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ABORDAGENS CLÁSSICA, BUROCRÁTICA E SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO

 Os pressupostos teóricos da administração científica visam contribuir diretamente para a maior eficiência dos processos
produtivos, incluindo a redução dos custos de produção.
 A principal preocupação de Taylor era o aumento da eficiência na produção, o que reduziria os custos e aumentaria os
lucros, possibilitando aumentar a remuneração do trabalhador a partir de sua maior produtividade.
 A administração científica constitui uma combinação de princípios, os quais podem ser assim sumariados: ciência, em
lugar de empirismo; harmonia, em vez de discórdia; cooperação, e não individualismo; rendimento máximo, em lugar
de produção reduzida; e desenvolvimento de cada homem, no sentido de alcançar maior eficiência e prosperidade.
 Henry Ford desenvolveu três princípios de administração, que podem ser assim resumidos:

1) princípio da intensificação: consiste em reduzir o tempo de produção com o emprego imediato dos equipamentos e
matérias-primas e a rápida colocação do produto no mercado.
2) princípio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o estoque da matéria-prima em transformação, de tal
forma que uma determinada quantidade de automóveis (a maior possível) já estivesse sendo vendida no mercado
antes do pagamento das matérias-primas consumidas e dos salários dos empregados.
3) princípio de produtividade: consiste em aumentar a quantidade de produção por trabalhador na unidade de tempo
mediante a especialização e a linha de montagem.

 As origens da abordagem clássica da administração estão relacionadas ao crescimento acelerado e desorganizado


