Вы находитесь на странице: 1из 72

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

EDUBRAS

TEORIA
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS

2
PROIBIDA A REPRODUÇÃO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM
AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR. © TODOS OS DIREITOS FICAM RESERVADOS.

EDUBRAS Página 1
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

TRABALHO ELÉTRICO (T)

Como é sabido, o objetivo da fonte de energia num circuito elétrico é fornecer energia
elétrica à carga. Ela aproveita esta energia elétrica para desempenhar alguma função útil.
Outra forma de expressar isto é dizer que a carga aproveita a energia da fonte para efetuar
“trabalho”. Por isso, o trabalho elétrico se pode definir como o deslocamento de elétrons
por meio de uma tensão elétrica e sua unidade de medida é o joule (J).

POTÊNCIA ELÉTRICA (P)


A potência elétrica é sinônimo da rapidez com que uma carga pode efetuar um trabalh o. Se
pode definir como segue:

“A potência elétrica é a quantidade de trabalho que uma carga pode fazer no tempo
de um segundo e sua unidade de medida é o watt (W). ”

Um ponto importante que deve ser tido presente é que o trabalho feito num circuito elé trico
pode ser “útil” ou “desperdiçado”. Em ambos casos, a rapidez com que é feito o trabalho
mede a potência. O trabalho de um motor elétrico é considerado como útil, como também é
o calor da resistência do aquecedor elétrico. Por outra parte, o mesmo aquecimento dos fios
ou condutores elétricos ou dos resistores num circuito é considerado trabalho desperdiçado,
pois esse calor não tem nenhuma função útil. Quando é calculada a potência de um trabalho
desperdiçado se diz que é potência dissipada.

Se diz que a potência elétrica é igual a 1 watt (W) quando ao ser aplicada uma tensão de 1
volt (V) se desloca uma corrente de 1 ampère (A). Por exemplo, quando fluem 2 ampères a
través de uma tensão de 1 volt é gerada uma potência de 2 watts. Em outras palavras , o
número de watts utilizados é igual ao número de ampères da corrente, multiplicado pela
tensão elétrica em volts. Esta equação é expressada como segue:

P= V x I =W

Onde P é a potência medida em watt; V é a tensão ou voltagem elétrica, medida em volt e I


é a corrente elétrica em ampère.

Lei de Watt

Estabelece a relação que mantém entre si a Potência, a Voltagem e a Intensidade da


Corrente.
P P
P =V x I =W I = --------- = A V = ----- = V
V I

EDUBRAS Página 2
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

V 9 V 27
I = ----- = ----- = 3 A I = ------ = ------ = 1 A
R 3 R 27

P = V x I = 9 x 3 = 27 W P = V x I = 27 x 1 = 27 W

Em ambos circuitos a potência utilizada é a mesma.

Potência em circuitos resistivos

Há ocasiões em que é necessário encontrar a potência em um circuito conhecida a tensão e


a resistência. Por isso, deverá ser aplicada a lei de Ohm para encontrar a corrente do
circuito, mais isto pode ser muito trabalhoso. É mais fácil aplicar uma equação que
determine a potência em função da tensão e da resistência. Como as equações de potência e
a lei de Ohm são similares, é possível encontrar de forma fácil a mais adequada. Se sabe
que:
P =V x I
e que:
V
I = ------
R
de maneira que na equação de potência pode ser substituído o I por seu equivalente da lei
de Ohm, ou seja:
V
------
R
Então:
V V 2
P = V x ------ = ------
R R

Graças a esta equação, para poder calcular a potência é necessário conhecer a resistência e a
tensão. O termo V 2 se lê voltagem ao quadrado e significa sua multiplicação por si mesmo.

V2
Da mesma maneira que se encontrou a equação: P = ------
R
se pode obter uma equação dando a potência em função da corrente e a resistência. Esta
equação se aplica quando se conhece a corrente e a resistência e se necessita encontrar a
potência. Para encontrar esta equação, se troca:

V=I x R

EDUBRAS Página 3
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

E ao serem combinadas, se tem:

P = I x R x I = I2 x R

Perda de potência

A potência utilizada em um circuito indica a quantidade de trabalho efetuado em esse


circuito. Porém se lembrará que es te trabalho não é sempre útil porque grande parte do
mesmo é desperdiçado ou perdido. A potência empregada em um trabalho não utilizado é
potência perdida ou dissipada. Em função da fonte de potência, a potência perdida
representa energia elétrica que não é aproveitada de forma produtiva. Como se sabe, a
produção de energia elétrica, seja por meio de uma bateria ou por um gerador elétrico, custa
dinheiro. Por isto é necessários que as perda de potência em qualquer circuito elétrico
sejam mantidas no seu valor mínimo possível. As perdas de potência mais comuns em um
circuito elétrico são as geradas como calor quando uma corrente flui a través de uma
resistência. A relação exata entre calor, corrente e resistência é representada na seguinte
equação de potência:

P = I2 x R

Onde P é a rapidez com que é produzido o calor. Veja na equação que se pode reduzir a
quantidade de calor gerada reduzindo a corrente ou a resistência. Este aquecimento ( I2 x R),
como é chamada com bastante freqüência, ocorre tanto nos condutores do circuito, como
nos resistores. Ele é muito pequeno nos condutores, tanto no tipo de material como na
seção ou calibre, por isso são usados aqueles que têm baixa resistência. Em um resistor é
pouco o que pode ser feito com relação ao seu aquecimento ( I2 x R), pois a corrente do
circuito como o valor da resistência do resistor não se pode trocar sem afetar o
funcionamento do circuito. Em alguns aparelhos ou elementos elétricos tais como o ferro de
passar é necessário o aquecimento ( I2 x R), por isso, ele não é uma perda de potência.

P = I2 x R = 4 x 10 = 40 Watts

EDUBRAS Página 4
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

40 W de potência 40 W de potência
desperdiçada útil

O aquecimento (I2 x R) é representado como potência desperdiçada e alguns vezes é


considerado como trabalho útil.

CLASSIFICAÇÃO DOS RESISTORES DE ACORDO À POTÊNCIA

Com freqüência a classificação da potência não está lavrada no resistor porém é indicada de
acordo com o tamanho do corpo. Com tudo, o tamanho usado para potências particulares
não variam entre diferentes tipos de resistores e sim entre fabricantes, de maneira que pode
ser difícil determinar a potência somente de acordo com a parte física do componen te. É
compreensível que fluindo muita corrente em um resistor, o calor gerado pela mesma
estragará o componente. O aquecimento ( I2 x R) é perda de potência medida em watts. Por
isto, cada resistor é classificado por sua potência para indicar a quantidade d e calor (I2 x R)
que pode resistir sem se queimar. Isto significa que um resistor com classificação de 1 W
de potência se queimará se for ligado em um circuito em que a corrente gere calor superior
a l W. Conhecida a capacidade de potência de um resistor é necessário saber qual é a
corrente máxima que pode suportar, então deve ser aplicada a equação seguinte:

P = I2 x R

P
I= ------
R

EDUBRAS Página 5
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Graças à equação é possível encontrar a corrente máxima que pode suportar um resistor de
1 com classificação de potência de 4 watts:

P 4
I = ----- = ----- = 4 =2A
R 1

Se pelo resistor passa uma corrente superior aos 2 A será dissipada mais do que sua
potência nominal e como conseqüência, se queimará.

CLASSIFICAÇÃO DA POTÊNCIA DE LÂMPADAS INCANDESCENTES

100 W

A potência de uma lâmpada indica quanto brilhará a mesma quando for ligada a um
circuito. Na realidade, constitui uma forma de medir o aquecimento do filamento da
lâmpada e depende da resistência do filam ento. Uma lâmpada incandescente está formada
por um resistor chamado filamento, no interior de uma cápsula de vidro. Quando a lâmpada
é ligada a corrente elétrica flui a través do filamento e ele é aquecido de acordo com a
fórmula: I2 x R. O calor é tão forte que o filamento vira cor vermelho -branco, irradiando
luz. Quanto mais quente fique um filamento, mais luz fornecerá a lâmpada.

Uma forma conveniente de classificar às lâmpadas elétricas é de acordo com o calor ou


consumo que I2 x R produz. Isto é o que é feito nas fábricas de lâmpadas elétricas. Sobre
cada uma delas se lavra o valor do aquecimento, expressado em w atts e que será gerado
quando a mesma for ligada. Quando se compra uma delas, segundo sua classificação do
consumo, na realidade se está se lecionando a quantidade de luz que produz.

É lógico se perguntar qual é a diferença entre uma lâmpada de 40 W e outra de 100 W.


Conforme a equação P = V x I pela lâmpada de mais potência flui mais corrente a través do
filamento ou está conectado a uma fo nte de tensão mais alta ou talvez ambas coisas. Com

EDUBRAS Página 6
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

tudo, se sabe que na maior parte das vezes, no lar por exemplo, a fonte de tensão está
determinada pela companhia de eletricidade e não pode ser trocada ou varia à vontade. Isto
significa que a lâmpada de 100 W deve permitir a passagem de mais corrente. Por isto,
deve ter uma resistência inferior à da lâmpada de 40 W. Assim, o consumo (em watts) e a
intensidade da luz que produz uma lâmpada elétrica depende da resistência do filamento da
mesma. Quanto mais alta for seja a resistência, mais baixa será a potência nominal e quanto
mais baixa for a resistência, mais alta será a potência nominal.

CLASSIFICAÇÕES TÍPICAS DE CONSUMO

6000

Classificação típica de potência de


Clasificaciones de potência típicas de
1300
aparatos
aparelhos eléctricos
elétricos, em watts (W)

1000

950

800

650

450

400

100

Cafeteira Secador Forno Micro-onda Tostadeira Ferro de Secadora Chuveiro Aquecedor


de cabelo passar de roupa

Segundo pode ser visto, a classificação do consumo de potência usadas para resistores e
lâmpadas é expressada como I2 x R, embora a classificação de potência sempre signifique
aquecimento, na prática é diferente de acordo com o tipo de aparelho utiliza do. Muitos
dispositivos elétricos são selecionados de acordo à sua classificação da potência ou
consumo, especialmente aqueles que usam o calor para poderem funcionar. Eles podem ser
ferros de passar, tostadeiras, aquecedores, etc. Na maior parte destes ap arelhos, quanto

EDUBRAS Página 7
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

maior for o seu consumo ou potência, maior quantidade de calor produz. Isto significa que,
por exemplo, um aquecedor de 1.500 W emite mais calor que um outro de 1.000 W.
Contudo, não sempre são melhores os aparelhos que têm a mais alta clas sificação de
consumo de potência. Com este critério podem ser fabricadas tostadeiras de 10.000 W ou
mais, porém não tostaria ao pão e com certeza ele ficaria completamente queimado,
instantaneamente.

A classificação da potência do equipamento de trabalho, por exemplo, motores não se


baseia na perdas (I2 x R). Eles se baseiam principalmente na potência que podem aproveitar
para fazer um trabalho mecânico. Um motor de 1 cabalo de força usa 746 W de potência
elétrica, mais a potência necessária para compensar as perdas. Um motor de ¼ HP
necessita, no mínimo, 186,5 W de potência elétrica.

O QUILOWATT - HORA (KWh)

Toda a eletricidade consumida é produzida ou gerada pelas grandes companhias elétricas.


A partir das estações geradoras, a eletricidade é distribuí da aos usuários por meio de
complicadas redes. Este sistema de distribuição termina nas fábricas, lojas ou nos lares
onde a eletricidade pode ser consumida. Como as companhias elétricas vendem eletricidade
devem ter alguma forma de saber quanta energia elé trica consome cada um de seus clientes.
De outra maneira não haveria forma de poder faturar. Isto é feito mediante um relógio
medidor. Ele é localizado logo na entrada do local que pode ser o lar, loja ou fábrica e mede
o consumo da energia elétrica.

Realmente a eletricidade não pode ser medida pois ela é somente um fenômeno. A
intensidade da corrente e a tensão podem ser medidas, mais, como será estudado depois,
fazer a fatura para um usuário tomado como base a corrente ou tensão, não é prático. Ela é
feita a cada cliente tomando como base quanto trabalho faz a energia elétrica consumida.
Lembre-se que a rapidez com que é feito um trabalho é medido em watts, assim, para
determinar o trabalho total efetuado que é a mesma coisa que a potência total consumid a, se
multiplica a velocidade com que feito o trabalho (potência em watts) pelo tempo que
demora em ser feita essa tarefa.

Se uma lâmpada de 100 W está acesa durante uma hora o consumo de energia elétrica é de
100 W multiplicados por essa hora, ou 100 watts-hora (Wh). Assim é que as companhias
elétricas medem ou faturam o consumo de energia elétrica. O watt -hora é uma unidade
muito pequena. Se fosse usada para indicar a potência total consumida, resultariam cifras
muito altas. Para resolver este problema é utilizada a unidade quilowatt-hora (kWh). Cada
quilowatt-hora é igual a 1.000 watt-hora.

