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Economia Mercantilista:

Resumo:
 Três modelos principais: balança comercial favorável, pacto colonial e protecionismo.
 A Europa estava a passar por uma grave escassez de ouro e prata, não tendo, portanto,
dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio
 Bulionismo: a acumulação de metais preciosos influencia no aumento da riqueza da
nação.
 Protecionismo alfandegário: procura de uma balança comercial favorável e de proteção
da indústria nascente.
 Colonialismo: monopólio => acesso a matérias-primas e venda de produtos
manufaturados.
 Estado intervencionista.
 Expansão do comércio interno decorrente dos excedentes da produção rural e do uso da
moeda.
 Crédito e a promoção de empreendimentos mercantilistas.
 A política mercantilista advinha de uma união entre a Coroa e a burguesia mercantil.
 Disputa pelos rendimentos do comércio entre os mercantilistas e os proprietários de
terra.
 A Coroa também buscava os seus lucros por meio de tributos.
 Lei de Gresham: fuga de moeda para o exterior. Uma moeda sobrevalorizada (ouro:
guardado em casa) expulsa uma moeda subvalorizada (prata: usada no comércio). De
acordo com esta lei, as boas moedas são exportadas ou derretidas para se capitalizar o seu
valor de mercado mais alto no câmbio estrangeiro. Para evitar isso, os mercantilistas
ingleses reivindicavam do governo que este emitisse moedas de peso padronizado, que as
taxas de câmbio fossem reguladas compulsoriamente, e que houvesse a proibição de
exportação de moeda da Inglaterra para deter a evasão de metais preciosos.
Introdução ao Mercantilismo:
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercantilismo)

Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na


Europa na Idade Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII. O mercantilismo
originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com os Estados. Caracterizou-
se por uma forte intervenção do Estado na economia. Consistiu numa série de medidas tendentes
a unificar o mercado interno e teve como finalidade a formação de fortes Estados-nacionais.
É possível distinguir três modelos principais: balança comercial favorável, pacto colonial
e protecionismo. Segundo William Holman Hunt, o mercantilismo originou-se no período em
que a Europa estava a passar por uma grave escassez de ouro e prata, não tendo, portanto,
dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio.
As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na
acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através do
incremento das exportações e da restrição das importações (procura de uma balança comercial
favorável). Essa crença é conhecida como bulionismo ou metalismo.
O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas
indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações,
(protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as
infra-estruturas e promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como
forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufaturados. A forte
regulamentação da economia pelo mercantilismo será contestada na segunda metade do século
XVIII por François Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.
Os princípios mercantilistas eram:
a) Incentivos às manufaturas;
b) Protecionismo alfandegário;
c) Balança comercial favorável;
d) Jogo de soma zero – para um ganhar, outro tem de perder: colônias de exploração e
comércio colonial monopolizado pela metrópole.

Desenvolvimento histórico da economia europeia desde o Século


XV:
BRAUDEL. Fernand. A dinâmica do capitalismo. Rio de Janeiro: Rocco. Capítulos I a
III. 1987.
Braudel fala de “instrumentos de troca” que ajudam a explicar o desenvolvimento da
economia europeia em comparação com as demais economias do mundo. Para melhor entender
estes “instrumentos de troca”, eles serão analisados enquanto sendo o crédito e o elemento
analítico determinante para o sucesso da economia europeia; já o elemento analítico resultante
destes “instrumentos de troca” é que o crédito propicia desenvolvimento econômico em face da
monopolização do comércio por grandes negociantes.
Em um primeiro momento, na Idade Média europeia, o sistema feudal era dominante, e
os servos – vassalos – trabalhavam nas terras de senhores feudais – suseranos –, que cobravam a
corveia real, impostos sobre a produção dos servos. Nesta época já existiam comerciantes na
Europa, mas em pequenos números, e costumeiramente eram mal vistos pela Igreja Católica
devido à proibição da prática da usura. Desta forma, no inicio da Idade Média, estes pequenos
comerciantes não tinham o suporte político e financeiro tanto do Estado quanto da Igreja. Esta
configuração conjuntural não permitia o desenvolvimento de instrumentos de troca que viriam a
ser cruciais para a acumulação de capital e rápido desenvolvimento econômico das cidades
europeias: o crédito. Tudo isso irá mudar com o tempo, como veremos adiante.
Ao analisar as estruturas que compõem o florescimento do comércio em larga escala, do
mais simples ao mais complexo, como pequenos agentes temos os mercados, lojas, camelôs; os
grandes são as feiras, bancos e bolsas (BRAUDEL, 1987:16-18). As operações comerciais que os
comerciantes realizavam eram diferentes das dos produtores rurais, camponeses e artesões. Os
comerciantes eram “intermediários”, e:

