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Formação de Pregoeiro

e Equipe de Apoio
(Mód. 1)

Dia 27 - das 9h às 12h


Orientações ao Pregoeiro e Equipe

Dia 27 - das 13h30 às 17h30


Novas Regras Impostas pela Lei Complementar
147/2014

Dia 28 - das 9h às 12h


Prática: O Julgamento da Licitação

Nome:
A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes
públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos,
consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade e
seriedade, garantindo aos alunos:
- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público
- Professores especializados e atuantes na área (Prática)
- Certificados de Participação digitalizado
- Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc)
- Tira-dúvidas durante realização do curso
- Controle biométrico de presença (impressão digital)
- Atendimento personalizado e simpático
- Rigor no cumprimento de horários e programações
- Fotografias individuais digitalizadas
- Apostilas e material de apoio
- Coffee Breaks em todos os períodos
-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos
professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat
entre alunos e contato com a escola.

Público Alvo

- Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores,
atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .
- Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Des.
Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação 9,3
no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.
Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo
em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de avaliação
dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública investe
no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente.

Missão

Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas
respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para os
agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos seus
alunos, cidadãos e entidades públicas.

Valores

 Reputação ilibada
 Seriedade na atuação
 Respeito aos alunos e à equipe de trabalho
 Qualidade de seus produtos
 Modernização tecnológica de metodologia de ensino
 Garantia de aprendizagem
 Ética profissional

SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898

www.unipublicabrasil.com.br
Programação:
Dia 27 - das 9h às 12h
Orientações ao Pregoeiro e Equipe
1 Poder e Responsabilidade do Pregoeiro
2 O Papel da Equipe de Apoio
3 Conceito e Legislação aplicável
4 Objetos Cabíveis
5 Impugnação ao edital
6 Equipe de Apoio
7 Prazos e veículos de publicidade
8 Procedimento – Fases e Etapas
9 Recursos
Prática: A Preparação do Edital Licitatório
1 Definições do objeto
2 Apresentação de amostra
3 Cuidados com Direcionamentos e restrições
4 O uso ou não de lotes
5 Indicação de marca e homologação prévia
6 Exequibilidade das propostas
7 Carona (adesão à ata)
8 Participação do ME e EPP
9 Exigências econômico-financeiras
10 Capacidade técnica
11 Outras Cláusulas essenciais
12 Vigência e prorrogação
13 Reajustes
14 Penas e rescisão

Dia 27 - das 13h30 às 17h30


Novas Regras Impostas pela Lei Complementar 147/2014
1 Alterações na LC 123/06:
a) artigo 42
b) artigo 43
c) artigo 44
d) artigo 45
e) artigo 46
f) artigo 47
g) artigo 48
h) artigo 49
2 Alterações na Lei 8.666/93
a) artigo 3º
b) artigo 5º-a
3 Instruções e Recomendações Implícitas:
a) compras públicas e o desenvolvimento local
b) a preparação dos atores
c) como adquirir das MPE e MEI?
d) organização jurídica
e) ambiente organizacional favorável (comitês de compras)
f) parcerias de apoio
g) diagnóstico local (comprador e fornecedor)
h) plano anual de compras (previsão real)
i) compartilhar experiências
j) capacitação dos agentes
k) edital eficiente
l) divisão em lotes
m) estrutura interna (fluxograma)
n) pagamento em dia (adimplência)

Dia 28 - das 9h às 12h


Prática: O Julgamento da Licitação
1 O representante legal da proponente
2 Análise dos documentos (habilitação)
3 Verificação das propostas
4 A atuação do Pregoeiro
5 A atuação da Comissão e grupo de apoio
6 A participação de ME e EPP
7 A suspensão do julgamento
8 Adiamento do julgamento
9 Cancelamento do julgamento
10 Anulação do julgamento
11 Convocação do 2º colocado
Prática: Impugnações e Recursos Licitatórios
1 Impugnação de Edital:
a) aplicabilidade
b) prazos
c) no pregão
d) por cidadão
e) procedimentos
2 Recurso Administrativo:
a) aplicabilidade
b) penas
c) suspensão
d) multas
e) procedimentos
f) no pregão
g) regras do julgamento
3 Contrarrazões
4 Representação:
a) aplicabilidade
b) necessidade
c) no pregão
d) ao TCE ou TCU
e) ao MP
5 Pedido de Reconsideração:
a) aplicabilidade
b) motivos
6 Suspensão cautelar pelo Judiciário

Professores:

Clayson do Nascimento Andrade: Assessor Jurídico do Tribunal de Justiça-PR - Palestrante - Especialista em Direito
Administrativo.

Janete Probst Munhoz: Mestre em desenvolvimento econômico – Instrutora e Palestrante.


Sumário
ORIENTAÇÕES AO PREGOEIRO E EQUIPE ....................................................................................... 1

NOVAS REGRAS IMPOSTAS PELA LEI COMPLEMENTAR 147/2014 ............................................ 7

PRÁTICA: O JULGAMENTO DA LICITAÇÃO ................................................................................... 19


ORIENTAÇÕES AO PREGOEIRO E EQUIPE

Clayson do Nascimento Andrade

PREGÃO
Conceito
É a modalidade de licitação, processada sob o tipo menor preço, para contratar bens e serviços comuns,
qualquer que seja o valor estimado.

Legislação aplicável
Esfera federal:
• Lei nº 10.520/02,
• Dec. nº 3.555/00 (regulamenta a utilização do pregão),
• Dec. nº 5.450/05 (regulamenta o pregão eletrônico e estabelece a utilização obrigatória da modalidade),
• LC nº 123/06,
• Dec. nº 6.204/07 (regulamenta a LC nº 123/06 no que concerne às contratações públicas);

Esfera estadual (Paraná):


• Lei Estadual nº 15.608/07,
• LC nº 123/06 e, subsidiariamente, as leis nacionais.
• Os decretos federais não são aplicáveis automaticamente nos estados e municípios.

Esfera municipal:
Cada município pode estabelecer suas próprias regras para realização de suas licitações, inclusive o pregão.
Todavia, o regramento municipal deve sempre estar alinhado às normas de caráter geral expedidas pela União (CF, art.
22, inc. XXVII).

Conceito de bem/serviço comum


De acordo com o parágrafo único do art. 1º da Lei nº 10.520/02, bens e serviços comuns são “aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais
praticadas no mercado” (definição insuficiente).
Na prática, nem sempre é tarefa fácil identificar o que é ou não bem/serviço comum.
Temos, então, que recorrer ao que ensinam os doutrinadores especializados no assunto, bem como ao que diz a
jurisprudência.
Jessé Torres Pereira Jr. (Desembargador no TJ/RJ e escritor) conceitua bem/serviço comum da seguinte
maneira: “… são os bens de aquisição rotineira e habitual, cujas características encontrem no mercado padrões usuais
de especificação, envolvendo critérios de julgamento rigorosamente objetivos.”

Curso: Formação de Pregoeiro (Módulo 1) – 27 e 28 de Janeiro de 2016 /Curitiba-PR


O prof. Edgar Guimarães acrescenta que “…poderia dizer-se que bem ou serviço comum é aquele que se
apresenta sob identidade e características padronizadas e se encontra disponível, a qualquer tempo, num mercado
próprio.”

Exemplos de bem/serviço comum


Bem: Software de prateleira (windows, office, antivirus), notebooks, carros, material de expediente (caneta, clips,
borracha, papel A4), produtos de limpeza, etc.
Serviço: vigilância, limpeza, manutenção predial, recepcionista, etc.

Exemplos do que não pode ser considerado bem/serviço comum


Bem: Software desenvolvido sob medida, computadores para fins específicos que admitem variação de qualidade, etc.
Serviço: construção de prédios, instalação de equipamentos complexos e customizados, etc.

Obrigatoriedade do Pregão
• Esfera federal: a utilização da modalidade para a contratação de bens ou serviços comuns é obrigatória no âmbito da
Administração Pública Federal, direta ou indireta (art. 4º, Dec. 5.450/05), preferencialmente, na forma eletrônica.

