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O que é HIV?

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana (human


immunodeficiency virus), que é o causador da aids. O HIV é uma infecção
sexualmente transmissível (DST), que também pode ser contraída pelo contato
com o sangue infectado e de forma vertical, ou seja, a mulher que é portadora
do vírus HIV o transmite para o filho durante a gravidez.

Não há cura para a infecção pelo vírus HIV, mas há remédios que podem
reduzir drasticamente a progressão da doença. Essas drogas reduziram o
número de mortes em decorrência da infecção em grande parte do planeta,
mas não é um tratamento simples e a pessoa infectada demandará diversos
cuidados em todas as áreas de sua saúde. No Brasil, de acordo com o
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), a incidência
do HIV em pessoas de 15 a 49 anos é de 0,6%, segundo última atualização em
2013. De acordo com o mesmo relatório, o Brasil apresenta uma incidência
maior que os seus vizinhos Bolívia e Chile, ambos com 0,3%, Paraguai e Peru,
com 0,4% e Colômbia, 0,5%, por exemplo. No Haiti a taxa é de 2%, mas os
números são muito mais altos em países africanos como Zimbábue (15%),
Moçambique (10,8%), Malavi (10,3%), Uganda (7,4%) e Angola (2,4%). No
Canadá e na Itália a incidência de infecção pelo vírus é de 0,3%.

Todas as pessoas estão sujeitas à infecção pelo HIV, não importa o gênero,
idade ou comportamento sexual. É preciso apenas que tenham contato com
uma das formas de transmissão do vírus.

HIV x Aids
HIV não é a mesma coisa que aids. A aids é uma doença crônica e que pode
ser potencialmente fatal. Ela acontece quando a pessoa infectada pelo HIV vai
tendo o seu sistema imunológico danificado pelo vírus, interferindo na
habilidade do organismo de lutar contra os invasores que causam a doença,
além de deixar a pessoa suscetível a infecções oportunistas.

Causas
Os cientistas acreditam que um vírus similar ao HIV ocorreu pela primeira vez
em algumas populações de chimpanzés e macacos na África, onde eram
caçados para servirem de alimento. O contato com o sangue do macaco
infectado durante o abate ou no processo de cozinhá-lo pode ter permitido ao
vírus entrar em contato com os seres humanos e se tornar o HIV.

O HIV é transmitido principalmente por relações sexuais desprotegidas, isto é,


sem o uso do preservativo, e compartilhamento de seringas e agulhas
contaminadas com sangue, o que é frequente entre usuários de drogas ilícitas -
que também podem contrair mais doenças, como hepatites. Outras vias de
transmissão são por transfusão de sangue, porém é muito raro, uma vez que a
testagem do banco de sangue é eficiente, e a vertical, que é a transmissão do
vírus da mãe para o filho na gestação, amamentação e principalmente no
momento do parto, o que pode ser prevenido com o tratamento adequado da
gestante e do recém-nascido.

É importante ressaltar que é possível contrair o HIV seja por sexo desprotegido
vaginal, anal ou oral, quando o parceiro está infectado e seu sangue, sêmen ou
secreção vaginal entram no corpo da pessoa que não vive com o vírus.

A infecção pelo HIV evolui para Aids quando a pessoa não é tratada e sua
imunidade vai diminuindo ao longo do tempo, pois, mesmo sem sintomas, o
HIV continua se multiplicando e atacando as células de defesa, principalmente
os linfócitos TCD4+. Por definição, a pessoas que tem aids apresentam
contagem de linfócitos TCD4+ menor que 200 células/mm3 ou têm doença
definidora de aids, como neurotoxoplasmose, pneumocistose, tuberculose
extrapulmonar etc. O tratamento antirretroviral visa impedir a progressão da
doença para aids.

Quanto tempo demora para os sintomas se manifestarem?


Uma pessoa pode estar infectada pelo HIV, sendo soropositiva, e não
necessariamente apresentar comprometimento do sistema imune com perda
dos linfócitos T, podendo viver por anos sem manifestar sintomas ou
desenvolver a AIDS. Existe também o período chamado de janela imunológica,
que é o período entre o contágio e o início de produção dos anticorpos pelo
organismo. Nesse período, não há detecção de positividade nos testes, pois
ainda não há anticorpos, e pode variar de 30-60 dias. Embora nesse período a
pessoa não seja identificada como portadora do HIV, ela já é transmissora.

