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Renata Mariana Rezende

OAB/MG 150.945
Rua Professor Nixon, nº 65, Vila Dalva
São Sebastião do Paraíso/MG
(35) 3531-3185 (35) 9937-7112 (35) 9224-1416
e-mail: renatarezende1301@yahoo.com.br
_________________________________________________

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA COMARCA DE


SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO/MG

AILTON SANDALO, brasileiro, solteiro, portador do documento


de identidade sob o n.º 22.297.167, CPF sob o n.º 177.681.638-26,
residente e domiciliado na Rua José Orlando Colombaroli, nº 40, bairro
Jardim Canadá, cidade de São Sebastião do Paraíso, estado Minas Gerais,
CEP 37.950-000, vem a presença de Vossa Excelência propor a presente,

AÇÃO JUDICIAL PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ C/C MAJORAÇÃO DE 25% COM PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA

Em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia Federal


criada pela lei nº. 8029, art. 14, de 12/04/1990 e pelo decreto nº. 99350
de 27/06/1990, com sede na capital federal e representação judicial na
cidade de São Sebastião do Paraíso/MG, na rua Dr. Placidino Brigagão,
1194, centro, nesta cidade, pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.
1- DOS FATOS

A Parte Autora sofre de Esquizofrenia Hebefrenica, há


aproximadamente 10 anos, apresentando alucinações e delirium, fazendo
uso dos seguintes medicamentos: Assert, Quetiapina, Olanzapina, H. de
Rivastigmina e Carbamazepina, o que o torna incapaz para o seu trabalho
habitual em qualquer função.
Diante do seu quadro clínico, postulou, em (data do
requerimento administrativo do benefício), a concessão de benefício por
incapacidade, o qual restou indeferido pelo Instituto Nacional do Seguro
Social, por entender que não foi constatada a incapacidade para o
trabalho.
Porém, conforme se extrai dos atestados e exames anexos e,
segundo informações da Parte Autora, esta continua doente e sem
condições de trabalho.
Destarte, busca a Parte Autora a tutela jurisdicional do Estado
para ver garantido o seu direito de ter o seu auxílio doença convertido em
aposentadoria por invalidez com o acréscimo de 25% sobre o valor do seu
benefício de aposentadoria por invalidez.

2- FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO

2.1 – DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

A pretensão que fundamenta a presente ação judicial vem


amparada nos arts. 42 e 59 da Lei n.º 8.213/91, que dispõem:

Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida,


quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado
que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado
incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga
enquanto permanecer nesta condição.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo
cumprido, quando for o caso, o período de carência exigida nesta
Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual; por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

De acordo com os atestados e exames anexos, a Parte Autora


sofre de Esquizofrenia Hebefrenica, impossibilitando o seu retorno ao
trabalho.
Também, in casu, não se pode perder de vista o parecer técnico
do médico assistente da Parte Autora, indicando que, atualmente, está
incapacitado(a) para o trabalho. Tudo isto é o que se pode extrair do laudo
médico anexo.
Atestado/ Laudo médico – Doutor Daniel Figueiredo de Paula,
Neurologista, CRM 48.170:
Conclusão: “O paciente Ailton Sandalo apresenta quadro de
esquizofrenia hebefrenica diagnosticada há 10 anos. Apresenta
alucinações e delirium, em tratamento farmacológico com olanzapina,
carbamazepina, quetiapina e sertralina. Não apresenta condições de
exercer qualquer tipo de atividade laboral, devido ao avanço do quadro
neuropsiquiátrico.
O diagnóstico feito pelos peritos médicos do INSS foi realizado de
forma superficial e, inobstante o conhecimento destes profissionais, não é
crível que uma mera análise superficial da pessoa periciada dê elementos
suficientes para fins de deferimento ou indeferimento do benefício
postulado.
Ressalta-se que o posicionamento administrativo do INSS, dando
alta, por reiteradas vezes, ao segurado sabidamente doente, apresenta-se
desarrazoado e descampado do direito em vigor escoltado na Carta Magna
de 1988 que, dentre outros, assegura a todos os cidadãos brasileiros um
mínimo de “dignidade humana” e, em especial, “cobertura plena” aos
inscritos no Regime Geral de Previdência Social quando na ocorrência de
eventos de “doença” e de “incapacidade laboral”.
Nada disso restou observado pelo INSS no presente caso!
Portanto, é certo que o diagnóstico médico da Parte Autora
impede, sem sombras de dúvidas, que exerça sua atividade laborativa, sob
pena de agravamento das moléstias, uma vez que para se curar, necessita
de tratamento médico adequado.
Destarte, o indeferimento pelo INSS da benesse formulada pela
Parte Autora, não encontra suporte na legislação pátria, uma vez que
aquela preenche todos os requisitos necessários à concessão do benefício
de aposentadoria por invalidez ou, caso não seja este o entendimento de
Vossa Excelência, do benefício de auxílio-doença, tendo em vista que não
possui condições de exercer seu labor.