das empresas e à necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações.
 As principais contribuições da abordagem clássica da administração se referem às preconizadas por Taylor e por Fayol.
Enquanto Taylor focalizava as atividades nos níveis baixos (inferiores) da organização, Fayol encarava a administração
sob o ponto de vista do executivo de alto nível.
 Com sua clara preocupação com a estrutura organizacional, Fayol apresentava a necessidade de uma estrutura do
tipo linear, que é aquela baseada nas ordens que são dadas do chefe para o subordinado, de cima para baixo na
estrutura organizacional, sendo que cada área termina tomando as decisões relativas ao seu próprio trabalho. Perceba
que, esse tipo de estrutura organizacional termina sendo baseado nos princípios da unidade de comando, unidade de
direção, centralização da autoridade e cadeia escalar.
 Existem três tipos de autoridade legítima: a tradicional, a carismática e a legal.
 o caráter legal das normas e regulamentos é uma das características do modelo burocrático de Weber
 Homeostasia dinâmica diz que a organização é um SISTEMA ABERTO.
 Fayol definiu a administração como um conjunto de diferentes atividades que representam a função do administrador
em uma empresa: POC³ (Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar).
 Na administração científica, Taylor focava o estudo dos tempos e movimentos dos empregados como forma de
melhorar o desempenho do "chão de fábrica". Ou seja, a organização era observada de baixo para cima. Com foco
nas tarefas.
 A Teoria das Relações Humanas é marcada pela introdução da aplicação de uma abordagem mais humanística na
administração das organizações, em que seu foco são as pessoas, e não as tarefas.
 O contexto de trabalho nos modos de flexibilização do capital tem produzido efeitos nefastos para as relações humanas
e para os processos de subjetivação. As dimensões psíquicas são capturadas no jogo da dominação-resistência,
resultante da lógica produtivista, o que induz os trabalhadores à servidão voluntária, em vez da emancipação. A
emancipação é central para a configuração de uma organização do trabalho que atenda as dimensões da racionalidade
instrumental e da racionalidade subjetiva ao mesmo tempo.
 Abordagem Clássica dá ÊNFASE nas TAREFAS. A abordagem clássica (Taylor e Fayol) tinha a ideia central no
desenvolvimento de uma visão científica da administração, com princípios e normas que deveriam ser seguidos para
que ela pudesse ser eficiente. A preocupação era a eficiência, sempre.
 O Fayolismo propiciou ao trabalhador um espaço criativo e de iniciativa, o que promoveu o sentido do trabalho no
trabalhador.
 Para a administração científica, a cadeia de comando, a autoridade e a unidade de comando constituem postulados
básicos que são considerados na criação da estrutura organizacional, mas que perderam sua relevância por causa dos
avanços da tecnologia de computação e da tendência de autonomia que os funcionários possuem atualmente.
 Segundo Fayol, as funções básicas da organização são divididas em seis atividades de igual importância: técnica,
comercial, financeira, de segurança, de contabilidade e de administração.
 A teoria que enfatiza o operário como fator produtivo é a científica, de Frederick Taylor. A teoria de Fayol foca o aumento
da eficiência e da produtividade por meio da adequada disposição dos órgãos na estrutura organizacional
 A disposição adequada das unidades e a definição de responsabilidades para cada uma delas, como forma de alcançar
a eficiência organizacional, eram as preocupações principais da Teoria Clássica de Fayol. Administração Científica de
Taylor tinha o enfoque no 'chão de fábrica', ou seja, no trabalhador como fonte produtora, preocupando-se com a
eficiência
 As funções clássicas do administrador, segundo a teoria de Fayol, são: organizar, planejar, coordenar, comandar e
controlar; funções estas que ainda hoje são exercidas nas relações de produção mais tradicionais.
 Os princípios de administração científica de intensificação, de economicidade e da produtividade são os princípios
destacados pelo Fordismo.
 A racionalização do trabalho, segundo Taylor, era vista como um meio de aumentar a eficiência da produção, evitando
desperdício e promovendo prosperidade entre patrões e empregados, sendo esses os primados da administração
científica.
 a abordagem clássica é voltada para uma visão mecanicista, priorizando a relação com as máquinas e não com o
cidadão.
 A teoria clássica enfatiza a organização formal. Para atingir os objetivos e manter o equilíbrio interno entre os órgãos,
cargos e ocupantes, a organização formal abrange, entre outros, a estrutura organizacional e as normas da
organização.
 De acordo com a teoria da administração científica, o administrador terá um papel primordial na otimização das tarefas
desenvolvidas pelos empregados.
 Taylor e Fayol conceberam a ideia de que um trabalho deve ser executado de maneira científica para promover maior
eficiência de tempo e de energia.
 As críticas contra a Organização Científica do Trabalho (OCT) suscitaram concepções rivais, sendo uma delas a