“(...) esse comerciante pode, ocasionalmente, perturbar o


mercado, dominá-lo, influir sobre os preços por manobras de estocagem;
mesmo um pequeno revendedor pode, contra os regulamentos, antecipar-
se aos camponeses na entrada de um burgo, comprar a preços mais
reduzidos as mercadorias deles e em seguida oferecê-las ele próprio aos
compradores: essa é uma fraude elementar, presente na periferia de todos
os burgos e mais ainda de todas as cidades, capaz, quando se amplia em
grandes proporções, de fazer subir os preços” (BRAUDEL, 1987:35).

Estes intermediários eram vistos como seres problemáticos, que fraudavam preços para
lucrar nas transações. Logo, a concorrência entre os produtores e os comerciantes era desigual, o
que Braudel diz que é uma “lei essencial da chamada economia de mercado” (BRAUDEL,
1987:37), onde o comerciante tem duas vantagens:

“(...) ele rompeu as relações diretas entre o produtor e aquele a


quem a mercadoria se destina finalmente (só ele conhece as condições do
mercado nas duas pontas da cadeia e, portanto, a margem de lucro que
obterá), e dispõe de dinheiro para compras à vista (...)” (BRAUDEL,
1987:37).

Desta forma, devido às cadeias mercantis realizarem o abastecimento das grandes


cidades, isto fez com que as autoridades fechassem os olhos ou relaxassem seu controle sobre o
comércio (BRAUDEL, 1987:37). Portanto, nos Séculos XIII e XIV, a configuração conjuntural
da economia europeia começou a mudar, e cidades-estados da península itálica – como Gênova e
Veneza – começam a expandir suas perspectivas comerciais ao intensificar suas trocas de
mercadorias com outras nações do Mediterrâneo. Assim, os pequenos mercadores começaram a
dar lugar aos grandes mercadores, uma vez que são impulsionados pela prática mercantil. No
Século XV há uma mudança fundamental na prática mercantil com o “descobrimento” das
Américas por aventureiros europeus, e Braudel aponta mudanças no cenário europeu:

“a superestrutura é fomentada pelo apogeu das grandes feiras,


impulsionadas pela chegada de metais preciosos da América na Europa e
um sistema de trocas que faz circular rapidamente crédito. Ao mesmo
tempo, a feira cede o lugar às Bolsas, às praças de comércio, que estão
para a feira como o mercado urbano para a loja comum, ou seja, um fluxo
contínuo substitui os encontros intermitentes” (BRAUDEL, 1987:20).

Dessa forma, o comércio ganha nova força e operações de negócios mercantis são
ampliados. Mesmo com a usura ainda sendo proibida pela Igreja Católica, judeus já haviam
praticado atividades de empréstimo de crédito com a intenção de lucrar com juros desde séculos
antecedentes. E, inspirados por esta prática, grandes famílias italianas – como os Médici de
Florença – ampliaram os instrumentos de crédito para comerciantes como forma de lucrar das
transações. Portanto, Braudel diz que é natural que neste ambiente as feiras públicas acabariam
saindo perdendo dos comerciantes que realizam transações buscando lucro (BRAUDEL,
1987:21). E, incentivados por interesses financeiros, desenvolveram-se enfim os “private
markets”, em oposição aos “public markets” (BRAUDEL, 1987:21-22). Braudel conclui esta
proposição ao dizer que se compararmos a economia europeia com as economias do resto do
mundo, o desenvolvimento da economia europeia se deu devido “à superioridade de seus
instrumentos e de suas instituições: as Bolsas e as diversas formas de crédito” (BRAUDEL,
1987:25).
Uma vez que a burguesia havia se consolidado na Europa, os grandes comerciantes
tiveram a possibilidade de monopolizar o comércio, e não atuar apenas no mercado interno, mas
de fato importar e exportar produtos para civilizações no mundo inteiro. Isso se tornou não
apenas possível, mas propício de acontecer, pois os grandes comerciantes não necessitavam
utilizar mais somente seus próprios capitais para realizarem transações comerciais, mas o crédito,
dinheiro de outros (BRAUDEL, 1987:40). Devido às proporções que tomaram as transações
destes comerciantes, eles passaram a ser chamados de negociadores, homens de negócio, e suas
atividades começaram a ser diversificadas em diversos setores com o intuito de limitar seus
riscos, seja em especiarias, alimentos, tecidos, câmbios, entre outros (BRAUDEL, 1987:41).
Braudel conclui o segundo capítulo do seu livro A dinâmica do capitalismo ao dizer que:

“(...) se o grande comerciante muda com tanta frequência de


atividade é porque o grande lucro muda incessantemente de setor. O
capitalismo é, por essência, conjetural. Ainda hoje, uma de suas grandes
forças é a sua facilidade de adaptação e de reconversão” (...) [No entanto]
Privilégio da minoria, o capitalismo é impensável sem a cumplicidade
ativa da sociedade (BRAUDEL, 1987:42-43).
Portanto eu concluo ao concordar com Braudel que as formas de crédito foram cruciais
para o desenvolvimento da economia europeia e é exatamente o que garantiu a superioridade
desta economia de mercado frente a outras economias mundiais. Uma vez que o crédito é um
“capital simbólico”, como diz Pierre Bourdieu, ele pode ser acumulado, e ainda mais, é capaz de
transitar facilmente pelas mãos de atores sociais com maior facilidade do que produtos concretos.
Desta forma, através desta breve descrição e análise de mudanças na conjuntura europeia, é
possível justificar que o crédito é o elemento analítico determinante para o sucesso da economia
europeia, e que resulta do crédito é o desenvolvimento econômico em face da monopolização do
comércio por grandes negociantes.

Aspectos gerais da teoria mercantilista:


RUBIN, Isaac I. História do Pensamento Econômico. Rio de Janeiro: [s.n.]. Capítulos 3
e 4. 2014.

O bulionismo (do inglês bullion: ouro em pequenos lingotes) ou bulhonismo ou


metalismo é uma teoria econômica da Idade Moderna (1453-1789) que quantifica a riqueza
através da quantidade de metais preciosos possuídos. Foi uma das práticas econômicas usadas no
mercantilismo. Baseia-se na crença de posse e acúmulo de ouro e metais preciosos, e que estes
são a maior fonte de riqueza. Nesta concepção, eles são confundidos com capital destinado ao
consumo, ao invés de investir em atividades lucrativas como manufaturas, comércio, etc. Um
exemplo de um país bulionista no período citado foi a Espanha, que não percebeu que o acúmulo
de metais preciosos (ouro e prata) era apenas uma ilusão de prosperidade, tornado-se periferia
econômica na Europa enquanto a economia mineradora na América, principal fonte de riqueza
espanhola, se esgotava.
A Economia Mercantilista decorre de uma série de revoluções que vinham acontecendo
na Europa desde o início do Renascimento Cultural. A produção rural estava gerando
excedentes, e com isso o comércio interno estava se expandindo. A acumulação de riquezas
estava relacionada a produção de excedentes. O uso da moeda promoveu a ampliação do
comércio, e o recurso do crédito promoveu os empreendimentos mercantilistas.
Rubin aponta, primeiramente, que não havia consenso teórico entre os autores
mercantilistas, e nem grande desenvolvimento teórico sobre questões econômicas ou comerciais
(RUBIN, 2014:60). O autor propõe que a política mercantilista advinha de uma união entre a
Coroa e a burguesia mercantil (RUBIN, 2014:61). Isso ocorre porque, “Quando o comércio
floresce, aumenta a receita da Coroa, melhoram as propriedades rurais e as rendas e o povo pobre
encontra trabalho. Se o comércio declina, isso tudo declina junto com ele” (RUBIN, 2014:62).
Não obstante, havia uma disputa pelos rendimentos do comércio entre os mercantilistas e os
proprietários de terra. A Coroa também buscava os seus lucros por meio de tributos. No entanto,
caso o tributo sobre os proprietários rurais fosse demasiadamente alto, estes não teriam dinheiro
para investir na ampliação das suas técnicas e produção; caso o tributo sobre os mercantilistas
fosse demasiadamente alto, isso poderia até mesmo minar o seu comércio com o exterior. Logo,
como forma de espandir o comércio internacional, os mercantilistas promoveram a redução das
taxas de importação. Então:
“Se os mercantilistas queriam fazer da Coroa um ativo aliado da
burguesia mercantil, eles não poderiam manter tais esperanças em relação
aos proprietários de terra. Sabiam que, ao defender tais medidas,
provocavam a insatisfação dos senhores rurais. No entanto, eles tentavam
aplacar esse descontentamento argumentando que o crescimento do
comércio traz consigo um aumento nos preços dos produtos agrícolas e,
assim, também um aumento das rendas e do preço da terra” (RUBIN,
2014:63).