2.2 – DO ACRÉSCIMO DE 25%


O acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do
benefício da aposentadoria por invalidez está previsto no artigo 45 da Lei
n.º 8.213/91 e no artigo 45 do Decreto n.º 3.048/99:
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do
segurado que necessitar da assistência permanente de
outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por
cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja
o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu
origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo
incorporável ao valor da pensão.

Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do


segurado que necessitar da assistência permanente de
outra pessoa será acrescido de vinte e cinco por cento,
observada a relação constante do Anexo I, e:
I - devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o
limite máximo legal; e
II - recalculado quando o benefício que lhe deu origem
for reajustado.
Parágrafo único. O acréscimo de que trata o caput
cessará com a morte do aposentado, não sendo
incorporado ao valor da pensão por morte.
Este acréscimo é devido ao aposentado que se encontra em
alguma das seguintes situações presentes no anexo I do Decreto nº
3.048/99:
Cegueira total; Perda de nove dedos das mãos ou
superior a esta; Paralisia dos dois membros superiores
ou inferiores; Perda dos membros inferiores, acima dos
pés, quando a prótese for impossível; Perda de uma das
mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível;
Perda de um membro superior e outro inferior, quando
a prótese for impossível; Alteração das faculdades
mentais com grave perturbação da vida orgânica e
social; Doença que exija permanência contínua no
leito; Incapacidade permanente para as atividades
da vida diária (casos em que o segurado necessita de
assistência permanente de outra pessoa). (grifo
nosso)
De acordo com os atestados e exames anexos, a Parte Autora
sofre de Esquizofrenia Hebefrenica, que impossibilitam que realize os atos
da vida diária, necessitando da assistência permanente de outra pessoa.
Também, in casu, não se pode perder de vista o parecer técnico
do médico assistente da Parte Autora, indicando que, atualmente, está
incapacitado(a) definitivamente para o exercício de qualquer atividade
laborativa e necessita de auxílio permanente para as atividades diárias.
Tudo isto é o que se pode extrair do laudo médico anexo.
Portanto, é certo que o diagnóstico médico da Parte Autora,
demonstra que está total e permanentemente incapacitado para o trabalho
e de que necessita de auxílio permanente de outra pessoa para os atos da
vida diária, fazendo jus à implementação do adicional de 25% (vinte e
cinco por cento) sobre a aposentadoria por invalidez que já percebe.
Neste sentido:
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE DO AUXÍLIO
PERMANENTE DE TERCEIROS. ACRÉSCIMO DE 25%
NO VALOR DO BENEFÍCIO. ART. 45 DA LEI Nº
8.213/91. TERMO INICIAL. DATA DO
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. BENEFICIÁRIO
DA JUSTIÇA GRATUITA. CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS. NÃO CABIMENTO
- Indiscutível o direito da demandante ao adicional
previsto no art. 45 da Lei de Benefícios da Previdência
Social porquanto já concedido na via administrativa.
- No tocante ao marco inicial para o pagamento do
adicional em questão, o direito à sua percepção, "sob
disciplina análoga à dos demais benefícios, exige a
manifestação do interessado em um determinado
período de tempo após a ocorrência do evento, sob pena
de fixação do termo inicial do benefício na data do
requerimento administrativo", consoante lição de
Daniel Machado da Rocha e José Paulo Baltazar
Junior, in Comentários à Lei de Benefícios da
Previdência Social. Pág.: 237.- Destarte, deferido o
pedido na via administrativa com início na data da
entrada do requerimento (25/08/2010), não há que se
falar em pagamento de parcelas anteriores a esta data.
- A parte vencida, beneficiária da justiça gratuita, é
isenta dos ônus da sucumbência, haja vista que o art.
12, da 1.060/1951, não foi recepcionado pela
Constituição Federal de 1988 (art. 5º, inc. LXXIV).
Precedentes do STF e do STJ. - Apelação parcialmente
provida. (TRF5, AC n. 528377/SE, Processo n.
00016122220114058500, 4ª Turma, Relator:
Desembargador Federal Edílson Nobre, julgado em
18/10/2011).
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA
POR INVALIDEZ. ACRÉSCIMO DE 25%. ART. 45 DA
LEI N.° 8.213/91. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA.
REQUISITOS. (...) 2. Evidenciado que a autora
necessita de assistência permanente de outra pessoa,
nos termos do art. 45 da Lei n.º 8213/91, correta a
implementação do adicional de 25% sobre a
aposentadoria por invalidez que já percebe, desde a
data da concessão do benefício. (...) (TRF4,
Apelação/Reexame Necessário Nº 5000967-
59.2011.404.7005, 6a. Turma, Des. Federal João
Batista Pinto Siveira, por unanimidade, sem grifo no
original)

