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INTRODUÇÃO
1.1 Motivação
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notavelmente nos últimos anos, como por exemplo, a iluminação por estado sólido. Arranjos de
LEDs brancos atualmente substituem com vantagens as lâmpadas dos veículos, e em breve estarão
substituindo as lâmpadas incandescentes e fluorescentes, tanto em consumo de energia como em
durabilidade. A previsão é que esse setor sofrerá grandes mudanças nos próximos 10-15 anos. Outro
setor que também vêm sofrendo fortes transformações é o de mostradores (displays), através da
evolução dos LEDs poliméricos (OLEDs). Painéis inteligentes nas ruas, veículos, roupas, etc,
interligados por redes de comunicações onipresentes terão grande impacto na nossa sociedade num
prazo não superior a duas décadas.
Conseqüências disto são a necessidade de circuitos fotônicos em grande escala
(miniaturização), esta área vem sendo chamada de nanofotônica, e também, das antenas
miniaturizadas com grande portabilidade e interfaces que permitam a interligação eficiente dessas
tecnologias: RF-microondas-ondas milimétricas-terahertz-fotônica, a chamada convergência de
tecnologias.
Estas mudanças tecnológicas devem trazer um forte impacto no mercado de trabalho e
também, na formação dos engenheiros eletricistas. Por outro lado, este cenário configura uma
oportunidade de negócios e de desenvolvimento tecnológico para o nosso país: uma nova chance,
isto é, “um bonde histórico” que não devemos deixar passar, como já aconteceu no passado. Desta
vez devemos aproveitá-lo ao máximo.
Tem vários países que nos mostram claramente o caminho do sucesso, o “caminho das
pedras” para sermos mais diretos. Um grande exemplo é Israel, campeão na geração de empresas de
cunho tecnológico líderes da bolsa NASDAQ. Como isso é possível? A resposta está na formação
dos seus profissionais, em particular dos engenheiros. As escolas israelenses como a renomada
Technion, não só ensinam aos seus alunos os fundamentos técnico-científicos com rigor, e os
encorajam no desenvolvimento de projetos inovadores até a prototipagem, mas também os ensinam
como aproveitar essas idéias para transformá-las em produtos com real potencial de
comercialização no mercado global. E esse parece ser nosso calcanhar de Aquiles aqui na
UNICAMP: falta “fechar” o nosso “circuito” de ensino.
Um dos fundamentos técnico-científicos, que faz o diferencial em qualquer grande escola de
engenharia elétrica do mundo, é o eletromagnetismo. Um bom conhecimento de eletromagnetismo
permite ao engenheiro eletricista o “jogo de cintura” necessário para enfrentar qualquer mudança
tecnológica ao longo da sua carreira. Conhecimentos básicos de quântica e biologia estão também
ganhando terreno na formação básica dos engenheiros eletricistas (MIT liderando esta tendência).
Mas com certeza, eletromagnetismo é de forma incontestável o eixo comum para entender de forma
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unificada as tecnologias emergentes mencionadas acima, e não resta dúvida que continuará sendo
assim pelos próximos cem anos, pelo menos.
Atualmente, existe uma demanda por engenheiros com formação em RF, microondas e
fotônica, mesmo considerando que o nosso parque industrial é relativamente modesto se comparado
aos países do chamado primeiro mundo, porém, mesmo assim existe uma carência muito grande
desses profissionais. Vários são os motivos por essa demanda, em particular, observa-se que como
dito anteriormente, o hardware vem se sofisticando de tal forma, que mesmo para as montadoras
multinacionais estabelecidas aqui no Brasil, faz-se necessário contratar engenheiros, e não mais
técnicos, para testar os aparelhos aqui produzidos, em particular, os telefones celulares, dados os
cada vez mais sofisticados sistemas de modulação e as dimensões cada vez menores, e
consequentemente os problemas de interferência nos circuitos dos mesmos. Existem outros
mercados como “wireless”, EMC (electromagnetic compatibility ou interferência eletromagnética),
e agora mais recentemente a TV Digital, que demandam profissionais, chamados de forma genérica
de engenheiros de RF. Esta denominação é tradicional, porém imprecisa nos tempos atuais.
Levando em conta a convergência de tecnologias descrita acima, esses profissionais deveriam ser
chamados mais apropriadamente de engenheiros eletromagnéticos ou engenheiros de
eletromagnetismo (EM).
O mais interessante, contudo, é encorajar os nossos alunos a participar ativamente desses
mercados, através de empresas de tecnologia bem sucedidas que gerem produtos com valor
agregado (inovação). Existe um número imenso desses produtos que podem ser explorados e que
podem ser fabricados no país. Este é o caso, por exemplo, de microondas e antenas, basta em geral
contratar os serviços de uma boa metalúrgica ou de uma fábrica de circuitos impressos. São bilhões
de dólares que deixamos de explorar e que certamente fariam um grande diferencial na nossa
balança comercial.
