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Discursiva TRT

Direito do Trabalho
Processo do Trabalho
Aula 00 - Aula Demonstrativa
Prof. Déborah Paiva

Aula Demonstrativa
Direito do Trabalho e Processo

Estudo de casos – Temas Jurídicos TRT

Aula Demonstrativa
Professora Déborah Paiva

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Aula 00 – Aula Demonstrativa

Olá Pessoal,

Agora você poderá adquirir dois cursos pelo valor de um.

Resolvi reunir os cursos de Estudo de Casos e Temas Jurídicos de Direito do


Trabalho e Processo do Trabalho para Tribunais.

Apresento para vocês um curso de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho


focado nas provas discursivas (questões subjetivas FCC e CESPE)

Direito do
Trabalho
Questões
Processo
Subjetivas
do
Trabalho

Tribunais

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É com muita satisfação que estou aqui para apresentar a nossa aula
demonstrativa, com resolução de questões de provas discursivas da CESPE e
FCC e outras bancas sobre Direito do Trabalho e Processo do Trabalho.

Ressalto que utilizarei questões de provas de outras bancas com perfil parecido
com a banca CESPE e FCC (Bancas dos concursos do TRT).

Vocês poderão observar que demonstrar conhecimento jurídico é imprescindível


para a obtenção de êxito na prova e que a fuga ao tema proposto acarretará a
eliminação do candidato.

Opa! Esqueci de me apresentar!

Para aqueles que não me conhecem, sou a professora Déborah Paiva.

Ministrei, aqui no Ponto, mais de 60 cursos de Direito do Trabalho e de Processo


do Trabalho com foco nos concursos do Ministério Público da União (MPU),
Auditor Fiscal do Trabalho (AFT), Procuradoria da Fazenda Nacional, Advocacia
da União e dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT).

Para aqueles que quiserem conhecer o meu trabalho, há no You Tube,


disponível gratuitamente, aulas que gravei para os Programas Saber Direito e
Apostila, ambos da TV Justiça. Há também questões de provas comentadas em
meus artigos aqui no site do Ponto e no meu blog
professoradeborahpaiva@blogspot.com ou www.deborahpaivaconcursos.com.br

Sou autora de alguns livros na área trabalhista, focados em concursos públicos.


Destaco os seguintes livros:

1º. “Direito do Trabalho e Processo do Trabalho FCC – Questões


comentadas FCC. Editora Ímpetus”;

2º. “Provas comentadas ESAF – Direito do Trabalho e Processo


do Trabalho. Editora Ferreira”;

É importante muito treino na resolução de questões de banca, porque, apenas,


com treinamento ocorrerá a fixação e a melhor compreensão da parte teórica
da matéria. E, através da resolução de questões poderemos avaliar o perfil da
banca.

3º “TST PARA CONCURSOS”. Volume I – Editora


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Déborah Paiva– 1ª 3
edição.
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Este curso é indicado para aqueles que querem aprimorar a resolução de


questões e sedimentar o conhecimento das disciplinas Direito do Trabalho
e Processo do Trabalho.

Não haverá correção gramatical e haverá correção de duas questões


apresentadas pelo aluno.

O curso focará a resolução de questões discursivas com indicação da base


teórica, legislativa e jurisprudencial referentes aos temas.

Utilizarei questões de diversas bancas e apresentarei sugestão de temas


essenciais no Direito do Trabalho e ao Processo do Trabalho.

Vejamos o cronograma do curso e o que ele abrangerá:

Aula Conteúdo Programático Data

00 Aula Demonstrativa -----------

01 Questões estudo de casos FCC comentadas Trabalho 24/06


Questões estudo de casos FCC comentadas Processo
02 24/06
Trabalho
Questões estudo de casos FCC comentadas Processo
03 08/07
Trabalho
04 Questões estudo de casos FCC comentadas Trabalho 08/07

05 Tema para dissertação 15/07

06 Tema dissertação 15/07

Haverá correção de duas questões subjetivas de cada aluno.

O curso está limitado a 50 vagas.

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Antes de apresentar a sugestão de estudo, eu gostaria de dar uma dica para


que vocês possam encontrar as palavras-chaves, na resolução de uma prova
discursiva de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho!