denominada dinâmica de grupo.
 Apesar das semelhanças referentes à universalidade da administração, as teorias de Taylor e de Fayol partiram de
polos opostos da hierarquia organizacional.
 A teoria clássica da administração se preocupou unicamente com a estrutura formal das organizações, não admitindo
a existência da estrutura informal.
 Os pressupostos defendidos por Taylor preconizavam que o operário deveria saber cada vez menos do todo que
constituía seu trabalho, para passar a saber cada vez mais a respeito da parte que lhe pertencia
 São características que marcam a utilização dos pressupostos da teoria científica: a supervisão funcional, o aumento
da produção pela eficiência do nível operacional, a divisão do trabalho e o incentivo salarial.
 De acordo com a teoria clássica da administração, o incentivo do trabalhador centraliza-se na recompensa econômica,
e a eficiência da empresa relaciona-se à divisão do trabalho e à especialização.
 Os meios utilizados pelas organizações para atingir eficientemente seus objetivos incluem a definição da estrutura
formal, que é a estrutura planejada, em que se determinam as relações de autoridade e de poder.
 Os meios utilizados pelas organizações para atingir eficientemente seus objetivos incluem a definição da estrutura
formal, que é a estrutura planejada, em que se determinam as relações de autoridade e de poder.
 A administração pública burocrática se preocupa com o processo legalmente definido por meio de normativos; a
administração pública gerencial é orientada mais para resultados.
 A Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado
liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios
orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a
impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal
 No patrimonialismo, o Estado é uma extensão do poder soberano, e o interesse público e o privado são confusos, sem
diferenciação entre os bens do governante e os bens públicos.
 A administração pública gerencial foi implantada no Brasil, no final do século XX, em substituição ao modelo
burocrático, incompatível com o avanço do capitalismo
 A administração pública burocrática é orientada para a racionalidade absoluta e prevê o controle rígido dos processos
e procedimentos como o meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção.
 o paradigma gerencial fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão exige formas
flexíveis de gestão.
 O modelo burocrático adotado no Brasil caracteriza-se pela racionalidade absoluta e pela grande despersonalização
no relacionamento.
 A qualidade na administração burocrática significava a efetividade no controle.
 A burocracia nos moldes weberianos é definida como o tipo ideal de organização que aplica, em sua forma mais pura,
a autoridade racional-legal.
 O modelo gerencial está apoiado em alguns fundamentos do modelo burocrático.
 No contexto da administração pública burocrática, o interesse público é frequentemente identificado com a afirmação
do poder do Estado.
 o modelo burocrático teve início da década de 1930
 O governo autoritário de Vargas investiu na modernização da máquina administrativa do Estado por meio da difusão
dos paradigmas burocráticos de Max Weber
 No Brasil, a evolução da burocracia deu-se de forma lenta e superficial nos primeiros cem anos de independência,
encontrando seu ponto de inflexão e aceleração na Revolução de 1930.
 A Administração pública burocrática não mais está vigente no Estado brasileiro, sendo vigente a Administração pública
gerencial, que agora foca na eficiência, eficácia e no resultado para o cidadão.
 Para Max Weber, todas as organizações formais, desde as pequenas empresas até as grandes corporações são
burocracias, que se fundamentam na autoridade legal-racional (autoridade das leis).
 O clientelismo, o fisiologismo e a corrupção são exemplos de consequências advindas do modelo patrimonialista de
administração pública.
 Getúlio Vargas, na década de 30 do século passado, teve um papel importante na evolução da administração pública
no Brasil, ao promover a racionalização burocrática do serviço público, por meio da padronização, normatização e
implantação de mecanismos de controle.
 Para Max Weber, o tipo mais puro de dominação legal é o que se exerce por meio de um quadro administrativo
burocrático. O conjunto desse quadro administrativo compõe-se, no tipo mais puro, de funcionários individuais, que,
entre outras características, são nomeados — e não eleitos — e têm a perspectiva de uma progressão por tempo de
serviço e(ou) eficiência
 Enquanto o modelo burocrático enfatiza os processos atuando de forma mais autoritária, o modelo de administração
pública gerencial tende a enfatizar os resultados, tendo como instrumentos a parceria com a sociedade e a cooperação
no nível vertical entre administradores e funcionários públicos, entre sindicatos e governos
 De acordo com os pressupostos da administração pública burocrática, o gestor público deve adotar controles rígidos,
em função da desconfiança prévia em relação aos administradores públicos e aos cidadãos.
CONVERGÊNCIAS E DIFERENÇAS ENTRE A GESTÃO PÚBLICA E A PRIVADA

