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SENSIBILIZAÇÃO

EM GESTÃO
DE MUDANÇAS

Autor: Felipe Belini Defilippo


SENSIBILIZAÇÃO
EM GESTÃO
DE MUDANÇAs
Este é um material de uso restrito aos empregados da PETROBRAS que atuam no E&P.
É terminantemente proibida a utilização do mesmo por prestadores de serviço ou fora
do ambiente PETROBRAS.

Este material foi classificado como INFORMAÇÃO RESERVADA e deve possuir o


tratamento especial descrito na norma corporativa PB-PO-0V4-00005“TRATAMENTO DE
INFORMAÇÕES RESERVADAS".

Órgão gestor: E&P-CORP/RH


SENSIBILIZAÇÃO
EM GESTÃO
DE MUDANÇAs
Autor: Felipe Belini Defilippo

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

• Reconhecer a importância e a aplicação adequada da


gestão de mudanças no controle de riscos das atividades
e instalações das Unidades de Negócio e Unidades de
Serviço de E&P;
• Distinguir os conceitos de substituição de mesma
natureza e mudança e seus impactos na segurança dos
processos;
• Identificar instrumentos que subsidiam a aplicação
prática da gestão de mudanças.
Programa Alta Competência

Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos


da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das
atividades profissionais na Companhia.

É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de


empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.

Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando


prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força
de trabalho às estratégias do negócio E&P.

Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa


a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das
competências necessárias para explorar e produzir energia.

O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das


competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados
e a reciclagem de antigos.

Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo


que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de
sucesso que ela é.

Programa Alta Competência


Como utilizar esta apostila

Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila


está organizada e assim facilitar seu uso.

No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual


representa as metas de aprendizagem a serem atingidas.

ATERRAMENTO
DE SEGURANÇA

Autor

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

Objetivo Geral
• Identificar procedimentos adequados ao aterramento
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas
instalações elétricas.
O material está dividido em capítulos.

No início de cada capítulo são apresentados os objetivos


específicos de aprendizagem, que devem ser utilizados como
orientadores ao longo do estudo.

48

Capítulo 1

Riscos elétricos
e o aterramento
de segurança

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

Objetivo Específico
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.

No final de cada capítulo encontram-se os exercícios, que


visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.

Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do


capítulo em questão.

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

mo está relacionada a 1.6. Bibliografi a Exercícios


1.4. 1.7. Gabarito
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
1) Que relação podemos estabelecer entre
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
riscos elétricos e
Elétrica, 2007. aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
_______________________________________________________________
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
_______________________________________________________________
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
Norma Petrobras N-2222. 2) Apresentamos,
Projeto de aterramentoa de
seguir, trechos
segurança de Normas Técnicas que
em unidades
marítimas. Comissão de abordam os cuidados
Normas Técnicas e critérios relacionados a riscos elétricos.
- CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato

Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, (B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
o caso: executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
e do tipo de
A) Risco Proteção
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. de incêndio e explosão
de estruturas B) Risco
contra descargas de contato (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
es durante toda atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento
na maioria das ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de
mantê-los sob projetadas e executadas de modo que seja possível operação.”
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
is, materiais ou 24 prevenir, por meios seguros,
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> os perigos de choque
- Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25
14 mar. 2008. elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
21 à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de
( ) of Lightining
NFPA 780. Standard for the Installation “Nas instalações elétricas
Protection Systems. de
áreas classificadas
National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
a maior fonte Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção,
sária, além das como alarme e seccionamento automático para
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
ole, a obediência br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai.sobretensões,
prevenir 2008. sobrecorrentes, falhas de
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.”

Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas


nça. isolamento, aquecimentos ou outras condições
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acessoanormais de operação.”
em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:

( ) “Nas partes das instalações


Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi elétricas
sob tensão, (...)
sica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas (F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas riscos de choques elétricos.

e demais meios de sinalização que chamem a atenção (V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
quanto ao risco.” houver falha no isolamento desse equipamento.
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e (V) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas “fio terra”.
3. Problemas operacionais, riscos e
cuidados com aterramento de segurança

T
odas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano
de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores,
geradores, painéis elétricos, transformadores e outros).

A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os


Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção
definos
nições
sistemasestão disponíveis
de aterramento envolvidosno glossário.
nestes equipamentos.Ao longo dos
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o
identifi cados, pois estão em destaque.
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento.

Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 49


diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico
por contato indireto e de incêndio e explosão.

3.1. Problemas operacionais

Os principais problemas operacionais verificados em qualquer tipo


de aterramento são:

• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato.

É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 define o valor


de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo
admissível para resistência de contato.

Alta Competência Capítulo 3. Problemas operaciona

3.4. Glossário 3.5. Bibliografia

Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIAN
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma elétricos - inspeção e medição da re
corrente elétrica. Elétrica, 2007.

Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos
– Curso técnico de segurança do trab
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
NFPA 780. Standard for the Installation
Fire Protection Association, 2004.

Norma Petrobras N-2222. Projeto de


marítimas. Comissão de Normas Técn

Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instala


Brasileira de Normas Técnicas, 2005.

Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Pr


56 atmosféricas. Associação Brasileira d

Norma Regulamentadora NR-10. Seg


eletricidade. Ministério do Trabalho
www.mte.gov.br/legislacao/normas_
em: 14 mar. 2008.
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
100
102

Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 104


105

insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 106


108

ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 110


112

basta consultar a Bibliografia ao final de cada capítulo. 114


115

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

1.6. Bibliografia 1.7. Gabarito NÍVEL DE RUÍDO DB (A)

CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
85
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
Elétrica, 2007. O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 86
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade.
87
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
88
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato 89
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
(B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 90
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” 91
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 92
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 93
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// operação.”
24 www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25 94
14 mar. 2008. trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 95
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
96
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão
Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”

Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 98
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.” 100
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: 102
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 104
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.

(F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer


105
riscos de choques elétricos.
106
(V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um

A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo (V)


equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
houver falha no isolamento desse equipamento.

Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um


108
110

abordado Alta
deCompetência
um determinado item do capítulo. 112
“fio terra”.

(F) A queimadura é o principal efeito fisiológico associado à passagem


da corrente elétrica pelo corpo humano. 114 Capítulo 1. Riscos elét
115

Trazendo este conhecimento para a realid


observar alguns pontos que garantirão o
incêndio e explosão nos níveis definidos pela
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a durante o projeto da instalação, como por ex
primeira observação de um fenômeno relacionado
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um • A escolha do tipo de aterramento fu
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido ao ambiente;
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome • A seleção dos dispositivos de proteção
dado à resina produzida por pinheiros que protege a
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo
• A correta manutenção do sistema elét
semelhante à fossilização, ela se torna um material
duro e resistente.

O aterramento funcional do sist

14
?
Os riscos VOCÊ
elétricosSABIA?
de uma instalação são divididos em dois grupos principais:

Uma das principais substâncias removidas em poços de


como função permitir o funcion
e eficiente dos dispositivos de pro
sensibilização dos relés de proteçã

MÁXIMA EXPOSIÇÃO
“Importante” é um lembrete
petróleo pelo pig de limpeza é adas
parafina. questões
Devido às
baixas temperaturas do oceano, a parafina se acumula
essenciais do uma circulação de corrente para a
por anormalidades no sistema elétr
DIÁRIA PERMISSÍVEL
8 horas conteúdo tratadovirno capítulo.
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
Observe no diagrama a seguir os principais ris
5 horas
à ocorrência de incêndio e explosão:
4 horas e 30 minutos
4 horas 1.1. Riscos de incêndio e explosão
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas Podemos definir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes,
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera
1 hora e 45 minutos
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de
1 hora e 15 minutos
eletricidade estática.
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer
30 minutos instalaçãoÉ e muito
seu descontrole se traduz
importante que principalmente
você conheça em os
danos
25 minutos pessoais, procedimentos específicosoperacional.
materiais e de continuidade para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas
Sumário
Introdução 15

Capítulo 1 - Gestão de mudanças


Objetivos 19
1. Gestão de mudanças 21
1.1. Conceitos 23
1.1.1. Substituição de mesma natureza 25
1.1.2. Mudança 25
1.1.3. Mudança sutil 25
1.2. Importância e conceituação da gestão de mudanças 26
1.3. Exercícios 29
1.4. Glossário 32
1.5. Bibliografia 33
1.6. Gabarito 34

Capítulo 2 - Classificação das mudanças


Objetivos 37
2. Classificação das mudanças 39
2.1. Classificação de mudanças quanto ao tipo e à temporalidade 39
2.1.1. Classificação de mudanças quanto ao tipo 39
2.1.2. Classificação de mudanças quanto à temporalidade 42
2.2. Estudo de casos 43
2.3. Exercícios 51
2.4. Glossário 53
2.5. Bibliografia 54
2.6. Gabarito 55

Capítulo 3 - Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças


Objetivos 57
3. Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças 59
3.1. Exercícios 66
3.2. Glossário 71
3.3. Bibliografia 72
3.4. Gabarito 73
Introdução

O
estudo da gestão de mudanças nos remete a um tema
importante: a segurança. Um profissional da indústria do
petróleo precisa ter consciência de que, como em todo
processo de produção, há riscos que devem ser controlados. No caso
do E&P, pelas próprias características dos produtos e dos processos, a
responsabilidade pela segurança de pessoas, equipamentos e meio
ambiente exige controles rigorosos, de modo a evitar falhas, situações
de risco e acidentes que possam causar perdas irreparáveis.

Diferente da nossa vida pessoal, na qual temos uma boa margem


para experimentos e improvisos, os processos industriais requerem
definição e manutenção de rotinas muito claras, que permitem 15
planejar, controlar, antever, corrigir, restaurar e até melhorar as
condições das operações, diminuindo os riscos envolvidos. Por isso,
mudanças de qualquer natureza que impactem rotinas e processos
exigem o máximo cuidado, de forma a garantir que a mudança não
se torne, ela mesma, um fator de risco.

