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Introdução 3

Definição 3

Classificação de Queimaduras 3

Classificação Quanto à Causa 4

Queimaduras Térmicas 4

Queimaduras Eléctricas 4

Queimaduras Químicas 4

Queimaduras por Radiação 5

Classificação Quanto á Extensão 5

Aplicação da Regra dos Nove na criança 6

Classificação Quanto á Profundidade 7

1º Grau 7

2º Grau 7

3º Grau 8

Classificação Quanto á Gravidade 8 a 10

Actuação 11 a 12

Conclusão 13

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 INTRODUÇÃO

Aproximadamente 2 milhões de pessoas por ano recorrem à urgência com


queimaduras, e cerca de 5 % necessitam de internamento.
As queimaduras são a segunda causa de morte acidental, com uma taxa de
mortalidade elevada nos doentes com menos de 4 anos e mais de 65 anos de
idade.
A maioria consiste em pequenas lesões que decorrem sem grandes
complicações. Contudo, algumas podem ser fatais ou potencialmente fatais,
pelo que exigem um tratamento correcto e o mais precoce possível, pois dele
depende não só o resultado funcional e estético como também da
sobrevivência

 DEFINIÇÃO DE QUEIMADURA

Queimaduras são lesões em determinadas partes do organismo desencadeada


por um agente físico (calor ou frio) sobre a superfície da pele. Sendo a pele o
maior órgão do corpo humano a sua destruição pode levar a alterações locais e
sistémicas, esta última causada pelo comprometimento de outros órgãos do
corpo humano que geralmente ocorre após uma queimadura. Dependendo
deste agente as queimaduras podem ser classificadas em queimaduras
térmicas, eléctricas, químicas e por radiação.
Embora o fogo seja o principal agente da queimadura são, as produzidas pela
electricidade, de todas, as mais mutilantes, resultando com frequência na perda
funcional e mesmo anatómica de segmentos do corpo, principalmente dos
membros.

 CLASSIFICAÇÃO DE QUEIMADURAS

As queimaduras podem ser classificadas quanto ao:

 Agente causador

 Extensão ou severidade

 Profundidade ou grau

 Gravidade

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 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CAUSA

 Queimaduras térmicas, são provocadas por acção do calor


ou frio.
Podemos incluir as provocadas por fogo, liquido fervente,
gelo, sol, etc.

 Queimaduras eléctricas, podem ser geradas pela


passagem de uma corrente eléctrica da fonte de energia
para o corpo. Este tipo de queimadura, algumas vezes
denominada queimadura de arco eléctrico, geralmente
destrói e carboniza totalmente a pele no ponto de entrada da
corrente no corpo. Como a resistência (a capacidade do
corpo de interromper ou tornar mais lento o fluxo da
corrente) é alta no ponto onde a pele entra em contacto com
a fonte de electricidade, grande parte da energia eléctrica é
convertida em calor nesse local, queimando a superfície. A
maioria das queimaduras eléctricas também lesa
gravemente os tecidos subcutâneos. Essas queimaduras
variam de tamanho e de profundidade, podendo afectar uma
área muito maior que a indicada pela área de pele lesada.
Os grandes choques eléctricos podem paralisar a respiração
e alterar o ritmo cardíaco, causando arritmias cardíacas
(batimentos cardíacos irregulares) perigosas.

Queimaduras químicas, atingem pessoas adultas na sua


maioria, que lidam com substâncias químicas (ácidos ou
bases fortes) sem o devido conhecimento ou medidas de
precaução. Actualmente, devido aos produtos que existem
nas nossas casas, as queimaduras químicas também
atingem frequentemente as crianças, devido principalmente
à falta de prevenção.
Produzem-se quando a pele entra em contacto com
produtos fortes ou com qualquer outro material corrosivo.

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Queimaduras por radiação, são bem menos
frequentes, porém de consequências trágicas. Podem
também ocorrer por defeito ou má manipulação de
aparelhos emissores de radiação, terapêuticos ou de
pesquisa, sendo estas provocadas por Raios X e Radiações
Nucleares

 CLASSIFICAÇÃO QUANTO Á EXTENSÃO

Esta classificação baseia-se na superfície corporal atingida, sendo a regra


universalmente mais aceite para proceder ao cálculo da área atingida, a
denominada Regra dos Nove. Esta regra tem diferentes aplicações consoantes
a idade do indivíduo queimado.

Aplicação da regra dos nove no adulto

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Aplicação da regra dos nove na criança

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A Regra dos Nove (regra universalmente aceite), divide o corpo humano
em diferentes percentagens, podendo-se assim proceder ao cálculo da
extensão da queimadura mais facilmente.
Esta regra tem ainda diferentes aplicações consoante se trate de um
adulto ou uma criança.

