal. Dificilmente
alguém fica indiferente a ela quando se trata de uma pessoa importante para si, e se
acontecer em condições especiais agrava seu impacto e potencializa ainda mais sua
desorganização psíquica. Nas pesquisas de Parkes (1998), ele não encontrou
alguém que não tivesse tido alguma reação à perda em maior ou menor grau. Ele
compara a dor da perda como a uma ferida física relatando-a da seguinte forma:
Parkes (1998) também destaca outro ponto importante: assim como é preciso
que as pessoas tenham um tempo para se enlutar, é preciso também que tenham
um tempo para pôr fim ao Luto, para parar de se afastar da vida e para recomeçar
uma nova vida.
A perda de uma pessoa querida pode ser devastadora e a pessoa pode ser
levada a se sentir esmagada pela dor. Algumas entram em colapso quase que
imediatamente, ao passo que outras descobrem que têm tremendas reservas
interiores que as capacita a lidar até mesmo com períodos prolongados de crise
intensa. Ainda que um sujeito enlutado possa nunca se recuperar completamente da
perda, a maioria consegue retornar a uma vida produtiva e à restauração de seu
bem-estar mental e físico. (COLLINS, 2002; COLLINS, 2004).
Assim como ossos quebrados podem se tornar mais fortes do que os não
quebrados, a experiência de enlutamento pode fortalecer e trazer
maturidade àqueles que até então estiveram protegidos de desgraças. A
dor do Luto é tanto parte da vida quanto a alegria de viver; é, talvez, o preço
que pagamos pelo amor, o preço do compromisso. Ignorar esse fato ou
fingir que não é bem assim é cegar-se emocionalmente, de maneira a ficar
despreparado para as perdas que irão inevitavelmente ocorrer em nossa
vida, e também para ajudar os outros a enfrentar suas próprias perdas.
(PARKES, 1998, p. 23).
2) Fase do anseio e procura, podendo durar meses e até mesmo anos, onde
há a negação da perda e desejo que a figura perdida retorne. Os
pensamentos são ocupados com o morto constantemente. “Anseio é uma
resposta normal ao Luto. Quando ele diminui, pode ser um sinal de que o
Luto está terminando.” (WORDEN, 1998, p. 39).
O objetivo de se identificar fases do Luto não é para sugerir que toda pessoa
enlutada tenha que passar por esse processo na ordem e na forma acima citadas.
Ademais, cada pessoa experiencia-o com suas particularidades e de maneira
peculiar, podendo ocorrer variações como: em alguns momentos os sintomas são
ambíguos, ora parecendo ter superado a fase aguda do Luto, ora recaindo
novamente num momento de tristeza e angústia.
Worden (2008, p.51), aludindo a estas fases afirma que o conceito de “tarefas
do Luto” apresenta uma compreensão do trabalho de Luto muito mais útil para o
conselheiro. Ele fala de uma abordagem onde o Luto cria tarefas que precisam ser
executadas. Em sua opinião as tarefas sugerem que há algo que o enlutado
efetivamente precisa fazer sendo o agente de mudanças em sua vida, ao contrário
das fases ou estágios, como alguns as descrevem, que dão a entender como
alguma coisa que tem que ser atravessada e que pode ser influenciada pela
intervenção externa.
Freud (1916), fazendo analogia entre Luto e melancolia, refere que no Luto é
o mundo que se torna pobre e vazio e na melancolia 7 (depressão), que para ele era
uma forma patológica de Luto, é a pessoa que se torna pobre e vazia. Diante da
morte, o enlutado tem ciência do que perdeu, mas não o que ele perdeu nesse
alguém e, Parkes (1998) seguindo esta mesma linha, comenta que no Luto
raramente está muito claro o que foi perdido. Apesar de o Luto ser um processo
demorado e doloroso, Freud (1916) refere que este se resolverá por si só
paulatinamente, quando o enlutado encontrar objetos substitutivos para o que foi
perdido, prescindindo de intervenção externa.
Parkes (1998) alude que muitos dos que procuram ajuda psiquiátrica por Luto,
estão sofrendo de formas intensas e prolongadas de Luto. Suas pesquisas
realizadas com viúvas mostraram que a perda do marido é o tipo mais comum de
perda que ocasiona problemas psicológicos. Há evidências de que perdas de filhos
também podem causar distúrbios psicológicos.