EDUBRAS Página 8
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

CLASSIFICAÇÃO DOS CONDUTORES ELÉTRICOS

Os condutores para instalações elétricas de baixa tensão que podem ser comprados no
mercado nacional são todos de cobr e. Um condutor elétrico está formado basicamente por
três partes bem diferenciadas:
a) A alma condutora: feita em cobre e seu objetivo é transmitir a energia elétrica entre
a fonte de alimentação (união, rede pública,etc.) e os diferentes pontos da instalação
(lâmpadas, tomadas, eletrodomésticos, equipamento de iluminação, etc.).
b) O isolamento: fabricado em material termoplástico, especialmente policloreto de
vinila (PVC) e polietileno (PE). Sua característica é sua alta resistência à umidade, ao
envelhecimento e à ação dos solventes. Mais de 90% dos isolamentos de condutores
elétricos são fabricados com este material. Existem isolantes como o neoprene, a
borracha sintética e o butilo mais eles são pouco utilizados. O objetivo do isolamento
é evitar que a energia elétrica entre em contacto com as pessoas ou com outros objetos
(dutos, artefatos, etc.). Do mesmo modo, o isolamento evita que os condutores de
distintas voltagens ou polaridade façam contacto entre si.
c) A coberta protetora: o objetivo fundamental de e sta parte de um condutor é proteger
ao isolamento e a alma condutora contra danos mecânicos, sendo utilizada só em
algum tipo de condutor.

Os condutores podem ser classificados segundo sua constituição ou segundo o número de


condutores que tenham. Segund o sua constituição, os condutores se classificam em:

-Arame: condutor elétrico com alma condutora formada por uma peça só. Se usa nas linhas
aéreas, desnudo ou isolado, para instalações elétricas interiores, no interior de conduites ou
diretamente sobre isoladores.

-Fio: condutor elétrico com sua alma condutora formada por fios condutores de pouca
seção ou área, dando-lhe grande flexibilidade.
Os condutores elétricos, segundo seja o número de almas condutoras isoladas entre si, se
classificam em:

-Mono-polar: condutor elétrico com uma única alma condutora isolada e com ou sem
coberta protetora.

-Multipolar: condutor de duas ou mais almas condutoras isoladas entre si por sua
respectiva capa de isolação e com uma ou mais cobertas protetoras comuns .

EDUBRAS Página 9
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

CONDUTORES ELÉTRICOS DE ILUMINAÇÃO

Nas instalações elétricas interiores de baixa tensão, como a iluminação, existem no


mercado, diversos tipos de condutores elétricos, desenhados para responder às distintas
necessidades de condução e à característica do médio em que a instalação prestará seus
serviços (ambiente seco, baixo teto, no relento, etc.)

Condutores elétricos de cobre

Condutor N Y A
Tª de serviço: 70º C.
Tensão máxima de serviço: 1.000 V
Tipo de isolamento: capa de PVC de alta resistência d ielétrica, resistente aos agentes
químicos e ao envelhecimento.
Características: condutor único de uso geral em iluminação e para ser usado em ambientes
secos, dentro e fora de conduites de aço ou sobre isoladores. Quando sua configuração é o
arame se apresenta com área de 1,0; 1,5; 2,5; 4,0; 6,0;10,0; 16,0 mm 2

Condutor N S Y A
Tª de serviço: 70º C.
Tensão máxima de serviço: 1.000 V.
Tipo de isolamento: capa especial de PVC (similar ao NYA)
Características: condutor único ou mono -condutor de uso geral, ideal para locais úmidos e
ao relento e sobre isolador. Quando é fornecido na forma de arame apresenta seções de:
1,5; 2,5; 4,0; 6,0; 10,0 mm 2.

Condutor PI
Tº de serviço: amplia
Tensão máxima de serviço: 600 V
Tipo de isolamento: polietileno resistente aos raios solares e à umidade.
Características: mono-condutor especialmente utilizado nas linhas aéreas localizada ao
relento, tais como linhas de alta tensão. Quando é apresentado na forma de arame sua seção
é de 4,0, 6,0; 10,0 mm 2.

Condutor concêntrico
Tº de serviço: 70ºC
Tensão máxima de serviço: 600 V
Tipo de isolamento: PVC negro e coberta de polietileno negro resistente à intempérie.
Características: este condutor múltiplo se caracteriza porque no seu centro se encontra a
alma condutora de arame e sobre ela aparece uma capa de PVC isolante. Sobre esta capa é
feito um trançado de cobre, que se constitui no segundo condutor. Finalmente, sobre este
está a coberta externa de polietileno. Usado em linhas aéreas de baixa tensão, é fabricado
com seções de 2 x 4,0 mm 2 e 2 x 6,0 mm 2.

EDUBRAS Página 10
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

EDUBRAS Página 11
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

PROJETAR O USO DOS CONDUTORES ELÉTRICOS

Para que uma instalação elétrica cumpra com as condições de segurança necessárias,
durante o seu projeto se deve conhecer seus componente s, de maneira que sejam os
apropriados para satisfazer os requerimentos elétricos que a instalação terá (cargas de
iluminação, aquecimento, eletrodomésticos, etc.). Especial importância tem o adequado
dimensionamento do condutor elétrico e que constituem a coluna vertebral da instalação
elétrica ou seja que todo o peso da montagem descansa sobre eles. O correto projeto e
dimensões dos condutores é vital para a segurança dos bens e pessoas que farão uso da
instalação. Para projetar de forma adequada uma li nha elétrica que deverá transportar uma
certa intensidade de corrente, se devem conciliar três condições:
a) Reduzir ao mínimo as perdas de energia.
b) Condições normais de funcionamento e que a temperatura do condutor não exceda
os valores de serviço para os que têm sido desenhados.
c) Sob condições de falha, o condutor deve suportar as demandas que o sistema
elétrico terá.
A seguir revisaremos os dois primeiros aspectos, que se relacionam com o cálculo da
máxima queda de voltagem que poderá ter a instalação e com o dimensionamento segundo
a capacidade de transporte de corrente que têm os condutores. O terceiro ponto está
relacionado com o correto uso das proteções elétricas.

Cálculo da queda da voltagem

A perda de energia elétrica se manif esta como perdas de voltagem nos condutores e elas
são conseqüência da resistência elétrica do material. Para calcular a perda, se deve calcular
quanto diminui a voltagem devido à resistência do condutor. Então, primeiro passo é
calcular a resistência do condutor que será usado, com a seguinte fórmula:

Rc = Resistência elétrica do condutor (em ohms).


 =Resistividade específica do material do condutor (em  x mm2 / m).
O cobre têm um valor  = 0.018  x mm2 / m.
L = Comprimento total do condutor (em metros (m).
S = Seção do condutor (em mm 2).

Nota: Ao ser calculada a queda da voltagem de um condutor em um circuito monofásico, a


resistência deve ser calculada contemplando o comprimento na ida e na volta do condutor

EDUBRAS Página 12
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

desde a fonte de energia. Por exemplo, se no circuito há uma lâmpada localizada a 35


metros do interruptor, a resistência de esse circuito será de 70 metros.

Exemplo Nº1

Si queremos calcular a resistência de um condutor de cobre de 1,5 mm 2, com um


comprimento de 70 metros (ida e volta), se deve realizar o seguinte cálculo:

 x L 0,018 x 70 1,26
Rc = ----------- = ---------------- = --------- = 0,84 
S 1,5 1,5

Isto quer dizer que uma linha de cobre de 70 metros e de 1,5 mm 2, terá uma resistência de
0,84 ohms.

Assim que for conhecida a resistência do condutor que será utilizado, se deve calcular a
quantidade de energia que é perdida como produto de essa resistência. Lembre -se que a
potência elétrica é a capacidade da energia elétrica de mover aos elétrons. Si se está
perdendo energia elétrica devido à resistência, se está perdendo capacidade de mover
elétrons, ou seja, que se está perdendo potência. A potência que se perde como pr oduto da
resistência se calcula com a seguinte fórmula:

Perda = Rc x I 2
Na fórmula:

Perda = Potência perdida como produto da resistência (em watts).


Rc = Resistência elétrica do condutor (em ohms).
I = Intensidade da corrente (em ampères).

Utilizando o mesmo exemplo anterior, uma linha de cobre de 70 metros com uma
resistência de 0,84 , na que circula uma corrente de 10 A, a potência perdida será:

Perda = Rc x I 2 = 0,84 x 10 = 83,53 W

No exemplo, se a linha de 70 metros de condutor de cobre é de 1,5 mm 2, teremos uma


perda de potência capaz de ligar três lâmpadas de 25 W e uma de 10 W. Este é um dos
motivos pelo qual é importante projetar de forma cer ta os condutores de uma instalação
elétrica.

Outro exemplo utilizando a mesma instalação e com um condutor de 2,5 mm 2, sua


resistência será:
 x L 0,018 x 70 1,26
Rc = ------------ = ----------------- = ---------- = 0,5 
S 2,5 2,5

EDUBRAS Página 13
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Como a resistência é inferior a 0,5 , se circula a mesma corrente de 10 A, a perda será:

Perda = Rc x I 2 = 0,5 x 10 2 = 0,5 x 100 = 50 W

Este valor é 40 % inferior à perda de potência do condutor de 1,5 mm 2. Então fica


entendido que é conveniente aumentar a seção do condutor para reduzir a perda de energia.
Para diminuir essa perda de energia, a norma estabelece o seguinte:

“Em uma linha elétrica que fica entre o medidor e a instalação do local, a máxima
queda de tensão não pode ser superior ao 3% da voltagem de rede elétrica.”

Na instalação da iluminação a voltagem nominal é de 220 V e o 3% é igual a 6,6 V. Para


calcular a seção do condutor que garantisse esse limite máximo de perda de voltagem, se
pode utilizar a seguinte fórmula:

2 x  x L x I
S = ----------------------- = mm2
Vp
Na fórmula:

S = Seção do condutor (em mm 2).


2 = Constante aplicada em condu tor monofásico, que é o utilizado na iluminação do lar.
 = Resistividade específica do material condutor (  x mm2 /m).
O  do cobre é 0.018  x mm2 /m .
L = Comprimento total do condutor (ida e volta e em metros).
I = Corrente nominal do condutor (em ampères).
Vp = Voltagem de perda.

Exemplo Nº2

A seção de um condutor monofásico de 220 V de 40 metros de comprimento (ida e volta) e


que deve transportar uma corrente de 15 A, será:

2 x  x L x 2 x 0,018 x 40 x 15 214,8
S = ----------------------- = ------------------------------- = --------- = 3,25 mm 2
Vp 6,6 6,6

Si se utiliza um condutor de área inferior ao resultado obtido mediante a fórmula anterior


(3,25 mm 2) se estará perdendo mais de 6,6 V, ou seja, mais do que o permitido. Para evitar
isto, será necessário usar um condutor de seção superior. A que fica mais perto à necessária
e disponível no mercado é de 4 mm 2 e essa é a que deve ser utilizada.

EDUBRAS Página 14
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Alimentadores

São alimentadores os condutores que ligam o relógio -medidor e o painel de distribuição


onde se encontram os disjuntores ou fusíveis. Não são consider ados alimentadores quando
o seu comprimento é inferior aos 10 metros. Estes fios elétricos devem ser montados de
acordo com as normas locais aprovadas. A seção ou área do alimentador deve ser calculada
para que a queda de tensão não exceda o 3% da tensão d e alimentação. A seção mínima
permitida do condutor é de 2,5 mm 2.

As proteções para estes alimentadores deverão evitar as falhas por curto -circuito e sobre-
carga estando limitada a proteção máxima pela capacidade de transporte da corrente dos
condutores. Este cálculo da carga do alimentador deve ser feita de acordo às normas
elétricas locais. Corresponde à soma das potências parciais do consumo geral do local. Para
circuitos de iluminação ao valor da potência calculada devem ser adicionados os fatores da
demanda.

TABELA 7.5

FATOR DE DEMANDA PARA CÁLCULO DO ALIMENTADOR


DE ILUMINAÇÃO

FÁBRICA

VÁRIOS

Para alimentadores que servem aos consumos de iluminação, à carga total do circuito se
aplicará o fator de demanda indicado na tabela.

Exemplo: calcular a seção de um ali mentador monofásico para iluminação com carga de
20 kW com distância entre o medidor e a instalação inferior aos 200 metros.

EDUBRAS Página 15
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

220 V 20 kW
Distancia: 200 m.
Medidor Casa

Processo para o cálculo

1.-Aplicar o fator de demanda correspondente ao alimentador de iluminação para una casa.

Primeiros ...................... 3 kW ..........................X 1................................. 3,00 kW


Restante ...................... 17 kW ...........................X 0,35 .......................... .5,95 kW

Potência instalada: 20 kW Potência útil: 8,95 kW

2.-Determinar o valor da intensidade da corrente que demandará a instalação de acordo ao


valor de sua potência útil:

Potência útil 8.950


I = -------------------- = ---------- = 40 A
V 220

3.-Conhecida a intensidade da corrente que demande a instalação, se procede a determinar a


seção do alimentador:

2 x  x L x I 2 x 0,018 x 200 x 40 288


S = ------------------------ = ------------------------------ = -------- = 43 mm2
Vp 6,6 6,6

CAPACIDADE DE TRANSPORTE DO CONDUTOR ELÉTRICO

Ao circular a corrente elétrica no condutor gera o aquecimento do mesmo. Este aumento de


temperatura origina diminui sua resistência elétrica e a perda da condição isolante do
protetor. Do mesmo modo as propriedades são afetadas e ao atingir uma certa temperatura
perde completamente, todas suas propriedades mecânicas (resistência à tração, estiramento,
etc.), se envelhece de forma pre matura, etc. A norma elétrica estabelece certos limites
máximos de corrente segundo a área do condutor para evitar que o aumento de temperatura
no ultrapasse o recomendável.