Na nossa grade curricular aqui na FEEC, temos cinco disciplinas direcionadas para a
formação em eletromagnetismo: EE521 (Introdução à Teoria Eletromagnética), EE522 (Laboratório
de Eletromagnetismo), EE540 (Teoria Eletromagnética), EE754 (Ondas Guiadas) e EE755
(Laboratório de Ondas Guiadas). EE521 trata essencialmente de três aspectos: Eletrostática,
Magnetostática, e uma primeira abordagem das Equações de Maxwell; EE540 completa a
apresentação das Equações de Maxwell e se concentra na exposição das ondas no espaço livre ou
em meios homogêneos ilimitados, ondas planas em particular, e uma introdução à teoria de antenas,
ou seja, trata de ondas eletromagnéticas não-guiadas; e finalmente EE754, a qual completa a
formação conceitual em eletromagnetismo descrevendo o comportamento e aproveitamento das
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ondas eletromagnéticas em meios guiados. Incluindo os laboratórios, temos um total de 20 créditos
obrigatórios dedicados à formação em eletromagnetismo. Isto por si só, já nos coloca em vantagem
com relação a outras escolas brasileiras, onde esse número de créditos é em geral inferior.
Resumindo, quanto melhor for a nossa formação em eletromagnetismo, melhor capacitados
estaremos para lidar com as tecnologias de ponta e consequentemente, melhor equipados para
incursionar no desenvolvimento de novos produtos, sejam estes dispositivos, equipamentos ou
subsistemas, cumprindo desta forma com a nossa missão de engenheiros que nada mais é do que:
“contribuirmos com o desenvolvimento tecnológico e econômico da sociedade onde atuamos
através da aplicação eficiente das ciências básicas”.
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apresentará uma tensão: vo (t ) = a cos(ωt + φ ) , com o par, amplitude e fase (a, φ ) , dependendo
fortemente da forma geométrica das fitas que unem os dois terminais. Isto é, para cada configuração
teremos um par (a, φ ) diferente. O que está ocorrendo sugere que a tensão na saída passou a
depender da geometria, ou seja, da posição, ou melhor dizendo, das coordenadas espaciais.
Vamos tentar quantificar esta situação. Como boa parte da energia aplicada na entrada está
sendo radiada além de conduzida, usando o nosso conhecimento de EE540, que nos diz que
qualquer onda eletromagnética pode ser representada como uma superposição de ondas planas,
então com certeza qualquer que seja a radiação lançada conterá componentes de campo seja elétrico
ou magnético, variando conforme: F = F0 cos(ωt − k ir ) . Esta expressão representa uma onda que se
propaga na direção de vetor de onda, k , ortogonal a F0 . Observe que F aqui representa o campo
Vamos estimar essa fase assumindo r = L , com L expressando uma dimensão representativa da
placa, digamos o maior vetor diagonal da mesma. Assumindo k paralelo a L (pior caso), teremos
2π
então: φ = kL . Como, k = , com λ , o comprimento de onda no meio onde o circuito está
λ
imerso, podemos tomar o ar como pior caso (maior comprimento de onda). Desta forma temos:
L
φ = 2π Le , com Le = , sendo o chamado comprimento elétrico.
λ
Como comentamos acima, tudo depende da freqüência e do tamanho do circuito em questão,
ou mais precisamente do comprimento elétrico do mesmo. Se o comprimento elétrico for
suficientemente pequeno tal que a fase φ possa ser considerada desprezível, aqui a TCC pode ser
adotada, senão, teremos que usar a teoria eletromagnética, ou seja, as equações de Maxwell, ou em
outras palavras, os conceitos de ondas guiadas que serão passados nesta disciplina (EE754). As
Tabelas 1 e 2 nos dão uma noção de como variam essas grandezas.
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Placa de circuito impresso
(Face simples)
Fitas condutoras (Cobre)
a b
a’ b’
Dielétrico
(a)
a b
a’ b’
Dielétrico
(b)
6
a b
a’ b’
Dielétrico
(c)
a b
a’ b’
Dielétrico
(d)
Figura 1. Diferentes formas de conectar dois terminais numa placa de circuito impresso.