 O interesse mobilizador da gestão privada é a lucratividade; o da gestão pública é a efetividade.


 Na gestão de organizações privadas, utilizam-se estratégias de segmentação do mercado, definindo-se diferenciais de
tratamento para grupos. Na gestão pública, por outro lado, não se deve, por uma questão de isonomia, discriminar
grupos de pessoas. Os casos de tratamento diferenciado, nas organizações públicas, devem-se restringir aos previstos
em lei.
 Diferentemente das organizações privadas, as organizações públicas são regidas pela supremacia do interesse público
e pela obrigação da continuidade da prestação do serviço público.
 O setor privado visa ao lucro, ao passo que a administração pública visa ao bem-estar da coletividade.
 Modelos de excelência voltados para organizações públicas devem considerar os princípios, os conceitos e as
linguagens que caracterizam sua natureza pública e que causam impacto em sua gestão.
 A administração gerencial aplicada na Administração Pública não é a mesma da iniciativa privada, haja vista as
particularidades que permeiam a Administração Pública. Em outras palavras: a administração gerencial privada foi
adaptada à realidade pública.
 O balanced scorecard traduz a missão e a estratégia das organizações em um conjunto abrangente de medidas de
desempenho que serve de base para um sistema de medição e gestão estratégica que visa evitar a dispersão de ações
e recursos empreendidos.
 No Brasil, a gestão privada, em relação à gestão pública, é mais flexível no que se refere ao tratamento de questões
administrativas no âmbito das funções de planejamento, organização, direção e controle. No setor público, o tratamento
dessas questões é determinado, principalmente, pelas peculiaridades da burocracia sistêmica predominante nesse
setor
 As organizações privadas podem deixar de fornecer, por exemplo, determinados dados financeiros, para resguardar
as suas estratégicas. Em contrapartida, na gestão pública, a transparência das ações e decisões deve existir, salvo
quando houver questões que envolvam segurança nacional ou demais exceções respaldadas na CF.
 A administração pública pode praticar ato em regime de direito privado, abrindo mão de sua supremacia de poder
público.
 Uma das marcantes diferenças da gestão pública em relação à gestão privada é o princípio da legalidade que vincula
o gestor público, pois, enquanto ao gestor privado é permitido fazer tudo o que não lhe for proibido em lei, ao gestor
público é permitido fazer apenas aquilo que estiver previsto em lei.
 Mesmo com a seleção de pessoal realizada por meio de concurso público, o gestor público pode utilizar-se dos mesmos
instrumentos de recrutamento e seleção utilizados no setor privado, com o objetivo de melhor distribuir a força de
trabalho disponível.
 A gestão associada designa a atuação conjunta dos entes estatais nas matérias de competência comum, e se
materializa por meio de convênio, quando se tratar de entidades de diferentes esferas governamentais, ou por
consórcio, quando as entidades forem da mesma esfera.
 Na administração pública, os interesses próprios do administrador devem ser relegados em favor dos interesses da
coletividade, o mesmo acontecendo na administração de empresa privada em relação aos interesses dessa empresa.
 Balanced Scorecard (BSC) é uma técnica que visa a integração e balanceamento de todos os principais indicadores
de desempenho existentes em uma empresa, desde os financeiros/administrativos até os relativos aos processos
internos, estabelecendo objetivos da qualidade (indicadores) para funções e níveis relevantes dentro da organização,
ou seja, desdobramento dos indicadores corporativos em setores, com metas claramente definidas. Assim, esse
modelo traduz a missão e a estratégia de uma empresa em objetivos e medidas tangíveis.
EXCELÊNCIA NOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Inovações tecnológicas, tem sido determinante para o acirramento da competitividade internacional. A qualidade das
instituições públicas afeta a competitividade do Brasil.
A missão do Estado é dar condições estruturais favoráveis ao desenvolvimento econômico e social.
Para fazer frente a competitividade internacional é necessário ter produtividade.
Um dos fatores que mais provoca perda de produtividade nos serviços públicos é o excesso de burocracia, que além
de não impedir corrupções e fraudes, tem inibido o desempenho das empresas, motivado a sonegação fiscal e
incentivado a informalidade.
Longas filas nas repartições públicas, morosidade do andamento de processos judiciais, demora na aprovação de
projetos e regulamentação de leis e exigências exageradas para abertura de empresas são alguns indicadores de
baixo índice de produtividade.
Agregar valor na gestão pública significa investir em projetos que aumentem a produtividade oferecendo à população
um dos mais valiosos bens da atualidade – a praticidade.
A excelência dos serviços públicos, especialmente em educação e saúde, é a melhor das estratégias para reduzir a
vergonhosa desigualdade social – referência maior do oceano de pobres e da ilha de ricos.
A chave da eficácia encontra-se na redução das atividades-meios e na eliminação das formalidades que não
agregam valores às atividades-fim. O maior desafio da classe política e dos gestores públicos é transformar uma
instituição mecânica, em orgânica. Gestão transparente, interativa e que coloque (mesmo) o cidadão em primeiro
lugar – é um modelo exemplar.
Entre os seus objetivos destaque para a melhoria da qualidade, aumento da produtividade, redução do Custo Brasil,
praticidade no atendimento aos cidadãos e valorização dos servidores públicos.
Somente a consolidação da cultura de responsabilidade social, que deve nortear a gestão pública.
Conforme enfatiza Augustinho Vicente Paludo, “a questão da excelência em serviços públicos está atrelada às
melhorias acumuladas no decorrer do processo de modernização, à utilização de ferramentas da qualidade, à
situação orçamentário-financeira do Estado para custeio da prestação dos serviços e ao padrão de relacionamento
entre o Estado e a sociedade”.