EDUBRAS Página 16
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

As duas tabelas seguintes mostram estes limites para condutores de seção milimétr ica e
AWG com uma temperatura ambiente de 30º C e um máximo de três condutores por
conduite.

Intensidade de corrente para condutores isolados (seção milimétrica).


Temperatura de serviço: 70ºC. Temperatura ambiente: 30ºC.

Seção nominal (mm 2) Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3

Grupo 1: Condutor monopolar no interior de conduites (exemplo NYA)

Grupo 2: Condutor multipolar com isolamento comum em conduite metálico;


condutores com proteção de chumbo; fios planos; fios móveis ou
portáteis; etc.

Grupo 3: Condutor monopolar tendido no ar, com o espaço entre condutores


igual ao diâmetro dos mesmos.

EDUBRAS Página 17
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Intensidade de corrente para condutores isolados (seções AWG).


Temperatura de serviço: 60 y 75ºC. Temperatura ambiente: 30ºC.

Seção nominal Grupo A Grupo B


2
AWG mm 60ºC 75ºC 60ºC 75ºC

Grupo A: Até três condutores no conduite ou enterrados.

Grupo B: Condutor simples ao ar livre.

PROTEÇÕES ELÉTRICAS CONTRA SOBRE-CARGA E CURTO-CIRCUITO

Que uma instalação elétrica cumpra e mantenha os requisitos necessários para ser segura ao
longo do tempo é fruto de uma adequada manutenção, do uso racional e da qualidade dos
materiais que se usam na montagem. Se algum de estes aspectos não é considerado, a
probabilidade de ocorrência de uma falha é muito alta. Lamentavelmente esta situação é
bastante freqüente e muitas instalações elétricas de iluminação estão submetidas
constantemente a sobre-carga, falta de manutenção, alteração do circuito original, etc. Por
isso é de grande importância o conhecimento que os montadores ou instaladores elétricos

EDUBRAS Página 18
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

tenham sobre o correto dimensionamento e utilização das proteções elétricas, para a


segurança dos bens e dos usuários aos que servirá uma determinada instalação.

Características operativas de uma instalação elétrica

Em geral, as instalações elétricas apresentam, em d iferentes momentos, dois estados


operativos característicos:

1.-Estado de operação normal

É o estado de funcionamento de una instalação no qual todos os parâmetros do circuito


(voltagem, consumo, corrente, freqüência, temperatura dos condutores, etc.) s e encontram
dentro dos limites previstos, ou seja que todo está como deve ser; a voltagem é a correto, os
aparelhos elétricos conectados ao circuito consomem uma quantidade de energia que o
circuito pode fornecer sem se sobre -carregar-se, etc.

2.-Estado operativo abnormal

Quando um ou mais parâmetros da instalação elétrica excedem as condições previstas, se


diz que o circuito não está operando de forma normal e podem ocorrer situações como o
sobre-consumo, o aumento de temperatura nos condutores, variaçõ es da voltagem, curto –
circuitos, etc... Segundo a gravidade que apresentam as abnormalidades elas podem ser
classificadas em:

a) Perturbações: correspondem a abnormalidades de curta ou breve duração que não


constitui risco para a operação de uma instala ção elétrica. Ante uma anormalidade
temporal, a instalação é capaz de suportar a perturbação e logo continuar operando em
forma normal. Por exemplo são perturbações de este tipo as variações momentâneas da
voltagem ou freqüências ou as sobrecargas de corre nte de curta duração, que podem ter um
efeito passageiro na instalação os aparelhos conectados em ela, logo de passada a
perturbação, volta á normalidade.

b) Falha: esta anomalia põe em perigo a integridade da instalação elétrica, dos bens
materiais e a vida das pessoas. Devido à gravidade extrema da situação abnormal, o sistema
elétrico não pode continuar operando. Os tipos de falhas mais comuns são:
- Sobrecarga permanente.
- Curto-circuito.
- De isolamento.
- Corte dos condutores.
- Etc.

- Sobrecarga
Produzida quando a magnitude da voltagem ou corrente supera ao valor previsto como
normal para a instalação (valor nominal). A sobrecarga de corrente que são a mais comum
deve sua origem ao excesso de consumo no circuito. Isto acontece porque existe uma

EDUBRAS Página 19
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

maior quantidade de aparelhos conectados à instalação dos que ela pode tolerar sem
problemas, por exemplo, que em um circuito previsto para dos lâmpadas e uma tomada se
ligue uma lavadora. Situações de este tipo produzem uma exigência ao circuito e que s e
manifesta como aquecimento excessivo dos condutores elétricos. Isto pode conduzir á
destruição dos isolantes provocando incluso sua inflamação e com o conseguinte risco para
as pessoas e a propriedade.

- Curto-circuito
É a falha de maior gravidade de um a instalação elétrica. No curto -circuito, o nível de
corrente atinge valores tão altos que o condutor elétrico se funde no ponto de falha. O
calor, as chispas e inclusive as chamas geradas podem produzir a destruição de linhas,
ductos e equipamento e gran de risco de incêndio do imóvel. O curto -circuito se origina por
a união fortuita de duas linhas elétricas que perderam o seu isolamento, entre as quais existe
uma diferença de potencial. Por exemplo, quando se tocam acidentalmente a fase e o
neutro, que apresentam una diferença de potencial de 220 V.

- Falha do isolamento
Este tipo de falha não tem sempre como origem um curto -circuito. Em alguns casos, uma
falha no isolamento de algum equipamento elétrico, painel de distribuição, um eletro -
doméstico, etc., pode provocar que a carcaça metálica do aparelho fique energizada ou
ligado eletricamente. Além disso, a carcaça adquire um valor de voltagem que resulta ser de
extrema perigosidade para as pessoas. Quase sempre a origem das falhas do isolamento está
no seu estado de envelhecimento, dos fios elétricos, uniões mal isoladas ou feitas, consertos
má feitos, etc. Como já foi visto, a montagem elétrica é desenhada para que, sob situações
de má funcionamento, seja capaz de suportar este fato anormal transitório e voltar a sua
operação correta, sem arriscar a integridade das pessoas, os bens ou a própria instalação.
Contudo, como é possível que aconteçam abnormalidades mais extremas é necessário
incorporar medidas para proteger as pessoas e os bens.

Proteções contra a sobre-carga e curto-circuito

Qualquer instalação elétrica deve ter proteção como objetivo de minimizar os efeitos
produzidos por um curto -circuito ou sobre-carga. Para que isto seja possível, as proteções
devem ser adequadamente dimensionadas segundo as características do circuito. As
proteções mais comuns que existem são o:
- Fusível.
- Disjuntor.

a) Fusível: fora a primeira proteção desenvolvida para minimizar o efeito do curto -


circuitos e sobre-cargas nas instalações. Continua sendo utilizado co m muita freqüência,
por exemplo, em instrumentos elétricos, equipamento eletrônico, painéis de controle, etc.O
fusível é feito com um fio elétrico com baixo ponto de fusão e fica localizado entre dois
corpos condutores e no interior de um invólucro de plás tico ou de vidro que lhe dá a forma
característica ao fusível.

EDUBRAS Página 20
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Este fio condutor permite a passagem da corrente pelo circuito, sempre que o valor da
mesma se mantenha entre limites aceitáveis. Se esse limite fosse excedido, o fio se funde,
abrindo o circuito, isolando a falha e protegendo assim, a instalação dos efeitos negativos
do excesso.

Fio fusível Base metálica

Corpo ou carcaça

Classificação do fusível

O fusível utilizado na instalação de iluminação de baixa tensão se classifica segundo sua


característica de funcionamento. Para isso, ele é identificado mediante duas letras, sendo
que a primeira define a classe de função e a segunda, o objeto ou equipamento que ele
proteger segundo o seu desenho.

Fusível gL: de uso geral e usado para proteger fios e condutores.

Fusível aM: se usa para proteger aparelhos tais como motores elétricos.

Fusível gR: de uso geral para proteger semi -condutores.

O tipo de fusível mais utilizado é o gL e serve para desligar o circuito, tanto com sobre -
cargas como numa situação de curt o-circuito.
No fusível da classe aM, a corrente de corte é igual a quatro vezes sua intensidade
nominal.. Por isto se utiliza só para proteger contra curto -circuitos e não sobre-cargas. Por
exemplo, se a capacidade nominal do fusível aM é de 10 A, o fio in terno se funde com 40
A.

EDUBRAS Página 21
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Curva característica dos fusíveis

A operação de um fusível é a intensidade da corrente com que ele atua para proteger ao
circuito e pode ser verificada na curva de característica para cada tipo de fusível. Essa curva
é um gráfico que indica o tempo que demora o fio em se fundir, segundo o nível da
corrente. Na figura se mostra a curva característica de um fusível gL e nela podem ser
distinguidas três zonas que limitam o tipo de circuito que o fusível protege.

TEMPO

Intensidade
da corrente

Zona 1: é a zona sob condições normais de operação e o fusível não atua porque a
intensidade da corrente é menor à corrente nominal (In) do fusível.

Zona 2: zona sob condições abnormais de operação quase que em situação de sobre-carga.
O fusível atua em um período de tempo superior aos 10 segundos, dando a possibilidade de
que a condição de sobre-carga desapareça antes desse tempo e o sistema continue
operativo. Este é útil quando um circuito tem aparelhos qu e momentaneamente geram uma
sobre-carga (transiente). Por exemplo, a partida de motores pequenos como o da geladeira.

Zona 3: zona em condições abnormais de operação e em situação de curto -circuito. A


proteção do fusível atua em menos de 10 segundos poden do atingir milésimas de segundo
até, segundo a característica da falha. Se o aumento de intensidade é muito violento, o
fusível se funde instantaneamente, quase.

Seleção de uma proteção fusível

Para desenhar uma proteção com fusível que resulte eficiente e adequada para um
determinado circuito elétrico tem que ser considerada que a proteção não deve atuar sob
condições normais de funcionamento e deve operar sob condições abnormais. Para isso é
necessário ter presente algumas informações sobre o fusível qu e será utilizado.

EDUBRAS Página 22
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

- Intensidade mínima (I min): corrente mínima de operação que origina a fusão do fio
fusível. Este valor fica entre 1,6 a 2 vezes a corrente nominal do fusível.

-Tempo de operação (t.op): tempo em que o fio fusível demora em se fundir.

-Intensidade nominal (In): corrente nominal do fusível.


Como critério de dimensionamento devemos eleger a proteção com fusível que possa
satisfazer aos requerimentos antes descritos. Por exemplo, tendo um circuito de iluminação
de 10 A será selecionado um fusível com In = 10 A, de maneira que para valores inferiores
de corrente com I min., perto dos 16 A, a proteção não atuará, porém sim será feito com
valores superiores. A seguinte tabela fornece a classificação dos fusíveis segundo o seu
funcionamento.

Funcionamento
Nomenclatura Corrente Corrente Nome Serviço
Permanente de interrupção Proteção

g IN  1 IMIN gL Fíos e condutores


gR Semicondutores
gB Equipos de minas
a IN  4 IN aM Aparelhos de manobra
aR Semicondutores

Os fusíveis podem ser classificados por sua operação em:


- Alta seguridade de proteção.
- Perdas reduzidas (aquecimento ).
- Baixo custo de manutenção e reposição.
- Grande capacidade de ruptura (corrente máxima que protege contra curto -circuito).

A principal desvantagem de este tipo de proteção é que pode ser modificado facilmente ou
seja que pode ser trocado um fusível d e 10 A por um de 20 A. Uma outra desvantagem,
lamentavelmente muito freqüente é que podem ser consertados. Isto não deve ser feito pois
podem deixar de funcionar conforme as especificações para o qual foram desenhados.

DISJUNTORES

O disjuntor termomagnético conhecido como interruptor automático é um dispositivo de


proteção que se caracteriza fundamentalmente por:
- Desligar ou ligar um circuito elétrico sob condições normais de operação.
- Desligar um circuito elétrico sob condições de falha, seja fre nte a uma sobre-carga
ou a um curto-circuito.

EDUBRAS Página 23
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

- Depois de abrir um circuito perante uma falha, pode ser usado de novo sendo a
grande diferença com o fusível, que serve uma vez só.

O disjuntor termomagnético desliga ao circuito frente a uma falha se deve a dois tipos de
elementos:

a) Elemento térmico: este dispositivo de proteção é dispositivo bimetálico, que se dilata


com o calor gerado pelo o excesso de corrente. Ele dispara o mecanismo que desliga ao
circuito que está protegendo.

BIMETÁLICO FRIO BIMETÁLICO QUENTE

Esquema do elemento bimetálico

Todos os materiais, quando aumenta a temperatura, se dilatam e aumentam o seu


comprimento. Por exemplo, as linhas elétricas no verão descrevem uma curva maior do que
no inverno.