7
Para a psicanálise,” tanto o termo depressão quanto a expressão estados depressivos, hoje tão
presentes em nosso cotidiano, têm sido pouco utilizados. O vocábulo melancolia, escolhido por
Freud, foi mais bem aceito e é tradicionalmente empregado.” (EDLER, 2008).
- O homem é um ser ambíguo. Um relacionamento altamente ambivalente
com hostilidade não-expressa, via de regra, impede as pessoas de terem um Luto
adequado. Na ambivalência, que são sentimentos simultâneos de amor e ódio, há
desejo pela morte do outro e quando esta ocorre, a pessoa que assim o desejou
pode apresentar quantidade excessiva de raiva e culpa e, mitiga esta culpa
permanecendo em um estado de Luto intenso e duradouro. (WORDEN, 1998).
Em estudos citados por Parkes (2006) concluiu-se que enlutados que mais
procuraram ajuda psiquiátrica foram aqueles que sofreram um ou mais tipos de
perdas traumáticas. Quando o Luto decorre de uma situação traumática, há um
grande impacto para a identidade e a capacidade de enfrentamento.
9
Psicopatologia: “pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento
mental do ser humano. Como campo de estudo inclui um grande número de fenômenos humanos
especiais ligados aos estados mentais e padrões comportamentais em conexão com as doenças
mentais e com a psicologia normal.” (DALGALARRONDO, 2000, p.22)
Define-se o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) 10 como sendo a
perturbação psíquica que “afeta pessoas que passaram por um evento psicológico
e/ou físico extremo, interpretado como particularmente doloroso”. (GREENBERG,
2002, p.50 ). Segundo Burns (2005), este quadro surge como uma
10
“Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): consiste num tipo de recordação que é melhor
definido como revivescência, pois é muito mais forte que uma simples recordação. Na revivescência
além de recordar as imagens o paciente sente como se estivesse vivendo novamente a tragédia com
todo o sofrimento que ela causou originalmente. O transtorno então é a recorrência do sofrimento
original de um trauma, que além do próprio sofrimento é desencadeante também de alterações
neurofisiológicas e mentais”. Disponível em <http://www.psicosite.com.br/tra/ans/estrespos.htm>.
Acesso em 20 Jun. 2010.
pela crise atua de maneira disfuncional diante de sua realidade e a oportunidade
está no fato de que a pessoa faz da tragédia pessoal um motivo para amadurecer e
crescer em todas as instâncias de sua vida. (LAZÁN, 1989)
11
Resiliência “é a capacidade para desenvolver-se bem, para continuar projetando-se no futuro
apesar dos acontecimentos desestabilizadores, de condições de vida difíceis e de traumas às vezes
graves. É a capacidade humana universal de lidar e superá-la, aprender ou mesmo ser transformado
com a adversidade inevitável da vida”. (ROCCA, 2007, p.10).
2.5. Luto e Saúde Integral: emocional e física
Parkes (1998, p. 34) faz menção a uma citação bíblica, que segundo ele,
provavelmente, é a origem da expressão “coração partido”. “Consertem o ´coração
partido´, disse Isaías e, a partir daí, parece ter persistido a idéia de que um Luto
grave pode danificar de alguma forma o coração.”
A literatura não deixa dúvida de que o Luto é um dos agentes estressores que
provocam males físicos. O termo estresse foi introduzido na medicina sendo definido
como “um conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a
uma situação que exige esforço para adaptação”. (CAMPOS, 1992 apud RUSCHEL,
2006). Como já foi referido, a reação ao estresse, implica em abundantes mudanças
em nosso corpo e
[...] entre as muitas doenças mentais que podem ser provocadas pelo Luto,
as mais freqüentes tendem a envolver formas atípicas de pesar embora
difiram em intensidade e duração das reações mais comuns do Luto, com
aspectos que podem ser exagerados ou distorcidos, e não diferem quanto
ao tipo. Não há sintomas que sejam peculiares ao Luto patológico, ainda
que pareça razoável considerar expressões extremas de culpa, sintomas de
identificação e adiamento do início do Luto por período superior a duas
semanas, como sendo indicadores de que a reação à perda poderá tomar
um curso patológico. (PARKES, 1998, p.143).