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-
DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
INCAPACIDADE LABORAL. TERMO INICIAL.
ADICIONAL DE 25%. 1. O adicional de 25% sobre o
valor do benefício, previsto no art. 45 da Lei nº
8.213/91, independe de pedido expresso da parte
autora, sendo devido quando o segurado preenche os
requisitos exigidos para a aposentadoria por invalidez e
há necessidade de assistência permanente de outra
pessoa, comprovada mediante laudo pericial. 2.
Tratando-se de auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez, o Julgador firma sua convicção, via de regra,
por meio da prova pericial. 3. Considerando as
conclusões do perito judicial de que a parte autora está
total e definitivamente incapacitada para o exercício de
atividades laborativas, é devido o benefício de
aposentadoria por invalidez, acrescido de 25%, já que
presente a hipótese prevista no art. 45 da Lei de
Benefícios.
4. Tendo a perícia judicial apontado a existência da
incapacidade laboral total e permanente desde a época
da suspensão administrativa (18-06-2006), o benefício
de aposentadoria por invalidez, com acréscimo de 25%,
é devido desde então, devendo o INSS pagar ao autor as
respectivas parcelas, descontados os valores já
adimplidos por força da antecipação de tutela e aqueles
pagos, após tal data, a título de auxílio-doença. (TRF4,
APELREEX 5002149-56.2011.404.7110, Sexta Turma,
Relator p/ Acórdão Celso Kipper, D.E. 10/05/2012).

Por fim, quanto ao termo inicial, independentemente de pedido


expresso, o acréscimo de 25% deve ser concedido quando a Parte Autora
preencheu os requisitos exigidos para a aposentadoria por invalidez e já
necessitava de assistência permanente de outra pessoa, conforme já se
posicionou a jurisprudência pátria:

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO
DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
QUALIDADE DE SEGURADO. DOENÇA
PREEXISTENTE. ESQUIZOFRENIA. CARÊNCIA
MÍNIMA. INCAPACIDADE LABORAL. TERMO INICIAL.
ACRÉSCIMO DE 25%. 1. O adicional de 25% sobre o
valor do benefício, previsto no art. 45 da Lei nº
8.213/91, independe de pedido expresso da parte
autora, sendo devido quando o segurado preenche os
requisitos exigidos para a aposentadoria por invalidez e
há necessidade de assistência permanente de outra
pessoa, comprovada mediante laudo pericial. 2.
Tratando-se de auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez, o Julgador firma sua convicção, via de regra,
por meio da prova pericial. 3. Não há se falar em
incapacidade preexistente à filiação do autor ao RGPS,
pois a própria perícia administrativa do INSS atestou a
incapacidade em momento no qual o autor detinha a
qualidade de segurado. 4. Considerando as conclusões
do perito judicial de que a parte autora, por ser
portadora de esquizofrenia, está total e definitivamente
incapacitada para o exercício de atividades laborativas,
é devido o benefício de aposentadoria por invalidez. 5.
Dispensada a carência mínima por se tratar de
alienação mental grave, nos termos do art. 151 da Lei
8.213/91. 6. Tendo o conjunto probatório apontado a
existência da incapacidade laboral desde a época do
requerimento administrativo (01-03-2000), o benefício é
devido desde então, sem a incidência de prescrição,
visto que a parte autora é absolutamente incapaz.
7. Necessitando o autor ser assistido permanentemente
por terceiro, é devido o acréscimo de 25% sobre o valor
da aposentadoria por invalidez. (TRF4, APELREEX
0000652-48.2009.404.7115, Sexta Turma, Relator
Celso Kipper, D.E. 15/12/2011, sem grifo no original)

Assim, na esteira do entendimento acima exposto, não seria


plausível exigir da Parte Autora que formulasse novo requerimento
administrativo tão somente para fins de concessão do acréscimo em tela,
uma vez que o INSS, por ocasião da aposentadoria por invalidez, possuía
meios de avaliar a situação pela simples análise do exame pericial.
Destarte, o indeferimento do beneficio pela autarquia-ré não
encontra suporte na legislação pátria, uma vez que a parte Autora
preenche todos os requisitos necessários à concessão do acréscimo de 25%
no valor do benefício, ora pleiteado.

3- DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:


1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na
pessoa do seu representante legal, para que responda a presente
demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da
Parte Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família,
condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º
1.060/50;
3. Outrossim, requer a concessão da Tutela Antecipada, com a
implantação imediata do benefício aposentadoria por invalidez ou auxílio
doença, com o acréscimo dos 25%;
4. A condenação Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para
converter o auxílio doença recebido atualmente pela parte autora, com o
acréscimo correspondente dos 9%, bem como conceder o adicional de 25%
sobre o valor da aposentadoria por invalidez, e a pagar as parcelas
atrasadas, desde a data do inicio do benefício de auxílio doença,
monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de
juros moratórios, ambos incidentes até a data do efetivo pagamento;
5. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS
para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;
6. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova
admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa e mediante
a realização de perícia judicial, caso necessário, a ser designado por Vossa
Excelência.
- Ainda que remota tal possibilidade, o autor renuncia a
valores que sobresaiam à competência deste Douto Juizado.

Dá-se à causa o valor de R$... (valor da causa)


Pede deferimento.
São Sebastião do Paraíso/MG, 28 de julho de 2015.

Renata Mariana Rezende


OAB/MG 150.945

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