Acidentes podem ter efeitos da maior gravidade. A análise desses


eventos nos permite compreender melhor o que ocorreu para
a identificação de falhas e condições de risco que possam ter
contribuído para a extensão do acontecimento, tendo por objetivo
melhorar os processos de prevenção, minimizar os danos e evitar
novos acidentes.

Sabemos, também, que dificilmente será identificada uma única causa


para um acidente, sobretudo de grandes dimensões. Geralmente
ocorre por uma combinação de falhas ou condições de risco. Isso nos
alerta para o fato de que a prevenção de acidentes é uma tarefa
coletiva e complexa. Em uma instituição, no limite de seu âmbito de
atuação, cada profissional contribui para a segurança de todos.

RESERVADO
Iniciamos nosso estudo com o texto a seguir, extraído do site <(http://
www.sms.petrobras.com.br/>. Faça uma leitura atenta e crítica,
observando como um conjunto de ações inadequadas pode contribuir
para que ocorra um acidente de grandes proporções.

Madrugada do dia 15 de março de 2001, às 00:22


os 175 trabalhadores da plataforma P-36, localizada
a 130 km da costa brasileira, na Bacia de Campos,
sentiram um forte tremor. Era uma explosão ocorrida
em uma das quatro colunas de sustentação da
semi-submersível. A partir daquele momento, uma
sequência de eventos culminou na morte de 11
empregados e no afundamento daquela que era
considerada a maior unidade marítima de produção
de petróleo do mundo.

16 Mas quais foram as causas de tão grave acidente?


Onde as falhas ocorreram? Perguntas como essas não
poderiam ficar sem respostas.

Após analisarem minuciosamente todos os dados


do acidente, a comissão de investigação da empresa
chegou a uma conclusão: o dispositivo de ventilação
do tanque atmosférico existente na coluna avariada
foi bloqueado por meio de um flange cego (raquete).
Por uma falha operacional, o tanque foi submetido a
uma condição de pressurização, vindo a romper por
sobrepressão, levando à liberação de gás natural e
vapor de petróleo, seguido de explosão.

Ao inabilitarem o dispositivo de ventilação do


tanque, os operadores envolvidos no processo
não analisaram as possíveis conseqüências desta
alteração. Esta ação não planejada contribuiu
significativamente para o acidente.

Para que situações como esta não viessem a se repetir,


a Petrobras implantou, através da Diretriz 6 de SMS, o
processo de gestão de mudanças por toda a companhia.
(Diretrizes e Políticas Corporativas de SMS)

RESERVADO
Compreender melhor a importância da gestão de mudanças é um
fator importante para a manutenção das condições de segurança e a
prevenção de acidentes.

17

RESERVADO
RESERVADO
Capítulo 1
Gestão de
mudanças

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Diferenciar os conceitos de mudança e substituição de


mesma natureza;
• Identificar situações que caracterizam mudanças;
• Conceituar gestão de mudanças;
• Identificar os principais benefícios da gestão de mudanças
para os processos industriais;
• Identificar os pré-requisitos da gestão de mudanças
definidos na Diretriz 6 de SMS da Petrobras.

RESERVADO
Alta Competência

20

RESERVADO
Capítulo 1. Gestão de mudanças

1. Gestão de mudanças

Q
uando passamos por alguma mudança que altera nossa rotina
cotidiana – mudança de endereço, início de um curso ou uso
de um novo equipamento – passamos por um período de
adaptação mais ou menos complexo, de acordo com a complexidade
da própria mudança.

Se pensarmos no impacto que pode ser causado quando mudanças


são inseridas em processos industriais, diversificados e complexos,
como é o caso do E&P, teremos uma noção da importância que assume
a gestão de mudanças. Quando o foco principal das mudanças é a
segurança de pessoas, ambientes, processos e equipamentos, elas
assumem ainda maior relevância, tanto no âmbito da empresa quanto
da sociedade como um todo.
21
Observe o texto reproduzido a seguir, extraído do site Petrobras.

A Petrobras, através de sua política de Segurança,


Meio Ambiente e Saúde (SMS), atua na promoção
da saúde, na proteção do ser humano e do meio
ambiente mediante identificação, controle e
monitoramento de riscos, adequando a segurança
de processos às melhores práticas mundiais e
mantendo-se preparada para emergências. Dessa
forma, para garantir o gerenciamento das mudanças,
sendo elas temporárias ou permanentes e visando à
eliminação ou minimização de riscos decorrentes de
sua implantação, a empresa conta com a Diretriz 6 de
SMS – Gestão de Mudanças. (Portal SMS – Petrobras:
< http://www.sms.petrobras.com.br/>). Acesso em: 8
ago 2008.

Fica explicitada a preocupação com a segurança de processos, pessoas,


equipamentos e meio ambiente.

RESERVADO
Alta Competência

No segundo texto, fica explicitada a importância da implantação da


gestão de mudanças com o mínimo de riscos dela decorrentes, através
da parametrização e normatização dos processos – Diretriz 6 (Gestão
de mudanças) de Segurança, Meio ambiente e Saúde (SMS).

Confira o texto da Diretriz 6 (Gestão de mudanças) de SMS, reproduzido


a seguir.

Diretriz 6 - Gestão de mudanças

Mudanças, temporárias ou permanentes, devem ser


avaliadas visando à eliminação e/ou minimização de
riscos decorrentes de sua implantação.

Requisitos:

22
Implementação de mecanismos que permitam avaliar
e controlar riscos inerentes a mudanças, desde a
fase de planejamento até sua efetiva incorporação
ao processo.

Formalização dos processos de mudança por meio de


descrição, avaliação e documentação, bem como de
sua necessária divulgação.

Garantia de que as mudanças atendam às exigências


legais e aos procedimentos estabelecidos, bem como
preservem a integridade da força de trabalho, das
instalações e a continuidade das operações.

Identificação de novas necessidades eventualmente


decorrentes das mudanças, como capacitação da
força de trabalho, intensificação de treinamentos e
revisão de procedimentos e planos de contingência.

RESERVADO
Capítulo 1. Gestão de mudanças

1.1. Conceitos

Já vimos que a gestão de mudanças é um aspecto importante dos


processos industriais.

Mas o que caracteriza uma mudança?

Em uma consulta à versão eletrônica do dicionário Michaellis, é


possível encontrar vários significados para o termo. Foram destacados
e reproduzidos os significados que mais se aproximam desse estudo:

“Mudança: sf (mudar+ança) 1. Ação ou efeito de mudar. (...) 6. Alteração,


modificação, variação.”

Embora restritas, as definições selecionadas destacam o aspecto de


alteração, de variação de uma situação, uma condição, uma prática
23
ou um processo preexistente.

O estabelecimento de rotinas e seqüências de operações é uma


característica muito importante no processo industrial, tanto do
ponto de vista da produtividade quanto da proteção de pessoas,
equipamentos e do meio ambiente.

Da mesma forma, é fundamental que essas rotinas estejam


devidamente organizadas, documentadas e disponibilizadas aos
envolvidos, de forma a garantir a continuidade, a segurança e a
efetividade das operações realizadas. Podemos concluir, então, que
qualquer mudança em rotinas estabelecidas acarreta uma certa
fragilidade, já que todos os envolvidos precisam ser adequadamente
informados sobre a mudança e os impactos que venham a causar em
sua atuação profissional e em sua rotina de trabalho.

Outro conceito que precisa ser devidamente esclarecido é o de


substituição de mesma natureza. Podemos iniciar com uma
pergunta: mudança e substituição de mesma natureza têm o
mesmo significado?

RESERVADO
Alta Competência

Se recorrermos mais uma vez ao dicionário para verificar a definição


de substituição, encontraremos a seguinte definição:

Substituição: 5 Quím Troca de um corpo simples por


outro corpo simples ou por um radical composto,
sem modificação importante neste.

Retome a definição de mudança apresentada anteriormente.

Há alguma distinção entre as duas definições?

E quanto à expressão “de mesma natureza”. O que ela sugere ao


especificar o termo substituição?

Vamos analisar as duas situações:


24
• Uma instalação hidráulica apresenta um vazamento. A seção do
cano avariada é trocada por um cano novo, de mesma dimensão e
material, corrigindo a avaria e restabelecendo a instalação original;

• Uma instalação hidráulica apresenta um vazamento. Ao


providenciar o reparo, chega-se à conclusão de que uma mudança no
material do encanamento e do desenho da instalação pode diminuir
consideravelmente a necessidade de futuras manutenções, além
de otimizar a distribuição do encanamento, embora na presente
manutenção seja necessária uma intervenção radical na instalação
gerando alterações , inclusive, em outros ambientes.

Estamos diante de exemplos de mudança ou de substituição?

Quaisquer dúvidas sobre esses conceitos poderão ser sanadas a


seguir, com a melhor definição dos dois termos e sua adequação ao
contexto do processo industrial.

RESERVADO
Capítulo 1. Gestão de mudanças

1.1.1. Substituição de mesma natureza

Uma substituição de mesma natureza consiste em uma intervenção


em equipamentos, softwares, materiais e insumos de um sistema ou
instalação sem alterar os parâmetros originais de projeto e os limites
de operação do processo, ou uma intervenção na força de trabalho
que não adicione riscos às operações. Essas formas de intervenção
não são consideradas mudanças e podemos citar como exemplos:

Substituição de equipamentos do mesmo tipo, especificação,


diâmetro ou espessura; alteração de níveis dentro dos limites
operacionais, execução de tarefas cobertas por procedimento
escrito e integralmente seguido.

1.1.2. Mudança

25
Uma mudança consiste em uma alteração permanente ou temporária
na tecnologia, nas instalações ou na força de trabalho, própria ou
contratada, que modifique o risco ou a confiabilidade de um sistema.
Como exemplos, podemos citar:

Utilização de tubulação de diferente diâmetro ou classe de pressão;


alterações nos níveis máximos e mínimos de projeto; execução de
tarefas cobertas por procedimento escrito e parcialmente seguido.