• Esfera estadual (Paraná): para a contratação de bens ou serviços comuns a modalidade será, preferencialmente, o
pregão (art. 37, § 7º, Lei Estadual nº 15.608/07).
• Vale dizer, se não for utilizar o pregão, tem que apresentar a justificativa.
• Esfera municipal (Paraná): segue a legislação federal se não houver licitação própria no Município.

Vedações ao uso do Pregão


• Licitações que utilizem como critério de julgamento os tipos melhor técnica e técnica e preço;
• Obras e serviços de engenharia complexos (que exijam projeto básico);
• Locações imobiliárias;
• Alienações em geral.

Agentes administrativos envolvidos:


• Autoridade Competente (Decreto nº 3.555/00):
Art. 7º À autoridade competente, designada de acordo com as atribuições previstas no regimento ou estatuto do órgão
ou da entidade, cabe:
I - determinar a abertura de licitação;
II - designar o pregoeiro e os componentes da equipe de apoio;
III - decidir os recursos contra atos do pregoeiro; e
IV - homologar o resultado da licitação e promover a celebração do contrato.

Pregoeiro
• suas atribuições estão definidas no art. 9º do Dec. 3.555/00 e no art. 48 da Lei Estadual nº 15.608/07.
• Dec. 3.555/00, Art. 7º, Parágrafo único.
“Somente poderá atuar como pregoeiro o servidor que tenha realizado capacitação específica para exercer a
atribuição.”
Art. 9º As atribuições do pregoeiro incluem:
I - o credenciamento dos interessados;
II - o recebimento dos envelopes das propostas de preços e da documentação de habilitação;
III - a abertura dos envelopes das propostas de preços, o seu exame e a classificação dos proponentes;
IV - a condução dos procedimentos relativos aos lances e à escolha da proposta ou do lance de menor preço;
V - a adjudicação da proposta de menor preço;
VI - a elaboração de ata;
VII - a condução dos trabalhos da equipe de apoio;
VIII - o recebimento, o exame e a decisão sobre recursos; e
IX - o encaminhamento do processo devidamente instruído, após a adjudicação, à autoridade superior, visando a
homologação e a contratação.
Nele estão concentradas todas as atribuições conferidas à comissão de licitação. É o único responsável pelas
decisões a serem tomadas na sessão do pregão.
Esta é uma peculiaridade importante da modalidade. Nas outras modalidades, a responsabilidade é
compartilhada entre presidente e membros da comissão.
Em razão da peculiaridade mencionada é que não se pode falar em “comissão de pregão”.
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Curso: Formação de Pregoeiro (Módulo 1) – 27 e 28 de Janeiro de 2016 /Curitiba-PR


Há “pregoeiro” e “membros da equipe de apoio”. Não há órgão colegiado na modalidade e sim singular. As
decisões são monocráticas.
Diante de suas atribuições legais, o pregoeiro deve buscar reunir alguns importantes atributos como:
- Experiência
- Firmeza
- Facilidade em comunicar-se
- Bom senso
- Simpatia

Equipe de Apoio
Sozinho o Pregoeiro não dá conta de realizar todos os atos do procedimento, por isso ele precisa ser assessorado
por outros agentes administrativos.
Estes agentes compõem a equipe de apoio.
A equipe de apoio do pregoeiro deverá ser integrada, em sua maioria, por servidores ocupantes de cargo efetivo
ou emprego na Administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora
do pregão, para prestar a necessária assistência ao pregoeiro.
(Lei Estadual nº 15.608/07, Art. 47. § 2º. e art. 10 do Dec. 3.555/00)

Responsabilidade da Equipe de Apoio


Em princípio, os membros da Equipe de Apoio não devem ser responsabilizados pelos atos do Pregoeiro, afinal
todo o poder decisório está concentrado nas mãos dele.
Excepcionalmente, porém, o integrante da Equipe pode ser responsabilizado.
Isto ocorre quando o Pregoeiro toma decisão baseado em parecer técnico elaborado por ele (ex: parecer contábil
decisivo para a habilitação).
• Elaboração do edital

FASE INTERNA
A licitação é dividida em dois grandes momentos: a fase interna e fase externa.
O primeiro é aquele em que os servidores planejam, estudam, escolhem as alternativas, elaboram documentos
orientativos, formulam soluções e formatam o edital.
O segundo ocorre a partir da publicação do edital e inclui os atos de julgamento da licitação.
Falemos então da fase interna, mais precisamente da elaboração do edital.
Esta é uma atividade delicada e requer muita atenção de todos os envolvidos.
No momento da elaboração do edital, diversos setores do ente licitante serão envolvidos, pois são necessárias
informações das mais variadas áreas.
Um dos princípios que rege as licitações é o da vinculação ao edital.
É importante notar que depois de publicado, o edital é a lei da licitação que estamos pretendendo abrir. Tanto a
Administração quanto os licitantes estarão obrigados por suas normas, ou seja, vinculados ao instrumento convocatório.
Por isso, há de se ter um cuidado especial com o conteúdo dessas normas já que delas ninguém poderá se
apartar.
Joel de Menezes Niebuhr ensina:
“Os licitantes, ao analisarem o instrumento convocatório, devem ter condições de precisar tudo o que serão
obrigados a fazer, caso saiam-se vencedores do certame. E, por outro lado, à Administração Pública só é permitido
exigir aquilo que efetivamente estiver no instrumento convocatório, salvo se posteriormente alterar o contrato, dentro
das balizas legais, restabelecendo o equilíbrio econômico-financeiro.”
(in Licitação Pública e Contrato Administrativo, 2ª ed., Ed. Fórum, p. 257).
Precisamos entender que um edital bem feito nos trará bons resultados.
O contrário também é verdadeiro: um edital feito às pressas, com especificações mal pensadas, regras
insuficientes ou excessivas, levará a uma contratação de resultados indesejados.
O SUCESSO DA LICITAÇÃO DEPENDE DA FASE INTERNA, DA ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO
CONVOCATÓRIO, PORQUE É NELE QUE A ADMINISTRAÇÃO DEFINE TODAS AS CONDIÇÕES
DETERMINANTES DO PROCESSO LICITATÓRIO!
Etapas de elaboração do edital:
1. Identificação da necessidade
2. Especificação dos bens e/ou serviços
3. Definição dos critérios de aceitação
4. Definição dos deveres do contratante
5. Levantamento dos custos da contratação
6. Estabelecimento da modalidade e critério de julgamento (tipo da licitação)
7. Fixação dos requisitos de habilitação
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Identificação de uma necessidade
No dia-a-dia da Administração temos inúmeras necessidades para desenvolver os trabalhos que nos são
impostos em função do cargo público que ocupamos.
Precisamos de computadores, impressoras, material de limpeza, serviços terceirizados, serviços de manutenção,
etc.
Os responsáveis (chefes/diretores) devem estar atentos para que seus subordinados disponham dos
materiais/serviços necessários para a execução das tarefas inerentes aos diversos setores que integram a Administração.
Ao identificarem a necessidade, devem comunicá-la à instância administrativa que tem a incumbência de
planejar as contratações.