VERÃO INVERNO

Curva das linhas elétricas no verão e no inverno

EDUBRAS Página 24
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O bimetálico é uma peça formada por dois metais diferentes e quando estão juntos e
recebendo calor, um dos metais dilata -se menos do que o outro. A conseqüência é que o
conjunto fica torto ou curvado. A curva do bimetá lico é regulada para que seja proporcional
à corrente que circula no circuito. Quando a corrente supera certo valor, a curva atinge um
ponto extremo e atua um mecanismo que desliga ao interruptor, eliminando a sobre -carga.
A proteção térmica atua especific amente com sobre-cargas, pois o aquecimento do
bimetálico é equivalente ao aquecimento dos condutores do circuito. Então, a proteção não
é instantânea, pois demora um tempo em atuar e se define como “ de tempo retardado”.
Isto pode-se apreciar no gráfico que mostra a relação entre o tempo e a intensidade da
corrente para proteção térmica, onde se definem duas zonas:

Curva da proteção térmica

Zona 1: situação de operação normal do circuito. A instalação absorve a corrente s em que a


proteção atue até atingir o valor In (intensidade da corrente nominal da proteção).

Zona 2: situação de operação abnormal do circuito. Se a corrente é maior do que In, a


proteção desliga o circuito. Quanto maior for a corrente de sobre -carga, a proteção atuará
em menos tempo.

b) Elemento magnético

Esta proteção está formada por uma bobina ou condutor enrolado ao redor de um núcleo de
ferro e quando percorrido por uma corrente elétrica gera uma ação magnética. Esta bobina é
ligada em série com o circuito por ela protegido. Quando a corrente atinge um valor muito
grande, aproximadamente 10 vezes a corrente nominal do protetor, o campo magnético
gerado atuará um contato móvel que ativa o mecanismo de desconexão do interruptor. Isto

EDUBRAS Página 25
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

ocorre em um pequeno tempo, praticamente é instantâneo, como se vê no gráfico que


mostra a curva de operação do elemento magnético.

Esquema do elemento magnético

Por sua grande rapidez do disparo (desconexão), a proteção magnética se utiliza para isolar
as falhas produzidas por curto -circuito. Na figura seguinte se aprecia um disjuntor termo -
magnético real com seus diferentes elementos:

Dispositivo térmico: elemento que atua com a sobre -carga.


Dispositivo magnético: bobina que atua com o c urto-circuito.
Câmara de extinção de arco: é um dispositivo incluído no disjuntor para eliminar o arco
voltaico produzido quando há um curto -circuito. Este arco elétrico é um fenômeno que não
deixa desligar a passagem da corrente, a pesar do afastamento fí sico dos contatos do
disjuntor porque a corrente passa a traves do ar ionizado dos contatos. É como um raio em
miniatura. Por isto, para que este interruptor realmente desligue o circuito, o disjuntor tem
uma câmara de extinção do arco voltaico.

EDUBRAS Página 26
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Proteção termomagnética

Em esta curva o dispositivo térmico atua quando é superada sua intensidade nominal (In) e
o dispositivo magnético atua quando se atinge a intensidade Imag, entre 3,5 a 5 vezes a
intensidade nominal. Isto é In = 10 A, então Imag = 35 a 50 A. Como critério para uma
correta dimensão do disjuntor que será montado em um circuito, se devem seguir as
seguintes recomendações:

TEMPO

INTENSIDADE
DA
CORRENTE

1.- O protetor termomagnético protege um circuito elétrico contra sobre -cargas e curto-
circuitos sempre que esteja bem dimensionado.
2.- O valor da proteção termo-magnética deve ser selecionado ao partir da capacidade do
circuito que protege. Por exemplo, se o circuito é desenhado para consumir 13 A, então
deve ser selecionada um a proteção de 15 A e não, uma de 10 A. A capacidade térmica dos
condutores do circuito, é dizer, a temperatura que suportam os condutores para não ter
riscos elétricos, depende da seção do condutor. Por exemplo é usada de forma geral um
dispositivo de somente 10 A, sendo que para um condutor de 2,5 mm 2 se utiliza uma
proteção de 15 A. No mercado nacional se encontram valores de proteção termomagnéticas
de 6, 10, 15, 16, 20, 25, 30, 32, e 40 A.

PROTEÇÃO ELÉTRICA CONTRA CONTATO INDIRETO

As falhas podem ser classificada em:


-Sobre-cargas.
-Curto-circuitos.
-Falhas de isolamento.

As proteções elétricas contra contatos indiretos têm por objetivo detectar as falhas no
isolamento e minimizar seus efeitos. A segurança das pessoas que fazem uso de uma
instalação elétrica depende da efetividade de este tipo de proteção.

EDUBRAS Página 27
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

a) Contato direto: é o fato fortuito no qual uma pessoa entra em contato com a energia
elétrica ao manipular uma peça ou elemento do circuito elétrico que se encontra energizada.
Por exemplo, si está consertando uma tomada e toca um de seus fios elétricos sem ter tida a
precaução de desligar a energia, estará estabelecendo um contato direto com o circuito.
Para que os acidentes elétricos por contato direto não ocorram, os distintos elementos do
circuito têm características que os evitam (isolamento do condutor, estrutura fabricada com
material isolante, etc.) impedindo que a pessoa entre em contato com a energia elétrica ao
utilizar o circuito. Contudo é de responsabilidade dos usuários velar para que os contatos
diretos não ocorram, tomando diversas precauções, entre as quais destacam:

- Verificar o bom estado de fios e tomadas dos aparelhos elétricos.


- Trocar a tomada ou interruptor em mau estado.
- Impedir que os meninos introduzam seus dedos ou objetos metálicos (pregos,
agulhas, etc.) nas tomadas, utilizando modelos especiais ou cobrindo seus orifícios.
- Não manipular nenhum aparelho elétrico com as mãos ou outra parte do corpo
úmida ou molhada.
- Verificar o bom estado dos conduite s, derivações e aparelhos elétricos.

Contato direto

b) Contato indireto: existe um outro tipo de acidente elétrico, produzido pela perda do
isolamento dos equipamento elétrico. Por exemplo, uma geladeira pode ficar com o móvel
ou estrutura energizada pela perda do isolamento de algum condutor ou conector, que faz
contacto com a carcaça. Como a estrutura metálica dos aparelhos elétricos não formam
parte do circuito, sob nenhuma circunstância devem apresentar uma voltagem que
arrisquem a vida das pessoas. A finalidade da carcaça metálica dos aparelhos elétricos é dar
forma ao aparelho e proteger ao usuário da possibilidade de estabelecer contato direto com
as partes energizadas do mesmo. Por isto, é de grande importância prevenir as falhas do
isolamento.

EDUBRAS Página 28
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Contato indireto

Efeito da eletricidade sobre o corpo humano

Se uma corrente elétrica atravessa ao corpo humano se pode produzir a morte. Quase
sempre, a causa está no coração que submetido a uma atividade inten sa e irregular deixa de
funcionar. Tem sido comprovado que uma corrente de somente 20 mA, mantida durante um
certo tempo, pode produzir a morte se a descarga elétrica compromete diretamente ao
coração. Isto pode acontecer se a corrente entra ao corpo por u ma mão e sai por um dos
pés. Neste caso, o parada do coração começa aproximadamente aos 0,2 segundos do inicio
da descarga.

Fatores que determinam a resistência elétrica do corpo humano

O nível de perigosidade da descarga depende da facilidade com que a corrente passa pelo
corpo ou seja, a oposição que encontra a sua passagem. Se a oposição é mínima, as
conseqüências serão piores. A única oposição que apresenta o corpo humano a uma
descarga elétrica é sua própria resistência elétrica. Ela corresponde à soma da resistência da
pele mais a resistência interna. Esta resistência depende da:

a) Constituição física do individuo : os mais expostos são as crianças, as pessoas doentes e


idosas e as mulheres grávidas.

b) Natureza do ponto de contato da descarga: o maior risco é a descarga elétrica entre


uma mão e a outra e entre uma mão e o pé do que uma descarga entre ambos pés. Do
mesmo modo, se a pele estiver seca, o risco é menor do que quando ela está úmida.

c)Tensão da descarga: tem sido verificado que se a voltagem da descarga for alta, a
resistência do corpo humano cai ou diminui. Isto é determinado na norma que indica qual é
a resistência do corpo humano que protege contra contatos indiretos:

EDUBRAS Página 29
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

-Resistência do corpo humano sob baixa tensão : 3.000 .


-Resistência do corpo humano com alta tensão : 1.000 .

Efeito da corrente elétrica no corpo humano

Além dos fatores relacionados com a resistência do corpo, os efeitos de uma descarga
elétrica dependem do tempo e da intensidade da corrente que atravessa ao co rpo.
A seguinte tabela apresenta os efeitos da corrente elétrica no corpo humano, conforme esta
aumenta sua intensidade:

Intensidade da corrente Efeitos no corpo humano


Até 1 mA Imperceptível para o ser humano.
Entre 2 e 3 mA Sensação de formigamento.
Entre 3 e 10 mA A pessoa consegue, geralmente, se desprender do contato
(liberação). Contudo, a corrente não é mortal.
De 10 a 50 mA A corrente não é mortal se é recebida durante um
pequeno lapso de tempo, em bora se aumente sua
intensidade. Ao contrário, os músculos dos pulmões são
afetados por câimbras que podem provocar a morte por
asfixia.
De 50 a 500 mA Corrente decididamente perigosa, conforme aumenta a
duração do contato. Da lugar à fibrilaç ão cardíaca
(funcionamento irregular do coração). Possivelmente
ocasione a morte da pessoa.
Mais de 500 mA Diminui a possibilidade de fibrilação cardíaca, porém
aumenta o risco de morte por paralisia dos centros
nervosos ou a causa de fen ômenos secundários como
queimaduras ou golpes produto da queda devido à
violência da descarga.

Na tabela se pode ver que os efeitos da eletricidade aumentam sua gravidade conforme
aumenta a intensidade da corrente que atravessa ao corpo da pessoa. Por is so não somente a
intensidade da corrente têm que ser tomada em consideração para verificar a gravidade do
choque elétrico. O tempo de contato da descarga elétrica é também um fator muito
importante. O seguinte gráfico mostra o tempo máximo que pode durar u ma descarga
elétrica dependendo da intensidade que tem, para não ter conseqüências fatais.

1.-Zona não perigosa para a integridade física das pessoas.

2.-Zona perigosa. Seguindo a variação da curva desde cima para abaixo, se passa do
perigo de tetanização ao de asfixia e logo depois, à fibrilação cardíaca. No gráfico se
observa que quanto maior for a corrente que atravessa ao individuo, menor é o tempo
durante o qual o corpo humano pode suportar a descarga. Do anterior, se pode concluir que

EDUBRAS Página 30
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

para minimizar os efeitos de uma descarga elétrica no caso de um acidente por contacto
indireto, devem ser tomar as seguintes precauções:
- Diminuir ao máximo as tensões por contacto indireto.
- Se há uma falha no isolamento, as proteções devem atuar no mínimo tempo.
- Evitar a operação de aparelhos elétricos em locais úmidos, sem tomar as medidas de
segurança pertinentes.

Sistemas de proteção contra contatos indiretos

Para evitar acidentes elétricos por descarga ou contatos indiretos existe uma série de
medidas de proteção, entre as quais se pode mencionar:
- Uso de transformadores de isolamento.
- Uso de tensões muito baixas, por exemplo, de 12 ou 24 volts (campainhas, iluminação
de piscinas, etc.).
- Uso de duplo isolamento, como em secad ores de cabelo. Além das medidas de
proteção, existem outras duas que são de amplia utilização no nosso país:

a)Ligação a terra (T.P.).


b)Uso de interruptores diferenciais.

Estas duas medidas têm provado sua eficiência na minimização dos efeitos que pode
produzir uma descarga elétrica por contatos indiretos, sempre que tenham sido feitas
corretamente.

EDUBRAS Página 31
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Ligação à terra (T.P.)

O objetivo de uma ligação à terra é:

a) Ligar à terra (ao chão) a corrente gerada por uma falha do isolamento que tenha
energizado a carcaça do equipamento elétrico.
b) Evitar que na carcaça metálica do equipamento elétrico apareça alguma tensão perigosa
para a vida humana.
c) Permitir que a proteção do circuito (disjuntor termomagnético) isole a falha num tempo
inferior aos 5 segundos.

Tensão de segurança (Vs)

Como tem sido dito, uma ligação à terra deve controlar o nível da tensão ou voltagem que
aparece na carcaça do aparelho elétrico perante uma falha no isolamento. A tensão máxima
aceitável é de:

- 65 V, em ambiente seco ou d e baixo risco elétrico (habitação interior e seca).


- 24 V, em ambiente úmido ou de grande risco elétrico (à intempérie, local úmido de forma
permanente, banheiro, etc.).