Fatores de risco
Todos estão sujeitos a contrair o vírus HIV, uma vez que a doença não escolhe
cor de pele, idade, gênero ou preferências sexuais, contudo, há alguns
comportamentos de risco para a infecção por HIV:

 Relação sexual (vaginal, anal ou oral) com pessoa infectada sem o uso de
preservativos
 Compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente, no uso de drogas
injetáveis
 Reutilização de objetos perfurocortantes com presença de sangue ou fluidos
contaminados pelo HIV

Mulheres HIV-positivas que queiram engravidar também precisam tomar as


providências, sob orientação médica, para não transmitir o vírus para os seus
filhos durante a gestação, parto ou amamentação.

Sintomas de HIV
A maior parte das pessoas infectadas pelo vírus HIV desenvolvem, cerca de um
ou dois meses após a exposição, alguns sintomas parecidos com os de um
resfriado. Esta fase, conhecida como primária ou aguda pode durar por
algumas semanas e é bastante perigosa, pois a infecção pode passar
desapercebida e a carga viral (quantidade de vírus no sangue) neste momento
é bastante alta, fazendo com que o vírus se espalhe mais facilmente. Depois
deste período os sintomas podem desaparecer espontaneamente por vários
anos antes do HIV ser diagnosticado.

Entre os sintomas que podem surgir quando a pessoa foi infectada pelo HIV
estão:

 Febre
 Mal-estar
 Manchas vermelhas pelo corpo
 Aumento dos linfonodos, ou ínguas
 Dores de cabeça
 Dor nos músculos
 Erupção cutânea
 Calafrio
 Dor de garganta
 Úlceras orais ou úlceras genitais
 Dor nas articulações
 Sudorese noturna
 Diarreia
 Tosse

Buscando ajuda médica


Provavelmente, o paciente com um possível diagnóstico de aids já estará em
tratamento por causa da infecção pelo vírus HIV. Contudo, caso apresente os
sintomas da doença e ainda não tenha sido diagnosticado, é preciso procurar
um médico. Dê preferência aos serviços especializados em HIV/Aids na sua
região.

Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar HIV são:

 Clínico geral
 Infectologista

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar tempo.


Dessa forma, você já pode chegar ao consultório com algumas informações:

 Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram


 Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e
medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 Como você acredita que foi exposto ao HIV?


 Faz quanto tempo que esta exposição ocorreu?
 Quais são os seus sintomas e quando eles começaram?
 Você praticou ou pratica algum dos comportamentos de risco para infecção
por HIV, como relação sexual vaginal, anal ou oral sem o uso de
preservativos, compartilhamento de agulhas e seringas, reutilização de
objetos perfurocortantes?
 Alguém com que você fez sexo é portador do vírus HIV?

Caso a pessoa já tenha sido diagnosticada como portadora do HIV, o médico


analisará a evolução da doença, a resposta do organismo ao tratamento, os
exames do paciente, a sua condição geral de saúde e quais doenças
oportunistas ele contraiu neste período de tempo.

É importante levar suas dúvidas para o consultório por escrito, começando pela
mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as
perguntas relevantes antes da consulta acabar.

Diagnóstico de HIV
O diagnóstico do HIV normalmente é realizado através de testes que detectam
o vírus na saliva ou no sangue. Eles podem ser realizados a partir de 30 dias
após a exposição, isso porque os exames (laboratorial e teste rápido) busca por
anticorpos contra o HIV no sangue para detectar a infecção. Existem vários
testes para determinar em que estágio a doença está, dentre eles:

 Contagem de CD4: As células CD4 são um tipo de glóbulo branco que é


especificamente destruído pelo HIV. A contagem de células CD4 em uma
pessoa sem HIV pode variar de 500 a mais de 1.000. Mesmo que o paciente
não apresente sintomas, quando a infecção por HIV progride para aids a
contagem de CD4 cai para menos de 200
 Carga viral: O teste mede a quantidade de vírus no sangue e, normalmente,
quanto maior a carga viral, menor a condição geral de saúde da pessoa.

