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OAB 1ª FASE: DIREITO CONSTITUCIONAL

Professora: Nathalia Masson

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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIADE
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I) Participação do “Amicus Curiae”

- Amigo da Corte

- Plural: Amici curiae

- O amicus era considerado como um auxiliar da Justiça. No entanto, o CPC decidiu tomar
partido em uma antiga divergência doutrinária e inseriu a figura como uma modalidade de
intervenção de terceiros. Alguns processualistas, no entanto, não acreditam em mudança de
entendimento do STF no que se refere a qualidade processual que ele adquire ao ingressar no
feito, optando por seguir tratando o amicus como um terceiro interveniente atípico. Até porque,
o caput do art. 7º e o caput do art. 18 da Lei 9868/1999 determinam a vedação à intervenção
de terceiros no controle concentrado.

- O amicus é um órgão ou entidade que trará informações relevantes que irão auxiliar o STF no
julgamento (sua participação, assim como a do AGU, oportuniza uma pluralização do debate, o
que torna a decisão do STF mais legítima e democrática).

- Nos termos do art. 7º, § 2º, da lei 9868/99, é o relator que decide se o amicus ingressará ou
não no feito, considerando três requisitos: (i) a relevância da matéria; (ii) a representatividade
dos postulantes; (iii) a pertinência temática (somente este último requisito é construção
jurisprudencial da Corte; os outros dois estão expressamente previstos na Lei 9868).

- Quando a decisão do relator é positiva, no sentido da aceitação do ingresso do amicus no feito,


não teremos possibilidade de discussão por recurso. No entanto, se for negativa, não
autorizando o ingresso do amicus, caberá agravo para o Pleno em um autêntico pedido de
reconsideração (em que pese verificarmos certa divergência no STF sobre o cabimento deste
agravo, as últimas manifestações do STF têm sido pela possibilidade; ADI 5022 de dezembro de
2014).

- De acordo com o STF, o amicus não pode apresentar embargos de declaração da decisão
definitiva.

- Em razão do veto presidencial ao § 1º do art. 7º da Lei 9868, o STF passou a considerar que o
amicus somente pode demandar seu ingresso na ação durante a instrução processual, tendo
como limite máximo para a apresentação do pedido a liberação do processo pelo relator para a
pauta de julgamento (a partir desse momento não há porque permitirmos que novas
informações sejam trazidas, até porque entende-se que o relator já possui os dados necessários
e pertinentes sobre o caso, até porque ele já votou). A decisão foi tomada por 6 a 5.

- O amicus pode apresentar memoriais por escrito e também fazer sustentação oral.

- O amicus também pode participar das demais ações do controle concentrado (ADO, ADC e
ADPF), por analogia ao disposto no § 2º, art. 7º da lei 9868.

- O amicus também participa:

* Do controle difuso (art. 949, § 3º, CPC – incidente de arguição de inconstitucionalidade em


Tribunal);

* Do processo de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de Súmula Vinculante (art.


103-A, CF c/c o art. 3º, § 2º, Lei 11.417/06);
* Do procedimento de repercussão geral (art. 102, § 3º, CF c/c art. 1.035, CPC).

II) Medida cautelar

- É cabível em todas as 4 ações do controle concentrado, tendo por fundamento constitucional o


art. 102, I, ‘p’, CF. Os pressupostos para concessão são os mesmos: a probabilidade do direito
(FBI) e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (art. 300, CPC).

- Fundamentação legal:

* ADI: artigos 10 e 11, Lei 9868

* ADC: artigo 21, Lei 9868

* ADO: art. 12-F, Lei 9868

* ADPF: art. 5º, Lei 9882

- Medida Cautelar em ADI

- Se o STF não conceder a cautelar em ADI, nada mudará no ordenamento jurídico, afinal a
norma continuará fruindo a presunção relativa de constitucionalidade que ela já possuía. Em
síntese: ao não conceder a cautelar, o STF não está reforçando a presunção de
constitucionalidade da norma.

- Por outro lado, se a Corte concede a cautelar em ADI, teremos:

* A possibilidade do STF determinar a suspensão dos processos que tramitam no controle difuso
e discutem a norma objeto da ADI (o intuito é evitar decisões no controle difuso contraditórias
com o futuro posicionamento do STF).

* A suspensão da validade da norma.

* Efeito repristinatório: como a norma objeto da ADI foi suspensa por medida cautelar, a lei
anterior que havia sido revogada voltará a produzir seus efeitos, de forma tácita / automática,
conforme art. 11, §2º, Lei 9868 (se não há lei anterior, este efeito não se aplica).

* Para evitar o chamado “efeito repristinatório indesejado”, o legitimado ativo deve, na petição
inicial, solicitar ao STF que ao declarar a inconstitucionalidade da lei objeto da ADI, avalie a
inconstitucionalidade da lei anterior, evitando que ela tome a sua produção de efeitos (pedidos
sucessivos).