ESPECIFICAÇÃO DE BENS/SERVIÇOS
Este é um dos momentos mais cruciais de todo o processo licitatório!
Se a especificação for insuficiente, o licitante terá dificuldade de entender o edital e poderá trazer proposta
incompatível com a necessidade da Administração.
Se a especificação for demasiadamente detalhada, os órgãos de controle perquirirão da legalidade do
procedimento, pois a competitividade poderá ter sido prejudicada.
Para bem especificar, primeiramente, precisamos conhecer o objeto ou estabelecer contato com quem o
conheça.
Neste objetivo devemos compreender qual será sua serventia, onde será utilizado, quais são as suas
características intrínsecas, que defeitos costuma apresentar, saber se há variabilidade no material em que é produzido,
etc.
Outra fonte de consulta são os manuais de especificações técnicas dos fabricantes.
Neste momento do procedimento é de fundamental importância a participação dos interessados diretos no
objeto da futura contratação, pois eles é que poderão, de fato, esclarecer se a especificação está de acordo com a
expectativa.
Os manuais especializados no tema sugerem a adoção da seguinte medida para aferir se a especificação está
correta:
“Para sabermos se há precisão na descrição do objeto, sugerimos a resposta a três perguntas. São elas:
 Há possibilidade de aquisição de objeto de baixa qualidade com a especificação dada?
 Há possibilidade de competição entre fornecedores com a especificação dada ao objeto?
 Há um nivelamento na pesquisa de preços, apontando uniformidade quanto ao produto pretendido e confiabilidade
quanto ao valor praticado?”
(Termo de Referência em Pregão, ed. NP: Curitiba, 2010, p. 12)
Se um objeto admitir uma especificação mais detalhada e outra mais concisa a opção deverá ser pela mais
detalhada. É o que diz MARÇAL JUSTEN FILHO:
“A descrição do „objeto da licitação‟ contida no edital não pode deixar margem a qualquer dúvida nem admite
complementação a posteriori. Entre a opção de uma descrição sucinta e uma descrição minuciosa, não pode haver
dúvida para a Administração Pública: tem de escolher a descrição completa e minuciosa. Certamente, a descrição deve
ser clara. No caso, „sucinto‟ não é sinônimo de „obscuro‟. Se a descrição do objeto da licitação não for completa e
perfeita, haverá nulidade, nos termos adiante apontados”. (Op. cit., p. 380.)
Súmula 177 do Tribunal de Contas da União:
“A definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra indispensável da competição, até mesmo como
pressuposto do postulado de igualdade entre os licitantes, do qual é subsidiário o princípio da publicidade, que envolve o
conhecimento, pelos concorrentes potenciais, das condições básicas da licitação, constituindo, na hipótese particular da
licitação para compra, a quantidade demandada em uma das especificações mínimas e essenciais à definição do objeto
do pregão”.

Dois exemplos de especificação:


Exemplo 1:
item – mangueira – especificação: mangueira para esguicho d‟água com 50 metros de comprimento.
Exemplo 2:
Mangueira de plástico com 50 (cinquenta) metros de comprimento, confeccionadas com camadas internas e externas de
PVC flexível e camada intermediária com reforço de malha (fio) de poliéster trançado, com espessura mínima de 2,20
mm e diâmetro interno de ½” (meia polegada), resistentes à pressão de até 6 bar, acompanhando o produto esguicho
(tipo revólver) de plástico resistente (polipropileno) e bico para torneira em metal (1/2 x ¾), ambos já colocados na
mangueira e fixados com abraçadeira de metal (rosca sem fim), embaladas unitariamente em plástico resistente,
fechado, constando nome do produto, matéria-prima, medidas, prazo de validade, nome, endereço, telefone e CNPJ do
fabricante. 2. Deverão ser entregues acondicionadas em caixas de papelão ou em fardos de plástico reforçado, fechados,
com no máximo 4 (quatro) unidades.

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ESPECIFICAÇÃO DE BENS/SERVIÇOS – A INDICAÇÃO DE MARCA
Abordando o assunto “indicação de marca” – que, em geral, é prática vedada em sede de licitações – convém
dizer que a Lei Estadual nº 15.608/07 estabelece a seguinte sistemática:
Art. 10, § 1º A indicação de marcas é permitida quando:
I – decorrente de pré-qualificação de objeto;
II – indispensável para melhor atendimento do interesse público, comprovado mediante justificativa técnica.
§ 2º A exclusão de marcas ou produto, a critério da Administração, é permitida quando:
I – decorrente de pré-qualificação de objeto;
II – indispensável para melhor atendimento do interesse público, comprovado mediante justificativa técnica;
III – mediante processo administrativo restar comprovado que os produtos adquiridos e utilizados anteriormente
pela Administração não atestam a adequação e satisfatoriedade indispensáveis ao pleno adimplemento da obrigação
contratual.
§ 3º Na hipótese do inciso III do §2º, havendo requerimento do fornecedor, a Administração admitirá a possibilidade
dos seus produtos serem testados.
§ 4º É permitida a indicação de marca, acrescida da expressão similar, quando houver regulamentação específica da
Administração, observado o disposto no inciso II do § 1º.
§ 5º A Administração pode solicitar prova de qualidade do produto dos proponentes que cotarem marcas similares às
sugeridas no objeto, hipótese em que é admitido qualquer um dos seguintes meios:
I – declaração de outro órgão público que tenha adquirido o produto;
II – comprovação de que o produto está de acordo com as normas técnicas determinadas pelos órgãos oficiais
competentes ou pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ou outra entidade credenciada pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO.

AFERIÇÃO DO VALOR DA CONTRATAÇÃO


Definido o objeto do contrato e elaborada a respectiva especificação (inclusive com a concordância expressa do
requisitante acerca da redação final deste descritivo), é necessário buscar no mercado os preços referenciais.
Trata-se da pesquisa de preços, etapa delicada da fase interna da licitação. Diz-se delicada porque não é raro
que o processo fique um longo tempo aguardando até que o preço referencial seja definido. Isso decorre das dificuldades
práticas em se obter orçamentos de mercado.
As empresas consultadas para fornecer orçamentos estimativos, em geral, por saberem que o setor público está
obrigado a licitar, não demonstram boa vontade em apresentar suas cotações e, se o fazem, não se preocupam com a
celeridade da resposta.
Além de solicitar orçamentos via telefone/email, há outras possibilidades para a coleta de preços:
 Uso de atas de registro de preços (vigentes);
 Pesquisa na internet (com muito cuidado!);
 Coleta pessoal de preços junto ao mercado com a lavratura posterior de documento informativo;
 Contratação de empresa especializada em pesquisa de preços.
Coletados os preços, de que modo devem ser processados a fim de se obter o preço máximo mencionado no art.
27, inc. XXI da Constituição Estadual? Será ele correspondente ao menor preço obtido? Ou o resultado da média de
todos os preços? Ou a média dos preços, excluídos os extremos?
Mais uma vez não há lei que determine como proceder. O importante é que o preço máximo reflita a realidade
de mercado, demonstrando-se razoável para a efetiva contratação.

DEFINIÇÕES ACERCA DA ENTREGA/RECEBIMENTO DO MATERIAL


No momento de elaborar o edital é preciso também mencionar como deverá ocorrer a entrega e quais serão as
exigências específicas para o recebimento do bem/serviço contratado, pois estas condições podem influenciar na
contratação.
Vejamos no exemplo como isso ocorre:
O objetivo é adquirir 10.000 rolos de papel higiênico. O órgão dispõe de um amplo depósito que comporta de
uma só vez toda a entrega do material adquirido. O termo de referência, então, diz que, embora a quantidade seja
expressiva, há espaço para estocar o material, devendo a entrega ser única e não parcelada. A opção reduzirá o preço
final da aquisição, pois o fornecedor não terá gastos adicionais com frete (o que certamente ocorreria se a entrega tivesse
de ser parcelada).

Exigência de amostra
Se for necessário exigir amostra o edital deverá prevê-la, pois sua apresentação envolve um custo que o licitante
deverá embutir em sua proposta.
Para entender melhor o tema, podemos buscar sua delimitação na Lei Estadual nº 15.608/07:

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Art. 4º, inc. V: “Amostra – bem apresentado pelo proponente vencedor, representativo da natureza, espécie e qualidade
do futuro fornecimento, para exame pela Administração;
Art. 10, § 6º: ”A Administração pode exigir do licitante vencedor amostra do objeto pretendido.”
Relativamente à amostra, o edital deverá prever quem fará a avaliação qualitativa da mesma.
Não podemos esquecer que esta avaliação deve ser objetiva, pautada em critérios que não dependam da
subjetividade do avaliador. Ou seja, se houver previsão de amostra, deverá também haver previsão (em edital) de como
ocorrerá a avaliação respectiva.
Realizada a análise da amostra, a Administração deve proclamar oficialmente o resultado, inclusive, ofertando a
possibilidade do contraditório e da ampla defesa aos participantes
Sobre o tema, leciona Joel de Menezes Niebuhr:
“... cumpre ponderar que a análise das amostras não é algo subjetivo. O instrumento convocatório deve prescrever todos
os critérios e condições para que dado bem submetido à avaliação seja aprovado. Essa avaliação não deve se dar em
razão do gosto pessoal, do sabor dos agentes administrativos. Relacionado a esse ponto também é importante destacar
que a Administração deve dispor de pessoas especializadas para a análise de amostras, que tenham conhecimento
técnico suficiente para julgar as especificidades das propostas apresentadas.” (op. cit. p. 473).