Parkes (1998) relata que pesquisas de colegas com pessoas com queixas de
saúde, tais como, glaucoma do ângulo fechado, câncer, distúrbios
cardiovasculasres, lúpus eritematoso disseminado, tireotoxicose, anemia perniciosa,
pneumonia, artrite reumatóide, tuberculose e colite ulcerativa; apresentavam alto
índice de perdas em suas histórias de vida. O autor segue falando que em outra
pesquisa com 72 viúvas entrevistadas após 2 anos de Luto; 43% queixavam-se que
sua saúde geral piorou após o Luto. Ele ainda cita outra pesquisa onde foi bastante
grande o número de queixas associadas ao Luto: dores de cabeça, problemas
digestivos, reumatismo e asma. O autor complementa dizendo que em suas próprias
pesquisas evidenciou-se que viúvas recém-enlutadas vão ao clínico geral num
intervalo menor do que o faziam antes do Luto. A maior freqüência ao clínico deu-se
por ansiedade, depressão, insônia e outros sintomas psicológicos, que eram
visivelmente atribuíveis ao Luto.
Por fim, mencionamos ainda a pesquisa feita por Madison et. al (Apud
PARKES, 1998) com viúvas com idade inferior a 60 anos, que configurou traços
típicos do Luto. Alguns dos sintomas encontrados foram: depressão, pânico, insônia,
perda de apetite, peso e fadiga. Subsequentemente, Parkes (1998) e companheiros
confirmaram essas pesquisas de Madison na Escola de Medicina de Harvard.
A morte de uma pessoa amada, como já vimos, provoca uma ampla gama de
reações que são naturais e esperadas após uma perda significativa. Observa-se que
com frequência as pessoas conseguem suportar uma situação de vida a qual
precisam adaptar-se e, salvo em períodos temporários de tensão ou crise incomuns,
têm os recursos adequados para superá-la. No entanto, algumas apresentam
dificuldades em lidar com seus sentimentos em relação à perda e, por isso não são
capazes de passar pelas tarefas de Luto por si mesmas, completando-as
satisfatoriamente. Nestes casos, o aconselhamento é recomendável para ajudá-las a
resolver seu Luto de forma mais eficaz. Parece que o aconselhamento pode ajudar
na prevenção de desenvolvimento de problemas mais sérios no processo de Luto.
Nessa linha de raciocínio Collins (2004) profere que a igreja tem a seu cargo
o cuidado pastoral uma vez que as escrituras pronunciam que os cristãos devem
carregar as cargas uns dos outros: “o aconselhamento pastoral pode e deveria ser
um ministério exercido por cristãos sensíveis e zelosos, tenham eles sido, ou não,
ordenados ao pastorado.”(p.15).
Clinebell (2007) fazendo eco com Collins (2004), expressa esse mesmo
argumento ao ver a Igreja como uma comunidade terapêutica: “membros da igreja
de um modo geral e a equipe poimênica15 leiga em particular deveriam estar
orientados para atuar como extensão sucedânea da família para aqueles que
carecem de um sistema de apoio, oferecendo-lhes quaisquer ajuda prática e apoio
emocional que necessitem.” (CLINEBELL, 2007, p. 217).
13
Schipani (2004) não aprova o modelo médico/psiquiátrico que trata o aconselhamento pastoral
como um ramo da indústria psicoterápica ou das profissões da saúde mental. Sua concepção de
aconselhamento pastoral consiste em integrar perspectivas e contribuições psicológicas e teológicas
no sentido de aprender uma com a outra aumentando ao máximo o potencial de complementaridade
entre cada disciplina, mas mantendo a integridade distinta de cada uma.
14
“Uso aqui o termo sacramento intencionalmente com o sentido triplo de sinal, símbolo e
instrumento da graça [...] a igreja é chamada a ser um frutífero instrumento da graça, meio e agente
da sabedoria alternativa de Deus no mundo e em benefício do mundo” (SCHIPANI, 2004, p. 78).
