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MANUAL DO CUIDADOR

CUIDAR DE VOCÊ. ESSE É O PLANO.


MANUAL DO CUIDADOR

APRESENTAÇÃO

O curso natural da vida é nascer, crescer e morrer. Em qualquer uma das


fases da vida, infância, adolescência, vida adulta e velhice, o estado de saúde
pode variar, necessitando de cuidado.
O cuidador pode estar presente, na vida de qualquer pessoa,
independentemente da idade, diante da impossibilidade do indivíduo realizar as
atividades do cotidiano. Cabe ressaltar que o cuidado no domicílio proporciona o
convívio familiar, além de reduzir as complicações decorrentes de longos períodos
de internação hospitalar.
Este manual é a reunião de informações e orientações para que qualquer
pessoa conheça a função do cuidador. O cuidador pode ser alguém da família ou
uma pessoa contratada. Mas em muitos casos o familiar se torna um cuidador, não
por escolha, mas por necessidade e amor por aquele que está necessitando de
apoio.
Outro ponto importante é esclarecer, de modo simples os pontos mais
comuns do cuidado no domicilio; auxiliar o cuidador e a pessoa cuidada; estimular
o envolvimento da família, da equipe de saúde e da comunidade nos cuidados, e
promover melhor qualidade de vida do cuidador e da pessoa cuidada, ressaltando
que apesar de todas as orientações aqui contidas, é indispensável a orientação do
profissional de saúde.

Unimed Federação e Singulares do Paraná


PROGRAMAS DE ATENÇÃO À SÁUDE

Programa de Gerenciamento de Saúde e Fatores de Risco - PGSFR


Os fatores de risco podem ser encontrados no ambiente físico, serem
herdados ou representarem hábitos ou costumes próprios de um determinado
ambiente social e cultural (Inca, 2007).
Partindo deste princípio, o programa orienta o cliente à mudança de
comportamento em saúde, auxiliando na coordenação de melhorias no estilo de
vida de cada beneficiário.

Programa de Gerenciamento de Doenças Crônicas - PGDC


Atua com orientação e monitoramento das doenças crônicas, como:
diabetes, hipertensão, doença pulmonar crônica, dislipidemia e doenças
cardiocerebrovasculares. Desenvolve ações pró-ativas de equipe multidisciplinar,
que visa reduzir as complicações das doenças monitoradas, resultando na melhor
qualidade de vida e satisfação dos beneficiários.

Programa de Gerenciamento de Casos Clínicos - PGC


Consiste na definição de uma equipe de saúde que se responsabiliza pela
coordenação da saúde de beneficiários com doenças complexas, a qual define um
plano de cuidado individualizado, considerando os serviços e recursos que compõe
o sistema de saúde.

Programa de Gerenciamento de Serviço de Atendimento Domiciliar - PGSAD


É um serviço de saúde desenvolvido no domicilio do paciente com ações de
promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação. É um
atendimento sem cobertura obrigatória pelos planos de saúde, cabendo a cada
operadora a análise e definição da prestação desse serviço.

IMPORTANTE: Verifique a disponibilidade dos programas em sua Unimed.


CONCEITOS

O CUIDADO

O cuidado deve ser realizado de forma individualizada, levando em


consideração as particularidades e necessidades da pessoa a ser cuidada. Deve ir
além dos cuidados com o corpo físico, considerando também as questões
emocionais e a história de vida.

O AUTOCUIDADO

Autocuidado significa cuidar de si, envolve atitudes e comportamentos que


a pessoa tem em seu próprio benefício, com a finalidade de promover a saúde.
A pessoa acamada ou com limitações, mesmo necessitando da ajuda do
cuidador, pode e deve realizar atividades de autocuidado sempre que possível.
Cuidar não é fazer pelo outro, mas ajuda-lo quando necessita, estimulando a
pessoa cuidada a conquistar sua autonomia, mesmo que seja em pequenas
tarefas, isso requer paciência e tempo.

PAPEL DO CUIDADOR

O cuidador deve ser o vínculo entre a pessoa assistida, a família e a equipe


de saúde, deve estar sempre atento, pronto a ouvir e ser solidário com a pessoa
cuidada. As principais atividades que o cuidador deve desempenhar são:
- Auxiliar nos cuidados de higiene;
- Estimular e ajudar na alimentação;
- Ajudar na locomoção e atividade física;
- Incentivar atividades de lazer e ocupacionais;
- Realizar mudanças de posição, intercalando cama e cadeira;
- Promover medidas de conforto fazendo sempre com dedicação;
- Administrar as medicações, conforme a prescrição e orientação da equipe
de saúde;
- Comunicar à equipe de saúde sobre alterações no estado de saúde.
Os demais cuidados técnicos, tais como: aspiração, curativo, oferta de
dieta enteral, entre outros, podem ser realizados, desde que sob
orientação/treinamento da equipe de saúde.

ORIENTAÇÕES GERAIS

PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO

As lesões por pressão, antigamente conhecidas como escaras, podem surgir


em pessoas acamadas ou com limitação de movimentos, ocasionadas pela redução
da circulação sanguínea em pontos específicos do corpo que sofrem maior pressão
(figura1). Por essa razão os locais mais comuns para formação das lesões por
pressão são: Região sacra, Cotovelos, Calcanhares, Quadril, Tornozelos, Joelhos,
Costelas, Ombro, Orelha e Cabeça.

O QUE FAZER PARA PREVENIR?

 Realizar as mudanças de posição pelo menos a cada 2 horas. Faça isso com
cuidado pois a pele é muito frágil e fina podendo rapidamente se romper;
 Proporcionar uma superfície macia para ser utilizada na cadeira ou na
cama, como por exemplo colchão casca de ovo;
 Proteger os pontos de pressão com almofadas ou travesseiros e elevação
dos pés. Para pacientes sentados colocar um apoio para os pés;
 Usar um forro sobre o lençol abaixo do paciente para que ele seja
levantado durante a mudança de posição;
 Avaliar diariamente a pele para identificar precocemente o aparecimento
de alguns sinais, como: mancha vermelha ou roxa que mesmo após o alívio
da pressão não desaparecem;
 Hidratar a pele diariamente e oferecer líquidos em pequenas quantidades,
porém várias vezes ao dia;
 Manter a pele limpa e seca. Realizar higiene íntima a cada troca de fraldas
evitando que o paciente permaneça com a pele úmida da urina ou das
fezes;
 Evitar esfregar a pele com força pela fragilidade, facilmente pode se
romper;
 Em casos de pouca aceitação alimentar ou perda de peso, solicitar apoio
de um profissional de saúde;
 Proporcionar o consumo de alimentos com boas fontes de vitamina e sais
minerais;
 Utilizar filtro solar e leve a pessoa para tomar sol no mínimo 15 minutos
diariamente.

O QUE NÃO FAZER


X – Não usar almofadas tipo roda d’água ou as de formato arredondadas com
buraco no centro;
X – Não arrastar o paciente ou deixar que a pele fique se esfregando contra os
lençóis, pois ambas causam fricção na pele;
X – Não posicionar o paciente de forma que ele fique em contato direto com
dispositivos médicos (tubos, cateteres e ou outros objetos);
X – Não usar lençóis com costura ou com dobras que ficam em contato direto
com o paciente;
X – Não usar roupas as quais os botões fiquem em contato com a pele;
X – Não posicionar o paciente numa superfície corporal que já apresente uma
área com vermelhidão;
X - Não massagear e nem esfregar vigorosamente a pele que tenha risco para
desenvolver lesões;
X – Não aplicar dispositivo de aquecimento, tais como, bolsas de água quente,
almofadas térmicas diretamente na superfície da pele.
CUIDADOS DE HIGENE

Cuidados com a boca


A higiene bucal de adultos e idosos, independente da pessoa ter ou não ter
dentes, deve ser feita após cada uma das refeições e após o uso de remédios pela
boca. Se a pessoa cuidada consegue fazer a higiene bucal, o cuidador deve
estimulá-la e providenciar os materiais necessários, orientando, dando apoio e
acompanhando a atividade. Se a pessoa não consegue fazer sua higiene bucal
sozinha, o cuidador deve ajudá-la da seguinte maneira:
 Colocar a pessoa sentada em frente à pia ou na cama, com uma bacia;
 Usar escova de cerdas macias e sempre que possível usar também o fio
dental;
 Colocar pequena porção de pasta de dente para evitar que a pessoa
engasgue;
 Escove os dentes;
 Em caso de lesões ou sangramento comunique a equipe de saúde;
 Para limpeza da prótese, escove-a fora da boca, com escova e pasta
dental. Não esqueça de realizar a higienização das gengivas, bochechas e
língua;
 Enxague bem a boca e recoloque a prótese;
 Não utilize produtos como água sanitária, álcool, detergente para limpar a
prótese.