1.1.3. Mudança sutil

No que diz respeito à mudança, há ainda uma distinção a fazer.


Quando estamos diante de uma pequena mudança na instalação
ou na tecnologia, que possa ser realizada com pouco recurso,
normalmente sem projeto, e que aparentemente não impacta
os processos, mas que, na realidade, possa alterar o risco ou a
confiabilidade de um sistema, estamos diante de uma mudança
sutil. Como exemplo pode-se citar a substituição de uma braçadeira
por outra de característica diferente.

RESERVADO
Alta Competência

É possível identificar, no primeiro exemplo, uma simples substituição


de tubulação. No segundo, estamos diante de uma mudança, uma
vez que estão descritas alterações de especificações e impactos no
projeto inicial.

Observe que no caso da mudança sutil, o que a distingue da substituição


de mesma natureza é que no primeiro caso, há um nível, ainda que
pequeno, de alteração no risco ou na confiabilidade do sistema, o
que não ocorre na substituição de mesma natureza.

? VOCÊ SABIA?
Existe um sistema informatizado no qual são
gerenciados todos os padrões e procedimentos
da companhia. Seu nome é Sistema Integrado de
Padronização Eletrônica da Petrobras (SINPEP) e está
disponível na rede Petrobras.
26

1.2. Importância e conceituação da gestão de mudanças

Com as reflexões feitas até aqui, é possível verificar se já temos


elementos para analisarmos a importância da gestão de mudanças.
Em primeiro lugar, será construído um conceito para este processo.

Segundo Souza (apud Kremer Kovaleski e Francisco), a gestão de


mudanças consiste em:

Uma forma mais estruturada e planejada de


promover as mudanças dentro das organizações,
através da aplicação e utilização de técnicas e
metodologias que objetivam auxiliar os gestores a
administrar as mudanças necessárias nas operações
e processos produtivos.

Esse conceito chama a atenção para o fato de que a introdução


de mudanças, sobretudo em processos de produção, implica em
uma adaptação ao novo e pode gerar insegurança e instabilidade,
mesmo que as alterações sejam percebidas por todos os envolvidos
como favoráveis. É bom ressaltar que a mudança pode, inclusive,
estar restrita a um período de tempo determinado ou a uma
situação passageira.

RESERVADO
Capítulo 1. Gestão de mudanças

Sendo assim, é fundamental avaliar adequadamente os impactos na


produção e na segurança de pessoas, equipamentos e meio ambiente.
A partir disso, deve-se planejar o melhor momento e a forma menos
impactante de deflagrar o processo, de disseminar informações
entre os responsáveis em todas as instâncias envolvidas, desde
os níveis gerenciais até os operacionais. Também é fundamental
acompanhar o processo, identificando e providenciando ajustes que
se façam necessários.

Agora se tem uma visão panorâmica do que é a gestão de mudanças.


Serão enumerados, então, alguns benefícios da gestão de mudanças.
No entanto, ao refletir sobre o tema, certamente poderão ser
encontrados outros mais.

São benefícios decorrentes da gestão de mudanças:

Permitir planejar detalhadamente a mudança pretendida, antecipar 27


possíveis dificuldades e planejar estratégias de superação. Avaliar
riscos e perdas envolvidos na mudança, explicitar riscos não evidentes
associados à mudança. Evitar instalar “armadilhas”, ou seja,
aparentes melhorias que aumentem os riscos da operação. Tomar
decisões quanto à implementação ou não da mudança, a partir do
conhecimento da magnitude dos riscos a ela associados e a relação
custo/benefício. Avaliar a necessidade e a oportunidade da mudança.
Garantir a atualização permanente da força de trabalho quanto a
alterações e impactos da mudança no local em que atua.

O uso de sistemas de monitoração antecipa e promove uma percepção


mais clara quanto a riscos envolvidos. Com a implementação de
rotinas, padronização de processos e instrumentos, a operação e o
acompanhamento são racionalizados sem bloquear a criatividade.

Acidentes, doenças, danos a equipamentos e falhas na qualidade da


produção são evitados.

RESERVADO
Alta Competência

RESUMINDO...

• Realizar uma mudança significa promover uma


alteração que interfira no risco ou na confiabilidade
de um sistema;

• Realizar uma substituição de mesma natureza em


um sistema ou instalação implica em não alterar as
características originalmente definidas, os limites de
operação e o nível de risco para os trabalhadores e
para os processos envolvidos;

• Realizar mudanças sutis significa alterar minima-


mente um processo provocando, mesmo não aparen-
temente, alterações nos níveis de risco e de confiabili-
28 dade do sistema;

• A gestão de mudanças permite planejar, estruturar e


acompanhar melhor as alterações do processo;

• Dentre os benefícios da gestão de mudanças pode-


mos destacar: a padronização, o acompanhamento e a
antecipação de necessidades de ajustes dos processos
a serem afetados.

RESERVADO
Capítulo 1. Gestão de mudanças

1.3. Exercícios

1) Conceitue os termos:

a) Substituição de mesma natureza

_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

b) Mudança

_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

29
2) Identifique se as situações a seguir podem ser caracterizadas ou
não como mudança, marcando um X na respectiva coluna:

Não é
Evento É mudança
mudança
Substituir uma válvula por outra de
mesmas características.
Instalar um novo ponto de tomada para
amostras.
Substituir funcionário em turno de
trabalho.
Modificação de layout.
Realizar testes (comissionar) em um
equipamento.
By-pass (desvio) utilizando um mangote.

Incluir um novo empregado em um posto


de trabalho.
Seguir um padrão de forma parcial.

RESERVADO
Alta Competência

3) Marque um X na opção que expresse o conceito de gestão de


mudança.

Podemos conceituar gestão de mudanças como:

( ) Uma forma estruturada e planejada de gerir operações


de reposição de equipamentos defeituosos envolvidos nos
processos produtivos das organizações.

( ) Uma atuação pontual para solicitar reparos em equipamentos


e instalações, sem impacto nos processos produtivos.

( ) Uma forma estruturada e planejada de promover mudan-


ças nas organizações, utilizando técnicas e metodologias
que auxiliem os gestores a administrar mudanças em ope-
rações e processos produtivos.

4) Marque com B as afirmativas a seguir que constituam benefícios


da gestão de mudanças nos processos industriais:
30
A gestão de mudança permite:

( ) Tomar decisões quanto à implementação ou não da mu-


dança, a partir do conhecimento da magnitude dos riscos a
ela associados e a relação custo/benefício.
( ) Dispensar etapas como a de planejamento detalhado, da
alteração pretendida.
( ) Antecipar possíveis dificuldades e planejar estratégias de
superação.
( ) Selecionar, contratar e alocar profissionais em todas as
áreas de E&P.
( ) Avaliar riscos e perdas envolvidos no processo de mudança.

( ) Avaliar, com critérios objetivos, a necessidade e a oportu-


nidade da mudança a ser instituída.

RESERVADO
Capítulo 1. Gestão de mudanças

5) Na Petrobras, a parametrização e a normatização dos processos da


Gestão de Mudanças estão definidas na Diretriz 6 de SMS. Marque
com X as afirmações a seguir que constituam requisitos para avalia-
ção de mudanças temporárias ou permanentes:

( ) Incorporação de processos de avaliação de risco a todas as


fases dos empreendimentos e produtos, incluindo os rela-
cionados à proteção da força de trabalho, comunidades vi-
zinhas e consumidor final.

( ) Formalização dos processos de mudança por meio de des-


crição, avaliação e documentação, bem como de sua neces-
sária divulgação.

( ) Garantia de que as mudanças atendam às exigências legais


e aos procedimentos estabelecidos, bem como preservem a
integridade da força de trabalho, das instalações e a conti-
nuidade das operações.
31
( ) Implementação de procedimentos que permitam a identifi-
cação, registro e análise das causas dos acidentes e a quan-
tificação das perdas.

( ) Implementação de mecanismos que permitam avaliar e


controlar riscos inerentes a mudanças, desde a fase de pla-
nejamento até sua efetiva incorporação ao processo.

( ) Execução das atividades de inspeção e manutenção de acor-


do com os procedimentos estabelecidos, de modo a manter
o controle sobre seus riscos.

RESERVADO
Alta Competência

1.4. Glossário
Braçadeira - mecanismo com função de reforçar ou manter unidos elementos
tubulares.

Normatização - ação relativa à fixação de regras e padrões reguladores. Na


indústria, em especial, a normatização tem por finalidade garantir a qualidade,
a racionalização e a segurança de processos, a segurança das pessoas e certa
uniformidade para a comunicação.

Parametrização - definição de limites, termos de comparação (parâmetros) para


um processo, sistema.

SINPEP - Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da Petrobras - sistema


informatizado que tem como finalidade o controle de todos os padrões da
Companhia.

SMS - Segurança, Meio ambiente e Saúde.

Software - conjunto de programas, rotinas, sistemas operacionais, compiladores e


32 utilitários que juntamente com a parte física do computador (hardware) coloca-o
em condições de ser utilizado. O mesmo que programa.

RESERVADO
Capítulo 1. Gestão de mudanças

1.5. Bibliografia
KREMER, Cristian Dekkers; KOVALESKI, João Luiz; FRANCISCO, Antonio Carlos de.
Planejamento para a gestão de mudanças necessárias à implementação de um
sistema informatizado de coleta dos dados da produção: estudo de caso em
uma metalúrgica. Disponível em: <www.admpg.com.br/cadastro/ver_artigo.
php?sid=114>. Acesso em: 08 mai 2008.

MICHAELLIS - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: http://


michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-
portugues&palavra=mudança. Acesso em: 7 mai 2008.