Costuma cair em provas de concursos o Modelo de Excelência em Gestão Pública, que objetiva construir
organizações públicas orientadas para resultados com foco no cidadão.
O Modelo de Excelência em Gestão Pública tem como base os princípios constitucionais da administração pública,
e como pilares os fundamentos da excelência gerencial.
O Modelo de Excelência em Gestão Pública está alicerçado em padrões internacionais de qualidade de gestão, e
expressa o entendimento atual sobre o “estado da arte” da gestão contemporânea.
Se constitui em representação de um sistema de gestão que atua no sentido de aumentar a eficiência, a eficácia e a
efetividade das ações executadas. É constituído por uma série de elementos integrados, que orientam a adoção de
práticas de excelência em gestão com a finalidade de levar as organizações públicas brasileiras a padrões elevados
de desempenho e de qualidade em gestão.
Fiz um resumo dele, mas sugiro que dê uma lida nele, pois como disse antes, costuma cair em concursos perguntas
relacionadas a ele. modelo de excelência em gestão pública 2014

MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PÚBLICA


Fortalecer os sistemas de gestão da Administração Pública implica adotar práticas e tecnologias gerenciais que
contribuam para a ampliação da capacidade de governança e governabilidade das suas estruturas executivas e que
promovam o aprofundamento dos princípios definidos na Constituição Federal.
É fundamental respeitar o processo de aprendizagem e maturidade dos agentes públicos e da própria sociedade
brasileira e buscar soluções que possam, de fato, responder aos problemas internos.
Partimos da premissa de que, enquanto as organizações do mercado são conduzidas pela
autonomia da vontade privada, os órgãos ou entidades públicas são regidos pela supremacia do interesse público e
pela obrigação da continuidade da prestação do serviço público, tratando a todos igualmente e com qualidade. O
tratamento diferenciado restringe-se apenas aos casos previstos em lei.
O Modelo de Excelência em Gestão Pública, referenciado nos valores e fundamentos consignados, especialmente,
nas disposições da Constituição Federal Brasileira e no ordenamento legal, que orientam e delimitam as formas de
funcionamento e organização da Administração Pública.
O ponto de partida da construção do Modelo de Excelência em Gestão Pública repousa sobre a premissa de que a
administração pública tem que ser excelente, conciliando esse imperativo com os princípios que deve obedecer, os
conceitos e a linguagem que caracterizam a natureza pública.