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f (Hz) λ (m) L (m) Le φ (graus)
6,0E+01 5,0E+06 1,0E-07 2,0E-14 7,2E-12
1,0E+03 3,0E+05 1,0E-07 3,3E-13 1,2E-10
1,0E+06 3,0E+02 1,0E-07 3,3E-10 1,2E-07
1,0E+09 3,0E-01 1,0E-07 3,3E-07 1,2E-04
1,0E+12 3,0E-04 1,0E-07 3,3E-04 1,2E-01
1,0E+15 3,0E-07 1,0E-07 3,3E-01 1,2E+02
6,0E+01 5,0E+06 1,0E-06 2,0E-13 7,2E-11
1,0E+03 3,0E+05 1,0E-06 3,3E-12 1,2E-09
1,0E+06 3,0E+02 1,0E-06 3,3E-09 1,2E-06
1,0E+09 3,0E-01 1,0E-06 3,3E-06 1,2E-03
1,0E+12 3,0E-04 1,0E-06 3,3E-03 1,2E+00
1,0E+15 3,0E-07 1,0E-06 3,3E+00 1,2E+03
6,0E+01 5,0E+06 1,0E-05 2,0E-12 7,2E-10
1,0E+03 3,0E+05 1,0E-05 3,3E-11 1,2E-08
1,0E+06 3,0E+02 1,0E-05 3,3E-08 1,2E-05
1,0E+09 3,0E-01 1,0E-05 3,3E-05 1,2E-02
1,0E+12 3,0E-04 1,0E-05 3,3E-02 1,2E+01
1,0E+15 3,0E-07 1,0E-05 3,3E+01 1,2E+04
6,0E+01 5,0E+06 1,0E-04 2,0E-11 7,2E-09
1,0E+03 3,0E+05 1,0E-04 3,3E-10 1,2E-07
1,0E+06 3,0E+02 1,0E-04 3,3E-07 1,2E-04
1,0E+09 3,0E-01 1,0E-04 3,3E-04 1,2E-01
1,0E+12 3,0E-04 1,0E-04 3,3E-01 1,2E+02
1,0E+15 3,0E-07 1,0E-04 3,3E+02 1,2E+05
6,0E+01 5,0E+06 1,0E-03 2,0E-10 7,2E-08
1,0E+03 3,0E+05 1,0E-03 3,3E-09 1,2E-06
1,0E+06 3,0E+02 1,0E-03 3,3E-06 1,2E-03
1,0E+09 3,0E-01 1,0E-03 3,3E-03 1,2E+00
1,0E+12 3,0E-04 1,0E-03 3,3E+00 1,2E+03
1,0E+15 3,0E-07 1,0E-03 3,3E+03 1,2E+06
Tabela 1
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f (Hz) λ (m) L (m) Le φ (graus)
6,0E+01 5,0E+06 1,0E-02 2,0E-09 7,2E-07
1,0E+03 3,0E+05 1,0E-02 3,3E-08 1,2E-05
1,0E+06 3,0E+02 1,0E-02 3,3E-05 1,2E-02
1,0E+09 3,0E-01 1,0E-02 3,3E-02 1,2E+01
1,0E+12 3,0E-04 1,0E-02 3,3E+01 1,2E+04
1,0E+15 3,0E-07 1,0E-02 3,3E+04 1,2E+07
6,0E+01 5,0E+06 1,0E-01 2,0E-08 7,2E-06
1,0E+03 3,0E+05 1,0E-01 3,3E-07 1,2E-04
1,0E+06 3,0E+02 1,0E-01 3,3E-04 1,2E-01
1,0E+09 3,0E-01 1,0E-01 3,3E-01 1,2E+02
1,0E+12 3,0E-04 1,0E-01 3,3E+02 1,2E+05
1,0E+15 3,0E-07 1,0E-01 3,3E+05 1,2E+08
6,0E+01 5,0E+06 1,0E+00 2,0E-07 7,2E-05
1,0E+03 3,0E+05 1,0E+00 3,3E-06 1,2E-03
1,0E+06 3,0E+02 1,0E+00 3,3E-03 1,2E+00
1,0E+09 3,0E-01 1,0E+00 3,3E+00 1,2E+03
1,0E+12 3,0E-04 1,0E+00 3,3E+03 1,2E+06
1,0E+15 3,0E-07 1,0E+00 3,3E+06 1,2E+09
6,0E+01 5,0E+06 1,0E+02 2,0E-05 7,2E-03
1,0E+03 3,0E+05 1,0E+02 3,3E-04 1,2E-01
1,0E+06 3,0E+02 1,0E+02 3,3E-01 1,2E+02
1,0E+09 3,0E-01 1,0E+02 3,3E+02 1,2E+05
1,0E+12 3,0E-04 1,0E+02 3,3E+05 1,2E+08
1,0E+15 3,0E-07 1,0E+02 3,3E+08 1,2E+11
6,0E+01 5,0E+06 1,0E+03 2,0E-04 7,2E-02
1,0E+03 3,0E+05 1,0E+03 3,3E-03 1,2E+00
1,0E+06 3,0E+02 1,0E+03 3,3E+00 1,2E+03
1,0E+09 3,0E-01 1,0E+03 3,3E+03 1,2E+06
1,0E+12 3,0E-04 1,0E+03 3,3E+06 1,2E+09
1,0E+15 3,0E-07 1,0E+03 3,3E+09 1,2E+12
Tabela 2
9
1.3 Classificação geral dos guias de onda
Considere agora que temos dois fios condutores com alguns metros de comprimento, pela
Tabela 2, percebemos que para freqüências da ordem de 1 MHz, o ângulo φ , que nos revela a
“presença” da variação espacial passa a ser perceptível. Logo para essas freqüências devemos ter
radiação eletromagnética (fluxos elétrico e magnético) significativa fora dos fios. Se ainda
quisermos usar esses fios para transmitir energia com certa eficiência, devemos reduzir a energia
radiada. Intuitivamente, devemos aproximar esses dois fios para que essa energia eletromagnética
fique concentrada entre eles, surge então o conceito de guia ou linha de transmissão (LT). Esta
configuração é na verdade a LT mais simples possível: dois fios paralelos suficientemente
próximos, temos a chamada linha bifilar. Para garantir a rigidez mecânica os fios precisam ser
encapsulados num dielétrico flexível. Um exemplo típico é a linha comumente usada para conectar
os aparelhos de TV com suas antenas.