Na resolução de provas discursivas, que envolvem questões jurídicas é muito


importante que o candidato tenha um raciocínio lógico dedutivo. Digo isso
porque encontrar a palavra chave é o mais importante para que o candidato
desenvolva um texto objetivo, claro e bem fundamentado.

A estrutura padrão do raciocínio dedutivo-jurídico teria a seguinte configuração:

 Premissa Maior: Na premissa maior, o enunciado deve ser


contido na norma jurídica (a Lei).
 Premissa Menor: Na premissa menor o enunciado deve ser o
caso concreto (a realidade de um fato pertinente à norma
jurídica).
 Conclusão: é a aplicação da norma jurídica ao fato.

Premissa Maior O empregado despedido sem justa


causa deve ser remunerado pelas
férias não gozadas.

Premissa Menor João é empregado despedido sem


justa causa.

Conclusão Logo, João deve ser remunerado


pelas férias não gozadas.

A estrutura acima apresenta um encadeamento lógico e coerente, entre a


premissa maior, a premissa menor e, por conseqüência entre a conclusão.

Existe, porém, outra roupagem para verificarmos a veracidade de um


argumento lógico.

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Observem o seguinte raciocínio abaixo transcrito:

Premissa Maior O empregado despedido sem justa


causa deve ser remunerado pelas
férias não gozadas.

Transformarmos a premissa maior acima citada na seguinte proposição


condicional:

Se o empregado for despedido sem justa causa, então deve ser


remunerado pelas férias não gozadas.

Nesta nova abordagem, a proposição simples, se o empregado foi despedido


sem justa causa, representa a causa; e a proposição simples, “então deverá ser
remunerado pelas férias não gozadas”, representa a conseqüência.

Caso a causa venha a ocorrer, certamente a conseqüência ocorrerá, isto é, se


há dispensa sem justa causa, haverá remuneração pelas férias não gozadas.

Seguindo neste raciocínio, podemos afirmar, que se a causa ocorre e a


conseqüência não ocorre, estaremos diante de uma incoerência lógica, além de
infringir norma da CLT.

Quando ocorre dispensa sem justa causa e não ocorre a conseqüente


remuneração pelas férias não gozadas, os artigos 146 e 477 da CLT estarão
sendo violados.

No exemplo acima, a premissa maior apresenta a norma jurídica (artigos 146 e


147 da CLT), a premissa menor apresenta o caso concreto, já a conclusão é a
subsunção do caso concreto à norma jurídica.

Subsunção: A doutrina chama de subsunção, a aplicação da


norma jurídica a um caso concreto para a solução de um conflito de interesses,
com o objetivo de restabelecer a paz social.

Acontece, porém que quando o juiz não encontrar na legislação uma norma
jurídica aplicável a um caso concreto ele não poderá eximir-se de proferir uma
decisão, devendo assim recorrer aos métodos de integração das normas
jurídicas.

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Os métodos de integração das normas jurídicas são: a analogia, costumes e os


princípios gerais do direito, conforme dispõe o art. 4º da Lei de Introdução ao
Código Civil.

“Analogia consiste no processo lógico pelo qual o aplicador do direito estende o


preceito legal aos casos não diretamente compreendidos em seus dispositivos”
(Caio Mário da Silva Pereira).

A analogia subdivide-se em:

a) Analogia Legal: é o processo através do qual o aplicador do direito estende


o dispositivo da lei a um caso não previsto;

b) Analogia Jurídica: é o método através do qual o aplicador do direito extrai


o pensamento dominante de um conjunto de normas ou institutos jurídicos para
suprir as lacunas e solucionar o conflito que lhe é submetido.

É importante destacar que, no meu entender, quando não ocorrer norma


jurídica a ser aplicada ao caso concreto, a premissa maior e a conclusão
poderão abarcar os métodos de integração da norma jurídica, bem como as
Súmulas e Orientações Jurisprudenciais. Ressalto que as Súmulas e Orientações
Jurisprudenciais do Tribunal Superior do Trabalho, fundamentam muitas
questões discursivas.

Vejamos algumas questões da banca CESPE!

CESPE - CARGO 09: AJAJ (EXECUÇÃO DE MANDADOS TRT 10 -


2013): Redija um texto dissertativo, com base na interpretação
doutrinária e na legislação de regência, atendendo ao que se pede a
seguir.