PETROBRAS. Diretrizes e Políticas Corporativas de SMS. Disponível em: <http://


www.sms.petrobras.com.br>. Acesso em: 28 mar 2008.

SINPEP - Sistema Integrado de Padronização da Petrobras. Gerenciamento de


mudanças no E&P (PG-1E1-00144-B). Rio de Janeiro: 2006.

THEOBALD, Roberto e LIMA,Gilson Brito Alves. A excelência em gestão de SMS:


uma abordagem orientada para os fatores humanos. In: Revista Eletrônica
Sistemas & Gestão. Vol. 2 (1) 50-64. Universidade Federal Fluminense. Disponível 33
em: <http://www.latec.uff.br/sg/arevista/Volume2/Numero1/SG042_2006.pdf>.
Acesso em: 6 mai 2008.

RESERVADO
Alta Competência

1.6. Gabarito
1) Conceitue os termos:

a) Substituição de mesma natureza

Substituição de mesma natureza consiste em uma intervenção em equipamentos,


softwares, materiais e insumos de um sistema ou instalação sem alterar os
parâmetros originais de projeto e os limites de operação do processo, ou uma
intervenção na força de trabalho que não adicione riscos às operações.

b) Mudança

Mudança consiste em alteração permanente ou temporária na tecnologia, nas


instalações ou na força de trabalho, própria ou contratada, que modifique o risco
ou a confiabilidade de um sistema.

2) Identifique se os eventos a seguir podem ser caracterizados ou não como


mudança, marcando um X na respectiva coluna:

Não é
Evento É mudança
mudança
34 Substituir uma válvula por outra de mesmas
X
características.
Instalar um novo ponto de tomada para amostras. X
Substituir funcionário em turno de trabalho. X
Modificação de layout. X
Realizar testes (comissionar) em um equipamento. X
By-pass (desvio) utilizando um mangote. X
Incluir um novo empregado em um posto de
X
trabalho.
Seguir um padrão de forma parcial. X

3) Marque um X na opção que expresse o conceito de gestão de mudança.

Podemos conceituar gestão de mudanças como:

( ) uma forma estruturada e planejada de gerir operações de reposição


de equipamentos defeituosos envolvidos nos processos produtivos das
organizações.

( ) uma atuação pontual para solicitar reparos em equipamentos e instalações,


sem impacto nos processos produtivos.

( X ) uma forma estruturada e planejada de promover mudanças nas


organizações, utilizando técnicas e metodologias que auxiliem os gestores
a administrar mudanças em operações e processos produtivos.

RESERVADO
Capítulo 1. Gestão de mudanças

4) Marque com B as afirmativas a seguir que constituam benefícios da gestão de


mudanças nos processos industriais:

A gestão de mudança permite:

( B ) Tomar decisões quanto à implementação ou não da mudança, a partir do


conhecimento da magnitude dos riscos a ela associados e a relação custo/
benefício.

( ) Dispensar etapas como a de planejamento detalhado, da alteração


pretendida.

( B ) Antecipar possíveis dificuldades e planejar estratégias de superação.

( ) Selecionar, contratar e alocar profissionais em todas as áreas de E&P.


( B ) Avaliar riscos e perdas envolvidos no processo de mudança.

( B ) Avaliar, com critérios objetivos, a necessidade e a oportunidade da


mudança a ser instituída.

5) Na Petrobras, a parametrização e a normatização dos processos da Gestão de


Mudanças estão definidas na Diretriz 6 de SMS. Marque com X as afirmações a
seguir que constituam requisitos para avaliação de mudanças temporárias ou
permanentes: 35
( ) Incorporação de processos de avaliação de risco a todas as fases dos
empreendimentos e produtos, incluindo os relacionados à proteção da
força de trabalho, comunidades vizinhas e consumidor final.

( X ) Formalização dos processos de mudança por meio de descrição, avaliação


e documentação, bem como de sua necessária divulgação.

( X ) Garantia de que as mudanças atendam às exigências legais e aos


procedimentos estabelecidos, bem como preservem a integridade da força
de trabalho, das instalações e a continuidade das operações.

( ) Implementação de procedimentos que permitam a identificação, registro e


análise das causas dos acidentes e a quantificação das perdas.

( X ) Implementação de mecanismos que permitam avaliar e controlar riscos


inerentes a mudanças, desde a fase de planejamento até sua efetiva
incorporação ao processo.

( ) Execução das atividades de inspeção e manutenção de acordo com


os procedimentos estabelecidos, de modo a manter o controle sobre
seus riscos.

RESERVADO
RESERVADO
Capítulo 2
Classificação
das mudanças

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Classificar mudanças de acordo com tipo e temporalidade


adotadas pela Petrobras;
• Identificar possíveis ocorrências em caso de falhas na
gestão de mudanças.

RESERVADO
Alta Competência

38

RESERVADO
Capítulo 2. Classificação das mudanças

2. Classificação das mudanças

D
e modo geral, uma mudança está associada à solução de
um problema específico ou um conjunto de condições a
serem alteradas. A classificação das mudanças reflete essa
diversidade. É possível referir-se a mudanças em equipamentos,
ambientes, tecnologias, processos e até de força de trabalho.

Serão detalhadas as classificações mais freqüentemente utilizadas


no âmbito da Petrobras. Classificar adequadamente a mudança
facilitará a seleção de estratégias e a elaboração do planejamento,
da implementação e do acompanhamento, além da identificação dos
riscos que deverão ser devidamente analisados e mitigados.

2.1. Classificação de mudanças quanto ao tipo e à temporalidade


39
Na Petrobras, as mudanças são classificadas conforme o tipo e a
temporalidade.

2.1.1. Classificação de mudanças quanto ao tipo

a) Mudanças na instalação – que compreendem:

• Mudanças em equipamento;

• Mudança no leiaute (layout).

b) Mudanças em tecnologia – que compreendem:

• Mudança de matéria-prima ou substância processada;

• Mudança de dados básicos de processo;

• Mudança de equipamento ou material;

• Mudança em software;

RESERVADO
Alta Competência

• Mudança dos dados básicos de equipamentos;

• Mudanças em procedimentos.

c) Mudanças na força de trabalho - que compreendem:

• Mudança quanto à temporalidade;

• Mudança permanente;

• Mudança temporária.

A seguir, será definido cada um dos tipos de mudança.

a) Mudança na instalação
40
A mudança de instalação caracteriza-se pela alteração ou inclusão de
itens em um equipamento ou instalação sem modificação da tecnologia
do processo como vazão, pressão, temperatura, características dos
componentes ou substâncias que o compõem.

• Mudança de equipamento

Consiste na substituição de um equipamento em uma operação por


outro (bomba centrífuga por bomba alternativa) de características
diferentes, sem alterar os parâmetros de processo.

• Mudança de layout

Caracteriza-se pela alteração na disposição dos equipamentos ou


por alterações físicas na instalação que tenham como conseqüência
mudanças na classificação elétrica de áreas, cenários de risco,
estratégias de fuga e resgate etc.

RESERVADO
Capítulo 2. Classificação das mudanças

b) Classificação de mudanças quanto à temporalidade

A mudança na tecnologia envolve:

• Mudança de matéria-prima ou substância processada

Caracteriza-se pela alteração da especificação de propriedades físico-


químicas e/ou composição de qualquer das substâncias usadas no
processo, sejam elas: matéria-prima, materiais auxiliares de processo,
produtos intermediários, produtos finais, produtos secundários e até
mesmo os rejeitos intermediários e finais.

• Mudança de dados básicos de processo

Caracteriza-se pela alteração do balanço de material e/ou energia, das


fases e etapas do processo, da condição padrão de operação, como
41
limites máximo e mínimo de segurança, das conseqüências explícitas
quando ocorrem desvios, bem como dos inventários de substâncias
que possam trazer risco ao meio ambiente e à saúde ou segurança
das pessoas.

• Mudança de equipamento ou material

Caracteriza-se pela alteração, inclusão ou exclusão de elementos,


componentes e/ou acessórios de um sistema que determinem
alterações mecânicas (resistência mecânica, limites de tolerância,
fatores de segurança ou vazão), elétricas (corrente, tensão, freqüência
ou potência) ou de rede lógica (cabeamento, classe de comunicação,
instrumentação ou alimentação).

• Mudança em software

Caracteriza-se pela substituição de programas, softwares e


elementos que compõem um sistema lógico de instrumentação ou
comando computacional e que determinem alterações na lógica de
funcionamento (sentido de fluxo, alimentação de dados, operação
de máquinas, linguagem de programação ou acessórios) ou na matriz
causa-efeito da instalação.

RESERVADO
Alta Competência

• Mudança de dados básicos de equipamentos

Caracteriza-se por alterações no projeto do equipamento, tais


como: dados de engenharia/processo, desenhos de projeto,
cálculos de dimensionamento de equipamentos, códigos e normas
de engenharia.

• Mudança em procedimentos

Caracteriza-se pela alteração em procedimento de operação de um


equipamento, sistema ou instalação, que modifique o risco ou altere
a confiabilidade desses. O atendimento parcial de um procedimento
pode caracterizar uma mudança.

c) Mudança na força de trabalho

42
Caracteriza-se pela ocorrência de alteração na força de trabalho, por
admissão, transferência, substituição temporária ou permanente,
redução ou aumento de contingente, promoção com mudança de
função ou retorno às atividades após afastamento prolongado, que
possa caracterizar alteração no risco ou no modo de operação ou na
forma de intervenção no processo, inclusive em emergências.

2.1.2. Classificação de mudanças quanto à temporalidade

Como o nome já indica, é a classificação da mudança quanto à


duração, ao espaço de tempo em que ocorre. Assim, as mudanças
são classificadas em permanentes e temporárias.

a) Mudança permanente

Mudança durável, definitiva. Caracteriza-se pela sua manutenção


durante toda a vida da instalação ou por um período longo de tempo.