Exigência de uma ligação a terra (Rtp)

Para que uma ligação à terra atinja os obje tivos indicados anteriormente, ou seja capaz de
reduzir a tensão da carcaça a 65 ou 24 V segundo o caso, deve ter um ótimo contato elétrico
com o chão. Trata-se de lograr que a tensão que adquire a carcaça com relação ao chão, não
atinja valores perigosos para o corpo humano. Então se deve realizar uma conexão com a
terra que facilite a diminuição da voltagem, permitindo a circulação de corrente até o chão.

Para poder obter isto, a ligação com a terra deve ter uma resistência muito pequena à
passagem da corrente. Esta situação é avaliada a través da resistência da proteção com a
terra (Rtp) e seu valor maior se obtém mediante a seguinte formula:
Vs
Rtp = ------------- = ohm
2,5 x In

Onde:

Rtp = Valor máximo da resistência na ligação a terra, em ohm.


Vs = Tensão ou voltagem de segurança, em volt.(65 V em local seco e 24 V em
ambiente úmido).
In = Corrente nominal da proteção do circuito (disjuntor ou fusível) em ampère.

EDUBRAS Página 32
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Por exemplo, para calcular o valor Rtp de uma instalação elétrica executada num lugar
seco, onde seu circuito está protegido por um disjuntor d e 10 A, aplicamos a formula:

Vs 65 65
Rtp = ------------- = -------------- = ------ = 2,6 
2, 5 x In 2,5 x 10 25

Veja que a resistência da ligação à terra não deve ser superior aos 2,6 ohms, sendo este um
valor bastante baixo. Se for aplicado o mesmo exemplo numa instalação realizada em um
ambiente úmido:
Vs 24 24
Rtp = ------------- = -------------- = ------- = 0,96 
2,5 x In 2,5 x 10 25

Neste casso a resistência deve ser muito menor, só 0,96 ohm, porque a voltagem máxima
que deve ter a carcaça é de somente, de 24 V. Então se deve desviar muito mais corrente
por a ligação com a terra, porque em ambientes úmidos os efeitos da eletricidade são mais
prejudiciais ou negativos que nos ambientes secos.

Execução de uma ligação à terra

Para atingir valores de Rtp tão baixos como os dos exemplos anteriores, devemos
considerar uma série de fatores:
- Que o terreno seja bom condutor (argila e com umidade permanent e).
- Que a forma em que se efetue a ligação a terra seja o mais adequada.
- Utilizar aditivos para diminuir a resistência da ligação à terra.
O primeiro destes valores não é controlável, pois o terreno será o do lugar onde é feita a
instalação e pode ser muito condutor ou praticamente isolante (como as zonas de rocas).
O segundo fator corresponde ao tipo de ligação à terra que seja feita. Entre os sistemas mais
comuns está o uso de:
- Barras ou eletrodos verticais (lança).

EDUBRAS Página 33
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

- Fios elétricos ou condutores enterrados na horizontal.

- Malha ou grades enterradas.

EDUBRAS Página 34
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O terceiro dos fatores adiciona alguns produtos ao lugar onde será feita a montagem, para
que o terreno adjacente à ligação com a terra seja mais condutor, baixando o valor de Rtp.
O montador deverá sempre avaliar estes três fatores, para decidir de acordo às
características do terreno, que tipo de ligação à terra vai a utilizar e se é ou não necessário
adicionar aditivos ao terreno.

Na execução de uma ligação à terra, com malhas e condutores horizontais enterrados


usualmente se utilizam condutores de cobre onde sua seção não deve ser inferior aos 16
mm2. No caso dos eletrodos, estes são de uma alheação de aço com capa de cobre
(copperweld) e com diâmetro de 5/8” e comprimen to de 1,5; 2,0 e 3,0 metros.

Uma vez executada a ligação à terra e tendo verificado que cumpra com o valor de Rtp
correspondente, todas as carcaças dos aparelhos elétricos deveram ser ligadas à terra. Para
que isto seja possível, toda a instalação elét rica deve contar com um condutor especial
chamado “terra de proteção” ou terceiro condutor. Ë de similares características que os
condutores fase e neutro e deve estar presente em todas as tomadas de corrente da
instalação elétrica, atingindo todos os circ uitos e ligado à terra. Para ser identificado se
utilizam as cores verde e amarelo no seu isolamento.

INTERRUPTOR DIFERENCIAL

Muitas vezes resulta difícil atingir valores de Rtp como os indicados anteriormente, por
mais que sejam tomadas todas as precauções mencionadas. Contudo, é possível utilizar um
dispositivo que satisfaz a ligação com a terra, assim como diminui os riscos para as
pessoas. Trata-se do interruptor diferencial. É um dispositivo de proteção de muita
sensibilidade, que detecta a corrente de fuga originada por uma falha no isolamento nos
aparelhos elétricos ou no circuito que está sob sua proteção. A corrente de fuga é aquela
corrente que se escapa dos condutores até a terra. Como exemplo, quando as carcaças dos
aparelhos ficam energizados.

O interruptor diferencial está formado por uma parte central cilíndrica que forma um anel
(núcleo ferromagnético). Ao redor do núcleo se encontram três bobinas. Por uma delas
circula a corrente de entrada e pela segunda, circul a a corrente de saída. A terceira bobina
(diferencial) tem uma grande quantidade de espiras (grande enrolamento) e é a que detecta
a diferença entre a corrente de entrada e a da saída. Quando esta diferença excede certos
valores limites é atuado o mecanism o que desliga o circuito protegido.

EDUBRAS Página 35
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Esquema de um interruptor diferencial

Funcionamento

Para cumprir sua função, o interruptor diferencial deve ser desligado em série com o
circuito que se deseja proteger. A traves dele, pass a a face e o neutro da instalação elétrica.

EDUBRAS Página 36
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Conexão

O protetor diferencial mede ou aporta dados em tudo momento, da corrente que entra pela
fase (IF) e a corrente que entra pelo neutro (IN), avaliando seus valores para conhecer a
corrente diferencial (ID), de acordo com a seguinte formula:

IF - IN = ID

De esta maneira, podem ocorrer duas situações:


1- Que a corrente de entrada seja igual à corrente de saída (IF = IN).
É dizer, a corrente de fuga é zero (ID = 0). Por isso, não há escape de corrente à terra ou
seja, não há falha no isolamento e então o interruptor diferencial não atua.

IF - IN = ID = 0

2- Que a corrente de entrada seja diferente à corrente de saída (IF = IN).


É dizer, a corrente de fuga é mai or do que zero (ID>0).Isto significa que :

IF - IN = ID  0
Por isto:
- Não todas as corrente que entram no consumo estão retornando pelo neutro.
- Então se apresenta uma falha do isolamento.
- Por ele a estrutura do aparelho fica energizada.
- Haverá pelo tanto, uma corrente de fuga à terra.
- O protetor medirá esta corrente ID.
Se ID é maior que a sensibilidade do protetor (seu valor usual é de 0,03 A, é dizer, 30 mA)
ele atuará desligando o circuito, evitando a permanência de uma tensão de contat o indireto
na carcaça do aparelho.

Aplicações do protetor diferencial

Como foi lembrado com anterioridade, atingir valores de Rtp suficientemente baixos é
difícil. Por isso, a ligação à terra por si só não basta para proteger às pessoas contra a
aparição de tensões por contato indireto. Isto ocorre, sobretudo, quando se utilizam
eletrodos em barra Copperweld (javalina) de 1,5 metros e 5/8” de diâmetro e que fornecem
valores para Rtp que variam entre 40 e 100 ohms. Como estes valores estão muito por
encima dos valores máximos de Rtp para atingir a voltagem de segurança (Vs), uma
solução é combinar a ligação à terra com um interruptor diferencial. Esta combinação é
uma excelente medida de segurança contra contatos indiretos. Quando se utiliza um
interruptor diferencial combinado com uma ligação à terra, o valor de Rtp pode ser
calculado com a seguinte formula:

Vs
Rtp = -----
ID

EDUBRAS Página 37
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Onde:

Rtp = Valor Maximo da resistência da ligação à terra, em ohm.


Vs. = Tensão ou voltagem de segurança, em volt (65 v em ambiente seco e 24 em
ambiente úmido).
ID = Corrente de sensibilidade do interruptor diferencial, em ampère.

Por exemplo, para calcular a Rtp máxima de uma ligação com a terra deve atuar junto a um
interruptor diferencial de 30 mA, em um lugar de alto risco elétrico (úmido), utilizamos a
fórmula:

Vs 24
RTP = ---------- = ------------ = 800 
ID 0,03

EDUBRAS Página 38
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

PRÁTICA
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS

EDUBRAS Página 39
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

MATERIAIS ELÉTRICOS E TERMINOLOGIA

A tecnologia avança a grandes passos e é por isso que conforme passa o tempo s e
desenvolvem materiais segundo as necessidades que vão sendo geradas. A seguir, faremos
uma breve discrição sobre os principais materiais e componentes elétricos.

1.- Lâmpadas

Desde que no ano 1889 Edison e Swan realizaram as primeiras lâmpadas produtor as de luz
a partir da corrente elétrica até os nossos dias, a tecnologia há avançado consideravelmente,
conservando sempre a base original ou seja que a produção de luz é feita, na maioria dos
casos, mediante lâmpadas elétricas.

a) Lâmpadas incandescente s: Edison e Swan fizeram as primeiras lâmpadas


incandescentes com um filamento de carbono introduzido dentro de uma ampola onde tinha
sido feito o vácuo. O progresso tecnológico na eficácia das lâmpadas incandescentes
consiste simplesmente, na utilização d e materiais mais aptos para a construção dos
filamentos, os quais suportam temperaturas cada vez mais elevadas sem sofrerem nenhuma
falha. O principio de funcionamento da lâmpada incandescente é basicamente o seguinte: se
faz passar corrente por um fio elé trico, geralmente de tungstênio denominado filamento e
montado no interior de uma ampola de vidro na qual se há efetuado o vácuo. O aspecto
construtivo se mostra na figura seguinte onde é fácil apreciar que desde o borne superior
um condutor atinge o filam ento e se comunica com a porca metálica mediante outro
condutor. Em definitiva a corrente elétrica passa pelos condutores e atravessa o filamento,
emitindo luz.

Soquete

Ampola

Lâmpada

EDUBRAS Página 40
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

b) Lâmpadas de descarga fluorescente: As lâmpadas de descarga trabal ham sob


princípios semelhantes às de néon. A figura seguinte ilustra a denominada como “tubo
fluorescente” e tem eletrodos em seus extremos os que ao receberem energia elétrica
produz a reação do gás contido no tubo, gerando luz.

EDUBRAS Página 41
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

c) Lâmpadas incandescentes alógenas: Devido ao fenômeno de evaporação produzido no


interior das lâmpadas incandescentes convencionais, elas podem ser feitas só para pequenas
potências e sua duração é limitada. As denominadas lâmpadas alógenas solucionam este
problema a través da aplicação, no interior da ampola, de um composto de iodo que produz
uma reação sobre o tungstênio evitando sua evaporação e conseguindo assim, uma maior
vida útil, aumentando a potência em tamanhos reduzidos e controle mais exato da
luminosidade .

Lâmpada

d) Lâmpada néon: É diferente à anterior pois não tem filamento e no seu interior dois fios
elétricos ficam enfrentados e como a ampola já contêm gás néon sob baixa pressão, este gás
é afetado pela energia elétrica que recebem os filamentos, produzindo uma luminosidade
tênue.

Cabo de alta tensão

Eletrodo

e) Lâmpadas de descarga: A lâmpada fluorescente utiliza o principio da descarga elétrica


nos gases, porém também existem outras diferentes àquela pela cor da luz, o fluxo
luminoso, seu rendimento e custo. As lâmpadas descritas a seguir são utilizadas nas
fábricas, nas ruas, estradas e outros usos específicos:
- De vapor de mercúrio.
- De luz misturada.
- De vapor de sódio a baixa pressão.
- De vapor de sódio a alta pressão.

EDUBRAS Página 42
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Ampola
exterior

Eletrodos
principais

Eletrodo de
encendido
resistor
Soquete
goliat de
rosca

2.- Fusíveis

É um dispositivo de proteção e sua função é interromper o circuito de uma instalação ou


parte de ela pela fusão de suas partes constitutivas, quando a corrente que circula por ele
excede um valor preestabelecido em um período de tempo dado.

EDUBRAS Página 43
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

3.-Tomada de corrente

As tomadas fêmeas estão formadas, em geral, por uma tampa e por um dispositivo que tem
os contatos elétricos, feitos de latão, os quais se alojam os extremos dos condutores uma
vez quitada seu isolamento . Estes dispositivos encontram -se dentro de caixas, de modo que
sua tampa fique no nível da parede ou pode ser fixada na parede sem fazer nela um lugar
para o seu alojamento. No caso de ser necessária uma conexão móvel pode ser utilizada
tomada fêmea ligadas por um fio elétrico duplo com uma tomada macho fixa. Existem na
versão embutido e sobreposto.

Três condutores Dois condutores


(Fase neutra e terra de proteção) (Fase e volta da fase)

4.-Botão

É um aparelho que permite abrir ou fechar um circuito em quanto se mantêm uma certa
pressão sobre ele. No mercado encontramos botões normalmente abertos (NA ou NO) e
normalmente fechados (NC). Seu uso é muito comum em circuitos de campainha, relógio
automático de escala, etc. Nas lojas se pode encontrar de embutir e externos.