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NOVAS REGRAS IMPOSTAS PELA LEI
COMPLEMENTAR 147/2014

Janete Probst Munhoz

A Gestão Administrativa dos procedimentos que visam adquirir produtos e serviços para o ente governamental
é fundamental para o planejamento e o desenvolvimento das atividades do ente municipal, sem a qual muitas vezes
ocasiona dissabores e inibe as ações pelo simples fato da inobservância legal e operacional.
Comprar bem é um processo que exige planejamento, organização e gestão, sendo ainda mais complexo em virtude
de toda implicação de legislação que a Administração Pública é submetida.

1. Alterações da 123/2006
Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte
somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.
Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames licitatórios, deverão
apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta
apresente alguma restrição.
o
§ 1 Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 5 (cinco) dias úteis,
cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogável
por igual período, a critério da administração pública, para a regularização da documentação, pagamento ou
parcelamento do débito e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.
§ 2o A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1o deste artigo, implicará decadência do
direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo
facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a assinatura do
contrato, ou revogar a licitação.
Esse novo prazo torna-se muito mais efetiva a chance de regularização dos documentos da MPE para que ela
formalize a assinatura do contrato com toda a documentação regular, conforme indicado no artigo 42.
È importante ressaltar que a contagem do prazo para a regularização deverá ser feita após a MPE ter sido
declarada vencedora. Em outras palavras, após a abertura dos envelopes de proposta para as licitações realizadas pelas
regras Lei 8.666/1993 e após a fase de lances, nos casos do Pregão ou do Regime Diferenciado de Contratação - RDC.
No caso do RDC ainda devem ser considerados se o procedimento será aberto, fechado, ou combinado, pois a licitação
poderá se comportar tanto de modo semelhante a um pregão quanto a uma licitação realizada nas modalidades
tradicionais previstas na Lei 8.666/1993, com a fase de documentação antecedendo a abertura das propostas.

Curso: Formação de Pregoeiro (Módulo 1) – 27 e 28 de Janeiro de 2016 /Curitiba-PR


No entanto as MPEs deverão apresentar toda a documentação, mesmo que ela possua alguma irregularidade
fiscal. Assim, elas terão a possibilidade de ir para fase de abertura das propostas comerciais se as licitações estiverem
sendo realizadas pela Lei 8.666/1993 ou terão direito à regularização logo após a fase de lances, no procedimento de
adjudicação dos itens no Pregão, no RDC e em outros processos de disputa em que exista a inversão da fase de
habilitação.
É importante prever as punições que as empresas deterão em caso de não cumprimento.
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas
e empresas de pequeno porte.
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de
pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada.
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco por cento)
superior ao melhor preço.
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte
forma:
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior
àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado;
II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste
artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2 o do art. 44 desta Lei
Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito;
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se
encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre
elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta.
§ 1o Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em
favor da proposta originalmente vencedora do certame.
§ 2o O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por
microempresa ou empresa de pequeno porte.
§ 3o No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada para
apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de
preclusão.
Art. 46. A microempresa e a empresa de pequeno porte titular de direitos creditórios decorrentes de empenhos
liquidados por órgãos e entidades da União, Estados, Distrito Federal e Município não pagos em até 30 (trinta) dias
contados da data de liquidação poderão emitir cédula de crédito micro empresarial.
Art. 47. Nas contratações públicas da administração direta e indireta, autárquica e fundacional, federal, estadual e
municipal, deverá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de
pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a
ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inov ação tecnológica.
Parágrafo único. No que diz respeito às compras públicas, enquanto não sobrevier legislação estadual, municipal ou
regulamento específico de cada órgão mais favorável à microempresa e empresa de pequeno porte, aplica-se a
legislação federal.(NR)
“Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública:
I - deverá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de
pequeno porte nos itens de contratação cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados à aquisição de obras e serviços, exigir dos licitantes a
subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno porte;
III - deverá estabelecer, em certames para aquisição de bens de natureza divisível, cota de até 25% (vinte e cinco por
cento) do objeto para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 1o (Revogado).
§ 3o Os benefícios referidos no caput deste artigo poderão, justificadamente, estabelecer a prioridade de contratação
para as microempresas e empresas de pequeno porte sediadas local ou regionalmente, até o limite de 10% (dez por
cento) do melhor preço válido.” (NR)
Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar quando:
I - ( Revogado);
II - não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de
pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento
convocatório;
III - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso
para a administração pública ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;
IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
excetuando-se as dispensas tratadas pelos incisos I e II do art. 24 da mesma Lei, nas quais a compra deverá ser feita
preferencialmente de microempresas e empresas de pequeno porte, aplicando-se o disposto no inciso I do art . 48.

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2 Alterações na Lei 8.666/93
A lei 8666/1993 também sofreu as alterações necessárias para aplicabilidade da lei 147/2014.
Vejamos:
Art. 5 -A As normas de licitação e contratos devem privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas
e empresas de pequeno porte na forma da lei.
Nesse contexto, o ente que realiza a aquisição pública precisa definir a forma de aplicação dos benefícios, quer
seja em instrumentos normativos próprios, quer seja com a descrição clara a precisa nos instrumentos convocatórios. A
definição poderá ser com a aplicação mais abrangente de benefícios e não com a restrição dos que já foram descritos lei.
§ 14. As preferências definidas neste artigo e nas demais normas de licitação e contratos devem privilegiar o tratamento
diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei.
§ 15. “As preferências dispostas neste artigo prevalecem sobre as demais preferências previstas na legislação quando
estas forem aplicadas sobre produtos ou serviços estrangeiros.” (NR) no artigo 15, evidencia que a Margem de
preferência deverá prevalecer em relação aos demais benefícios, inclusive aos das MPE. Não significa que sejam
superiores, e, sim, apenas, que deverão ser aplicados primeiro . Com isso se cria uma “primeira seleção” das empresas
que serão beneficiadas com a margem de preferência caso o produto vencedor tenha sido estrangeiro e, em seguida, as
MPE terão a preferência de contratação em relação a essas empresas caso estejam dentro do limite de 5% para o pregão
e 10 % para todas as demais modalidades, podendo, portanto baixar seu valor, mesmo que pagando mais caro do que o
produto estrangeiro originalmente vencedor.

3 Instruções e Recomendações Implícitas:


a) compras públicas e o desenvolvimento local
As compras públicas hoje movimental grande soma de recursos que ao instituir a compra local podem promover
o desenvolvimento local. Observe o quadro abaixo:

Fonte: Cartilha do comprador sebrae 2014

b) a preparação dos atores


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c) como adquirir das MPE e MEI?
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d) organização jurídica
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e) ambiente organizacional favorável (comitês de compras)


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f) parcerias de apoio
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g) diagnóstico local (fornecedor)


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h) plano anual de compras (previsão real)


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i) compartilhar experiências
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j) capacitação dos agentes


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k) edital eficiente
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l) divisão em lotes
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m) estrutura interna (fluxograma)


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n) pagamento em dia (adimplência)


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A lei 8666/1993 cita in verbis

Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos
orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.
Ainda em análise ao art. 7º da 8666/1993, esse dispõe que
Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a prestação de
serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte
seqüência:
I - projeto básico;....
§ 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível
para exame dos interessados em participar do processo licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição
de todos os seus custos unitários;
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das
obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício
financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no
Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição Federal, quando for o caso.
A Lei nº 10.520/00 – Lei que rege o Pregão – mais técnica
Art. 3º, inciso II: “a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas as especificações que, por
excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição."
O Decreto 3555/2000 enfatiza que:
8º A fase preparatória do pregão observará as seguintes regras:
I - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes
ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou a realização do fornecimento, devendo estar refletida no termo
de referência;
II - o termo de referência é o documento que deverá conter elementos capazes de propiciar a avaliação do custo pela
Administração, diante de orçamento detalhado, considerando os preços praticados no mercado, a definição dos métodos,
a estratégia de suprimento e o prazo de execução do contrato;

5.1 Termo de Referencia ou projeto Básico

COMPRAS EM GERAL OBRAS OU SERVIÇOS EM GERAL


SERVIÇOS DE
ENGENHARIA

TERMO DE PROJETO BÁSICO TERMO DE REFERÊNCIA OU


REFERÊNCIA PROJETO BÁSICO*
*Vide IN02/2008

Fonte : Tatiana Camarão(2014)

O termo de referencia deve ser elaborado definindo bem o objeto que pretende adquirir, visando assim eficcaia
no poder da compra.