Exemplo: instalação de um novo ponto para amostragem de óleo.

RESERVADO
Capítulo 2. Classificação das mudanças

b) Mudança temporária

Mudança para um fim específico, por um período curto de tempo,


para eliminar um risco imediato ou permitir a continuidade de uma
operação, até o retorno da condição inicial ou até que uma mudança
permanente possa ser executada.

Exemplo: by-pass físico por uma mangueira para a realização de uma


tarefa não procedimentada.

Em toda mudança temporária deve constar a data prevista para o


retorno à condição inicial.

Caso a data-limite necessite ser postergada, deve ser feita


reavaliação dos riscos e obtida nova aprovação.

?
43
VOCÊ SABIA?
No portal do SMS (http://www.sms.petrobras.com.
br) você encontra o vídeo educativo sobre Gestão de
Mudanças na opção do menu “Segurança” assunto
“Seminários de Boas Práticas”. Esse vídeo auxilia para
o melhor conhecimento do tema.

2.2. Estudo de casos

A seguir, serão apresentados alguns relatos de acidentes de


grandes proporções ocorridos entre as últimas décadas do século
XX e o início do século XXI, com o objetivo de analisar suas
causas e identificar as falhas no processo de gestão de mudanças.
Essa é uma forma importante de verificar quais procedimentos
contribuíram, e de que forma, para o acidente, e como podem
ser evitados no futuro.

Pode-se verificar, também, a classe de mudança e a respectiva falha


em cada caso.

RESERVADO
Alta Competência

Flixborough - Inglaterra (UK) - 1974

Uma planta da empresa Nypro liberou uma grande


nuvem de ciclohexano, produto altamente volátil e
inflamável, que explodiu matando 28 trabalhadores
e causando destruição quase total da planta. Vidraças
foram quebradas nas comunidades próximas de
Flixborough.

O processo foi concebido para trabalhar com 6


reatores em série, oxidando o ciclohexano em reação
exotérmica. Em função de um vazamento no reator 5,
o mesmo foi retirado para manutenção e substituído
por uma tubulação “by-pass” para continuidade do
processo. Os bocais de interligação dos reatores eram
de 28”, mas o maior tubo encontrado para o “by-
pass” foi de 20”.
44
Foi então feita uma adaptação. Juntas de dilatação
foram colocadas e a linha foi calculada para suportar
a pressão interna e a perda de carga foi estimada.
Porém, esqueceu-se de calcular os esforços ocasionados
pelo formato da linha e o posicionamento ideal
de suportes. A linha foi suportada por andaimes
tubulares. Não foi realizado teste hidrostático.
Houve vazamento na linha com explosão seguida de
incêndio que durou vários dias.

Falhas identificadas quanto à gestão de mudanças (mudança


temporária na instalação):

• By-pass mal projetado;

• Inexistência de desenhos;

• Utilização de tubulação não especificada;

• Deficiência na montagem da estrutura de suporte e nos testes.

RESERVADO
Capítulo 2. Classificação das mudanças

Bhopal - Índia - 1984

Uma planta de defensivo agrícola da Union


Carbide, situada na cidade de Bhopal na Índia,
provocou o vazamento de uma nuvem tóxica de
isocianato de metila. Três mil pessoas morreram e
aproximadamente quinhentas mil foram afetadas
direta ou indiretamente. Toda a economia da região
foi duramente atingida.

O isocianato de metila é líquido à temperatura de


0 ºC. Na noite do acidente, a pressão dos tanques,
que armazenavam o produto, se elevou mais de 14
bar e a temperatura se aproximou de 200 ºC. A causa
provável do aumento da pressão e da temperatura
foi atribuída à entrada de água num dos tanques
causando uma reação altamente exotérmica e a 45
liberação do produto para atmosfera.

Várias foram as causas para tão grave acidente.


Os tanques de estocagem necessitavam de
refrigeração, mas por economia, o equipamento de
refrigeração foi desativado. O sistema de segurança
possuía duas torres de lavagem para uma possível
descarga de gás pelas válvulas de segurança. Uma
das torres estava fora de operação. Outra deveria
ser acionada manualmente.

Como redundância, havia um flare para a queima


do produto, mas também estava fora de operação.
Os alarmes gerais da planta estavam inoperantes
para não “incomodar” a vizinhança, devido aos
diversos alarmes falsos em função da situação
precária da instrumentação. Os procedimentos
de emergência ficavam trancados na sala da
gerência, por motivo de confidencialidade, prática
desconhecida pela equipe de operação.

RESERVADO
Alta Competência

Falhas identificadas quanto à gestão de mudanças (mudança


permanente na instalação e na força de trabalho):

• Barreiras de proteção desativadas, sem gerenciamento;

• Desligamento de pessoal experiente da operação, sem


reposição adequada.

Chernobyl – URSS – 1986

Ucrânia, abril de 1986. Trinta pessoas morreram


naquele fatídico dia e 300 milhas quadradas foram
evacuadas a fim de se evitar contaminação pela nuvem
radioativa. O impacto total desse desastre ainda está
sendo contabilizado, à medida que existem ainda
pessoas sofrendo as conseqüências da contaminação
46 radioativa provocada pelo acidente.

Chernobyl possuía quatro reatores. Era um dia


de teste no reator número 4. O procedimento de
segurança exigia que no mínimo 30 controladores
de reação (rods) estivessem em operação no reator
enquanto este estivesse em funcionamento.

Paralelamente, a usina estava tendo problemas


com o sistema de resfriamento de emergência
dos reatores, que se encontrava fora de operação.
O procedimento de segurança de processo dizia que
esse sistema deveria estar sempre ativo quando os
reatores estivessem operando.

A equipe decidiu, mesmo com essa condição adversa,


efetuar o teste de potência no reator 4. Para tal
teste, quebrou-se o procedimento de segurança e
removeram 22 rods dos 30 instalados, para habilitar
o poder da reação. 

Rapidamente a potência de reação aumentou e,


sem o sistema de resfriamento de emergência,

RESERVADO
Capítulo 2. Classificação das mudanças

a situação ficou fora de controle causando o


derretimento do núcleo. Por falta de documentação
técnica atualizada, os procedimentos para
atendimento à emergência foram prejudicados.

Falhas identificadas quanto à gestão de mudanças (mudança


temporária na tecnologia):

• Remoção indevida dos sistemas de proteção do reator;

• Documentação técnica desatualizada.

Plataforma Piper Alpha – Mar do Norte - 1988

Julho de 1988, 167 vidas pereceram na plataforma


47
fixa de Piper Alpha situada no gélido Mar do
Norte, naquele que foi considerado o pior acidente
envolvendo unidades offshore.

Uma válvula de alívio de pressão de um dos


compressores de gás havia sido retirada para
manutenção e a linha estava com um flange
cego. A operação deste compressor foi iniciada
inadvertidamente, já que houve falha no
procedimento de Permissão para Trabalho (PT).
A liberação e ignição de gás no módulo de compressão
desencadearam uma série de explosões e incêndio,
resultando na quase total destruição da plataforma.

O módulo de compressão havia passado por


mudanças em recente alteração de layout na
plataforma para próximo à sala de controle e, devido
ao acidente, a sala ficou inoperante contribuindo
para as perdas neste evento.

RESERVADO
Alta Competência

Falhas identificadas quanto à gestão de mudanças (mudança


permanente na instalação e na tecnologia):

• Módulo de compressão de gás instalado próximo à sala de


controle (mudança de layout);

• Paredes corta-fogo inadequadas ao poder de fogo.

Lagoa Parda – Espírito Santo

Em uma estação de carregamento rodoviário de


GLP, o mangote de carregamento teve a braçadeira
de uma de suas extremidades trocadas por outra
de especificação diferente. Durante a operação,
uma falha ocorrida nessa extremidade provocou
vazamento, seguido de explosão e incêndio.
48

Braçadeira especificada

RESERVADO
Capítulo 2. Classificação das mudanças

Braçadeira utilizada

Falha identificada quanto à gestão de mudanças (mudança sutil na


instalação):
49
• Mudança sutil de braçadeira não especificada.

Alto do Rodrigues – Rio Grande do Norte – 2003

Nesse caso, um gerador de vapor projetado para


queimar gás pobre recebeu, temporariamente, gás
rico. Isto provocou acúmulo de condensado no interior
da câmara de combustão e a formação de vapor.

Em uma parada, durante a tentativa de acionamento


do gerador, ocorreu uma explosão na câmara de
combustão.

RESERVADO
Alta Competência

Falha identificada quanto à gestão de mudanças (mudança


temporária na tecnologia):

• Mudança de matéria-prima processada sem a devida análise


das conseqüências.

ATENÇÃO

Para conhecer mais sobre acidentes e sua prevenção,


consulte o portal do SMS. Lá você encontrará diversos
exemplos de acidentes, alguns deles vinculados às
falhas no processo de gestão de mudanças.

No site <http://www.sms.petrobras.com.br> é possível


assistir à “Videoconferência de Acidentes Fatais e
50 Graves”.

RESERVADO
Capítulo 2. Classificação das mudanças

2.3. Exercícios

1) Correlacione as mudanças apresentadas a seguir com a classifica-


ção utilizada pela Petrobras, numerando adequadamente a coluna
da direita:

1. Classificação quanto ( ) Mudança na força de trabalho


ao tipo ( ) Mudança permanente
( ) Mudança na instalação
2. Classificação quanto ( ) Mudança temporária
à temporalidade ( ) Mudança de tecnologia

2) Complete as afirmativas a seguir indicando a classificação quanto


ao tipo de mudança:

a) A substituição de um equipamento em uma operação por


outro de características diferentes, sem alterar os parâmetros
51
de processo, constitui uma mudança de instalação, de
________________________ .

b) A alteração de especificação de propriedades físico-


químicas e/ou composição de qualquer das substâncias
usadas no processo constitui uma mudança de tecnologia, de
________________________.

c) A alteração de procedimento de operação de um equipamento,


sistema ou instalação, capaz de modificar o risco ou alterar a
confiabilidade daqueles constitui uma mudança de tecnologia,
em __________________.