- Efeitos da concessão da cautelar:

* “Erga omnes”

* Vinculante

* “Ex nunc”, em regra (é possível que a decisão do STF possua efeitos retroativos).

- Procedimento:

* No recesso: decisão monocrática do relator, “ad referendum” do Tribunal Pleno.

* Fora do recesso: decisão da maioria absoluta (6 Ministros), desde que o quórum especial do
art. 22 da Lei 9868, tenha sido respeitado (8 Ministros que é igual a 2/3).

Obs.: é importante destacar que o STF já admitiu a concessão da cautelar pelo relator “ad
referendum” do tribunal pleno fora do período de recesso, em situação de urgência qualificada
(extrema urgência ou perigo de lesão grave).
Obs.: essa mesma possibilidade existe em sede de ADPF, todavia, com previsão expressa (art.
5º § 1º, Lei 9882).

Obs2: Na medida cautelar em ADC, não se pede a suspensão da norma (só a suspensão do
julgamento dos processos que tramitam no controle difuso e discutem a norma objeto da ADC),
conforme art. 21 Lei 9868.

Obs3.: Conforme o parágrafo único do art. 21 da lei 9868, a cautelar da ADC tem prazo de
eficácia de 180 dias. No entanto, segundo o STF, este prazo pode ser prorrogado sucessivas
vezes em razão do acúmulo de trabalho.

III) Parâmetro

1) Parâmetro no controle concentrado em âmbito estadual (art. 125, §2º, CF)

- São as normas da Constituição Estadual.

- A CF/88 NÃO pode ser utilizada como parâmetro no controle concentrado estadual.

- Não há restrição quanto à natureza da norma constitucional que está na CE.

- Isso significa que pouco importa se a norma é autônoma, se é de repetição obrigatória ou se é


de mera imitação.

- Autônoma: a norma da CE é considerada autônoma quando não é repetida (por obrigação ou


faculdade) da CF. É por meio das normas autônomas que a entidade federada atende suas
particularidades e peculiaridades locais.

- Repetição obrigatória: são as normas que se impõem compulsoriamente como modelos a


serem observados, pela aplicação do princípio da simetria, nas demais entidades federadas. Não
há uma faculdade para o Poder Derivado Decorrente (o poder responsável pela elaboração da
Constituição Estadual), mas sim uma obrigação de reproduzir o preceito inscrito na CF.

- Mera imitação: são aquelas normas que foram reproduzidas nos documentos estaduais por
liberalidade do Poder Derivado Decorrente (faculdade).
2) Parâmetro no controle difuso

- É bem amplo, pois engloba todas as normas da CF/88, que estão em vigor ou que já tenham
sido revogadas e, ainda, as do ADCT que ainda sejam válidas ou mesmo que estejam com a
eficácia já exaurida.

- O indivíduo pode provocar o Poder Judiciário para avaliar uma lei que afrontava o artigo x da
CF em sua redação originária, mesmo que esse artigo já tenha sido alterado por emenda
constitucional. Ou seja: a redação anterior da CF, já revogada, pode ser utilizada como
parâmetro na via difusa, na defesa de direitos subjetivos.

- É importante destacar que esta particularidade só existe na via difusa, pois no controle
concentrado somente as normas da CF/88 que estejam em vigor serão parâmetro.

- Outra importante particularidade da via difusa relativamente ao parâmetro é a seguinte: a


Constituição anterior já revogada pode ser parâmetro para a análise, na via difusa, da
constitucionalidade de uma lei que foi elaborada enquanto ela estava em vigor.

Ex.: é possível solicitar ao Judiciário, em um processo na via difusa, a verificação da


constitucionalidade de uma lei pré 88 perante a Constituição que estava em vigor quando ela foi
elaborada.

3) Parâmetro no Controle Concentrado

A) Em ADI e ADC

- No controle concentrado, em qualquer ação (ADI, ADC, ADO e ADPF), NUNCA a Constituição
anterior ou normas da CF/88 já revogadas poderão ser parâmetro.

- Em ADI e ADC, o parâmetro é representado pelas normas constitucionais expressas (tanto da


parte permanente, arts. 1º a 250, como da parte transitória, arts. 1º a 114 do ADCT), pelas
normas constitucionais implícitas (ex.: princípio da proporcionalidade), bem como pelos tratados
internacionais que versam sobre direitos humanos e que foram internalizados pelo procedimento
especial do art. 5º, §3º, CF.

- Vale destacar que as normas do ADCT que estejam com a eficácia exaurida ou com a
aplicabilidade esgotada não são parâmetro para a realização do controle (exs.: arts. 2º, 3º, 14 e
15 do ADCT).

- Vale lembrar o que foi dito acima: normas da CF/88 já revogadas também não são parâmetro.