15
“Poimênica deriva da palavra grega poimen (pastor) e que também é uma disciplina da teologia
prática, voltada principalmente para o aconselhamento pastoral.” “Pode incluir as atividades da igreja
dirigidas para manter e restaurar a saúde e integralidade de indivíduos e comunidades no contexto
dos propósitos redentores de Deus para toda a criação.” (Schipani, 2004, p.7,15 – notas explicativas).
3.1. A ajuda que o conselheiro pode prestar aos enlutados
Várias são as fontes de ajuda que uma pessoa que passa pelo Luto pode
receber. Parkes (1998) realça que nossa primeira fonte de apoio é nossa família,
depois os amigos, médicos e os religiosos. Parkes (1998) também destaca que
estas duas últimas classes de pessoas têm recebido pouco treinamento para
prestarem apoio às pessoas que estão morrendo, e aos enlutados.
- O conselheiro pode ser útil para orientar a pessoa enlutada a postergar por
alguns meses decisões importantes, como: venda de um bem ou mudanças de casa
ou emprego. (COLLINS, 2004).
- Compete ao conselheiro ajudar a pessoa enlutada a entender a realidade da
perda para que consiga aceitar o fato. Também faz parte de sua função estimular a
manifestação de suas emoções, acolher, aceitar que, provisoriamente, é o substituto
da pessoa amada. Para tal, deve estar apto a dar conforto e ajudar o enlutado a
resgatar as esperanças, a fim de ajudá-lo a resolver os conflitos de separação do
ente querido e facilitar a tarefa de elaboração do Luto. (FREITAS, 2000). O
conselheiro que gastar seu tempo permitindo ao enlutado “falar sobre seus
sentimentos e temores estará dando uma nova dimensão ao aconselhamento e
maior profundidade à sua relação com essa pessoa”. (PARKES, 1998, p. 222).
- O agente de poimênica deve tomar cuidado para que a pessoa em Luto não
seja estimulada a uma dependência doentia, escondendo-se da realidade e negando
o que lhe aconteceu. Um dos alvos a ser estabelecido pelo conselheiro para ajudar o
aconselhando a resolver sua perda é mostrar-lhe como ativar recursos disponíveis
tanto internos quanto externos para que consiga lidar de forma saudável com a crise
da perda e suas ramificações nos níveis pessoais e familiar. (CLINEBELL, 2007).
2) Facilitando a catarse:
Não tenha medo de falar com a pessoa afetada acerca de suas emoções:
se elas forem elaboradas e resolvidas, não haverá problemas. Se isso não
foi feito, a pessoa já se encontra com vários meses de atraso no processo
de elaboração do Luto, e a melhor terapia possível nesse momento é
justamente começar a falar sobre essas perdas. (LAZÁN, 1989, p. 26).
Incentive-a a falar, “falar é o melhor remédio”. (BURNS, 2005, p.36). Falar
ajuda a aceitar a realidade da perda. Falar tende a evitar sintomatizações. “Quando
a boca cala o corpo fala (surgem os sintomas) e quando a boca fala o corpo sara”
(informação verbal)16.
Entre os fatores de risco que tendem ao suicídio estão: insônia crônica; ter
visões ou ouvir vozes que lhe dão ordens; sofrer perdas múltiplas dos únicos entes
queridos, várias ameaças de suicídio, história prévia de tentativa de suicídio pessoal
ou de familiares, alcoolismo ou abuso de drogas, etc. Merece atenção também
16
Frase citada pela Profª Fátima Fontes em sala de aula no curso de pós-graduação em
Aconselhamento, Faculdade Teológica Batista de São Paulo, ano 2009-2010.
17
Nota da autora: a questão do suicídio não está dentro do foco que demos ao nosso trabalho, mas
achamos importante pontuarmos essas poucas instruções de aconselhamento caso seja
diagnosticado um potencial suicida no enlutado.
atitudes suspeitas, tais como: deixar organizados seus futuros assuntos pessoais,
aparentar estar se preparando para uma longa viagem ou uma repentina serenidade
inexplicada etc. (LAZÁN, 1989).