RESERVADO
Alta Competência

3) Leia o relato de caso a seguir e destaque as falhas de gestão de


mudança que podem ser identificadas.

Em uma empresa, um grupo de profissionais ficou retido por


mais de 4 horas em espaço restrito, em contato com materiais
de relativa periculosidade.

O software de controle de entrada e saída de funcionários a áreas


restritas havia sido substituído recentemente. Novos sensores
instalados travaram as portas do ambiente ao serem acionados
inadequadamente. O painel do sistema de alarme encontrava-
se temporariamente inoperante e não sinalizou a presença
considerada indevida nem o travamento das portas.

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
52 _______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

RESERVADO
Capítulo 2. Classificação das mudanças

2.4. Glossário
Braçadeira - mecanismo com função de reforçar ou manter unidos elementos
tubulares.

By-Pass - desvio, contorno.

Condensado - líquido que resulta quando um vapor está sujeito a resfriamento e/


ou redução de pressão.

Exotérmico - diz-se dos compostos e das reações que se produzem com


desenvolvimento de calor.

Flare - queimador utilizado em plataformas, refinarias e instalações de GLP para


queimar gases residuais.

GLP - Gás Liquefeito de Petróleo.

Mangote - mangueira.

Mitigar - atenuar, suavizar, tornar brando.


53

Permissão para Trabalho (PT) - autorização dada por escrito, em documento


próprio, para a execução de trabalhos de manutenção, montagem, desmontagem,
construção, reparos ou inspeções que envolvam riscos à integridade do pessoal, às
instalações, ao meio ambiente, à comunidade ou à continuidade operacional.

SMS - Segurança, Meio ambiente e Saúde.

Software - conjunto de programas, rotinas, sistemas operacionais, compiladores e


utilitários que juntamente com a parte física do computador (hardware) coloca-o
em condições de ser utilizado. O mesmo que programa.

RESERVADO
Alta Competência

2.5. Bibliografia
SINPEP - Sistema Integrado de Padronização da Petrobras. Gerenciamento de
mudanças no E&P (PG-1E1-00144-B). Rio de Janeiro: 2006.

54

RESERVADO
Capítulo 2. Classificação das mudanças

2.6. Gabarito
1) Correlacione as mudanças apresentadas a seguir com a classificação utilizada
pela Petrobras, numerando adequadamente a coluna da direita:

( 1 ) Mudança na força de trabalho


( 2 ) Mudança permanente
1. Classificação quanto ao tipo
( 1 ) Mudança na instalação
2. Classificação quanto à temporalidade ( 2 ) Mudança temporária
( 1 ) Mudança de tecnologia

2) Complete as afirmativas a seguir indicando a classificação quanto ao tipo de


mudança:

a) A substituição de um equipamento em uma operação por outro de características


diferentes, sem alterar os parâmetros de processo, constitui uma mudança de
instalação, de equipamento.

b) A alteração de especificação de propriedades físico-químicas e/ou composição de


qualquer das substâncias usadas no processo constitui uma mudança de tecnologia,
de matéria-prima ou substância processada.

c) A alteração de procedimento de operação de um equipamento, sistema ou


55
instalação, capaz de modificar o risco ou alterar a confiabilidade daqueles constitui
uma mudança de tecnologia, em procedimentos.

3) Leia o relato de caso, a seguir, e destaque as falhas de gestão de mudança que


podem ser identificadas.

Em uma empresa, um grupo de profissionais ficou retido por mais de 4 horas em


espaço restrito, em contato com materiais de relativa periculosidade.

O software de controle de entrada e saída de funcionários a áreas restritas havia


sido substituído recentemente. Novos sensores instalados travaram as portas do
ambiente ao serem acionados inadequadamente. O equipamento do sistema de
alarme encontrava-se temporariamente inoperante e não sinalizou a presença
considerada indevida nem o travamento das portas.

• Mudança de equipamentos e procedimentos sem a devida análise dos impactos


e da necessidade de preparação dos usuários;

• Mudança de software (software de controle de acesso às áreas);

• Mudança de equipamento ou material: (sensores, travas e sistemas de alarmes);

• Mudança em procedimentos (formas de acesso, fechamento e abertura;

• Mudança temporária (painel inoperante por breve período de tempo).

RESERVADO
RESERVADO
Capítulo 3
Aplicabilidade
do processo
de gestão
de mudanças

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Identificar as etapas relacionadas ao processo de gestão


de mudanças;
• Distinguir a aplicabilidade dos formulários relacionados à
gestão de mudanças.

RESERVADO
Alta Competência

58

RESERVADO
Capítulo 3. Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças

3. Aplicabilidade do processo
de gestão de mudanças

U
ma das tarefas mais importantes do processo de gestão
de mudanças é garantir que todas as alterações sejam
devidamente documentadas e disseminadas entre todos
os envolvidos.

Para garantir que todas as fases do processo de gestão de mudanças


sejam registradas, gerenciadas e comunicadas adequadamente,
torna-se necessário seguir uma metodologia.

Não se trata de uma preocupação simplesmente burocrática, mas,


sobretudo, para evitar situações de risco ou panes, por falta de
informação ou de compreensão dos procedimentos e rotinas. 59

A seguir será apresentado o fluxo das ações da gestão de


mudanças, com uma seqüência de operações, passo a passo, desde
a identificação de uma necessidade, no local de trabalho, até a
finalização da mudança.

1º passo: identificação e análise da necessidade

Diante de problemas operacionais, um técnico de operação solicita


uma alteração em seu local de trabalho. Como saber se essa alteração
caracteriza uma mudança?

Para responder a essa pergunta, recorreremos ao instrumento Guia


para Identificação de Mudanças (GIM).

O GIM é um documento elaborado para descrição do problema


detectado e da solução proposta. Nele, uma lista de perguntas
permite identificar se a intervenção solicitada caracteriza uma
mudança. A resposta sim em qualquer dos itens do documento
indica que o serviço constitui uma mudança, devendo, portanto, ser
analisada quanto aos riscos envolvidos.

RESERVADO
Alta Competência

Observe o modelo de formulário GIM apresentado a seguir.

Exemplo de instrumento guia para identificação de mudanças

Guia para Identificação de Mudanças (GIM)

Identificação da Mudança
PERMANENTE TEMPORÁRIA ATÉ ____/__________/______
DESCRIÇÃO DA MUDANÇA:

RAZÃO PARA A MUDANÇA:

A mudança irá ou poderá provocar alterações, mesmo que


Sim Não
temporárias em (todos os quadros devem ser preenchidos):
60 Na Força de Trabalho envolvida para a realização das tarefas
1 (operação, manutenção, inspeção, controle de emergências etc.)
quanto ao número de pessoas, sua qualificação etc.?
Nas condições de processo - pressão, temperatura, nível, composição
2
de produto, vazão, tempo de residência etc.?
Instalação de acessórios provisórios ou permanentes, tais como:
3
mangueiras, tubulações, rede elétrica, drenagem etc.?
Nos procedimentos de partida/parada/operação normal de qualquer
4 equipamento ou sistema que afete o desempenho operacional de
equipamentos a jusante ou a montante?
5 Na tecnologia hoje utilizada no processo?
6 Nas tubulações ou acessórios - válvulas, PSV, disco de ruptura etc.?
Em equipamentos de processo, tais como vasos, torres, trocadores,
7
separadores, scrubber etc.?
8 No tipo de material, substância ou equipamento utilizado?
9 No tipo de controle ou regulagem de processo?
10 Nos set points de processo, alarmes e intertravamentos de segurança?
11 Na lógica (Ladder) de controle dos sistemas ou equipamentos?
Na composição de efluentes, mesmo que temporariamente - Teor
12 de Óleo ou Graxa (TOG) ou de outra substância nociva ao meio
ambiente?
Nas condições do ambiente de trabalho - ruído, presença de gases ou
13 vapores, temperatura ou condições de acesso em condições normais
ou de emergência?

RESERVADO
Capítulo 3. Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças

Identificação da Mudança
PERMANENTE TEMPORÁRIA ATÉ ____/__________/______
DESCRIÇÃO DA MUDANÇA:

RAZÃO PARA A MUDANÇA:

A mudança irá ou poderá provocar alterações, mesmo que


Sim Não
temporárias em (todos os quadros devem ser preenchidos):
Nos pontos de emissão atmosférica de materiais inflamáveis ou
14
tóxicos?
15 Nos produtos manuseados?
Na quantidade de produtos estocados na área em tanques ou
16
tambores?
17 Na composição dos componentes do processo?
18 No arranjo físico de equipamentos ou acessórios?
61
Eliminação e/ou recolocação de equipamentos, bases, tubulações e
19
acessórios?
Nos procedimentos de tomada de amostra, inclusive novos pontos de
20
amostragem?
Nos pontos de inspeção de equipamentos, acessórios ou tubulações,
21 inclusive quanto à necessidade de colocação de novos pontos de
monitoramento?
22 Na alteração da configuração ou ampliação do isolamento térmico?
Em manobras das áreas elétrica, instrumentação, sistema supervisório,
23 civil, utilidades etc. que possam interferir nos processos, mesmo nas
fases de testes, condicionamento e manutenção?
Nas características físico-químicas do produto ou suas características
24
essenciais para o cliente?
25 Na forma e tipo de transporte/entrega do produto?
Na aplicabilidade do produto pelo cliente (poder calórico, teor de
26
líquido etc.)?
Na instalação de by-pass de malhas de intertravamento de segurança,
27
controle de processo ou shut-down?
28 No software de supervisão, controle e intertravamento (Ladder)?
29 Na classificação de áreas?
30 Na distribuição de cargas elétricas entre barramentos?
31 Na instalação definitiva de novas cargas elétricas?