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Fonte : Tatiana Camarão(2014)

Fonte : Tatiana Camarão(2014)

1. Especificação de Materiais e/ou Serviços

Definição pelo próprio órgão requisitante do produto ou serviço pretendido deve atender ao estabelecido na
Sumula 177 do TCU, ou seja:
“ A Definição "precisa" e "suficiente": todos os aspectos fundamentais devem ser contemplados de modo a não ensejar
dúvidas aos eventuais interessados. - quantidade demanda”
“ Formulação imprecisa e insuficiente do objeto afeta não somente os licitantes, mas atinge também os concorrentes
potenciais, maculando o pressuposto da igualdade.”
Cada licitação poderá requisitar demanda especifica, porém podemos necessitar de várias ferramentas num
mesmo edital, as quais segundo Anna Chrispim Tatiana Camarão (2014) são elas:
• Princípio da Padronização: (Acórdão 300/98; 64/04; Decisão n.446/95)
• Amostras (Decisão n. 1237/02; Decisão n. 197/97)
• Laudos (Acórdão n. 445/08)
• Licitação de objeto divisível (Sumula 247)
• Possibilidade de utilização de catálogos, protótipos.
• Exigência de ISO (Decisão 1.526/02. Plenário; Acórdão n. 1292/03).
• Pré-qualificação de Produto
• Indicação de marca (Acórdão n. 1/06; Acórdão n. 17/10; Acórdão n. 636/06)
• Expressão “equivalente” ou “de melhor qualidade” (Acórdão n. 887/10;3796/07; Acórdão n. 2300/04; Acórdão n.
2406/06; Acórdão n. 3263/11)
• Sujeição às normas técnicas da ABNT
• Exigência de Documentação de Habilitação não prevista em Lei
• Visita Técnica Obrigatória
• Ingerência na Gestão da Empresa Privada
• Subcontratação (Acórdão 717/11 – TCU)
• Garantia de produto (Revista TCU, Licitações & Contratos, 3ª. Ed., p. 140.
• Possibilidade de Realizar Diligência

a) aquisição de produtos de qualidade


Em vários dispositivos, a Lei no 8.666/93 aponta como vetores da atuação administrativa a possibilidade de
indicar a qualidade do produto. A Administração tem o dever de indicar o objeto pretendido na licitação, inclusive com
as características necessárias à qualidade satisfatória. O que se não admite é a restrição injustificada, porque afeta o

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princípio basilar da licitação, qual seja a isonomia entre os interessados. No entanto não se deve só achar que o preço
comanda todo o processo, pois a qualiddae implica diretamente na missão do ente governamental.
De acordo com Jorge Ulisses Jacoby Fernandes faz necessário mencionar alguns desses dispositivos, a
título de exemplificação:
no caso de serviços, a qualidade pode ser licitamente indicada no projeto básico, ao definir, com precisão, o
objeto pretendido pela Administração, desde que justificada à luz do interesse público. O conceito de projeto básico está
no art. 6º, inc. IX; a obrigatoriedade de sua elaboração antes da licitação é exigida no art. 7º, § 2º, inc. I; a
obrigatoriedade de publicar o projeto básico junto com o edital está no art. 40, § 2º, inc. I, todos os dispositivos da Lei nº
8.666/93;
A qualidade do trabalho executado deve ser aferida em cada etapa, como providência indispensável ao início da
etapa seguinte, nos termos do art. 7º, §1º, da Lei nº 8.666/93;
A qualidade do produto, a indicação de marcas ou características exclusivas ou sem similaridade é
expressamente admitida, quando for tecnicamente justificável, por exceção à regra geral, conforme art. 7º, §5º, da Lei nº
8.666/93;
A qualidade é um dos requisitos na elaboração de projetos, expressamente traduzida em durabilidade, facilidade
na execução, conservação e operação, funcionalidade, adequação ao interesse público e segurança, nos termos do art.
12, incs. I, II e V, da Lei nº 8.666/93;
A qualidade na fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras e serviços foi objeto de preocupação do
legislador quando autorizou a realização de concurso para assistência do executor do contrato, conforme art. 13, inc. IV,
c/c 67, da Lei nº 8.666/93;
A qualidade de uma compra é garantida quando o legislador exige "a adequada caracterização do objeto", na
dicção do art. 14, da Lei nº 8.666/93;

b) controles de entrega e recebimento


O setor requisitante deve sempre explicitar, no termo de referência ou projeto básico, o prazo de entrega e de
execução , bem como qual será a possibilidade e qual será a consequência de receber o produto/serviço demandado fora
do prazo. (Devolução do produto ou apenas a aplicação da penalidade, por ex.). Ainda deverá descrever a possibilidade
ou não de prorrogação.
O controle da entrega de produtos e serviços é fundamental para resguardar a boa aplicabilidade do dinheiro
público, para tanto o legislativo tem uma função fundamental nesse processo, devendo sim verificar:
a) Quem é o responsável pelo recebimento da mercadoria e/ou serviços no municipio?
b) Como se realiza esse controle, formalmente ou informalmente?
c) Essa pesso no caso de serviço tem competência para tal fim?

2 Exercícios práticos, indicando os pontos de aplicação da LC 147:

a) na preparação do Termo de Referência


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TERMO DE REFERÊNCIA 1
(MODELO)

Os campos marcados com asterisco (*) são de preenchimento obrigatório para qualquer espécie de compra. Os campos
são exemplificativos, podendo o solicitante, conforme o objeto a ser comprado ou contratado, indicar, modificar ou
eliminar alguns deles.

1
Esse modelo foi elaborado pelo ministério público do Rio Grande do Sul, estando esse disponivel no enedereço
www.mprs.mp.br/areas/licitacao/arquivos/termo_sugestoes.doc.

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Campos (1 a 15):
*(01) Objeto
*(02) Motivação
*(03) Especificações técnicas
*(04) Prazo, local e condições de entrega ou execução
(05) Prazo e condições de garantia
*(06) Responsável pelo recebimento, telefone e e-mail
(07) Condições e prazos de pagamento
(08) Obrigações da contratante
(09) Obrigações da contratada
(10) Qualificação técnica
*(11) Critério de avaliação das propostas
(12) Valores referenciais de mercado
(13) Resultados esperados
(14) Sanções
(15) Condições gerais

EXPLICITAÇÃO DE CADA CAMPO DO TERMO DE REFERÊNCIA


*(01) Objeto
Descrição sucinta do bem/serviço a ser comprado/contratado. Se for utilizado o Sistema de Registro de Preços,
fazer esta observação, mencionando o prazo de validade da Ata respectiva. Poderá ser referida a quantidade a ser
comprada/contratada.

*(02)Motivação
Expor as razões pelas quais a aquisição/contratação irá suprir a necessidade da Administração. A motivação é
obrigatória.
Na lição de Hely Lopes Meirelles, “Denomina-se motivação a exposição ou a indicação por escrito dos fatos e
fundamentos jurídicos do ato (cf. art. 50, caput, da Lei 9.784/99).“
“... o agente da Administração, ao praticar o ato, fica na obrigação de justificar a existência do motivo, sem o quê o ato
será inválido ou, pelo menos, invalidável, por ausência de motivação.”