Conforme veremos na teoria geral dos guias de onda, existem duas grandes classes de
modos que podem se propagar através de um guia, os chamados TEM (Tansversal
Eletromagnético), os quais requerem dois condutores pelo menos, e os chamados não-TEM. Estes
últimos podem ser, TE (Transversal Elétrico), TM (Transvesal Magnético), ou Híbridos: TE/TM.
Esta segunda classe de modos apresenta características de corte (freqüências de corte) ao contrário
da primeira. Os guias que operam propagando modos TEM são chamados, por questões históricas
de Linhas de Transmissão (LT), os guias que propagam os outros tipos de modos, são chamados de
guias propriamente ditos, ou simplesmente de guias. Os guias podem ser fechados ou blindados por
condutores, ou não blindados ou abertos.
Conforme a freqüência aumenta as perdas por unidade de comprimento nos condutores, se
fazem cada vez maiores, devido ao efeito pelicular. Operar a freqüências mais altas nos permite o
uso de bandas mais largas e transmitir taxas maiores de informação. Logo, se queremos operar em
altas freqüências, da ordem de Terahertz (THz), faz-se necessário eliminar o uso de metais:
devemos usar dielétricos, os mais transparentes possíveis à radiação eletromagnética: surge assim a
chamada fibra óptica, a qual é feita de vidro e propaga modos híbridos. As figuras a seguir ilustram
os diversos tipos de LTs e guias.
10
Cabo Coaxial
11
Guias Metálicos
12
Guia fotônico de silício e ressoador em anel.
Componentes usados em comunicações ópticas WDM
(Wavelength Division Multiplexing)
13
Fibra Monomodo
Acoplador Conectores
14
1 Km de fibra óptica iluminada por um laser de
Argônio
15
2. LINHAS DE TRANSMISSÃO (já estudadas na 1ª
parte)
3. GUIAS DE ONDAS
onde e ( r,t ) , h ( r,t ) , d ( r,t ) e b ( r,t ) são os campos elétrico, magnético, densidade de fluxo
elétrico, magnético, respectivamente. Como podemos observar pelas Eqs. (3.1), as funções vetoriais
descrevem o comportamento dos campos em qualquer ponto no interior do guia e em qualquer
instante de tempo, contudo, as soluções dos campos elétrico e magnético serão obtidas no domínio
da freqüência. Assim, aplicando a transformada de Fourier aos campos elétrico e magnético
instantâneos, teremos esses campos descritos no domínio da freqüência, como descrito abaixo,
∞
ℑ ( e ) = E ( r, ω ) = ∫ e ( r, t ) exp ( jωt ) dt , (3.2a)
−∞
∞
ℑ ( h ) = H ( r, ω ) = ∫ h ( r, t ) exp ( jωt ) dt , (3.2b)
−∞
16
∇ × E ( r, ω ) = − jωB ( r, ω ) , (3.3a)
∇ × H ( r, ω ) = jω D ( r, ω ) , (3.3b)
onde os campos elétrico e magnético estão relacionados com as densidades de fluxo, no domínio da
freqüência, através das relações constitutivas abaixo:
D ( r, ω ) = ε ( r, ω ) E ( r, ω ) , (3.4a)
B ( r, ω ) = μ ( r, ω ) H ( r, ω ) , (3.4b)
desses parâmetros com a posição indica que o meio é inomogêneo, isto é, suas características
eletromagnéticas dependem da posição espacial; a dependência dos parâmetros constitutivos com a
freqüência indica que o meio é dispersivo, isto é, suas características eletromagnéticas dependem da
freqüência de operação. Assumindo que os guias aqui analisados são homogêneos, então:
ε ( r, ω ) = ε (ω ) , (3.5a)
μ ( r, ω ) = μ (ω ) . (3.5b)
Levando em conta das Eqs. (3.5), as Eqs. (3.4) podem ser escritas, para meios homogêneos e não-
dispersivos, na forma:
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D ( r, ω ) = ε (ω ) E ( r, ω ) , (3.6a)
B ( r, ω ) = μ (ω ) H ( r, ω ) . (3.6b)
A solução dos campos elétrico e magnético no interior do guia de ondas, pode ser obtida
desacoplando as Eqs. (3.3). Assim, aplicando rotacional na (3.3a) (Lei de Faraday), e usando a
relação (3.6b), temos:
∇ ×∇ × E = − jωμ∇ × H , (3.7)
onde, por simplicidade, a dependência dos campos com a posição e a freqüência, e dos parâmetros
constitutivos com a freqüência, foi omitida. Substituindo a (3.3b) (Lei de Ampère) em (3.7), e
usando a relação (3.6a), temos:
∇ ×∇ × E = ω 2 με E . (3.8)
Usando a identidade vetorial,
∇ × ∇ × A = ∇ ( ∇ ⋅ A ) − ∇2 A ,
∇ ( ∇ ⋅ E ) − ∇ 2 E = ω 2 με E .