1. Conceitue os institutos da interrupção e da suspensão do contrato de


trabalho e estabeleça a distinção entre eles. [valor: 3,00 pontos]

2. Esclareça se, em caso de paralisação coletiva (greve), aplica-se ao


contrato de trabalho o instituto da interrupção ou da suspensão.
[valor: 2,50 pontos]

3. Explique se, em caso de acordo ou decisão judicial que estabeleça o


pagamento dos salários e a contagem do tempo da paralisação, aplica-
se ao contrato de trabalho o instituto da interrupção ou da suspensão.
[valor: 4,00 pontos]

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Conceito e distinção: A suspensão e a interrupção do contrato de trabalho são


institutos do direito do trabalho que sustam de forma restrita ou ampla os
efeitos contratuais durante certo lapso temporal.

A suspensão contratual é a sustação temporária dos principais efeitos do


contrato de trabalho no tocante às partes, sem a ruptura do vínculo contratual
formado.

A interrupção contratual é a sustação temporária da principal obrigação do


empregado (prestação de trabalho e disponibilidade perante o empregador),
mantidas todas as demais cláusulas contratuais.

É importante ter em mente o conceito e a distinção que o jurista Maurício


Godinho Delgado faz:

“Suspensão Contratual é a sustação ampliada e recíproca dos efeitos


contratuais, preservando o vínculo entre as partes”.

“Interrupção contratual é a sustação restrita e unilateral dos efeitos


contratuais, preservando o vínculo entre as partes”.

No contrato de trabalho há situações em que os efeitos ficarão sobrestados e


em outras. Os efeitos que estou falando são as obrigações do empregador de
pagar o salário, bem como as obrigações do empregado de prestar trabalho.

Considera-se interrupção do contrato de trabalho, quando o


empregado não presta o trabalho e o empregador fica, mesmo
assim, obrigado a pagar-lhe os salários.
Na suspensão do contrato de trabalho o empregado não prestará o
trabalho e nem o empregador ficará obrigado a pagar-lhe os
salários.

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Observem que mais uma vez o que diz o jurista Maurício Godinho Delgado: “Em
princípio, praticamente todas as cláusulas contratuais não se aplicam durante a
suspensão: não se presta serviço, não se paga salário, não se computa tempo
de serviço, não se produzem recolhimentos vinculados ao contrato de trabalho,
etc.”.

É importante lembrar que em alguns casos a ordem jurídica atenua os efeitos


da suspensão, como podemos observar nos casos de suspensão contratual por
afastamento do empregado em virtude de serviço militar e de acidente do
trabalho, nos quais serão computados o tempo de serviço do período de
afastamento e terão pertinência os depósitos do FGTS relativos ao período de
afastamento.

Classificação da Greve: Segundo a Lei de greve ela é hipótese de suspensão


do contrato de trabalho. Acontece que quando há o pagamento de salário dos
dias parados ela será convertida em hipótese de interrupção.

Greve (art. 7º da lei 7.783/89).

Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em


greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações
obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção,
laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho. Parágrafo único. É
vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a
contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das
hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.

Hipótese de acordo ou decisão judicial: Quando haja acordo ou decisão


judicial mandando pagar os dias parados a greve será considerada hipótese de
interrupção do contrato de trabalho.

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(CESPE) Manuel, empregado da empresa Super Boa Ltda., após criticar


seu superior hierárquico de forma contundente e com uso de
expressões depreciativas, foi advertido por escrito. Tendo Manuel se
recusado a assinar a referida penalidade, ele foi dispensado, por justa
causa, da empresa, sob o argumento de prática de falta grave, por ato
de indisciplina. Na situação hipotética apresentada, foi correta a decisão
da empresa de dispensar o empregado por justa causa? Fundamente
sua resposta.

Pontos importantes sobre o tema:

A decisão da empresa de dispensar o Manuel foi equivocada, uma vez que a


recusa do empregado em assinar a advertência é um direito dele, não estando
elencado nas hipóteses de justa causa tipificadas no art. 482 da CLT.

A falta praticada por Manuel que ensejará a justa causa caracteriza-se com o
seu comportamento de criticar o seu superior hierárquico.