*(03) Especificações técnicas


Descrição detalhada e precisa de todos os elementos que constituem o objeto, vedadas especificações que, por
excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou sua realização.
Aqui deverão estar expressos, por exemplo, a medida, a capacidade, a potência, o consumo, a composição, a
resistência, a precisão, a quantidade, a qualidade, o modelo, a forma, a embalagem, os requisitos de garantia, os de
segurança, os acessórios, enfim, as características que propiciem tanto a formulação de propostas de preços pelas
empresas como também o julgamento objetivo da melhor proposta e a conferência na entrega da mesma, tarefas
realizadas por parte da Administração.
Fazer referência quando houver necessidade de agrupamento de itens em lotes, de acordo com a natureza do
fornecimento.
Listar as respectivas normas técnicas (ex: ABNT/INMETRO) e padrões de qualidade obrigatórias para o
bem/serviço a ser comprado/contratado.
O solicitante poderá utilizar tabelas, bem como juntar anexos ao termo de referência, se isto ajudar a melhor
descrever o objeto.
Todo material que serviu de base para a elaboração das especificações – tais como por exemplo, catálogos,
desenhos, protótipos, fotos, etc – deverá ser juntado ao termo de referência.

*(04) Prazo, local e condições de entrega ou execução


Especificar o(s) prazo(s), o(s) local(is) e as condições de entrega ou execução do objeto.
Informar, por exemplo, se a entrega será integral, parcelada, fracionada, etc., quantidade específica ou conforme
necessidade. Informar ainda o endereço, o horário, etc.
Deverão ser observados os prazos médios do mercado para se obter uma melhor satisfação no resultado final.

(05) Prazo e condições de garantia


Especificar o(s) prazo(s) e condições (se houver) de garantia do objeto – como um todo ou dos seus
componentes, conforme o caso.

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*(06) Responsável pelo recebimento, endereço eletrônico e telefone
Informar o nome, endereço eletrônico e telefone do responsável pelo recebimento do bem ou pelo
acompanhamento da execução do serviço.
Havendo gestão contratual específica, mencionar a cargo de quem ficará a mesma.

(07) Condições e prazos de pagamento


Contra nota de empenho de despesa, ou outra forma, se for o caso, e número de parcelas ou outros critérios para
pagamento.

(08) Obrigações da contratante


Informar as obrigações da Administração – normalmente são as de pagar o preço, as de fiscalizar e de gerenciar
o contrato.

(09) Obrigações da contratada


Informar as principais obrigações a serem atendidas pela empresa para a execução do objeto.

(10) Qualificação técnica


Informar se há necessidade de apresentação documento demonstrativo de capacidade técnica, como por
exemplo, atestado(s) de capacidade técnica para que o licitante comprove o desempenho de atividade pertinente e
compatível em características, prazos e/ou quantidades com o objeto a ser licitado.
Citar aqui comprovações técnicas que devem ser exigidas do fornecedor, visando garantir a satisfação da
necessidade da aquisição (atestados, certidões, registros, garantias, inspeções, qualificações, etc).
Os requisitos de qualificação técnica deverão respeitar os limites legais – havendo contrariedade às normas
licitatórias, o requisito exigido será desconsiderado ou adaptado à Legislação.
A Divisão ou Unidade informará, se tiver conhceimento, a(s) respectiva(s) família(s) da CELIC (Central de
Licitações do Estado do Rio Grande do Sul, cadastro de fornecedores utilizado pela PGJ/MPRS) na(s) qual(is) se
encontra(m) cadastrado(s) o(s) objeto(s) solicitado(s).

*(11) Critério de avaliação das propostas


Informar o tipo de julgamento das propostas: menor preço por item ou menor preço global. Cumpre esclarecer
que, no caso de item único, o critério é o do menor preço.
(12) Valores referenciais de mercado
Considerando as especificações e quantitativos estabelecidos para o objeto, informar, sempre que possível, os
preços das últimas aquisições/contratações (se tiver havido), bem como os preços praticados no âmbito dos órgãos e
entidades da Administração Pública (art. 15, inciso V, da Lei 8.666/93), apresentando-os, se possível, em planilha
anexa, mencionando o número do procedimento licitatório e o órgão respectivo, OU juntando ao termo de referência as
atas das sessões ou notas fiscais.
(13) Resultados esperados
Informar quais os resultados pretendidos com a aquisição do bem/produto ou do serviço para a Administração,
instruído, se for o caso, com memória e metodologia de cálculo.

(14) Sanções
Indicar e justificar as penalidades a serem aplicadas por descumprimento de particularidades consideradas
relevantes na entrega do bem ou na execução do serviço.

(15) Condições gerais


Informações que visem elucidar eventuais dúvidas sobre qualquer dos tópicos acima, como por exemplo,
solicitação de amostra.

b) na elaboração do Edital
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3.Fontes de Consultas de Preços na Inernet

Hoje a Administração pública em algumas aquisições possui dificuldade de estabelecer o comparativo de preço,
assim segue abaixo os sites para consulta de preço na internet.
 Comprasnet (www.comprasnet.gov.br), do governo federal;
 Bolsa Eletrônica de Compras do Estado de São Paulo (www.bec.sp.gov.br e www.cadterc.sp.gov.br);
 TCE/RJ (www.tce.rj.gov.br);
 Licitações-BB do Banco do Brasil (www.bb.com.br);
 entidades especializadas (www.fgv.br);
 sites de comparação de preços no mercado interno (www.buscape.com.br;
 www.bondfaro.com.br; www.boadica.com.br; www.jacotei.com.br;
 www.precosbrasil.com.br; www.bancodeprecos.com.br e outros).
A aceitabilidade legal se porta na questão de Deter uma Cesta de Preços Aceitáveis (Acórdão n. 819/2009,
TCU). O Preço aceitável é aquele que não representa claro viés em relação ao contexto do mercado, ou seja, abaixo do
limite inferior ou acima do valor constante da faixa identificada para o produto ou serviço (Acórdão n. 2.170/07).

REFERENCIAS:
ALMEIDA, M. I. R. Manual de planejamento estratégico. São Paulo: Atlas, 2001.
BRASIL. Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui
normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Leis/L8666cons.htm>. Acesso em: 14 de junho de 2014
______. Lei n.° 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui, no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação
denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/ L10520.htm>. Acesso em: 14 de junho de 2014
______. Decreto n.º 3.555, de 8 de agosto de 2000. Aprova o Regulamento para a modalidade de licitação denominada
pregão, para aquisição de bens e serviços comuns. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3555.htm>. Acesso em: 14 de junho de 2014
______. Decreto n.º 5.450, de 31 de maio de 2005. Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e
serviços comuns, e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/decreto/d5450.htm>. Acesso em: 14 de junho de 2014
______. Decreto n.º 3.931, de 19 de setembro de 2001.Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15
da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3931htm.htm>. Acesso em: 14 de junho de 2014.
_____________ lei 147/2014, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3931htm.htm>. Acesso em: 14 de
junho de 2014.
CAMARÃO, TATIANA, Termo de Referência: o impacto da especificação do objeto e do termo de referência na eficácia das licitações
e contratos- 4ª edição, 2014.

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - lei 101/2000, disponivel em http://www.planalto.gov.br/lcp101; Acesso


em: 14 de junho de 2014
Lei 123/06, disponível no site http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leiscomplementares/2006/leicp123.htm,
Acesso em: 14 de junho de 2014
LICITAÇÕES E CONTRATOS disponível em
http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/licitacoes_contratos/6%20Modalidades%20de%20Licita
%C3%A7%C3%A3o.pdf acessado em 26/09/12.
http://www.colombo.pr.gov.br/semad_.asp?id=965 acesado em 14/08/2014
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, 1988, DISPONIVEL EM
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm, ACESSADO EM 14/08/2014
STONER, J. A. F; FREEMAN, R. E. Administração.Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1999.
MODELO DE TERMO DE REFERENCIA, Ministério público do estado do rio grande do Sul, disponivel em
www.mprs.mp.br/areas/licitacao/arquivos/termo_sugestoes.doc.. acessado em 14/08/2014.