Contudo, usando a Lei de Gauss Elétrica para uma região homogênea, livre de cargas:
∇ ⋅ D = ∇ ⋅ ( ε E ) = ε∇ ⋅ E = 0
e, assim,
∇ 2 E + ω 2 με E = 0 . (3.9a)
Da mesma forma, tomando o rotacional sobre a (3.3b) (Lei de Ampère), podemos obter uma
equação dual à (3.9a), isto é:
∇ 2 H + ω 2 με H = 0 . (3.9b)
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As Eqs. (3.9) são demoninadas equação vetorial homogênea de Helmholtz, e podem ser sintetizada
na forma,
⎧E ⎫ ⎧E ⎫
∇2 ⎨ ⎬ + k 2 ⎨ ⎬ = 0 , (3.10)
⎩H ⎭ ⎩H ⎭
Vamos agora considerar um guia de ondas de seção reta arbitrária contida no plano xy ,
como mostra a Figura 3.1, e assumir a direção axial z como sendo a direção de propagação.
Vamos, então, propor soluções modais para os campos eletromagnéticos, isto é, soluções do tipo,
⎧ E ⎫ ⎪⎧ E ( x, y ) ⎪⎫
0
=
⎨ ⎬ ⎨ 0 ⎬ exp ( −γ z ) . (3.11)
⎩H ⎭ ⎩⎪H ( x, y ) ⎭⎪
Estas soluções, chamadas de modos, pressupõem ondas que podem se propagar ao longo do eixo do
guia, da forma mais eficiente possível, ou seja, comportamento não propagante na transversal, e
puramente propagante ao longo do eixo do guia, ou seja, na direção z.
Assumindo a solução (3.11), os campos elétrico e magnético, assim como o operador ∇ 2 , podem
ser divididos em suas componentes transversais e longitudinais à direção de propagação. Assim:
∇ 2 = ∇ T2 +∇ 2z , (3.12a)
E = ET + E z , (3.12b)
H = HT + H z . (3.12c)
Utilizando as Eqs. (3.11) e (3.12), a Eq. (3.10) pode ser decomposta em suas componentes
transversal e paralela à direção de propagação. Dessa forma:
⎧ E0 ⎫ ⎧ E0 ⎫
∇T2 ⎨ T0 ⎬ + h 2 ⎨ T0 ⎬ = 0 , (3.13a)
⎩HT ⎭ ⎩ HT ⎭
⎧ E0 ⎫ ⎧ E0 ⎫
∇ 2z ⎨ z0 ⎬ + h 2 ⎨ z0 ⎬ = 0 , (3.13b)
⎩H z ⎭ ⎩H z ⎭
onde,
19
h2 = γ 2 + k 2 . (3.14)
Como as várias componentes dos campos elétrico e magnético não são independentes, não é
necessário resolver as seis equações diferenciais parciais de segunda ordem para as seis
componentes de E e H . Para examinar a interdependência entre as seis componentes de campo,
vamos expandir, em coordenadas cartesianas, as duas equações rotacionais de Maxwell. Assim,
expandindo a equação de Faraday, temos:
∂Ez0
+ γ E y0 = − jωμ H x0 , (3.15a)
∂y
∂Ez0
−γ Ex0 − = − jωμ H y0 , (3.15b)
∂x
∂E y0 ∂Ex0
− = − jωμ H z0 . (3.15c)
∂x ∂x
∂H z0
+ γ H y0 = jωε Ex0 , (3.16a)
∂y
∂H z0
−γ H x0 − = jωε E y0 , (3.16b)
∂x
∂H y0 ∂H x0
− = jωε Ez0 . (3.16c)
∂x ∂x
Comparando as Eqs. (3.15) e (3.16) observamos a dualidade que existe entre as equações de
Faraday e Ampère, resumida na Tabela 3.1.
