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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
FALÊNCIA
8. Créditos Excluídos
->Procedimento
1. Petição Inicial;
2. Citação do Réu;
3. Atos do Réu;
4. Sentença;
5. Habilitação Retardatária
->Extinção da Obrigação do Falido
1. Motivos
2. Atos Ineficazes
FALÊNCIA
3. Obrigações ilíquidas: ação que tem uma sentença pendente; ex.: ações trabalhistas, de cobrança, etc.; é
uma ação em andamento, de que se espera uma sentença final que transitará em julgado.
A obrigação ilíquida permanece no juízo de origem, mesmo após a comunicação de abertura de falência
intercorrente ao processo. Essas ações não são de forma alguma atraídas pelo juízo da falência, nada para elas
muda. Apenas a partir da sentença é que poderá haver a habilitação do crédito decorrente da ação, após o
trânsito em julgado da sentença. Entretanto, a partir do momento da comunicação de abertura intercorrente de
falência, poderá ser requerida a reserva de valor ao próprio juiz da ação. Deferido, isso será levado pela parte ao
juízo da falência para ser lá incluída.
->Procedimento
1. Petição Inicial:
a. Juízo competente (art. 3º);
IV – qualquer credor.
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c. Réu (art. 1º e 2º);
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e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente
sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar
seu passivo;
2. Citação do réu:
a. Prazo de manifestação do réu: 10 dias úteis (prazo no CPC);
3. Atos do réu:
a. Contestação;
b. Depósito elisivo (art. 98, p. único): consiste exatamente em pagar:
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Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos incisos I e II do caput do
art. 94 desta Lei, o devedor poderá, no prazo da contestação,
depositar o valor correspondente ao total do crédito, acrescido de
correção monetária, juros e honorários advocatícios, hipótese em
que a falência não será decretada e, caso julgado procedente o
pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo
autor.
Atenção: com o pagamento não se extingue automaticamente o processo: apesar de não se poder decretar a
falência, o processo prosseguirá até a apreciação do juiz e com sentença encerrando o processo;
4. Sentença:
A ideia da conciliação é de renegociar as condições da dívida; ora, se isso acontece e existe a homologação pelo
juiz, pode ocorrer a concessão de privilégio indevido a um credor ou grupo de credores;
Proteção aos possíveis e eventuais credores a serem habilitados: ex.: um credor quirografário obtém, por acordo,
um pagamento à frente de outros credores preferenciais;
Inclusive há previsões de nulidade para diversos atos, nesse sentido, de proteger a ordem dos credores;
a. Da sentença que decreta a falência, cabe Agravo (de Instrumento; art. 100);
b. Da sentença que declara improcedente a falência: recorre-se mediante Apelação (art. 100);
Dica para lembrar: da sentença que encerra materialmente o processo, cabe Apelação (no caso, a
improcedência); da sentença que abre outra fase para o processo (análogo a uma interlocutória), não o
encerrando, recorre-se mediante Agravo;
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c. Decretação da Falência:
Nomeia-se o Administrador Judicial;
Intima-se o MP (pode-se recorrer da nomeação do Adm. Jud.) - art. 142, p.7º;
Prazo este contado retroativamente do primeiro protesto ou do pedido; se houver protesto, o que vier primeiro;
A partir desse termo legal, considerar-se-ão ineficazes os seguintes atos (art. 129, I, II e III):
Pagamento antecipado;
Pagamento de forma diferente da contratada;
Concessão de garantias reais;
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Exemplo:
Sentença proferida: 20/11/2017; termo legal: 90 dias; Esses 90 dias: contados do primeiro protesto: ex.:
10/05/2017; daqui, retroagem-se 90 dias: aprox.. 10/02/2017; ou seja, a partir dessa data (a partir de
10/02/2017): é o período no qual se procurará os atos descritos e qualificados como ineficazes no art. 129, I, II e
III;
R: Sim.
R: Não. Como não é ato do juiz e sim do administrador Judicial, o que cabe é Impugnação;
Com prazo de 10 dias, podendo ser impugnada pelas partes ou pelo Ministério Público.
O novo Quadro de Credores, em caso de impugnações sempre será elaborado pelo administrador Judicial;
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Após essa homologação, não caberá mais impugnação, apenas uma Ação autônoma de Retificação de Quadro de
Credores (ou de Exclusão de Crédito, etc.); art. 19; apenas em caso de descoberta de erro, após a homologação;
Liquidação;
Venda dos bens: as primeiras tentativas com conjunto completo, fechado; se resultar em insucesso, então
isoladamente; a partir do momento da definição do modo pelo qual serão vendidos os bens, será
intimado o MP;
P2: Acontece como no trespasse comum, em que se sucede também nas dívidas (trabalhistas e tributários)?
Créditos extraconcursais: do administrador judicial: não recebe todo o crédito de uma só vez, mas 60% no
primeiro momento; os últimos 40%, após a prestação final de contas do administrador Judicial;
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R: Não. Apenas encerra o procedimento, determinando os credores satisfeitos e os ainda por satisfazer, mas já
habilitados e líquidos;
Art. 10. Não observado o prazo estipulado no art. 7o, § 1o, desta Lei,
as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias.
a. Habilitação por simples petição: se atrasado, mas antes da homologação final do Quadro de
Credores;
b. Habilitação por Petição Inicial e seguindo o Procedimento Comum: será uma Ação de Habilitação
e Retificação de Quadro de Credores;
i. Para habilitação após a homologação final;
ii. É possível requerer a reserva de valor;
iii. Durante o procedimento da habilitação, o credor não vota na Assembleia de Credores,
salvo o credor trabalhista;
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->Extinção das obrigações do falido
Pagamento total;
Pagamento de pelo menos 50% dos créditos quirografários: ou seja, se já chegou nos quirografários, é
porque todos os anteriores e preferenciais a estes já foram satisfeitos;
Após 5 anos do encerramento da falência, salvo se houve condenação do falido em crime falimentar; se
houve condenação, o prazo será de 10 anos a partir do encerramento da falência;
Com a extinção das obrigações, encerra-se o período de impedimento (exercício de atividade empresarial,
cargo ou função pública, etc.);
2. Atos ineficazes:
a. Atos que o juiz deve decretar de ofício;
b. Pode ser decretada a qualquer momento;
c. Não importa a má-fé; por isso, de acordo com alguma doutrina, são denominados “atos
objetivamente ineficazes”
d. Art. 129: relação dos atos ineficazes:
i. Doutrina não considera relação taxativa;
ii. Dentro do Termo Legal (art. 129):
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iv. Trespasse, quando o alienante não tinha bens suficientes para saldar o passivo e os
credores não concordaram e não receberam antecipadamente (CC art. 1145);
v. Transferência de propriedade após a decretação da falência; salvo prenotação anterior:
Prenotação anterior: normalmente acontece com construtoras (ex.: comprar imóvel na planta/ compromisso de
compra e venda); ou seja, se o compromisso estava formalizado antes, a ineficácia não se aplicará à transferência
da propriedade com o cumprimento da compra;
Lei das S.A. (6404/76), art. 45, p. 8º: reembolso pago a ex-acionistas que exerceram o direito de retirada, pago
com prejuízo ao capital social; e sobrevindo a falência a essa empresa; cabe Ação Revocatória;
Apesar da lei mencionar revocatória, a doutrina compreende que, como não é caso de má-fé, mas sim de
ineficácia objetiva, trata-se de hipótese de petição inicial.
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