Higiene corporal
O cuidador deve manter uma rotina diária para o banho, sendo no
chuveiro, banheira ou na cama. É um momento que proporciona, além da higiene,
relaxamento, confiança e oportunidade de avaliação da pele.

Como proceder no banho de chuveiro com auxílio do cuidador:


 Separe antecipadamente as roupas pessoais;
 Prepare o banheiro e coloque num lugar de fácil acesso os objetos
necessários para o banho;
 Regule a temperatura da água;
 Mantenha fechadas portas e janelas para evitar as correntes de ar;
 Respeite e seja sensível ao pudor do paciente;
 O banho de chuveiro pode ser feito com a pessoa sentada numa cadeira de
plástico com apoio lateral colocada sobre tapete antiderrapante ou em
cadeiras próprias para banhos, disponíveis no comércio;
 Coloque a pessoa no banho e não a deixe sozinha porque ela pode
escorregar e cair;
 Estimule, oriente, supervisione e auxilie a pessoa cuidada a fazer sua
higiene. Só faça aquilo que ela não é capaz de fazer;
 Após o banho, ajude a pessoa a se enxugar. Seque bem as partes íntimas,
dobras de joelho, cotovelos, debaixo das mamas, axilas e entre os dedos;
 Higienize o cabelo no mínimo três vezes por semana. Observe se há feridas
no couro cabeludo, piolhos, coceira ou áreas de quedas;
 Os cabelos curtos facilitam a higiene, mas lembre-se de consultar a pessoa
antes de cortar seus cabelos, pois ela pode não concordar por questão
religiosa ou por outro motivo.

Como proceder no banho na cama:


Quando houver restrição da realização do banho no chuveiro, poderá ser
realizado na cama. É recomendado que o banho na cama seja sempre auxiliado
por outra pessoa, isto é importante para proporcionar maior segurança à pessoa
cuidada e para evitar danos à saúde do cuidador.
 Antes de iniciar o banho na cama, prepare todo o material que vai usar:
papagaio ou comadre, bacia, água morna, sabonete, toalha, escova de
dentes, lençóis, forro plástico e roupas;
 O cuidador deve proteger as mãos com luvas de borracha;
 Antes de iniciar o banho cubra o colchão com plástico;
 Iniciar a higiene corporal pela cabeça, pescoço, braços, tórax, barriga,
pernas. Ajude a pessoa a deitar de lado para realizar a higiene das costas.
Por último higienize as partes íntimas;
 É preciso secar muito bem as regiões de dobras para evitar assaduras e
micoses.

ASSADURAS
As assaduras são lesões na pele, provocadas pela umidade e calor ou pelo
contato com fezes e urina. As assaduras são portas abertas para outras infecções.
Os cuidados importantes para evita-las são:
 Aparar os pelos pubianos com tesoura para facilitar a higiene íntima e
manter a área mais seca;
 Fazer a higiene íntima a cada vez que a pessoa evacuar ou urinar e secar
bem a região;
 Solicite orientação da equipe de saúde.

VESTUÁRIO
A pessoa idosa, doente ou com incapacidade pode ter diminuída a
capacidade de perceber ou de expressar as sensações de frio ou calor.
É importante ficar atento:
 Mudanças de temperatura e não espere que a pessoa manifeste querer
vestir ou despir agasalho.
 Roupas confortáveis e de tecidos próprios ao clima.
 Se possível é importante deixar a pessoa cuidada escolher a própria roupa,
pois isso ajuda a preservar a sua personalidade, eleva a sua autoestima e
independência.
 Calçados com sola de borracha são ideais para o uso evitando quedas.

CUIDADOS COM OS MEDICAMENTOS


Para recuperação da saúde é essencial o uso correto das medicações e para
isto são necessários alguns cuidados:
 Manter medicamentos em local seguro, protegido da luz direta, calor e
umidade;
 Seguir orientações da equipe quanto a organização, se necessário pedir
ajuda;
 Atentar para os horários, dosagens e formas de administração conforme
prescrição médica. Nunca altere, retire ou substitua medicações sem
conhecimento da equipe de saúde;
 Guardar a receita médica junto a caixa de medicamento para consulta-la
quando necessário;
 Após a administração de medicação se o paciente apresentar alteração
comunique a equipe de saúde;
 Acender a luz para separar ou preparar a medicação;
 Manter o medicamento em embalagem original;
 Controlar a data de validade;
 Antes de feriados e finais de semana é preciso confirmar se a quantidade
de medicamentos é suficiente para estes dias;
 Para materiais e medicamentos de curativos guardar em embalagens com
tampa, separados dos demais medicamentos;
 Para aparelhos respiratórios, como inalador, guardar em locais secos;
 Não reaproveitar frascos usados de medicamentos para colocar outros
líquidos.

APOIO EMOCIONAL: ESTIMULANDO O CORPO, SENTIDOS, AJUDA NA


COMUNICAÇÃO E SONO

É importante que o cuidador entenda a progressão da doença e como ela


afeta a comunicação e o sono do paciente, deve ficar atento a qualquer alteração
que a pessoa cuidada apresente que dificulte a comunicação e desenvolver ações
que facilitem a interação. A paciência e o bom humor são as melhores maneiras
de contornar situações constrangedoras, evitar confusões e mal-entendidos.
Dicas para uma boa comunicação:
 Faça-lhe perguntas e aguarde as respostas;
 Não o repreenda caso a resposta não seja exata, desconverse gentilmente
para que ele não se sinta frustrado;
 Utilizar sempre imagens simples, significativas e grandes;
 Identificar pessoas e lugares (fotos de familiares e lugares que conheceu);
 Incentivar a pessoa cuidada a registrar em papel e fazer listas das coisas
que pode esquecer, (isso ajuda a organizar as atividades do dia-a-dia e a
não esquecer coisas importantes);
 Estimular o paciente a desenvolver atividades que exercitam a memória,
tais como: leitura, canto e palavras cruzadas;
Dicas para uma boa noite de sono:
 Evitar ofertar após as 18 horas substâncias estimulantes como o chá preto,
mate e café;
 Observar se a pessoa cuidada está sentindo dor, coceira na pele, câimbra
ou outro desconforto que possa estar prejudicando o sono;
 Diminuir a oferta de líquidos a pessoa, pois ao acordar para urinar a pessoa
pode demorar a adormecer novamente;
 Informar a equipe de saúde sobre a possibilidade de mudar o horário da
medicação que aumenta a vontade de urinar;
 Manter uma iluminação mínima no quarto de modo a facilitar os cuidados e
a não interferir no sono da pessoa.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

O cuidado para uma alimentação saudável interfere diretamente no bem-


estar físico e mental, na prevenção, reabilitação e tratamento de doenças. É
muito importante que o cuidador proporcione uma alimentação saborosa, colorida
e equilibrada, respeitando as preferências individuais e a condições clínicas.
Dicas para uma alimentação saudável:
 O cuidador precisa ter muita calma e paciência, estabelecer horários
regulares, criar um ambiente tranquilo no momento da alimentação;
 Distribuir a alimentação diária em cinco ou seis refeições;
 Sentar o paciente confortavelmente para receber a refeição, jamais deixar
a pessoa na posição deitada para evitar engasgos;
 Para o preparo cuidar com a higiene pessoal, dos alimentos e dos utensílios
que serão utilizados;
 Se o paciente conseguir se alimentar sozinho, o cuidador deverá estimular
e ajudar no que for preciso, orientar a comer devagar, mastigando bem os
alimentos e não o apressar;
 Estar atento à temperatura de consumo dos alimentos;
 Procure inserir o feijão pelo menos 1 vez por dia, no mínimo 4 vezes por
semana. O feijão é um alimento rico em ferro. Cuidar com o excesso de
consumo de sal e alimentos gordurosos;
 É importante o consumo diário de frutas, legumes e verduras frescas, bem
como a ingestão de carnes, pois esses alimentos são ricos em vitaminas,
minerais e fibras e a carne rica em ferro. O ferro é melhor absorvido
quando se come junto com alimentos ricos em vitamina C, tais como
laranja, limão, caju, goiaba, abacaxi e outros;
 Estimular o prazer e o apetite com uso de temperos naturais como alho,
cebola, cheiro-verde. Para lanche e sobremesa optar por frutas e evitar o
consumo de bolos, biscoitos e alimentos ricos em açúcar;
 Estimular a busca e o consumo da água entre as refeições. Necessário que
o consumo seja diário de líquidos, oferecendo de 1,5 a 2 litros de água,
chá, leite ou suco de frutas, evitando refrigerantes;
 Cuidar com as consistências dos alimentos, principalmente quando o
paciente apresenta dificuldade de mastigar e engolir. Nesses casos o
cuidador deve picar os alimentos em pedaços pequenos, amassar ou
triturar;
 Respeitar a recomendação da equipe de saúde e não oferecer alimento via
oral quando o paciente não apresentar mais possibilidade de alimentar-se
pela boca, pois há risco de engasgo e bronco aspiração.
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL

O QUE É NUTRIÇÃO ENTERAL?


