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Hildor Bösel

O caminho
para Deus

Passos para uma


vida salva e redimida
Citações da Bíblia na tradução:
NVI - Nova Versão Internacional

Editor:
Hildor Bösel, Escritor e Pregador,
Maranatha-Mission
63697 Hirzenhain, PO 11 45, Alemanha
Traduzido por: 1. christian-translation.com
2. Marlise Winter Dyck
Título Original: »Der Weg zu Gott – Schritte in ein erlöstes
Leben«
1. Edição 2013
2. Edição 2014
3. Edição 2014
4. Edição 2015
5. Edição 2016
Impresso pela Editora Betânia, Belo Horizonte – MG

O objetivo da Missão Maranata é proporcionar uma


orientação bíblica clara, baseada na Bíblia Sagrada.
»Maranata« significa: »O nosso Senhor vem!«

Este livro não pode ser vendido.

Se tiver alguma dúvida ou quiser fazer uma encomenda,


entre em contato através do endereço neste campo.
Projeto Resgate
Manfredo Winter
Rua Castro Faria 240
Bairro Monte Castelo
79011-030 Campo Grande - MS- Brasil

2
Este livro foi apresentado por:

3
Conteúdo

Prefácio............................................................................... 8!

1. Considerações iniciais .............................................. 10!


Existe um Deus? ............................................................. 10!
O caminho para Deus .................................................... 11!
Você quer andar neste caminho para Deus? ............. 13!

2. O muro do pecado ..................................................... 16!


As consequências do pecado ........................................ 16!
A escuridão das pessoas ................................................ 18!
Todos são pecadores ...................................................... 19!
A lista de pecados ........................................................... 22!
O objetivo do pecado ..................................................... 24!
O forte muro da culpa ................................................... 26!

3. Jesus Cristo – Aquele que rompe o muro de


separação ......................................................................... 29!
Quem é Jesus Cristo? ..................................................... 29!
Desde quando o Filho de Deus existe? ....................... 31!
O primogênito ................................................................ 33!
A profunda essência do Filho de Deus ....................... 36!
O verbo tornou-se carne ............................................... 38!
Descendo até o vale do pecado .................................... 40!
Morto, sepultado e ressurreto ...................................... 42!

4. Como podemos atravessar o muro do pecado


Arrependimento – Fé – Novo nascimento – Batismo ....... 45!
O caminho largo e o caminho estreito ........................ 45!
Cristo – a porta para a vida ........................................... 47!
Arrependei-vos! .............................................................. 48!
4
Não há salvação sem o arrependimento! ................... 50!
Duas partes do arrependimento .................................. 52!
A quem o Pai atrai? ........................................................ 54!
Confissão dos pecados a Deus ..................................... 56!
Confessar os seus pecados a pessoas para acertar
situações ........................................................................... 58!
A confissão dos pecados às pessoas de forma geral . 60!
O importante é a intenção do coração ........................ 62!
Que não sejam só palavras ........................................... 64!
Afastar-se do pecado ...................................................... 66!
Voltando-se para Deus .................................................. 68!
Fé ....................................................................................... 70!
O que podemos entender como a fé? ......................... 72!
Fé pessoal ......................................................................... 74!
Apenas um passo............................................................ 76!
Fé - Dois participantes ................................................... 78!
O novo nascimento ........................................................ 80!
Quanto tempo? – Sem padrões .................................... 81!
Crucificado junto ............................................................ 83!
Batismo ............................................................................. 85!
O significado do batismo .............................................. 87!
A forma do batismo ........................................................ 89!

5. Os primeiro passos no novo caminho


Igreja – Bíblia – Oração – Seguir – Preparar.................... 91!
Comunhão ....................................................................... 91!
A igreja do Deus vivo .................................................... 93!
Cristo – a pedra angular da igreja ............................... 94!
Construído na Palavra de Deus ................................... 96!
Batismo – a porta para a Igreja ..................................... 98!
O primeiro alimento: a Palavra de Deus – a Bíblia . 100!
O leite não adulterado ................................................. 102!

5
Alimento sólido ............................................................. 103!
A Palavra de Deus – a espada para defesa ............... 105!
A Palavra de Deus – a espada de ataque .................. 107!
Conversando com Deus .............................................. 108!
Sobre que assuntos posso orar? ................................. 110!
A oração e a Palavra de Deus ..................................... 112!
Oração com fé ............................................................... 114!
Obstáculos da oração ................................................... 116!
Seguidores de Jesus...................................................... 119!
Permanecendo nos passos de Jesus .......................... 120!
A armadura espiritual .................................................. 123!

6. Verdades importantes para o novo caminho


A obra, os dons, o fruto do Espírito Santo – Santificação –
Santa Ceia – Confissão – Exortação – Amor – Perdão –
Reconhecer a vontade de Deus – Casamento – outras
verdades importantes....................................................... 125!
A obra do Espírito Santo ............................................. 125!
Plenitude do Espírito Santo ........................................ 127!
Dons do Espírito ........................................................... 129!
Todos serão preparados .............................................. 131!
O Fruto do Espírito ...................................................... 133!
Uma comparação entre os Dons e o Fruto
do Espírito ..................................................................... 134!
A caminhada no Espírito ............................................. 138!
Ser santo ......................................................................... 140!
Santificação de acordo com a posição ....................... 142!
Santificação de acordo com a caminhada................. 144!
Comunhão na Santa Ceia ........................................... 146!
A comunhão na Santa Ceia como memorial ............ 148!
Passar a mensagem – Confessar ao Senhor! ............ 150!
Aceitar a exortação ....................................................... 152!

6
Amor ............................................................................... 155!
Perdão ............................................................................ 157!
Reconhecer a vontade de Deus I ............................... 159!
Reconhecer a vontade de Deus II .............................. 161!
O casamento é uma instituição de Deus .................. 163!
O caminho até o casamento ....................................... 165!
Responsabilidades amorosas no matrimônio .......... 168!
O significado e propósito do casamento .................. 170!
Cônjuge incrédulo........................................................ 172!
Outras verdades importantes..................................... 175!

7. O objetivo de uma vida salva ................................ 178!


Indo para a eternidade com Deus através
da morte ......................................................................... 178!
Indo para a eternidade através do arrebatamento . 180!
Como será? .................................................................... 182!
As dimensões da cidade celestial ............................... 183!
O que existe nela .......................................................... 185!
O que não existe nela ................................................... 187!
O que vai acontecer com você? .................................. 189!

7
Prefácio

»O caminho para Deus – Passos para uma vida


salva e redimida« – é o titulo deste livro. Quan-
tas pessoas ainda não conseguiram encontrar o
caminho até Deus! Alguns nem sequer procu-
ram por este caminho, enquanto existem outras
pessoas que o procuram, mas não tem quem as
oriente na direção certa. Se este livro puder ser
uma orientação para te conduzir no caminho
para a vida eterna, significa que isso aconteceu
pela graça de Deus e a Ele seja toda a glória.
Se você, que está lendo este livro, já tiver Jesus
Cristo no seu coração e na sua vida, pode en-
contrar durante a leitura vários temas conheci-
dos. Neste caso, deixe que este livro seja um
instrumento e te auxilie a mostrar o caminho da
salvação para outros que ainda não o encontra-
ram.
Mas, o objetivo principal deste livro é alcançar o
leitor que ainda não encontrou o caminho para
a salvação eterna. Se você é um deles, então
estas páginas irão auxiliá-lo a compreender as
referências bíblicas e assim entender o caminho
da salvação. Jesus nos lembra continuamente:
»Entrai pela porta estreita; porque larga é a
porta, e espaçoso o caminho que conduz à des-
truição, e muitos são os que entram por ela. Mas
estreita é a porta, e apertado o caminho que
8
leva à vida, e poucos há que a encontrem« (Ma-
teus 7:13-14). Deus deseja ser encontrado por
todos aqueles que O buscam sinceramente – e
Ele pode ser encontrado de uma forma especial
através da Sua Palavra, a Bíblia. Por isso, cita-
mos os textos bíblicos frequentemente neste
livro, pois a Bíblia fala por si mesma e é o fun-
damento da fé Cristã. Tudo o que é menciona-
do neste livro não seria útil se não for compre-
endido através das palavras da Escritura Sagra-
da.
Tire agora um tempo para pensar sobre o cami-
nho para Deus, e peça em oração que Deus
mesmo esteja revelando o significado da Sua
palavra para você.
Gostaria de saudar a todos os leitores deste livro
com estas palavras da Bíblia: »Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna« (João
3:16).

O autor

9
O caminho para Deus
– Passos para uma vida salva e redimida –

1. Considerações iniciais

Existe um Deus?
Gênesis 1:27-28 - 3:8a

Existe um Deus? – Esta pergunta é quase tão


antiga quanto a humanidade. Por que quase?
Porque no início não havia dúvidas que Deus
existia. Ele falava face a face com as primeiras
pessoas. A Bíblia nos diz: »Criou, pois, Deus o
homem à sua imagem; à imagem de Deus o
criou; homem e mulher os criou. Então Deus os
abençoou e lhes disse...« As primeiras pessoas
ouviam a voz de Deus e também podiam ver o
Criador, uma vez que Ele caminhava entre eles,
como está escrito na segunda passagem da Bí-
blia: »E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que
passeava no jardim à tardinha...« Por que motivo
hoje não é mais assim? – Ocorreu um aconteci-
mento terrível que mudou fundamentalmente o
estado original da criação. O homem acreditou
na voz de Satanás, o adversário de Deus, mais
do que na voz do seu Criador e foi levado a
desobedecer conscientemente a Deus (Gênesis
3). Esta desobediência consciente foi o primeiro
pecado. Desde então, o homem foge da santi-
10
dade de Deus. E se permanecer neste estado,
também permanecerá o grande muro de sepa-
ração entre o homem e o Deus Todo-Poderoso,
que foi construído pelo pecado. Deus ainda está
presente, claro, mas o muro do pecado impede
o nosso contato com Ele. O Senhor do universo
nos diz: »Vejam! O braço do Senhor não está
tão encolhido que não possa salvar, e o seu
ouvido tão surdo que não possa ouvir. Mas as
suas maldades separaram vocês do seu Deus; os
seus pecados esconderam de vocês o rosto dele,
e por isso ele não os ouvirá« (Isaías 59:1-2). Me
deixe te dar uma boa notícia: »Existe um Deus
vivo!« Mas se hoje as pessoas não percebem
mais que Ele existe, é por causa deste muro do
pecado que causa uma separação e que limita a
sua visão. O relacionamento com Deus foi inter-
rompido pelo pecado. Assim, surge a pergunta:
Existe algum caminho de volta para a comu-
nhão com Deus? Sim, ele existe! E hoje, você
pode iniciar através dele uma nova vida, salva e
redimida!

O caminho para Deus


João 14:2-6

Neste livro vamos nos ocupar detalhadamente


sobre o caminho para chegar até Deus. No en-
11
tanto, devemos estar cientes desde o início, que
andar neste caminho não consiste em ter que
cumprir regulamentos ou regras complicadas,
mas consiste sim em conhecer uma pessoa e ter
um relacionamento pessoal com ela. E essa pes-
soa é Jesus Cristo, que diz: »Eu sou o caminho, e
a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão
por mim.« Infelizmente, vivemos atualmente
numa época onde já não é possível encontrar
muito conhecimento sobre o caminho para a
salvação eterna, mesmo em nossos países cris-
tãos. E é aqui que pode surgir a seguinte per-
gunta: »Como pode ser que uma pessoa, cujo
nome é Jesus Cristo e que morreu há cerca de
2.000 anos, ser o caminho para Deus nos dias de
hoje?« Esta pergunta será detalhadamente res-
pondida mais tarde. Mas agora vamos nos con-
centrar na verdade bíblica de que não existem
mil caminhos até Deus, mas apenas um. Jesus
não diz: »Sou um caminho.« Mas sim, »Eu sou o
caminho.« Mas este único caminho é o caminho
certo e que leva à vida eterna? A Bíblia nos ga-
rante: Ele é a verdade, mas não apenas uma
verdade – é também a vida, mas não apenas
uma vida. Deus criou os homens de forma bem
diversificada, mas não criou caminhos diferen-
tes para a salvação. Ele criou apenas um: o ca-
minho verdadeiro e vivo que é Jesus Cristo.
Não é a prática de qualquer religião que salva as
12
pessoas, mas reconhecer o único caminho, Jesus
Cristo. Sem ele, ninguém pode chegar ao Pai
celestial. Você precisa se voltar a Jesus Cristo,
que está vivo hoje, mesmo tendo morrido há
cerca de 2.000 anos atrás. A sepultura não con-
seguiu segurar Jesus na morte e Ele ressuscitou,
o que foi comprovado por muitas testemunhas
e está agora ao lado do Pai. »Portanto, ele é
capaz de salvar definitivamente aqueles que,
por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive
sempre para interceder por eles« (Hebreus 7:25).

Você quer andar neste caminho para Deus?


Gênesis 3:1-10

Ele existe, o Deus vivo. Não é um desejo ou


imaginação, Ele é real! Mesmo que você nunca
tenha falado com Ele – você pode conhecê-Lo!
Ele te conhece há muito tempo e está te procu-
rando e te esperando! Da mesma forma como
chamou o primeiro homem na terra, que fugia
por causa da sua desobediência, Ele também
chama por você: »Onde você está?« Gostaria de
ouví-Lo te chamar? Gostaria de entrar neste
caminho que o Pai do Céu construiu através de
Jesus Cristo? Gostaria de encontrar a maneira
de voltar para o coração de Deus ? – Estas são
perguntas que você precisa responder para
13
você mesmo. Deus criou um caminho que leva
de volta a Ele. Ele também tem um grande inte-
resse que você entre nesse caminho, porque Ele
ama você de forma desmedida. Mas Ele nunca
forçará você a seguir este caminho. Ao encontro
de Jesus só podemos ir voluntariamente. – Co-
mo se sente por dentro? Talvez esteja enfren-
tando problemas graves? Talvez problemas que
ninguém mais pode ajudar. Mas há alguém que
sempre pode ajudar! Jesus diz: »Para o homem
é impossível, mas para Deus não; todas as coi-
sas são possíveis para Deus« (Marcos 10:27).
Mas, para os seus problemas serem resolvidos,
você deve entrar no caminho de Jesus Cristo,
que chama por você: »Venham a mim, todos os
que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes
darei descanso« (Mateus 11:28). No entanto,
não deve buscar a ajuda de Deus somente para
os problemas do dia a dia, mas especialmente
para os problemas eternos. Os problemas eter-
nos são seus problemas com o pecado. Só con-
seguiremos chegar a Deus realmente, se dei-
xarmos que Jesus Cristo perdoe e nos livre dos
nossos pecados, os quais nos separam do Juiz
da terra e do céu. O muro, sobre o qual falamos
antes, deve ser quebrado. Esse é o primeiro
passo para o caminho até Deus. Se você quiser
aproveitar esta oportunidade única, continue a
ler este livro. Passo a passo, ele tenta te explicar
14
o caminho até Deus, o caminho para a vida
eterna, com base na Bíblia. Estes passos levam à
nova vida de redenção. O caminho já foi estabe-
lecido, mas você mesmo precisa entrar nele.
Você seguirá este caminho? Jesus Cristo, é o
caminho até Deus e Ele te guia e te apoia em
todos os passos. Ele diz: »Eu sou a luz do mun-
do. Quem me segue, nunca andará em trevas,
mas terá a luz da vida« (João 8:12). Não adie sua
decisão de entrar neste caminho de vida!

15
2. O muro do pecado

As consequências do pecado
Romanos 5:12

Vamos agora passo a passo observar o caminho


para uma vida salva e redimida. Para isto, preci-
samos começar analisando o estado de uma
pessoa que não está salva. – Quando Deus criou
o mundo e tudo o que existia nele, tudo era
muito bom. Mas como vimos antes, houve um
tempo em que o homem acreditou mais na voz
de Satanás, o adversário de Deus, do que na
voz do seu Criador. Foi uma desobediência
consciente a Deus (Gênesis 3). Na Bíblia, esta
desobediência tem o nome de pecado. E ela
teve consequências enormespara toda humani-
dade. Eis o que está escrito no versículo de Ro-
manos 5:12: »Portanto, da mesma forma como o
pecado entrou no mundo por um homem, e
pelo pecado a morte, assim também a morte
veio a todos os homens, porque todos peca-
ram!« Assim, não foram apenas as primeiras
pessoas que pecaram mas o pecado entrou na
herança genética do ser humano e envenenou
toda sua existência. Da mesma forma que os
raios radioativos podem danificar a herança
genética das gerações futuras, o primeiro peca-
do prejudicou permanentemente as vidas das
16
pessoas de todas as gerações. Por isso, não po-
demos afirmar que foram somente os nossos
ancestrais que pecaram. Quando o pecado do
primeiro homem se transferiu para os seus des-
cendentes, todas as pessoas pecaram e se torna-
ram pecadoras. Este é o motivo pelo qual a mor-
te é transmitida para todos os homens. Este
pesadelo é uma conseqüência direta do pecado.
»Porque o salário do pecado é a morte« (Roma-
nos 6:23). Para muitas pessoas é difícil entende-
rem isto, porque se consideram pessoas boas.
Mas o que a Bíblia diz sobre os homens, é que
não podemos ser completamente bons, como
pode ser explicado no versículo seguinte: »Co-
mo está escrito: Não há nenhum justo, nem um
sequer; não há ninguém que entenda, ninguém
que busque a Deus. Todos se desviaram, torna-
ram-se juntamente inúteis; não há ninguém
que faça o bem, não há nem um sequer« (Ro-
manos 3:10-12). Então, não existe algo comple-
tamente bom no coração do homem que possa
ser justificado. Por isso, temos que dizer adeus a
essas filosofias, se procuramos verdadeiramente
a salvação da nossa alma. Precisamos encarar a
essência da nossa deteriorização interior, caso
contrário a luz da graça não brilhará para nós.
Alguns podem achar que nunca fizeram coisas
ruins. Mas não se trata apenas da questão do
que fizemos de errado, trata-se também de
17
quem somos na nossa natureza pecadora e o
que somos capazes de fazer através dela. Existe
um leão adormecido em cada um de nós. A
história tem mostrado sempre de novo que os
homens, infectados com esta raíz do pecado,
são capazes de fazer os atos mais terríveis. E é
esta a razão pela qual necessitamos tanto de
salvação!

A escuridão das pessoas


Efésios 2:11-12

É importante notar que o homem sem Cristo


não tem esperança e passa pela vida toda sem
Deus. Lemos no versículo: »Naquela época
vocês estavam sem Cristo... sem esperança e
sem Deus no mundo.« Estar sem a esperança
eterna é o mesmo que estar sem luz. A Bíblia
explica claramente que: »Eles estão obscureci-
dos no entendimento e separados da vida de
Deus por causa da ignorância em que estão,
devido ao endurecimento do seu coração« (Efé-
sios 4:18). Mas o que causou a escuridão? Ela é o
resultado do pecado, que se opõe a Deus. Não
diz respeito só aos pecados que o homem come-
te, mas a sua natureza pecadora interior. O
homem esta entregue literalmente como um
escravo para o pecado (Romanos 7:14), e este é
18
o seu verdadeiro estado interior. E estando
neste estado, não busca o verdadeiro Deus,
mesmo podendo reconhecê-LO em seu intelec-
to. Essa rejeição a Deus leva ao obscurecimento
do coração. Este processo é claramente descrito
na Palavra de Deus: »Pois desde a criação do
mundo os atributos invisíveis de Deus, seu
eterno poder e sua natureza divina, têm sido
vistos claramente, sendo compreendidos por
meio das coisas criadas, de forma que tais ho-
mens são indesculpáveis; porque, tendo conhe-
cido a Deus, não o glorificaram como Deus,
nem lhe renderam graças, mas os seus pensa-
mentos tornaram-se fúteis e o coração insensato
deles obscureceu-se« (Romanos 1:20-21). – Este
é o muro do pecado que bloqueia a luz de Deus.
As pessoas necessitam ser libertas desta situação
de escuridão. Jesus diz: »Eu vim ao mundo
como luz, para que todo aquele que crê em mim
não permaneça nas trevas« (João 12:46).

Todos são pecadores


Efésios 2:1-3

Mas será que toda pessoa está realmente infec-


tada com o pecado? Será que ainda existem
pessoas justas, para quem o caminho para Deus
não esteja bloqueado pela parede do pecado?
19
Paulo, por exemplo, poderia ter sido assim um
desses justos? Foi religioso desde criança. Ele
tinha motivos para acreditar na sua posição e
em si mesmo. Os motivos para se orgulhar teri-
am sido: a sua ancestralidade, a sua ligação com
um grupo religioso, a sua aparente ânsia por
Deus, a sua justiça e integridade. Com certeza
estava orgulhoso disso tudo, antes de ter encon-
trado Jesus Cristo. Em uma ocasião, ele expres-
sou isto com estas palavras: »Embora eu mesmo
tivesse razões para ter tal confiança. Se alguém
pensa que tem razões para confiar na carne, eu
ainda mais: circuncidado no oitavo dia de vida,
pertencente ao povo de Israel, à tribo de Ben-
jamim, verdadeiro hebreu; quanto à Lei, fari-
seu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja;
quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível«
(Filipenses 3:4-6). Sim, Paulo era muito zeloso.
Mas no seu zelo não percebeu o muro do peca-
do, que o fez tornar-se perseguidor da igreja de
Jesus. Depois disso, quando Paulo teve um en-
contro com a luz de Deus, ele reconheceu como
ele e todas as outras pessoas realmente eram em
seu interior. Ele diz isso em Efesios: »Vocês
estavam mortos em suas transgressões e peca-
dos, nos quais costumavam viver, quando se-
guiam a presente ordem deste mundo e o prín-
cipe do poder do ar, o espírito que agora está
atuando nos que vivem na desobediência. An-
20
teriormente, todos nós também vivíamos entre
eles, satisfazendo as vontades da nossa carne,
seguindo os seus desejos e pensamentos. Como
os outros, éramos por natureza merecedores da
ira« (Efésios 2:1-3). Aqui Paulo testemunha que
todos, incluindo ele próprio, estavam mortos
em seus pecados. Todos estavam apenas se-
guindo o curso dos acontecimentos neste mun-
do. E, esse curso de acontecimentos era e ainda
é, dominado pelo poder da escuridão. Paulo
chama Satanás de o »príncipe do poder do ar«,
que está agora trabalhando naqueles que são
desobedientes. E de que maneira cruel ele age
na vida destas pessoas, levando-as a fazer as
coisas mais terríveis! Aqui está a explicação para
todas as atrocidades que aconteceram e que
continuam a acontecer na Terra. – Embora mui-
tos não se deixem arrastar para tais abismos
obscuros de pecado, o fato permanece verda-
deiro: »Pois todos pecaram e estão destituídos da
glória de Deus« (Romanos 3:23). E a estes »to-
dos« também pertencia Paulo. Mais uma vez
gostaríamos de fazer referência à passagem
bíblica mencionada antes: »Como está escrito:
Não há nenhum justo, nem um sequer; não há
ninguém que entenda, ninguém que busque a
Deus. Todos se desviaram, tornaram-se junta-
mente inúteis; não há ninguém que faça o bem,
não há nem um sequer« (Romanos 3:10-12).
21
A lista de pecados
Provérbios 14:34

O homem é separado de Deus desde o nasci-


mento devido a sua natureza pecaminosa. Mas
esta natureza pecaminosa produz pecados in-
dividuais muito concretos. Como atualmente as
pessoas se esquecem cada vez mais do que é
pecado aos olhos de Deus, gostaria de te apre-
sentar uma lista de pecados citados na Bíblia:
»Pois do coração saem os maus pensamentos, os
homicídios, os adultérios, as imoralidades sexu-
ais, os roubos, os falsos testemunhos e as calú-
nias. Essas coisas tornam o homem impuro«
(Mateus 15:19-20). »Comportemo-nos com de-
cência, como quem age à luz do dia, não em
orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual
e depravação, não em desavença e inveja«
(Romanos 13:13). »Vocês não sabem que os
perversos não herdarão o Reino de Deus? Não
se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras,
nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou
ativos e, nem ladrões, nem avarentos, nem al-
coólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros
herdarão o Reino de Deus« (1.Coríntios 6:9-10).
»Ora, as obras da carne são manifestas: imorali-
dade sexual, impureza e libertinagem; idolatria
e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo,
dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias
22
e coisas semelhantes. Eu os advirto como antes
já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas
não herdarão o Reino de Deus« (Gálatas 5:19-
21). »Livrem-se de toda amargura, indignação e
ira, gritaria e calúnia, bem como de toda mal-
dade« (Efésios 4:31). »Os homens serão egoístas,
avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos,
desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem
amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores,
sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem,
traidores, precipitados, soberbos, mais amantes
dos prazeres do que amigos de Deus, tendo
aparência de piedade, mas negando o seu po-
der. Afaste-se desses também (2.Timóteo 3:2-5).
Esta lista não está completa, mas você pode
encontrar mais exemplos em: Romanos 1:21-32;
1.Coríntios 5:10-11; 2.Coríntios 12:20-21; Efé-
sios 5:3-4; Colossenses 3:5-8; 1.Timóteo 1:9-10;
Apocalipse 21:8 e 22:15. – Obviamente, esta lista
não é nada agradável. Por isto, ninguém deve-
ria tentar se enganar sobre o efeito do pecado
na sua vida. Mas quando Cristo nos liberta do
pecado e do seu poder, então a paz e a harmo-
nia ganham espaço. A salvação existe – rom-
pendo até as correntes pecaminosas mais fortes!

23
O objetivo do pecado
Mateus 7:13-14

Qual é o objetivo do pecado? – Vamos lembrar


mais uma vez: »Porque o salário do pecado é a
morte« (Romanos 6:23). Trata-se aqui somente
da morte física? Não, também da morte espiri-
tual. A Bíblia fala de morte espiritual com as
palavras que já conhecemos: »Vocês estavam
mortos em suas transgressões e pecados ...«
(Efésios 2:1). Por causa do pecado o homem está
espiritualmente morto. Assim, necessita de uma
ressurreição espiritual, para começar uma nova
vida. Também devemos notar que um homem
morto não pode ressuscitar a si próprio – isto
deve ser feito através de uma interferência di-
vina. Mas voltaremos a isso mais tarde. Agora
quero enfatizar que o objetivo do pecado é a
morte total. A morte espiritual está presente
juntamente na residência no pecado e na sua
prática. Em seguida, chega o fim da vida com
morte física e daí em diante a morte eterna da
alma, se o muro do pecado não tiver sido des-
truído antes de chegar este momento. No en-
tanto, a morte eterna não é o fim da existência.
O livro de Apocalipse nos relata o seguinte so-
bre a segunda morte : »Mas os covardes, os
incrédulos, os depravados, os assassinos, os que
cometem imoralidade sexual, os que praticam
24
feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos – o
lugar deles será no lago de fogo que arde com
enxofre. Esta é a segunda morte« (Apocalipse
21:8). Paulo diz o seguinte sobre o lugar onde as
almas perdidas passarão a eternidade: »Eles
sofrerão a pena de destruição eterna, a separa-
ção da presença do Senhor e da majestade do
seu poder« (2.Tessalonicenses 1:9). – Este é o
objetivo final do pecado. É um objetivo verda-
deiramente terrível. Por isto somos convidados
por Jesus no versículo de Mateus 7:13-14: »En-
trem pela porta estreita, pois larga é a porta e
amplo o caminho que leva à perdição, e são mui-
tos os que entram por ela. Como é estreita a
porta, e apertado o caminho que leva à vida! São
poucos os que a encontram.« Somos então desa-
fiados por Deus à escapar das conseqüências
terríveis do pecado, buscando agarrar aquilo
que dá vida. Mas para isto, todo aquele que se
reconhece como pecador deve abandonar o
caminho largo que leva à destruição, e passar
para o caminho da vida. Como esta mudança
de caminhos acontece, será um assunto para
considerações mais adiante. É importante que,
de agora em diante, percebamos o mau objetivo
do pecado por uma perspectiva divina. – E, em
seguida, vem a salvação, que funciona instanta-
neamente, e esta salvação está em Jesus Cristo,
que nos trouxe a redenção.
25
O forte muro da culpa
Salmos 5:4

Como o pecado é tão terrível, o homem, tal


como é, não poderia ter nenhuma comunhão
direta com Deus. Estaria destinado a ficar eter-
namente distanciado de Deus. Nós lemos no
versículo: »Tu não és um Deus que tenha prazer
na injustiça; contigo o mal não pode habitar.«
Deus ama o pecador, mas repugna a maldade;
Ele repugna o pecado. E se o homem não quiser
se separar do pecado, ele permanecerá separa-
do de Deus. Este é o muro de separação sobre o
qual já lemos e que queremos ler novamente:
»Vejam! O braço do Senhor não está tão en-
colhido que não possa salvar, e o seu ouvido tão
surdo que não possa ouvir. Mas as suas mald-
ades separaram vocês do seu Deus; os seus
pecados esconderam de vocês o rosto dele, e
por isso ele não os ouvirá« (Isaías 59:1-2). Os
muros da culpa separam as pessoas que não
foram salvas, do Deus vivo. E quanto mais es-
pesso for este muro, menos a pessoa percebe de
que por trás dele existe um Deus Todo-
Poderoso que ama o pecador, mesmo quando
este já não O percebe mais. – Se Deus não ti-
vesse intervido nesta condição, ninguém conse-
guiria mais entrar em contato com Ele. Deus
permaneceria na Sua Santidade, enquanto o
26
homem permaneceria nos seus pecados. Mas
Deus não quis que isto continuasse assim, pois
ele nos ama muito. Assim, Ele encontrou uma
forma de romper esse muro de separação –
através do que Jesus Cristo fez por nós, os pe-
cadores perdidos. Havia um oficial do exército
que procurava muito a libertação de seus peca-
dos. Certa vez, embriagado, ele sentou-se em
uma reunião do famoso evangelista Moody.
Através de Jesus Cristo, Deus conseguiu esten-
der a Sua mão para este bêbado e rompeu a
parede do seus pecados. Este homem expressou
então a sua salvação com as seguintes palavras:
»Muito depois de um suave resplendor, entra-
mos na noite escura, mas afundamo-nos mais
no pecado que tinha um poder tenebroso! Oh,
onde está o forte direito, que está cheio da força
sagrada de Deus e que pode criar novas pessoas
a partir de servos do pecado? – Olhe, cheio de
graça e misericórdia veio o Salvador Jesus, que
disse: Eu saro as tuas feridas, vem e não peques
mais! O amor de Jesus pode te salvar, a Sua
mão é forte e leal, Ele rompe as correntes do
pecado e faz tudo, tudo novo!« (Tradução pa-
lavra por palavra do texto alemão em rima). –
Ele pode também estilhaçar o seu muro e as
correntes do pecado que te prendem. No
próximo capítulo veremos por que somente
Jesus pode estilhaçar os muros do pecado – e
27
por este motivo, portanto, Ele se tornou o
caminho de volta para Deus.