O médico também pode solicitar testes para outras infecções ou complicações


relacionadas ao HIV/aids:

 Tuberculose
 Hepatite
 Toxoplasmose
 Outras doenças sexualmente transmissíveis
 Danos nos rins e fígado
 Infecções de trato urinário

Tipos de teste

 Testes convencionais: O teste convencional foi o primeiro a ser


desenvolvido. A ele, dá-se o nome de Ensaio Imunoenzimático, ou ELISA.
Nele os profissionais de laboratório colhem uma amostra do sangue do
paciente e buscam por anticorpos contra o vírus. Se a amostra não
apresentar nenhuma célula de defesa específica para o HIV, o resultado é
negativo e, então, oferecido ao paciente. Porém, caso seja detectado algum
anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a realização de um teste
adicional, o chamado teste confirmatório, para que se tenha certeza absoluta
do diagnóstico. Nele, os profissionais buscam por fragmentos de HIV na
corrente sanguínea do paciente
 Teste rápido: Ele funciona da mesma forma que o teste convencional, com
a diferença de que o resultado sai no mesmo dia, cerca de trinta minutos até
duas horas após a realização do exame. Isso permite que o paciente fique
sabendo do resultado no momento da consulta médica e receba o
aconselhamento pré e pós-teste, muito importante para esclarecer dúvidas a
respeito das formas de transmissão e também de tratamento
 Fluído oral: O teste de fluido oral é a mais recente modalidade de testagem.
Para realizar o exame, é necessário retirar uma amostra do fluido presente na
boca, principalmente das gengivas e da mucosa da bochecha, com o auxílio
de uma haste coletora. O resultado sai em 30 minutos e pode ser realizado
em qualquer lugar, dispensando estruturas laboratoriais. No entanto, o teste
de fluido oral serve apenas como triagem para o paciente
 Testes confirmatórios: São usados como testes confirmatórios os exames
Western Blot, o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o
Imunoblot. Eles são requeridos somente quando o resultado de testes
convencionais ou testes rápidos é positivo. Eles são necessários porque,
algumas vezes, os exames podem dar resultados falso-positivos em
decorrência de algumas doenças, como artrite reumatoide, doenças
autoimunes e alguns tipos de câncer não diagnosticados.

Tratamento de HIV
Atualmente há tendência de tratar todos os pacientes com HIV, independente
do CD4, com o objetivo de reduzir a transmissão e melhorar a evolução clínica
das pessoas portadoras do HIV.

Há várias medicações disponíveis e o tratamento é sempre combinado com pelo


menos três drogas. Há um consenso brasileiro de tratamento de HIV/Aids do
Ministério da Saúde, que visa uniformizar as formas de tratar. A medicação de
primeira escolha hoje está disponível em um único comprimido, é a combinação
de lamivudina, tenofovir e efavirenz. No caso de contraindicação, efeitos
adversos ou resistência, temos opções de outros antirretrovirais que deverão
ser individualizados para cada paciente. A indicação de qual esquema de
tratamento deve ser utilizado é passada pelo médico.

O importante é que uma vez iniciado o tratamento, o paciente deve estar ciente
de que ele não deve ser interrompido sem motivo e que as medicações devem
ser tomadas todos os dias e nos intervalos prescritos. Quando utilizado de
maneira irregular, o tratamento pode falhar por surgimento de vírus resistentes.

Os medicamentos agem em diferentes partes do ciclo de multiplicação do HIV


dentro do organismo, evitando a formação de novos vírus e a destruição das
células de defesa. Cada classe de medicação age em uma fase desse ciclo e
para que o tratamento seja mais eficaz, são utilizadas combinações de
diferentes classes. É importante lembrar que ainda não há uma medicação que
consiga destruir todos os vírus existentes no paciente e que alguns
permanecem “escondidos” e podem voltar a se multiplicar se ele parar de
tomar a medicação.