5) Encaminhamento oportuno:
7) Ajudas adicionais:
No Brasil há organizações que lidam com as questões de perda, que prestam
ajuda e oferecem treinamento para aqueles que desejam trabalhar com pessoas em
situação de Luto:
Rede SOS Global – tem como missão enviar ajuda integral na forma de
socorro médico, técnico, alimentar, psicológico e espiritual, no prazo mais curto
possível, a partir da Igreja brasileira, para os locais onde acontecem catástrofes de
desastres naturais e, ou humanos (guerra), em qualquer parte do mundo, com
grande número de vítimas necessitando de ajuda emergencial. Site:
http://www.sosglobal.org.br/
- Quem está de Luto deve descobrir meios e caminhos para sua recuperação.
Um grupo de suporte ao Luto deve ser um lugar adequado para se trocar ideias,
sentimentos e emoções. Um lugar ideal para que se possa debater os prós e os
contra de algumas mudanças que podem ocorrer num momento de sofrimento.
Sobre a organização dos grupos de aconselhamento para o Luto, D
´Assumpção (2003) nos apresenta dois modelos de curto prazo, que segundo sua
experiência tem alcançado excelentes resultados. O primeiro modelo é realizado em
seis sessões de duas horas cada uma, uma ou duas vezes por semana. E o
segundo, com duração de um dia. Este autor considera o primeiro modelo mais
eficaz por causa do maior tempo para o trabalho individual, mas afirma que o
segundo modelo também consegue ótimos resultados.
Há que se tomar cuidado para que o grupo de ajuda mútua não seja
dominado pelos membros mais perturbados. Precisa ser conduzido por um líder
bem-treinado para que não se torne antiterapêutico. (PARKES, 1998).
Aqueles que têm pais idosos sabem que a qualquer momento poderão perdê-
los. Fazer de conta que isto nunca acontecerá, não querer tocar no assunto, só
aumenta a dor e angústia quando somos “pegos de surpresa”. Cristo disse: “no
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Segundo alguns autores da temática do Luto afirmam, a tendência hoje e para os próximos
tempos é a de diminuição da negação da morte, pois nos últimos tempos surgiu a Educação para a
morte matéria e assunto que vem permitindo que mais pessoas tenham um aprendizado maior sobre
a morte, morrer e luto, principalmente os profissionais da área de saúde. No Brasil pesquisadoras
como Maria Julia Kovács do LEM - Laboratório de Estudos Sobre a Morte da USP e Maria Helena
Franco Bromberg do LELÚ - Laboratório de Estudos e Intervenções sobre o Luto da PUC são os
nomes mais citados e requisitados quando se trata desse assunto.
mundo tereis aflições”.19 Viver num mundo de negação com dificuldade para aceitar
que a vida é cheia de tribulações denota a nossa imaturidade e falta de sabedoria.
No Luto somos marcados pela dor. Ela é concreta e deve ser corretamente
vivida. É importante que os que desejam ajudar e os próprios enlutados reconheçam
suas necessidades psicológicas. O tempo psicológico para cada individuo é único. A
alma pede tempo e disposição para esse tempo. “O luto é um processo de
aperceber-se de tornar real o fato da perda. [...] A pessoa enlutada sente-se apoiada
quando aqueles que estão próximos mostram não ter medo de deixar emergir sua
tristeza.” (PARKES, p. 205).
Uma das mais importantes vantagens do pastor é não precisar esperar até
que as pessoas peçam ou procurem ajuda. Conforme a definição do papel
profético do pastor, espera-se que nós tomemos a iniciativa no sentido de
proporcionar ajuda a pessoas que dela precisam, mas que ainda não estão
dispostas a pedir auxílio. [...] o aconselhador pastoral pode tomar a
iniciativa, entrando em contato com as pessoas em crise e estabelecendo
relacionamentos de confiança com elas, de modo que sejam capazes de
aceitar a ajuda oferecida. (CLINEBELL, 2007, p. 34)
Durante o tempo de perda e Luto o pastor tem a oportunidade de expressar
sentimentos solidários e apoio sendo um “amigo-consolador-conselheiro” dos
parentes enlutados (KASTENBAUM & AISENBERG, 1983, p.192-194). Percebe-se
que a comunidade de pertença do pastor o vê como uma figura de pai. Quantas
vezes precisamos da atitude, da presença, do amor de um pai e, por diversos
motivos, não encontramos. É importante que o pastor aceite seu papel de pai e sua
vocação de parceria com Deus em beneficio do aconselhando.
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