28
3. Jesus Cristo – Aquele que rompe o muro
de separação

Quem é Jesus Cristo?


Mateus 16:13-17

Em João 14, no versículo 6 Jesus diz: »Eu sou o


caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem
ao Pai, senão por mim.« – Por que Jesus Cristo é
o único caminho para Deus, o Pai? – Para com-
preender isto, é necessário vermos primeiro
quem é Jesus. Já há muito tempo existem pesso-
as no nosso mundo ocidental que não conse-
guem mais responder à pergunta sobre quem é
Jesus, de acordo com Bíblia. Mesmo que Jesus
Cristo esteja no centro da história da humani-
dade (o calendário ocidental começa com Seu
nascimento), Ele ainda não é o centro de todos
os corações humanos. Quem é Jesus? Mesmo
no tempo quando ele andava na Terra, muitas
pessoas queriam encontrar a resposta a esta
pergunta. »Quem os outros dizem que o Filho
do homem é?« – Jesus perguntou aos discípu-
los. Houve algumas respostas. Alguns diziam
que era João Batista, outros o grande profeta
Elias, enquanto outros ainda pensavam que era
Jeremias ou ainda outros profetas. Todas estas
eram, aparentemente, respostas honoráveis.
Mesmo hoje, alguns têm respostas interessantes
29
sobre quem é Jesus Cristo. Alguns O vêem co-
mo uma pessoa muito boa, os outros O acham
um excelente exemplo de caridade e amor ao
próximo, enquanto outros O consideram um
profeta ou um fundador religioso. – Mesmo
assim, todas estas respostas não abrangem a
verdadeira natureza de Jesus. Pedro foi quem
deu a resposta certa. Quando Jesus perguntou:
»E vocês?«, perguntou ele. »Quem vocês dizem
que eu sou?« »Pedro respondeu: Tu és o Cristo,
o Filho do Deus vivo.« E Jesus respondeu: »Feliz é
você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe
foi revelado por carne ou sangue, mas por meu
Pai que está nos céus.« Então, Jesus é o Filho de
Deus. Não é uma pessoa como você e eu. Mas
veio a esta terra com a forma de Deus e assumiu
temporariamente a forma humana. – Saber
quem é Jesus Cristo é crucial para podermos
compreender sua obra por nós. É preciso des-
cobrir isto da mesma forma que Pedro. Não foi
pela carne e sangue, quer dizer, através do que
pessoas disseram a respeito de Jesus ou o seu
próprio conhecimento, mas foi o Pai dos Céus
que revelou a Pedro em seu coração quem Jesus
era. – Hoje, podemos ler na Bíblia quem Jesus
Cristo é, mas também só conseguiremos com-
preender de forma completa se o Pai O revelar
a nós. – »Conhecer Jesus e ter Jesus é a sensação
mais maravilhosa do mundo! Procure os mais
30
maravilhosos bens do planeta, descubra o que
agrada aos seus olhos e ouvidos: Mas há apenas
uma coisa que pode revigorar a sua alma. E isto
é conhecer Jesus e ter Jesus.« (Tradução palavra
por palavra do texto alemão em rima.)

Desde quando o Filho de Deus existe?


João 8:54-58

Neste texto, vemos Jesus falando com as pesso-


as e mencionando que até Abraão já se regozi-
java com o simples pensamento de ver a Jesus.
Ninguém no público conseguia entender isso,
pois Jesus tinha apenas pouco mais de trinta
anos de idade naquela época. Mas, como pode-
ria Jesus ter visto Abraão, sendo que este viveu
cerca de 2.000 anos antes Dele? E o Senhor res-
pondeu: »Eu lhes afirmo que antes de Abraão
nascer, Eu Sou!« Note que Jesus não diz: »Antes
que Abraão nascer, eu fui.« Não, Ele diz: »Eu
sou.« Assim, Ele testemunha a Sua própria pré-
existência – A Sua existência antes de assumir a
forma humana. Na conhecida oração sacerdo-
tal, Cristo diz: »E agora, Pai, glorifica-me junto a
ti, com a glória que eu tinha contigo« (João
17:5). De fato, o Filho de Deus existia antes da
criação do mundo. Ele existia antes do tempo.
João escreve: »No princípio era o Verbo« (João
31
1:1). – E com Verbo (Logos), Ele quer dizer o
Filho de Deus. Ele existia antes dos eventos que
aconteceram na primeira frase na Bíblia, que
diz: »No princípio criou Deus os céus e a terra«
(Gênesis 1:1). Por outras palavras, todas as coi-
sas foram criadas através de Jesus: »Pois Nele
foram criadas todas as coisas nos céus e na ter-
ra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou
soberanias, poderes ou autoridades; todas as
coisas foram criadas por ele e para ele« (Colos-
senses 1:16). Alguém pode talvez perguntar:
»Mas quanto tempo Ele estava aqui antes da
criação?« Deus dá-nos uma indicação sobre a
eternidade através da profecia de Miquéias:
»Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para
estar entre os clãs de Judá, de ti é que me sairá
aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas
são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade« (Miquéias 5:2). O Filho de Deus exis-
te desde a eternidade (veja em Isaías 9:5, Jesus é
chamado de »Pai da eternidade«). Ele não tem
nem princípio de dias e nem fim de vida. Em
Hebreus, lemos uma história sobre o misterioso
sacerdote Melquisedeque, que apareceu na
época de Abraão e simbolizava Cristo: »Esse
Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do
Deus Altíssimo, encontrou-se com Abraão
quando este voltava, depois de derrotar os reis,
e o abençoou; e Abraão lhe deu o dízimo de
32
tudo. Em primeiro lugar, seu nome significa »rei
de justiça«; depois, »rei de Salém« quer dizer
»rei de paz«. Sem pai, sem mãe, sem genealogia,
sem princípio de dias nem fim de vida, feito
semelhante ao Filho de Deus, ele permanece
sacerdote para sempre. (Hebreus 7:1-3). O que é
dito sobre Deus, o Pai, neste conhecido hino,
diz respeito também ao Filho de Deus: »Grande
Deus, nós Te louvamos, Oh Senhor, louvamos a
Tua força, a terra se prostra diante de Ti e admi-
ra o Teu trabalho! Tal como Tu eras antes do tem-
po, assim permaneces em toda eternidade.« (Tradu-
ção palavra a palavra do texto alemão em rima).

O primogênito
Colossenses 1:15

Neste versículo da Bíblia, Jesus é chamado de o


primogênito: »Ele é a imagem do Deus in-
visível, o primogênito sobre toda a criação« O
que isso quer dizer? Não significa que Jesus – o
Filho de Deus – seja a primeira criação de Deus.
O título »primogênito« não tem necessariamen-
te, relação com um primeiro nascimento, mas é
sempre uma indicação de uma posição especial.
Este título é também mencionado em Êxodo 4
quando Deus fala para Moisés: »Então dirás a
Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho
33
primogênito, e eu te tenho dito: Deixa ir meu
filho, para que me adore« (Êxodo 4:22-23). O
título de »primogênito« é usado exclusivamente
para indicar prioridade. Da mesma forma, Deus
chama Davi de primogênito, apesar de na reali-
dade este ter nascido por último em sua família
(Salmos 89:20-27). Aqui se pretendeu também
demonstrar a prioridade. Da mesma forma que
Cristo, Filho de Deus, tem prioridade acima de
toda criação. Ele é o »primogênito« de toda a
criação, sem ser Ele mesmo criação – todas as
coisas foram criadas através Dele (Colossen-
ses 1:16). Cristo é denominado de »primogêni-
to« também em outras situações. Assim, Paulo
escreve em Romanos 8:29: »Pois aqueles que de
antemão conheceu, também os predestinou
para serem conformes à imagem de seu Filho, a
fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos.« Por irmãos refere-se às almas que serão
redimidas. Claro que isso não significa que Cris-
to tenha sido o primeiro a se redimir. Ele viveu
a Sua vida terrestre totalmente sem pecado
(Hebreus 4:15). Em vez disso, é mostrada a sup-
remacia de Jesus acima de todos os que percor-
reram o caminho para a redenção. Afinal, Cristo
é a cabeça do corpo, da igreja, quer dizer de
todos os resgatados. Diz em Colossenses: »Ele é
a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e
o primogênito dentre os mortos, para que em
34
tudo tenha a supremacia« (Colossenses 1:18).
Neste versículo Jesus é novamente chamado de
primogênito. O significado desta vez é que Cris-
to foi o primeiro a ser ressuscitado para viver
para sempre. É novamente enfatizado aqui:
»Para que em tudo tenha a supremacia« – O Senhor
ressuscitado nos diz também: »Então ele co-
locou sua mão direita sobre mim e disse: Não
tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último. Sou
Aquele que Vive. Estive morto mas agora estou
vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da
morte e do Hades« (Apocalipse 1:17-18). Foi
exatamente através da ressurreição que Deus
confirmou o sacrifício de Jesus, sobre o qual
iremos falar mais tarde. Assim, Cristo é o
primogênito dos mortos e o Príncipe dos reis da
terra. Aquele que nos ama, e pelo seu sangue
nos libertou dos nossos pecados (Apocalipse
1:5).

35
A profunda essência do Filho de Deus
João 1:1-4

Qual é a mais profunda essência de Jesus, o


Filho de Deus? A palavra da Bíblia afirma cla-
ramente: »No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus« (João
1:1). Como podemos ver nos versículos seguin-
tes, por »o Verbo« entende-se Jesus – e aqui diz-
se que é Deus. Mas não é Deus, o Pai, mas
Deus, o Filho. Não é só semelhante ao Pai, mas
também é igual em sua essência. Mais versícu-
los da Escritura Sagrada provam isso. – Em
2.Coríntios 5:19 vemos: »Deus, em Cristo estava
reconciliando consigo o mundo, não levando
em conta os pecados dos homens.« – Colossen-
ses 2:9: »Porque em Cristo habita corporalmente
toda a plenitude da divindade.« – Filipenses 2:6:
»Que, embora sendo Deus, não considerou que
o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-
se.« – Romanos 9:5: »Deles são os patriarcas, e a
partir deles se traça a linhagem humana de
Cristo, que é Deus acima de todos, bendito para
sempre! Amém.« – João 10:30: »Eu e o Pai somos
um.« – João 14:9: »Quem me viu a mim, viu o
Pai.« – João 20:28: »Respondeu-lhe Tomé: Se-
nhor meu, e Deus meu!« – Os anjos não devem
receber adoração (conforme Apocalipse 19:10)
mas o Filho de Deus aceitou aqui de Tomé a
36
adoração; e Ele também será adorado no céu,
conforme lemos no Apocalipse: »Ao recebê-lo,
os quatro seres viventes e os vinte e quatro an-
ciãos prostraram-se diante do Cordeiro (o Filho
de Deus). Cada um deles tinha uma harpa e
taças de ouro cheias de incenso, que são as ora-
ções dos santos; e eles cantavam um cântico
novo: Tu és digno de receber o livro e de abrir
os seus selos, pois foste morto, e com teu san-
gue compraste para Deus gente de toda tribo,
língua, povo e nação« (Apocalipse 5:8-9) – So-
mente Deus é digno deste tipo de adoração.
Aqui lidamos com o mistério de um Deus (Deu-
teronômio 6:4, 1.Coríntios 8:4; Marcos 12:32-34),
que é representado por três Pessoas, nomeada-
mente o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esta
situação pode ser vista claramente na ordem
sobre o batismo: »Portanto, vão e façam discípu-
los de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo« (Mateus
28:19). Este mistério de Deus não será totalmen-
te revelado a nós durante as nossas vidas nesta
terra. Ao mesmo tempo, quem somos nós para
compreender perfeitamente Deus? Lemos até
agora muitas passagens bíblicas em conjunto,
mas o mais importante para entendermos os
próximos capítulos, é que vejamos e aceitemos
Jesus Cristo como Ele realmente é: o Filho do
Deus vivo. A nossa salvação é divina; caso con-
37
trário, não seria nenhuma salvação. Como Jesus
é um salvador divino, a nossa salvação tem
valor eterno. E podemos descansar, tendo a
certeza deste fato.

O verbo tornou-se carne


João 1:1 – 4:14

O primeiro e último versículos desta frase di-


zem: »No princípio era o Verbo, e o Verbo esta-
va com Deus, e o Verbo era Deus. Aquele que é
a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós.
Vimos a sua glória, glória como do Unigênito
vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.«
Aqui estamos perante outro mistério divino:
Deus encarna, através do Seu Filho, e torna-se
um homem. O poeta abençoado Tersteegen
expressou-o na seguinte forma: »Contemplem
esta maravilha, quão profundamente o Todo-
Poderoso desceu. Contemplem o amor, pleno
como o próprio amor se mostra! Fez-se homem,
que carregou e tirou o pecado. Todos O louvam
e se calam. Deus se fez carne, quem pode en-
tender este mistério? Aqui esta a porta da vida
aberta para que todos possam ver. Venham e
busquem na criança a paz, vocês todos que
querem ir ao Pai!«– (Tradução palavra por pala-
vra do texto alemão em rima). De fato, a nossa
38
paz não está mais no menino Jesus, mas no
Jesus, Senhor ressurreto que está assentado no
lado direito de Deus. No entanto, Cristo, o eter-
no Verbo de Deus, se tornou verdadeiramente
uma criança. Este mistério da encarnação do
Filho de Deus é expresso nas palavras de Paulo:
»Que, embora sendo Deus não considerou que
o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-
se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser
servo, tornando-se semelhante aos homens«
(Filipenses 2:6-7). – Porque Deus escolheu este
caminho? Escolheu-o, para que Ele não tivesse
que nos condenar por nossos pecados, mas para
que o Seu filho, na terra, assumisse todos os
nossos pecados em nosso lugar. Alguém tinha
que pagar pelos pecados do mundo. Ou cada
pessoa pagaria pelos seus pecados através da
condenação eterna ou uma pessoa, que nunca
havia pecado, pagaria de uma vez por todos.
Deus escolheu a segunda opção: »Deus tornou
pecado por nós aquele que não tinha pecado,
para que nele nos tornássemos justiça de Deus«
(2.Coríntios 5:21). – A solução estava em tornar
o Filho de Deus um homem, porque apenas
neste estado, poderia carregar a nossa culpa.
Para que Cristo se transformasse num homem
na terra, uma mulher, de nome Maria, foi esco-
lhida pelo Pai. Não através de uma concepção
natural, mas Deus o fez através do Seu Espírito
39
Santo. Isto foi anunciado a Maria por um anjo:
»O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do
Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim,
aquele que há de nascer será chamado Santo,
Filho de Deus« (Lucas 1:35). Assim, o poder de
Deus operou em Maria a encarnação de Jesus.
Estamos entrando em âmbito sagrado aqui,
onde afirmações humanas sensatas não são
adequadas. O poeta Tersteegen dizia-o bem:
»Tudo adore e se cale.«

Descendo até o vale do pecado


João 3:13

Com a encarnação de Cristo, começou o Seu


incrível caminho de humildade. Desceu da
indescritível glória dos céus para a terra, onde
reinavam as tentações, o sofrimento e a morte.
Foi o maior rebaixamento pelo qual o Filho de
Deus alguma vez podia ter passado. A descida é
descrita na Bíblia da seguinte forma: »Ninguém
jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio
do céu: o Filho do homem.« Saiu de um ambi-
ente de total ausência de pecado para o vale do
pecado. Era o Filho de Deus, mas como homem
estava exposto às mesmas tentações que nós e,
mesmo assim, Ele não pecou. Jesus mesmo dis-
se: »Qual de vocês pode me acusar de algum
40
pecado? (João 8:46). E lemos no livro aos He-
breus: »Pois não temos um sumo sacerdote que
não possa compadecer-se das nossas fraquezas,
mas sim alguém que, como nós, passou por
todo tipo de tentação, porém, sem pecado«
(Hebreus 4:15). Somente porque Cristo não
pecou, Ele poderia carregar os nossos pecados.
O Pai não podia simplesmente perdoar o nosso
pecado, sem desistir ou negar a Sua própria
Santidade. Jesus, então, percorreu o caminho da
humilhação na Terra. Embora ele tenha encon-
trado alguma aprovação, no fim quase todos se
voltaram contra Ele. Estava totalmente sozinho
no seu sofrimento amargo, a caminho do Calvá-
rio. Quando foi condenado injustamente pelo
Governador Pôncio Pilatos, Ele deixou esta
injustiça acontecer sobre Si, para poder nos
tornar justos. Mesmo enquanto morria na cruz,
poderia ter chamado legiões de anjos para O
ajudar (Mateus 26:53). Com certeza o exército
celestial O teria tratado como o Rei dos Reis.
Mas ele abriu mão de tudo isto, para que pu-
desse pagar a nossa culpa através da Sua morte
em nosso lugar. Ele expiou pelos nossos peca-
dos! – E nós? – Como nos posicionamos perante
este tremendo sacrifício divino? Somente se
aceitarmos este sacrifício pessoalmente, através
da nossa fé, poderemos ser salvos. O composi-
tor fê-lo ao cantar: »Filho de Deus, és o Senhor
41
dos céus, até sofreste a morte por mim! Como é
possível? Deus do céu, morreu por mim, san-
grou até à morte! – Desde que a minha fé te
encontrou, conheço o bom pastor; conheço as
Suas feridas e Ele me conhece e também me
ama.« (Tradução palavra por palavra de um
texto alemão em rima.)

Morto, sepultado e ressurreto


1.Coríntios 15:1-4

A boa notícia para nós que teríamos ficado per-


didos no pecado, é que o Cristo morreu por nós,
foi sepultado e ressuscitou. Estes três aconteci-
mentos formam o Evangelho. Já vimos como
Jesus sofreu voluntariamente por nós através de
uma terrível morte na cruz. Em seguida, foi
colocado no túmulo. Estava verdadeiramente
morto. Mas este túmulo não foi capaz de segu-
rar o Filho de Deus, que tinha se tornado carne.
No terceiro dia, Ele levantou-se gloriosamente
dentre os mortos. Pela sua ressurreição, o Pai do
céu confirmou que o sacrifício feito por Jesus
tinha sido completamente aceito. Então o Se-
nhor tinha razão ao dizer »Está consumado«.
Jesus morreu por causa do nosso pecado, mas
apenas na Sua ressurreição Ele nos justificou,
porque Deus o Pai selou a morte expiatória de
42
Jesus, através da ressurreição. O livro aos Ro-
manos diz: »Ele foi entregue à morte por nossos
pecados e ressuscitado para nossa justificação«
(Romanos 4:25). Por isso, a ressurreição e a fé
nela são uma parte indispensável do Evange-
lho. Isto é o que lemos na Palavra de Deus, em
relação à ressurreição: »Visto que a morte veio
por meio de um só homem, também a ressur-
reição dos mortos veio por meio de um só ho-
mem. Pois da mesma forma como em Adão
todos morrem, em Cristo todos serão vivifica-
dos« (1. Coríntios 15:21-22). Sim, o Senhor trou-
xe uma nova vida às pessoas através da Sua
morte e ressurreição. Quem aceitar esta vida,
terá a sua alma salva e o seu corpo será ressusci-
tado em glória – livre de todas as doenças e
fardos que carregava. Não só a morte de Jesus é
importante para os nossos pecados, mas tam-
bém a Sua vitoriosa ressurreição. Foi determi-
nado através da ressurreição, que Jesus Cristo
venceu a morte e trouxe à luz a vida e a imorta-
lidade através do Evangelho (2.Timóteo 1:10).
Jesus é um Senhor vivo – pois após a Sua res-
surreição, Ele não morreu novamente, mas as-
cendeu aos céus! E lá, Ele dedica-se, dia após
dia, aos Seus seguidores na terra. – »Jesus está
vivo! Aqueles que estão sem esperança, blasfe-
mam contra Deus e a Sua glória. Ele prometeu a
misericórdia para os pecadores que se conver-
43
tam. Em Cristo, Deus não nos rejeita, e esta é
minha esperança.« – Através do Seu caminho
da humilhação, Jesus Cristo quebrou o muro do
pecado que nos separava de Deus. Agora o
caminho está livre. Apenas nos resta estarmos
dispostos a aceitar este »romper do muro« pes-
soalmente e nos voltarmos para Deus. Nos pró-
ximos capítulos vamos entender como podemos
entrar neste caminho.

44
4. Como podemos atravessar o muro do pecado

Arrependimento – Fé – Novo nascimento – Batismo

O caminho largo e o caminho estreito


Mateus 7:13-14

Uma vez que, através de Cristo, a parede do


pecado foi quebrada, o caminho para Deus está
livre. Contudo, geração após geração, as pesso-
as percorrem o caminho do pecado em vez de
embarcar no caminho para o céu. Na Bíblia, no
texto acima, são apresentados 2 caminhos, o
qual cada um de nós pode escolher neste mun-
do: o caminho largo e o estreito. Jesus gostaria
que percorrêssemos a estrada estreita, porque
Ele nos diz: »Entrem pela porta estreita, pois
larga é a porta e amplo o caminho que leva à
perdição, e são muitos os que entram por ela.
Como é estreita a porta, e apertado o caminho
que leva à vida! São poucos os que a encon-
tram.« Provavelmente, você se pergunta: Por
que motivo devo seguir numa estrada estreita,
quando posso seguir a estrada mais ampla e
conveniente? Porque devo querer dirigir em
estradas pequenas quando há autoestradas
disponíveis? Mas de que adianta você ter uma
autoestrada para o Norte quando seu destino
está no Sul? Quanto mais depressa você dirigir
45
na autoestrada em direção ao Norte, maior será
a distância que te separa do lugar aonde deve-
ria chegar. Então, não podemos somente pres-
tar atenção ao tipo de estrada, mas precisamos
nos concentrar no destino final. – Para os dois
caminhos mencionados por Jesus, vemos desti-
nos completamente diferentes. A estrada ampla
leva à destruição, enquanto a estrada estreita
leva à vida eterna. É possível encontrar de tudo
na estrada ampla: os piores pecados, bom com-
portamento e até ações moralmente corretas.
Mas esta estrada é sem Jesus. E é este o motivo
pelo qual te leva à destruição. Sem Ele, não
encontramos uma passagem no muro que possa
nos levar a Deus. Por este motivo, devemos nos
voltar para a estrada estreita, que não tem tudo
o que pode ser encontrado na estrada larga.
»Pois tudo o que há no mundo – a cobiça da
carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos
bens – não provém do Pai, mas do mundo«
(1.João 2:16) – e estes não podem ser encontra-
dos na estrada estreita. Mas o que podemos
encontrar é o objetivo da vida eterna na glória
de Deus. É por este motivo que Jesus nos acon-
selha a andar neste caminho.

46
Cristo – a porta para a vida
Mateus 7:13-14

»Entrem pela porta estreita. Como é estreita a


porta, e apertado o caminho que leva à vida!«
Onde podemos encontrar a porta que conduz
ao caminho estreito? Esta porta não é nada mais
a não ser o próprio Senhor Jesus Cristo: »Eu sou
a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará
e sairá, e encontrará pastagem« (João 10:9). As-
sim, é somente através de Jesus que chegamos
na estrada estreita para o céu. Lembre-se, esta
não é uma porta entre muitas, mas é a única
porta. Não existe outro caminho estreito que
leva ao céu. Mas se Cristo é a porta, onde você
pode encontrá-Lo? – Ele está de pé bem ao teu
lado agora! Você pode simplesmente falar com
Ele. Esta conversa é chamada de oração. Você
não precisa usar um livro de oração ou frases
bonitas e pré-decoradas, como muitos acredi-
tam. Afinal, não precisamos de um livro para
falar com um amigo. Sim, talvez seja mais difícil
dizer-lhe o que você está sentindo, do que ape-
nas ler algo em um livro. Talvez precise primei-
ro encontrar frases que o ajudem realmente a
expressar os seus pensamentos e sentimentos.
Mas, você pode ver que a conversa com Jesus é
algo prático e direto. Não leia para Ele textos de
algum livro. Normalmente estas frases não re-
47
fletem realmente o que está mexendo com o teu
coração. Mas converse com Jesus como com um
amigo, diga diretamente o que você está sen-
tindo, ou qual é o seu pedido: »Senhor Jesus,
estou falando com você, porque quero que você
se torne o meu Senhor. Não quero viver a mi-
nha vida como vivi até hoje. Me mostre e me
conduza no caminho para a vida eterna. Seja a
porta através da qual eu vou caminhar. Mostre-
me o que preciso fazer para seguir este cami-
nho.« Se fizer esta oração com sinceridade, o
Senhor te ouvirá, porque Ele deseja tanto que
você encontre a estrada da vida. O Senhor Jesus
fala com você tambem, de várias formas. Talvez
agora através da Bíblia, ou talvez ao ler as pas-
sagens bíblicas neste livro, você pode encontrar
resposta direta à sua pergunta: »Como chego à
estrada da vida?« Jesus diz: »O tempo é chega-
do«, dizia ele. »O Reino de Deus está próximo.
Arrependam-se e creiam nas boas novas!« (Mar-
cos 1:15).

Arrependei-vos!
Marcos 1:15

Como posso chegar ao caminho da vida? Já


sabemos que a resposta de Jesus a esta pergunta
é: »O tempo é chegado«, dizia Ele. »O Reino de
48
Deus está próximo. Arrependam-se e creiam
nas boas novas!« Se você deseja ter o reino de
Deus próximo e em teu coração, terá que se
arrepender e crêr. Mas o que quer dizer: o arre-
pendimento e a fé? Gostaríamos de começar
com o arrependimento. Ao ouvir falar de arre-
pendimento, muitos de nós pensaríamos numa
multa ou outra penalização. Mas isso não é o
que significa esta palavra na Bíblia. Arrependi-
mento é frequentemente associado ao conceito
de expiação. Se nos for pedido arrependimento,
significa que devemos pagar algo. Mas não
podemos expiar os nossos próprios pecados
para chegar ao céu. Se fosse assim, Cristo não
precisaria expiar por nós, morrendo na cruz do
Calvário, quando poderíamos também ser sal-
vos através do nosso próprio esforço. Mas o
nosso Senhor expiou por nós. Ele pagou a nossa
dívida. Então, arrependimento também não
significa que nós deveríamos pagar por nossos
próprios pecados. O que significa, então, o ar-
rependimento? Aqui significa um remorço inte-
rior, um se arrepender de um passado pecador
e sem Deus. É uma mudança na forma de pen-
sar; é o ponto de conversão do percurso errado,
que é a estrada larga. Se arrepender significa
converter-se, ter uma atitude correta, voltando-
se em direção a Deus. Para se arrepender, você
não precisa melhorar a si próprio primeiro.
49
Não, você pode vir como está. Pode arrepen-
der-se mesmo se as pessoas o desprezam pelos
seus pecados do passado. Você não vai nem
mesmo precisar guardar rancor. Pois quando
você se arrepende, despreza a própria vida
passada no pecado. Descobre, olhando para o
seu interior, que está no caminho errado e é por
esse motivo que quer se distanciar dessa situa-
ção. Todas as pessoas que se arrependem são
como o desprezado coletor de impostos, no
seguinte texto: »Mas o publicano ficou a distân-
cia. Ele nem ousava olhar para o céu, mas ba-
tendo no peito, dizia: »Deus, tem misericórdia
de mim, que sou pecador« (Lucas 18:13).

Não há salvação sem o arrependimento!