E→H
H → −E
μ →ε
20
ε →μ
Manipulando as Eqs. (3.15) e (3.16) podemos escrever as componentes transversais dos campos
elétrico e magnético ( Ex0 , E y0 , H x0 , H y0 ) em termos das duas componentes longitudinais ( Ez0 , H z0 ).
1 ⎛ ∂H z0 ∂Ez0 ⎞
H x0 = − ⎜ γ − jωε ⎟ (combinando (3.15a) e (3.16b)) (3.17a)
h 2 ⎝ ∂x ∂y ⎠
1 ⎛ ∂H z0 ∂Ez0 ⎞
H y0 = − ⎜ γ + jωε ⎟ (combinando (3.15b) e (3.16a)) (3.17b)
h 2 ⎝ ∂y ∂x ⎠
1 ⎛ ∂Ez0 ∂H z0 ⎞
E = − 2 ⎜γ
0
+ jωμ ⎟ (combinando (3.15b) e (3.16a)) (3.17c)
h ⎝ ∂x ∂y ⎠
x
1 ⎛ ∂Ez0 ∂H z0 ⎞
E y0 = − ⎜ γ − jωμ ⎟ (combinando (3.15a) e (3.16b)) (3.17d)
h 2 ⎝ ∂y ∂x ⎠
Os pares de equações (3.17a), (3.17b), e, (3.17c), (3.17d), podem ser escritos respectivamente, nas
seguintes formas compactas:
γ jωε
HT0 = − 2
∇T H z0 +
2
∇T × E0z (3.17.1)
h h
γ jωμ
ET0 = − 2 ∇T Ez0 − 2 ∇T × H 0z (3.17.2)
h h
Por outro lado, as equações (3.15c) e (3.16c), podem ser escritas respectivamente, nas formas
compactas abaixo:
21
Como certamente a (3.13b) é mais simples que a (3.13a), por ser escalar, prescrevemos aqui, a
estratégia de cálculo que adotaremos para determinarmos os modos dos guias a serem estudados
nesta matéria: em primeiro lugar, resolveremos a equação de Helmholtz (3.13b) para as
componentes longitudinais Ez0 , H z0 , aplicando as condições de contorno correspondentes, e a
seguir, usando as (3.17.1) e (3.17.2), determinaremos as outras componentes de campo.
portanto, os campos ET0 e HT0 serão nulos, a menos que h = 0 . Em outras palavras, modos TEM
existirão somente quando:
γ TEM
2
+ k2 = 0 , (3.18a)
ou,
γ TEM = jk = jω με , (3.18b)
que é a mesma expressão para a constante de propagação de uma onda uniforme em um meio sem
fronteiras caracterizados pelos parâmetros constitutivos μ e ε . A velocidade de propagação
(velocidade de fase) das ondas TEM é dada pela expressão:
ω 1
u= = [ m/s] . (3.19)
k με
Podemos obter a razão entre Ex0 e H y0 a partir das Eqs. (3.15b) e (3.16a) fazendo Ez0 e H z0
22
na qual, substituindo a relação (3.18b), torna-se:
μ
Z TEM = = η [ Ω] . (3.21)
ε
Observe que Z TEM é igual à impedância intrínseca de um meio dielétrico sem fronteiras. É
conveniente destacar que se o meio for não dispersivo, tanto a velocidade de fase quanto a
impedância intrínseca das ondas TEM são grandezas independentes da freqüência de operação.
Fazendo Ez0 = 0 na Eq. (3.15a) e H z0 = 0 na Eq. (3.16b), obtemos:
E y0
= − Z TEM = −η . (3.22)
H x0
As Eqs. (3.21) e (3.22) podem ser combinadas para obtermos uma expressão vetorial relacionando
os campos elétrico e magnético das ondas TEM:
1
H= z×E , (3.23)
Z TEM
que, novamente, nos remete às relações para um onda plana uniforme em um meio sem fronteiras.
As Eqs. (3.17.2) e (3.17.3) podem ser reescritas, respectivamente, como:
∇T × ET0 = ∇T × E = 0 , (3.24a)
∇T × HT0 = ∇T × H = 0 . (3.24b)
As Eqs. (3.24) nos mostram que os campos ET0 e HT0 são campos conservativos, como os campos
estáticos estudados em EE521. Logo, concluímos que modos TEM não podem existir em um guia
de ondas com um único condutor, pois são necessários no mínimo dois condutores para termos
soluções não nulas.