Outros remédios utilizados são para prevenção de algumas doenças


oportunistas, que em geral são suspensos com a melhora da imunidade do
paciente. Conheça a seguir como cada um deles é usado:

 Inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa: Essa classe de


medicamentos atua sobre a enzima transcriptase reversa, tornando conversão
do RNA em uma cadeia de DNA viral defeituosa, impedindo a inclusão desta
no DNA das células de defesa do organismo hospedeiro. Essa ação impede
que o vírus se reproduza. Exemplos: Abacavir, Lamivudina, Tenofovir,
Zidovudina
 Inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa: Essa classe de
medicamentos também atua sobre a enzima transcriptase reversa,
bloqueando diretamente sua ação, impedindo a multiplicação do vírus.
Exemplos: Efavrienz, Nevirapina, Etravirina
 Inibidores de protease: Medicamentos que atuam na enzima protease,
bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias do vírus HIV.
Exemplos: Atazanavir, Darunavir, Lopinavir, Ritonavir
 Inibidores de fusão: Medicamentos que impedem a entrada do vírus do
HIV nas células de defesa do organismo hospedeiro via proteína CD4,
impedindo o ciclo reprodutivo do vírus, como o Enfuvirtida (T20)
 Inibidores da integrase: Medicamentos que bloqueiam a atividade da
enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do vírus HIV (após ação
da transcriptase reverva que converte RNA do vírus em DNA) ao DNA
humano. Isto permite a inibição da replicação do vírus e sua capacidade de
infectar novas células. Exemplos: Dolutegravir, Raltegravir.

PEP
A Profilaxia Pós-exposição (PEP), estratégia para prevenção da infecção pelo
HIV, foi inicialmente disponibilizada para profissionais de saúde que
acidentalmente se expunham ao HIV (com agulhas e outros instrumentais
contaminados) ou para vítimas de violência sexual. Desde 2010, no entanto,
existe a versão PEP sexual. Esta é uma estratégia complementar ao sexo
seguro, indicada para pessoas que se expuseram a situações sexuais de risco
para infecção pelo HIV: falha no uso ou ainda rompimento de preservativos. A
ideia da PEP é que tão logo a pessoa tenha sido exposta, ela seja avaliada e
testada para o HIV.

Essa medida irá verificar se ela já havia sido infectada anteriormente - fator que
impossibilitaria o uso da PEP -, uma vez que logo após a exposição não é
possível saber se a pessoa contraiu o vírus ou não. Caso o parceiro esteja
presente na consulta, ele também passa pela testagem e, se indicado, é dado
início ao uso de medicamentos antirretrovirais.

HIV tem cura?


Antigamente receber a notícia de uma infecção por HIV era como assinar uma
sentença de morte. Hoje, contudo, apesar de ainda não se ter descoberto a
cura para a infecção, este quadro mudou. Atualmente existem medicamentos
antirretrovirais, que são coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos
soropositivos, mas é fundamental seguir todas as recomendações médicas e
tomar os medicamentos conforme a prescrição. Caso o paciente não faça o
tratamento conforme recomendado, ele pode acabar tornando o vírus mais
resistente antes do tempo, dificultando o tratamento e prejudicando a sua
saúde no geral.

A aids continua sendo um dos maiores desafios da saúde pública no mundo,


especialmente nos países mais pobres. No Brasil temos centros especializados
no tratamento da doença com equipes multidisciplinares que podem ajudar o
paciente com aids a viver da melhor forma possível, desde que use os seus
medicamentos e siga todas as demais recomendações médicas para o seu caso.
Um problema grave que o diagnóstico por aids pode acarretar é a depressão,
dificuldade de lidar com essas emoções ou de contar para a família, por isso,
converse com um especialista que poderá ajudá-lo nesta questão, psicólogo ou
profissionais do serviço social.

Complicações possíveis
São diversas as complicações que uma pessoa vivendo com HIV pode
desenvolver, a principal delas é a aids, mas, com o tratamento adequado é
possível retardar bastante este processo. Contudo, o vírus deixa a pessoa mais
suscetível a outras doenças, como um grande número de infecções e de tipos
de cânceres.