Na teoria mercantilista, “o aumento da quantidade de metais preciosos não era entendido


como uma fonte de riqueza da nação, mas como um dos sinais de que essa riqueza estava
crescendo” (RUBIN, 2014.65). Para eles, havia uma conexão direta entre o movimento dos
metais preciosos e o desenvolvimento geral do comércio e da indústria – “doutrina do equilíbrio
comercial” (RUBIN, 2014.65). Desta forma, o foco da sua teoria residia na “circulação de
moedas”. Entretanto, eles ainda não entendiam qual era a inter-relação entre a circulação da
moeda e a de mercadorias. “ainda lhes faltava compreender que a deterioração da taxa de câmbio
inglesa e a consequente fuga de moeda para fora do país era o resultado inevitável de uma
balança comercial desfavorável” (RUBIN, 2014:67).
A “Lei de Gresham” descreve bem o caso da fuga de moeda para o exterior: “ existem
moedas boas e moedas ruins. As moedas más substituem as moedas boas: “É um princípio
econômico que diz que uma moeda sobrevalorizada (tem um valor determinado por uma
autoridade monetária acima do de mercado) expulsa uma moeda subvalorizada (tem um valor
determinado pela mesma autoridade abaixo do de mercado). Por exemplo, as pessoas usavam
mais a prata para fins comerciais e guardavam o ouro em casa quando havia um bimetalismo
entre as duas moedas/metais fora da realidade do mercado. Mesmo principio aparece quando são
analisados câmbios sem sentido com a realidade, como por exemplo, o câmbio entre o Bolívar
venezuelano e o Dólar dos Estados Unidos. A grande diferença entre o câmbio oficial e o câmbio
real causa uma escassez de dólares na Venezuela. De acordo com esta lei, as boas moedas são
exportadas ou derretidas para se capitalizar o seu valor de mercado mais alto no câmbio
estrangeiro” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Gresham). Para evitar isso, os mercantilistas
ingleses reivindicavam do governo que este emitisse moedas de peso padronizado, que as taxas
de câmbio fossem reguladas compulsoriamente, e que houvesse a proibição de exportação de
moeda da Inglaterra para deter a evasão de metais preciosos.

Mercantilismo: Anotações:
Evolução do Pensamento Economico: (Laura Mabel Lacaze)
Aula 1:

Ouro. Navegação (mares). Colônias. Acumulação (moeda).

Política comercial voltada a proteção da economia doméstica perante a concorrência:

-Balança comercial superavitária.

Surgimento do Estado moderno:

-Saída do feudalismo – economia autossuficiente.

-Surgimento de novas formas de comércio.

-O comércio ainda não era pensado enquanto objeto da economia.

-A riqueza passa de ser considerada a mercadoria enquanto bem de uso para a mercadoria
como bem ---de troca.

-Acumulo de riqueza na forma de dinheiro.

-Comprar ou produzir produtos e os vender por preços maiores visando o lucro e a


acumulação de riqueza. Acumulação de riqueza estava relacionado a produção de excedentes.

Lei de Gresham: existem moedas boas e moedas ruins. As moedas más substituem as
moedas boas:

“É um princípio económico que diz que uma moeda sobrevalorizada (tem um valor
determinado por uma autoridade monetária acima do de mercado) expulsa uma moeda
subvalorizada (tem um valor determinado pela mesma autoridade abaixo do de mercado). Por
exemplo, as pessoas usavam mais a prata para fins comerciais e guardavam o ouro em casa
quando havia um bimetalismo entre as duas moedas/metais fora da realidade do mercado.
Mesmo principio aparece quando são analisados câmbios sem sentido com a realidade, como por
exemplo, o câmbio entre o Bolívar venezuelano e o Dólar dos Estados Unidos. A grande
diferença entre o câmbio oficial e o câmbio real causa uma escassez de dólares na Venezuela.De
acordo com esta lei, as boas moedas são exportadas ou derretidas para se capitalizar o seu valor
de mercado mais alto no câmbio estrangeiro”.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Gresham

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