23
Os modos TM são soluções cuja componente do campo magnético na direção de propagação
é nula, isto é, H z0 = 0 . O comportamento dos modos TM pode ser analisado resolvendo a Eq. (3.10)
para Ez0 , aplicar as condições de contorno do guia e, usando as (3.17.1) e (3.17.2), determinar as
jωε
HT0 = 2
∇T × E0z , (3.26a)
h
γ2
E =−
0
T 2
∇T Ez0 . (3.26b)
h
A impedância de onda para os modos TM pode ser obtida combinando as Eqs. (3.16a) e (3.16b). e,
portanto:
Ex0 E y0 γ
Z TM = 0 =− 0 = [ Ω] . (3.27)
Hy Hx jωε
De forma análoga ao caso TM, os modos TE são soluções cuja componente do campo
elétrico na direção de propagação é nula, isto é, Ez0 = 0 . O comportamento dos modos TE pode ser
∇T2 H z0 + h 2 H z0 = 0 . (3.28)
24
Das (3.17.1) e (3.17.2) podemos escrever, respectivamente:
γ2
H =−
0
T 2
∇T H z0 , (3.29a)
h
jωμ
ET0 = − ∇T × H 0z . (3.29b)
h2
A impedância de onda para os modos TE pode ser obtida combinando as Eqs. (3.15a) e (3.15b). e,
portanto:
Ex0 E y0 jωμ
Z TE = 0 =− 0 = [ Ω] . (3.30)
Hy Hx γ
γ = h2 − k 2 ,
γ = h 2 − ω 2 με . (3.31)
Da análise da (3.31) vemos a possibilidade de duas faixas distintas para os valores da constante de
propagação: valores imaginários e valores reais. Tomando o caso em que γ = 0 , temos:
ωc2 με = h 2 , (3.32)
ou,
h
fc = [ Hz ] . (3.33)
2π με
25
2
⎛ f ⎞
γ = h 1− ⎜ ⎟ . (3.34)
⎝ fc ⎠
Existem duas faixas distintas de γ que podem ser definidas em termos da relação ( f f c ) , quando
2
f > fc
( 2π f ) > ( 2π f c )
2 2
ω 2 > ωc2
ω 2 με > ωc2 με
k 2 > h2 (3.35)
2
⎛h⎞
γ = j β = j k − h = jk 1 − ⎜ ⎟ .
2 2
⎝k⎠
ωc2 με
γ = jk 1 −
ω 2 με
2
⎛ f ⎞
γ = jk 1 − ⎜ c ⎟ , (3.36a)
⎝ f ⎠
e, portanto, identificamos a constante de fase, β , ( γ = j β )
2
⎛ f ⎞
β = k 1− ⎜ c ⎟ [ rad/m ] . (3.36b)
⎝ f ⎠
26
2π λ
λg = = >λ,
β 1 − ( fc f )
2 (3.37)
onde,
2π 1 u
λ= = = , (3.38)
k f με f
Dessa forma:
h2 = γ 2 + k 2 ,
h2 = −β 2 + k 2
2
⎛ 2π ⎞ ⎛ 2π ⎞ 2
2
⎛ 2π ⎞
⎜ ⎟ = − ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜ ⎟ ,
⎝ λc ⎠ ⎝ λg ⎠ ⎝ λ ⎠
2
⎛ 1 ⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛1⎞
2 2
+ =
⎜ ⎟ ⎜⎜ ⎟⎟ ⎜ ⎟ . (3.39)
⎝ λc ⎠ ⎝ λg ⎠ ⎝ λ ⎠
ω u
up = = ,
β 1 − ( fc f )
2 (3.40a)
λg
up = u >u. (3.40b)
λ
Vemos, pelas Eqs. (3.40), que a velocidade de fase em um guia de ondas é sempre maior que a
velocidade em um meio ilimitado e é dependente da freqüência. Portanto, os guias de ondas de
condutor único são meios de transmissão dispersivos, enquanto um meio sem perdas e sem
fronteiras é não-dispersivo. A velocidade de grupo da onda propagante no guia é determinada por:
2
dω ⎛ f ⎞
ug = = u 1− ⎜ c ⎟ , (3.41a)
dβ ⎝ f ⎠
27
λ
ug = u<u. (3.41b)
λg
ug u p = u 2 , (3.42)
e,
2
⎛ f ⎞
Z TM = η 1− ⎜ c ⎟ < η , (3.44a)
⎝ f ⎠
η
Z TE = >η (3.44b)
1 − ( fc f )
2
As Eqs. (3.44) mostram que as impedâncias de onda dos modos propagantes TE e TM em um guia
de ondas sem perdas são puramente resistivas. As variações de Z TM e Z TE (normalizadas em relação
2
⎛ f ⎞
b. ⎜ ⎟ < 1 , ou f < f c :
⎝ fc ⎠
f < fc ,
( 2π f ) < ( 2π f c )
2 2
28
Figura 3.2: Guia de onda uniforme com seção transversal arbitrária.