A terapia nutricional enteral é um método simples, seguro e eficaz,
indicada quando a alimentação pela boca é insuficiente ou impossível de ser
realizada. A terapia nutricional é feita através de um cateter inserido no
estômago, duodeno ou jejuno. Os alimentos podem ser administrados na forma
liquida ou em pó.

TIPOS DE NUTRIÇÃO ENTERAL:

CASEIRA INDUSTRIALIZADA
Dieta preparada a base de alimentos É uma dieta pronta, completa em
na sua forma original (in natura), tais nutrientes e balanceada. Pode ser
como arroz, macarrão, carnes e encontrada na forma de:
legumes, que deverão ser - Pó: necessitando de reconstituição
liquidificados e bem coados para ou diluição com água;
evitar obstrução na hora da - Líquidas em Sistema Aberto:
administração. Deverá ser preparada devendo ser envasada em um frasco
seguindo recomendações, a fim de plástico (descartável);
evitar contaminação. - Líquidas em Sistema Fechado:
necessário somente conectar o equipo
diretamente no frasco da dieta.

CUIDADOS NA PREPARAÇÃO E COM A ADMINISTRAÇÃO


 Posicionar o paciente sentado na cadeira ou na cama e deixa-lo nessa
posição 30 minutos antes e depois da alimentação;
 Higienizar adequadamente os alimentos e os utensílios para evitar
contaminação;
 Lavar as mãos com água e sabão antes do preparo da alimentação;
 O local de preparo deve estar limpo e higienizado com álcool 70%;
 Verificar a validade dos produtos que serão utilizados;
 Utilizar apenas água filtrada ou fervida;
 A dieta deve ser administrada em temperatura ambiente;
 Seguir com rigor a orientação de preparo e horários que a equipe de saúde
orientar. As prescrições são individuais e seguem as necessidades
nutricionais de cada paciente;
 As dietas devem ser armazenadas em locais frescos e secos, em
temperatura ambiente e longe do calor;
 Para as dietas líquidas, depois de abertas devem ficar armazenadas na
geladeira. O cuidador deve retirar o volume indicado, 30 minutos antes de
cada administração e deixar atingir a temperatura ambiente naturalmente;
 Após aberta, a dieta liquida poderá ser utilizada em até 24 horas, sob
refrigeração;
 Observar o correto posicionamento do cateter;
 Conectar o equipo no cateter;
 Abrir o equipo lentamente com gotejamento conforme prescrição;
 Se o cateter se deslocar ou se for removido acidentalmente, não tente
recoloca-lo, acione a equipe de saúde.

Frascos e Equipos:
 Devem ser lavados com água e sabão, enxaguados com água quente;
 Os frascos não poderão ser reutilizados por um período superior a 3 dias;
 Separe um frasco para ser utilizado com a dieta e outro para sucos e água.
 O equipo deve ser trocado diariamente.

ESTOMAS INTESTINAIS E URINÁRIOS


Um Estoma ou Ostomia é uma abertura cirúrgica realizada na parede
abdominal para construção de um novo trajeto para saída de fezes e urina.
Dependendo do local onde foi realizada a cirurgia a abertura recebe um nome:
ILEOSTOMIA OU COLOSTOMIA – Conecta o intestino à parede abdominal com
função de eliminação de fezes. A característica das fezes da colostomia é de
consistência pastosa enquanto que na ileostomia são fezes liquidas/semilíquidas.

UROSTOMIA – Conecta a bexiga à parede abdominal com função de eliminar


urina.

CUIDADOS COM A BOLSA:


 Usar o dispositivo conforme orientação do profissional de saúde;
 Se indicado o recorte da base adesiva, cuidar para seguir o tamanho e
formato exato do estoma para evitar que as fezes ou urina entrem em
contato com a pele e causem irritações. Se ao redor do estoma surgir sinais
de vermelhidão, coceira, ferida ou dor, o paciente deve ser avaliado por
um profissional da saúde;
 Retirar o papel que protege o adesivo e colar a base adesiva de baixo para
cima e pressione até que o equipamento esteja bem fixado à pele;
 Feche a parte de baixo com o clamp;
 Guardar as bolsas em locais limpos, secos e protegidos da luz solar para
evitar danificações no material;
 Esvaziar a bolsa sempre que estiver com 1/3 da capacidade ocupada com
fezes e urina. Na ileostomia e urostomia é necessário esvaziar
constantemente para que não pese e descole;
 A frequência de troca varia conforme o tipo de estoma e características do
efluente e serão orientados pelos profissionais da saúde. Mas sempre que a
base adesiva (resina sintética) perde a característica de cor amarela para
esbranquiçada ou se perceber descolamento e vazamento, é indicado troca
da bolsa;
 No momento da troca descole delicadamente a base adesiva e não utilize
álcool, éter ou benzina pois causam ressecamento, ferindo a pele e
causando reação alérgica;
 Higienize o estoma e a pele ao redor com água e sabonete neutro. Seque
com pano macio e observe a coloração saudável do estoma (vermelho vivo
e brilhante) e da pele peri-estomal;
 Para o banho não é necessário remover a bolsa pois é impermeável, mas é
necessário protege-la com saco plástico e fita adesiva.

CATETER VESICAL DE PERMANÊNCIA


Quando o paciente perde a capacidade de controlar a urina e não consegue
urinar espontaneamente é indicado uso de cateter vesical de permanência que
tem por objetivo esvaziar a bexiga. O cateter é introduzido até a bexiga em uma
conexão estéril até um coletor onde é depositada a urina.

CUIDADOS:
 A passagem do cateter e sua retirada é de responsabilidade exclusiva da
equipe da saúde;
 Nunca tracionar/puxar o cateter para não lesionar a uretra;
 Sempre que for manipular a bolsa é necessária a lavagem das mãos;
 Alterar o lado da fixação da bolsa coletora para evitar lesão no meato
urinário;
 O cateter tem que ficar livre e permitir que a urina saia continuamente.
Atentar para que a perna do paciente ou outro objeto não obstrua e
comprima o cateter;
 Não deixar a bolsa coletora em contato direto com o chão/piso pelo risco
de contaminação;
 Nunca elevar a bolsa coletora acima da linha da cintura do paciente sem
clampear o extensor para evitar o refluxo da urina;
 Realizar a higiene perineal diariamente e observar presença de sinais de
infecção;
 Observar e registrar a quantidade de urina que é drenada diariamente;
 Visualizar o aspecto da urina como coloração, presença de sangue e odor;
 Nunca desconectar o sistema entre a bolsa coletora e o cateter;
 Para esvaziar a bolsa coletora, é necessário fechar o clamp, colocar o
frasco ou comadre abaixo da bolsa, abrir a válvula de saída, esvaziar todo
o conteúdo e por fim fechar a válvula de saída e reabrir o clamp.

DISPOSITIVO URINÁRIO
É uma película fina de borracha e é colocada no pênis como uma
camisinha. Existem vários tamanhos e a mangueira do dispositivo é conectada a
uma bolsa coletora de urina.

CUIDADOS
 Apare os pelos para facilitar a colocação do dispositivo;
 Insira o dispositivo como se ele fosse uma camisinha;
 Coloque a fita hipoalergênica em torno, cuidado para não fixar muito
apertado;
 Não utilize esparadrapo para fixar;
 Frequência de troca é 1x/dia, sempre avalie se o pênis não está com
nenhuma alteração.