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PRÁTICA: O JULGAMENTO DA LICITAÇÃO

Clayson do Nascimento Andrade

Fixação dos requisitos de habilitação


Habilitar um licitante no âmbito da licitação é dizer que ele detém idoneidade para cumprir o contrato. Esta
idoneidade é verificada pela entrega de documentos referentes às seguintes áreas da habilitação:
1. Habilitação Jurídica
2. Regularidade Fiscal e Trabalhista
3. Qualificação Técnica
4. Qualificação Econômica Financeira
5. Declaração de que não emprega menores
Habilitação Jurídica: Tem por finalidade demonstrar a existência legal da empresa, legitimidade de sua representação
e aptidão para assumir obrigações com a Administração:
1. Empresa individual: Deverá o licitante apresentar Registro Comercial, devidamente inscrito na Junta Comercial.
2. Ato Constitutivo: Contrato Social ou Estatuto em vigor devidamente inscrito na Junta Comercial, em se tratando de
Sociedades Comerciais por ações, deverá ser apresentado acompanhado de ata de eleição de seus administradores.
3. Sociedade Civil: Inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria em
exercício.
4. Decreto de Autorização: Quando tratar-se de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País.
Regularidade Fiscal: Significa que o licitante encontra-se de forma regular perante suas obrigações com a legislação
tributária federal, estadual, municipal, seguridade social e o fundo de garantia por tempo de serviço. Cumpre aqui
desfazer um equivoco habitual: Regularidade não quer dizer Quitação. Regularidade é a comprovação de que a empresa
atende todas as exigências do fisco. São os seguintes documentos exigidos por lei que provam sua regularidade fiscal:
1. Prova de Inscrição no Cadastro de Pessoas Física ou Jurídica: Cadastro de Pessoa Física – CPF ou Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídicas – CNPJ. Ambos são expedidos pela Secretaria da Receita Federal
2. Prova de Inscrição no cadastro de contribuintes, ICMS/ISS: Inscrição Estadual ou Municipal, relativo ao
domicilio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto da licitação. A Inscrição
Estadual é emitida pela Secretaria de Estado da Fazenda e Planejamento.
3. Prova de Regularidade com a Fazenda Federal: Apresentação da Certidão Negativa de Débitos de Tributos e
Contribuições Federais emitida pela Receita Federal. Emitida pelo site www.receita.fazenda.gov.br .
4. Prova de Regularidade com a Fazenda Estadual: Certidão emitida pela Secretaria da Fazenda Estadual, podendo
ser solicitada em qualquer posto de atendimento da Secretaria de Fazenda Estadual.
5. Prova de Regularidade com a Fazenda Municipal: Esta certidão deverá ser solicitada na Secretaria de Estado
Municipal em que está sediada a empresa.
6. Prova de Regularidade com a Procuradoria da Fazenda Nacional: Apresentação da Certidão Quanto a Dívida
Ativa da União, emitida pela Procuradoria da Fazenda Nacional. Pode ser solicitada por meio eletrônico através do
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site www.pgfn.fazenda.gov.br . Neste site há emissão de certidão conjunta, dando prova da regularidade previdenciária
e não previdenciária.
7. Prova de Regularidade com a Seguridade Social: Apresentação da Certidão Negativa de Débitos – CND emitida
pela Previdência Social . Também pode ser solicitada por meio eletrônico através do site www.mpas.gov.br.
8. Prova de Regularidade com FGTS: Esta Certidão poderá ser solicitada em qualquer agência da Caixa Econômica
Federal ou por meio eletrônico no site da Caixa: www.caixa.com.br .
Regularidade Trabalhista: A Lei de Licitações, alterada pela Lei nº 12.440/2011, exige do interessado em participar
do certame licitatório a prova de sua regularidade trabalhista (art. 27, IV), a ser feita por meio da apresentação da
Certidão Negativa de Débito Trabalhista, atestando a inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho
(art. 29, V).
A certidão é expedida no site do Superior Tribunal do Trabalho: www.tst.jus.br.
Qualificação Técnica: É o conjunto de requisitos profissionais que o licitante apresenta para executar o objeto da
Licitação. Estes requisitos podem ser genéricos, específicos e operativos. O indispensável é que o licitante disponha de
capacidade e qualificação técnica no momento do certame licitatório. A qualificação técnica normalmente é comprovada
por meio de apresentação de Atestados de Capacidade Técnica, expedido por órgão governamental ou empresa
privada, o qual em seu corpo venha descriminado de forma clara, contendo características, quantidades e descrição do
material ou serviço prestado.
Qualificação Econômica Financeira: A comprovação da qualificação econômica-financeira da empresa tem o objetivo
de garantir ao órgão licitante que o vencedor da licitação terá condições de cumprir com o contrato. A lei limita as
exigências aos seguintes documentos:
- Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício;
- Exigência de Certidão Negativa de Falência, Concordata e de execução patrimonial;
- Garantia, que poderá ser em depósito prévio a data de realização da licitação de até 1% do valor do contrato a ser
licitado;
- Capital Social mínimo até o limite de 10% do valor total do contrato
• Fase Externa - Publicação

Prazos e veículos de publicidade


Art. 11, Dec. 3.555/00:
a) até R$ 160.000,00:
1. Diário Oficial da União; e
2. meio eletrônico, na Internet;
b) acima de R$ 160.000,00 até R$ 650.000,00 :
1. Diário Oficial da União;
2. meio eletrônico, na Internet; e
3. jornal de grande circulação local;
Art. 11, Dec. 3.555/00:
c) acima de R$ 650.000,00:
1. Diário Oficial da União;
2. meio eletrônico, na Internet; e
3. jornal de grande circulação regional ou nacional;
Entre a data da publicação e a data da abertura deve transcorrer, no mínimo, período de 8 (oito) dias úteis.
Se por alguma razão o edital sofrer alteração que importe na necessidade de alteração das propostas, o prazo
deve ser reaberto a partir da publicação das mudanças promovidas (Dec. 3.555/00, art. 12, § 2º).

Impugnação ao edital
Art. 12. Até dois dias úteis antes da data fixada para recebimento das propostas, qualquer pessoa poderá solicitar
esclarecimentos, providências ou impugnar o ato convocatório do pregão.
§ 1º Caberá ao pregoeiro decidir sobre a petição no prazo de vinte e quatro horas.
§ 2º Acolhida a petição contra o ato convocatório, será designada nova data para a realização do certame.

Poder de diligência do Pregoeiro


Disciplina o § 3º do art. 43 da Lei nº 8.666/93, de aplicação subsidiária ao Pregão, que
“é facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a
esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que
deveria constar originariamente da proposta.”

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Credenciamento
É o momento procedimental em que os licitantes se apresentam oficialmente ao Pregoeiro, com as credenciais que
permitirão sua participação no Pregão.
Deve apresentar procuração, contrato social e declaração de cumpre os requisitos de habilitação.
Mesmo que o representante não seja credenciado, a proposta da empresa poderá participar da licitação; o detalhe aqui é
que o representante não poderá formular lances, nem recorrer (só poderá recorrer contra seu não credenciamento).

Fase de Julgamento das Propostas


Este é um momento importantíssimo da licitação; ao seu final, restará escolhida a melhor proposta
apresentada pelos licitantes, com grandes chances de ser a vencedora do certame.
A fim de bem julgar as propostas, escolhendo a mais vantajosa, o Pregoeiro deverá aplicar todo o cuidado e
atenção para utilizar corretamente as normas legais e editalícias que estão a sua disposição.
Compreende 2 etapas:
• recebimento, análise (inclusive da exequibilidade) e classificação das propostas
• lances
Exequibilidade – literalmente, significa “aquilo que pode ser executado”.
Ao mesmo tempo em que se preocupa em obter o menor preço, o Pregoeiro deve estar atento para que os
licitantes formulem propostas que poderão ser cumpridas.