Atuador isolado

Contatos
metálicos

Parafuso

Condutor

Mola

5.-Interruptor

É um dispositivo capaz de abrir ou fechar um circuito elétrico a través de um acionamento


mecânico e é uma peça metálica acionada por um mecanismo e separa ou faz contato com
um terminal que liga ao condutor, interrompid o precisamente na peça móvel. Na figura
seguinte está um interruptor unipolar ou de um efeito, chamado assim, porque interrompe
um fio só. Quando por necessidades de circuito devem ser interrompidos dois ou mais

EDUBRAS Página 44
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

condutores em forma simultânea, usamos os in terruptores bipolares ou multipolares. Dentro


da gama de interruptores existentes no mercado, podemos citar os seguintes:

a) Interruptor monopolar ou 9/12.


b) Interruptor bipolar ou 9/15.
c) Interruptor tripolar ou 9/32.
d) Interruptor de combinação ou 9/24.
e) Interruptor de dupla combinação ou de cruzamento.

É importante destacar que cada um destes modelos se encontram em duas versões:


- Embutidos.
- Externos.

Interruptor 9/12

Dois co ndutores
(Fase e volta de fase)

Interruptor 9/15

Três condutores
(Fase e duas voltas de fase)

Interruptor 9/32

Quatro condutores
(Fase e três voltas de fase)

EDUBRAS Página 45
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Interruptor 9/24

Três condutores
(Fase e duas pontes)

Interruptor 9/24

Três condutores
(Volta de fase e duas pontes)

Interruptor de cruze

Quatro condutores
(Duas pontes que entram e duas que saem)

Interruptor de cruze

Quatro condutores
(Dois que entram e dois que saem)

6.- Bateria

Basicamente é um recipiente que contêm ácido sulfúrico e água. Em dita solução se


submergem lâminas de zinco e cobre, com a finalidade de produzir uma reação química
capaz de estabelecer uma corrente elétrica. São muito difundidas as bater ias que têm placas
de chumbo e peróxido de chumbo submergidas em um eletrólito composto por água e ácido

EDUBRAS Página 46
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

sulfúrico e são fabricadas de acordo à quantidade de energia elétrica que devem fornecer ao
circuito que alimentam. Seu aspeto físico é mostrado na seg uinte figura.

7.- Pilhas

É um dispositivo que gera energia elétrica pela reação química produzida no seu interior. É
utilizada para alimentar circuitos que não tenham muito consumo e considerada em forma
básica se pode dizer que uma pila está formad a por um vasilhame de zinco e no seu interior
tem uma barra de carvão isolada eletricamente. O recipiente de zinco é cheio com um
composto químico que permite uma reação química capaz de produzir uma corrente
elétrica.

8.- Painel

É uma peça para a instalação elétrica no qual se concentram dispositivos de proteção e de


controle. Desde ele se pode proteger e operar toda a instalação ou parte de ela. A
quantidade de painéis é determinada de acordo com a segurança e função da instalação,
segundo a distribuição do prédio e finalidade de cada uma de suas partes.

EDUBRAS Página 47
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

9.- Medidor

Em corrente alternada monofásica, a energia elétrica se mede por meio dos denominados
medidores ou contadores e se trata de aparelhos destinados a determinar o consumo de
energia elétrica em forma acumulativa, é dizer, registra o gasto de energia que se há
efetuado em um tempo determinado. Este dispositivo de medição é instalado pela
respectiva empresa distribuidora de energia elétrica e lacrado com chumbo para evitar
intervenções nos seus registros. Toda intervenção estranha no sistema de registro é
penalizado pela lei.

União com a
rede elétrica
União ao
painel

10.- Instrumento de medição

Nos circuitos é imprescindível controlar o valor das distintas magnitudes elétricas que em
eles atuam e dentro dos aparelhos de mediçã o mais utilizados na prática encontramos:
a) Voltímetro (para medir tensões ou voltagens)
b) Amperímetro (para medir a intensidade da corrente)
c) Óhmetro (para medir resistência elétrica)
d) Wattímetro (para medir potência).

EDUBRAS Página 48
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

11.- Transformador

É uma máquina elétrica formada por duas bobinas isoladas entre si e que ficam sobre uma
forma de plástico ou cartão. No seu interior colocam -se laminas de ferro que é o núcleo.
Este dispositivo elétrico pode elevar ou reduzir voltagens segundo a necess idade do circuito
que se deseja alimentar.

12.- Gerador

Máquina destinada a gerar energia elétrica e se classificam de acordo às características da


corrente que geram.

EDUBRAS Página 49
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

a) Dínamo: máquina que gera corrente continua e quase não se utilizam para fornecer
corrente ao lar, não entanto tem aplicação nos carros como fonte de energia que
recarga à bateria dos mesmos.
b) Alternador: máquina que fornece corrente alternada e seu uso como fonte de
energia elétrica no lar é muito difundido, sobre tudo conside rando que a corrente
alternada é muito mais fácil de transportar a longas distâncias sem sofrer as
apreciáveis perdas que origina o transporte de corrente continua.

12.- Motor

O motor elétrico é um dispositivo capaz de converter a energia elétrica em energia


mecânica e sua aplicação é muito variada com a finalidade de acionar bombas, elevadores,
aparelhos eletrodomésticos, etc. O motor pode ser classificado para corrente continua e
para corrente alternada. Também o motor de corrente altern ada está dividido em dois tipos:
monofásicos e trifásicos.

EDUBRAS Página 50
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

13.- Retificador

Elemento desenhado para converter a corrente alternada em continua e se usa


fundamentalmente como fonte de alimentação.

Potência

Cinza
Negro

Ponte retificador

14.- Condensador

Também chamado de capacitor, cumpre a missão de armazenar energia elétrica e o mais


utilizado dentro do área elétrica é o eletrolítico que se caracteriza por apresentar uma
apreciável capacidade de armazenagem da energia elétrica. O uso do condensador é de:
a) Contribuir ao melhoramento do fator potência das instalações.
b) Ajudar na partida dos motores monofásicos.

Normalmente o condensador eletrolítico utilizado para esta função não é polarizado.

15.-Porta-lâmpada

Este dispositivo de contato para as lâmpadas pode ser fabricado em latão e suporte de
plástico ou de cerâmica.

EDUBRAS Página 51
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

TERMINOLOGIA

1.- Ligação à terra de serviço (T.S.): consiste na união do condutor neutro de cada
instalação interior com a terra.

2.- Ligação à terra de proteção (T.P.): toda peça condutora que pertence à instalação
elétrica ou seja parte do equipamento elétrico e que não seja parte integrante do circuito,
poderá conectar-se com uma ligação à terra de proteção para evitar tensões perigosas.

3.- Canalização: conjunto formado com condutores elétricos e acessórios que seguram sua
fixação e proteção mecânica. Normalmente, as canalizações se classificam em:
a) À vista.
b) Ocultas.
c) Embutidas
d) Pré-embutida.
e) Subterrânea.

4.- União: é a conexão entre a rede de distribuição elé trica e a instalação interior. Uma
união está formada pelas seguintes partes:
a) Acometida.
b) Baixada.
c) Caixa de união.
d) Medidor.

5.- Isolador: conjunto de elementos isolantes que permitem a execução de uma instalação
ou construção de um aparelho ou equipo. Sua finalidade é isolar as partes ativas.

6.- Isolamento: magnitude numérica que caracteriza o isolamento de um material,


equipamento ou isolamento.

7.- Medidor: elemento da instalação destinado a controlar o passo da energia elétrica.

EDUBRAS Página 52
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

8.- Aparelho: elemento fixo ou portátil de uma instalação, que consome energia elétrica.

9.- Circuito: conjunto de peças elétricas ligados por uma linha comum de distribuição, a
qual é protegida por um único dispositivo de proteção.

10.- Condutor ativo: fio elétrico destinado ao transporte de energia elétrica. Se aplicará
esta qualificação ao condutor de fase e neutro em um sistema de corrente alternada ou ao
condutor, positivo ou negativo, em sistema de corrente continua.

11.- Conector: dispositivo destinado a estabelec er uma conexão elétrica entre dois ou mais
condutores por meio de pressão mecânica.

12.- Falha: alteração permanente dos parâmetros de um circuito.

13.- Curto-circuito: falha em que o valor da impedância é muito pequeno.

14.- Falha à massa: é a união acidental que se produz entre um condutor ativo e a tampa
ou bastidor metálico de um aparelho elétrico qualquer.

15.- Falha à terra: união de um condutor ativo com à terra ou equipamento condutor
conectado à terra.

16.-_Sobre-corrente: corrente que ultrapassa o valor permitido em uma montagem


elétrica. Pode ser provocada por qualquer das falhas descritas anteriormente ou por uma
sobrecarga.

17.- Massa: parte condutora de um equipamento elétrico isolada com relação aos
condutores ativos e que sob condições de falha pode ficar submetida à tensão.

18.- Instalação interior: instalação elétrica construída dentro de uma casa particular e para
uso exclusivo de seus ocupantes. Pode fica no interior dos prédio como à intempérie.

19.- Local de reunião de pessoas: assim são considerados os teatros, cinemas, salas de
conferência, centros sociais, edifícios destinados ao culto, à educação, cárceres, hotéis,
restaurantes, cabarés, grandes locais comerciais e outros similares aos acima indicados.

20.- Proteções: dispositivos destinados a desligar um sistema, circuito ou aparelho quando


eles alteram suas condições normais de funcionamento.

EDUBRAS Página 53
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Panel

Disjuntor 20A Instalação do circuito

21.- Disjuntor: dispositivo de proteção de controle manual e tem a finalidade de desligar,


automaticamente, um circuito ou instalação pela ação de um elemento bimetálico e um
elemento eletromagnético, quando a corrente que circula por ele excede um valor pré -
estabelecido, em um certo período de tempo.

22.-Protetor térmico: dispositivo destinado à proteção de sobre-cargas de aparelhos


elétricos, mediante a ação de um elemento que atue por variação da temperatura.

EDUBRAS Página 54
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

23.- Protetor diferencial: dispositivo de proteção destinado a desligar um circuito quando


nele exista uma descarga ou falha à t erra. Atua quando a soma vetorial da corrente a traves
dos condutores do circuito é maior do que um valor pré -estabelecido.

Contatos principais

Linha

Ligação
a terra
Bobina de
desconexão Toróide diferencial

24.- Sobre-carga: aumento da potência absorvida pelo aparelho consumidor além de sua
potência nominal.

25.-Pessoal qualificado: pessoal capacitado na montagem e operação das instalações e


seus equipamentos e familiarizados com as possíveis falhas que podem acontecer.

26.- Equipamento elétrico: termo genérico aplicável aos aparelhos de operação, de


regulagem, de segurança ou de controle e os acessórios que se encontram numa montagem
elétrica. A natureza de cada equipamento se qualificará de acordo aos testes feitos durante
sua homologação:

a) Aberto: apto para ser instalado em local fechado ou ambiente sec o.


b) A prova de pingos d’água: equipamento construído para suportar a ação vertical
de gotas de água evitando que elas penetrem no seu interior.
c) A prova da chuva: construído de modo que ao ser submetido à ação da chuva, por
mais desfavorável que seja sua con dição (45º C), não entre água no seu interior.
d) Impermeável: construído para trabalhar na água sem que ela entre no seu interior.

EDUBRAS Página 55
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

e) A prova de poeira: construído de modo que ao ser instalado em ambientes com


poeira.em suspensão, ela não penetre ao seu interio r.
f) A prova de explosão: equipamento montado em uma caixa e capaz de suportar
uma explosão no seu interior. Uma mistura gasosa que o rodeia quando sucede a
explosão ou quando no seu interior se produzem chispas mantém sua temperatura
exterior abaixo do ponto de inflamação da mistura gasosa que o rodeia.

TECNOLOGIA DO MATERIAL

Condutores: são utilizados para transportar energia elétrica até os aparelhos de consumo.
Existem muitos materiais que cumprem esta condição, co mo o ouro, a prata, o cobre e o
alumínio, em ordem decrescente. O elevado custo dos dois primeiros materiais restringe sua
utilização a casos muito especiais. O cobre e o alumínio, inferiores na qualidade da
condução são utilizados porque sua exploração co mercial é a mais econômica.

CLASSIFICAÇÃO DOS CONDUTORES SEGUNDO SUA CONSTITUIÇÃO

Cabo: se caracteriza porque sua alma condutora está constituída por uma peça só. Se
denomina arame quando o condutor é cilíndrico e de um fio só. Encontra -se
comercialmente com ou sem isolamento e se utiliza nas instalações elétricas quando os
condutores permanecem fixos.