Atos dos Apóstolos 17:30

Não há salvação sem arrependimento. Sem


arrependimento ninguém entra no caminho
estreito que conduz ao céu. Mas, quantos dos
que hoje se consideram cristãos e que talvez são
conhecidos pelas suas boas ações, se arrepende-
ram verdadeiramente? Quem saiu do caminho
errado e se virou para o Deus vivo, através de
Jesus Cristo? – Algumas pessoas preferem subs-
tituir esta transformação interior através de
caridade, boas ações, dando dinheiro ou indo à
50
igreja. No entanto, o verdadeiro arrependimen-
to não pode ser substituído. O arrependimento
verdadeiro é a primeira mensagem do Novo
Testamento para te dar uma nova vida. Não foi
só Jesus que nos disse: »Arrependei-vos!« Esta
mensagem urgente foi também pregada pelo
Seu precursor, João Batista: »Arrependei-vos,
porque é chegado o reino dos céus« (Mateus
3:1). O mesmo foi ensinado pelos discípulos de
Jesus: »Eles saíram e pregaram ao povo que se
arrependesse« (Marcos 6:12). Mesmo após Jesus
ser ascendido aos céus e o Espírito Santo ter
sido derramado, a mensagem continuou: »Ar-
rependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para
que os seus pecados sejam cancelados, para que
venham tempos de descanso da parte do Se-
nhor, e ele mande o Cristo, o qual lhes foi de-
signado, Jesus« (Atos 3:19). O próprio Pai Celes-
tial pede para nós nos arrependermos, como
podemos ler no versículo de Atos 17:30: »No
passado Deus não levou em conta essa ignorân-
cia, mas agora ordena que todos, em todo lugar,
se arrependam.« – O tempo da ignorância aca-
bou. Nos nossos dias, quem não tem uma opor-
tunidade de conhecer o caminho para a salva-
ção através da Palavra da Bíblia? A Bíblia pode
ser comprada a baixo custo em qualquer livra-
ria. Muitas pessoas até possuem uma Bíblia,
mas ela está esquecida num canto da estante. –
51
Arrependei-vos! Esta é a primeira ordem no
caminho para ser salvo! E quando você se arre-
pende, acontece o seguinte no céu: »Eu lhes
digo que, da mesma forma, há alegria na pre-
sença dos anjos de Deus por um pecador que se
arrepende« (Lucas 15:10).

Duas partes do arrependimento


Atos dos Apóstolos 2:37-38

Uma antiga música diz: »Ninguém pode se


converter por sua própria conta; todos têm de
entrar nesta viagem mas se não desejarmos
Deus, será impossível para nós. Homem, deixe
as suas vontades de lado, se quiser ser salvo!«
(Tradução palavra por palavra do texto alemão
em rima). Aqui vemos duas coisas que devemos
considerar para o arrependimento. Em primeiro
lugar, ninguém pode se converter por sua pró-
pria força e vontade, uma vez que ninguém
pode se arrepender da mesma forma. Jesus diz:
»Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me
enviou, não o atrair« (João 6:44). Assim, quando
as pessoas nascem já estão mortas nos seus
pecados. Não sabem nada sobre o arrependi-
mento e consideram-se boas pessoas ou sabem
que há pessoas bem piores e sentem-se recon-
fortadas com esse pensamento. Mas, quando
52
Deus Pai os atrai e os convence, tudo muda por
dentro. De repente, os seus olhos se abrem para
a verdade e reconhecem o seu pecado. Como
somos atraídos pelo Pai? É o Espírito Santo que
age nas nossas almas e sobre ele é dito: »E
quando ele vier, convencerá o mundo do peca-
do, da justiça e do juízo« (João 16:8). É basica-
mente, o mesmo processo que lemos sobre a
criação da nossa terra: »No princípio Deus criou
os céus e a terra. Era a terra sem forma e vazia;
trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de
Deus se movia sobre a face das águas. Disse
Deus: »Haja luz«, e houve luz« (Gênesis 1:1-3).
Os corações das pessoas sem o arrependimento
são da mesma forma que a terra era no princí-
pio – sem forma e vazia. E quando o Espírito de
Deus paira sobre as águas da alma, a alma se
torna diferente, algo se move no interior. Re-
pentinamente, as pessoas compreendem que
não são assim tão boas como achavam que
eram. Fica claro que necessitam de um salvador
para irem ao céu. E Deus deseja dizer a cada
coração: »Haja luz«; mas cabe aos homens o
desejo de aceitar esta luz. Esta é a segunda par-
te do arrependimento. Não podemos fazer na-
da sozinhos, mas o Pai pode nos atrair através
do Seu Espírito. Ao mesmo tempo, os homens
precisam aceitar o chamado de Deus. O »filho
pródigo« também foi abordado na parábola de
53
Jesus. Isto é dito sobre ele na Bíblia: »Caindo em
si, ele disse: Quantos empregados de meu pai
têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de
fome! Eu me porei a caminho e voltarei para
meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e
contra ti. Não sou mais digno de ser chamado
teu filho; trata-me como um dos teus emprega-
dos« (Lucas 15:17-19). – Notamos que este filho
pródigo, conscientemente, decidiu seguir aquilo
que o convencia interiormente. Era algo que ele
não sabia antes. O mesmo deveria acontecer
tanto para os que se arrependem como para
você que ainda não se arrependeu. Deus criou o
caminho na direção certa, mas é você quem
deve dizer »sim« a isso. Se a Palavra de Deus
mover o seu coração, então se arrependa!

A quem o Pai atrai?


João 6:44

Mais uma vez lemos: »Ninguém pode vir a


mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair.« –
Você pode estar se perguntando: Quem o Pai
atrai ? Provavelmente, está cheio de dúvidas
sobre se o Pai o quer atrair também. Se assim
você poderia se arrepender também? Querida
alma, tenha a certeza de que o Pai do céu o quer
trazer para ser Seu Filho também. E como você
54
pode saber isso? A Bíblia diz: »Isso é bom e
agradável perante Deus, nosso Salvador, que
deseja que todos os homens sejam salvos e che-
guem ao conhecimento da verdade« (1.Timóteo
2:3-4). Deus quer salvar todos os homens e mu-
lheres, inclusive você! Mas a Bíblia nos mostra
isto com ainda mais segurança. É o que Pedro
escreve através do Espírito de Deus: »O Senhor
não demora em cumprir a sua promessa, como
julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com
vocês, não querendo que ninguémpereça, mas
que todos cheguem ao arrependimento«
(2.Pedro 3:9). Lemos anteriormente que Deus
quer que todos sejam salvos; e acabamos de ler
que, Deus não quer que ninguém se perca. As-
sim, não existe espaço para alguém que não
possa ser salvo. Assim, mais uma vez, esta pas-
sagem da Bíblia deixa claro: Deus quer que
todos atinjam o arrependimento. Se é assim,
então Ele quer atrair a todos os homens para a
salvação, caso contrário, não conseguiriam che-
gar a Cristo. Portanto, não é culpa de Deus se
você se perder. Com base no Livro de Jó, po-
demos chegar à conclusão que o Todo-poderoso
toca no coração dos homens de uma forma
muito concreta pelo menos duas ou três vezes
durante as suas vidas, dando-lhes uma oportu-
nidade clara para O seguir. Este versículo da
Bíblia diz: »Depois ele vem aos homens e diz:
55
»Pequei e torci o que era certo, mas ele não me
deu o que eu merecia. Ele resgatou a minha
alma, impedindo-a de descer à cova, e viverei
para desfrutar a luz. Deus faz dessas coisas ao
homem, duas ou três vezes, para recuperar sua
alma da cova, a fim de que refulja sobre ele a
luz da vida« (Jó 33:27-30). – Deus quer atrair
você também. Não sentes o poder vivo do Espí-
rito Santo tocando o teu coração com estas pa-
lavras? Não ignore a mão de Deus através do
seu Espírito Santo na sua vida. Apenas quando
seguir este caminho será salvo. – »Leva-me, Oh
Pai, até ao Filho, para que o teu filho me possa
levar de volta até Ti; que o teu Espírito Santo
habite no meu coração e dirija os meus sentidos
e a minha mente, a fim de eu que possa provar
e sentir a tua paz e com isso tocar e cantar no
meu coração prá Ti!«

Confissão dos pecados a Deus


Lucas 15:11-24

Como acontece o arrependimento? Quando


sentir o poder do Espírito Santo dentro de você,
pode fazer duas coisas. Pode rejeitar este poder
ou pode abrir-se ao agir de Deus. Se quiser ser
salvo, tem que se abrir ao mover de Deus. E
como é este mover? É mostrar que você não
56
pode ir para o céu da maneira como você está,
porque você é um pecador. Talvez alguns dos
seus pecados sejam tão pesados como pedras
que pesam na sua consciência. Como você pode
se livrar desse fardo? Pode livrar-se dele confes-
sando o seu pecado. Tem que fazê-lo, como o
filho pródigo fez na parábola. Dirigiu-se a seu
pai, de quem tinha fugido, e disse: »Pai, pequei
contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de
ser chamado teu filho« (Lucas 15:21). Assim,
confessou que suas maneiras antigas de agir
estavam cheias de pecado e que eram erradas –
e por isso estava arrependido. Quem quiser ter
o perdão, tem que admitir o seu pecado. Não
devemos tentar achar desculpas, passar por
cima ou tentar fugir deles. E essa confissão con-
tém uma promessa: »Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos
pecados e nos purificar de toda injustiça«
(1.João 1:9). – Mas a quem devemos confessar os
nossos pecados? Em primeiro lugar, temos que
os confessar a Deus, da forma como Davi o fez:
»Então reconheci diante de ti o meu pecado e
não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confes-
sarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu
perdoaste a culpa do meu pecado« (Salmos
32:5). – Podemos dizer aqui: »Deus já conhece
os meus pecados. Por que motivo tenho que os
confessar para Ele?« Quando confessa o seu
57
pecado, você esta admitindo para o Juiz do
universo que você é realmente culpado. Deus já
sabe disso há muito tempo. À medida que con-
fessa a sua culpa, arrependendo-se pelo que fez,
você mostra a Deus que você também reconhe-
ce que é culpado. Muitas pessoas tentam encon-
trar a culpa nos outros ou culpar as circunstân-
cias, evitando assim culpar-se a si próprio. Este
é o motivo pelo qual temos de confessar os nos-
sos pecados perante Deus e temos a promessa
de que Ele nos perdoará. O fardo do pecado
desaparece quando você o entrega na cruz on-
de Jesus morreu por você. Pois o Senhor Jesus
Cristo já pagou a tua culpa.

Confessar os seus pecados a pessoas para


acertar situações
Lucas 19:2-10

Se confessarmos os nossos pecados, Deus os


perdoará. Como podemos ver, esta confissão é
feita primeiramente diante de Deus. Mas, e
quanto a confessar pecados às pessoas? Bem,
por exemplo, se alguém tiver roubado, não
pode guardar os bens roubados. Não é suficien-
te confessar os pecados para Deus e continuar a
cavar o jardim com a pá roubada. Os bens rou-
bados devem ser devolvidos, se isto for possí-
58
vel. Claro, uma confissão de culpa perante a
vítima do roubo está implícita. Não tentar fugir
ou omitir a culpa, mesmo quando esta confissão
estiver longe de ser algo agradável. Assim, a
Bíblia mostra-nos na confissão de Zaqueu: »Mas
Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: »Olha,
Senhor! Estou dando a metade dos meus bens
aos pobres; e se de alguém extorqui alguma
coisa, devolverei quatro vezes maisAssim, Za-
queu dirigiu-se às pessoas prejudicadas por ele
restituiuos danos. Confessou os seus pecados às
pessoas. Jesus elogiou Zaqueu com as palavras:
»Hoje veio a salvação a esta casa.« Isto é o que
aprendemos dessa situação: o passado de culpa
não deve ser admitido apenas perante Deus,
quando um homem deve às pessoas também.
Para obtermos o perdão de Deus, não podemos
fazer nada que seja bom o suficiente. O perdão
de Deus, nós somente podemos receber através
de Jesus Cristo e seu sacrifício por nós e não
através de obras. Mas, onde as pessoas foram
enganadas, você precisa encarar o fato e restitu-
ir o máximo possível. Obviamente alguns danos
não podem ser desfeitos. Não pode desfazer um
assassinato e também existem outros crimes que
vão além da capacidade de restituição das pes-
soas que os cometeram. Mas, se a culpa tiver
sido revelada da forma mais correta possível,
você fez o que podia. Deus nunca nos pede
59
mais do que podemos fazer. Assim, o arrepen-
dimento consiste também numa confissão aos
homens, seguida por reparação. Não pareceria
estranho para o mundo, se os crentes não con-
siderassem importante a compensação dos er-
ros do passado? O que pensariam sobre tal fé?

A confissão dos pecados às pessoas


de forma geral
Mateus 3:6

No capítulo anterior lemos sobre a confissão


dos pecados às pessoas quando estes têm um
impacto direto nelas (por exemplo, roubo). Este
é o único exemplo de confissão do pecado na
Bíblia? Não, existem outros exemplos também.
No Antigo Testamento lemos: »Quando alguém
for culpado de qualquer dessas coisas, confessa-
rá em que pecou e, pelo pecado que cometeu,
trará ao Senhor uma ovelha ou uma cabra do
rebanho como oferta de reparação; e em favor
dele o sacerdote fará propiciação pelo pecado«
(Levítico 5:5-6). Nesta confissão de pecados,
associado a entrega de uma oferta, existe uma
natureza reveladora relacionada com as pesso-
as. Também Davi, que confessou seu pecado
para Deus, falou com o profeta Natã: »Então
Davi disse a Natã: »Pequei contra o Senhor!« E
60
Natã respondeu: »O Senhor perdoou o seu
pecado. Você não morrerá« (2.Samuel 12:13).
Antes de João Batista batizar as pessoas, existia
uma confissão de pecados pública, como descri-
ta neste verso: »A ele vinha toda a região da
Judéia e todo o povo de Jerusalém. Confessan-
do os seus pecados, eram batizados por ele no
rio Jordão« (Marcos 1:5). Desde a igreja primiti-
va no Novo Testamento que ouvimos o seguin-
te: »Portanto, confessem os seus pecados uns
aos outros e orem uns pelos outros para serem
curados« (Tiago 5:16). Da mesma forma, quan-
do Paulo serviu em Éfeso, lemos as seguintes
palavras relacionadas com a confissão do peca-
do: »Muitos dos que creram vinham, e confes-
savam e declaravam abertamente suas más
obras« (Atos dos Apóstolos 19:18). – É bom lim-
par a sua vida completamente das coisas do
passado e não fazer de seu coração um reduto
de morte. Quando o homem se converte e deixa
Deus organizar e renovar a sua vida para entrar
nas águas do batismo, necessita confessar os
seus pecados de uma forma geral. O homem
não necessita entrar em muitos detalhes nesta
fase – mas aquilo que Deus colocar em seu cora-
ção deve ser revelado. Nesse caso, o inimigo da
alma não poderá dizer mais tarde que você
nunca revelou seu pecado. Gostaríamos de
considerar o que a Bíblia diz sobre isto: »Mas,
61
tudo o que é exposto pela luz torna-se visível,
pois a luz torna visíveis todas as coisas« (Efésios
5:13). Os que querem esconder conscientemen-
te o seu passado mal, nunca serão bem-
sucedidos. »Quem esconde os seus pecados não
prospera, mas quem os confessa e os abandona
encontra misericórdia« (Provérbios 28:13).

O importante é a intenção do coração


Lucas 7:36-48

Apesar da confissão dos pecados perante Deus


e pessoas ser muito importante e abençoadora,
podemos também ver na Bíblia exemplos, onde
a confissão dos pecados aparentemente não foi
realizada em voz alta. O texto bíblico acima
descreve um acontecimento assim. Uma vez
uma pecadora, que era bem conhecida na sua
cidade, dirigiu-se a Jesus. Curvada com o peso
do seu passado, ela sabia que ir até Jesus seria
sua única chance. O arrependimento dos seus
pecados foi revelado através das suas lágrimas e
o seu amor pelo Senhor foi mostrado através de
um valioso bálsamo com a qual ela ungiu os
Seus pés. O fariseu, em cuja casa Jesus estava
hospedado, ficou horrorizado por Jesus não ter
mandado a pecadora embora e até deixou-a
tocá-Lo. »Ao ver isso, o fariseu que o havia con-
62
vidado disse a si mesmo: »Se este homem fosse
profeta, saberia quem nele está tocando e que
tipo de mulher ela é: uma pecadora« (v. 39). O
Senhor deixou-a permanecer perto Dele, justa-
mente porque ela era uma pecadora que tinha
se arrependido. »E disse a ela: Perdoados são os
teus pecados.« Vemos que Jesus deu-lhe o seu
perdão sem ser necessário que ela dissesse uma
única palavra. É também claro que a mulher
nem sequer tentou encobrir seus pecados, uma
vez que todos na sua cidade os conheciam. –
Uma história semelhante é descrita no Evange-
lho de Mateus sobre um homem paralítico:
»Alguns homens trouxeram-lhe um paralítico,
deitado em sua maca. Vendo a fé que eles ti-
nham, Jesus disse ao paralítico: Tenha bom
ânimo, filho; os seus pecados estão perdoados«
(Mateus 9:2). Jesus olhou profundamente para o
interior do coração deste homem e viu o que se
passava com ele. E, em seguida, deu-lhe perdão
em uma forma soberana, sem a necessidade de
uma confissão baseada num modelo pré-
estabelecido. Estes são exemplos que precisa-
mos levar em consideração. Basicamente eles
mostram-nos o seguinte: »O Senhor não vê
como o homem: o homem vê a aparência, mas o
Senhor vê o coração« (1.Samuel 16:7). Esta sem-
pre foi e continua sendo a regra principal na
conversão. O arrependimento tem que ser uma
63
decisão interior e vir diretamente do coração. O
Senhor pode ver os nossos corações. Somente
Ele pode e irá perdoar os pecados com base no
que vê ali.

Que não sejam só palavras


1.Samuel 15:24-31

Já vimos que no arrependimento, principalmen-


te ao confessar um pecado, o seu coração deve
ser sincero. Ainda assim, hoje em dia, vemos
muitas confissões de pecado onde o coração
não está nenhum pouco envolvido. Algumas
pessoas pensam que se confessarem os seus
pecados num confessionário, isso significa que
eles já pagaram seus débitos e que Deus irá
perdoá-los. No entanto, enquanto ele está con-
fessando seu pecado ele já sabe que irá repetí-lo
de novo quando tiver uma outra oportunidade,
pois pode em seguida ir ao confessionário mais
uma e outra vez. Este comportamento não tem
nada a ver com o arrependimento no sentido
bíblico. A confissão de Saul baseou-se também
em meras palavras. Saul quebrou claramente a
ordem de Deus. No entanto, disse a Samuel: »O
Senhor te abençoe! Eu segui as instruções do
Senhor« (1.Samuel 15:13). Quando Samuel reve-
lou a culpa de Saul, Saul confessou-se da se-
64
guinte forma: »Pequei«, disse Saul. »Violei a
ordem do Senhor e as instruções que tu me
deste. Tive medo dos soldados e os atendi. Ago-
ra eu te imploro, perdoa o meu pecado e volta
comigo, para que eu adore o Senhor« (v. 24-25).
Com estas palavras queria que Samuel o hon-
rasse perante as pessoas. Mas um arrependi-
mento assim, que ainda continua procurando a
própria honra, é algo duvidoso. Nesse caso, esta
confissão não se encontrava nada alinhada com
a vontade de Deus. Da mesma forma, a confis-
são do Faraó não valia nada, quando disse du-
rante a pior angústia da peste que devastou o
Egito: »Desta vez eu pequei. O Senhor é justo;
eu e o meu povo é que somos culpados« (Êxodo
9:27). No entanto, assim que a pressão da peste
se acalmou, ele voltou a pecar da mesma forma.
– Essa confissão de pecado não tem nenhum
efeito para Deus. A confissão dos pecados não
resulta em perdão imediato, quando o seu cora-
ção não for sincero e sem o sentir verdadeira-
mente. O arrependimento deve ser genuíno!
Assim: »Lute bem, quando a graça de Deus te
atrair e converter, para que o teu espírito possa
ser aliviado do fardo que carrega! – Lute, por-
que a porta é apertada, e o caminho da vida é
estreito! Aqui, tudo o que não tem o céu como
alvo, permanece confuso.«

65
Afastar-se do pecado
Mateus 3:5-8

Já lemos as seguintes palavras: »A confissão dos


pecados não resulta em perdão imediato, quan-
do o seu coração não for sincero e o sentir ver-
dadeiramente. O arrependimento deve ser ge-
nuíno!« – Então, quando é que o arrependimen-
to é genuíno? É genuíno quando existe um
fruto digno produzido através do arrependi-
mento. Durante o tempo de João Batista as pes-
soas iam ao rio Jordão para serem batizadas. Os
Fariseus e Saduceus também vieram para assis-
tir o batismo. Mas, João nem sequer os deixou
confessar os seus pecados (talvez porque eles
nem reconhecessem que tinham algum). Em
vez disso, disse-lhe a dura (mas benéfica para
eles) verdade: »Raça de víboras! Quem lhes deu
a idéia de fugir da ira que se aproxima? Dêem
fruto que mostre o arrependimento!« (Mateus
3:5-8). E que é um fruto que mostra arrependi-
mento? Um fruto que mostra o arrependimento
é uma mudança de vida. Se era antes um men-
tiroso, significa que deixa de ser. Se era prati-
cante da lascívia, buscará ter pensamentos pu-
ros agora. Esse fruto apenas pode chegar a se
formar, se não apenas confessar os seus peca-
dos, mas também, se pretender nunca fazer os
mesmos erros novamente no futuro. Já lemos a
66
passagem da Bíblia: »Quem esconde os seus
pecados não prospera, mas quem os confessa e
os abandona encontra misericórdia« (Provérbios
28:13). A confissão dos pecados deverá, assim,
estar de mãos dadas com o desejo de evitar os
repetir no futuro, com a ajuda do poder de
Deus. As palavras do Profeta Isaías nos dizem:
»Que o ímpio abandone o seu caminho, e o
homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele
para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte-
se para o nosso Deus, pois ele dá de bom grado
o seu perdão« (Isaías 55:7). A confissão do peca-
do no arrependimento está inseparavelmente
ligada ao afastamento do pecado. Paulo diz-
nos: »O que furtava não furte mais; antes traba-
lhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que
tenha o que repartir com quem estiver em ne-
cessidade« (Efésios 4:28). Após a conversão,
começa uma vida diferente, que não segue mais
o mesmo caminho que percorria anteriormente.
Mas se continuar como era, significa que o ho-
mem não se converteu. Assim, quando o fruto
do arrependimento não estiver presente, então
não houve afastamento do pecado. E, sem isso,
não poderemos ser salvos para a eternidade.

67
Voltando-se para Deus
Isaías 55:7

O arrependimento então é a confissão dos pe-


cados, virando as costas para os mesmos – e,
ainda assim, falta mais alguma coisa. Quem
poderia dizer ser capaz de se afastar sozinho do
pecado? Quem quiser fazer isto com a sua pró-
pria força, não sabe nada sobre o poder do pe-
cado. Afastar-se do pecado apenas é possível,
quando você se volta para Deus ao mesmo
tempo. Deus nos estende os braços através de
Jesus Cristo. Ele quer nos ajudar nesta vida.
Não temos que vencer os pecados sozinhos. Ele
já os venceu por nós. Assim, Deus diz a todas as
pessoas: »Voltem-se para mim e sejam salvos,
todos vocês, confins da terra; pois eu sou Deus,
e não há nenhum outro« (Isaías 45:22). É por
isso que o arrependimento também é identifi-
cado como conversão. Nós nos convertemos do
mau caminho e dos modos antigos de agir, pen-
sar ou falar e nos voltamos para Deus. Isto está
claramente indicado em Atos dos Apóstolos:
»Para abrir-lhes os olhos e convertê-los das tre-
vas para a luz, e do poder de Satanás para
Deus, a fim de que recebam o perdão dos peca-
dos e herança entre os que são santificados pela
fé em mim« (Atos dos Apóstolos 26:18). O termo
»conversão« inclui sempre um »virar-se ou vol-
68
tar-se« para Deus. Esta era a tarefa de João Ba-
tista: »Fará retornar muitos dentre o povo de
Israel ao Senhor, o seu Deus« (Lucas 1:16). Aqui
vemos o objetivo da conversão: voltarmos para
Deus! – A simples fórmula para a conversão é
afastar-se de todos os pecados e voltar-se para
Deus. Quando Paulo e Barnabé estavam numa
viagem missionária e quase foram adorados
como deuses (Hermes e Zeus), porque tinham
feito um milagre, Paulo disse-lhes: »Homens,
por que vocês estão fazendo isso? Nós também
somos humanos como vocês. Estamos trazendo
boas novas para vocês, dizendo-lhes que se
afastem dessas coisas vãs e se voltem para o
Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o
que neles há« (Atos dos Apóstolos 14:15). »Des-
sas« – »para«, assim deve parecer a vida de um
novo convertido. Distanciar-se de tudo antigo
que existia na sua vida não salva, e voltar-se para
o Deus vivo. Sem esta conversão, sem este arre-
pendimento, não existe Cristianismo. »Arre-
pendam-se, pois, e voltem-se para Deus, para
que os seus pecados sejam cancelados, para que
venham tempos de descanso da parte do Se-
nhor« (Atos dos Apóstolos 3:19-20).

69

Atos dos Apóstolos 16:26-31

Já observamos de perto o arrependimento, que


é o primeiro passo para o caminho de uma vida
redimida. No entanto, para que um homem se
torne verdadeiramente abençoado, a fé tem que
andar de mãos dadas com o arrependimento. Já
vimos as palavras de Jesus: »O tempo é chega-
do«, dizia ele. »O Reino de Deus está próximo.
Arrependam-se e creiam no evangelho!« (Mar-
cos 1:15). Trata-se do evangelho de Jesus Cristo,
sobre o qual o apóstolo escreve na 2ª carta aos
Coríntios: »Quando cheguei a Trôade para pre-
gar o evangelho de Cristo e vi que o Senhor me
havia aberto uma porta ...« (2.Coríntios 2:12). O
Evangelho, também chamado de Boas Novas,
diz (como já vimos no 3º capítulo) que o Senhor
Jesus cumpriu as promessas bíblicas, morreu
pelos nossos pecados e foi sepultado e ressuscitou
novamente para a nossa justificação, que foi
confirmado pelo seu aparecimento a muitas teste-
munhas. (1.Coríntios 15:1-5). Todos podem acre-
ditar de uma forma pessoal neste plano de
Deus para a sua própria salvação eterna. – Para
ficar bem claro, o evangelho são as boas novas:
Jesus aceita pecadores perdidos, porque Ele
pagou pela culpa da qual eram todos culpados.
Você é um pecador perdido? Você reconhece
70
que – tal como está – é culpado perante Deus?
Então você pode ter certeza que Jesus Cristo
pode tornar-se instantaneamente a tua salva-
ção! Creia na obra consumada da redenção, que
foi feita pessoalmente para você. Creia que o
poder do sangue derramado de Jesus pode
lavar o seu pecado, independentemente de
quão escuro possa ser. Pode ficar mais branco
do que a neve. Assim você pode começar de
novo. Deus dá uma nova oportunidade para a
sua vida através de Jesus Cristo – uma vida que
termine em vida eterna com Ele. Esta oportuni-
dade foi oferecida ao carcereiro filipense, ime-
diatamente após ele querer acabar com a pró-
pria vida. O terremoto não abalou apenas as
paredes das prisões, mas também as paredes da
alma deste carcereiro. Quando correu para os
seus prisioneiros, após o abalo, fez a seguinte
pergunta: »Senhores, o que é necessário fazer
para me salvar?« E qual foi a resposta deles? –
»Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás
salvo, tu e tua casa.«

71
O que podemos entender como a fé?
Hebreus 11:1

Se alguém disser que acredita nisto ou naquilo,


provavelmente quer dizer que não têm certeza
absoluta. Então, será que com a fé para a salva-
ção também é assim? – Não, a fé em Deus e no
Seu Filho Jesus Cristo não é desse tipo. Este
versículo da Bíblia explica com clareza o que a
fé significa: »Ora, a fé é a certeza de coisas que
se esperam, a convicção de fatos que se não
vêem.« Sem a fé não conseguimos agradar
Deus, tal como é dito alguns versículos mais
abaixo: »De fato, sem fé é impossível agradar a
Deus, porquanto é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe e que se
torna galardoador dos que o buscam« (He-
breus 11:6). Assim, a fé não é uma dúvida cons-
tante, mas o fundamento debaixo dos pés que o
sustentam. Zinzendorf também o expressou
dessa forma numa música desafiadora:: »A fé
parte o aço e as pedras e pode abranger os mai-
ores poderes, a fé fará tudo por sua conta
quando a deixarmos. Se alguém não pode fazer
nada mais, senão apenas crêr, será capaz de
fazer tudo; verá as forças da terra como coisas
pequenas.« – A fé em Deus e na Sua obra não é,
na realidade, uma fé em ilusões, mas uma con-
vicção em coisas muito específicas, mesmo
72
quando ainda não conseguimos vê-las. Mas
estas são, mesmo assim, muito reais. Existem
muitas coisas que não conseguimos ver mas que
existem. Pensemos apenas na simples afirmação
de Matthias Claudius na sua conhecida canção
»A lua ergueu-se.« – »Consegue ver a lua ali,
apenas metade está visível, mas, mesmo assim,
é redonda e bonita. Assim também são muitas
outras coisas, sobre as quais podemos confiar,
mesmo quando os nossos olhos não as vêem.«
Podemos ler mais sobre o significado da fé em
Hebreus 11: »Pela fé, Enoque foi trasladado
para não ver a morte; não foi achado, porque
Deus o trasladara. Pois, antes da sua traslada-
ção, obteve testemunho de haver agradado a
Deus... Pela fé, Abraão, quando chamado, obe-
deceu, a fim de ir para um lugar que devia re-
ceber por herança; e partiu sem saber aonde ia...
Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder
para ser mãe, não obstante o avançado de sua
idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia
feito a promessa... Pela fé, Moisés, quando já
homem feito, recusou ser chamado filho da
filha de Faraó... Pela fé, ele abandonou o Egito,
não ficando amedrontado com a cólera do rei;
antes, permaneceu firme como quem vê aquele que
é invisível« (Hebreus 11:5,8,11,24,27).