Como a ausência de assinatura do empregado não configurou falta grave,


houve duplicidade de punição (bis in idem), pois ele recebeu a advertência e
depois a pena máxima (justa causa).

Manoel poderá ingressar com uma ação na justiça do trabalho postulando o


efeito elisivo da justa causa que lhe foi erroneamente aplicada.

Observem o que diz Vólia Bonfim Cassar sobre a recusa do empregado em


assinar a advertência escrita “Quando for escrita, o empregado deverá assinar o
instrumento de ciência da punição, que apenas serve como prova do
comportamento do empregado. Se houver recusa, o empregador terá que se
utilizar de testemunhas presenciais para comprovarem não só que o empregado
foi repreendido mas também que se recusou a assinar a comunicação ou, para
evitar a alegação de dano moral comunicá-lo por telegrama, com cópia de teor
e de recebimento, o motivo pelo qual foi advertido”.

Art. 482 da CLT - Constituem justa causa para rescisão do contrato de


trabalho pelo empregador:

a) ato de improbidade;

b) incontinência de conduta ou mau procedimento;

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c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do


empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual
trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;

d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha


havido suspensão da execução da pena;

e) desídia no desempenho das respectivas funções;

f) embriaguez habitual ou em serviço;

g) violação de segredo da empresa;

h) ato de indisciplina ou de insubordinação;

i) abandono de emprego;

Súmula 62 do TST ABANDONO DE EMPREGO O prazo de decadência do


direito do empregador de ajuizar inquérito em face do empregado que incorre
em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado
pretendeu seu retorno ao serviço.

Súmula 73 do TST DESPEDIDA. JUSTA CAUSA A ocorrência de justa causa,


salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado
pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de
natureza indenizatória.

Súmula 32 do TST ABANDONO DE EMPREGO Presume-se o abandono de


emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias
após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o
fazer.

j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer


pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;

k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o


empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;

l) prática constante de jogos de azar.

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Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de


empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito
administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional.

(CESPE) Elabore um texto dissertativo a respeito da responsabilidade


trabalhista no caso de sucessão de empregadores. Em seu texto
aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:

 Requisitos indispensáveis para que se configure a sucessão de


empregadores;
 Princípios do Direito do Trabalho que regem a responsabilidade
nesse tipo de sucessão;
 Exceção à regra da responsabilidade decorrente da sucessão de
empregadores, existente no Direito Falimentar.
(extensão máxima: 30 linhas)

Pontos importantes: Sucessão de empresas ou sucessão trabalhista ou


alteração subjetiva do contrato de trabalho é a figura regulada nos artigos 10 e
448 da CLT. A incorporação, cisão, transformação e alienação da empresa
acarretam a sucessão trabalhista.

O principal requisito para a configuração da sucessão é que a unidade


econômica - jurídica seja transferida de um para outro titular sem que haja
solução de continuidade na prestação de serviços pelo obreiro.

Segundo Vólia Bonfim Cassar, são requisitos indispensáveis para que se


configure a sucessão trabalhista:

a) transferência da titularidade da empresa;

b) de forma provisória ou definitiva;

c) a título público ou privado;

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d) graciosa ou onerosamente;

e) e desde que o sucessor continue explorando a mesma atividade econômica


que explorava o sucedido;

f) pouco importando a continuidade da prestação de serviços pelo empregado.


O empregador responderá pelas obrigações dos contratos em curso quanto
daqueles que se extinguiram antes da transferência;

g) o sucedido não responde pelas dívidas trabalhistas após a sucessão uma vez
que a doutrina o desonera de tal responsabilidade.

Art. 10 da CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa


não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.

Art. 448 da CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica


da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos
empregados.

Segundo Maurício Godinho Delgado a sucessão trabalhista resulta da


convergência de três princípios informadores do direito do trabalho: o da
intangibilidade objetiva do contrato empregatício, o da despersonalização da
figura do empregador e o da continuidade do contrato de trabalho.

O princípio da intangibilidade objetiva do contrato de emprego caracteriza-se


pela inalterabilidade das obrigações e direitos do contrato de trabalho em face
da alteração subjetiva no pólo passivo (empregador). O novo empregador irá
assumir todas as obrigações e débitos anteriores à data da sucessão.