RESERVADO
Alta Competência

Identificação da Mudança
PERMANENTE TEMPORÁRIA ATÉ ____/__________/______
DESCRIÇÃO DA MUDANÇA:

RAZÃO PARA A MUDANÇA:

A mudança irá ou poderá provocar alterações, mesmo que


Sim Não
temporárias em (todos os quadros devem ser preenchidos):
32 Na proteção elétrica de equipamentos?
Nas condições de manutenção de Classe da unidade (Exemplos:
33 anteparas estanques e dispositivos de fechamento, plano de borda
livre original, peso leve, válvulas de lastro e estabilidade da unidade)?
34 Nos sistemas de movimentação de cargas?
Na inclusão de novos instrumentos ou no automatismo original de um
35
62 equipamento?
36 Em driver de comunicação?
37 Em switches, roteadores e filtros da rede de automação?
No tipo do sinal de saída de instrumento (tensão, corrente, contato
38
NA/NF)?

ATENÇÃO

O GIM deve ser utilizado antes de qualquer


intervenção na Unidade. Dessa forma, a caracterização
da mudança será garantida e tratada conforme os
procedimentos vigentes.

2º passo: Registro da mudança

Preenchido o GIM, suponhamos que o técnico de operação tenha


registrado pelo menos um sim em algum dos itens do formulário.
Como foi visto, isso caracteriza uma mudança.

Uma vez confirmada a mudança, o operador deverá entrar em


contato com o seu supervisor ou coordenador que deverá registrar,
junto ao gerente setorial, a solicitação de mudança.

RESERVADO
Capítulo 3. Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças

? VOCÊ SABIA?
Muitas Unidades da Petrobras possuem um sistema
informatizado para o registro e o gerenciamento das
mudanças. Procure saber se sua área possui tal ferramenta
e qual o procedimento de acesso e utilização.

3º passo: Planejamento da mudança

A mudança foi devidamente registrada. Já pode, então, ser executada?

Ainda não! Para realizar uma mudança, os riscos envolvidos precisam ser
analisados, as etapas de execução precisam ser detalhadas, os recursos
materiais e perfis profissionais descritos e os prazos determinados. 63

Assim sendo, antes de ser executada a mudança, é necessário elaborar


o planejamento da mudança, de acordo com os requisitos mínimos
definidos no Formulário para Análise de Mudanças (FAM).

O FAM é, na verdade, um check-list no qual são levados em consideração


requisitos de segurança, normas, padrões, especificações, análises de
riscos, entre outros. Seu preenchimento por um profissional treinado
garante que a mudança seja planejada de forma a minimizar
todos os riscos referentes à sua implantação. Uma vez elaborado,
o planejamento precisa ser submetido ao Gerente Setorial para
aprovação. Procure conhecer, na sua Unidade, o Formulário para
Análise de Mudanças (FAM).

4º passo: Execução da mudança

Uma vez identificada a necessidade da mudança a partir do


preenchimento e da avaliação do GIM, do FAM, do registro
e da solicitação de aprovação, quando poderá ser executada
a mudança?

RESERVADO
Alta Competência

Tão logo o Gerente Setorial aprove o planejamento, a mudança


poderá ser executada por profissionais devidamente treinados.

5º passo: Verificação da mudança

A mudança foi, então, executada. Como verificar se a mudança foi


executada corretamente e se foi tão eficaz como era esperado?

Para isso, a equipe operacional conta com o Formulário de pré-partida.

O Formulário de pré-partida é um check-list que verifica se as


ações previstas para a mudança foram executadas, se as condições
impeditivas foram sanadas, se a documentação envolvida foi
atualizada e se a mudança foi eficaz.

64 6º passo: Encerramento da mudança

Quando se encerra a mudança?

A mudança só se encerra depois que todas as ações impeditivas e não


impeditivas encontram-se finalizadas.

ATENÇÃO

Todos os registros e análises referentes a uma


mudança devem ser arquivados por um período
mínimo de 2 (dois) anos após seu encerramento,
em local que permita sua rastreabilidade e
disponibilidade para consulta.

RESERVADO
Capítulo 3. Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças

RESUMINDO...

• A gestão de mudanças deve garantir que todas


as alterações sejam devidamente documentadas e
disseminadas entre todos os envolvidos;

• São passos recomendados para a execução de uma


mudança:

1º - Identificação e análise da necessidade;

2º - Registro da mudança;

3º - Planejamento da mudança;

4º - Execução da mudança;
65
5º - Verificação da mudança;

6º - Encerramento da mudança.

• O Guia para Identificação de Mudanças (GIM) é um


formulário no qual são descritos o problema detectado
e a solução proposta. Um conjunto de perguntas
permite identificar se a intervenção solicitada
caracteriza ou não uma mudança;

• O Formulário para Análise de Mudanças (FAM)


constitui um check-list para garantir o atendimento
de requisitos de segurança, normas, padrões,
especificações, análises de riscos, entre outros;

• O Formulário de pré-partida constitui um check-list


para verificar se as ações previstas para a mudança
foram executadas e seus resultados.

RESERVADO
Alta Competência

3.1. Exercícios

1) Utilizando o GIM reproduzido a seguir, verifique se cada uma das


alterações descritas caracteriza ou não uma mudança. Em caso de ca-
racterização de mudança, indique nos espaços em branco as opções
sinalizadas no referido formulário.

a) Necessidade de troca de guindasteiro em decorrência do pedido


de demissão do guindasteiro atual. Propõe-se o embarque de 2
novos guindasteiros, adequadamente treinados, inclusive pelo
fabricante do equipamento, para a função, de modo a atender
ao contrato e à legislação pertinente.

_____________________________________________________________

b) Necessidade de alteração da escada de acesso em proa/


bombordo, do segundo piso externo do módulo de acomodações
66 para o heliponto, com largura inferior a 1,10 m. A referida
escada está configurada como rota de fuga, mas, por suas
dimensões, impede a passagem de paciente com peso superior
a 100 kg, em maca. Propõe-se aumento na largura da referida
escada para que seja possível a passagem dos socorristas e do
paciente sobre a maca.

_____________________________________________________________

c) Deficiência de lubrificação nas polias de passagem do cabo de aço


nos turcos das baleeiras 1, 2 e 3, o que causa atrito e desgaste no
referido cabo, em virtude da deficiência do movimento. Propõe-
se troca das polias por outras com pontos de lubrificação ou
instalação de pinos graxeiros.

_____________________________________________________________

d) Obstrução do poço RJS-XX por parafina. Um dispositivo de


espuma ficou preso na linha de produção. Propõe-se instalar
provisoriamente uma bomba alternativa, acionada por
eletricidade, próxima à área de movimentação de cargas, para
realização de limpeza da linha através de injeção de diesel.

_____________________________________________________________

RESERVADO
Capítulo 3. Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças

Guia para Identificação de Mudanças (GIM)

Identificação da Mudança
PERMANENTE TEMPORÁRIA ATÉ _______/_______/______
DESCRIÇÃO DA MUDANÇA:

RAZÃO PARA A MUDANÇA:

A mudança irá ou poderá provocar alterações, mesmo que


Sim Não
temporárias em (todos os quadros devem ser preenchidos):
Na Força de Trabalho envolvida para a realização das tarefas
1 (operação, manutenção, inspeção, controle de emergências etc.)
quanto ao número de pessoas, sua qualificação etc.?
Nas condições de processo - pressão, temperatura, nível, composição
2
de produto, vazão, tempo de residência etc.?
Instalação de acessórios provisórios ou permanentes, tais como:
67
3
mangueiras, tubulações, rede elétrica, drenagem etc.?
Nos procedimentos de partida/parada/operação normal de qualquer
4 equipamento ou sistema que afete o desempenho operacional de
equipamentos a jusante ou a montante?
5 Na tecnologia hoje utilizada no processo?
6 Nas tubulações ou acessórios - válvulas, PSV, disco de ruptura etc.?
Em equipamentos de processo, tais como vasos, torres, trocadores,
7
separadores, scrubber etc.?
8 No tipo de material, substância ou equipamento utilizado?
9 No tipo de controle ou regulagem de processo?
10 Nos set points de processo, alarmes e intertravamentos de segurança?
11 Na lógica (Ladder) de controle dos sistemas ou equipamentos?
Na composição de efluentes, mesmo que temporariamente - Teor
12 de Óleo ou Graxa (TOG) ou de outra substância nociva ao meio
ambiente?
Nas condições do ambiente de trabalho – ruído, presença de gases ou
13 vapores, temperatura ou condições de acesso em condições normais
ou de emergência?
Nos pontos de emissão atmosférica de materiais inflamáveis ou
14
tóxicos?
15 Nos produtos manuseados?

RESERVADO
Alta Competência

Identificação da Mudança
PERMANENTE TEMPORÁRIA ATÉ _______/_______/______
DESCRIÇÃO DA MUDANÇA:

RAZÃO PARA A MUDANÇA:

A mudança irá ou poderá provocar alterações, mesmo que


Sim Não
temporárias em (todos os quadros devem ser preenchidos):
Na quantidade de produtos estocados na área em tanques ou
16
tambores?
17 Na composição dos componentes do processo?
18 No arranjo físico de equipamentos ou acessórios?
Eliminação e/ou recolocação de equipamentos, bases, tubulações e
19
acessórios?
Nos procedimentos de tomada de amostra, inclusive novos pontos de
68 20
amostragem?
Nos pontos de inspeção de equipamentos, acessórios ou tubulações,
21 inclusive quanto à necessidade de colocação de novos pontos de
monitoramento?
22 Na alteração da configuração ou ampliação do isolamento térmico?
Em manobras das áreas elétrica, instrumentação, sistema supervisório,
23 civil, utilidades etc. que possam interferir nos processos, mesmo nas
fases de testes, condicionamento e manutenção?
Nas características físico-químicas do produto ou suas características
24
essenciais para o cliente?
25 Na forma e tipo de transporte/entrega do produto?
Na aplicabilidade do produto pelo cliente (poder calórico, teor de
26
líquido etc.)?
Na instalação de by-pass de malhas de intertravamento de segurança,
27
controle de processo ou shut-down?
28 No software de supervisão, controle e intertravamento (Ladder)?
29 Na classificação de áreas?
30 Na distribuição de cargas elétricas entre barramentos?
31 Na instalação definitiva de novas cargas elétricas?
32 Na proteção elétrica de equipamentos?