Classificação das Propostas para a Etapa de Lances


No pregão presencial (isto não se aplica ao pregão eletrônico), há dois critérios sucessivos para escolher as
propostas que passarão à etapa de lances:
a) Critério dos 10%;
b) Critério dos 3 menores preços.
Participarão da etapa de lances a proposta de menor valor e todas aquelas que, em relação a esta, forem superiores em
até 10%.
Exemplo:
Licitante 1 – proposta R$ 100.000,00
Licitante 2 – proposta R$ 102.000,00
Licitante 3 – proposta R$ 108.400,00
Licitante 4 – proposta R$ 110.000,00
Licitante 5 – proposta R$ 110.500,00
De acordo com o exemplo, participarão da etapa de lances os licitantes 1, 2, 3 e 4.
Apesar da proposta do licitante 5 ter sido classificada, seu valor não permitirá que integre a disputa de lances
verbais.

Critério dos 3 menores preços


Se não houver três propostas que se amoldem ao critério dos 10%, desconsidera-se tal critério e passa-se ao dos
3 menores preços. Ou seja, seleciona-se a menor proposta e outras duas, ainda que a superem em 10%.
Exemplo:
Licitante 1 – proposta R$ 100.000,00
Licitante 2 – proposta R$ 108.000,00
Licitante 3 – proposta R$ 110.500,00
Licitante 4 – proposta R$ 110.500,00
Licitante 5 – proposta R$ 117.000,00
De acordo com o exemplo, participarão da etapa de lances os licitantes 1, 2, 3 e 4.
Apesar das propostas dos licitantes 3 e 4 estarem empatadas, em respeito à ampliação da competitividade,
serão selecionadas e também participarão da etapa de lances.

Etapa de Lances
Esta etapa do procedimento é o momento em que os licitantes têm a possibilidade de diminuir o preço do objeto
que estão cotando.
A alterabilidade das propostas é uma das principais peculiaridades do Pregão.
Nas outras modalidades o preço é fixo, inalterável.
Dec. 3.555/00, Art. 11
VIII - em seguida, será dado início à etapa de apresentação de lances verbais pelos proponentes, que deverão ser
formulados de forma sucessiva, em valores distintos e decrescentes;
IX - o pregoeiro convidará individualmente os licitantes classificados, de forma sequencial, a apresentar lances verbais,
a partir do autor da proposta classificada de maior preço e os demais, em ordem decrescente de valor;
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X - a desistência em apresentar lance verbal, quando convocado pelo pregoeiro, implicará a exclusão do licitante da
etapa de lances verbais e na manutenção do último preço apresentado pelo licitante, para efeito de ordenação das
propostas;

Empate Ficto da LC 123/06 – ME e EPP‟s


Se o menor preço ofertado após a etapa de lances pertencer a empresa que não se enquadre como ME ou EPP,
será necessário verificar a ocorrência de empate, pois, nessa situação, estas empresas terão preferência em desempatar a
disputa.
Como forma de incentivar as ME e EPP‟s, a LC 123/06 estabeleceu uma inovação nas licitações (duramente
criticada por alguns): o empate ficto.
No Pregão, significa que, se um licitante que não se enquadra nestas categorias ofertar o menor preço na etapa
de lances, haverá empate se ME ou EPP tiver ofertado lance até 5% a maior.
Exemplo: a empresa A não é ME ou EPP; encerrada a etapa de lances, ofertou preço de R$ 100,00 para o item
licitado. A empresa B é EPP e, ao fim da etapa de lances, havia ofertado R$ 105,00.
A LC 123/06 considera isto como empate, pois a diferença entre as duas propostas é de 5%; assim, a empresa B
poderá, dentro de 5 minutos após convocada pelo Pregoeiro, desempatar a disputa desde que ofereça lance menor
(mesmo que seja R$ 0,01 a menos).
Para fins de licitação, o que é ME e EPP?
Art. 3º, da lei de referência, ou seja:
ME - o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
igual ou inferior a R$ 360.000,00;
EPP - receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.
O benefício só será estendido às empresas que fizerem declaração desta condição, encaminhando documento
junto da proposta de preços.

Negociação
Após a etapa de lances e, resolvido eventual empate, o Pregoeiro poderá negociar com o licitante ofertante do
menor preço, a fim de obter preço melhor.
A negociação não é obrigatória para todos os casos, em alguns, é até mesmo desnecessária (preços muito
baixos); nesta hipótese o Pregoeiro passa diretamente ao exame de aceitabilidade da proposta.

Aceitabilidade da proposta
Após a etapa de negociação, o Pregoeiro deve proceder a um segundo exame de aceitabilidade da proposta,
agora somente considerando o aspecto preço, já que os demais elementos da proposta foram analisados antes da etapa de
lances.
Pergunta: o que ocorre se todas as propostas forem desclassificadas?
Art. 58, XVII, LE 15.608/07: “quando todas as propostas escritas forem desclassificadas o pregoeiro poderá suspender
o pregão e estabelecer uma nova data, com prazo não superior a 03 (três) dias úteis, para o recebimento de novas
propostas;”
Art. 48, § 3º, Lei 8.666/93:
“Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá
fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas
escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias
úteis.”

Fase de Habilitação
Encontrar a proposta de menor preço não significa o fim da licitação; o interesse público exige que se verifique
a idoneidade do particular que quer contratar com a Administração ao efeito de constatar se ele, efetivamente, poderá
cumprir com as obrigações assumidas.
Enquanto na Fase de Julgamento o objeto de análise era a proposta, na Fase de Habilitação o que se examina é a
pessoa que formulou a proposta de menor preço.
Para dar garantias de que tem idoneidade para contratar com a Administração, o particular deve apresentar uma
série de documentos (aqueles já referidos no inícios do curso).

Declaração de Vencedor
Lei 10.520/02, art. 4º, XV: “verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado
vencedor;”

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Fase Recursal
Declarado o vencedor, abre-se para os licitantes a oportunidade de demonstrarem sua insatisfação e irresignação
contra algum ato praticado pelo Pregoeiro na condução do Pregão.
Lei nº 10.520/02, art. 4º, XVIII:
“declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer, quando
lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde
logo intimados para apresentar contra-razões em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo
do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos;”
O Pregoeiro poderá rever sua posição – retomando a licitação do ponto em que agiu equivocadamente – ou
mantê-la, situação em que encaminhará o recurso, instruído com a motivação de seus atos à autoridade competente.
A esta cabe a palavra final.
Se o recurso for acolhido, deve-se invalidar somente os atos insuscetíveis de aproveitamento. Significa dizer
que os atos não afetados pela ilegalidade continuam válidos.
Ex: houve recurso e a autoridade superior anulou a fase de habilitação; a licitação será retomada a partir desta
fase; os atos anteriores, como o julgamento das propostas, não serão refeitos.

Fase Integrativa
a) Adjudicação
b) Homologação
c) Elaboração da ata
Adjudicação
É o ato de conclusão do procedimento por meio do qual o Pregoeiro, não pendendo recurso, declara,
efetivamente, o vencedor da licitação.
Se houver recurso pendente, o Pregoeiro não pode adjudicar o objeto licitado, ficando tal atribuição sob
responsabilidade da autoridade competente.

Homologação
É o ato da autoridade competente que, após análise de legalidade e conveniência a respeito das decisões do
Pregoeiro, confirma/infirma o resultado da licitação.
Se os procedimentos se revestiram de legalidade e são convenientes para a Administração, a autoridade
competente homologa a licitação dando-a por encerrada e autorizando a contratação.
Se constatada alguma ilegalidade ou inconveniência, a licitação deverá ser, respectivamente, anulada ou
revogada, nos termos do art. 49 da Lei n.º 8.666/93.

Elaboração da Ata
Deve conter os seguintes registros:
a) licitantes participantes;
b) propostas apresentadas;
c) lances ofertados na ordem de classificação;
d) aceitabilidade da proposta de preço;
e) habilitação; e
f) recursos interpostos, respectivas análises e decisões.

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ANOTAÇÕES:

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EM CASO DE EMERGÊNCIA

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