 CLASSIFICAÇÃO QUANTO Á PROFUNDIDADE

1º Grau:

As queimaduras deste tipo atingem apenas a epiderme, que é a camada mais


superficial da pele. O local fica vermelho, um pouco inchado, e é possível que

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haja um pouco de dor. É considerada queimadura leve, e pede socorro médico
apenas quando atinge grande extensão do corpo.

2º Grau:

Já não é superficial: epiderme e derme são atingidas. O local fica vermelho,


inchado e com bolhas (flictenas). Há liberação de líquidos e a dor é intensa. Se
for um ferimento pequeno, é considerada queimadura leve. Nos outros casos,
já é de gravidade moderada. É grave quando a queimadura de segundo grau
atinge rosto, pescoço, tórax, mãos, pés, virilha e articulações, ou uma área
muito extensa do corpo.

3º Grau:

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Qualquer caso de queimaduras de terceiro grau é grave: elas atingem todas as
camadas da pele, podendo chegar aos músculos e ossos. Como os nervos são
destruídos, não há dor, mas a vítima pode reclamar de dor devido a outras
queimaduras, de primeiro e segundo grau, que tiver. A aparência deste tipo de
ferimento é escura (carbonizada) ou esbranquiçada.

 CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GRAVIDADE

Para conhecer a importância e o tratamento a aplicar numa queimadura, em


primeiro lugar é importante saber qual o grau da mesma, o qual equivale à sua
profundidade e também a percentagem da superfície corporal afectada, ou
seja, a sua extensão.
Também é de vital importância, especialmente nos casos mais graves,
conhecer a natureza e a temperatura do agente que produziu a queimadura e,
se for possível, averiguar por quanto tempo os tecidos afectados estiveram
submetidos a altas temperaturas. Outros dados importantes são conhecer a
idade da vítima, assim como verificar se não existem traumatismos associados,
que podem complicar ainda mais a situação.

Assim temos de ter presente que:

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 As queimaduras das vias aéreas são sempre mais perigosas pois
podem significar destruição do aparelho respiratório ou de parte dele. É
sempre de suspeitar quando existem queimaduras da face, sobretudo à
roda da boca. Geralmente, a vítima tosse expelindo partículas de carvão
e sangue, e tem dificuldade respiratória devido ao edema da laringe,
podendo ainda apresentar bolhas (flictenas) nos lábios e narinas;
 As queimaduras das mãos e pés, ou a nível de qualquer articulação são
também mais complicadas pois podem conduzir a uma perda dos
movimentos;

 As queimaduras complicadas com feridas ou fracturas são sempre mais


difíceis de resolver, quer a própria queimadura, quer a fractura ou ferida;

 As queimaduras dos órgãos genitais constituem sempre uma situação


grave;

 A idade da vítima é importante, uma vez que a recuperação de idosos e


crianças é muito mais difícil.

Baseados nestes princípios e na classificação anterior mencionada,


temos queimaduras com diferentes graus de gravidade:

a) Queimaduras Graves ou Críticas onde figuram as:

 Queimaduras do 2º Grau, que envolvam mais de 25% da superfície


corporal;

 Queimaduras do 3º Grau, que envolvam mais de 10% da superfície


corporal;

 Queimaduras de 2º ou 3º Grau que envolvam as vias aéreas;

 Queimaduras de 2º ou 3º Grau complicadas de fractura ou lesões


importantes dos tecidos moles;

 Queimaduras de 2º ou 3º Grau que envolvam a face, períneo, mãos


e pés;

 Queimaduras de 2º ou 3º Grau que envolvam as articulações;

 Queimaduras de 2º ou 3º Grau de origem eléctrica ou química;

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 Queimaduras de 2º ou 3º Grau em doentes com patologia importante
tal como Diabetes Mellitus, ou Doença Cardíaca;

 Queimaduras de 2º ou 3º Grau em crianças e idosos.

b) Queimaduras Moderadas onde se agrupa as:

 Queimaduras do 2º Grau, que envolvam 15 a 25% da superfície


corporal;

 Queimaduras do 3º Grau, que envolvam de 2 a 10% da superfície


corporal.

c) Queimaduras Leves ou Minor onde se agrupam as:

 Queimaduras do 2º Grau, que envolvam menos de 15% da


superfície corporal;