RESERVADO
Capítulo 3. Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças

Identificação da Mudança
PERMANENTE TEMPORÁRIA ATÉ _______/_______/______
DESCRIÇÃO DA MUDANÇA:

RAZÃO PARA A MUDANÇA:

A mudança irá ou poderá provocar alterações, mesmo que


Sim Não
temporárias em (todos os quadros devem ser preenchidos):
Nas condições de manutenção de Classe da unidade (Exemplos:
33 anteparas estanques e dispositivos de fechamento, plano de borda
livre original, peso leve, válvulas de lastro e estabilidade da unidade)?
34 Nos sistemas de movimentação de cargas?
Na inclusão de novos instrumentos ou no automatismo original de um
35
equipamento?
36 Em driver de comunicação?
69
37 Em switches, roteadores e filtros da rede de automação?
No tipo do sinal de saída de instrumento (tensão, corrente, contato
38
NA/NF)?

2) Correlacione as etapas da gestão de mudanças com as ações


características correspondentes, numerando adequadamente a co-
luna da esquerda:

( 1 ) Identificação e aná- ( ) Preenchimento do Formulá-


lise da necessidade rio para Análise de Mudanças
(FAM)
( 2 ) Registro da mudança ( ) Conclusão das ações impediti-
vas ou não
( 3 ) Planejamento da ( ) Aprovação do Gerente Setorial
mudança
( 4 ) Execução da mu- ( ) Preenchimento do Formulário
dança de Pré-Partida
( 5 ) Verificação da mu- ( ) Preenchimento do Guia para
dança Identificação de Mudanças
(GIM)
( 6 ) Encerramento da ( ) Encaminhamento da solicita-
mudança ção ao Supervisor ou Coorde-
nador

RESERVADO
Alta Competência

3) Correlacione os formulários utilizados na gestão de mudanças com


sua descrição, numerando adequadamente a coluna da direita:

( 1 ) Formulário de ( ) Formulário equivalente a um


pré-partida check-list para garantir o atendi-
mento de requisitos de segurança,
normas, padrões, especificações,
análises de riscos, entre outros.

( 2 ) Formulário ( ) Formulário no qual são descritos


para análise o problema detectado e a solu-
de mudanças ção proposta. Um conjunto de
(FAM) perguntas permite identificar se
a intervenção solicitada caracte-
riza ou não uma mudança. Uma
resposta SIM a qualquer dos
itens caracteriza uma mudança.
70 ( 3 ) Guia para ( ) Formulário que constitui um
identificação check-list para verificar se as ações
de mudanças previstas para a mudança foram
executadas e seus resultados.

RESERVADO
Capítulo 3. Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças

3.2. Glossário
Barramento - condutor elétrico, em formato de barra, usado em painéis e quadros
de distribuição de energia elétrica.

Borda livre - distância vertical entre a superfície da água e o convés, medida em


qualquer ponto da extensão do navio.

By-Pass - desvio, contorno.

Contato NA/NF - contato normalmente aberto ou normalmente fechado.

Disco de ruptura - componente constituído de material metálico destinado a


romper-se a certa pressão.

Driver de comunicação - software que permite conectividade de um equipamento


ao sistema supervisório.

FAM - Formulário para Análise da Mudança.

GIM - Guia para Identificação de Mudanças.


71

Intertravamento - conjunto de condições que visam permitir ou bloquear o


funcionamento de um equipamento.

Ladder - linguagem de programação dos controladores lógicos programáveis.

PSV - Pressure Safety Valve - que em português significa válvula de alívio de pressão.

Scrubber - purificador, depurador de gás.

Set point - valor que deve ser alcançado por um sistema.

Shut-down - termo genérico, associado a qualquer parada, parcial ou total,


programada ou não, de equipamento ou de uma unidade.

Sistema supervisório - sistema central que consolida as informações do campo de


produção de petróleo ou gás natural de um campo automatizado e a partir do qual
se tem todo o controle operacional do processo de produção, como, por exemplo,
abertura e fechamento de válvulas, de poços, visualização de temperatura, pressão,
vazão etc.

Software - conjunto de programas, rotinas, sistemas operacionais, compiladores e


utilitários que juntamente com a parte física do computador (hardware) coloca-o
em condições de ser utilizado. O mesmo que programa.

Switch - elemento ativo de rede, utilizado para distribuição do sinal entre


vários pontos.

Roteador - equipamento que recebe e encaminha pacotes de dados, escolhendo o


melhor caminho para realizar essa tarefa.

RESERVADO
Alta Competência

3.3. Bibliografia
SINPEP - Sistema Integrado de Padronização da Petrobras. Gerenciamento de
mudanças no E&P (PG-1E1-00144-B). Rio de Janeiro: 2006.

72

RESERVADO
Capítulo 3. Aplicabilidade do processo de gestão de mudanças

3.4. Gabarito
1) Utilizando o GIM reproduzido a seguir, verifique se cada uma das alterações
descritas caracteriza ou não uma mudança. Em caso de caracterização de mudança,
indique nos espaços em branco as opções sinalizadas no referido formulário.

a) Necessidade de troca de guindasteiro em decorrência do pedido de demissão


do guindasteiro atual. Propõe-se o embarque de 2 novos guindasteiros,
adequadamente treinados, inclusive pelo fabricante do equipamento, para a
função, de modo a atender ao contrato e à legislação pertinente.

Constitui mudança, uma vez que foi marcado sim no item 01.

Na Força de Trabalho envolvida para a realização das tarefas


1 (operação, manutenção, inspeção, controle de emergências etc.) X
quanto ao número de pessoas, sua qualificação etc.?

b) Necessidade de alteração da escada de acesso em proa/bombordo, do segundo


piso externo do módulo de acomodações para o heliponto, com largura inferior
a 1,10 m. A referida escada está configurada como rota de fuga, mas, por suas
dimensões, impede a passagem de paciente com peso superior a 100 kg, em maca.
Propõe-se aumento na largura da referida escada para que seja possível a passagem
dos socorristas e do paciente sobre a maca. 73
Constitui mudança, uma vez que foi marcado sim no item 18.

18 No arranjo físico de equipamentos ou acessórios? X

c) Deficiência de lubrificação nas polias de passagem do cabo de aço nos turcos


das baleeiras 1, 2 e 3, o que causa atrito e desgaste no referido cabo, em virtude
da deficiência do movimento. Propõe-se troca das polias por outras com pontos de
lubrificação ou instalação de pinos graxeiros.

Constitui mudança, uma vez que foi marcado sim nos itens 5, 8 e 34.

5 Na tecnologia hoje utilizada no processo? X


8 No tipo de material, substância ou equipamento utilizado? X
34 Nos sistemas de movimentação de cargas? X

RESERVADO
Alta Competência

d) Obstrução do poço RJS-XX por parafina. Um pig de espuma ficou preso na linha
de produção. Propõe-se instalar provisoriamente uma bomba alternativa, acionada
por eletricidade, próxima à área de movimentação de cargas, para realização de
limpeza da linha através de injeção de diesel.

Constitui mudança, uma vez que foi marcado sim nos itens 3, 13, 16 e 32

Instalação de acessórios provisórios ou permanentes, tais como:


3 X
mangueiras, tubulações, rede elétrica, drenagem etc.?
Nas condições do ambiente de trabalho – ruído, presença de gases
13 ou vapores, temperatura ou condições de acesso em condições X
normais ou de emergência?
Na quantidade de produtos estocados na área em tanques ou
16 X
tambores?
32 Na proteção elétrica de equipamentos? X

2) Correlacione as etapas da gestão de mudanças com as ações características,


numerando adequadamente a coluna da esquerda:

( 1 ) Identificação e análise da ( 3 ) Preenchimento do Formulário para Aná-


necessidade lise de Mudanças (FAM)
74 ( 2 ) Registro da mudança ( 6 ) Conclusão das ações impeditivas ou não
( 3 ) Planejamento da mudança ( 4 ) Aprovação do Gerente Setorial

( 4 ) Execução da mudança ( 5 ) Preenchimento do Formulário de Pré-


Partida
( 5 ) Verificação da mudança ( 1 ) Preenchimento do Guia para Identifica-
ção de Mudanças (GIM)
( 6 ) Encerramento da mudança ( 2 ) Encaminhamento da solicitação ao Super-
visor ou Coordenador

3) Correlacione os formulários utilizados na gestão de mudanças com sua descrição,


numerando adequadamente a coluna da direita:

( 1 ) Formulário de pré-partida ( 2 ) Formulário equivalente a um check-list para


garantir o atendimento de requisitos de
segurança, normas, padrões, especificações,
análises de riscos, entre outros.
( 2 ) Formulário para análise ( 3 ) Formulário no qual são descritos o
de mudanças (FAM) problema detectado e a solução proposta.
Um conjunto de perguntas permite
identificar se a intervenção solicitada
caracteriza ou não uma mudança.
Uma resposta SIM a qualquer dos itens
caracteriza uma mudança.
( 3 ) Guia para identificação ( 1 ) Formulário que constitui um check-list
de mudanças para verificar se as ações previstas para
a mudança foram executadas e seus
resultados.

RESERVADO
Anotações

Anotações

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Anotações

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Anotações

Anotações

77
Anotações

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Anotações

Anotações

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Anotações

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