Dentre as infecções temos:


 Tuberculose - É a infecção oportunista mais comum associada ao HIV e uma
das principais causas de morte entre pessoas com aids. É extremamente
comum que pessoas com HIV também estejam infectadas com tuberculose.
 Salmonela - A infecção é contraída através da ingestão de alimentos ou água
contaminada. Entre os sintomas estão diarreia severa, febre, calafrios, dor
abdominal e vômitos e é muito mais incidente entre soropositivos do que em
soronegativos.
 Citomegalovírus - O vírus da herpes, que é transmitido através de contatos
com fluídos corporais, fica inativo ou dormente em uma pessoa com um
sistema imunológico saudável. Contudo, se a imunidade da pessoa está baixa,
ele reaparece, o que é comum em soropositivos. O vírus pode causar dano
aos olhos, trato digestivo, pulmões e outros órgãos.
 Candidíase - A infecção causa inflamações e o aparecimento de um
revestimento branco espesso nas membranas mucosas da boca, língua,
esôfago ou vagina. Em crianças, os sintomas são ainda mais severos na boca
ou no esôfago, o que pode tornar o ato de comer bastante doloroso.
 Meningite criptocócica - é uma infecção do sistema nervoso central, associada
ao HIV, ocasionada por fungos encontrados no solo. Esta doença também
pode estar ligada à pássaros ou fezes de morcego.
 Toxoplasmose - É uma infecção potencialmente fatal causada por um parasita
transmitido usualmente por gatos. O animal infectado libera o parasita nas
fezes, que é quando ele pode ser transmitido a humanos e outros animais.
 Criptosporidiose - É uma infecção intestinal parasitária comumente
encontrada em animais, transmitida para os humanos através da ingestão de
água ou alimentos contaminados. O parasita cresce no intestino, levando a
diarreias severas e crônicas em pacientes com aids.

Dentre os tipos mais comuns de câncer que podem se desenvolver com maior
facilidade em pacientes soropositivos estão:

 Sarcoma de Kaposi - Que é raro em pessoas sadias e comum entre os


portadores do vírus HIV. O Sarcoma de Kaposi surge com lesões rosas,
vermelhas, roxas, marrons ou pretas na pele e boca da pessoa e também
pode afetar os órgãos internos como o trato digestivo e os pulmões.
 Linfomas - Esse tipo de câncer se origina nos glóbulos brancos do sangue e
usualmente aparece primeiramente nos nódulos linfáticos.

Outras complicações podem incluir:

 Síndrome de Wasting ou do definhamento - É definida como a perda de ao


menos 10% da massa corpórea do paciente, acompanhada de diarreia,
fraqueza crônica e febre. Com os tratamentos, o número de casos de
Síndrome do Definhamento tem diminuído, mas ainda afeta muitas pessoas
com HIV.
 Complicações neurológicas - Apesar da aids aparentemente não afetar as
células nervosas, ela pode causar sintomas neurológicos como confusão,
esquecimento, ansiedade, dificuldade de caminhar etc. A complicação mais
comum é o complexo aids-demência, que leva a mudanças comportamentais
e a um funcionamento mental diminuído.
 Doenças renais - A nefropatia associada ao HIV é uma inflamação dos
pequenos filtros dos rins, que removem o excesso de líquido e resíduos do
sangue e os passa para a urina.

Saiba mais: Entenda por que o HIV favorecer o aparecimento de doenças


crônicas

Convivendo/ Prognóstico
Assim como é muito importante que o paciente com HIV faça uso das
medicações corretamente para que aumente a sua expectativa de vida e reduza
as possíveis complicações do HIV, que incluem a aids, também é essencial ter
diversos cuidados e regras com a saúde. As seguintes sugestões podem ajudar
os pacientes soropositivos a ficarem saudáveis por maior período de tempo:

Coma alimentos saudáveis


Frutas e vegetais frescos, grãos e proteínas, em uma dieta equilibrada, ajudam
a manter o paciente forte, liberar mais energia e a dar suporte ao sistema
imunológico. Mas cuidado, doenças relacionadas a ingestão de alimentos
podem ser especialmente mais severas em pessoas vivendo com HIV/aids.
Evite produtos lácteos não pasteurizados, ovos crus e frutos do mar crus, como
ostras e peixes. Cozinhe a carne até que ela fique bem passada ou até que não
haja nenhum traço cor de rosa.

Tome suas vacinas


A imunização pode prevenir infecções como pneumonia e gripe, mas tenha
certeza de que as vacinas não são compostas de vírus vivos. Eles podem ser
perigosos para pessoas com sistema imunológico enfraquecido.