73
Fé pessoal
João 1:12

Já vimos que o arrependimento não significa


apenas o afastamento do pecado, mas também
se voltar na direção de Deus. Se você se arre-
pender, existirá uma mudança de 180 graus na
direção da sua vida. Se você estava no caminho
para a destruição, então agora vai para o céu,
onde Deus está. Esta ação de voltar-se para
Deus, tem início no arrependimento e continua
com a fé pessoal. Não adianta mudar a direção
no arrependimento sem seguir a direção divina.
A fé é acreditar em Deus e Jesus Cristo e em
toda Sua obra de salvação que Ele realizou por
você. Pela fé você confia a sua vida a Jesus. Se a
sua vida pudesse ser comparada com um carro,
então você estaria colocando o controle do carro
nas mãos de Jesus, dizendo: »Agora você diri-
ge!« – Isto é colocar o Senhor Jesus Cristo no
centro da sala de controle da sua vida e deixá-
Lo ser o Senhor de tudo ali. Se você agir assim,
a seguinte promessa eterna vale pra você tam-
bém: »Contudo, aos que o receberam, aos que
creram em seu nome, deu-lhes o direito de se
tornarem filhos de Deus.« Ninguém pode tomar
a decisão de aceitar ao Senhor no teu lugar.
Você precisa O aceitar pessoalmente no teu
coração. E Ele diz: »Eis que estou à porta e bato;
74
se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta,
entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, co-
migo« (Apocalipse 3:20). Verificamos nesta pas-
sagem que não pode haver outro representante
ou intermediador para esta decisão. Nenhum
padre ou pastor pode abrir a porta do teu cora-
ção para Jesus. Você não pode delegar a outros
que façam esta decisão no teu lugar. Nenhuma
instituição ou comunidade religiosa podem
tomar esta decisão de fé no teu lugar. Você pre-
cisa abraçar pessoalmente a tua salvação pela fé.
Acredite que Jesus morreu por você naquela
cruz, que carregou os teus pecados e que por
você, venceu a morte e ressuscitou! Isto aconte-
ceu não só para salvar todo o mundo, mas pes-
soalmente, também para salvar você. Assuma
este fato pela fé, após ter se arrependido e deixe
Jesus passar a governar a sua vida. Para acredi-
tar, você não precisa conhecer toda a Bíblia
primeiro – basta confiar no Senhor Jesus como
uma criança confia nos seus pais. Este passo de
fé juntamente com o arrependimento é o pri-
meiro passo na caminhada com Deus, e depois
deste virão outros passos que o Senhor te mos-
trará durante o caminho. Mas este passo é tão
importante, porque é o primeiro passo para ser
salvo. Vá em frente e dê este passo!

75
Apenas um passo
Apocalipse 22:17

Lemos sobre o primeiro passo para a salvação.


Se você deu este primeiro e crucial passo na
direção de Jesus, pode confiar no que Cristo
disse: »Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a
mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o
lançarei fora« (João 6:37). Você abriu a porta do
coração para o Filho de Deus, para que Ele seja
o Senhor da sua vida. Assim, ao mesmo tempo,
atravessou a porta que conduz ao caminho
estreito que leva ao céu. Jesus diz: »Eu sou a
porta. Se alguém entrar por mim, será salvo;
entrará, e sairá, e achará pastagem« (João 10:9).
Você tem agora um novo guia na sua vida, e Ele
não te conduzirá de forma confusa. O caminho
que você irá seguir agora, não permanecerá
obscuro, mesmo se, por vezes, apenas conseguir
enxergar o próximo passo. Você tem um guia
que é a luz, uma vez que o Senhor diz: »De
novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz
do mundo; quem me segue não andará nas
trevas; pelo contrário, terá a luz da vida« (João
8:12). Se você deu este passo, você começou um
novo caminho que vai continuar até na vida
eterna. – Quem não tiver entrado nele ainda,
quero encorajar mais uma vez a tomar esta de-
cisão, visto que somente dando este passo, con-
76
seguirá através de Jesus, ser conduzido a Deus e
até à vida eterna. Você está sendo observado,
acima de tudo, com interesse pelo Pai eterno.
Podemos reconhecer isto na parábola do Filho
pródigo. Todos os dias o pai olhava e esperava
pelo filho, que tinha destruído a sua vida ao
afastar-se da casa do Pai. E quando o filho se
arrependeu, lemos: »E, levantando-se, foi para
seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai
o avistou, e, compadecido dele, correndo, o
abraçou, e beijou« (Lucas 15:20). Você está sen-
do amado com este mesmo amor pelo seu Pai
dos Céus. Se você se decidir voltar ao seu cami-
nho, o Pai vai vê-lo e vai caminhar na sua dire-
ção também. Você consegue imaginar que Deus
tenha tanto amor e tanto interesse por você? É
assim que funciona! Por este motivo, dê o pri-
meiro passo na direção certa. O passo para uma
vida salva e renovada. – »Só um passo, está
tudo pronto, só um passo para acabar com o
medo e a disputa. Só um passo, vem, oh vem
porque hoje, Cristo o salvador está aqui.« – »O
Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ou-
ve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e
quem quiser receba de graça a água da vida«
(Apocalipse 22:17).

77
Fé – Dois participantes
Romanos 5:1-2

Já vimos que ninguém pode se arrepender por


si mesmo, e que somente Deus atrai o homem
ao arrependimento. No entanto, o homem deve
render-se. Assim, existem dois participantes no
arrependimento: Deus e o homem. O mesmo
acontece com a fé. Da parte de Deus, o Pai, o
Filho e o Espírito Santo trabalham em conjunto
para que o pecador encontre a fé. Deus, o Pai,
diz-nos: »Porque pela graça sois salvos, median-
te a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
não de obras, para que ninguém se glorie« (Efé-
sios 2:8-9). Jesus diz-nos: »Olhando firmemente
para o Autor e Consumador da fé, Jesus« (He-
breus 12:2). E sobre o Espírito Santo, a Bíblia
diz: »Quando ele vier, convencerá o mundo do
pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque
não crêem em mim« (João 16:8-9). Assim a fé é
um dom, um presente de Deus; Jesus começa e
completa a fé em nós, e o Espírito Santo nos
convence pela fé. Porque Deus não deseja a
morte de um pecador mas sim a sua vida, Ele
fará essa oferta de fé a todos os seres humanos
de alguma forma. Por vezes podem acontecer
situações perigosas na vida, onde somos desafi-
ados a recorrer à fé em Deus. Ou são situações
de sofrimento e doença. Mas, Deus ativa a nos-
78
sa fé especialmente através das Sua palavra
viva, porque a Fé vem pelo ouvir a Palavra pre-
gada. Mas, tal como um homem deve se render
e concordar com o arrependimento, também
deverá fazer assim com a fé. A vontade-própria
do homem será sempre considerada. E esta
rendição à fé precisa ser do coração. »Porque
com o coração se crê para justiça e com a boca
se confessa a respeito da salvação« (Romanos
10:10). O carcereiro de Filipos também se agar-
rou a esta fé vinda do coração quando se con-
verteu. Deus ofereceu-lhe primeiro a fé através
dos seus servos dizendo-lhe: »Crê no Senhor
Jesus e serás salvo, tu e tua casa« (Atos dos
Apóstolos 16:31). Ali o carcereiro aproveitou a
oportunidade e creu com seu coração: »Então,
levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a
mesa; e, com todos os seus, manifestava grande
alegria, por terem crido em Deus« (Atos dos Após-
tolos 16:34).

79
O novo nascimento
João 3:1-10

O arrependimento e a fé são dois requisitos


para a salvação eterna. Também vimos que
tanto no arrependimento como na fé, Deus e os
homens interagem. Mas agora existe mais uma
coisa a acrescentar para nossa salvação, que
somente Deus pode nos proporcionar. É o novo
nascimento. O renascimento bíblico não signifi-
ca reencarnação, uma nova personificação de
uma pessoa que morreu, mas sim uma nova
criação interior e espiritual. Quem lamenta os
seus pecados, arrepende-se, os deixa e volta-se
para Deus, através do ato de aceitar ao Senhor
Jesus e a Sua obra de salvação através da fé,
neste Deus vai criar algo novo: »E assim, se
alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas
antigas já passaram; eis que se fizeram novas«
(2.Coríntios 5:17). Assim, Deus não »reforma« o
ser humano antigo, corrompido pelo pecado.
Veremos mais tarde o que acontece a ele. Em
todos os casos, ele não serve de fundamento
para um novo homem. Muito mais é o Todo-
Poderoso formando uma completa nova criação
no interior daquele que crê. A Bíblia chama a
este processo de renascimento ou novo nasci-
mento. Jesus falou sobre este novo nascimento
com Nicodemos, com as seguintes palavras:
80
»Em verdade, em verdade te digo que, se al-
guém não nascer de novo, não pode ver o reino
de Deus« (João 3:3). Nicodemos, um homem
estudado, não conseguia entender isso e per-
guntou: »Como alguém pode nascer, sendo
velho? É claro que não pode entrar pela segun-
da vez no ventre de sua mãe e renascer! Res-
pondeu Jesus: Digo-lhe a verdade: Ninguém
pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da
água e do Espírito.« Assim, o novo nascimento é
o nascimento da água e do Espírito. Este é um
nascimento pela Palavra de Deus, que é compa-
rada com a água na Bíblia (Efésios 5:26), e tam-
bém pelo Espírito de Deus. É descrito assim na
carta a Tito: »Não por causa de atos de justiça
por nós praticados, mas devido à sua misericór-
dia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e reno-
vador do Espírito Santo!« (Tito 3:5).

Quanto tempo? – Sem padrões


Números 21:5-9 - João 3:14-15

Nós lemos sobre a lavagem do novo nascimento


e sobre a renovação pelo Espírito Santo. –
»Quanto tempo demora este processo?«, podem
perguntar algumas pessoas. Não existem pa-
drões aqui. Ninguém pode fazer de sua conver-
são uma forma de medida padrão para todos os
81
outros. Para alguns demora mais tempo até que
percebam e aceitem a salvação – há nascimen-
tos difíceis no mundo espirituais tal como no
mundo terreno. Mas, a princípio, pode ocorrer
em apenas alguns segundos. – Assim foi tam-
bém com o abençoado evangelista Spurgeon.
Ele passou por situações difíceis até chegar a
salvação. Mas quando foi surpreendido por
uma tempestade de neve, acabou procurando
por abrigo numa capela onde estavam reunidas
quinze ou vinte pessoas. Ali ouviu a palavra de
um pregador leigo, talvez porque o próprio
pregador estivesse preso na neve. Este homem
era muito simples. Falava a respeito deste texto
bíblico: »Voltem-se para mim e sejam salvos,
todos vocês, confins da terra; pois eu sou Deus,
e não há nenhum outro. (Isaías 45:22) – Cerca
de dez minutos depois ele já não tinha mais o
que falar no seu sermão. Olhou então para o
único estranho (Spurgeon) na capela e disse:
»Jovem, você tem um ar triste, olhe para Jesus
Cristo. Olhe! Olhe! Olhe! Não há nada mais a
fazer senão olhar e viver.« – E, de repente,
Spurgeon compreendeu que um olhar de fé
para o Jesus crucificado era suficiente para sal-
var a sua vida. Ele tinha este olhar pela fé, e
olhou – e foi salvo a partir daquele momento.
Aqui, uma alma que buscava a salvação, cujo
arrependimento já movia seu coração, encon-
82
trou a salvação através do olhar repentino para
o crucificado. No mesmo momento, Deus for-
mou a nova criatura no seu interior. Ocorreu
um renascimento espiritual. Esta ocorrência é
expressa acertadamente no seguinte verso de
uma canção: »Aquele que olha para Jesus na
cruz e crê, será salvo nesse momento! Por isso
olhem para Ele, a quem o Pai enviou, quem
também foi ferido por você! Olhe, olhe, pecador
olhe! Aquele que olha para Jesus na cruz pela fé
e crê, será salvo nesse mesmo momento!«

Crucificado junto
Romanos 6:6

Lemos que Deus não »renova ou reforma« os


pecadores mas que os faz uma nova criatura.
Mas, o que acontece ao antigo homem interior?
Ambos, o novo e o antigo homem interior,
permanecem juntos um com o outro? Servimos
a Deus com o antigo coração de homem peca-
dor e também com o nosso novo coração? –
Não, não deve ser assim. O versículo diz: »Pois
sabemos que o nosso velho homem foi crucifi-
cado com ele, para que o corpo do pecado seja
destruído, e não mais sejamos escravos do pe-
cado.« Assim, o homem velho deverá ser cruci-
ficado com Cristo nesta conversão. E assim co-
83
mo Cristo morreu na cruz, o homem velho
também deveria morrer. A Bíblia diz claramen-
te: »Mantenham o pensamento nas coisas do
alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês mor-
reram, e agora a sua vida está escondida com
Cristo em Deus« (Colossenses 3:2-3). Podemos e
devemos nos apossar desta salvação pela fé,
como o compositor escreveu: »Jesus veio para
salvar-nos, glória a Deus! Destruiu o poder do
mal, glória a Deus! – Salvação surgiu para to-
dos, glória a Deus! Ninguém tem que mais ser-
vir ao mal, glória a Deus!« Gostaríamos de
comprovar este fato importante com as seguin-
tes passagens da Bíblia. – Gálatas 2:20: »Fui
crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu
quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que
agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de
Deus, que me amou e se entregou por mim.« –
Gálatas 5:24: »Os que pertencem a Cristo Jesus
crucificaram a carne, com as suas paixões e os
seus desejos.« – 2.Coríntios 5:14: »Pois o amor
de Cristo nos constrange, porque estamos con-
vencidos de que um morreu por todos; logo,
todos morreram.« – Efésios 4:22: »Quanto à
antiga maneira de viver, vocês foram ensinados
a despir-se do velho homem, que se corrompe
por desejos enganosos.« – Esta é a fé das pesso-
as redimidas. Com o passo decisivo para a vida
de salvação, não devemos levar o homem velho
84
conosco, mas, em vez disso, deixá-lo morrer na
cruz. Claro, o renascido conhece a luta entre a
carne e o espírito, e nesta luta também pode ser
algumas vezes derrotado. Mas esta não é a von-
tade de Deus. Não deveria ser normal para a
vida cristã cair sempre de novo na lama do pe-
cado. Em vez disso, através do poder de Deus,
podemos levar uma vida vitoriosa.

Batismo
Atos dos Apóstolos 2:37-39

Quanto Pedro pregou sua mensagem de avi-


vamento às pessoas em Pentecostes, a mensa-
gem penetrou profundamente em seus cora-
ções. Perguntaram o que tinham de fazer para
serem salvos, e Pedro simplesmente lhes res-
pondeu: »Arrependam-se, e cada um de vocês
seja batizado em nome de Jesus Cristo para
perdão dos seus pecados, e receberão o dom do
Espírito Santo.« Nos capítulos anteriores vimos
a necessidade do arrependimento e da respecti-
va fé em Jesus Cristo. E agora chegamos à parte
que precisa de ser realizada pelo próprio ho-
mem – ser batizado. A ordem bíblica correta é:
Primeiro, o arrependimento, em seguida a fé e,
então, o batismo! O homem precisa ser um par-
ticipante ativo nestes três passos. Devemos nos
85
arrepender, crer e ser batizados, tudo, claro, sob
a orientação do Espírito Santo. – A outra parte –
o novo nascimento pelo Espírito Santo e ser
preenchido por Ele – é realizada por Deus. As-
sim, podemos ver que a resposta de Pedro à
pergunta: »Que faremos, irmãos?« é: »Arrepen-
dam-se, e cada um de vocês seja batizado...«
Pedro não diz: »Seja batizado quem quiser.«
Não, ele diz: »Cada um de vocês seja batizado.« O
arrependimento que é aceito por todos os cris-
tãos como necessário, é referido aqui como que
acompanhado pelo batismo. Assim, o batismo é
indubitavelmente importante! – Aqui gostaria
de acrescentar algumas passagens da Bíblia, na
esperança que estas palavras falem por si mes-
mas e o convençam, sobre a importância do
batismo dos que crêem: »Pois há um só Senhor,
uma só fé, um só batismo...« (Efésios 4:5). –
»Quem crer e for batizado será salvo, mas quem
não crer será condenado« (Marcos 16:16) – »Isso
aconteceu quando vocês foram sepultados com
ele no batismo, e com ele foram ressuscitados
mediante a fé no poder de Deus que o ressusci-
tou dentre os mortos« (Colossenses 2:12) – »E
isso é representado pelo batismo que agora
também salva vocês – não a remoção da sujeira
do corpo, mas o compromisso de uma boa
consciência diante de Deus – por meio da res-
surreição de Jesus Cristo« (1.Pedro 3:21).
86
O significado do batismo
Romanos 6:1-14

Hoje em dia muitas pessoas são batizadas.


Normalmente isto já acontece na infância, sem
o seu conhecimento, numa igreja através da
aspersão com água. Mas, é este o batismo sobre
qual a Bíblia nos ensina? Não pode ser. Nós
lemos: »Arrependam-se, e cada um de vocês
seja batizado em nome de Jesus Cristo para
perdão dos seus pecados.« Como pode um bebê
se arrepender, quando ainda nem é capaz de
compreender o que se passa em redor dele?
Como pode se converter de seus maus cami-
nhos e confessar os seus pecados? Além disso,
lemos: »Quem crêr e for batizado será salvo …«
(Marcos 16:16). Como pode uma criança peque-
na acreditar em Cristo da forma que acabamos
de ver? Não é possível. Assim, o batismo de
crianças não está correto. Claro que podemos
orar e pedir a bênção de Deus sobre a vida des-
ta criança na igreja, por exemplo. O Senhor
Jesus abençoou as crianças também, mas uma
bênção não é um batismo. Porque o batismo
tem um significado bem especial. Em Romanos
6, está inserido o contexto correto: »Portanto,
fomos sepultados com ele na morte por meio do
batismo, a fim de que, assim como Cristo foi
ressuscitado dos mortos mediante a glória do
87
Pai, também nós vivamos uma vida nova« (Ver-
sículo 4). Assim, o batismo representa de uma
forma visível quando o velho homem simboli-
camente é crucificado com Cristo. No batismo
podemos mostrar a todos nossa decisão de se-
pultar o antigo coração pecador perante o
mundo visível e invisível. Por imersão na água
batismal, o homem velho está sendo sepultado.
E, com o emergir saindo da água, está represen-
tando a ressurreição com Cristo se levantando
então para uma nova vida. »Se dessa forma
fomos unidos a ele na semelhança da sua mor-
te, certamente o seremos também na semelhan-
ça da sua ressurreição. Pois sabemos que o nos-
so velho homem foi crucificado com ele, para
que o corpo do pecado seja destruído, e não
mais sejamos escravos do pecado; pois quem
morreu, foi justificado do pecado« (Romanos
6:5-7) Gostaríamos de salientar que estas pala-
vras representam uma implicação direta do
versículo 4, que fala tão claramente sobre o
batismo. Assim, percebemos a grande impor-
tância do significado do batismo.

88
A forma do batismo
Mateus 3:13-17

Assim, o batismo bíblico representa o sepulta-


mento do velho homem pecador. Esta situação
leva naturalmente à questão sobre, de que for-
ma este »corpo« seria enterrado. Será que colo-
cando um pouco de terra sobre sua cabeça ou
será que deveria ser completamente enterrado
num túmulo? Todos sabem que a segunda op-
ção é a mais usada. Da mesma forma, o enterro
do homem interior, velho e pecador no batismo
não podem ser completos com apenas a asper-
são de algumas gotas de água. Assim lemos
como João Batista agia: »Também estava bati-
zando em Enom, perto de Salim, porque havia
ali muitas águas, e o povo vinha para ser bati-
zado« (João 3:23). Para aspergir água não é neces-
sária muita água e pode ser feito com uma pe-
quena quantidade de água numa vasilha. As-
sim, esta passagem sugere que João estava bati-
zando, submergindo as pessoas nas águas. Jesus
também foi batizado num rio. O versículo diz:
»Então Jesus veio da Galiléia ao Jordão para ser
batizado por João. Assim que Jesus foi batizado,
saiu da água. Naquele momento o céu se abriu,
e ele viu o Espírito de Deus descendo como
pomba e pousando sobre ele.« – Desta mesma
forma, aconteceu o batismo do eunuco da Etió-
89
pia. E este é um testemunho ocorrido no perío-
do da igreja primitiva. »Prosseguindo pela es-
trada, chegaram a um lugar onde havia água. O
eunuco disse: »Olhe, aqui há água. Que me
impede de ser batizado?« (Atos dos Apóstolos
8:36). – Então devemos levar a sério às palavras
da Escritura sobre a forma exteriorizada do
batismo, agindo em conformidade com ela.
Porque Deus não permitiu que essas palavras
fossem escritas para nós em vão.

90
5. Os primeiro passos no novo caminho

Igreja – Bíblia – Oração –


Seguir – Preparar

Comunhão
Atos dos Apóstolos 2:42

Agora você é um filho de Deus. Mas, como con-


tinuar? O que vem a seguir? Teu caminho de fé
não termina na conversão, pelo contrário, ele
está apenas começando. Se você aceitou tudo
aquilo que leu anteriormente e fez conforme o
descrito, você é agora um cristão vivo. Existem
muitos que se consideram cristãos, mas nem
todos o são na realidade. Sem terem renascido
da água e do Espírito, sem terem sido transfor-
mados numa nova criatura por Deus, ninguém
pode se tornar um cristão de verdade. São ape-
nas »cristãos de nome.« Mas, ter o nome de
cristão não o salva e não o transforma num
verdadeiro cristão. Então, se o arrependimento,
a fé, o batismo e o renascimento aconteceram
em você pela fé, você foi totalmente aceito por
Deus e é agora o Seu filho. Esta a salvo da ira de
Deus (Romanos 5:9). O Seu julgamento de jus-
tiça sobre todos os pecadores não vai mais te
atingir, porque você aceitou ser salvo. – Mas,
você não é o único no mundo que passou por
91
essa experiência. Existem muitas pessoas, que
foram resgatadas da mesma forma. Agora você
deve procurar ter comunhão com essas pessoas
que foram salvas. Como Deus já declarou no
princípio da humanidade, que não é bom para
o homem estar sozinho. Isto é verdade não
apenas em termos da instituição do casamento
estabelecido por Deus, mas também, de uma
maneira geral. Se um carvão em brasa for colo-
cado sozinho, esfriará rapidamente. No entan-
to, quando vários pedaços de carvão estão jun-
tos, o calor é preservado e a brasa permanece
durante muito mais tempo. Assim, Deus viu
que era bom para os crentes (aqueles que crê-
em), que não permanecessem sozinhos, mas
que fossem companheiros uns dos outros. É
descrito sobre os primeiros cristãos da seguinte
forma: »Eles se dedicavam ao ensino e à comu-
nhão, ao partir do pão e às orações.« Assim, dei-
xe que isso se torne também uma prioridade na
tua vida: de encontrar uma igreja ou comuni-
dade. Procure os verdadeiros filhos de Deus e
una-se a eles, porque é esta a vontade de Deus.
»Corações unidos, juntos procuram a paz do
coração de Deus; deixe que as chamas do teu
amor se ergam ao Salvador! Ele é a Cabeça, nós
somos os Seus membros, Ele é a luz, nós somos
a resplandecência. Ele é o Mestre e nós somos
os irmãos, ele é nosso e nós somos Dele.«
92
A igreja do Deus vivo
1.Timóteo 3:14-15

Assim, como se demonstra a comunhão entre os


verdadeiros filhos de Deus? Não é uma comu-
nidade »solta«, mas é organizada divinamente.
A soma de todos os cristãos nascidos de novo é
uma entidade divina, que a Bíblia chama de
»igreja do Deus vivo«. No versículo seguinte da
Bíblia, Paulo dá essa denominação ao escrever:
»Escrevo-lhe estas coisas, embora espere ir vê-lo
em breve; mas, se eu demorar, saiba como as
pessoas devem comportar-se na casa de Deus,
que é a igreja do Deus vivo, coluna e funda-
mento da verdade.« O termo aqui »casa de
Deus« não representa uma construção de tijo-
los, mas de pedras vivas – os cristãos renasci-
dos. Deus quer viver no centro desta igreja,
mesmo aqui na Terra. Se você agora também for
um verdadeiro cristão, você também faz parte
desta igreja. Esta comunidade não é algo su-
pérfulo, uma vez que é referida como »a coluna
e fundamento da verdade.« No texto grego
original da Bíblia, a palavra ekklesia é utilizada
para igreja, o que significa »os chamados.« Este
nome está cheio de significado. A igreja foi
chamada do mundo e separada para Deus. É a
multidão que segue a convocatória de Jesus:
»Venham a mim, todos os que estão cansados e
93
sobrecarregados, e eu lhes darei descanso« (Ma-
teus 11:28). Esta igreja existe mundialmente. Ela
consiste e é formada em várias comunidades
locais. Se você pertence a igreja mundial de
Deus como um cristão renascido, isto somente
se tornará real, se você juntar-se a uma comu-
nidade local também (quando for possível).
Nesta comunidade local receberá cuidados e
alimento espiritual, ajuda, conselhos, juntamen-
te com exortações. Mas você não deve apenas
fazer parte da igreja de Cristo para receber algo,
mas também para cumprir as tarefas que Deus
te dar ou colocar na tua frente. A igreja é um
local para dar e receber – e tudo isto sob a orien-
tação de Deus.

Cristo – a pedra angular da igreja


Efésios 2:19-22

A Igreja do Deus vivo não é uma comunidade


casual, sem compromisso. Deus é um Deus de
ordem, sobre o qual a Bíblia nos diz: »Pois Deus
não é Deus de desordem, mas de paz. Como em
todas as congregações dos santos« (1.Coríntios
14:33). Assim a ordem de Deus é mantida na
comunidade dos santos igualmente e apenas se
for mantida, é possível manter a paz. O versícu-
lo da Bíblia fala-nos do fundamento para esta
94
ordem: »Portanto, vocês já não são estrangeiros
nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e
membros da família de Deus, edificados sobre o
fundamento e dos profetas, tendo Jesus Cristo
como pedra angular, no qual todo o edifício é
ajustado e cresce para tornar-se um santuário
santo no Senhor. Nele vocês também estão sen-
do edificados juntos, para se tornarem moradas
de Deus por seu Espírito.« – Existem mais des-
crições da Igreja do Deus vivo na Bíblia. Este
versículo mostra-nos a imagem de um edifício,
onde Cristo é a pedra angular e as pessoas sal-
vas são as pedras vivas que constituem o edifí-
cio. Em outras palavras, a posição mais impor-
tante é assumida pelo próprio Senhor Jesus.
Esta é a primeira e a mais importante ordem na
igreja. – Noutro exemplo, Jesus é referido como
a cabeça da Igreja, que é comparado a um cor-
po: »Deus colocou todas as coisas debaixo de
seus pés e o designou cabeça de todas as coisas
para a igreja, que é o seu corpo, a plenitude
daquele que enche todas as coisas, em toda e
qualquer circunstância« (Efésios 1:22-23). Cristo
é a cabeça da igreja e nós cristãos somos os seus
membros. Assim, a Igreja não é uma organiza-
ção, mas sim um organismo. Para que o orga-
nismo funcione corretamente, cada parte deve
estar em seu devido lugar e subordinada ao
corpo para cumprir as suas funções. Se isto não
95
acontecer, o corpo adoece. A igreja dos crentes
não representa uma anarquia, mas uma ordem
saudável e orgânica. Onde Cristo é a pedra
angular do edifício e a cabeça do corpo, não
poderia ser de outra forma. Temos que estar
cientes de que esta é a primeira fundamento.
Cristo é o Alfa e o Omega, Ele é o Princípio e o
Fim. Tem que ser assim, para que a igreja funci-
one da maneira adequada. Isto é o que deve ser
mantido em mente ao procurarmos fazer parte
da comunhão de uma igreja local.

Construído na Palavra de Deus


Efésios 2:19-22

Já sabemos que o primeiro fundamento da igre-


ja é o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele é a pedra
angular e a cabeça da igreja, o que é muito im-
portante lembrar. A segunda base, descrita na
Bíblia, é: »construído na base dos apóstolos e
profetas.« O que significa isso? – Trata-se dos
ensinamentos dos apóstolos e profetas. É dito
sobre os primeiros cristãos: »E perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir
do pão e nas orações« (Atos dos Apóstolos 2:42).
Este ensinamento foi passado para nós através
do Novo Testamento. Por isso, o fundamento
da igreja é Jesus Cristo, como pedra angular, e
96
junto com a palavra de Deus, que nos foi
transmitida pelo Novo Testamento. Este é o
segundo ponto para o novo convertido procu-
rar por uma igreja local. Infelizmente, hoje a
palavra de Deus é cada vez mais deixada em
segundo plano e as pessoas agem como querem
na igreja. Muitos dos que se consideram mem-
bros do Corpo de Cristo discordam da Palavra
de Deus. No entanto, não podemos separar
Cristo da Sua Palavra. Quem discorda da Pala-
vra, também discorda de Jesus Cristo. Quando
uma parte do corpo não está de acordo com a
cabeça, o funcionamento do corpo torna-se
limitado e é prejudicado. – Em certos casos,
pelo fato de não concordarem com algumas das
afirmações da Palavra de Deus, são retiradadas
partes da Bíblia. Mas, como a igreja poderia ser
contruída assim? Com cada parte não conside-
rada e o afastamento da verdade da Bíblia, a
Igreja de Jesus torna-se desprovida de algo
muito essencial. Pode ser comparado a remover
os postes que sustentam uma tenda. Conse-
guimos imaginar esta tenda, que tem inicial-
mente uma forma impressionante, mas que,
quando poste a poste de sustentação vai sendo
retirado, a tenda vai perdendo a sua forma e vai
se tornando apenas um monte de tecido no
chão. Isto é o que as pessoas fazem à Igreja de
Cristo, quando retiram a base da doutrina dos
97
apóstolos e profetas. Nessa tenda, ninguém
pode mais se refugiar, e ela nem sequer pode
ser vista enquanto permanecer arruinada. –
Não devemos nos juntar a este tipo de igreja
local, porque tem falta da ordem divina. O Se-
nhor vai mostrar o caminho certo para todos os
que O procuram com sinceridade. Confie Nele!

