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Métodos probabilísticos

1. Métodos probabilístico: ideia básica

A ideia central da noção probabilística aplicada a estruturas é o


conceito de probabilidade de ruína. Partindo-se do princípio de que existam
dois valores R e S, representando, respectivamente, a resistência e a
solicitação em uma determinada estrutura. Sendo que R pode ser uma tensão
de ruptura à compressão, uma tensão crítica de flambagem, uma resistência no
estado limite último de uma peça; e S pode ser um esforço solicitante ou uma
tensão qualquer. Diz-se que ocorre a ruína quando R é igual ou menor que a
solicitação, a probabilidade de ruína é a chance de que isso aconteça.

Ruína de uma estrutura: 𝐑 ≤𝐒

Probabilidade de ruína: 𝒑 = 𝒑[𝑹 ≤ 𝑺]


Em teoria, o ideal seria obter p igual a zero, ou seja, que a
probabilidade da estrutura colapsar fosse nula, no entanto isso não ocorre na
prática. Admitindo como única variável aleatória a resistência R, tem-se que
quando corpos de prova de concreto são submetidos a testes de ruptura à
compressão a tensão de ruptura do concreto obedece a uma distribuição
normal truncada na origem.

Fonte: Notas de aula Buchaim


A distribuição normal da resistência à compressão do concreto
evidencia que existe uma densidade de probabilidade positiva para valores de
R muito próximos de zero, sendo que quanto menores os valores de R mais
raro torna-se sua ocorrência. Desta maneira, pode-se perceber que sempre há
uma certa probabilidade de ruína, mesmo que seja extremamente pequena.

Há dois tipos de métodos probabilísticos:

 Condicionado
 Puro

1.1. Métodos probabilístico condicionado

Neste método quase todas as variáveis são aleatórias: solicitações,


resistências, geometria e assim por diante. O único dado que é determinístico é
a teoria na qual está embasada a ruína da estrutura, ou seja, já se parte da
premissa de que a ruína da estrutura ocorrerá conforme a descrição da teoria.
A estrutura ruirá na seção mais solicitada, entretanto, como R é aleatório, pode
ocorrer de uma outra seção ter um R inferior ao da seção mais solicitada,
assim tornando-se a seção crítica. Portanto, neste processo, mantêm-se fixada
de maneira determinística a seção mais solicitada.

1.2. Métodos probabilístico puro

Este método faz a consideração de todas as configurações de ruína


possíveis pela aleatoriedade das propriedades mecânicas e dos parâmetros
geométricos, além de também considerar a aleatoriedade de todas as outras
variáveis, portanto, tudo é aleatório. A utilização dessa abordagem torna-se
extremamente complexa, pois avaliar todas as variáveis que envolvem os
parâmetros reais da estrutura em serviço é dificílimo.
Exemplo elementar contido no livro de Lauro Modesto,
página 92, volume I, segunda edição.

A viga simplesmente apoiada da figura abaixo, de seção constante de


6X10 (cm), é carregada pela carga q uniformemente distribuída.

Diagrama tensão x deformação Seção transversal

Como pode ser observado no diagrama de tensão x deformação o


material da viga possui comportamento elástico-frágil.

Na intenção de simplificar o máximo possível o problema, admite-se


que a carga q seja a única possível, que o comportamento estrutural seja
determinístico e que os valores q, b, h e L também sejam determinísticos.
Portanto, tem-se que a única grandeza aleatória seja a resistência R, no caso a
tensão de ruptura por tração ft, igual em valor absoluto à tensão de ruptura fc.
Admite-se, também, que numa série de ensaios o comportamento da
resistência dos corpos de prova é descrito por uma distribuição normal com
valor médio igual a 300000 KN/m² e coeficiente de variação igual a δ=0,10.
I – Qual é a probabilidade de ruína da viga?

II – Qual o índice de segurança?

III – Qual o valor a ser atingido pela carga para que a probabilidade de
ruína seja de 0,0001?

Solução:

I – Probabilidade de ruína

Momento máximo:

𝑞𝑙 2
𝑀𝑚á𝑥 = = 15𝐾𝑁𝑚
8

Módulo de resistência:

1 1 ℎ
𝑊= ×𝑦 = × = 0,00001𝑚
𝐼 𝑏 × ℎ3 12
12

Tensão máxima atuante:

𝑀
𝜎𝑚á𝑥 = = 150000𝐾𝑁/𝑚²
𝑊

Fazendo a distribuição normal padronizada, tem-se a função f(z)


medindo a probabilidade de a variável aleatória Z ser maior que um
determinado valor Z1. A probabilidade de se ter Z ≤ Z1 é medida pela área da
função de distribuição normal. Essa área 1-f(Z) pode ser observada na figura
abaixo.
Para padronizar a variável aleatória deve-se “transformar” ft em Z (ver
anexo A) da seguinte maneira:

𝑅−𝜇
𝑍=
𝜎

Sendo,

𝛔 : Desvio padrão dos valores de R;

𝛍 : Média dos valores de R;


No nosso caso:

𝑓𝑡 − 𝑓𝑡𝑚
𝑍=
𝜎

Como o coeficiente de variação δ é por definição:

𝜎
δ=
𝑓𝑡𝑚

Temos que δ = 0,10 e ftm = 300000 KN/m², portanto o desvio padrão 𝜎


é 30000 KN/m².