B) Parâmetro da ADO

- A norma de referência será uma norma constitucional que, em alguma medida, dependa da
intermediação dos Poderes Públicos para produzir plenamente todos os seus efeitos essenciais
(Normas Constitucionais de Eficácia Limitada impositiva).

C) Parâmetro da ADPF

- É mais restrito que o parâmetro da ADI e da ADC, pois a arguição somente tutela as normas
da CF que possam ser consideradas preceitos fundamentais (já na ADI/ADC todas as normas da
CF que estejam em vigor são parâmetro).

- Como não existe um rol expresso de preceitos fundamentais na CF ou na Lei 9.882/99, ele
tem sido construído pelo próprio STF.

- O rol, exemplificativo, hoje abarca os seguintes dispositivos:

* Arts. 1º a 4º (Princípios Fundamentais);

* Arts. 5º a 17 (Direitos e Garantias Fundamentais);

* Art. 34, VII (Princípios Constitucionais Sensíveis);


* Art. 60, § 4º (Cláusulas Pétreas);

* Art. 170 (Princípios Gerais da Ordem Econômica);

* Art. 196 (Direito à Saúde);

* Art. 205 (Direito à Educação);

* Art. 220 (Liberdade de Imprensa);

* Art. 225 (Meio Ambiente).

IV) Quadro comparativo ADO e MI

ADO MANDADO DE INJUNÇÃO


(Art. 103, § 2º, CF; arts. 12-A a (Art. 5º, LXXI, CF/88; Lei nº
12-H da Lei nº 9.868/1999) 13.300/2016)

Permitir e viabilizar o exercício de


um direito, uma liberdade
constitucional ou uma
Quanto à finalidade Combater a síndrome da prerrogativa inerente à
nacionalidade, cidadania ou
do instrumento inefetividade das normas
soberania (finalidade primária).
jurídico constitucionais. Combater a falta da norma
regulamentadora (finalidade
secundária).

Processo constitucional objetivo


Processo constitucional subjetivo
(não há partes, não há lide, não
Quanto à espécie de há garantia de princípios (há partes, há lide, deve-se
assegurar o respeito a princípios
pretensão deduzida constitucionais. Há uma análise
em juízo em abstrato de uma norma constitucionais, tais como
contraditório e ampla defesa)
incompleta/insuficiente ou da sua
falta).
Controle difuso limitado.
Não são todos os órgãos do
Controle concentrado→ STF
poder judiciário que possuem
competência para tal
OBS.: É possível a instituição de julgamento; há que haver
Quanto à
ADO em âmbito estadual. Desse previsão expressa da CF,
competência para
modo o órgão competente para Constituição Estadual ou lei
julgamento federal.
julgamento seria o TJ local, na
tutela da efetividade da Ex.: STF (art. 102, I, 'q', CF/88),
Constituição Estadual). STJ (art. 105, I, 'h', CF/88), TSE
(art. 121, § 4º, V, CF/88).

MI Individual → Art. 3º, Lei nº


13.300/2016

As pessoas naturais ou jurídicas


que se afirmam titulares dos
Quanto à direitos, das liberdades
Art. 103, CF/88.
legitimidade ativa constitucionais e das
prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à
cidadania.

MI Coletivo → Art. 12, Lei nº


13.300/2016

Ministério Público, partido político


com representação no Congresso
Nacional, por organização
sindical, entidade de classe ou
associação legalmente
constituída e em funcionamento
há pelo menos 1 (um) ano e pela
Defensoria Pública.

O Poder, o órgão ou a autoridade


com atribuição para editar a
Quanto à Órgãos e entidades responsáveis
norma regulamentadora (art. 3º,
legitimidade passiva pela edição da medida.
Lei nº 13.300/2016).

Norma constitucional de eficácia


Norma constitucional de eficácia
Parâmetro limitada.
limitada.
A liminar consistirá em:
A Lei nº 13.300/2016 não prevê
a possibilidade de concessão de
- Suspensão da lei ou ato
Cabimento de medida liminar.
normativo (omissão parcial).
liminar
O STF possui precedentes
- Suspensão dos processos ou afirmando não ser cabível
outras providências (art. 12-F, liminar.
Lei nº 9.868/1999)
- Hoje: Teoria concretista (art.
8º, Lei nº 13.300/2016).

- Precedentes do STF: MI’s 670,


708, 712, 721, 758.
Ciência ao poder competente:
- No passado (até outubro de
- Órgão Administrativo → 30 dias 2007): Teoria não concretista.
Decisão de mérito ou outro prazo razoável; Em que pese o STF já ter
abandonado tal corrente,
- Poder Competente → não há ressalte-se que durante o período
fixação de prazo. em que foi adotada, a declaração
de inconstitucionalidade da
omissão permitia que
individualmente os prejudicados
ingressassem com ação de
reparação patrimonial (MI 284)

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