Tome cuidado com os animais de estimação


Alguns animais podem carregar parasitas que causam infecções em pessoas
soropositivas ou com o sistema imunológico enfraquecido. As fezes do gato, por
exemplo, podem causar toxoplasmose, répteis podem carregar salmonela e os
pássaros certos tipos de fungo. O ideal é conversar com o seu médico sobre a
presença do animal em casa e procurar um veterinário para verificar a saúde do
bichinho.

Não fume
Pacientes soropositivos têm o sistema imunológico enfraquecido e estão mais
susceptíveis a diversas doenças, inclusive comorbidades relacionadas aos
pulmões. Então, se ainda fuma, pare de fumar o quanto antes.

Aids na gestação
Durante a gestação, uma mulher soropositiva não vai necessariamente
transmitir o vírus para o bebê. O maior risco é durante o parto e depende da
carga viral da paciente: se for muito alta o ideal é fazer uma cesárea.

Durante toda a gestação a mulher deve ser medicada, mesmo que sua sua
carga viral não exija tratamento. A mãe recebe um coquetel para reduzir a
quantidade de vírus em seu organismo, o que diminui o risco de transmissão
para o bebê.

Saiba mais detalhes sobre os cuidados com o HIV na gestação aqui.

Aids na terceira idade


Os pacientes idosos podem ter associadas doenças pré-existentes que podem
intensificar os sintomas relacionados a doenças ditas oportunistas que definem
o diagnóstico de AIDS, conferindo maior gravidade, morbidade e mortalidade
ao quadro.

Em relação aos antirretrovirais disponíveis para tratamento dos pacientes


idosos, (que são as mesmas classes disponíveis para os pacientes adultos), se
faz importante atentar para possíveis para-efeitos destas medicações, que
costumam ser mais intensos em pacientes com mais de 60 anos. No momento
do início de tratamento com medicações antirretrovirais, é preciso escolher um
esquema que tenha o menor número de interações farmacológicas com as
medicações de uso prévio e contínuo do paciente em questão (exemplo:
medicações para hipertensão arterial, diabetes etc).

O diagnóstico do HIV no idoso muitas vezes é dificultado, porque tanto o


paciente quanto seus familiares e profissionais de saúde tendem a não cogitar a
possibilidade deste diagnóstico nesta faixa etária e em muitas situações os
sinais e sintomas presentes no momento da avaliação médica fazem parte do
grupo de doenças típicas do envelhecimento, confundindo e dificultando o
diagnóstico. Por isso, o atendimento diferenciado a este paciente, com intensa
interação entre médico geriatra e médico infectologista é imprescindível.

Saiba mais: Veja como lidar com o HIV em relacionamentos

Perguntas frequentes
O que é janela imunológica?
Janela imunológica é o tempo que o corpo demora para reconhecer a presença
do HIV (ou qualquer outro vírus) na corrente sanguínea e, assim, começar a
produzir anticorpos contra ele. E como os testes de diagnóstico buscam esses
anticorpos na amostra de sangue colhida, se o exame for feito dentro deste
período o resultado pode dar negativo mesmo que a pessoa já esteja infectada.

Qual a chance de me infectar se eu fizer sexo com alguém


soropositivo?
Isso também não é verdade. Poucos sabem, mas é muito mais difícil ser
infectado pelo HIV com um soropositivo do que com uma pessoa que
desconhece sua sorologia. Isso porque, graças ao tratamento, a carga viral de
muitas pessoas que vivem com o vírus está indetectável, ou seja, com menos
de 40 cópias de vírus por mililitro de sangue. Isso é insuficiente para que não
haja a transmissão. Para se ter uma ideia, se um soropositivo com carga viral
indetectável há pelo menos um ano fizer o teste de HIV, o resultado tem muitas
chances de ser negativo.

Estudos internacionais já mostraram que um soropositivo em tratamento e há


seis meses com a carga viral suprimida tem 96% menos chances de transmitir
o vírus durante o ato sexual. Essa, que foi eleita a descoberta científica do ano
em 2011 pela revista Science, é também um dos mais importantes passos
contra a discriminação de soropositivos e um salto na qualidade de vida de
quem vive com HIV.