Assim, o valor de Z correspondente a ft = 150000 KN/m² é:

150000 − 300000
𝑍= = − 5,0
30000

Da tabela do anexo A, retiramos o valor (a tabela não possui o valor


menos 5, portanto utiliza-se o maior valor da tabela):

1 − 𝑓(𝑧) = 1 −0,99999 = 0,00001

Essa é a probabilidade de a resistência ft tornar-se menor ou igual à


tensão.

A probabilidade de ruína da viga é de menos de 1 em 100000.


II – Índice de segurança

O índice de segurança é calculado pelo colog (p)

𝐶𝑂𝐿𝑂𝐺 (1 × 10−5 ) = 5

Esse valor mede a confiança no sucesso da estrutura.

III – Valor para a probabilidade de ruína ser 0,0001

𝑝 = 10−4 = 1 − 𝑓(𝑍)

Tem-se, da tabela do anexo A:

Z = −3,72

Dessa forma:

𝐾𝑁
𝑓𝑡 = 𝑓𝑡𝑚 + 𝜎 × 𝑍 = 1884000
𝑚2

M = ft × W = 18,84KNm

Com o momento de 18,84 KN m, chega-se na carga q de 2,355 KN/m


pelo ql²/8.
Anexo A

Distribuição normal ou curva Gaussiana

A distribuição normal de probabilidade varia conforme uma função


densidade de probabilidades, essa função possui uma variável contínua (no
nosso caso a resistência R) e sua área de distribuição é sempre igual a 1. O
cálculo da probabilidade de determinada ocorrência é associado a área interna
da curva da função densidade de probabilidade.

Curva de distribuição normal

Fonte:UFSC – André Zibetti

A equação da curva normal é especificada utilizando-se dois


parâmetros: a média e o desvio padrão. A média está relacionada ao centro de
distribuição da variável e o desvio padrão ao espalhamento da curva. A curva
de distribuição normal possui a característica de ser simétrica em torno da
média, consequentemente a mediana e a moda são coincidentes. Abaixo, tem-
se a equação que descreve a curva de distribuição normal.

(𝐱−𝛍)𝟐

𝐞 𝟐𝛔𝟐
𝟏
𝐟(𝐱) =
𝛔√𝟐𝛑
Sendo,

𝛔 : Desvio padrão;

𝛍 : Média;
Como a probabilidade está diretamente associada a área da curva de
distribuição normal num determinado intervalo (a;b), temos o cálculo da
probabilidade como sendo:

(𝐱−𝛍)𝟐

𝑏 𝐞 𝟐𝛔𝟐
𝟏
𝑃(𝑎 < 𝑋 < 𝑏) = ∫ 𝒅𝒙
𝑎 𝛔√𝟐𝛑

A integral acima descreve a probabilidade da variável X estar no


intervalo (a;b). Entretanto, esta integral definida não possui resultado analítico,
portanto é necessário apelar a métodos numéricos para sua resolução.

Com o intuito de simplificar a resolução deste problema a distribuição


normal é transformada numa distribuição normal padrão. A distribuição padrão
tem como característica que sua média tem valor igual a zero e desvio padrão
igual a um, sua variável aleatória é chamada de Z. Abaixo, segue a notação da
variável:

Z~N(0,1)

Portanto, tem-se que toda variável X~N(μ, σ²) deve ser transformada
em Z~N(0,1) para que possamos efetuar os cálculos de probabilidade. O
processo de padronização da variável X é feito da seguinte maneira:

𝑋− 𝜇
𝑍=
𝜎

Onde é utilizada a média e o desvio padrão de X para o cálculo.

Uma vez que se tenha os valores da variável padronizada Z, pode-se


obter, por meio de uma tabela de áreas da distribuição normal, os valores das
probabilidades associadas a variável em questão.
Tabela da distribuição normal padrão

Fonte: Instituto de matemática e computação da USP


Para utilizar a tabela deve-se obter o valor de Z, depois cruzar os
valores da primeira unidade decimal do valor de Z na coluna com o a segunda
unidade decimal de Z na linha. Por exemplo, caso se obtenha Z igual a 0,75,
deve-se encontrar na primeira coluna o valor 0,7 e na primeira linha o valor
0,05, cruzar os resultados e obter a probabilidade de 0,7734.

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