Fio: sua principal característica é a alma. Ela está formada por uma série de arames finos
de baixa tensão e permite uma grande flexibilidade. Em instala ções elétricas de baixa
tensão é usado exclusivamente o cobre na forma de arame, fio ou barras. O fio está formado
por vários fios de seção fina e enrolados com uma leve torção ou espiral. Pode ser
encontrado no mercado com isolamento comum e é usado para ligar componentes elétricos
portáteis devido à flexibilidade sob movimento constante. Também se utiliza fio quando a
intensidade da corrente é muito elevada e o uso de cabos rígidos é muito difícil.
Geralmente, estes condutores são usados com isolamento p ara casos específicos como a
distribuição de energia. Quando se usam nus, eles são montados a uma certa altura,
condição que impede um fácil acesso. O isolamento do condutor é feito mediante materiais
derivados do plástico e os diferentes tipos de isolamen tos são aprovados para as condições
da instalação respectiva e recebem uma designação de parte do fabricante, na qual os
catálogos permitem eleger o condutor mais adequado depois de ter determinado sua seção.

Arame Cabo

EDUBRAS Página 56
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

CARACTERÍSTICAS DOS CONDUTORES SEGUN DO SEU ISOLAMENTO

CONDIÇÕES DE USO PARA CONDUTORES ISOLADOS E SEÇÕES MÉTRICAS

Tipo de Designação Temperatura Tensão de Condição de uso


isolamento de serviço Cº serviço (Tendido Fixo)
máxima.
Admissível
à terra
Condutor NYA 70 660 CA Instalação interior em
unipolar 750 CC ambiente seco e montado
isolamento no interior de um conduite
de PVC. ou diretamente sobre
isoladores.
Condutor NSYA 70 660 CA Em locais úmidos e à
unipolar 750 CC intempérie sobre isolador,
especial ligando lares e fora do
isolante alcance da mão. Tendido
de PVC. fixo protegido para ligar
máquina-ferramentas ou
similares.
Cabo NYY(1) 70 660 CA Para montar tanto em
multicondu- 750 CC locais secos ou úmidos, à
tor, intempérie e sem ficar
isolamento exposto aos raios solares,
de PVC em calhas, enterrados, com
proteção adicional quando
está exposto a possíveis
danos mecânicos.
Cabo plano TPS 70 660 CA Para instalações sob o teto,
multicondu- NYIF 750 CC em conduites à vista ou
tor, isolador NYIFY ocultos. Não pode ficar
de PVC perto de material com-
bustível.

EDUBRAS Página 57
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

CONDIÇÕES DE USO DOS CONDUTORES ISOLADOS COM SEÇÃO AWG

Tipo de isolamento Designação Temperatura Tensão Condição de uso


máxima de máxima de
serviço serviço
ºC V (CA)
Condutor unipolar com T 60 600 Em interiores ou
isolamento de PVC ambiente seco, no
interior de conduite ou
montado diretamente
sobre isolador.
Condutor unipolar com THW (1) 60 600 Id. “T” porém para
isolamento de PVC ambiente seco ou
resistente à umidade. úmido e mais
temperatura.
Condutor unipolar com THWN 75 600 Id. “THW”, e para
isolamento de PVC e poder ser utilizado em
proteção de nylon ambientes onde se
resistente à umidade, usam lubrificantes e
mais temperatura, aos combustíveis.
lubrificantes e
combustíveis.
Cabo multicondutor; TM - 60 60 600 Para montar em locais
isolamento de PVC: secos e úmidos, à
intempérie, sem ser
exposto aos raios
solares, em calhas,
enterrados no chão,
com proteção quando
estiver exposto a
possíveis danos
mecânicos.
Cabo multicondutor TM - 75 75 600 Id. “TM – 60” com
com isolamento de maior temperatura.
PVC resistente a
maiores temperaturas.
Cabo multicondutor TM - 90 90 600 Id. “TM – 75” com
com isolamento de maior temperatura.
PVC resistente à maior
temperatura
Condutor unipolar com RHH 90 600 Id. “THW” com maior
isolamento de borracha temperatura
resistente a maior
temperatura.

EDUBRAS Página 58
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Condutor unipolar o USE - RHW 75 600 Id. “RHW” para


multipolar com isola- ambientes corrosivos,
mento de borracha re- instalação subterrânea
sistente à maior tem- em conduite ou tubos,
peratura e proteção de com proteção adicional
neoprene se estiver exposta a
possível dano mecâ-
nico.
Condutor unipolar ou USE - RHH 90 600 Id. “USE – RHW” Com
multipolar com isola- maior temperatura
mento de borracha para
maior temperatura e
proteção de neoprene.
Cabo multicondutor EMM 90 600 Id. “USE – RHH”
com isolamento de
borracha e proteção de
neoprene.
Condutor unipolar com ET 90 600 Id. “EMM”
isolamento de borracha
e proteção de PVC.
Condutor multipolar EMT 90 600 Id. “EMM”.
com isolamento de
borracha e proteção de
PVC.
Condutor unipolar com PI --- 600 Para linhas ou tendidos
isolamento de polieti- aéreos à intempérie.
leno.
Condutor unipolar com NI --- 600 Id. “PI”.
isolamento de neoprene

Condutor unipolar com PV --- 600 Id. “PI”.


isolamento de polieti-
leno.
Cabo unipolar extra- WST (1) 75 600 Conexão flexível em
flexível com isola- painéis e máquinas
mento de PVC.
Condutor multipolar TCC (1) 75 600 Similar “TTNU” e
flexível. para instalação de
controle remoto.

EDUBRAS Página 59
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

CLASSIFICAÇÃO DO CONDUTOR SEGUNDO O NUMERO DE ALMAS


ISOLADAS

Condutor simples ou mono -condutor: se trata de um condutor elétrico com uma única
alma condutora, com ou sem proteção.

Condutor composto ou multicondutor: neste caso, o condutor tem duas ou mais almas
condutoras isoladas entre si, cada uma com seu respectivo isolamento e com uma ou mais
proteções.

MEDIDAS DOS CONDUTORES

Os condutores elétricos se medem pela seção que é o fator determinante na condutividade


da corrente elétrica. São utilizados dois sistemas de m edição:

a) Sistema métrico: se baseia no milímetro quadrado (mm 2) como unidade de medida.

b) Sistema AWG (American Wire Gauge): se baseia na milésima da polegada circular


(MC). Neste sistema os condutores são designados por um número. Quanto mais alto el e
for mais fino é o condutor. Uma mil circular mil (1 MCM) é um área contida em um círculo
com diâmetro de 1 milésima de polegada.

Tabela de equivalência de medidas AWG e métricas.


Seção Seção
AWG mm2
Nº22 0.32
Nº20 0.51
Nº18 0.82
Nº16 1.31
Nº14 2.08
Nº12 3.31
Nº10 5.26
Nº08 8.37
Nº06 13.30
Nº04 21.15
Nº03 26.67
Nº02 33.62
Nº01 42.41
Nº00 53.49

EDUBRAS Página 60
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Alguns seções mínimas que podem ser usadas nas instalações elétricas.

a) Para instalação de iluminação: 1,5 mm 2 ou Nº 14 AWG.

b) Para instalação de força : 1,5 mm 2 ou Nº 14 AWG.

c) Para aquecimento: 2.5 mm 2 ou Nº 12 AWG.

É importante destacar, que os arames e cabos utilizados nas instalações elétricas se


encontram normalizados por sua seção (mm 2) ou por sua medida AWG, enquanto que os
cabos com verniz usados para bobinar motores e transformadores estão normalizados pelo
seu diâmetro (mm) ou por sua medida AWG.

Código de cores para instalações elétricas monofásicas

Fase (F): Azul - negro - vermelho.


Neutro (N): Branco.
Terra de proteção (T.P.):Verde ou verde amarelo.
Terra de serviço (T.S.): Branco.

Código de cores para instalações elétricas trifásicas

Fase 1 (R) : Azul.


Fase 2 (S) : Negro.
Fase 3 (T) : Vermel ho.
Neutro (N) : Branco.
Terra de proteção (T.P.) : Verde ou verde amarelo.
Terra de serviço (T.S.) : Branco.

Distribuição de voltagens nas redes de distribuição

____________________________________________________ Neutro
____________________________________________________ Fase (R)
____________________________________________________ Fase (S)
____________________________________________________ Fase (T)
____________________________________________________ Iluminação pública.

R------------N = 220 V
S------------N = 220 V
T------------N = 220 V
R------------S = 380 V
R------------T = 380 V
T------------S = 380 V

EDUBRAS Página 61
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Capacidade de transporte de corrente nos condutores elétricos

Toda a intensidade da corrente elétrica ao circular a traves de um condutor elétrico produz


nele um aumento da temperatura. Este aumento de temperatura determina que a resistência
elétrica do isolamento diminua, situação que produz uma perda na condição isolante. Além
da perda da resistência elétrica são afetadas outras propriedades do condutor, tais como:
a) Menor resistência mecânica.
b) Envelhecimento prematuro.

Por este motivo, há uma norma que determina certos valores máximos de corrente para
garantir que o aumento da te mperatura não exceda o limite recomendável de uso. As
tabelas que a seguir são fornecidas mostram os limites de corrente dos condutores de seção
milimétrica e AWG. Considere a temperatura ambiente de 30º C e um máximo de três
condutores por conduite.

Intensidade da corrente admissível em condutores isolados


(Seção milimétrica)
Temperatura de serviço: 70ºC
Temperatura ambiente : 30ºC
Seção nominal Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
(mm2) (A) (A) (A)
0.75 - 12 15
1 11 15 19
1.5 15 19 23
2.5 20 25 32
4 25 34 42
6 33 44 54
10 45 61 73
16 61 82 98
25 83 108 129
35 103 134 158
50 132 167 197
70 164 207 244

Grupo 1: Condutor mono-polar no interior de tubulação ou conduite.

Grupo 2: Condutor multipolar, como isolamento comum e montado em conduite ou tubo


metálicos; condutor com proteção de chumbo; cabos planos; cabos móveis ou portáteis.

Grupo 3: Condutor mono-polar tendido ou pendurado e considerando -se o espaço mínimo


entre condutores igual ao diâmetro do condutor, assim como no cas o de montagens elétricas
provisórias mediante condutor mono -polares.

EDUBRAS Página 62
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Intensidade da corrente admissível em condutores isolados


(Seção AWG)
Temperatura de serviço: 60 e 75º C.
Temperatura ambiente: 30ºC .

Seção de Seção GRUPO A GRUPO B


referência nominal Temperatura de serviço Temperatura de serviço
(mm2) (mm2) 60ºC 75ºC 60ºC 75ºC
0,30 0,32 3 3 - -
0,50 0,51 5 5 - -
0,80 0,82 7,5 7,5 - -
1,30 1,31 10 10 - -
2 2,08 15 15 20 20
3,5 3,31 20 20 25 25
5,5 5,26 30 30 40 40
8,5 8,37 40 45 55 65
13 13,3 55 65 80 95
21 21,15 70 85 105 125
27 26,67 80 100 120 145
34 33,62 95 115 140 170
42 42,41 110 130 165 195
53 53,49 125 150 195 230
67 67,42 145 175 225 265

Grupo A: Até três condutores em um conduite ou tubulaçã o ou simplesmente enterrados.

Grupo B: Condutor simples ao ar livre.

Aplicação da tabela: Suponha que há necessidade de transportar uma intensidade de


corrente de 16 A através de uma linha no interior de um duto com três condutores e a
temperatura é de 29º C.

Seqüência para a busca do condutor certo

a) Buscar na tabela a intensidade. da corrente admissível para condutores isolados de seção


milimétricas”, Grupo 1. A intensidade de corrente que deverá passar pelo condutor (16 A).

b) Se o valor da intensidade da corrente não aparece nesta coluna, utilize o imediatamente


superior, neste caso, 20 A.

EDUBRAS Página 63
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

c) Buscar a coincidência do valor com o valor indicado na coluna “Seção nominal”. Desta
maneira se terá que a seção do condutor que deve ser utilizado é de 2 ,5 mm2.

Nota: Se a quantidade de condutores que se deseja montar no interior do conduite é


superior a três, a intensidade da corrente obtida na tabela deve ser corrigida pelo fator
“Fn”, conforme a tabela seguinte, válida para seções milimétricas e AWG.

Fator de correção segundo a quantidade de condutores


(Fn)

Nº de condutores Fator

4 - 6................................................................. 0,8
7 - 24................................................................ 0,7
25 - 42................................................................ 0,6
mais de 42.............................................................. 0,5

Fórmula para ser aplicada

Intensidade da corrente = Intensi dade que aparece na tabela x Fn

Nota: Também é importante destacar que se a temperatura ambiente é superior aos 30º C,
a capacidade de intensidade da corrente transportada pelo condutor deve ser corrigida pelo
fator “Ft”, o qual é fornecido nas duas ta belas que seguem. A primeira é para condutores
de seção milimétrica e a outra para condutores com medida AWG.

Fator de correção por temperatura “Ft”


(Seção milimétrica)

Temperatura ambiente (ºC) Fator

Entre 30 até 35....................................................0,94


Entre 35 até 40.....................................................0,87
Entre 40 até 45....................................................0,80
Entre 45 até 50...................................... ..............0,71
Entre 50 até 55....................................................0,62

EDUBRAS Página 64
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Fator de correção por temperatura “Ft”


(Seção AWG)

Temperatura ambiente (ºC) Fator

60ºC 75ºC

Entre 30 até 40............................................................... ......0,82------0,88


Entre 40 até 45.....................................................................0,71 ------0,82
Entre 45 até 50.....................................................................0,58 ------0,75
Entre 50 até 55................ .....................................................0,41 ------0,67
Entre 55 até 60..................................................................... __ ------0,58
Entre 60 até 70.................................................................... .. __ ------0,35

Fórmula a ser aplicada

Intensidade da corrente = Intensidade que aparece na tabela x Ft

Fórmula a ser aplicada para a correção da capacidade de transporte por “Ft” e “Fn”.