ESTIMULANDO OS MOVIMENTOS

Idosos, cadeirantes e pessoas acamadas, necessitam manter a


funcionalidade nos músculos, articulações e circulação, prevenindo também
possíveis doenças respiratórias.
Quando a pessoa cuidada consegue realizar alguns movimentos, é
importante que o cuidador incentive e motive o mesmo a praticar o exercício
sozinho, sob a sua supervisão e auxiliando quando necessário.
Em casos em que a pessoa cuidada não apresenta nenhum tipo de
movimento, o cuidador deverá realizar a movimentação.
COMO REALIZAR OS EXERCÍCIOS:
 Devem ser realizados de forma lenta, observando e respeitando o limite da
pessoa cuidada;
 Os exercícios podem ser praticados duas vezes ao dia.

EXERCÍCIOS PASSIVOS PARA ACAMADOS:


Ombros: posicione a pessoa sentada ou deitada, esticando o seu braço com
a palma da mão para baixo, segure o braço pelo cotovelo e punho; mantenha-o
esticado e traga-o até na altura da orelha. Volte o braço na posição inicial e
repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.
Cotovelo: posicione a pessoa sentada ou deitada, deixando os braços ao
longo do corpo, com a palma da mão voltada para baixo. Segure o punho para
estabilizar a mão e em seguida flexione o braço em direção ao ombro. Volte o
braço na posição inicial e repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.
Punhos e mãos: posicione a pessoa sentada ou deitada, segure a sua mão,
realizando somente o movimento de flexão e extensão do punho (movimento para
frente e para trás). Repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.
Pernas: posicione a pessoa deitada sobre a cama e com as pernas
esticadas, segure com uma de suas mãos no calcanhar e com a outra mão dobre o
joelho, levando o membro de encontro a barriga e em seguida estique a perna.
Realize o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.
Tornozelos/Pés: posicione a pessoa deitada sobre a cama e com as pernas
esticadas, segure um dos pés pelo calcanhar apoiando sua mão na sola do pé e
também próximo aos dedos. Realize o movimento de empurrar o pé para frente e
para trás. Repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.

EXERCÍCIOS ATIVOS PARA ACAMADOS:

Ombros e cotovelos:
1- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que dobre o braço tentando
encostar a mão no ombro, esticando logo em seguida. Repetir o movimento
5 a 10 vezes em cada lado;
2- Com o braço esticado, peça que eleve o braço para cima, mantendo o
cotovelo esticado. Repetir o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.

Mãos e punhos:
1- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que dobre os dedos e em
seguida estique, realizando o movimento de abrir e fechar as mãos.
Repetir o movimento de 5 a 10 vezes;
2- Posicione a pessoa sentada ou deitada, com a mão fechada, peça que
realize movimentos circulares com o punho e em seguida movimento para
frente e para trás. Repetir o movimento de 5 a 10 vezes.

Pernas:
1- Deitado sobre a cama peça que a pessoa dobre e estique a perna,
deslizando o pé na cama. Repetir o movimento de 5 a 10 vezes;
2- Deitado sobre a cama, peça que dobre as pernas e em seguida realize o
movimento de abrir e fechar, encostando e afastando um joelho do outro;
3- Deitado sobre a cama, peça que dobre uma perna e estique a outra
elevando o membro para cima, mantendo o joelho esticado. Repetir o
movimento de 5 a 10 vezes.

Tornozelos/pés:
1- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que movimente o pé para
cima e para baixo (pé de bailarina). Repetir o movimento de 5 a 10 vezes.
2- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que realize movimentos
circulares com os pés, no sentido horário e depois no sentido anti-horário.
Repetir o movimento de 5 a 10 vezes.
CUIDADOS ESPECÍFICOS

OXIGENIOTERAPIA

É o suporte de oxigênio necessário a pacientes com graves problemas


respiratórios. Pode ser utilizado em casa, porém deve seguir alguns cuidados para
evitar complicações e internações hospitalares:

CUIDADOS COM CONCENTRADOR:


 O concentrador de oxigênio deve ficar em local arejado, seco, limpo
podendo ser no quarto do paciente ou em outro ambiente, com o objetivo
de diminuir o ruído causado pelo aparelho;
 Não colocar objetos sobre o concentrador;
 Limpar o equipamento com pano úmido evitando acumulo de pó;
 Lavar o frasco (umidificador) diariamente;
 Realizar a troca da agua diariamente, usando água fervida ou filtrada, (não
faça uso de água mineral);
 Observar a válvula reguladora (relógio), quando estiver marcando 50BARES,
comunicar a empresa para providenciar a troca (recarga);
 Realizar a troca do cateter nasal e a extensão (prolongamento do
concentrador) a cada 7 dias;
 Administrar o oxigênio conforme prescrição médica;
 Informar a equipe de saúde qualquer alteração clínica (dificuldade ou
esforço respiratório).
CUIDADOS COM CILINDRO:
 Cilindro de O2 deve ser mantido longe do fogo e materiais inflamáveis;
 Utilizar o cilindro pequeno (Backup) para transporte ou quando houver
queda de energia, após o restabelecimento da energia fazer o uso do
concentrador.

CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA

É a abertura realizada na traqueia do paciente para que este respire com


mais facilidade. Nela é introduzida um tubo de metal ou plástico rígido, chamado
de cânula, fixado ao pescoço com o auxílio de um cadarço.

Para realizar os cuidados com a cânula de traqueostomia, deve-se receber


treinamento da equipe de saúde.

Existem dois tipos de cânulas:

 Cânula metálica: dividida em duas partes: cânula (fixa) e subcânula


(móvel);
 Cânula plástica: sem divisões.

Cuidados com a cânula:

 Limpe a subcânula pelo menos 03 vezes ao dia, para evitar o acúmulo de


secreção que pode causar obstrução;
 Mantenha uma boa higiene ao redor da traqueostomia, pode ser utilizado
uma gaze úmida com sabão neutro. Não deixar resíduos;
 Mantenha a região da traqueostomia bem hidratada;
 Faça um acolchoado para colocar entre a parte posterior da cânula e a
pele, utilizando 02 gazes dobradas, evitando assim que o local fique
umedecido, causando alergia ao paciente;
 Mantenha a abertura da cânula protegida com uma gaze, para evitar
entrada de poeira ou ciscos e o ressecamento da traqueia e brônquios;
 Utilize um material macio para o cadarço e quando for prendê-lo não o
coloque muito apertado. Inspecione a pele em contato com o cadarço
diariamente;
 Em caso de dúvida ou de obstrução, entre em contato com a equipe de
saúde ou de emergência.

Sinais de obstrução:

 Tosse frequente;
 Queixa ou aparência de falta de ar;
 Respiração ruidosa e com esforço;
 Falta de ar aos pequenos esforços;
 Engasgos frequentes.

CUIDADOS NA ASPIRAÇÃO

Tem por objetivo remover secreções e com isso ajudar com que o paciente
respire melhor. Este procedimento sempre causa desconforto ao paciente e deve
ser realizado da forma correta e somente quando necessário; pois se feito de
maneira incorreta e em exagero, além do desconforto, pode trazer complicações
graves ao paciente, podendo levar à morte. Deve-se receber treinamento da
equipe de saúde para a realização desse procedimento. A aspiração deve ser
realizada quando o paciente não conseguir tossir e estiver com acumulo de
secreção em seu pulmão.
A aspiração pode ser realizada pela boca, nariz ou traqueostomia.

 Explicar o procedimento ao paciente, mesmo se estiver inconsciente;


 Proteger os olhos do paciente;
 Colocar o paciente com a cabeceira levemente elevada;
 Testar o aspirador;
 Seguir a técnica orientada pela equipe;
 Repetir o procedimento quantas vezes forem necessárias, sempre
intercalando com um período de descanso ao paciente;
 Após a aspiração deve-se lavar o cateter com soro fisiológico e depois
desligar o aspirador;
 Proteger o cateter em embalagem;
 Desprezar o conteúdo aspirado e lavar o recipiente com água e sabão;
 Realizar o procedimento somente se sentir seguro e apto, em caso de
dúvidas solicite apoio da equipe de saúde.