Fundamentos Constitucionais
1 Legalidade
Em decorrência do princípio da legalidade, somente a lei pode delegar competências e poderes à Administração
Pública e aos seus agentes públicos;
2. Princípio da Separação entre os Poderes.
Para garantir a Ordem Democrática, a Constituição prevê a sua tripartição, a fim de que as funções políticas,
judicantes e executivas sejam exercidas de forma independente, ainda que harmônica. (CF, art. 2º).
3. Orientação fundamental à consecução dos objetivos da República Federativa do Brasil
A principal finalidade da Administração Pública é alcançar os objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil – de construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e
a marginalização; de reduzir as desigualdades e de promover o bem de todos, sem preconceitos (CF, art. 3º).
Esses objetivos devem orientar toda a sua atuação.
4. Princípio da centralidade dos direitos individuais e sociais
As atividades estatais na área de provimento dos direitos sociais exigem estruturas e processos ágeis e flexíveis.
5. Princípio da descentralização federativa
A descentralização federativa implica compartilhamento de responsabilidades entre as três esferas de governo na
execução das políticas públicas.
6. Princípio da participação social na governança das instituições.
É necessário o fortalecimento da participação social nos processos de formulação, acompanhamento, avaliação e
controle de políticas públicas, especialmente, nas áreas de prestação de serviços sociais diretos à população.
7. Funcionamento em rede. Parceria com a sociedade civil
É importante fortalecer as relações de cooperação, dentro de um espírito de confiança mútua entre os agentes
estatais e privados.
8. Os princípios da administração pública brasileira
Em se tratando de gestão do Estado, é essencial acrescentar, ainda, os princípios constitucionais específicos para a
administração estabelecidos no artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil: “a administração pública
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Fundamentos da Gestão Pública Contemporânea
O Modelo de Excelência em Gestão Pública está, também, alicerçado em fundamentos próprios da gestão de
excelência contemporânea, a seguir apresentados:
1 – Pensamento sistêmico
Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como
entre a organização e o ambiente externo, com foco na sociedade.
2 – Aprendizado organizacional
Busca contínua e alcance de novos patamares de conhecimento, individuais e coletivos, por meio da percepção,
reflexão, avaliação e compartilhamento de informações e experiências.
3 – Cultura da Inovação
Promoção de um ambiente favorável à criatividade, à experimentação e à implementação de novas ideias que
possam gerar um diferencial para a atuação da organização.
4 – Liderança e constância de propósitos
A liderança é o elemento promotor da gestão, responsável pela orientação, estímulo e comprometimento para o
alcance e melhoria dos resultados organizacionais e deve atuar de forma aberta, democrática, inspiradora e
motivadora das pessoas, visando ao desenvolvimento da cultura da excelência, a promoção de relações de
qualidade e a proteção do interesse público. É exercida pela alta administração, entendida como o mais alto nível
gerencial e assessoria da organização.
5 – Orientação por processos e informações
Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que agreguem valor para as
partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e a execução de ações devem ter como base a medição e
análise do desempenho, levando em consideração as informações disponíveis.
6 – Visão de Futuro
Indica o rumo de uma organização e a constância de propósitos que a mantém nesse rumo. Está diretamente
relacionada à capacidade de estabelecer um estado futuro desejado que garanta coerência ao processo decisório e
que permita à organização antecipar- se às necessidades e expectativas dos cidadãos e da sociedade. Inclui,
também, a compreensão dos fatores externos que afetam a organização com o objetivo de gerenciar seu impacto na
sociedade.
7 – Geração de Valor
Alcance de resultados consistentes, assegurando o aumento de valor tangível e intangível de forma sustentada para
todas as partes interessadas.
8 – Comprometimento com as pessoas
Estabelecimento de relações com as pessoas, criando condições de melhoria da qualidade nas relações de trabalho,
para que elas se realizem profissional e humanamente, maximizando seu desempenho por meio do
comprometimento, de oportunidade para desenvolver competências e de empreender, com incentivo e
reconhecimento.
9 – Foco no cidadão e na sociedade
O pressuposto central da excelência no serviço público é a atenção prioritária ao cidadão e à sociedade na condição
de usuários de serviços públicos e destinatários da ação decorrente do poder de Estado, exercido pelas
organizações públicas. Este fundamento envolve não apenas o cidadão individualmente, mas todas as formas pelas
quais se faça representar: empresas, associações, organizações e representações comunitárias.
10 – Desenvolvimento de parcerias
Desenvolvimento de atividades conjuntamente com outras organizações com objetivos específicos comuns,
buscando o pleno uso das suas competências complementares para desenvolver sinergias.
11 – Gestão participativa
Estilo de gestão que determina uma atitude gerencial da alta administração que busque o máximo de cooperação das
pessoas, reconhecendo a capacidade e o potencial diferenciado de cada um e harmonizando os interesses
individuais e coletivos, a fim de conseguir a sinergia das equipes de trabalho.