Intensidade de transporte = Intensidade da tabela x Ft x Fn

Aplicação prática

Determine a capacidade real de transporte de um condutor de 2,5 mm 2 de seção e no


interior de um duto com sete condutores e sob uma temperatura ambi ente de 42º C.

Seqüência das operações para obter o resultado desejado

1) Buscar na tabela correspondente a intensidade da corrente admissível para condutor


isolado e seção milimétrica de 2,5 mm 2 que indica uma capacidade de transporte de 20 A.

2) A tabela indica o fator de correção pelo número de condutores “Fn” entre 7 a 24


condutores, sendo que o fator de correção é 0,7.

3) A tabela indica que o fator de correção pela temperatura ambiente para condutor com
seção milimétrica (Ft) se a temperatura fi ca entre 40º e 45º C, o fator de correção é 0,80.

4) Se com tudo isto se pode desenvolver a fórmula anterior, teremos que:

Intensidade de transporte = Intensidade da tabela x Fn x Ft = 20 x 0,7 x 0,8 = 11,2A.

EDUBRAS Página 65
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

É importante destacar que se a capacidade de transporte é inferior à requerida, se deve usar


um condutor de maior seção e repetir os cálculos.
Outro fato importante que deve ser destacado é que esses fatores de correção se aplicam aos
condutores que aumentam sua resistência elétrica quando aument a a temperatura,
diminuindo a sua condutividade e aumentando as perdas por queda de tensão.

Seleção de um condutor: Na seleção de um condutor devem ser considerados os seguintes


fatores:

a) Uma suficiente capacidade de transporte de corrente ou seja, adequ ada seção


milimétrica ou AWG
b) Um bom comportamento dos condutores perante as condições ambientais ou seja,
um adequado tipo de isolamento.

CONDUTOR ELÉTRICO NA INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE BAIXA TENSÃO


(BT)

No mercado, os condutores elétricos disponí veis são todos de cobre e formado, basicamente
pelas seguintes partes:

a) Alma condutora: esta parte do condutor é feita de cobre e sua finalidade é a de


conduzir a energia elétrica desde uma fonte de alimentação até os diferentes centros
de consumo.

b) Alma isoladora: o isolamento de um condutor normalmente é feito com materiais


termoplásticos tais como o policloreto de vinila (PVC) e polietileno (PE).
É importante destacar que aproximadamente 91% dos condutores são isolados com
estes materiais. A finalidade do isolamento é evitar que a energia elétrica entre em
contato com as pessoas, tubulações metálicas ou carcaças metálicas de máquinas
elétricas. Também, a coberta isolante do condutor deve evitar que exista contato
elétrico entre condutores com diferente potencial ou tensão.

c) Coberta protetora: se utilizam só em alguns tipos de condutores e tem a finalidade


de proteger integridade do condutor.

INSTALAÇÃO ELÉTRICA BÁSICA

Aproveitando os conhecimentos adquiridos sobre símbolos elétricos, uso de ferramentas e


do soldador, uniões condutores, etc., sugerimos realizar um trabalho prático que consiste na
montagem de uma instalação elétrica básica. Antes de iniciar essa operação propriamente
dita é conveniente efetuar uma revisão dos componentes da instalação para aprofundar nos

EDUBRAS Página 66
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

seus detalhes construtivos, além de identificar o símbolo que corresponde a cada um de


eles. Analise o circuito da figura.

Neutro
Volta de fase

Destacamos que no circuito se aplica uma tensão monofásica de 220 V e para o seu estudo
consideramos o circuito no instante em que a tensão é aplicada. É evidente que as
condições assinaladas no circuito da figura , não existirá corrente alguma pois o interruptor
mono-polar ou 9/12 não se encontra ligado o que equivale a uma interrupção do circuito.
Veja que o condutor correspondente à fase viva é aplicado a um dos contatos do interruptor
9/12 (geralmente o central) assim como o outro condutor do interruptor 9/12 é o retorno ou
volta da fase com destino ao contato central do porta -lâmpada. O contato lateral do porta -
lâmpada (contato com rosca) é ligado de forma direta ao neutro. A situação é diferente
quando é acionado o interruptor 9/12, pois ao analisar o interruptor ele tem internamente
dois terminais de metal que não fazem contato entre si. Quando é acionado o interruptor,
uma peça metálica, localizada no seu interior, liga os terminais.

Com referência ao porta-lâmpada não temos muito que adicionar, embora no comercio se
encontram distintos modelos, porém de forma básica consiste em uma base plástica ou de
cerâmica isolante sobre a que são montados os terminais metálicos. Um deles está unido
eletricamente a um contato central e o outro, a uma peça metálica cilíndrica com rosca para
alojar o soquete da lâmpada.

Entenda que a corrente atinge ao porta -lâmpada por um de seus terminais (o central neste
caso), passa pelo filamento da lâmpada e fecha seu circuito no condutor neutro da rede
elétrica monofásica.

EDUBRAS Página 67
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

MONTAGEM DO CIRCUITO

Material necessário:

a) Um painel de 20 x 30 cm de madeira perfurada.


b) 2 régua plásticas de conexão.
c) 6 parafusos com arruela plástica e porca.
d) 1 interruptor simples ou 9/12.
e) 1 porta-lâmpada (base reta).
f) 1 tomada - macho para 220 V.
g) 1,5 metro cabo paralelo.
h) 1 metro de arame de 1,5 mm 2 - NYA - cor vermelha.
i) 1 metro de arame de 1,5 mm 2 - NYA - cor branca.

É importante indicar, que de acordo às regulamentações vigentes, os condutores de uma


instalação elétrica monofásica deverão apresentar o seguinte código de cores:

Fase (F). Vermelho - Negro - Azul


Neutro (N). Branco
Terra de proteção (T.P.) Verde ou verde amarelo
Terra de serviço (T.S.) Branco

Antes de iniciar a montagem é necessário controlar o estado do soldador, verificando


especialmente que sua ponta de cobre se encontre perfeitamente estanhada. Se tiver óxido
ou sujeira deverá ser eliminado utilizando lixa ou uma lima plana de grão fino. Se isto não
fosse feito se apresentarão serias dificuldades para lograr soldaduras certas. Uma vez li mpa
a ponta do soldador se procede da seguinte forma:

1) Observe na figura seguinte onde se mostra o diagrama elétrico do painel, com a


finalidade de compará-lo com o circuito elétrico explicado com anterioridade.
2) Se fixarão as réguas plásticas ao pain el mediante parafuso com seu correspondente
porca.
3) Montadas as réguas plásticas, se colocarão os condutores que representam a linha de
entrada ou alimentação.
4) A seguir, se eliminam uns dois centímetros do isolamento em cada um dos condutores da
linha monofásica, nas zonas marcadas no esquema anterior.
5) Se observará no circuito que desde a rede de alimentação sai um condutor vermelho,
correspondente à fase e que se une ao contato central do interruptor 9/12. Ao mesmo
tempo, do contato lateral do inte rruptor sae outro condutor, também na cor vermelha e se
denomina volta da fase. Ele se une ao contato central do porta -lâmpada. O contato roscado
do porta-lâmpada deverá ser ligado ao neutro. A união das linhas de alimentação será feita
mediante uma união de derivação. Para realizar esta conexão se preparam ambos
condutores de arame retirando de sus extremos um centímetro e meio de isolamento.

EDUBRAS Página 68
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

6) A seguir se praticarão as formas de olho que deve ser feito no extremo de cada condutor.
Por cada olho se passa o parafuso que leva os terminais do interruptor, procedendo à
fixação dos condutores.
7) Assim que foram fixados os condutores ao interruptor, se procede à fixação dele com o
painel, utilizando os parafusos, porcas e arruelas correspondentes.
8) A operação seguinte consiste em fixar o porta -lâmpada ao painel utilizando parafusos,
porcas e arruelas.
9) Para finalizar com a montagem, se ligam os extremos do cabo paralelo à tomada - macho
e pelo outro, as linhas de alimentação ao painel. Posteriormente se proce derá a passar fita
isolante às uniões.

Conexão

Interruptor 9/12 Base reta

Assim que for concluída a montagem é necessário realizar una prolixa revisão das
conexões, comparando com o diagrama da figura anterior. Com referência ao teste da
instalação se aconselha utilizar uma lâmpada de 60 W. A montagem que lhe foi apresentada
é muito simples e isto não deve preocupar ao aluno pelo momento, pois oportunamente será
encarado o projeto de montagens mais complexas. O importante é adquirir desde o inicio
uma adequada habilidade manual que permita, no futuro, realizar tarefas tecnicamente
perfeitas e um adequado domínio da linguagem técnica utilizado na prática real, como é,
por exemplo, os conceitos de fase e volta de fase.

Para cumprir os fins agora considerados propomos reali zar um outro trabalho prático que
consiste na montagem de uma outra instalação mais complexa que a anterior. Se trata de
um circuito composto por um disjuntor termomagnético, um interruptor mono -polar (de um
efeito ou 9/12) e um porta-lâmpada. Como no exemplo anterior, analise o funcionamento
da instalação tomando como base o circuito apresentado na figura seguinte.

EDUBRAS Página 69
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Volta da fase

Interruptor termomagnético

A rede de alimentação é monofásica de 220 V. Considere o circuito no momento em que a


tensão permite uma corrente desde a fase para o neutro. Como o interruptor 9/12 pode ter
duas posições, no caso de se encontrar na posição aberta não permitirá circular corrente e a
lâmpada permanece apagada.

Interruptor
aberto

Passando o interruptor à posição de fechado:

Interruptor
fechado

Se produz a circulação de corrente de acordo ao seguinte percurso:


Desde o condutor correspondente à fase viva, a corrente atinge ao interruptor
termomagnético e de aí ao interruptor 9/12 para depois passar pela lâmpada e retornar ao
neutro. Se pode destacar que se trata de um circuito série, pois a corrente tem um só
caminho a seguir. Além disso, se por qualquer motivo a amperagem é superior à normal, o
interruptor termomagnético produzirá o corte ou abertura do circuito, protegendo desta
maneira, à instalação.

Se o circuito da instalação representado na figura anterior permite conhecer o


funcionamento da mesma, é necessário um diagrama de conexões para poder apreciar a
posição real que ocupam os elementos da instalação. Na figura seguinte se represen ta o
diagrama de conexões correspondente à instalação.

EDUBRAS Página 70
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Conexão

Tomada

Interruptor termomagnético Interruptor 9/12 Base reta

Com a finalidade de interpretar seu funcionamento foram marcadas as linhas de


alimentação “fase e neutro” de maneira de poder seguir o caminho da corrente, comparando
permanentemente o circuito com o diagrama. Assim que for interpretado perfeitamente o
funcionamento da instalação se iniciará a montagem, cumprindo o plano de trabalho que
segue:

Materiais necessários:

a) Um painel de madeira perfurada.


b) 2 réguas plásticas.
c) 7 parafusos com arruela e porca.
d) 1 interruptor de um efeito, 9/12, mono -polar ou de um golpe.
e) 1 interruptor termomagnético.
f) 1 porta-lâmpada.
g) 1 tomada - macho.
h) 1 metro e meio de cabo paralelo.
i) 1 metro de arame de 1,5 mm 2 - NYA - vermelho
j) 1 metro de arame de 1,5 mm 2 - NYA - branco.

Antes de iniciar a montagem recomendamos controlar o estado do soldador e proceder a


sua limpeza se for necessário. Uma vez realizado o controle proceda como segue:

1) Se devem fixar as réguas ao painel, com as mesmas precauções indicadas na tarefa


anterior.
2) Montadas as réguas se ligarão os condutores que representam a linha de alimentação
monofásica.
3) No diagrama de conexões se pode verificar, de forma clara, que desde o interruptor
automático saem dois condutores (na cor vermelha), um deles é unido com o condutor
correspondente à fase e o outro, é ligado ao contato central do interruptor 9/12. Desde este

EDUBRAS Página 71
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

contacto de saída do interruptor 9/12 se obtém o condutor volta de fase que alimenta ao
contato central do porta-lâmpada. O outro contato do porta -lâmpada é ligado ao neutro.
4) Assim que foram ligados os condutores se procede a fixar o interruptor 9/12, o porta -
lâmpada e o interruptor termomagnético ao painel.

Assim que for terminada à montagem é necessár io realizar uma revisão das conexões
controlando de acordo com o diagrama de conexões. É muito importante verificar o
isolamento feito com fita isolante para evitar possíveis curto -circuitos ao realizar o teste da
montagem. Com relação ao teste da instala ção, aconselhamos usar uma lâmpada de 60 W e
assim que for ligada a instalação à tomada - fêmea, ligue o interruptor 9/12 para verificar o
seu correto funcionamento.

EDUBRAS Página 72

Вам также может понравиться