CUIDADOS COM CURATIVOS

Orientações para realização de Curativos:


 Deve-se verificar a validade de todo o material a ser utilizado, quando
houver a suspeita do material estar contaminado, ele deve ser descartado.
Verificar se os pacotes estão bem lacrados;
 O próximo passo é um preparo adequado do paciente, ele deve ser avisado
previamente que o curativo será trocado e que pode causar pequeno
desconforto. Os curativos não devem ser trocados no horário das refeições,
para garantir a privacidade do paciente. Este deve ser informado da
melhora da ferida, esses métodos melhoram a colaboração do paciente
durante a troca do curativo, que será mais rápida e eficiente;
 Lavar as mãos com água e sabão, antes e depois de cada curativo. Evitar o
contato direto com a lesão e assim um menor risco de infecção;
 A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais
contaminada, evitando-se movimentos de vai e vem nas feridas cirúrgicas.
A área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto
que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da
ferida;
 Devem-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida com
soro fisiológico em jato, por fim fixar o curativo com atadura ou fita
hipoalergênica;
 O curativo deve ser realizado de acordo com a prescrição do médico ou do
enfermeiro;
 Deve sempre ser feito após o banho. No banho, lavar a ferida com água
corrente limpa e sabão, com leve fricção sobre a ferida. Após o banho o
curativo deve ser feito com soro fisiológico (limpando levemente a ferida
com gaze umedecida em soro fisiológico) e depois cobrir com gaze seca e
limpa. Não aplicar pomadas ou outras substâncias, somente se tiver
orientação do seu médico;
 Manter a ferida sempre limpa e protegida de secreções, animais, poeira,
água suja e demais substâncias não conhecidas que podem levar a infecção
do local;
 Em caso de o paciente referir dor, alteração de cor e temperatura ao redor
da lesão, procurar equipe de saúde para uma avaliação. Não usar
antibióticos ou anti-inflamatórios enquanto não for avaliado pelo seu
médico.

GLICEMIA CAPILAR
O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia no
sangue de forma rápida e prática. É realizado através da coleta de sangue
adquirida por meio de perfuração da “ponta do dedo” com lanceta ou agulha.
CUIDADOS:
 Lavar as mãos;
 Realizar rodizio dos dedos a cada novo exame;
 Aquecer as mãos e apertar a ponta do dedo quando houver pouco fluxo de
sangue;
 Guardar as tiras em sua embalagem original;
 Manter as tiras e o aparelho em local limpo e seco, sem exposição ao sol e
calor;
 Atentar para a validade das tiras;
 Trocar o chip do aparelho ao utilizar novas tiras;
 Descartar as lancetas utilizadas em recipiente adequado, exemplo: garrafa
pet;
 Cabe ao médico definir a frequência do procedimento.

RESULTADOS:
Glicemia de Glicemia antes da Glicemia após a
jejum refeição refeição
Metas terapêuticas < 110 mg/dl <110 mg/dl <160 mg/dl
Níveis toleráveis Até 130 mg/dl Até 130 mg/dl Até 180 mg/dl
Atente-se para resultados abaixo de 70mg/dl ou acima de 180mg/dl

DESCARTE DE MATERIAIS
É importante lembrar que todo material perfurocortante ou outro que
entre em contato com mucosa e secreções do paciente podem estar
contaminados, por isso é necessário muito cuidado ao manuseá-los, fazendo uso
de luvas.

CUIDADOS COM MATERIAIS CONTAMINADOS:


 Máxima atenção durante a separação do lixo;
 O lixo contaminado deve ser separado do lixo reciclável (embalagem);
 As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas
da seringa com as mãos;
 As agulhas e seringas devem ser desprezadas em recipientes resistentes à
perfuração e com tampa como: lata de leite em pó, embalagem de
maionese e garrafa pet;
 Encaminhar o material de perfurocortante até a Unidade de Saúde para
que seja desprezado de maneira correta;
ORIENTAÇÕES GERAIS

ATENDENDO AS COMPLICAÇÕES:
Intercorrências O que é Orientações
 Ofertar líquidos ao paciente
com maior frequência, em
torno de 150 ml por vez.
Procure orientação da
equipe de saúde caso o
É caracterizada pela
paciente tenha algum
ocorrência de fezes líquidas
problema renal;
três ou mais vezes por dia.
 Não suspender a
Pode ser causada pelo uso de
alimentação, exceto quando
DIARREIA antibióticos, medicações que
orientado;
aumentam os movimentos
 Substituir alimentos
intestinais, alimentação,
laxativos (ameixa, leite,
administração incorreta de
mamão);
dieta enteral, entre outros.
 Fazer uso de alimentos
obstipantes (goiaba, maçã
sem casca, cenoura cozida);
 Em casos de uso de dieta
enteral, deve-se reduzir a
quantidade ofertada.
Consulte a equipe de saúde.
 Posicionar o paciente com a
cabeça voltada para o lado,
Retorno de conteúdo
quando deitado, evitando-se
gástrico. Pode ser causado
a broncoaspiração;
por consumo de alimento
NAUSEAS E  Auxilia-lo em suas queixas e
estragado, pelo consumo
VÔMITOS proporcionar conforto;
exagerado de alimento ou
 Não medicar sem
por algum distúrbio de
consentimento médico;
saúde.
 Buscar junto à equipe de
saúde as causas que podem
ter ocasionado o problema.
 Aumentar a oferta de
alimentos como cereais
integrais e verduras em
Dificuldade na eliminação
refeições regulares;
das fezes em um período
 Ofertar e estimular a
CONSTIPAÇÃO superior a três dias. Traz
ingestão de água e sucos;
INTESTINAL vários desconfortos como
 Estimular ou promover a
cólicas, falta de apetite,
movimentação corporal;
falta de ar e agitação nos
 Não permitir o uso
pacientes com demência.
frequente de laxantes;
 Não medicar sem
consentimento médico.
 Observar a quantidade de
líquido ingerida e eliminada
Relaciona-se com a perda pelo paciente;
excessiva de líquidos do  Ofertar líquidos ao paciente
corpo ou com a falta desses. com maior frequência.
Pode ser causada por Procure orientação da
DESIDRATAÇÃO
diarreia, vomito ou febre equipe de saúde caso o
alta. Pacientes idosos tem paciente tenha algum
maior tendência à problema renal;
desidratação.  Observar o aspecto da pele
do paciente;
 Ficar atento às alterações
de consciência do paciente.
 Injetar 40 ml de água
OBSTRUÇÃO DE Acontece sempre quando não sempre após cada refeição
GASTROSTOMIA há possibilidade de infusão ou medicamentos, ou
da dieta via cateter, conforme orientação;
apresentando resistência.  Não utilizar produtos
Pode ser causada pela químicos, refrigerantes,
limpeza inadequada após a líquidos quentes para a
oferta da dieta ou desobstrução;
medicamentos.  Não aspirar com a seringa
para tentar desobstruir;
 Solicitar apoio da equipe de
saúde caso permaneça
obstruída.

DENGUE / ZIKA / CHIKUNGUNYA:

DEFINIÇÃO DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA


A dengue pode ter
transmissão vertical O indivíduo pode
(gestante-bebê) e Parte das pessoas ser infectado com o
São doenças
por transfusão de infectadas pelo vírus da
virais,
sangue. Existem vírus Zika não chikungunya apenas
transmitidas
quatro tipos desenvolvem os uma vez, ficando
pelo mosquito
diferentes de vírus sintomas da imune pelo resto da
Aedes aegypti
da dengue: DEN-1, doença. vida.
DEN-2, DEN-3 e
DEN-4
SINTOMAS DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA
Alta, de início
abrupto que Alta, de início
FEBRE Leve – 1 a 2 dias
geralmente dura de imediato
2 a 7 dias
Moderada na Moderada na
cabeça, músculo e cabeça.
articulações (pode Intensa nos
DOR Intensa na cabeça e
persistir por músculos, nas
músculos.
aproximadamente articulações dos pés
Leve na articulação
um mês) e mãos – dedos,
tornozelos e pulsos

Pode aparecer a Vermelhas na Vermelhas na pele,


MANCHAS
partir do 5º dia pele, surgem no surge no 1º ou 4º
1º e 2º dia dia
Moderada a
COCEIRA Leve Leve
intensa
Vermelhidão nos
olhos.
Fraqueza
Pouco frequentes:
Perda de peso Vermelhidão nos
OUTROS Inchaço no corpo
Náuseas olhos.
Dor de garganta
Vômitos
Tosse
Vômitos

ORIENTAÇÕES:
 Ao identificar algum sintoma procure um serviço de saúde para
atendimento;
 Não administre medicação sem orientação médica;
 Converse com o médico sobre o uso do ácido acetil salicílico (AAS), pois
esta medicação pode provocar hemorragias;
 Mantenha a casa limpa, cuidando com o acúmulo de água em pratinhos
com vasos de plantas, baldes, calhas, garrafas e pneus;
 Utilize telas em janelas e portas;
 Passe repelente conforme descrição do produto;
 Mantenha o paciente em repouso absoluto;
 Ofereça bastante líquidos.

ORIENTAÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – ITU


A infecção do trato urinário pode não ter sintomas, mas também pode
apresentar dores na pélve, maior necessidade de urinar, dor ao urinar e presença
de sangue na urina. Se a infecção estiver mais avançada, comprometendo os rins,
pode causar dores nas costas, náusea, vômito e febre.

ORIENTAÇÕES:
 Observar queixa de dor em região da bexiga, em parte inferior do abdome,
pélve ou virilha, durante a micção;
 Atentar para alterações de cor, odor, frequência e volume da urina;
 Estimular o esvaziamento frequente da bexiga;
 Ofertar líquidos ao paciente com maior frequência. Procure orientação da
equipe de saúde caso o paciente tenha algum problema renal;
 Realizar higiene íntima a cada eliminação;
 Se o paciente utilizar fralda, troca-la frequentemente, no mínimo 6 vezes
ao dia ou quando necessário.
 Não utilizar medicações sem orientação médica;
 Sempre procurar atendimento médico para diagnóstico e conduta, caso
apresente alguns dos sintomas aqui citados.

HIPOGLICEMIA
A hipoglicemia pode ocorrer quando a pessoa não se alimenta
adequadamente, efeito colaterais de medicação ou ainda se faz uso de insulina. A
hipoglicemia geralmente desencadeia os seguintes sinais e sintomas:
 Pele pálida, úmida, pegajosa;
 Confusão, dor de cabeça, raciocínio prejudicado, riso despropositado,
resistência ao auxílio;
 Pulso rápido e cheio;
 Desmaio, convulsão e coma;
 Não há, geralmente, alteração de respiração e de pressão arterial;
 Caso o atendimento necessário não seja dado, a pessoa pode evoluir para
óbito.

ORIENTAÇÕES:
 Caso a pessoa esteja consciente, pode-se ofertar algum alimento ou líquido
doce e posteriormente acionar o Serviço de Saúde de referência;
 Se a pessoa estiver inconsciente e apresentando os sintomas acima
descritos, deve-se procurar com urgência o socorro médico.

HIPERTERMIA
A hipertermia é a elevação anormal da temperatura do corpo, considerada
a partir de 37,7 °C. Pode ocorrer devido à presença de infecção no organismo ou
de alguma outra doença. Além das causas crônicas ou agudas que podem
determinar a febre de uma pessoa, algumas síndromes levam a hipertermia:
 Restrição à perda de calor;
 Presença prolongada em ambientes excessivamente quentes;
 Desidratação;
 Doenças da pele que comprometam grandes áreas;
 Infecções,
 Doenças parasitárias;
 Viroses.

ORIENTAÇÕES:
 Se constatada a febre alta acionar o serviço de saúde de referência;
 Não medicar sem orientação médica;
 Encaminhar para banho morno (para evitar choque térmico);
 Panos úmidos na região frontal da cabeça;
 Em caso de convulsão e delírio não se deve dar banho no paciente.

CONVULSÃO
É uma contração violenta, ou série de contrações dos músculos voluntários,
com ou sem perda de consciência. Pode ser causada por:
 Febre muito alta;
 Hipoglicemia;
 Traumatismo craniano;
 Edema cerebral;
 Tumores cerebrais;
 Intoxicação por gases, álcool, drogas alucinatórias, insulina, dentre outros
agentes;
 Epilepsia ou outras doenças do Sistema Nervoso Central.

SINTOMAS:
 Inconsciência;
 Queda desamparada, onde a pessoa é incapaz de fazer qualquer esforço
para evitar danos físicos a si própria;
 Olhar vago, fixo e/ou revirar dos olhos;
 Suor excessivo;
 Lábios arroxeados;
 Espumar pela boca;
 Morder a língua e/ou lábios;
 Corpo rígido e contração do rosto;
 Palidez intensa;
 Movimentos involuntários e desordenados;
 Eliminação de fezes e urina.
Geralmente a convulsão dura de 2 a 4 minutos e a pessoa vai se recuperando
gradativamente. Depois da recuperação da convulsão há perda da memória, que
se recupera mais tarde.

ORIENTAÇÕES:
 Se possível, ao perceber que a pessoa vai cair, ampara-la;
 Afastar objetos potencialmente perigosos à pessoa;
 Segurar apenas a cabeça para proteger de traumas, não devendo conter as
demais partes do corpo da pessoa;
 Afrouxar as roupas, principalmente no pescoço e cintura;
 Virar o rosto para o lado, evitando assim a asfixia caso ocorra vômitos ou
salivação excessiva;
 Não colocar nenhum objeto rígido entre os dentes da pessoa;
 Não jogar água fria no rosto da pessoa;
 Passando o episódio de convulsão, manter a pessoa deitada de modo
confortável até que ela tenha plena consciência e autocontrole;
 Se a pessoa demonstrar vontade de dormir, deve-se ajudar a tornar isso
possível;
 Verificar se não aconteceu nenhum ferimento ou lesão e encaminhar para
tratamento médico;
 Deve-se deixar a pessoa à vontade e sem muitos questionamentos;
 Transmitir segurança e manter-se sempre junto ao paciente durante o
período de convulsão.

QUEIMADURAS
Todo tipo de queimadura é uma lesão que requer atendimento médico
especializado imediatamente após a prestação de primeiros socorros, seja qual
for a extensão e profundidade.

ORIENTAÇÕES:
 Afastar a pessoa da origem da queimadura;
 Se queimadura de 1º grau, deve-se limitar à lavagem com água corrente,
na temperatura ambiente, por no máximo 01minuto, não prolongar para
evitar hipotermia;
 Ofertar água somente se a pessoa estiver consciente;
 Em queimaduras de 1º grau, manter o local limpo e protegido;
 Se queimadura de 2º e 3º grau, deve-se lavar o local lesionado e proteger
com compressa de gaze ou pano limpo, umedecido ou com papel alumínio;
 Não furar as bolhas que venham a surgir no local;
 Não aplicar pomadas ou qualquer outro medicamento ou produto;
 Proteger com cobertor e manter a pessoa em local confortável, de
preferência com as pernas levantadas cerca de 30 cm em relação à cabeça;
 Tranquilizar a pessoa quando da existência de dor e sofrimento, pois a
mesma não deve ser medicada sem orientação de equipe de saúde;
 Remover aliança, anéis e pulseiras para evitar estrangulamento em caso de
edema;
 Não retirar roupas ou partes de roupa que tenham grudado no corpo do
queimado, nem retirar corpos estranhos que tenham ficado na queimadura
após a lavagem inicial;
 Encaminhar a pessoa imediatamente para atendimento médico.

ENVENENAMENTO
Suspeita-se da existência de envenenamento na presença dos seguintes sinais
e sintomas:
 Sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a pessoa tenha mastigado,
engolido, aspirado ou estado em contato com substâncias tóxicas;
 Hálito com odor estranho, geralmente característico de veneno;
 Mudança na cor dos lábios e interior da boca;
 Dor e sensação de queimação na boca, garganta ou estômago;
 Sonolência, confusão mental ou outras alterações de consciência;
 Estado de coma alternando com períodos de alucinações e delírio;
 Salivação e suor excessivos, vômitos e diarreia;
 Lesões na pele, queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas;
 Dificuldade respiratória;
 Diminuição ou ausência de volume urinário;
 Convulsão;
 Presença de sangue no vômito, nas fezes ou na urina;
 Queda de temperatura;
 Paralisia.