Batismo – a porta para a Igreja


Atos dos Apóstolos 2:41-42

Gostaríamos agora de voltar ao tema batismo.


Vimos como a pregação de Pedro em Pentecos-
tes atingiu os corações das pessoas quando lhe
perguntaram: »Que faremos irmãos?« A respos-
ta foi: »Arrependam-se, e cada um de vocês seja
batizado em nome de Jesus Cristo para perdão
dos seus pecados« (Atos dos Apóstolos 2:38).
Mas, e agora? Aonde devemos ser batizados? A
melhor opção é na igreja da qual você gostaria
de fazer parte no futuro, porque o batismo é
uma porta de entrada para a igreja. Hoje em dia
existe muita discussão sobre o batismo dos cren-
tes. Para os primeiros cristãos, este não era um
ponto de discussão. Os que acreditavam em
Jesus eram batizados. Os dois acontecimentos
estavam interligados. – Os crentes de Samaria
foram batizados. O eunuco da Etiópia recebeu o
98
batismo de Filipe. O carcereiro Filipense foi
batizado juntamente com todos da sua familia
que também crêram. Já vimos que, mesmo Je-
sus, que não tinha a necessidade de seguir este
ato, foi batizado. O versículo acima nos mostra
que todos os que se converteram em Pentecos-
tes, também foram batizados. É claramente
mencionado que com a aceitação da Palavra de
Deus e tendo sido batizados, os cristãos renas-
cidos foram sendo adicionados à igreja: »Os que
aceitaram a mensagem foram batizados, e na-
quele dia houve um acréscimo de cerca de três
mil pessoas.« A que instituição foram acrescen-
tados? – Foram acrescentados à igreja local em
Jerusalém, sobre a qual podemos ler no seguin-
te versículo: »Eles se dedicavam ao ensino e à
comunhão, ao partir do pão e às orações.« – As-
sim, claro, foram acrescentados à igreja global
de Jesus Cristo, que deveria se espalhar rapi-
damente. Uma vez que o batismo é a porta para
a igreja, todos deveriam passar por isso, onde
desejam se tornar parte do »corpo« local de
Cristo. Isto corresponde ao exemplo dos primei-
ros cristãos, porque no dia do batismo foram
acrescentados a esta comunidade local, onde
permaneceram juntos na doutrina e na comu-
nhão.

99
O primeiro alimento:
a Palavra de Deus – a Bíblia
Mateus 4:3-4

Se tiver encontrado uma comunidade de ver-


dadeiros crentes, significa que deu outro passo
neste novo caminho com Deus. Ao mesmo
tempo, é apenas mais um passo entre muitos
outros que precisam ser dados. Você apenas
poderá crescer na sua fé pessoal nesta igreja, se
»comer« o alimento espiritual. A Palavra de
Deus é nutrição, é um alimento muito impor-
tante. Foi o que o Senhor Jesus disse ao diabo,
quando ele O tentou com estas palavras: »O
tentador aproximou-se dele e disse: »Se és o
Filho de Deus, manda que estas pedras se trans-
formem em pães.« Não teria sido correto se
Jesus aceitasse a oferta de Satanás, porque estas
ofertas nunca são de graça. Isto foi o que o Se-
nhor respondeu, mesmo apesar de ter feito
jejum durante 40 dias e estar com fome: »Está
escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de
toda palavra que procede da boca de Deus.«
Como o Senhor Jesus podia responder desta
maneira numa hora tão crítica? Foi assim por-
que Ele conhecia a Palavra de Deus. Ele disse:
»Está escrito.« Onde podemos encontrar estas
palavras a que Jesus se referiu? Podem ser en-
contradas em Deuteronômio 8:3, que diz: »As-
100
sim, ele os humilhou e os deixou passar fome.
Mas depois os sustentou com maná, que nem
vocês nem os seus antepassados conheciam,
para mostrar-lhes que nem só de pão viverá o
homem, mas de toda palavra que procede da
boca do Senhor.« – Com isto, Jesus podia resistir
às tentativas do mal para O tentar, imediata-
mente após ter sido batizado no Jordão. É pos-
sível que o diabo possa tentá-lo também, mes-
mo tendo começado um novo caminho até
Deus através do arrependimento, da fé e do
batismo. Talvez ele esteja lhe fazendo ofertas
que te parecem muito tentadoras. Se você ape-
nas desistir da fé em Jesus, elas seriam suas, ele
lhe garante. Não preste atenção a estas ofertas
enganadoras. Faça como o Senhor Jesus fez.
Resista à tentação com a palavra de Deus. A
palavra é o seu primeiro alimento e o mais con-
sistente. Jesus não morreu de fome porque Ele
não se entregou as tentações, mas a Bíblia diz:
»Então o Diabo o deixou, e anjos vieram e o
serviram« (Mateus 4:11). Isto é o que vai lhe
acontecer, vai ser sustentado e carregado,
quando se basear na Palavra de Jesus!

101
O leite não adulterado
1.Pedro 2:2

Para que a Palavra de Deus possa ser teu ali-


mento, você precisa ingerí-lo diariamente. A
Bíblia tem sempre alguma coisa especial para
cada um de nós. Se você tiver se convertido
recentemente, se tiver se tornado um filho re-
cém-nascido na fé, existe leite não adulterado
preparado para você. »Como crianças recém-
nascidas, desejem de coração o leite espiritual
puro, para que por meio dele cresçam para a
salvação.« Este leite é oferecido a você pelo
Evangelho. Comece a ler a Bíblia pelo Novo
Testamento. Este leite também está disponível
através do pastor ou pregador da sua igreja.
Não é suficiente apenas aceitar Jesus, mas você
precisa do leite fortalecedor de Deus para que
sua decisão de seguir a Jesus não enfraqueça
novamente. Você deveria ter tanta vontade de
receber a Palavra de Deus, como um bebê para
beber o leite. Que tipo de mãe privaria o seu
recém-nascido de leite? Da mesma forma, o
bom Pai do Céu fez tudo para que você conse-
guisse ter este leite. Confie Nele, pois Ele vai
prover o teu alimento. Mas, o que faria um be-
bê, se lhe oferecesse algum tipo de líquido in-
tragável em vez de leite verdadeiro? Após pro-
var, ele iria se afastar e não o beberia. Deus quer
102
colocar esta percepção saudável em você, se
pretende cumprir sinceramente a Sua vontade.
No entanto, nem tudo o que é oferecido hoje
como leite espiritual, é real e não adulterado.
Mas o Espírito de Deus vai te ajudar a perceber
o que serve corretamente e o que não serve.
Assim, deseje apenas o leite não adulterado da
Palavra, para que você »cresça« em direção a
salvação. O evangelho é facilmente digerível
para recém-nascidos na fé. Primeiro, o leite
deve ser consumido. Mas não acaba aqui, vai
mais longe.

Alimento sólido
Hebreus 5:12-13

Um bebê precisa de leite. No entanto, ficaría-


mos surpresos se ele nunca passasse do leite
inicial para o alimento sólido. Acontece o mes-
mo do ponto de vista espiritual. A Palavra de
Deus tem leite para os recém-nascidos, mas
também alimento solido para os mais maduros.
Devemos crescer na fé e não permanecer ape-
nas nos primeiros fundamentos. No início você
não vai compreender tudo sobre a Palavra de
Deus, mas isto também não é necessário. O que
você pode compreender facilmente, é o leite
consistente do Evangelho, que te faz crescer. E
103
pouco a pouco, a Palavra vai revelando a comi-
da sólida preparada para você. Neste texto da
Bíblia, o escritor da carta aos Hebreus culpa os
leitores por nunca passarem para a comida sóli-
da. Ele escreve: »Embora a esta altura já deves-
sem ser mestres, vocês precisam de alguém que
lhes ensine novamente os princípios elementa-
res da palavra de Deus. Estão precisando de
leite, e não de alimento sólido! Quem se alimen-
ta de leite ainda é criança, e não tem experiência
no ensino da justiça.« Fica claro a partir deste
versículo, que com o tempo, o homem deveria
ficar mais forte na Palavra. Por este motivo, não
está certo quando recém-renascidos na fé se
sintam confortáveis apenas nas grandes evan-
gelizações, mas quando se fala em aprender os
princípios bíblicos e do cristianismo eles fogem.
– Todos os dias que você progride na fé, deveria
também crescer no ensino da doutrina do cristi-
anismo. Esta doutrina é a palavra de Deus, as-
sim como as primeiras declarações da Bíblia,
que o conduzem à salvação. Por isto, existem
vários ministérios ou tarefas diferentes na igre-
ja. Existe o ministério de evangelista. Esta tarefa
é importante para que as pessoas possam ser
salvas. É através dele que o leite da fé é servido
a outros. Também existe o ministério de Mestre
(ou de ensino), que é muito importante, »por-
que o propósito é que não sejamos mais como
104
crianças, levados de um lado para outro pelas
ondas, nem jogados para cá e para lá por todo
vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de
homens que induzem ao erro« (Efésios 4:14). A
Palavra de Deus não é unilateral. É leite e comi-
da sólida ao mesmo tempo. Tudo ao seu tempo.
Assim, leia a Bíblia e receba o ensino da verda-
deira palavra de Deus na sua igreja e isto o aju-
dará a crescer em fé.

A Palavra de Deus – a espada para defesa


Efésios 6:17

A Palavra de Deus não será apenas o seu leite e


o seu alimento sólido. Ela é ao mesmo tempo
também uma arma, conforme diz a Bíblia:
»Usem o capacete da salvação e a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus.« Os guerrei-
ros dos tempos antigos traziam sempre uma
espada ao seu lado. Com esta espada conse-
guiam se defender contra o inimigo. Cristãos
que realmente crêem, também são guerreiros. O
Apóstolo Paulo escreveu para Timóteo: »Com-
bata o bom combate da fé« (1.Timóteo 6:12).
Mas esta luta cristã não é voltada contra pesso-
as. A Bíblia diz-nos explicitamente: »Pois a nos-
sa luta não é contra seres humanos, mas contra
os poderes e autoridades, contra os domina-
105
dores deste mundo de trevas, contra as forças
espirituais do mal nas regiões celestiais« (Efé-
sios 6:12). Os cristãos estão expostos a uma bata-
lha espiritual. São atacados pelo inimigo das
suas almas, o diabo. Para contra-atacar, o nosso
grande comandante, Jesus Cristo, entregou-nos
uma espada – que não é feita de ferro: »Tomai a
espada do Espírito, que é a palavra de Deus!«
Com esta espada, podemos nos defender contra
estes ataques sinistros. Como já vimos, Jesus
utilizou também esta espada, quando Ele foi
tentado pelo diabo no deserto. Respondeu aos
sussurros tentadores com »está escrito«. Esta é a
forma como devemos nos defender, quando as
tentações vierem na nossa direção. Pegar a Pa-
lavra de Deus e utilizá-la em nossa defesa. Não
entre em discussão com o inimigo da sua alma.
Ele tem argumentos desonestos e mentirosos.
Pegue a espada do Espírito e utilize-a contra as
insinuações enganosas! Se o inimigo tentar te
persuadir de que, apesar de muitos cristãos
serem grandes conquistadores, você não per-
tence a eles, utilize a Palavra da verdade que
diz: »Mas, em todas estas coisas somos mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou«
(Romanos 8:37). Defenda a sua vida espiritual
com a espada do Espírito, a Palavra de Deus.

106
A Palavra de Deus – a espada de ataque
Hebreus 4:12

A espada da Palavra de Deus não é apenas uma


arma defensiva se formos desafiados interna-
mente. É também uma arma de ataque efetivo,
com a qual lutamos pela »terra« do Senhor, que
é ganhar pessoas para Deus e para a Sua salva-
ção. No entanto, esta luta não tem nada a ver
com violência ou a chamada »violência mental.«
As pessoas precisam sempre optar voluntaria-
mente pela salvação pela fé. Mas temos de re-
conhecer a eficácia da espada mais afiada, a
palavra bíblica. A palavra em si é tão viva, eficaz
e afiada que convence o interior das pessoas.
Lemos neste importante versículo: »Pois a pala-
vra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que
qualquer espada de dois gumes; ela penetra até
o ponto de dividir alma e espírito, juntas e me-
dulas, e julga os pensamentos e intenções do
coração.« Você pode usar esta espada também.
No entanto, não deve basear-se apenas no seu
»excelente poder de combate«, mas sim na exce-
lência da espada. O que é salvo não deve con-
tentar-se em ir sozinho para o céu. Não, deve
ser da forma como a canção diz: »Encontre da
extremidade da sepultura almas para serem
salvas! Abrace os perdidos com o amor! Estenda
a mão de irmão, quebre as correntes, conduza
107
as almas perdidas até Jesus! Você, que uma vez
foi resgatado, se apresse para resgatar os outros!
Jesus fez tudo para todos!« E para isso que a
espada do Espírito, a Palavra de Deus, é neces-
sária. Quem for atingido por esta espada não
ficará no chão, expirando sua vida interior. A
espada atinge-o mesmo nas suas ações e atitu-
des erradas de pecador, que causam a morte
espiritual. Aqui, onde a espada do Espírito reve-
la tudo e o homem encontra o caminho para o
perdão, surge a vida real. Assim, nestes termos
você tem permissão para conduzir a espada do
Espírito. É uma espada que separa, que atinge o
mal nas pessoas, para que possa ocorrer a cura.
Você já ouviu falar de uma espada que cura? –
Aqui está!

Conversando com Deus


2.Reis 19:9-20

Quando lemos a palavra de Deus, Deus fala


conosco. Mas, seria muito unilateral, se fosse
apenas Ele a falar. Também nós podemos falar
com Deus. Esta ação é feita através da oração.
Se tiver entregado a sua vida pela oração ao seu
Senhor Jesus Cristo, claro que essa não deveria
ter sido a sua última oração. Você precisa orar
todos os dias. E não é preciso um livro de ora-
108
ções ou orações decoradas para isso. Pode falar
com o Senhor e com o Seu filho Jesus, da mes-
ma forma como pode falar com outras pessoas,
mas com a reverência adequada. Este versículo
da Bíblia nos mostra quão simples e fácil é falar
com Deus. O Rei Ezequias vivia em grande
angústia porque o poderoso rei Senaqueribe da
Assíria o ameaçou. Este Rei enviou-lhe uma
mensagem dizendo: »Digam a Ezequias, rei de
Judá: ‘Não deixe que o Deus no qual você con-
fia o engane, quando diz: »Jerusalém não cairá
nas mãos do rei da Assíria, Com certeza você
ouviu o que os reis da Assíria têm feito a todas
as nações, como as destruíram por completo. E
você haveria de livrar-se?« Além disso, Ezequias
recebeu outra carta do rei da Assíria que era
provavelmente semelhante às primeiras pala-
vras desencorajadoras. A situação era relativa-
mente perigosa. Onde Ezequias deveria procu-
rar ajuda? Lemos o seguinte: »Ezequias recebeu
a carta das mãos dos mensageiros e a leu. Então
subiu ao templo do Senhor e estendeu-a peran-
te o Senhor.« Este é um assunto prático. Ele
expressou a preocupação do seu coração peran-
te Deus e continuou a falar sobre a carta do seu
oponente numa oração. »E Ezequias orou ao
Senhor: »Senhor, Deus de Israel, que reinas em
teu trono, entre os querubins, só tu és Deus
sobre todos os reinos da terra. Tu criaste os céus
109
e a terra.« Aqui Ezequias derramou todos os
seus problemas perante Deus Todo-poderoso.
Esta foi uma oração muito prática, simples, que
não tinha sido escrita antes e que também não
tinha sido memorizada anteriormente, mas que
nasceu da necessidade imediata do coração. A
oração culminava num pedido: »Agora, Senhor
nosso Deus, salva-nos das mãos dele, para que
todos os reinos da terra saibam que só tu Se-
nhor, és Deus.« Esta oração foi ouvida por
Deus. A resposta foi dada através do profeta
Isaías: »Ouvi a sua oração acerca de Senaqueri-
be, o rei da Assíria.« Na realidade, Deus não
apenas ouviu. Ele não se limitou a ouvir, Ele
também o ajudou a eliminar completamente os
planos de Senaqueribe, o rei inimigo. – Por isso,
podemos e devemos orar a Deus sobre todas as
questões que nos envolvem. De forma simples e
prática. É assim que você também pode orar.

Sobre que assuntos posso orar?


Filipenses 4:6-7

Muitas vezes as boas músicas antigas, em ape-


nas algumas palavras, conseguem transmitir
profundas verdades para a nossa vida de fé.
Uma música de Dora Rappard (1842-1923), nos
dá uma simples e surpreendente resposta à
110
pergunta: Sobre que assuntos posso orar? »Se
você carrega o fardo das preocupações, que
rouba a sua paz e descanso, o coração de Jesus
está aberto para você, faça das preocupações
sua oração! – Se existir esperança no seu cora-
ção, siga Jesus, no silêncio em oração! – Se está
triste e sozinho, se é afetado por amarga angús-
tia, o Misericordioso te compreende, procure
conforto em oração! – Se se sente ameaçado
pelo poder e astúcia do inimigo, vá para Jesus
que é vitorioso e receba em oração a força vinda
de Sua Majestade! – Se quiser ser servo de Je-
sus, busque no silêncio de seu quarto a pureza
de Seu Espírito, busque sabedoria em oração! –
O que quer que esteja no seu coração, seja dor
ou alegria, corra para Jesus cedo e a tarde, faça
de tudo uma oração!« – De fato, tudo o que é
mencionado aqui, pode ser expresso em oração
ao Senhor Jesus: as suas alegrias, preocupações,
solidão ou desejos terrenos; a sua dor, enfermi-
dades, frustações ou tentações; se quiser servir o
Senhor e não souber como; se tiver perguntas e
precisar orientação. O resumo é: O que quer que
esteja no seu coração, faça de tudo uma oração!
Nós podemos realmente vir a Jesus com tudo o
que move o nosso coração. Podemos falar com o
Pai Todo-Poderoso através do nome de Jesus,
como Ele mesmo nos prometeu. E como disse
Jesus: »Naquele dia vocês não me perguntarão
111
mais nada. Eu lhes asseguro que meu Pai lhes
dará tudo o que pedirem em meu nome« (João
16:23). Não apenas a letra da música acima, mas
também o versículo da Bíblia nos mostram que
podemos trazer tudo ao trono da graça em ora-
ção: »Não andem ansiosos por coisa alguma,
mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação
de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a
paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará o coração e a mente de vocês em Cris-
to Jesus« (Filipenses 4:6-7). Então, faça disso um
hábito e não fale apenas dos grandes problemas
em oração, mas leve também as pequenas coisas
do dia a dia ao trono de Deus. »Pois nada pode
impedir o Senhor de salvar, seja com muitos ou
com poucos« (1.Samuel 14:6). É isto que deve-
mos manter sempre em nossa mente.

A oração e a Palavra de Deus


João 15:7

A oração e a Palavra de Deus, a Bíblia, devem


estar sempre juntas, como nos mostra a própria
Palavra. Jesus diz no seguinte versículo: »Se
vocês permanecerem em mim, e as minhas
palavras permanecerem em vocês, pedirão o
que quiserem, e lhes será concedido.« Um dos
critérios para que a nossa oração ser atendida é
112
que as palavras de Jesus permaneçam em nós,
pois somente assim conseguimos ficar em Jesus.
Não é possível tentarmos separar Jesus do que
Ele disse. Apenas podemos receber resposta
quando orarmos de acordo com a vontade de
Jesus. »Esta é a confiança que temos ao nos
aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma
coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos
ouvirá« (1.João 5:14). Assim, não podemos pedir
qualquer coisa. Por exemplo, quando as nossas
orações são egoístas, não podemos esperar ser
respondidos. Como podemos permanecer em
Jesus e na Sua Palavra, quando somos domina-
dos pelo egoísmo? Jesus não agiu assim de for-
ma egoísta, como vemos a seguir: »Pois nem
mesmo o Filho do homem veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos« (Marcos 10:45). É também descrito nes-
te versículo: »Ninguém deve buscar o seu pró-
prio bem, mas sim o dos outros« (1.Coríntios
10:24). Nós também podemos compreender
através da oração o que Deus deseja. Para isso
temos de ter um coração humilde. Daniel, um
profeta abençoado no Antigo Testamento, o
tinha. Um anjo revelou por que motivo a sua
oração foi ouvida: »Não tenha medo, Daniel.
Desde o primeiro dia em que você decidiu
buscar entendimento e humilhar-se diante do
seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu
113
vim em resposta a elas« (Daniel 10:12). Daniel
queria entender. Mas só nos tornamos sensíveis
e conseguimos compreender o que Deus deseja,
através da Palavra de Deus. »Os teus manda-
mentos me tornam mais sábio que os meus
inimigos, porquanto estão sempre comigo«
(Salmos 119:98). Mas o conhecimento intelectu-
al sozinho não lhe trará benefício. Você precisa
aceitar humildemente a Palavra de Deus e
submeter-se a ela. Foi isso que Daniel fez:
humilhou-se no desejo de ganhar entendimen-
to. Assim, a sua oração foi ouvida desde o pri-
meiro dia, mesmo quando ele não conseguia
perceber de início se estava a ser ouvido ou não.
Você deve tentar orar da mesma forma. Todos
deviam procurar orar assim.

Oração com fé
Marcos 11:22-24

Nestes versículos da Bíblia, Jesus encoraja-nos a


pedir com fé e não com dúvidas. Ele nos deu a
seguinte promessa: »E tudo o que pedirem em
oração, se crerem, vocês receberão.« O texto fala
em »crer que já o receberam«. Então, a fé atra-
vés da oração tornará as coisas impossíveis em
possíveis se seguirmos a Palavra de Deus. No
Evangelho de Mateus, o Senhor diz: »Se tiver-
114
des fé e não duvidardes, e tudo o que pedirdes
na oração, crendo, recebereis« (Mateus 21:22).
Claro que isto não é um cheque em branco para
se tirar proveito da oração. Também podem ser
encontrados exemplos disto na Bíblia. Existem
obstáculos que impedem a resposta da oração,
que já vimos e veremos mais alguns. A atitude
básica na oração, deve ser a fé. Mas como po-
demos adquirir uma fé tão grande? Talvez você
está num estado lastimoso e pensa que a sua fé
nunca será suficientemente grande para que
sua oração seja ouvida. Mas o versículo da Bí-
blia não nos diz que devemos ter uma grande
fé. Como é que Jesus falou? – »Tenham fé em
Deus!« Assim, ninguém tem que ter fé na sua fé,
porque assim as pessoas começariam a acreditar
nas suas próprias capacidades. Não existe a
nossa fé como oposta a uma fé maior. Existe
apenas uma fé – fé no Todo-Poderoso Deus.
»Tende fé em Deus«, é o pedido de Jesus. Hud-
son Taylor, um abençoado missionário que
viveu na China, reconheceu isto de uma forma
impactante no seu trabalho como missionário.
Ele acreditava verdadeiramente! Mas ele não
ficou convencido que tinha uma fé maior, em
vez disso ele afirmou a frase: »Nós não preci-
samos de uma grande fé, mas precisamos de fé
em um grande Deus.« Se a nossa fé tivesse que
ser demasiado grande, nós ficaríamos facilmen-
115
te oprimidos. Mas, pelo fato de que Deus é
grande, isto não nos causa peso, nós somente
precisamos crer que Ele é realmente grande.
Devemos ser como crianças na nossa fé. Mesmo
para a conversão e aceitação da vida eterna, o
Senhor nos exorta: »Eu lhes asseguro que, a não
ser que vocês se convertam e se tornem como
crianças, jamais entrarão no Reino dos céus«
(Mateus 18:3). É este sentimento semelhante ao
de uma criança (não infantilidade), que nos
permitirá continuar a seguir. Este tipo de confi-
ança honra Deus como o bom pai; e, por causa
disto, Deus ouve orações com uma fé semelhan-
te à das crianças. Karl Bernhard Garve (1763-
1841), apresenta de uma forma bem simples: »O
Senhor ouve uma oração. Que bondade sem
mérito! Também eu posso, cedo ou tarde, seme-
lhante à uma criança chegar ao trono do amor,
que nunca rejeita os meus pedidos; desta forma
posso receber sempre, aquilo de que preciso
para salvação.«

Obstáculos da oração
Marcos 11:25-26

Se a fé no grande Deus for um pré-requisito


para uma oração ser respondida, podemos ver
também que esta fé sozinha não será suficiente
116
se existirem obstáculos para a oração. Sim,
quando estes impedimentos existem, a fé tam-
bém acaba sendo afetada. Não podemos sepa-
rar a fé da obediência a Deus. Um obstáculo à
oração é apresentado no versículo acima. É a
falta de reconciliação. Aquele que ora e quer ser
atendido, não deve guardar rancor sobre as
falhas e culpa de outros. Jesus diz: »E quando
estiverem orando, se tiverem alguma coisa con-
tra alguém, perdoem-no, para que também o
Pai celestial lhes perdoe os seus pecados.« –
»Oh«, você pode dizer, »Não guardo rancor de
ninguém, mas eu tenho certeza de que meu
irmão tem alguma coisa contra mim.« Há algo
não esclarecido nesta situação e você não está
com vontade de esclarecer isso, embora esteja
claro que você há muito tempo sabe que seu
relacionamento com seu irmão ou irmã foi aba-
lado ou interrompido. Mas acha que deveria ser
uma preocupação dele ou dela de virem a con-
certar esta situação. Você acha que tem razão e
espera que ele ou ela peçam desculpa. Você
acha que não precisa se desculpar! Sobre situa-
ções como esta, Jesus diz: »Portanto, se você
estiver apresentando sua oferta diante do altar e
ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra
você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá
primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois
volte e apresente sua oferta« (Mateus 5:23-24) –
117
Quem agir desta forma, terá sua oração ouvida
e atendida. Falta de perdão é um obstáculo
óbvio da oração. Porquê? A resposta é a seguin-
te: »E quando estiverem orando, se tiverem
alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para
que também o Pai celestial lhes perdoe os seus
pecados. Mas se vocês não perdoarem, também
o seu Pai que está nos céus não perdoará os
seus pecados« (Marcos 11:25-26). Com essa cul-
pa que não foi perdoada, não podemos perma-
necer perante Deus. Assim, essa intransigência
é tanto um obstáculo de oração, como qualquer
outro pecado. Já conhecemos a palavra de Deus
sobre esse e muitos outros pecados: »Vejam! O
braço do Senhor não está tão encolhido que não
possa salvar, e o seu ouvido tão surdo que não
possa ouvir. Mas as suas maldades separaram
vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam
de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvi-
rá« (Isaías 59:1-2). Não deixe que o muro de
separação que Jesus destruiu seja reconstruído
novamente com as suas próprias mãos. Preci-
samos ter um caminho livre para o Pai celestial
na oração!

118
Seguidores de Jesus
Lucas 9:23

Se você tiver encontrado uma igreja bíblica para


participar, se teu interior espiritual tem sido
nutrido pela Palavra de Deus e pelo falar com
Deus em oração, então você tem todos os pré-
requisitos para crescer espiritualmente. No en-
tanto, você também deve estar preparado para
implementar na sua vida o que o Senhor tem
lhe mostrado. Em outras palavras: Você tem
que seguir a Jesus. Deve segui-lo não só até à
cruz, onde foram pagos todos os seus pecados,
mas também até o alvo glorioso. Quando Jesus
convocou Levi (Mateus) na casa dos cobradores
de impostos) e disse: »Segue-me!« (Mateus 9:9),
ele o estava chamando para aquele tempo e
para toda a eternidade. O mesmo aconteceu a
Pedro e ao seu irmão André, quando o Senhor
falou com eles: »Vinde após mim, e eu vos farei
pescadores de homens« (Mateus 4:19). Da
mesma forma, você é chamado para seguir Je-
sus. Este é a convocação para todos os que que-
rem seguir Jesus no caminho certo: »Jesus dizia
a todos: Se alguém quiser acompanhar-me,
negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua
cruz e siga-me« (Lucas 9:23). O que significa
isso? Bem, negar-se a si mesmo significa que no
caminho com Jesus, deixamos de buscar os nos-
119
sos próprios objetivos e interesses na vida, e
passamos a buscar o objetivo e a vontade do
Senhor. Os que pretendem continuar a viver no
egoísmo do seu próprio EU, sem se deixarem
ser corrigidos, não vão negar-se a si mesmos.
Em vez disso, negam o seu Senhor e Salvador.
O caminho até Jesus tem alguma coisa a ver
com a morte. Já lemos sobre a crucificação. Tu-
do antigo, tudo relacionado com a nossa natu-
reza pecadora, deve ser entregue à morte para
que o poder da ressurreição de Jesus possa ser
liberada nas nossas vidas. Por isso, o Senhor diz
que os Seus seguidores devem levar a sua cruz.
E com que frequência isto deve ser feito? O
Senhor diz: »Tome cada dia a sua cruz, e siga-
me.« Todos os dias, o seguidor de Jesus deve
manter o velho homem pecador morto através
da graça de Jesus. E quando o Senhor mostrar
algo que ainda deve ser entregue na cruz, esteja
preparado para fazê-lo imediatamente. »Siga-
me!« – Não deixe que este chamado passe des-
percebido em sua vida!