 Queimaduras do 3º Grau, que envolvam menos de 2% da


superfície corporal

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Actuação

 Proceder ao afastamento do agente que provoca a queimadura ou em


alternativa da vítima relativamente ao agente.
 No caso de fogo, as chamas devem ser rapidamente extintas com um
cobertor, com água (se disponível) ou soro.
 O arrefecimento precoce reduz a progressão da queimadura em
profundidade e diminui a dor. Deve-se lavar abundante com soro
fisiológico ou água. É necessário cautela para evitar a hipotermia que se
pode instalar rapidamente. Não utilizar gelo devido ao risco de agravar a
lesão cutânea, pelo que não deve ser utilizado.
 Nas queimaduras químicas, deve-se remover a roupa contaminada,
limpar a pele com compressas secas e irrigar com grandes quantidades
de água ou soro. A limpeza inicial com compressas é importante se o
agente for em pó ou insolúvel em água. A lavagem pode durar, se
possível, pelo menos 30 minutos e prosseguir mesmo durante o
transporte até o hospital.
A queimadura com ácido fluorídrico constitui excepção: a lavagem deve
durar 5 a 10 minutos e a vítima evacuada para o hospital para
tratamento específico.
De um modo geral, a neutralização química (utilização de um ácido para
neutralizar uma base ou vice-versa) provoca uma reacção em que se
produz calor pelo que não deve ser realizada. A atitude correcta é diluir o
químico, mesmo quando este reage com água. Neste tipo de
queimaduras a zona lesionada nunca deve ser coberta a fim de se poder
avaliar se existe acção do agente químico.
 Nas queimaduras eléctricas, deve-se avaliar as condições de segurança
e só depois observar a vítima. Nos acidentes com corrente de alta
tensão, não se deve aproximar da vítima sem indicação do pessoal
especializado no assunto (companhia da electricidade, caminhos de
ferro, etc.) dado o risco de se provocar um arco voltaico, isto é a
progressão da corrente eléctrica pela a atmosfera através de um campo
magnético que existe em volta dos cabos ou terminais de alta tensão.

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Controladas que estão as condições de segurança devemos partir para
uma abordagem segundo o exame da vítima. Assim os cuidados a prestar
a uma vítima de queimadura serão:

 Manter uma atitude calma e segura;


 Controlar a Via Aérea com Imobilização da Coluna Cervical. Deve ser
colocado colar cervical em todos os queimados envolvidos em
explosões ou acidentes com desaceleração
As vítimas com queimaduras das vias aéreas ou com traumatismo da
face, pescoço, ou tórax devem ser identificadas imediatamente, uma vez
que podem necessitar de manobras de ventilação assistida.

A inalação de vapor e gases quentes provoca edema da via aérea


superior, que pode evoluir rapidamente para obstrução. Rouquidão
progressiva é um sinal de obstrução iminente, pelo que deve redobrar a
atenção e estar pronto a iniciar manobras de suporte básico de vida,
quando depara com esta situação.

Devemos suspeitar que existe queimadura da via aérea quando:

Existe história de:

 Queimadura em espaço fechado


 Inalação de vapores
 Perda de conhecimento, eventualmente provocada por má
oxigenação do cérebro

 Á observação revela:

 Queimadura da face;
 Queimadura dos pêlos nasais;
 Queimadura da língua, lábios e cavidade oral;
 Respiração ruidosa, rouquidão ou tosse;
 Expectoração que apresente cinzas ou carvão;
 Oxigenoterapia 15 l/m. A oxigenoterapia a alto débito faz-se para
tentar reverter o quadro de intoxicação por gases e fumos que se
libertam.
 Irrigar as áreas queimadas com grande quantidade de Soro
Fisiológico ou água de forma a aliviar a dor e evitar o
agravamento da queimadura em profundidade. Nas queimaduras
deve remover previamente a roupa que terá de ser humedecida a
fim de não agravar as lesões e, também, limpar com compressas
secas no caso das queimaduras químicas. Nas queimaduras
eléctricas deve sempre pesquisar a porta de entrada, a porta de
saída e estar desperto para as lesões ocultas no trajecto entre as
duas portas. Após a irrigação, as áreas queimadas devem ser

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cobertas com compressas humedecidas em Soro Fisiológico de
forma a evitar aderências. É de extrema importância utilizar
material esterilizado e cuidados rigorosos de modo a evitar a
infecção uma vez que o risco é elevado pois a pele constitui uma
importante barreira protectora aos microorganismos;
 Avaliar e registar os Sinais Vitais;
 Prosseguir com o exame da vítima, procedendo à recolha de
informação (CHAMU) e Observação Sistematizada para pesquisa
de lesões associadas tais como fracturas;
 Durante a Exposição, arrefecimento, Observação Sistematizada e
transporte da vítima devemos precaver o risco de hipótermia;

 Perante um grande queimado e após o seu arrefecimento este


deve ser transportado sobre um lençol de queimados ou
esterilizado e coberto com outro lençol semelhante.

CONCLUSÃO:

Não esquecer:

A queimadura é uma lesão estéril, por isso deve-se ter cuidado ao


manuseá-la a fim de evitar a contaminação.
São lesões graves que atingem a pele e causam disfunções em
múltiplos órgãos e sistemas podendo levar à morte por várias causas. A
causa mais comum é a infecção da área queimada, adquirida pela perda
da protecção da pele, que se torna sistémica.

A prevenção é o melhor remédio.

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