Visão sistêmica do Modelo de Excelência em Gestão Pública


A excelência da gestão pública implica a adoção de métodos e instrumentos de gestão adequados, eficazes e
eficientes, que favoreçam o alcance de padrões elevados de desempenho e qualidade em cada uma dessas
dimensões.
O investimento permanente e contínuo em práticas de excelência em todas as dimensões do sistema.
1. As dimensões do MEGP
O MEGP organiza a gestão com alto desempenho institucional e excelência gerencial e subsidia a promoção da
melhoria da Gestão do órgão/entidade pública.
1.1. Dimensão Governança
Governança pode ser entendida como o exercício de autoridade, controle, gerenciamento e poder de governo. É a
maneira pela qual o poder é exercício no gerenciamento dos recursos econômicos, políticos e sociais para o
desenvolvimento do país.
1.2. Dimensão Estratégia e Planos
Uma gestão pública de excelência deve contemplar processos formais de formulação e implementação da estratégia,
fundamentados no exercício de pensar o futuro e integrados ao processo decisório.
1.3. Dimensão Público Alvo
Esta dimensão refere-se às práticas gerenciais direcionadas ao relacionamento do órgão/entidade com a sociedade e
abrange a imagem institucional, o conhecimento que a sociedade tem do órgão ou entidade e a maneira como se
relaciona com a sociedade e induz sua participação.
1.4. Dimensão Interesse Público e Cidadania
A Dimensão Interesse Público e Cidadania diz respeito à observância do interesse público e ao regime administrativo
e a participação e o controle social.
1.5. Dimensão Informação e Conhecimento
A Dimensão representa a capacidade de gestão das informações e do conhecimento, especialmente a
implementação de processos gerenciais que contribuam diretamente para a seleção, coleta, armazenamento,
utilização, atualização e disponibilização sistemática de informações atualizadas, precisas e seguras aos usuários
internos e externos, com o apoio da tecnologia da informação.
1.6. Dimensão Pessoas
A excelência da gestão pública pressupõe sistemas de trabalho estruturados, que considerem as competências, os
requisitos técnicos, tecnológicos e logísticos necessários para a execução dos processos institucionais, de forma a
cumprir as finalidades do órgão ou entidade.
1.7. Dimensão Processos
A Gestão pública de excelência exige processos finalísticos e de apoio adequadamente estruturados, a partir da
estratégia institucional, com base nos recursos disponíveis, nos requisitos dos públicos alvos e nas possibilidades e
limitações jurídico-legais.
1.8. Dimensão Resultados
De nada adianta o investimento nas sete primeiras dimensões se esse investimento não gerar os resultados
esperados para a sociedade, o mercado e o próprio setor público.
A Gestão orientada para Resultados é considerada uma poderosa ferramenta metodológica de monitoramento e
avaliação das ações dos governos em sistemas políticos democráticos.
Avaliar os resultados obtidos nas ações de governo, respeitando as dimensões de eficiência, eficácia e efetividade,
permite aos agentes políticos estabelecer correções nos rumos dos seus processos de trabalho, como também
propicia oportunidades de desenvolver estratégias de acompanhamento aos cidadãos.

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