ω 2 < ωc2
ω 2 με < ωc2 με
k 2 < h2 (3.45)
2
⎛ f ⎞
γ = α = h − k = h 1− ⎜ ⎟ ,
2 2
(3.46)
⎝ fc ⎠
onde α é a constante de atenuação [Np/m]. Como todos as componentes de campo contém o fator
de propagação exp ( −γ z ) = exp ( −α z ) , a onda atenua-se rapidamente à medida que se propaga e é
chamada onda evanescente. Dessa forma, o guia de ondas apresenta características de um filtro
passa-altas. Para um determinado modo, somente as ondas com freqüência maior que a freqüência
de corte do modo poderá se propagar no guia.
29
2
⎛ f ⎞
h
Z TM =−j 1− ⎜ c ⎟ (Capacitiva) (3.47a)
ωε ⎝ f ⎠
ωμ 1
Z TE = j (Indutiva) (3.47b)
h 1 − ( fc f )
2
Observe que tanto a impedância dos modos evanescentes TM quanto a impedância dos modos
evanescentes TE, em freqüências abaixo da freqüência de corte, são puramente reativas, indicando
que não há fluxo de potência associado às ondas evasnescentes. Podemos, também, chegar
facilmente a esta conclusão analisando diretamente a potência média transmitida em um guia. Dessa
maneira:
Pz =
1
2
{
Re ET0 × ( HT0 ) ⋅ z ,
∗
}
Pz =
1
2 {( ∗
) (
Re Ex0 x + E y0 y × ( H x0 ) x + ( H y0 ) y ⋅ z ,
∗
) }
Pz =
1
2
{
Re Ex0 ( H y0 ) − E y0 ( H x0 ) .
∗ ∗
} (3.48a)
{
puramente reativa), o termo Ex0 ( H y0 ) − E y0 ( H x0 )
∗ ∗
} é puramente imaginário e P = 0 . Nesse caso
z
temos uma onda evanescente. Usando a definição da impedância, (3.48a) pode ser escrita como:
⎧ 0 2
⎫
1
Pz = Re Z HT0
2
{ 2
} 1 ⎪ ET
= Re ⎨
2 ⎪ Z
⎪
⎬.
⎪⎭
(3.48b)
⎩
observamos que de forma análoga ao que foi colocado acima, se a impedância, Z, for real (onda
propagante) existe fluxo de potência, caso contrário (onda evanescente), tal fluxo não existe.
30
Exemplo 3.1:
(a) Determine a impedância de onda e o comprimento de onda no guia, para os modos TE e TM,
na freqüência igual a 2 f c ;
fc
(b) Repita o item (a) para f = ;
2
(c) Qual são a impedância de onda e o comprimento de onda no guia para o modo TEM?
Solução:
Z TE = 1,155η > η .
Como os modos TE e TM são modos degenerados, a partir das Eqs. (3.37), temos:
λg TM
= 1,155λ > λ ,
λg TE
= 1,155λ > λ .
fc
(b) Para f = operamos abaixo da freqüência de corte e, portanto, temos modos
2
evanescentes no guia. Assim, usando as Eqs. (3.47), temos
Z TEM = η ,
λTEM = λ
31
Para modos propagantes, γ = j β e a variação de β versus freqüência determina as
características da onda ao longo do guia. É interessante, então, traçarmos e examinarmos o
diagrama ω − β , também conhecido como diagrama de Brillouin. A Figura 3.3 apresenta tal
diagrama, em que a linha pontilhada, que passa pela origem, representa a relação ω − β para o
modo TEM. A inclinação constante dessa reta é ω β = u = 1 με , que é igual à velocidade da luz
em um meio dielétrico ilimitado com parâmetros constitutivos μ e ε .
A curva sólida indicada a relação típica ω − β para os modos propagantes TM ou TE, cuja
equação é determinada por (3.36b). Assim, podemos escrever:
⎛ f ⎞
⎜ ⎟
⎝ fc ⎠
P
θ
φ
ψ
βu (3.49)
ω= .
1 − ( ωc ω )
2
32
u . A tangente da reta que une a origem a qualquer ponto da curva com o ponto P , tg(φ ) , é igual à
velocidade de fase, u p . A inclinação local, tg(ψ ) , da curva ω − β no ponto P é igual à velocidade
e u g < u , como destaca a (3.43). A curva ilustrada na Figura 3.3 mostra, ainda, que quando a
freqüência de operação está muito acima da freqüência de corte do modo, tanto u p quanto u g se
aproximam assintoticamente de u .
Exemplo 3.2:
2
⎛ fc ⎞
⎜ α ⎟ + f = fc .
2 2
⎝ h ⎠
Normalizando,
2
⎛α ⎞ ⎛ f ⎞
2
⎜ ⎟ +⎜ ⎟ =1
⎝ h ⎠ ⎝ fc ⎠
33
Figura 3.4: Relação entre a constante de atenuação e a freqüência de operação para modos evanescentes.
34