O princípio da despersonalização da figura do empregador permite a assunção


pelo atual empregador (sucessor) de todos os débitos e obrigações do anterior
(sucedido). A alteração subjetiva do contrato de trabalho é permitida em
relação ao empregador, mas não em relação ao empregado, pois a
pessoalidade na prestação de serviços é elemento indispensável para a
configuração do vínculo empregatício.

Sobre o princípio da continuidade do contrato de trabalho Maurício Godinho


Delgado afirma “Mesmo que se modifique a figura do empregador, permite o
instituto sucessório que o contrato de trabalho permaneça preservado,
garantindo-se a manutenção da antiga relação de emprego já em face do novo
titular do empreendimento.”

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O princípio da continuidade do contrato de trabalho é um dos princípios


basilares do direito do trabalho, consubstanciado inclusive em Súmula do TST.

“Informa tal princípio que se deve presumir que o contrato de trabalho tenha
validade por tempo indeterminado, sendo exceção aquele por prazo
determinado, pois a permanência do vínculo empregatício, com a inserção do
trabalhador na atividade empresarial é da gênese do direito do trabalho.”

Súmula 212 do TST O ônus de provar o término do contrato de trabalho,


quando negados a prestação de serviço e o despedimento é do empregador,
pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção
favorável ao empregado.

No direito falimentar há uma exceção em relação à regra da responsabilidade


decorrente da sucessão no direito do trabalho. Neste, ocorrerá a subrrogação
do sucessor de todas as obrigações e dívidas trabalhistas do sucedido. Já no
direito falimentar, a nova lei de falência (Lei 11.101/05) estabelece no artigo
60, que não haverá sucessão do arrematante dos bens do falido, nas obrigações
do devedor, pois o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus.

A Lei 11.101/05 em seu art. 141, II dispõe que o objeto da alienação estará
livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações
do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do
trabalho e as decorrentes de acidente de trabalho.

Nas próximas aulas comentarei questões de 2013/2016 e apresentarei


espelho de correção das bancas para que vocês possam treinar no perfil
do espelho das bancas.

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Apresentação de temas com sugestão de resposta de Processo do


Trabalho:

(FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 18ª Região -


2008) Em cumprimento a mandado judicial de penhora relativo a execução no
montante de R$ 5.000,00, o oficial de justiça encarregado da diligência
compareceu à residência do executado, que lhe franqueou a entrada. No
interior da residência, encontrou um televisor, uma geladeira, móveis usados
em geral correspondentes a um médio padrão de vida e roupas usadas de baixo
valor. O executado lhe informou que esse era o seu único imóvel residencial e
que era proprietário do automóvel estacionado em frente ao prédio, que, no
entanto, já havia sido penhorado em outra execução. Discorra, sintética e
fundamentadamente, sobre o procedimento a ser adotado, nesse caso, pelo
oficial de justiça.

Comentários: No caso em tela, o oficial de justiça não poderá penhorar os bens


móveis encontrados na casa, uma vez que de acordo com a Lei 8009/90, tais
bens são impenhoráveis. Também será impenhorável o imóvel, por ser o único
imóvel da família (art. 1º da Lei 8009/90).

Em relação ao automóvel, o oficial de justiça poderá realizar a segunda penhora


uma vez que este constitui o único bem penhorável.

Lei 8009/90:

Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é


impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil,
comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos
cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele
residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.

I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à


execução;

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Questões Discursivas CESPE Comentadas
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II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a


residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as
necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado,


salvo se de elevado valor;

IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos


de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas
por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de
profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos


ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer
profissão;

VI - o seguro de vida;

VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas


forem penhoradas;

VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que


trabalhada pela família;

IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para


aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada


em caderneta de poupança.

§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito concedido


para a aquisição do próprio bem.

§ 2o O disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no caso


de penhora para pagamento de prestação alimentícia.

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Questões Discursivas CESPE Comentadas
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Aguardo vocês para a nossa próxima aula.

Na próxima aula apresentarei questões da FCC e CESPE de 2015/2016.

Um forte abraço,

Déborah Paiva

professoradeborahpaiva@hotmail.com

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