HIV se transmite também pelo beijo ou suor?


Mito antigo, porém que ainda resiste no imaginário popular. O HIV é
transmitido por meio da troca de fluidos corporais, porém saliva e suor não são
uns deles. Apenas sangue, sêmen, secreções genitais e leite materno possuem
concentração de vírus suficiente para infectar outra pessoa. Portanto, nunca é
demais lembrar que as únicas formas de transmissão do HIV são: relações
sexuais desprotegidas - anal, oral ou vaginal -, transfusão de sangue,
compartilhamento de seringas ou de mãe para filho (transmissão vertical). Não
se pode contrair HIV por nenhum outro meio que não sejam esses

Prevenção
Para se prevenir contra o HIV, o mais importante é não se colocar em situação
de risco para a infecção pelo vírus, ou seja:

 Faça sexo (vaginal, anal ou oral) sempre com proteção


 Não compartilhe agulhas e seringas
 Não reutilize objetos perfurocortantes no geral
 No caso de violência sexual, comunique as autoridades o quanto antes e vá a
um hospital, de preferência especializado, para que eles possam ministrar os
remédios de profilaxia de infecção pelo HIV ou outras doenças sexualmente
transmissíveis (DST). As chances de não se desenvolver essas doenças
quando a profilaxia é feita poucas horas após o ato é muito maior
 Se você descobriu que tem o vírus, comunique o seu parceiro ou pessoas
com as quais teve relações sexuais. Ele precisará fazer os testes, pois um
diagnóstico precoce faz com que o tratamento seja muito mais efetivo. Além
disso, eles precisam saber se estão com o vírus para que não acabem por
infectar outras pessoas.

Se você já foi diagnosticado com HIV, para se prevenir a aids o mais


importante é que você tome todos os seus medicamentos conforme prescrição
e siga todas as demais orientações médicas, além de procurar ter uma vida
mais saudável, se alimentando bem, mantendo o peso compatível com a sua
idade, sexo e altura e, se ainda fuma, deixar de fumar. No caso de infecções
oportunistas ou outros sintomas enquanto está se tratando do HIV, é
importante procurar assistência médica para tomar as providências corretas
contra a doença o quanto antes, que incluem medicações que não interfiram
com os seus antirretrovirais.

PeRP: medicamentos para prevenção do HIV


No começo de julho de 2014, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez uma
recomendação do uso de quimioprofilaxia através de uma combinação de
antirretrovirais para tentar diminuir a transmissão do HIV entre os homens que
fazem sexo com homens (HSH), transgêneros femininos, usuários de drogas
injetáveis, profissionais do sexo e pessoas que estejam em privação de
liberdade no sistema prisional.

A profilaxia seria feira com a combinação dos antirretrovirais Tenofovir e


Emtricitabina, unidos em uma pílula única. Os pacientes submetidos a esse
tratamento deveriam tomar diariamente um comprimido da medicação ao dia,
por tempo indeterminado. A isso se deu o nome de Profilaxia Pré Exposição
Sexual (PrEP). Todos tem que ser avaliados periodicamente a fim de rastrear
possíveis efeitos adversos da medicação. Ainda não se sabe a longo prazo
todos os efeitos adversos que esse tratamento pode acarretar, visto que essa
medicação foi liberada para uso no tratamento do HIV somente a partir de
2004.

Apesar de se mostrar eficaz na redução da contaminação pelo vírus HIV, outros


métodos de profilaxia, como o uso de preservativo, devem ser sempre muito
estimulados. Também é preocupante a postura de medicalização do problema e
a inexistência de políticas de prevenção para o grupo HSH no Brasil e em todo
mundo.

Existem muitos argumentos prós e contras essa prática, no entanto, ficamos


felizes que novos métodos de proteção estejam surgindo na luta contra o HIV.
Ainda há muito a se fazer nesta questão, passando por educação sexual,
políticas de saúde pública de prevenção eficazes e combate ao preconceito e
discriminação. No Brasil já estão acontecendo novos estudos para avaliar a
eficácia da quimioprofilaxia como método de prevenção ao HIV e a discussão
da introdução desse método nos serviços de saúde.

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