Permanecendo nos passos de Jesus


Salmos 17:5

Está preparado para seguir os passos do Senhor


Jesus? Deus abençoará esta decisão! Mas a vida
120
não existe sem desafios. Talvez chegue um dia
onde você se pergunte: »Foi realmente certo
seguir o Senhor? Há tantos à minha volta que
nem sequer compreendem o meu caminho!
Muitos destes até se dizem cristãos. Mas se-
guem um caminho que não está de acordo com
a palavra de Deus. Mas, é difícil ser tão incom-
preendido! Seria mais fácil se não seguisse a
Palavra de Deus tão ao pé da letra.« – Se essas
insinuações te incomodarem e causarem dúvi-
das no teu interior, deixe o seguinte versículo
falar ao teu coração: »Meus passos seguem fir-
mes nas tuas veredas; os meus pés não escorre-
garam« (Salmos 17:5). Não há nada mais bem-
aventurado do que seguir os passos de Jesus.
Prove todos os seus motivos honestamente
perante o Senhor e, se a Palavra de Deus e a sua
consciência lhe assegurarem que você está se-
guindo os passos de Jesus, não deixe que nada
o afaste deste caminho. Jesus disse: »Venho em
breve! Retenha o que você tem, para que nin-
guém tome a sua coroa« (Apocalipse 3:11). –
Mas, o que conseguirá se seguir e se manter nos
passos de Jesus? A Bíblia diz: »Os meus pés não
escorregaram!« Da mesma forma os teus passos
devem ir diretamente para o alvo eterno. Mui-
tos entraram no caminho para o céu uma vez,
mas alguns se desviaram ou escorregaram pelo
caminho. Culpamos as condições da estrada
121
neste caso? Absolutamente não! Foi porque
essas pessoas não seguiram os passos do Senhor
Jesus, desviando-se dele. Muitos dos que cairam
pelo caminho puderam se levantar e achá-lo
novamente pela graça de Deus, aprendendo a
lição. Infelizmente, também existem exemplos
de pessoas que não conseguiram se levantar e
seguir o caminho certo, ou se levantavam e
caíam novamente porque o caminho parecia
muito estreito para eles. Este deveria ser um
aviso muito sério para nós. A Bíblia nos diz:
»Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se
para que não caia!« (1.Coríntios 10:12). O cami-
nho para o céu precisa de todo o nosso ser e de
todos os nossos esforços. Ser cristão não é um
trabalho de »meio período.« – Por isso deixe que
os passos de Jesus se aprofundem em sua cons-
ciência, para os guardar e seguir. Confesse com
o poeta: »Quero ter os passos de Jesus na minha
consciência para sempre, quero-os no meu co-
ração cada vez mais profundamente, ano após
ano. Mais brilhante do que as estrelas no céu, o
brilho maravilhoso dos passos de Jesus pode
ver-se de longe, como Ele usava a coroa de es-
pinhos.« – Isto o Senhor fez por você, por isso,
siga os Seus passos e assim nunca tropeçarás até
a eternidade. (Texto traduzido palavra por pa-
lavra do texto original em rima).

122
A armadura espiritual
Efésios 6:13-18

No final deste capítulo »Primeiros passos para


um novo caminho«, a citação bíblica sobre a
armadura espiritual de Deus deve ser mencio-
nada – mesmo se for parcialmente uma repeti-
ção. »Pois a nossa luta não é contra seres huma-
nos, mas contra os poderes e autoridades, con-
tra os dominadores deste mundo de trevas,
contra as forças espirituais do mal nas regiões
celestiais.« Por isto precisamos desta armadura.
Em que consiste esta armadura? Existe o cinto
da verdade, que une toda a nossa veste espiritu-
al. Sem a verdade tudo desmorona. Existe a
justiça – é a justiça de Cristo – que nos envolve
como um peitoral. Existem os sapatos da pronti-
dão com os quais superamos a preguiça e as
dificuldades para levar o evangelho a outros.
No entanto, acima de tudo, precisamos do es-
cudo da fé. Apenas com a fé viva podemos nos
defender e extinguir as setas inflamadas do mal.
Caso contrário, seríamos perfurados sem mise-
ricórdia na nossa alma desprotegida. Também
temos o capacete da salvação, que é a salvação
em Cristo – e a espada do Espírito, que é a Pala-
vra de Deus, que não deve permanecer inutiliza-
da na nossa peregrinação para a eternidade. E,
se todos usarmos esta armadura, precisamos de
123
algo mais: a ligação viva com nosso »comandan-
te« celestial: »Orem no Espírito em todas as
ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso
em mente, estejam atentos e perseverem na
oração por todos os santos.« Quando estiver-
mos assim, preparados interiormente e protegi-
dos, a nossa vida de fé será bem sucedida. De-
pois podemos falar como o servo fiel de Abraão:
»Não me detenham, agora que o Senhor coroou
de êxito a minha missão. Vamos despedir-nos, e
voltarei ao meu senhor« (Gênesis 24:56). – »Diz-
me peregrino, onde vais com esta vara na mão.
Agrada ao rei que eu viaje para uma terra me-
lhor. Por montanhas, vales e campos, através de
desertos e florestas; através dos desertos e das
florestas sigo até o meu lar.«

124
6. Verdades importantes para o novo caminho

A obra, os dons, o fruto do Espírito Santo –


Santificação – Santa Ceia – Confissão –
Exortação – Amor – Perdão –
Reconhecer a vontade de Deus –
Casamento – outras verdades importantes

A obra do Espírito Santo


João 16:8-11

Como primeira verdade importante do novo


caminho, o agir do Espírito Santo deve ser
mencionado. Com este propósito, queremos
lembrar mais uma vez: o Espírito Santo age na
vida das pessoas em diferentes fases. Ele con-
vence os incrédulos dos seus pecados, e claro,
do pecado que mais pesa: a falta de fé em Jesus.
Lemos: »Quando ele vier, convencerá o mundo
do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado,
porque os homens não crêem em mim.« Depois
disso, o trabalho do Espírito Santo não acaba. O
espírito de Deus continua agindo nos que se
convertem. Lemos que o novo nascimento
acontece da água e do Espírito. Jesus diz: »Res-
pondeu Jesus: Digo-lhe a verdade: Ninguém
pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da
água e do Espírito. O que nasce da carne é car-
ne, mas o que nasce do Espírito é espírito« (João
125
3:5-6). Assim, o Espírito Santo age no novo nas-
cimento. E depois disso, Ele deseja ter o domí-
nio na vida dos crentes. Os recém-nascidos espi-
rituais deixam de pertencer a eles próprios. A
Bíblia diz: »Acaso não sabem que o corpo de
vocês é santuário do Espírito Santo que habita
em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que
vocês não são de si mesmos?« (1.Coríntios 6:19).
Três capítulos antes é descrita praticamente a
mesma coisa: »Vocês não sabem que são santu-
ário de Deus e que o Espírito de Deus habita em
vocês?« (1.Coríntios 3:16). Esta habitação do
Espírito Santo é o direito à ressurreição, como a
Escritura deixa claro: »E, se o Espírito daquele
que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita
em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo den-
tre os mortos também dará vida a seus corpos
mortais, por meio do seu Espírito, que habita
em vocês« (Romanos 8:11). Então, o crente tem
o Espírito Santo, o Espírito de Cristo, porque
caso contrário não seria um Cristão, como Paulo
escreve: »Entretanto, vocês não estão sob o do-
mínio da carne, mas do Espírito, se de fato o
Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém
não tem o Espírito de Cristo, não pertence a
Cristo« (Romanos 8:9). Contudo, ainda não
terminamos de ver tudo o que diz respeito ao
Espírito Santo e como estarmos cheios Dele.
Queremos orar como o escritor deste hino:
126
»Mais do poder do Espírito Santo, que cria a
vida de Jesus em nós.«

Plenitude do Espírito Santo


Atos dos Apóstolos 4:16-33

Vimos que o Espírito Santo habita nos crentes.


Contudo, nosso objetivo deve ser sempre que-
rer mais, no que diz respeito à sermos cheios e
termos a plenitude do Espírito. Vemos isto no
exemplo dos primeiros cristãos que foram chei-
os com o Espírito Santo após a poderosa experi-
ência de pentecostes. Pedro e João precisaram
agir com responsabilidade quando, através do
poder de Deus, um homem que tinha nascido
paralítico foi curado e, em consequência, toda a
multidão ficou receptiva para ouvir a palavra de
Deus. Depois de terem interrogado Pedro e
João, o Sinédrio (o Alto Conselho) discutiu com
o clero da época, sobre o que deveriam fazer
com eles. Lemos: »Que faremos com esses ho-
mens? Todos os que moram em Jerusalém sa-
bem que eles realizaram um milagre notório
que não podemos negar. Todavia, para impedir
que isso se espalhe ainda mais entre o povo,
precisamos adverti-los de que não falem com
mais ninguém sobre esse nome. Então, cha-
mando-os novamente, ordenaram-lhes que não
127
falassem nem ensinassem em nome de Jesus.«
Pedro e João não podiam aceitar esta ordem.
Contudo, esta ameaça existia e não era uma
situação confortável para os discípulos. O que
aconteceu a seguir? Eles uniram-se para orar.
Esta oração terminou com as seguintes pala-
vras: »Agora, Senhor, considera as ameaças
deles e capacita os teus servos para anunciarem
a tua palavra corajosamente. Estende a tua mão
para curar e realizar sinais e maravilhas por
meio do nome do teu santo servo Jesus.« Foi
uma oração fervorosa, para que o nome de
Deus continuasse a ser glorificado e o trabalho
começado não fosse interrompido. Deus ouviu
esta oração. E como é que Ele respondeu? Deus
o fez enchendo-os com o Espírito Santo. »De-
pois de orarem, tremeu o lugar em que estavam
reunidos; todos ficaram cheios do Espírito San-
to e anunciavam corajosamente a palavra de
Deus.« Temos que buscar esse preenchimento
também. Se alguma coisa deve acontecer no
Reino de Deus, não será feito pela força huma-
na, mas da forma descrita no Antigo Testamen-
to: »Não por força nem por violência, mas pelo
meu Espírito«, diz o Senhor dos Exércitos« (Za-
carias 4:6). Estar cheio de fé e do Espírito Santo
era a marca dos primeiros cristãos (Atos dos
Apóstolos 6:5, 7:55, 11:24). Você não precisa se
contentar com menos hoje em dia.
128
Dons do Espírito
1.Coríntios 12:1-11

Para cumprirmos o chamado de sermos verda-


deiras testemunhas de Jesus, precisamos do
poder do Espírito Santo. Não somos capazes de
fazê-lo sozinhos. A promessa recebida pelos
primeiros cristãos, é válida para todos nós:
»Mas receberão poder quando o Espírito Santo
descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas
em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até
os confins da terra« (Atos dos Apóstolos 1:8).
Não temos a capacidade de realizar isto pelo
nosso próprio poder ou força, mas o Espírito
Santo quer dá-lo a nós. Este poder também se
expressa através dos dons espirituais que o
Espírito Santo distribui para capacitar a cada
um de nós. O texto da Bíblia acima, nos mostra
os dons extraordinários ou sobrenaturais. São a
palavra da sabedoria, a palavra do conhecimen-
to, o dom da fé (não a fé na salvação), dons de
misericórdia, de cura, de milagres, profecias,
discernimento de espíritos, línguas e as respec-
tivas interpretações. Hoje vemos que alguns
destes dons não estão presentes entre os cris-
tãos. Quem lê a Bíblia terá dificuldade em en-
contrar algum argumento que sirva para riscar
alguns destes dons. Penso que é melhor dei-
xarmos simplesmente esta parte da palavra de
129
Deus como está. Aonde todos os dons relacio-
nados acima não estão disponíveis, não os po-
demos simplesmente criar através de algum
esforço próprio. Mas, riscar simplesmente da
Bíblia os que não estão momentaneamente pre-
sentes, faria com que, no mínimo, perdêssemos
a benção. – No entanto tem havido muita con-
fusão sobre este assunto. Existem, seguramente,
muitos exemplos onde dons se manifestam,
mas que não têm o Espírito Santo como origem.
Mesmo assim, os equívocos não devem fazer
com que nós »generalizemos« e dispensemos
todos os dons sobrenaturais. Assim como não
dispensamos o cristianismo como um todo, só
porque existem muitos desvios no caminho.
Com a sobriedade bíblica, tudo correrá nos tri-
lhos certos. Sem esta sobriedade, no entanto, a
tendência é sair dos trilhos rapidamente. Paulo
era um homem muito sóbrio. Tinha dons pode-
rosos do Espírito, mas não se tornou artificial
por causa disso. Quando o Espírito Santo come-
ça a agir, a situação não se torna artificial, mas
definitivamente é algo sobrenatural e que traz
paz. Que bênção que Deus ainda hoje pode
continuar derramando os dons que Ele prome-
teu à Sua igreja. Nós precisamos desesperada-
mente destes dons. Mas apenas queremos o que
Deus nos dá e nada feito de maneira forçada
por nós mesmos.
130
Todos serão preparados
1.Pedro 4:10

Lemos sobre os dons espirituais. Mas nem todos


os dons são assim tão espetaculares. Além da
lista de dons de 1.Coríntios 12:1-11, também
podemos ver outros em 1.Coríntios 12:28-31 e
Romanos 12:4-8. Aqui são mencionados, por
exemplo, dons como os de ajuda, liderança,
ensino, compartilhamento, exortação e a prática
da misericórdia. Mesmo assim, cada dom é so-
brenatural e não um dom natural – De acordo
com a Bíblia, não existe ninguém no Corpo de
Cristo, ou seja, na Sua igreja, que não tenha
recebido um dom para servir a Deus. A Palavra
diz: »Cada um exerça o dom (charisma) que
recebeu para servir os outros, administrando
fielmente a graça de Deus em suas múltiplas
formas.« Jesus contou na parábola dos talentos
que cada servo recebeu alguma coisa: »A um
deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a
cada um de acordo com a sua capacidade. Em
seguida partiu de viagem« (Mateus 25:15). Pau-
lo escreveu: »Gostaria que todos os homens
fossem como eu; mas cada um tem o seu próprio
dom da parte de Deus; um de um modo, outro
de outro« (1.Coríntios 7:7). Ninguém na igreja
de Jesus é inútil. Todos podem servir em algum
lugar e de alguma forma. A igreja de Jesus não
131
foi concebida para ser uma »empresa de alguns
homens«, onde somente os responsáveis da
liderança fazem o que é necessário. Todos têm
uma função, para a qual Deus também quer dar
a capacidade de ser realizada. Não é de se ad-
mirar que no capítulo 12 de 1.Coríntios, entre
duas listas de dons, a igreja seja retratada como
um corpo onde nenhum membro é desnecessá-
rio, porque todos são importantes e tem a capa-
citação de Deus para efetuar as suas tarefas.
Todos precisam de todos na igreja, se tudo esti-
ver na direção de Deus. – No entanto, eu gosta-
ria de apontar algo relativo aos dons espirituais,
que pessoalmente, considero como sendo não
muito espiritual – é o conhecido »teste de
dons«. Neste teste, uma pessoa deve através de
um questionário, encontrar que dom de Deus
foi atribuído a ela, para que essa pessoa possa
encontrar a atividade certa na igreja (e, como
pode ser o caso, não fazer nada abaixo da sua
»dignidade de dom«). Eu penso que é melhor
uma pessoa se colocar a disposição de Deus e
fazer o que estiver a sua frente para fazer, visto
que isto deveria ser feito para Deus. Se o dom
de Deus ainda não for óbvio, a comunidade irá
reconhecê-lo, geralmente na prática do dia a
dia. E o que impede Deus de adicionar mais
dons quando precisamos deles ou os pedimos?
(1.Coríntios 14:1).
132
O Fruto do Espírito
Gálatas 5:22-23

O Espírito Santo faz a sua obra entre as pessoas


antes, durante e depois do novo nascimento.
Como vimos, Ele tem dons preparados para nós
após o renascimento, mas isso não é tudo. Um
efeito muito especial do Espírito Santo nos re-
nascidos é produzir frutos. E esta também é
uma verdade importante no novo caminho. Na
citação da Bíblia em Gálatas 5:22-23, estes »fru-
tos« do Espírito estão relatados. Mas podemos
realmente chamar estas características de »fru-
tos«? Não, a Bíblia não os menciona no plural,
mas como singular: É o fruto do Espírito. E como
se parece este fruto? É um fruto com nove par-
tes: »Mas o fruto do Espírito é amor, alegria,
paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelida-
de, mansidão e domínio próprio.« Tal como
uma laranja tem vários gomos mas ainda assim
é uma única laranja, o fruto do Espírito tem
várias partes e, mesmo assim, é apenas um fru-
to. Sim, pode apenas ser um fruto, porque as
partes isoladas estão ligadas entre si. Utilizemos
a primeira parte do fruto, o amor. Sem esta
parte do fruto, todas as outras partes não têm
um conteúdo divino – Isto não faz sentido para
nós? »Ainda que eu … se não tiver amor, serei
como o sino que ressoa ou como o prato que
133
retine« (1.Coríntios 13:1). Apesar desta palavra
estar num contexto diferente, é aplicável da
mesma forma. Sendo um fruto com nove pro-
priedades, é apenas um fruto! Este fruto deve
permanecer visível em nós e em você, mesmo
se tiver acabado de se converter. Uma pessoa
não tem que permanecer primeiro no caminho
durante vinte anos, antes que alguma parte do
fruto do Espírito se torne visível. Este fruto,
cresce desde o primeiro dia no seu novo cami-
nho. Ele já pode ser reconhecido em você tam-
bém?

Uma comparação entre os Dons


e o Fruto do Espírito
Gálatas 5:22-23

Então, o fruto do Espírito tem nove partes. O


número de dons do Espírito, que já vimos tam-
bém, é nove. Ao ler sobre estes, no entanto,
verificamos uma diferença em comparação com
o fruto do Espírito: »Pelo Espírito, a um é dada a
palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espí-
rito, a palavra de conhecimento; a outro, fé, pelo
mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo
único Espírito; a outro, poder para operar mila-
gres; a outro, profecia; a outro, discernimento de
espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a
134
outro, interpretação de línguas. Todas essas
coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e
único Espírito, e ele as distribui individualmen-
te, a cada um, como quer« (1.Coríntios 12:8-11) –
Você consegue notar a diferença? Enquanto o
fruto do Espírito é um fruto inseparável, os
dons do Espírito são dons múltiplos que podem
ser separados. As palavras continuamente repe-
tidas »mas a outro« indicam que nem todos os
crentes receberão todos os dons; porque o Espí-
rito Santo os distribui de acordo com Sua von-
tade. Assim a distribuição ocorre de acordo com
a necessidade divina. E porque não ocorre o
mesmo com o fruto do Espírito? – Não é possí-
vel um ter amor, outro alegria, outro paz, outro
paciência, outro bondade, outro generosidade,
outro fé, outro gentileza, outro abstinência? – Já
vimos pelo exemplo do amor, que se fosse desta
maneira não poderia funcionar. Se, o fruto do
Espírito for partilhado dessa forma, isto signifi-
caria por exemplo que um poderia ter alegria e
paz, mas não teria amor, seria completamente
impaciente, indelicado, sem misericórdia, sem
fé, zangado e muito mais. E se ele tivesse estas
características negativas, teríamos que pergun-
tar como poderia então ter amor e alegria. As-
sim vemos que todas estas partes do fruto pre-
cisam estar juntas no cristão. Elas trabalham na
formação do caráter e no interior de cada um de
135
nós. – Com os dons do Espírito é diferente.
Cada dom que nos é dado, é um presente extra
de Deus, que serve para nos capacitar para uma
tarefa especial. – Mas o fruto do Espírito em
nós, revela que somos cristãos.

O fruto glorifica a Deus


Gálatas 5:22-23

Lemos na seção anterior: »Se o fruto do Espírito


for partilhado dessa forma, isto significaria por
exemplo que um poderia ter alegria e paz, mas
não teria amor, seria completamente impacien-
te, indelicado, sem misericórdia, sem fé, zanga-
do e muito mais. Se tivesse estas últimas carac-
terísticas negativas, teríamos de perguntar co-
mo poderia ainda ter amor e alegria.« – Mas
também temos que nos perguntar: Qual é o
propósito do fruto do Espírito? Em primeiro
lugar, eles servem para glorificar a Deus. Mas,
como pode o fruto do Espírito glorificar a Deus
se, de acordo com este padrão, lhe faltam algu-
mas partes do fruto? Tudo o que falta, não ape-
nas não está presente, mas, em vez disso, o que
é demonstrado na vida deste cristão é exata-
mente o oposto desta parte do fruto. A ausência
de uma parte do fruto desonra a Deus e a Jesus
Cristo, o nosso salvador, porque nesse mesmo
136
lugar onde uma parte do fruto do Espírito está
faltando, pode crescer uma folha suja do mal. A
essência de Jesus torna-se óbvia no fruto do
Espírito. Ter o Fruto do Espírito significa ser seme-
lhante a Jesus. Mas o nosso Senhor não pode ser
dividido. É impossível, que algumas dessas
partes do fruto não representem a Sua natureza
interior. Por isso, quando Jesus diz: »Aprendei
de mim!« (Mateus 11:29), apenas pode estar
relacionado com a Sua natureza completa. Por
isso não podemos dar a Deus a honra, se o fruto
do Espírito não amadurecer entre nós inteira-
mente. – Talvez você agora ficou desanimado,
porque nem sempre amou e foi amável, esteve
feliz, em paz, foi paciente, bom, generoso, fiel,
gentil e teve auto-controle. Sim, seguramente
todos nós reconhecemos que alguns destes
pontos faltam em nós. Mas, qual é o motivo
para isso? Como pode ser, que algumas vezes
características negativas são observadas nos
cristãos? Paulo escreve-o alguns versículos an-
tes: »Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de
modo nenhum satisfarão os desejos da carne«
(Gálatas 5:16). Se não andarmos com o espírito,
estamos agindo sozinhos. E, com isso, passamos
facilmente a fazer coisas que na realidade não
queríamos fazer. É por isto que um cristão deve
caminhar no espírito. Vamos observar esta situ-
ação mais de perto no próximo parágrafo.
137
A caminhada no Espírito
Gálatas 5:16-25

Outra verdade importante no percurso para a


salvação é o caminhar no Espírito. Deus criou a
humanidade à sua imagem (Gênesis 1:27).
Através do pecado esta imagem ficou muito
embaçada. Mas através da salvação em Jesus,
Deus a tornou novamente visível e clara para os
seus filhos. – Mas, para isto acontecer, não basta
apenas receber o perdão pelos pecados uma vez
e entregar a vida a Jesus. Precisamos, a partir
desse momento, deixar a direção da nossa vida
com o Senhor e não tentar sempre puxar a dire-
ção pro nosso lado. Temos de nos concentrar no
nosso Senhor todos os dias, a todas as horas, em
cada momento. Para isso, devemos deixar o
Espírito de Deus, que trabalha dentro de nós,
determinar o passo na nossa vida. Podemos
comparar bem esta situação com os relógios que
precisam ser ajustados para mostrarem o horá-
rio corretamente. Deus, de pouco em pouco,
precisa nos ajustar. O Espírito de Deus quer
guiar-nos e ajustar-nos uma e outra vez. E não
podemos apenas deixar para sermos ajustados
uma vez por dia ou por hora como os relógios.
Nas situações que nos rodeiam, necessitamos de
uma orientação imediata sobre a vontade de
Deus. Para que isto aconteça, não podemos
138
resistir ao ajuste do Espírito de Deus. Não po-
demos abafá-lo ou entristecê-lo. Devemos ca-
minhar como »receptores do alto«. O versículo
acima mencionado não diz nada diferente:
»Andai pelo Espírito!« E quando andamos as-
sim, uma coisa acontece automaticamente: »De
modo nenhum satisfarão os desejos da carne.« –
Quando um homem é salvo para a vida eterna,
ele vive através do Espírito. Se a sua existência
não for uma contradição, a sua caminhada tam-
bém deve ser através do Espírito. Isto é exata-
mente o que Paulo diz no segundo versículo:
»Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo
Espírito!« – Como cristãos somos filhos do Rei,
por isso o nosso caminhar deve estar de acordo
com este título. Se quisermos viver através do
Espírito, precisamos caminhar através do Espíri-
to. E, apenas se vivermos através do Espírito, o
fruto do Espírito crescerá em nós. Mas este fruto
também é visível exteriormente, somos reco-
nhecidos por ele, como Jesus disse: »Vocês os
reconhecerão por seus frutos« (Mateus 7:16).

139
Ser santo
1.Pedro 1:16

Uma quarta importante verdade sobre o cami-


nho para o céu é a santificação. Deus é um Deus
santo. A Bíblia não O descreve como alguém
comum, mas se refere a Ele como sendo três
vezes santo. Assim diz o Antigo Testamento: »E
proclamavam uns aos outros: Santo, santo, san-
to é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está
cheia da sua glória« (Isaías 6:3). E podemos
encontrar a mesma confirmação no Novo Tes-
tamento: »Santo, santo, santo é o Senhor, o
Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de
vir« (Apocalipse 4:8). Por Deus ser tão santo,
ninguém que não seja santo pode permanecer
próximo Dele. Apenas os santos salvos estarão
no céu um dia. Por isso, o Deus Todo-Poderoso
disse: »Pois eu sou o Senhor, o Deus de vocês;
consagrem-se e sejam santos, porque eu sou
santo« (Levítico 11:44). E isto é válido também
para o tempo da nova aliança, em que vivemos.
Pedro nos diz isto através das palavras: »Pois
está escrito: »Sejam santos, porque eu sou san-
to.« Esta verdade pode de certa forma nos as-
sustar. Como seria possível para o homem
cumprir os padrões de santidade necessários
para estar perante Deus? Isto nunca poderá
acontecer pelo esforço próprio. Aqui, mais uma
140
vez, não é possível sem Jesus. Não somos ape-
nas libertados dos nossos pecados através Dele,
mas a santificação que Deus espera dos Seus
filhos vem através Dele. Vemos isto claramente
em 1.Coríntios onde diz: »É, porém, por inicia-
tiva dele que vocês estão em Cristo Jesus, o qual
se tornou sabedoria de Deus para nós, isto é,
justiça, santidade e redenção« (1.Coríntios 1:30).
Mas o que significa realmente ser »santo«? Sig-
nifica ser separado, escolhido. Sim, é assim que
os salvos do Senhor devem ser: separados do
pecado e da sua podridão e escolhido por Deus
para o Seu serviço. A santificação significa fazer
parte da pureza de Deus. Adquirimos esta pu-
reza através de Cristo no novo nascimento. Mas
mesmo depois disto devemos continuar cami-
nhando na santificação. Vamos analisar esses
dois tipos de santificação nos seguintes dois
tópicos: A santificação com base no novo nas-
cimento – mas também a santificação de acordo
com o caminhar depois do renascimento. – Mas
o importante agora é: Deus é um Deus santo!
Devemos dirigir-nos a Ele com a reverência
adequada. Mesmo assim, apesar da sua alta e
sublime santidade, o Eterno não é inacessível
para nós, mas é o nosso pai, através de Jesus
Cristo.