ORIENTAÇÕES:
 Encaminhar a pessoa imediatamente a um pronto socorro, mantendo-a
aquecida;
 Identificar o tipo do veneno através de frascos ou plantas próximos a
pessoa, com a finalidade de informar ao médico para tratamento
adequado;
 Observar atentamente a pessoa, pois os efeitos podem não ser imediatos;
 O vômito pode ser provocado somente em casos de intoxicações por
alimentos, medicamentos, álcool, inseticida, xampu, naftalina, mercúrio,
plantas venenosas, exceto ‘comigo-ninguém-pode’ por ser muito tóxica;
 Não deve ser provocado o vômito quando a pessoa estiver inconsciente ou
for identificado o envenenamento por substância corrosivas ou derivadas
de petróleo.

ENGASGO
É a obstrução causada por algum alimento ou corpo estranho, que impede
a entrada de ar nos pulmões.
ORIENTAÇÕES:
 Tranquilizar a pessoa;
 Orientar ou faze-la tossir na tentativa de eliminar o corpo estranho;
 Após isso, caso o corpo estranho não seja expelido, deve-se aplicar a
manobra de Heimlich, utilizando uma das mãos fechada sobre a chamada
“boca do estômago” e a outra mão comprimindo a primeira ao mesmo
tempo em que empurra a "boca do estômago" para dentro e para cima,
como se quisesse levantar a pessoa do chão;
 Não se deve tentar retirar o corpo estranho sem que antes o tenha
visualizado, sob o risco de empurrar o objeto mais profundamente;
 Encaminhar a pessoa ao serviço médico especializado o quanto antes.

CONFUSÃO MENTAL
Geralmente acompanhada de alucinações, agitação e desorientação.
Algumas condições podem dar início à confusão mental, entre elas infecção
urinária, alterações na tireoide, nos rins, problemas cardiovasculares, desnutrição
e desidratação.

ORIENTAÇÕES:
Para se certificar que a pessoa está em estado de confusão mental, pode
ser observado os seguintes sinais:
 Dificuldade em lembrar o próprio nome, dia da semana, cidade onde mora
ou onde está;
 A pessoa fica agitada, não consegue parar de mexer as mãos, fica irritado
com o toque;
 Dificuldade em estabelecer conversas, falando lentamente e sem lógica;
 Apresenta dificuldade em realizar atividades simples de vida diária, ou
fazendo as mesmas tarefas várias vezes, sem necessidade;
 Apresenta comportamento inadequado e fica agressivo, podendo
machucar-se ou agredir aos outros;
 Deve-se buscar tranquilizar a pessoa e acionar a equipe de saúde.
SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA NO IDOSO

Os sinais e sintomas que o cuidador deve ficar atendo e observar na


ocorrência de um deles no idoso, o médico dever ser avisado imediatamente:
 Começando pelo pulmão, quando o idoso tiver tosse, chiado ou dor no
peito, falta de ar, principalmente com alteração da cor do catarro, ficando
amarelo ou esverdeado pode indicar uma pneumonia, ainda mais se vier
acompanhado de febre;
 O cuidador de deve ficar atendo no idoso quando ocorre sangramento na
pele, no nariz, na gengiva, após higiene oral, especialmente naqueles
idosos que estão tomando medicação anticoagulante, os conhecidos
remédios para afinar o sangue, o cuidador deve observar que a pele
do idoso pode aparecer manchas vermelhas somente por manipulação, isso
porque ela é mais fina, delicada e sensível, propiciando o rompimento de
pequenos vasos, o cuidador deve observar alterações da coloração da pele
do idoso e o aparecimento de outras lesões como verrugas, pontos
drenando pus ou outras secreções também são importantes serem
notadas. Na hora do banho é o momento ideal para se verificar esses tipos
de alterações;
 Quando o idoso sente dor no estomago acompanhado de náuseas, vômitos e
soluços podem indicar uma gastrite, o idoso que fica acamado muito
tempo, especialmente aqueles com sonda para receber alimentação, eles
têm uma tendência maior em desenvolver esse tipo de quadro, ainda mais
se estiver tomando ácido acetilsalicílico conhecido como AAS ou aspirina;
 Quanto ao intestino, o habito normal de evacuação é diário, mas até dia
sim dia não é normal, mas se o idoso ficar mais de 3 dias sem evacuar, o
médico deve ser avisado;
 Diarreia é outro sinal importante que deve ser notado;
 Dor na região da bexiga, junto com ardor para urinar mais alteração na cor
da urina e com cheiro forte, pode indicar uma infecção urinaria. O volume
de urina, a quantidade também é um dado importante que o cuidador deve
observar, a sua diminuição pode indicar que o idoso esteja desidratado;
 Outra coisa importante a ser notado são os inchaços em qualquer parte do
corpo, ou em juntas, articulações, com vermelhidão, calor e dor na
mobilização, isso pode indicar um quadro infeccioso;
 A febre é um sinal muito importante e fundamental que na maioria das
vezes está relacionada a infecção e uma vez constatada, o médico deve ser
avisado o mais breve possível;
 O cuidador deve ficar atento a alterações de comportando do idoso, tais
como sonolência, excesso de tristeza, deixar de conversar, deixar de se
alimentar, ficar agressivo, isso é muito importante ser notado e o médico
avisado imediatamente;
 Convulsões, perda de consciência, diminuição do nível de consciência,
deve ser notado e o médico avisado.
 Ocorrendo paralisia, ou fraqueza em um membro, ou seja, em um braço ou
na perna somente de um lado, acompanhado de dificuldade de deglutir
(engolir), alteração na fala e sonolência, isso pode significar um derrame e
o médico dever ser avisado imediatamente;
 É importante notar também diferenças de temperatura entre um membro e
outro, pois pode ser um indicativo de infecção, deve-se procurar evitar
também o contato do idoso com outras pessoas doentes, principalmente
com infecções de vias respiratórias.

PREVENÇÃO DE QUEDAS E AMBIENTE SEGURO

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE:
 O ambiente deve ser iluminado de forma que não incomode a pessoa
cuidada, porém a luz não pode ser tão fraca que dificulte o trabalho do
cuidador. Uma boa dica é realizar a instalação de lâmpadas em corredores
e próximo à cabeceira da cama;
 Cadeiras, poltronas, vaso sanitário, devem ser mais altos, facilitando a
pessoa cuidada a realizar transferências como sentar, levantar ou deitar.
 Sofás, poltronas devem ser fortes, com apoio lateral, permitindo a pessoa
cuidada a sentar e levantar de forma segura;
 Caso a pessoa cuidada não controle a saída de urina e fezes, cubra a
superfície das cadeiras, poltronas e cama com um plástico e coloque por
cima um lençol, evitando o contato da pele diretamente com o plástico;
 A cama deve ser adaptada com grades laterais para a proteção da pessoa
cuidada;
 Se possível, posicione a cama em local que não tenha a passagem de
correntes de vento (portas e janelas).

PREVINA ACIDENTES:
 Coloque os objetos cortantes, pontiagudos, ou muito pequenos em local
seguro;
 Não permitir que o paciente realize atividades na cozinha sem auxilio, pelo
risco ao manipular objetos cortantes ou até mesmo queimaduras;
 No armário do banheiro, armazene somente o necessário, como objetos
para higiene pessoal (creme dental, sabonete, escova, pente);
 Produtos de limpeza, medicamentos devem ser mantidos em armários
fechados.

RISCOS DE QUEDAS
Ambientes inseguros, aumentam a probabilidade de pessoas que
apresentam dificuldades motoras, a sofrer uma queda.
Por vezes se faz necessário, realizar algumas adaptações no ambiente da
casa, para abrigar a pessoa cuidada, com maior segurança e conforto.

BANHEIRO:
 Instalação de barras de apoio na parede próximo ao chuveiro, ao lado do
vaso sanitário, proporcionam a pessoa cuidada maior segurança durante o
banho e ao sentar e levantar do vaso;
 Para maior segurança e facilidade ao cuidador, durante o banho a pessoa
cuidada deve permanecer sentada em cadeira com apoio lateral;
 Os objetos de uso pessoal devem ser posicionados próximos a pessoa
cuidada, de maneira que facilite o manuseio;
 Tapetes emborrachados colocados em frente ao vaso sanitário, embaixo da
cadeira no chuveiro, evitam escorregões.

QUARTO, SALA E ESCADAS:


 Os móveis devem estar dispostos na casa de forma que não atrapalhem o
acesso entre os cômodos e na realização de transferências;
 O local em que a pessoa cuidada permanece grande parte do tempo, deve
conter apenas os móveis necessários;
 As escadas devem possuir corrimãos e os corredores devem ser adaptados
com a instalação de barras para apoio, mantendo também o ambiente livre
de objetos espalhados, fios soltos e tapetes escorregadios.

COZINHA:
 Armazene comida, louça e demais acessórios em locais de fácil acesso;
 Limpe imediatamente qualquer líquido que tenha sido derrubado no chão;
 Utilizar tapetes emborrachados.

CUIDANDO DO CUIDADOR

A tarefa de cuidar de alguém pode estar vinculada às vezes com outras


tarefas do dia-a-dia, fazendo com que o cuidador fique sobrecarregado,
assumindo sozinho as responsabilidades pelo cuidado.
Diante dessa situação é comum o cuidador passar por cansaço físico,
algumas dicas podem ajudar a preservar a saúde do cuidador:
 O cuidador deve contar com a ajuda da família, amigos ou vizinhos, definir
dias e horários para cada um assumir parte dos cuidados;
 É fundamental que o cuidador reserve alguns momentos do seu dia para se
cuidar, descansar, relaxar e praticar alguma atividade física e de lazer;
 O cuidador pode se exercitar e se distrair de diversas maneiras, como por
exemplo: Enquanto assiste TV movimente os dedos das mãos e dos pés;
 Faça massagem nos pés podendo utilizar rolinho de madeira ou bolinha de
borracha.
CUIDADOS QUANTO À POSTURA DO CUIDADOR
Cuidar de sua postura durante o manuseio da pessoa acamada é
fundamental, evitando assim possíveis lesões na coluna. Os movimentos de maior
risco são:
 Ao realizar a transferência da pessoa cuidada da posição deitada para
sentada (cama/cadeira);
 Ao posicionar a pessoa cuidada da posição sentada para em pé;
 Em casos de quedas, quando levanta a pessoa cuidada do chão,
transferindo para a cama ou poltrona;
 Ao realizar inclinação sobre a pessoa cuidada para troca de roupas ou
higienização, permanecendo muito tempo na mesma posição.

COMO EVITAR LESÕES NA COLUNA:


 Mantenha o alinhamento adequado da sua cabeça e pescoço com a sua
coluna;
 Procure manter a curva natural da coluna, não dobre a cintura;
 Evite torcer o corpo ao transferir a pessoa cuidada;
 A pessoa cuidada deve manter-se sempre próximo ao seu corpo para
realizar a transferência;
 Procure utilizar a força dos músculos de suas pernas para levantar ou puxar
a pessoa cuidada;
 Dobre os joelhos se necessário para ajustar a sua altura;
 Peça ajuda se a pessoa cuidada possui porte físico grande e pesado;
 Mantenha rotina de exercícios de alongamento e relaxamento ensinados
anteriormente.

MAUS TRATOS

O que é?
São caracterizados como ato, único ou repetido, ou omissão, que cause
danos, sofrimento ou angústia à pessoa cuidada. Estas ações podem ser praticadas
por familiares, amigos, vizinhos, cuidador.

Tipos de maus tratos:


 Físico: uso da força física, beliscões, apertões nos membros, atos que
provoquem dor.
 Psicológico: agressões verbais ou gestuais, humilhação, restrição da
liberdade, isolamento social, ameaças de punição ou abandono.
 Sexual: ato ou jogo sexual sem consentimento da pessoa, visando
excitação, relação sexual por meio de aliciamento ou violência física.
 Negligência: recusa ou omissão de cuidados às pessoas que se encontram
em situação de dependência ou incapacidade.
 Financeira ou material: consiste na apropriação dos recursos financeiros e
patrimoniais sem autorização da pessoa.
 Autonegligência: ações que ameace a sua própria saúde ou segurança,
recusa a adotar cuidados necessários a si mesmo.

O que fazer?
Quanto mais dependente for a pessoa, maior seu risco de ser vítima de
violência. O cuidador, os familiares e os profissionais de saúde devem estar
atentos à detecção de sinais e sintomas que possam denunciar situações de
violência. Todo caso suspeito ou confirmado de violência deve ser informado aos
órgãos do seu município:
a) Delegacia Especializada da Mulher;
b) Centros de Referência da Mulher;
c) Delegacias Policiais;
d) Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa;
e) Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)
f) Ministério Público;
g) IML e outros.
CUIDADOS NO FIM DA VIDA

Diante da possibilidade de morte de um ente querido o compromisso de


trabalhar com o medo e o sofrimento das pessoas requer uma dedicação contínua,
a família tem o sentimento de incapacidade que pode gerar sentimentos
contraditórios como: raiva, culpa, alívio, dentre outras.
A morte de um paciente que está sofrendo pode representar um alívio para
a família e para o cuidador, sentimentos esses que podem ser comuns e normais
nessa situação.
Algumas medidas são importantes:
 Reconhecer os limites e entender que o necessário está sendo realizado;
 Promover medidas de conforto ao paciente;
 A forma adequada do toque, olhar, o movimento e comunicação são
importantes nessa fase;
 O medo é um sofrimento para o paciente no final da vida, por isso é
eminente mudarmos de postura como cuidadores e nos tornar mais
sensíveis a eles;
 Mesmo que o paciente não se recupere, é necessário que o cuidador e
familiares entendam que o principal é o bem-estar da pessoa;
 Oferecer apoio para ajudar a família a lidar com a situação do paciente.

COMO PROCEDER NO CASO DE ÓBITO:

ÓBITO NA RESIDÊNCIA:
 Procurar o serviço de verificação para a emissão da certidão de óbito;
 Declaração ou atestado deve ser emitido pelo médico que acompanha o
paciente;
 Se a morte ocorrer sem a assistência médica, a certidão de óbito deverá
ser emitida por um médico do serviço de saúde pública mais próximo ao
local onde ocorreu o falecimento;
 Com o atestado de óbito um familiar ou responsável deve procurar a
funerária de sua escolha.

ÓBITO NO HOSPITAL:
 Seguir conforme as orientações recomendadas de como proceder para
obter a declaração de óbito;
 Encaminhar o atestado ao serviço de registro mais próximo para
documentar o óbito.

BENEFÍCIOS DO CUIDADOR E DA PESSOA CUIDADA:

 Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC)


 Aposentadoria por idade
 Aposentadoria por invalidez
 Pensão por morte
Para verificar os documentos necessários e principais requisitos consulte:
http://www.mtps.gov.br/

LEGISLAÇÕES IMPORTANTES
 Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741/03) -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm
 Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069 de 13 de julho de
1990) - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
 Política Nacional de Saúde para Pessoa Idosa (Portaria nº 2.528/06) -
http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/Portaria_2528.pdf
 Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/94; Decreto nº 1.942/96) -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htm
 Lei de Acessibilidade (Lei nº 10.098/00; Decreto nº 5.296/04) -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/decreto/d5296.htm
 Política Nacional para integração da pessoa com deficiência (Lei
nº7853/89; Decreto nº 3298/99) –
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7853.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm

TELEFONES ÚTEIS

 PREV fone - 0800 78 0191


 Disque-saúde – 0800 61 1997
 SAMU - 192
 Corpo de Bombeiros – 193
 Polícia – 190
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

<http://portal.anvisa.gov.br/> Autoras do artigo: Vânia Maria da Costa Miranda,


Elisa Beatriz Dell Orto.

BRASIL, 1993. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a


organização da Assistência Social e dá outras providências. Brasília.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fisioterapia na orientação do cuidador: o


protagonista nos cuidados de um paciente pós Acidente Vascular Cerebral -
Revista Estação Cientifica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Manual de Primeiros


Socorros. Rio de Janeiro. p. 67, 93, 96, 107, 165. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia prático do cuidador. Série A. Normas e


Manuais Técnicos. Brasília p. 7-10. 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Instruções para o preenchimento da


Declaração de Óbito / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Análise de Situação de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde,
2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Gestão


do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf. Acesso
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Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico:
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Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 5.
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capilar na ponta de dedo versus locais alternativos – Valores resultantes e
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Secretaria da Saúde. Violência doméstica contra a pessoa idosa: orientações


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em 13 de maio de 2016.
UNIMED. São José do Rio Preto. Manual de orientações ao cuidador. 4ªed. São
José do Rio Preto. p.65-67.2015.
MAN-11/01/2017-0001
Não jogue este informativo em vias públicas. Preserve a natureza. | Produzido por: Unimed Paraná - Cnpj: 78.339.439/0001-30 | DEZ/2016

CUIDAR DE VOCÊ. ESSE É O PLANO.

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