141
Santificação de acordo com a posição
1.Coríntios 6:9-11

A santidade ou santificação de acordo com a


posição, pode ser comparada com a aristocracia.
Para fazer parte da realeza, normalmente uma
pessoa precisa nascer numa posição da aristo-
cracia. Um pequeno príncipe não pode evitar
pertencer à aristocracia após o seu nascimento.
Esta posição foi-lhe dada. Desta forma, a santifi-
cação é atribuída aos cristãos renascidos através
do Espírito Santo. Eles possuem uma parte na
sua conversão uma vez que aceitaram o convite
de Deus. Mas o próprio renascimento acontece
exclusivamente pelo agir de Deus, e assim seus
filhos recebem o título e a posição de santos.
Mas, é possível que apenas os que não tenham
feito tanto mal possam tornar-se santos? Abso-
lutamente não. Existem vários pecadores men-
cionados no texto de 1.Cotíntios 6:9-11, como os
imorais, idólatras, adúlteros, homossexuais pas-
sivos ou ativos, ladrões, avarentos, alcoólatras,
caluniadores e trapaceiros. Nenhum destes
poderia ter herdado o reino de Deus. Mas Paulo
continua escrevendo e se refere aos destinatá-
rios das suas cartas: »Assim foram alguns de
vocês. Mas vocês foram lavados, foram santifi-
cados, foram justificados no nome do Senhor
Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus!« As-
142
sim, mesmo que o homem não ter sido »bom«
ou santo, existe um »mas« perante a santidade
de Deus. O que quer que você tenha feito ou
sido, você foi limpo, santificado e justificado.
Através de quem? Através do nome do Senhor
Jesus e através do Espírito Santo. Você pode ter
a certeza que os seus pecados, independente-
mente de quão maus eram, não te seguirão
mais até a eternidade. As suas vestes sujas fo-
ram retiradas e em seu lugar você recebeu rou-
pas brancas. É santificado pela fé. Como está
escrito: »Para abrir-lhes os olhos e convertê-los
das trevas para a luz, e do poder de Satanás
para Deus, a fim de que recebam o perdão dos
pecados e herança entre os que são santificados
pela fé em mim« (Atos dos Apóstolos 26:18). E o
que te torna santo? A Bíblia diz: »Pelo cumpri-
mento dessa vontade fomos santificados, por
meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, ofe-
recido uma vez por todas« (Hebreus 10:10). Os
efeitos do sangue derramado de Cristo o tor-
nam santo. – »Oh palavra da vida, aqui a minha
fé pode descansar; nesta rocha posso me fun-
damentar. A salvação do nosso Deus é eterna-
mente completa; toma-a, oh pecador, para que
se torne tua! Já não podeis fazer nada, Ele fê-lo:
Está consumado! Está consumado!«

143
Santificação de acordo com a caminhada
1.Pedro 1:15-16

Lemos no tópico anterior: »A santidade ou san-


tificação de acordo com a posição, pode ser
comparada com a aristocracia. Para fazer parte
da realeza, normalmente uma pessoa precisa
nascer numa posição da aristocracia. Um pe-
queno príncipe não pode evitar pertencer à
aristocracia após o seu nascimento. Esta posição
foi-lhe dada.« Como vai decorrer o caminho
deste pequeno príncipe na aristocracia a partir
do nascimento, se ele vai agir realmente como
um nobre ou se apenas vai ter um nome nobre,
depende totalmente dele mesmo. Desta mesma
forma acontece com os renascidos que foram
santificados de acordo com sua posição. Eles
tem uma influência no seu caminho futuro. O
cristão não é uma marionete, um boneco sem
vontade própria, controlado através de fios por
alguém lá de cima. Pedro nos desafia através do
Espírito de Deus: »Mas, assim como é santo
aquele que os chamou, sejam santos vocês tam-
bém em tudo o que fizerem, pois está escrito:
»Sejam santos, porque eu sou santo« (1.Pedro
1:15-16). Nós somos desafiados a caminhar co-
mo santos. Não é apenas sobre a nossa santifi-
cação pela posição mas, na realidade, a conse-
quente santificação no nosso caminhar diário.
144
Infelizmente podemos observar atualmente que
existem no cristianismo vivido, caminhos que
não são tão santificados. Por isso, não devemos
olhar para as outras pessoas. Nós devemos fazer
a nossa parte e buscar caminhar de forma santi-
ficada. Mas quantas vezes não foi assim? Será
que o nosso caminhar de uma forma santa é
assim tão importante, se já somos santificados
quando nos convertemos? Sim, é realmente
importante, porque a Bíblia nos diz: »Se alguém
se purificar dessas coisas, será vaso para honra,
santificado, útil para o Senhor e preparado para
toda boa obra« (2.Timóteo 2:21). Assim, se qui-
sermos ser úteis para o serviço no reino de
Deus, um caminhar santificado faz parte dessa
função. Quem não se preocupa sobre como
caminha, é exortado com a seguinte palavra:
»Esforcem-se para viver em paz com todos e
para serem santos; sem santidade ninguém verá
o Senhor« (Hebreus 12:14). Mas, então é o esfor-
ço próprio que permite a pessoa ficar no cami-
nho santificado? Não, pois também é Cristo
Jesus que causa isso: »Ora, tanto o que santifica
quanto os que são santificados provêm de um
só. Por isso Jesus não se envergonha de chamá-
los irmãos« (Hebreus 2:11). Apenas resta uma
coisa para nós fazermos, como na conversão:
Nós devemos concordar e aceitar a santificação
de Cristo na nossa caminhada. Ele deseja fazê-
145
lo, mas temos de dizer sim. E no dia a dia bus-
carmos ser santos e guiados pela Palavra na
maneira de pensar, agir, de falar, de como nos
comportamos nos relacionamentos, nos negó-
cios, na sociedade. O compositor expressa-o
com profundas palavras: »Eu concordei, o meu
caminho está sendo posto a prova; na direção
que minha carne deseja ir, não mais irei; separa-
do dos meus desejos através da cruz de Jesus,
em paz profunda caminho feliz através da vida.
– No silencioso santuário olho em adoração
para a glória do meu Jesus, o que Ele fez por
mim. Por amor Ele se entregou e através desta
ação preparou-me para morrer também.«

Comunhão na Santa Ceia


1.Coríntios 11:23-31

Como consequência a estas observações sobre a


santificação, vamos tratar agora com a segunda
ação simbólica para a igreja, ordenada pelo
Senhor. A primeira ordenança é o batismo,
sobre o qual já falamos. A segunda é a
comunhão na Santa Ceia. Não é um ritual
supérfulo, mas uma ação sagrada. Esta
ordenança apenas é aplicada para os santi-
ficados em Cristo. – A comunhão ou Ceia do
Senhor foi introduzida pelo próprio Senhor
146
Jesus e é um ato memorial (Mateus 26:26-30),
como podemos ler no texto de 1.Corintios 11:23-
31. Na Santa Ceia, relembramos o que o Senhor
Jesus fez por nós no calvário. O Seu corpo foi
partido ali e o Seu sangue derramado como
expiação pelos nossos pecados. Os símbolos
memorais para este ato de redenção do nosso
Senhor na ceia são o pão (representando o
corpo) e o vinho (representando o sangue
derramado). Na cerimônia, os participantes irão
compartilhar de uma comunhão muito especial
com o Senhor Jesus, tal como é dito em
1.Coríntios 10:16: »Não é verdade que o cálice
da bênção que abençoamos é uma participação
no sangue de Cristo, e que o pão que partimos é
uma participação no corpo de Cristo?« Nessa
comunhão especial podem participar, em
princípio, apenas os cristãos nascidos de novo,
que também passaram pela porta de entrada
para a igreja, ou seja, através do batismo
(consulte também Atos dos Apóstolos 2:41-42).
»Como há somente um pão, nós, que somos
muitos, somos um só corpo, pois todos
participamos de um único pão« (1.Coríntios
10:17). A Ceia do Senhor é para os que fazem
parte do corpo de Cristo, e não para os infiéis.
Mas, nem todos os que se consideram crentes
podem partilhá-la. Como vemos em 2.Tessa-
lonicenses 3:6 e 1.Coríntios 5:11, não podemos
147
celebrar da comunhão na Santa Ceia com
aqueles que estão vivendo uma vida não
santificada. Assim, seria bom conhecer os
cristãos com quem celebramos a Ceia do
Senhor, isto, novamente, fica mais fácil quando
estamos integrados numa igreja local. A comu-
nhão na Santa Ceia é uma celebração para a
igreja local, como também podemos ver a partir
de 1.Coríntios 11:18-20. – Este é outro motivo
pelo qual é importante pertencer a uma igreja
que seja realmente bíblica!

A comunhão na Santa Ceia como memorial


1.Coríntios 5:7-8

Conforme mencionamos anteriormente, a Santa


Ceia é um memorial. Foi dito sobre Jesus:
»Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu
aos discípulos, dizendo: »Isto é o meu corpo
dado em favor de vocês; façam isto em
memória de mim« (Lucas 22:19). Mas, a Santa
Ceia não serve para recebermos perdão pelos
nossos pecados, mas em vez disso, necessitamos
obter o perdão pelos nossos pecados para
participar dela. Isto é claramente mostrado na
citação da Bíblia: »Livrem-se do fermento velho,
para que sejam massa nova e sem fermento,
como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro
148
pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a
festa, não com o fermento velho, nem com o
fermento da maldade e da perversidade, mas
com os pães sem fermento, os pães da
sinceridade e da verdade.« A comunhão na Ceia
surgiu com a celebração da Páscoa. Ou, mais
exatamente: foi introduzida por Jesus, na
celebração da páscoa (consulte Lucas 22). No
entanto, a páscoa celebrada no Antigo
Testamento, (Êxodo 12), era uma referência
profética ao cordeiro de Deus que deveria
morrer pelos pecados do mundo. Na páscoa da
velha aliança (no Antigo Testamento), um
cordeiro era morto e preparado com ervas
amargas, cozido e servido com pão não
fermentado. Este prenúncio tornou-se uma
verdade executada em Cristo, como Paulo
escreveu: »Porque Cristo, nosso cordeiro de
páscoa, já foi sacrificado.« Por isso, esta
celebração agora na nova aliança não deve ser
celebrada com o antigo fermento da malícia e
do mal, mas com os pães não levedados da
integridade e da verdade. Assim, a Santa Ceia,
não deveria ser tomada em pecado e, claro, nem
com os que vivem em pecado. Existem teólogos
que não aplicam o versículo da Bíblia acima à
Santa Ceia, mas à vida cristã de forma geral.
Mas, mesmo se uma pessoa a aplicar esta
verdade desta forma, é válida ainda mais para a
149
comunhão na Santa Ceia. É um momento
sagrado e como tal deve ser observado. No
entanto, não é possível ver »por trás da
fachada« de cada membro da comunidade.
Assim, a Bíblia dá-nos o seguinte direciona-
mento: »Examine-se cada um a si mesmo, e
então coma do pão e beba do cálice«
(1.Coríntios 11:28). Para todos aqueles que
ignoram estes direcionamentos referentes a
memória do que Jesus fez na cruz, devem ser
aplicadas as seguintes palavras: »Pois quem
come e bebe sem discernir o corpo do Senhor,
come e bebe para sua própria condenação. Por
isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e
vários já dormiram« (1.Coríntios 11:29-31). – Na
Santa Ceia, devemos recordar o sacrifício do
nosso Senhor, assim como Jesus mesmo
respeitava o ato sagrado! Nós devemos e
queremos nos reunir para a Santa Ceia, para
que seja bênção e não para a maldição.

Passar a mensagem – Confessar ao Senhor!


Romanos 10:9

O que foi salvo da destruição eterna através de


Jesus, não deveria se concentrar apenas em si
mesmo. Tão importante como a santificação, é
não permanecer somente se preocupando
150
apenas com aquilo que nós para alcança-la. Se
tudo estiver sempre relacionado com o sermos
suficientemente santos, pode ter a certeza de
que passamos ao largo pela verdadeira
santificação. Porque »santo« significa ser
separado para Deus – e isto sempre para o Seu
serviço. E o serviço de Deus é um serviço entre
as almas perdidas. »Como o Filho do homem,
que não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate por muitos« (Mateus
20:28). Assim, as pessoas em nosso redor devem
aprender sobre Jesus e essa também é uma
verdade muito importante. Se você se conver-
teu para o Senhor Jesus, conte isto para outras
pessoas. A Bíblia nos diz em Romanos 10:9 que
esta confissão está ligada inseparavelmente à
salvação. Devemos confessar Jesus como nosso
Senhor, com a nossa boca e crêr no nosso
coração que Ele ressuscitou dos mortos para
sermos salvos. Então, não pode ser que alguém
queira guardar segredo de todo mundo e a todo
custo, que Cristo é o seu Senhor e Salvador. O
cristianismo não é algo assim tão privado. Claro
que não devemos forçar as boas novas do
evangelho para as outras pessoas, como o faria
um mal vendedor. Também não precisamos ir
»direto ao assunto«, incomodando as pessoas a
qualquer hora. Mas, precisamos estar prontos
para justificar a nossa fé. Pedro diz: »Antes,
151
santifiquem Cristo como Senhor em seu
coração. Estejam sempre preparados para
responder a qualquer pessoa que lhes pedir a
razão da esperança que há em vocês« (1.Pedro
3:15). Para que outras pessoas sejam salvas para
a vida eterna, a mensagem precisa ser re-
passada. »E disse-lhes Jesus: Vão pelo mundo
todo e preguem o evangelho a todas as
pessoas« (Marcos 16:15). Por isso esteja aberto à
liderança do Espírito Santo, para que Ele
mesmo te mostre para quem você deve falar de
Jesus, talvez através de uma palavra falada ou
de um folheto. Alguns se converterão. E, se cada
um de nós se deixar conduzir pelo Espírito
Santo desta forma, veremos os frutos, conforme
a promessa feita por Deus:»Assim também
ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela
não voltará para mim vazia, mas fará o que
desejo e atingirá o propósito para o qual a
enviei« (Isaías 55:11).

Aceitar a exortação
1.Tessalonicenses 5:2-14

Será que agora faremos tudo certo no novo


caminho para o céu? Seguramente que não. Por
isso, a Escritura nos mostra uma importante
verdade: »Por isso, exortem-se e edifiquem-se
152
uns aos outros, como de fato vocês estão fazen-
do.« Exortação e encorajamento são parte da
vida de um cristão. Seja no caso de nos deixar-
mos ser exortados ou quando precisamos exor-
tar a outro. Quem admoesta alguém, não está
querendo parecer mais importante, mas, em
vez disso, quer obedecer e receber de Deus a
sabedoria para esta exortação. Se você mesmo
for exortado, tem que ter a humildade para
aceitar a exortação. Na realidade, alguns salvos
tem um bom início, mas pode acontecer que
adormeçam no caminho rumo a eternidade e
não consigam continuar. Um mundo por ser
salvo espera infelizmente sonolento a volta de
Cristo e o conseqüente juízo. A noite e a escuri-
dão os rodeiam, como nos diz a Palavra acima.
A admoestação é direcionada diretamente para
estes salvos: »Portanto, não durmamos como os
demais, mas estejamos atentos e sejamos só-
brios.« Esta admoestação muitas vezes não atin-
ge um cristão adormecido através da leitura da
Bíblia, porque provavelmente ele já colocou a
Bíblia de lado. Por isto Deus usa pessoas para as
admoestar, baseadas na Palavra. E bem-
aventurado aquele que ouve esta admoestação.
Existem também outras situações que necessi-
tam de admoestações. Normalmente, estas coi-
sas ou situações andam juntas com o pecado
eminente. São, freqüentemente, os líderes da
153
igreja que admoestam quando recebem uma
posição clara da Palavra de Deus. Esta não é
uma tarefa agradável. Assim, lemos: »Agora
lhes pedimos, irmãos, que tenham consideração
para com os que se esforçam no trabalho entre
vocês, que os lideram no Senhor e os aconse-
lham. Tenham-nos na mais alta estima, com
amor, por causa do trabalho deles. Vivam em
paz uns com os outros« (v. 12-13). – Se um líder
chega ao ponto de admoestar alguém, ele não o
faz para impôr ou mostrar a sua autoridade,
mas em obediência a Palavra de Deus. Algumas
pessoas ficam entusiasmadas quando ouvem
sermões bonitos e cativantes. Provavelmente
até elogiam os líderes pelas lindas mensagens
pregadas. Mas, este líder pode rapidamente ter
sua reputação atacada, se tiver que fazer uma
admoestação desagradável. Foi por isto que
Deus usou Paulo para escrever as palavras aci-
ma mencionadas. Um cristão – quando é um
verdadeiro cristão – não colapsa sob uma exor-
tação, mas aceita-a com gratidão. Esta é a única
forma de avançarmos na fé. Qualquer outra
coisa leva ao enfraquecimento do caráter da fé.

154
Amor
1.Coríntios 13:1-8

Apesar de termos visto o amor como uma parte


do fruto do Espírito, a sua importância deve ser
acentuada mais uma vez. Se quisermos viver a
nossa vida cristã corretamente, precisamos des-
te amor divino. Ele é basicamente, o centro da
existência cristã. Mas este amor não é algo que
possa ser produzido por nós mesmos. A carta
de Paulo aos Romanos diz: »E a esperança não
nos decepciona, porque Deus derramou seu
amor em nossos corações, por meio do Espírito
Santo que ele nos concedeu« (Romanos 5:5). – É
aqui que precisamos nos perguntar, se este
amor tem dirigido as nossas vidas e se é de-
monstrado na igreja. O texto de 1. Coríntios 13
diz-nos claramente que o amor é incomparável
e insubstituível. Mesmo os maiores atos de mi-
sericórdia ou os maiores sacrifícios, não tem
valor sem este amor: »Ainda que eu tenha o
dom de profecia e saiba todos os mistérios e
todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de
mover montanhas, se não tiver amor, nada
serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que
possuo e entregue o meu corpo para ser quei-
mado, se não tiver amor, nada disso me valerá«
(v. 2-3). – Como estamos lidando e nos relacio-
nando uns com os outros? Oh, quão rápido
155
agimos sem amor. Este é o motivo pelo qual
precisamos de um novo fluxo de amor vindo do
alto. Talvez alguém pense: »Sim, isso é verdade!
Este e aquele não demonstraram amor para
comigo ontem.« Mas, também pode ser que um
crente que pense desta forma, que observa cui-
dadosamente o comportamento de outras pes-
soas para consigo, seja quem tem mais falta de
amor. Freqüentemente, essas críticas são prove-
nientes de forte egoísmo, de amor-próprio des-
balanceado, sempre querendo medir como es-
tão sendo tratados por outros. Mas, o verdadei-
ro amor busca primeiro o bem do próximo, e
não de si mesmo. E agindo assim, não há lugar
para brigas e disputas. »Completem a minha
alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o
mesmo amor, um só espírito e uma só atitude.
Nada façam por ambição egoísta ou por vaida-
de, mas humildemente considerem os outros
superiores a si mesmos. Cada um cuide, não
somente dos seus interesses, mas também dos
interesses dos outros« (Filipenses 2:2-4). Isto só
pode ser alcançado pelo verdadeiro amor de
Deus: »O amor é paciente, o amor é bondoso.
Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não
se ira facilmente, não guarda rancor. O amor
não se alegra com a injustiça, mas se alegra com
a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
156
tudo suporta. O amor nunca perece.« – O amor
nunca falha, e por isso é tão valioso. Que o Se-
nhor nos abençoe ricamente com este amor!

Perdão
Mateus 18:21-35

Nós lemos sobre o amor. Se o amor está presen-


te, não deveria haver falta de perdão. No entan-
to, surge a questão sobre quantas vezes deve
um verdadeiro cristão perdoar. Pedro fez a
mesma pergunta: »Então Pedro aproximou-se
de Jesus e perguntou: Senhor, quantas vezes
deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar
contra mim? Até sete vezes?« Sete simboliza o
número da perfeição, o número de Deus. Por
isso perguntou a Jesus se deveria pacientemen-
te perdoar os seus irmãos sete vezes. A resposta
do Senhor surpreendeu a todos: »Jesus respon-
deu: Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta
vezes sete.« Isso significava 490 vezes? Prova-
velmente não. Aqui o número sete devia ser
multiplicado por setenta, ou seja dez vezes o
número da perfeição. Em outras palavras, signi-
fica o seguinte: »Você tem que sempre o perdo-
ar de novo.« A parábola que Jesus apresentou
em seguida, explica a Pedro e a nós, porque
agimos de forma correta quando sempre per-
157
doarmos de novo. Nesta parábola, o servo devia
aos seu mestre uma enorme quantidade de
prata (no Grego: 10.000 talentos. Um talento
equivalia a 35 quilos). Era uma soma inestimá-
vel. Apesar do servo ter feito a absurda oferta
de pagar tudo com tempo, o seu mestre sabia
que isto seria impossível. Por isso perdoou-lhe a
dívida. No entanto, este mesmo servo era muito
cruel com o seu colega. Este colega lhe devia
100 denários de prata (O denário era uma moe-
da de prata equivalente à diária de um traba-
lhador braçal). A pedido do devedor: »Tenha
paciência comigo, e eu lhe pagarei«, o credor
não ouviu e colocou-o na prisão. Isto foi visto
pelos outros servos que foram contar para o seu
mestre. O mestre ficou muito zangado com
aquele servo sem misericórdia, porque ele foi
tão mau, apesar de ter recebido o perdão de
uma dívida muito maior. Em seguida, o mestre
reativou a grande dívida de 10.000 talentos e
disse que tudo deveria ser pago. O servo conse-
guiria pagá-lo? Não, estava fora das suas capa-
cidades. Agora, se não conseguirmos perdoar as
pessoas, comportamo-nos da mesma forma que
este servo sem misericórdia agiu. Nós também
tínhamos uma grande dívida perante Deus, que
nunca seríamos capazes de pagar. Jesus pagou
esta dívida. Assim, o Senhor nos ordena que
devemos estar dispostos a perdoar a pequena
158
dívida, que surge entre as pessoas, sempre de
novo. O perdão deve fazer parte da vida do
cristão! Lembremo-nos: »Pois a medida que
usarem também será usada para medir vocês«
(Lucas 6:38). Isto aplica-se não apenas ao dar,
mas também ao perdão.

Reconhecer a vontade de Deus I


Salmos 119:105

Um cristão não deve mais seguir o seu próprio


caminho, mas o caminho de Deus. Mas, alguns
de nós podem perguntar algo muito importan-
te: Como reconheço a vontade de Deus? Bem,
em primeiro lugar reconhecemos a vontade de
Deus a partir da Sua Palavra. »A tua palavra é
lâmpada que ilumina os meus passos e luz que
clareia o meu caminho.« Para tudo o que já está
claramente descrito na Bíblia, não devemos
esperar mais instruções especiais. Por exemplo,
se alguém que procura uma esposa, começar a
se apaixonar por uma mulher incrédula, não
deve esperar que Deus lhe diga que esta é a
esposa ideal para ele. A Bíblia diz claramente:
»Não se ponham em jugo desigual com des-
crentes. Pois o que têm em comum a justiça e a
maldade? Ou que comunhão pode ter a luz
com as trevas« (2.Coríntios 6:14). Não existe
159
comunhão que seja tão íntima como a união no
matrimônio. Assim, este versículo é especial-
mente aplicável a isto. Qualquer pessoa que
pense que sabe mais do que a Bíblia, e insistir
em casar com uma pessoa não crente, se arre-
penderá desse matrimônio passado algum tem-
po. Ele também se arrependerá de desprezar o
conselho da palavra de Deus. – Assim, existem
vários exemplos onde a vontade de Deus pode
ser reconhecida diretamente na Bíblia. Nem
precisamos discutir a respeito, se pretendemos
realmente seguir a vontade de Deus. Por isso, é
tão importante lermos as escrituras, onde tudo
já está explicado. A Bíblia tem respostas para
todas as questões, de uma forma muito atual.
Quem quer reconhecer o caminho de Deus para
sua vida, quem pretende ter sucesso divino na
caminhada, deve agir da forma que Deus or-
denou a Josué: »Não deixe de falar as palavras
deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e
de noite, para que você cumpra fielmente tudo
o que nele está escrito. Só então os seus cami-
nhos prosperarão e você será bem-sucedido«
(Josué 1:8). É bom ter uma vida onde Deus con-
cede sucesso, porque você procurou cumprir a
vontade de Deus.

160
Reconhecer a vontade de Deus II
Salmos 32:8

Em primeiro lugar, a vontade de Deus pode ser


sempre reconhecida pela Sua Palavra sagrada.
No entanto, existem algumas coisas na vida que
não podem ser facilmente categorizadas na
Bíblia porque não estão erradas por si mesmas.
Ao mesmo tempo, as pessoas podem fazer mui-
tas coisas erradas nas suas vidas com coisas que
não são erradas por si. Assim, por exemplo,
você pode casar-se com uma pessoa que é real-
mente crente, mas que não é um par ideal para
você. Pode aceitar um bom trabalho, mas pode
não ser o trabalho certo para você. A lista de
possível erros de decisão não tem fim. O que
devemos fazer nestas situações? A coisa mais
importante é querer sinceramente reconhecer a
vontade de Deus e não apenas procurar con-
firmação para a sua opinião pré-definida. As-
sim, temos que estar abertos à direção de Deus.
Esse posicionamento foi também tomado por
Jesus, quando caminhava na terra: »Todavia
não se faça a minha vontade, mas a Tua« (Lucas
22:42). Para reconhecermos a vontade de Deus,
precisamos procurar seriamente a face do Se-
nhor em oração. Foi o que fez Davi, que escreve
no Salmos 27: »A teu respeito diz o meu cora-
ção: Busque a minha face! A tua face, Senhor,
161
buscarei« (Salmos 27:8). Em, seguida, devemos
acreditar que Deus não permite que esta busca
fique sem recompensa. Foi o que fez Davi, no
Salmos 9: »Os que conhecem o teu nome confi-
am em ti, pois tu, Senhor, jamais abandonas os
que te buscam« (Salmos 9:10). Devemos tam-
bém ser sensíveis e ouvir também voz suave do
Espírito de Deus. Se percebermos um aviso
interno para não fazer algo, não aja de acordo
com os impulsos da tua própria vontade para
fazer aquilo. Estes impulsos da nossa própria
vontade são frequentemente muito espontâ-
neos, mas depois, é você quem tem de enfrentar
as consequências que, por vezes, podem durar
anos. Quando for necessário, você também
deveria procurar conselhos de um bom cristão.
No entanto, não peça a opinião a vinte pessoas,
ou o máximo que conseguirá será confusão. É
sabido que algumas pessoas pedem a opinião
de outras pessoas até ouvirem o que querem
ouvir. Mas, é improvável que isso tenha afinal
alguma coisa a ver com a vontade de Deus. A
razão para alguém procurar várias pessoas com
sua pergunta, é de fato tentar trazer confirma-
ção para uma consciência pesada. Mas os que
desejam realmente seguir a vontade de Deus e
perguntam algo com sinceridade, de alguma
forma Deus Onisciente irá mostrar a Sua vonta-
de. O Senhor o diz no seguinte versículo: »Eu o
162
instruirei e o ensinarei no caminho que você
deve seguir; eu o aconselharei e cuidarei de
você« (Salmos 32, 8). – Mas lembre-se: Qualquer
conselho pode ser sempre aceito ou rejeitado. A
decisão final é sua. – Além disso, Deus consegue
falar conosco através de portas abertas que es-
tavam anteriormente fechadas. Temos que re-
conhecer que Deus abriu esta porta. Da mesma
forma, o Senhor pode falar através de portas
fechadas, que anteriormente pareciam abertas.
Se Ele fechar uma porta, não tente abrí-la à
força. Acontece freqüentemente que Deus reve-
le a Sua vontade de uma forma bastante prática.
Pode ter a certeza que Ele tem uma porta muito
melhor aberta pra você, se ele fechou a que está
na tua frente!

O casamento é uma instituição de Deus


Gênesis 2:24

Nos próximos pontos gostaríamos de falar sobre


o matrimônio. Para os crentes, o casamento é
uma decisão muito importante. Isto é verdade,
baseado no que vimos sobre o reconhecimento
da vontade de Deus. – Em primeiro lugar, ve-
jamos: O casamento é uma instituição de Deus
e não uma invenção humana. Nas primeiras
páginas da Bíblia, lemos sobre esta instituição:
163
»Então o Senhor Deus declarou: »Não é bom
que o homem esteja só; farei para ele alguém
que o auxilie e lhe corresponda. Por essa razão,
o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua
mulher, e eles se tornarão uma só carne« (Gêne-
sis 2:18-24). Esta união é baseada na inseparabi-
lidade. Quando os Fariseus perguntaram a Je-
sus qual pode ser o motivo para um homem se
divorciar da sua mulher, ocorreu a seguinte
conversação: »Jesus respondeu: Vocês não le-
ram que, no princípio, o Criador os fez homem
e mulher, e disse: Por essa razão, o homem
deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os
dois se tornarão uma só carne. Assim, já não são
dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que
Deus uniu, ninguém separe.« Perguntaram eles:
»Então, por que Moisés mandou dar uma certi-
dão de divórcio à mulher e mandá-la embora?«
Jesus respondeu: »Moisés permitiu que vocês se
divorciassem de suas mulheres por causa da
dureza de coração de vocês. Mas não foi assim
desde o princípio« (Mateus 19:4-8). O matrimô-
nio é a forma de comunhão mais íntima. Nesta
comunhão, os cônjuges permanecem juntos na
alegria e no sofrimento. O amor e a lealdade
deverão reinar no casamento. Isto torna o ma-
trimônio como um porto seguro. E isso não tem
nada a ver com a forma como os casais moder-
nos compreendem o casamento: »Desde que
164
seja vantajoso pra mim ficar com você, ficare-
mos juntos; mas se o meu ego deixar de ser
satisfeito, procurarei outro parceiro.« Isto abso-
lutamente não é o propósito do matrimônio.
Quanta miséria e sofrimento um homem (ou
mulher) passa a viver, quando ele(a) ignora a
palavra de Deus. Não é apenas trazer sofrimen-
to para você, mas também para seu parceiro e,
principalmente, para as crianças nascidas desse
matrimônio, que deixam de ter o direito de
crescer num lar saudável e protegido. Algumas
pessoas poder ignorar essas considerações, as
achando antiquadas, mas o resultado e as con-
sequências desta desobediência à palavra de
Deus são freqüentemente sentidas, não apenas
na familia hoje, mas ao longo das próximas
gerações. Por isso, a Bíblia indica o adultério
como um dos piores pecados. Portanto, todos
nós não deveriamos ser obedientes aos man-
damentos de Deus?

O caminho até o casamento


1.Coríntios 7:39

Como deveria ser o caminho até o casamento,


se você se converteu a Jesus? Já vimos que um
crente não deve procurar ter um relacionamen-
to com um parceiro incrédulo. Além da palavra
165
de Deus, nossa própria lógica pode observar
que nesse matrimônio faltaria o fundamento
mútuo da fé. Sem o fundamento, o relaciona-
mento seria semelhante a uma casa construída
na areia. Ao mesmo tempo, nem todo o crente é
determinado para ser um bom parceiro para
outro crente. Deus é o único que sabe o que
acontecerá no futuro e qual parceiro será bom
para você e qual não será. O versículo acima diz
que todos são livres para contrair matrimônio
com quem quiserem, desde que os seus parcei-
ros sejam verdadeiros crentes no Senhor. É mui-
to bom quando um homem pede a direção a
Deus na escolha de seu parceiro. Mas não deve
entrar em pânico se quando, após a oração, a
porta aberta com a resposta não surgir imedia-
tamente. Um matrimônio infeliz em finção de
uma escolha errada é seguramente menos dese-
joso que nenhum matrimônio. – Mas se Deus
abrir o caminho para o casamento, este deverá
ser apenas consumado quando for devidamen-
te feita uma aliança oficial e esta ser registrada.
Até lá, é crucial preservar o namoro e o noivado
puros, sem envolvimento sexual. Isto pode pa-
recer antiquado e ultrapassado, mas existe uma
grande benção em esperar o casamento. Um
exemplo disto podemos ver com Maria e José
na Bíblia, em Lucas 1:26-35. Eles estavam com-
prometidos e noivos. E naquele tempo, este
166
compromisso tinha consequências muito mais
sérias do que tem hoje. Assim sendo, Maria
ficou bastante surpreendida quando um anjo
lhe disse que ela ficaria grávida e que o seu filho
se chamaria Jesus. Ela respondeu que não era
possível, visto que não conhecia nenhum ho-
mem. Claro, conhecia José, o seu noivo, mas
não de uma forma que pudesse levar a ter um
filho, ou seja, intimamente. – É relativamente
claro que o que pertence ao casamento, não
pertence ao período de namoro ou noivado,
apesar da relação carinhosa entre as pessoas.
Isto é o que a Palavra de Deus nos diz. Se uma
pessoa não pode esperar pelo casamento, pro-
vavelmente também não será fiel dentro dele. O
matrimônio é muito mais do que apenas o pra-
zer da relação sexual. O casamento é uma co-
munhão que é descrita nas palavras do livro de
Eclesiastes: »Melhor é serem dois do que um,
porque maior é a recompensa do trabalho de
duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo
a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e
não tem quem o ajude a levantar-se!« (Eclesias-
tes 4:9-10).

167
Responsabilidades amorosas no matrimônio
Efésios 5:25

Casamento significa responsabilidade. A pri-


meira responsabilidade é o amor entre o casal.
A Bíblia diz: »Da mesma forma, os maridos
devem amar cada um a sua mulher como a seu
próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si
mesmo« (Efésios 5:28). O mesmo é dito sobre as
mulheres que devem amar os seus filhos e os
seus maridos (Tito 2:4-5). O matrimônio deve
ser algo amoroso e não cheio de amargura.
»Maridos, ame cada um a sua mulher e não a
tratem com amargura« (Colossenses 3:19). No
entanto, acontecem tantas coisas desagradáveis
nos relacionamentos conjugais. Alguns casa-
mentos são mais como uma prisão do que um
se completar mútuo em amor entre o casal. Não
deveria ser assim. Porque você não deixa a luz
da graça de Jesus entrar no seu matrimônio
hoje, se ele está tão abalado? É muito mais fácil
para ambas as partes, olhar e trabalhar numa
mesma direção, do que tentar fazer um »braço
de ferro« entre os cônjuges, cada um indo numa
direção diferente. Principalmente o trabalho
doméstico que a mulher realiza é frequente-
mente subestimado. Quando uma mãe abre
mão do reconhecimento no seu local de traba-
lho ou na sua profissão, decidindo se dedicar
168
apenas ao seu lar, para dar aos seus filhos o
aconchego e a segurança necessários, está reali-
zando uma tarefa maravilhosa. É um serviço
para a humanidade. Professores nunca podem
substituir o amor de uma mãe. E até o trabalho
doméstico realizado todos os dias pela mulher
é, por vezes, uma tarefa sem agradecimento e
até muitas vezes ignorada. Contudo, a esposa
que se dedica à casa tem direito a um elogio
especial na Bíblia, quando diz: »Seus filhos se
levantam e a elogiam; seu marido também a
elogia …« (Provérbios 31:28). E isto deveria ser
lembrado principalmente pelos maridos. – O
que Deus nos ensina não é apenas sobre não ter
mágoas, mas melhor do isso, ser compreensivo
e reconhecer o valor dos outros na família.
Apenas quando os relacionamentos mútuos
estiverem em ordem, pode haver harmonia no
casamento. E isso, por sua vez, afeta as crianças
e todo o ambiente familiar. Hoje em dia existem
muitas pessoas que duvidam que um casamen-
to possa realmente funcionar e dar certo. Como
cristãos, deveríamos nos tornar um modelo de
um casamento abençoado! Vamos refletir, mais
uma vez, nas palavras de Jesus: »Assim brilhe a
luz de vocês diante dos homens, para que ve-
jam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de
vocês, que está nos céus« (Mateus 5:16).

169
O significado e propósito do casamento
Efésios 5:21-27

O significado mais profundo do casamento é


um completar-se mutuamente entre marido e
mulher. (Gênesis 2:18). A Bíblia apresenta-nos a
seguinte ordem: »Quero, porém, que entendam
que a cabeça de todo homem é Cristo, e o cabe-
ça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é
Deus« (1.Coríntios 11:3). No entanto, esta or-
dem não tem nada a ver com um domínio ou
imposição negativos. O versículo mostra-nos
precisamente que o marido, como chefe de
família, deve amar a sua esposa. Quando ele
agir desta forma, não será necessário haver uma
submissão por obrigação. Também é menciona-
do no texto que sejam submissos um ao outro
no temor de Cristo (v. 21). Nesta responsabili-
dade amorosa um com o outro, o matrimônio
tem mais um significado importante, que é a
procriação: »Deus os abençoou, e lhes disse:
Sejam férteis e multipliquem-se!« (Gênesis 1:28).
Os filhos num casamento não são um fardo
inconveniente, mas uma bênção especial de
Deus. »Os filhos são herança do Senhor, uma
recompensa que ele dá« (Salmos 127:3). Não
podemos esquecer que as crianças – além da
alegria que trazem – dão trabalho e exigem es-
forço de natureza interior e exterior. Mas isto
170
faz parte da vida. O homem cresce internamen-
te quando tem filhos e torna-se útil no mundo.
Os que gostam de viverem apenas para si mes-
mos são afinal inúteis. E não ter filhos, também
significa que essa pessoa ficará solitária numa
idade mais avançada. Uma vez que as crianças
são um dos propósitos do matrimônio, não
existe impureza na intimidade sexual dos côn-
juges. Os que pensam que são particularmente
santos quando se abstêm dessa intimidade es-
tão simplesmente errados. Aqui está o que a
Bíblia diz sobre isso: »A mulher não tem autori-
dade sobre o seu próprio corpo, mas sim o ma-
rido. Da mesma forma, o marido não tem auto-
ridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a
mulher. Não se recusem um ao outro, excepto
por mútuo consentimento e durante certo tem-
po, para se dedicarem à oração. Depois, unam-
se de novo, para que Satanás não os tente por
não terem domínio próprio« (1.Coríntios 7:4-5).
Existem limitações temporárias em consideração
à mulher por exemplo, que tem que lidar com a
gravidez e que geralmente carrega a maior par-
te do peso da educação dos filhos. Aqui está o
que é dito sobre os maridos na Bíblia: »Do
mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no
convívio com suas mulheres e tratem-nas com
honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do
dom da graça da vida, de forma que não sejam
171
interrompidas as suas orações« (1.Pedro 3:7). –
Quando considerarmos tudo isto, percebemos
que o casamento sem a presença de Deus, que
faz com que haja a compreensão mútua e o
amor, não funciona. O poeta Spitta expressou
os seus pensamentos sobre isto há mais de 150
anos: »Oh, bem-aventurado o lar, aonde o ma-
rido e a esposa podem ser um só no espírito no
Teu amor; onde a salvação é honrada por am-
bos e nenhuma diferença em relação a fé os
separa. Onde o casal, firme em Ti, é inseparável,
no amor e no sofrimento, na riqueza e na po-
breza, alegria e na tristeza, e que desejam per-
manecer contigo Deus, tanto nos bons dias co-
mo nos maus!«

Cônjuge incrédulo
1.Coríntios 7:10-16

Nem todos os que encontram o caminho da


salvação são jovens e solteiros. Assim, natural-
mente existem casamentos já estabelecidos,
onde um parceiro se torna crente e o outro não
é. Nestes casos, num matrimônio já existente,
um dos cônjuges se voltou para o Senhor Jesus
e se converteu. – Ou alguém que já era crente
mas desobedecendo à Palavra, por vontade
própria, casou com uma esposa incrédula. O
172
que acontece então com estes relacionamentos?
– Bem, estes casamentos continuam a existir.
Alguns »espertinhos«, sabendo que Deus era
contra esse tipo de união desde o início, procu-
ram o divórcio. Jesus disse: »Porquanto o que
Deus ajuntou, não o separe o homem« (Marcos
10:9). Essas pessoas »muito espertas« querem
usar estas palavras de Jesus da seguinte forma:
»Deus não nos juntou, portanto podemos nos
divorciar.« Mas não foi isto que Jesus quis dizer
com estas palavras, senão Ele estaria invalidan-
do o casamento e aquilo que Ele mesmo insti-
tuiu. O cônjuge que é incrédulo, também tem
sentimentos e tem de ser respeitado. Não seria
um desastre ainda maior se o parceiro crente
procurasse o divórcio usando argumentos reli-
giosos, enquanto o parceiro incrédulo ficasse
possivelmente destruído por causa dessa atitu-
de? Não, esta não é a forma bíblica. O versículo
acima diz claramente: »Todavia, aos casados,
mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não
se aparte do marido.« Esta vale como uma regra
geral. Um casamento consumado e registrado já
foi unido por Deus, porque o matrimônio foi
instituído por Deus. Assim, o Apóstolo Paulo
continua: »Se um irmão tem mulher descrente,
e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie
dela. E, se uma mulher tem marido descrente, e
ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie
173
dele. Pois o marido descrente é santificado por
meio da mulher, e a mulher descrente é santifi-
cada por meio do marido. Se assim não fosse,
seus filhos seriam impuros, mas agora são san-
tos.« Então, somente no caso de um cônjuge
incrédulo querer o divórcio, o cônjuge crente
não fica preso a este matrimônio. Nesta situa-
ção, não deve se sentir culpado pelo divórcio,
que o outro parceiro quer. Também não deve
ter um sentimento de culpa porque o outro
provavelmente nunca será salvo, se viverem
separados. Assim como ninguém pode saber se
esta pessoa será salva se permanecer no matri-
mônio. Após o divórcio, é aplicado o seguinte,
de acordo com Paulo: »Mas, se o fizer, que per-
maneça sem se casar ou, então, reconcilie-se
com o seu marido.« Claro que o mesmo se apli-
ca aos homens. – No entanto, se o incrédulo
não quiser se divorciar e o matrimônio continu-
ar, a bênção que está sobre o crente irá também
alcançar em parte o incrédulo. Neste caso, o
cônjuge crente pode alimentar a esperança de
que neste matrimônio, ambos vão chegar a ter a
mesma fé. Isto é o que é recomendado às mu-
lheres: »Do mesmo modo, mulheres, sujeite-se
cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não
obedece à palavra, seja ganho sem palavras,
pelo procedimento de sua mulher« (1.Pedro
3:1). Claro que esta submissão tem os seus limi-
174
tes na consciência, de que temos que obedecer
mais a Deus do que aos seres humanos. (Atos
dos Apóstolos 5:29). Isto se aplica à mulher
crente, assim como ao marido crente. – O côn-
juge crente poderá ajudar a mostrar o caminho
certo para seu parceiro, não pela abundância de
palavras, mas pela mudança no seu agir e em
seu caráter. O amor ainda é a melhor forma de
convencer os outros, sobre a veracidade de sua
fé!

Outras verdades importantes


Mateus 28:20

Naturalmente existem outras verdades neste


novo caminho que leva ao céu. Deus quer aju-
dá-lo a superar as tentações e o sofrimento.
Ninguém procura sofrimento e, mesmo assim o
profeta Isaías experimentou-o no fundo de sua
alma: »Foi para o meu benefício que tanto sofri.
Em teu amor me guardaste da cova da destrui-
ção; lançaste para trás de Ti todos os meus pe-
cados« (Isaías 38:17). Não conseguimos compre-
ender todas as coisas que Deus permite aconte-
cerem. Mas, aqui na terra, já podemos ter uma
noção do significado deste sofrimento especial
pelo qual Isaías passou. Talvez você já tenha
percebido que Deus transformou alguns cami-
175
nhos que pareciam ser maus de início, e que
passaram a ser bons com o decorrer do tempo,
pois Deus tinha bons planos a este respeito.
Uma verdade muito importante que devemos
lembrar é que quando estamos percorrendo o
caminho da fé, e não conseguimos mais ir adi-
ante por nós mesmos, somos então carregados
por Deus. Como vemos na promessa que o
profeta Isaías mesmo escreveu: »Mesmo na sua
velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu
aquele, aquele que os susterá. Eu os fiz e eu os
levarei; eu os sustentarei e eu os salvarei« (Isaías
46:4). – Sim, temos de compreender que se esti-
vermos do lado de Jesus, Ele está e ficará sem-
pre ao nosso lado. Ele mesmo nos diz em Ma-
teus 28:20: »E eu estarei sempre com vocês, até
o fim dos tempos.« Esta é uma das coisas mais
importantes. Ele vai guiar o navio da nossa vida
através de lugares perigosos até chegarmos ao
porto seguro. Quando lemos a Sua palavra, Ele
vai nos revelando passo a passo as Suas verda-
des para o nosso novo caminho. Não é impor-
tante saber tudo de início. Mas sim, estarmos
preparados para O seguir e obedecer quando o
Senhor falar conosco através da Sua Palavra.
Esta verdade é chamada de obediência. Para ser
mais preciso – a obediência em fé. Estas pala-
vras estruturam formalmente a carta aos Roma-
nos (Romanos 1:5;16:26). Obediência na fé é
176
basicamente a obediência proveniente da fé. Se
nos movermos nesta fé, vamos atingir o objeti-
vo eterno. Concluindo, gostaríamos de conside-
rar o objetivo final no caminho até Deus. Estes
são os últimos passos numa vida de salvação
que durará para sempre.

177
7. O objetivo de uma vida salva

Indo para a eternidade com Deus


através da morte
Lucas 16:19-31

Para os cristãos, existem dois caminhos possí-


veis para chegarem à eternidade com Deus. O
primeiro caminho é através do vale da morte.
Queremos observar mais de perto este tópico. –
A morte não é amiga da humanidade, e tam-
bém não é uma amiga dos cristãos. A Bíblia diz:
»O último inimigo a ser destruído é a morte«
(1.Coríntios 15:26). A morte é e continuará sen-
do o salário do pecado. Por isso, mesmo para
um cristão, o caminho através do vale da morte
é um desafio difícil. Mas, o salvo pode ter o
Bom Pastor Jesus ao seu lado, que o levará atra-
vés das »águas do Jordão« até a terra prometida,
o céu. Quem está a beira desta porta para a
eternidade, ouvirá a voz do bom pastor, o Se-
nhor Jesus, dizendo: »Eu sou o bom pastor. O
bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Eu sou
o bom pastor, conheço as minhas ovelhas e elas
me conhecem. As minhas ovelhas ouvem a
minha voz; eu as conheço, e elas me seguem...
Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão;
ninguém as poderá arrancar da minha mão«
(João 10:11-28). Apesar do salário do pecado ser
178
a morte, pela graça temos o dom (o presente) de
Deus, que é a vida eterna em Jesus Cristo (Ro-
manos 6:23). Podemos ver na história sobre o
homem rico e Lázaro, que o fiel Lázaro imedia-
tamente após a morte abriu os seus olhos junto
a Abraão no céu. Foi consolado e recebeu a re-
compensa da qual tinha sido privado durante a
sua vida terrena. – Mas vemos também que o
homem rico, que era incrédulo, sofreu tormen-
tas horríveis na condenação eterna logo após
sua morte. – Vamos considerar agora apenas o
destino dos salvos e não dos que estão eterna-
mente perdidos. Lázaro não estava propria-
mente no céu, mas num local de conforto no
reino dos mortos, porque Jesus ainda não tinha
morrido e ressuscitado. Mas até este local já era
bom e reconfortante. Após a morte de Jesus,
pela nova aliança, os que crêem em Jesus Cristo
vão diretamente para o céu após a sua morte.
Paulo sabia disto quando escreveu: »Estou pres-
sionado dos dois lados: desejo partir e estar com
Cristo, o que é muito melhor« (Filipenses 1:23).
– Todos os crentes em Cristo podem ter esta
esperança. No momento em que fecham os
olhos na terra, abrem-nos na glória da eterni-
dade com Cristo. Quem confia no sangue der-
ramado de Jesus para a sua salvação, pode pro-
clamar como Zinzendorf: »O sangue e justiça
de Cristo, são as minhas jóias e vestimenta de
179
honra, que vestirei perante Deus quando che-
gar a minha vez de ir para o céu. – Acredito em
Jesus, que me diz: quem crêr não será condena-
do. Glória a Deus, a culpa já foi paga e Deus me
aceita pela Sua misericórdia.«

Indo para a eternidade através


do arrebatamento
1.Coríntios 15:51-55

Vimos que os cristãos passam pelo vale da mor-


te para encontrar o seu Senhor, mas também
existe um outra maneira diferente. A excla-
mação »Maranata!« (1.Coríntios 16:22) significa:
»Vem, Senhor!« ou »O nosso Senhor vem.« É o
Senhor Jesus quem nos lembra disto, quando
diz: »Eis que venho em breve! A minha recom-
pensa está comigo …« (Apocalipse 22:12). Este é
o mistério de que Paulo fala no seguinte
versículo: »Eis que eu lhes digo um mistério:
Nem todos dormiremos, mas todos seremos
transformados, num momento, num abrir e
fechar de olhos, ao som da última trombeta«
(1.Coríntios 15:51). Quando a trombeta soar,
primeiro aqueles salvos que já tiverem passado
o vale da morte com o seu Senhor, serão res-
suscitados. As suas almas imortais já estavam no
céu. Mas no dia da ressurreição, usarão os seus
180
corpos ressuscitados. Sim, os mortos serão res-
suscitados em corpos incorruptíveis. E o que
acontece com os que estiverem vivos quando
Jesus Cristo voltar? Esta é a segunda maneira de
irmos para a eternidade: Sendo arrebatados e
transformados! O corpo corruptível é repenti-
namente transformado num corpo incor-
ruptível. O mortal passa a ser imortal. Os trans-
formados então não precisam mais passar pelo
vale da morte. Os seus corpos mortais na volta
do Senhor – através dos corpos ressuscitados –
serão transformados em corpos glorificados
para a eternidade, sem a necessidade de ver a
morte. Pode comparar este estado como o de
uma lagarta que após se transformar numa
borboleta pode voar. Esta borboleta eleva-se no
ar com cores tão bonitas. É inacreditável que
antes ela pudesse se deslocar com tanta dificu-
ldade, enquanto era uma lagarta. É algo como
isto, mas muito mais esplêndido, que aconte-
cerá na transformação dos corpos terrenos em
corpos de glória. Na realidade, este novo corpo
se elevará no ar para se encontrar com o Senhor
Jesus, como é dito na bíblia: »Pois, dada a or-
dem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trom-
beta de Deus, o próprio Senhor descerá dos
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão pri-
meiro. Depois nós, os que estivermos vivos
seremos arrebatados com eles nas nuvens, para
181
o encontro com o Senhor nos ares. E assim esta-
remos com o Senhor para sempre« (1.Tessa-
lonicenses 4:16-7). Os primeiros cristãos es-
tavam aguardando a volta gloriosa do Senhor e
nós também devemos aguardar por ela. »Con-
solem-se uns aos outros com essas palavras«
(1.Tessalonicenses 4:18).

Como será?
Apocalipse 21:1-3

Como será o céu? O que está à espera dos que


se salvaram? A Bíblia nos dá uma pequena
oportunidade de espreitar a grandeza do que
nos espera. Principalmente no capítulo 21 do
livro de Apocalipse, podemos ler sobre a mara-
vilhosa cidade celestial – a Nova Jerusalém. Esta
cidade descerá do céu à terra. João escreve: »Vi
a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia
dos céus, da parte de Deus, preparada como
uma noiva adornada para o seu marido.« Mas
como poderia o céu se estabelecer na miséria da
terra? A resposta é simples: deixará de haver
miséria. Sim, deixará de haver o céu e a terra da
forma como os conhecemos. Pedro diz-nos o
que acontecerá ao vasto universo: »Pela mesma
palavra os céus e a terra que agora existem es-
tão reservados para o fogo, guardados para o
182
dia do juízo e para a destruição dos ímpios. O
dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os
céus desaparecerão com um grande estrondo,
os elementos serão desfeitos pelo calor, e a ter-
ra, e tudo o que nela há, será desnudada. Toda-
via, de acordo com a sua promessa, esperamos
novos céus e nova terra, onde habita a justiça«
(2.Pedro 3:7,10,13). Quando observamos a terra
hoje, vemos que não existe nenhuma justiça.
Mas, Deus fará com esta criação, tal como Ele o
faz na conversão do homem. Como o homem
não é interiormente apenas »reformado« na
conversão, mas sim é criado de novo, tal será
com o universo: Não vai ser feita uma »reforma
geral«, mas o antigo será dispensado e destruí-
do e o novo céu e a nova terra são criados. É
dito em Apocalipse 21:1: »Então vi novos céus e
nova terra, pois o primeiro céu e a primeira
terra tinham passado; e o mar já não existia.« E
nesta nova terra celeste estará a cidade santa,
Nova Jerusalém, e Deus viverá ali entre os Seus
filhos. É onde o céu e a terra se unirão!

As dimensões da cidade celestial


Apocalipse 21:10-16

E como esta nova cidade, a Nova Jerusalém, é


descrita? As palavras humanas não são suficien-
183
tes para a descrever, como podemos perceber
várias vezes nas descrições bíblicas. Para que
João pudesse nos contar um pouco sobre esta
cidade, ele teve que encontrar primeiro a pers-
pectiva certa nas revelações que Deus lhe estava
dando: »Ele me levou no Espírito a um grande e
alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jeru-
salém, que descia dos céus, da parte de Deus.«
Por que motivo João precisava ser levado a esta
alta montanha? Aparentemente, até na visão
que ele estava tendo, ele precisava da vista da
cidade do seu ponto mais alto, para conseguir
captar um pouco melhor as suas dimensões.
Também na bíblia nos são dadas proporções e
medidas enormes para esta cidade. Ela tem
aproximadamente 2.200 quilômetros de com-
primento e o mesmo de largura (são nas medi-
das antigas 12.000 estádios x 185 metros). O
plano desta vasta cidade é um quadrado, sendo
que num lado a distância é maior que de Berlim
até Moscou. No entanto, existe outra coisa que é
particularmente surpreendente – a altura da
cidade. Para ser exato, o comprimento, a largura
e a altura são iguais. Conseqüentemente, a altu-
ra é também de 2.200 quilômetros. Excede em
altura a maior montanha da terra, o Monte Eve-
rest, em mais de 240 vezes. Esta cidade é como
um cubo numa escala além da nossa imagina-
ção. Podemos imaginar, em quantos níveis ou
184
andares ela poderia ser construída? Se cada
andar tivesse 10 metros de altura, seriam
220.000 andares. Obviamente que este é um
pensamento muito humano. E talvez alguém
possa dizer que não quer viver num edifício tão
alto. Mas aqui temos de eliminar todas as pré-
concepções humanas e negativas. Existem, no
mundo atual, cidades projetadas de formas
muito bonitas. E Deus, o melhor arquiteto do
universo, com o Seu insuperável bom-gosto,
construiu uma cidade cuja glória é insuperável
e que não tem como compararmos com outra
cidade. Será muito mais maravilhosa do que os
pontos mais bonitos desta terra. Temos de nos
lembrar também que todos estes lugares lindos
na terra também foram criados por Deus. Você
acha que Ele iria fazer que o céu fosse menos
bonito? Nunca! Aqui está a prova: »Todavia,
como está escrito: »Olho nenhum viu, ouvido
nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o
que Deus preparou para aqueles que o amam!
(1.Coríntios 2:9).

O que existe nela


Apocalipse 21:11 – 22:5

A impressão global da Nova Jerusalém celestial


é como se fosse de jaspe, transparente como
185
cristal. Esta cidade é dominada pela luz, não
existem cantos escuros. Apenas por este motivo
não pode ser comparada com edifícios altos, tal
como os conhecemos hoje. O muro da cidade
está assentado sobre doze diferentes pedras
preciosas de várias cores. As suas portas são
feitas cada um de uma pérola gigante. A cidade
é construída com ouro puro e as suas ruas tam-
bém são de puro ouro, como vidro transparen-
te. Podemos perceber que não são utilizados
materiais de construção típicos de edifícios ter-
renos. Um ouro tão puro, que chega a ser trans-
parente como o vidro, não existe aqui na terra.
Mas para nos dar uma idéia da aparência da
cidade, Deus usa o ouro valioso para descrever
os materiais, mas ao mesmo tempo, Ele mostra
que a substância celeste é diferente. Provavel-
mente materiais que não fazem sombra. »Toda
boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto,
descendo do Pai das luzes, que não muda como
sombras inconstantes« (Tiago 1:17) Existe um
lindíssimo rio que flui através da cidade: »Então
o anjo me mostrou o rio da água da vida que,
claro como cristal, fluía do trono de Deus e do
Cordeiro« (Apocalipse 22:1). Nas margens deste
rio estão alinhadas as árvores. Mas como a água
não é como a conhecemos na terra, mas é a
água da vida, assim também são as árvores – as
árvores da vida. Esta árvore da vida existia
186
também no paraíso (mais precisamente: no
Jardim do Éden). Mas aqui existem muitas des-
sas árvores. Podemos concluir uma coisa de
tudo isso: Nesta cidade existe vida em abun-
dância! Como todos os homens hoje tem procu-
rado esta vida! Todos nós queremos viver, e
viver bem, ter vidas felizes e viver em paz – esta
lista poderia ser ainda bem maior. Os homens
estão sedentos pela vida, mas isto é marcado
pela morte que vem em consequência ao peca-
do, não apenas quando morrem, mas ainda em
vida, O que as pessoas compreendem sobre a
vida pode, por vezes, ser uma grande miséria.
Mas já não será assim na cidade celestial. Lá
existe vida em abundância. E, como Jesus diz:
»Eu vim para que tenham vida, e a tenham
plenamente« (João 10:10). Assim será no céu
quando o dia chegar!

O que não existe nela


Apocalipse 21:2-7

Tudo o que existirá na Nova Jerusalém celestial


é da mais pura perfeição. No entanto, não deve
ser mencionado apenas o que existirá nela, mas
também o que não existirá lá. Assim, o que não
existe nela? Podemos ler no respectivo versículo
da Bíblia: Lá não haverá Sol, mas uma luz mais
187
gloriosa que não queimará as pessoas com seus
raios. Não haverá lua com a sua luz fria – have-
rá apenas a luz da glória. A escuridão será uma
coisa do passado. – Deixará de haver noite. Este
é o motivo pelo qual também o tenebroso e o
oculto deixarão de existir. Não haverá mais
cansaço, nem necessidade de dormir. Segura-
mente não haverá mais morte. Este último ini-
migo não pertence mais a esta cidade, apenas a
vida tem acesso a ela. Da mesma forma, não
haverá mais tristeza, nem lágrimas, nem gritos
ou dor. O que não existe nesta cidade torna-a
ainda mais maravilhosa. Qual é o objetivo de
ter ruas de ouro quando há tristeza nos cora-
ções e lágrimas constantes? A exclusão das coi-
sas más que existem na terra fazem do céu um
lugar tão especial. O que marca esta cidade, não
são apenas as glórias »externas«, mas também as
glórias internas. Para muitas pessoas a terra é
um vale de tristezas. Claro, existem também
muitos que estão bem exteriormente. Mas quão
rapidamente está situação de bem-estar e pros-
peridade pode mudar, por causa de uma doen-
ça por exemplo. No céu tudo isso deixará de
acontecer. Podemos compreender as palavras
da seguinte música melhor se pensarmos no
sofrimento e a miséria que acontecem neste
mundo? - »O meu coração cansado anseia pelo
doce silêncio do meu novo lar, onde terei a
188
abundância de pura felicidade e não mais dor.
Sou atraído para este novo lar ainda longe; eu
irei morar naquele lugar, onde as estrelas de
ouro brilham sobre os seus portões.«

O que vai acontecer com você?


João 1:44-46

Quando a tua vida terminar, o que vai aconte-


cer com você? Viverá nesta cidade com ruas de
ouro ou ficará perdido para sempre? Este livro
te explicou passo a passo o caminho para Deus.
Estes são os passos para uma vida salva e redi-
mida. Deus vai te dar graça para este caminho,
mas você precisa aceitar e se decidir a andar
com Ele. Se você ainda não tem certeza que está
salvo, reflita por favor sobre tudo o que leu até
aqui. Você precisa tomar uma decisão! Se tudo
continuar como estava até agora, você tomou
uma decisão: você se decidiu contra a vida eter-
na com Deus no céu. Nós não temos como ficar
»neutros« nesta decisão. Ou eu aceito a salvação
em Jesus Cristo ou não. Como situações que
enfrentamos na vida, ou somos aprovados na
prova ou não somos. Ou pegamos o último
trem, ou não. Não tem como você ser »meio«
aprovado na prova ou »meio« pegar o trem. Por
isso, receba a advertência da Bíblia de não con-
189
tinuar vivendo no pecado, como se não existisse
uma eternidade ou um caminho para Deus. As
palavras do profeta Daniel para o Rei Nabuco-
donozor valem para nós também: »Portanto, ó
rei, aceita o meu conselho: Renuncia a teus
pecados e à tua maldade, pratica a justiça e tem
compaixão dos necessitados. Talvez, então,
continues a viver em paz« (Daniel 4:27). Se você
se importa com teu bem-estar eterno, então
aceite caminhar neste caminho para Deus base-
ado na Bíblia, como foi descrito neste livro.

Você está preparado? – Se ainda tiver dúvidas,


medite nas palavras que Filipe disse a Natanael:
»Venha e veja« (João 1:46).

»O Espírito e a noiva dizem: Vem! E todo aque-


le que ouvir diga: Vem! Quem tiver sede, ve-
nha; e quem quiser, beba de graça da água da
vida« (Apocalipse 22:17).

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