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Meta
Introduzir os conceitos fundamentais sobre os processos de conformação por
Forjamento e Laminação, bem como os seus mecanismos, maquinários e métodos
específicos de cada processo. Uma breve descrição de cada processo e seus produtos
finais também estão apresentados nesta apostila.
Objetivos
Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de:
Pré-requisito
O aluno deve saber os conceitos básicos sobre deformação plástica e
movimentação de discordâncias. Mecanismos de endurecimento por encruamento podem
ocorrer durante a aplicação destes processos de conformação, sendo assim, devem ser
bem entendidos previamente para facilitar a absorção dos novos conceitos.
1 INTRODUÇÃO
A passagem da peça pelos cilindros ocorre através da ação da forca de atrito que
atua na superfície de contato entre as peças e os cilindros. Essa forca e proporcional ao
coeficiente de atrito entre peca e cilindro e a forca normal na superfície de contato. A
forca normal dividida pela área da superfície de contato e a pressão exercida pelos
cilindros que, por sua vez, resulta da resistência a deformação plástica do material da peça
nas condições de processamento (temperatura e velocidade de trabalho).
O processo de laminação pode ser conduzido a frio ou a quente, dependendo das
dimensões e da estrutura do material da peça especificada para o início e final do
processamento.
a. Laminação a quente - a peça inicial e comumente um lingote fundido obtido de
lingotamento convencional, ou uma placa ou tarugo processado previamente em
lingotamento continuo; a peça intermediaria e final assume, após diversos passes pelos
cilindros laminadores, as formas de perfis diversos (produtos não planos) ou de placas e
chapas (produtos planos). A temperatura de trabalho se situa acima da temperatura de
recristalização do metal da peça, a fim de reduzir a resistência a deformação plástica em
cada passagem e permitir a recuperação da estrutura do metal, evitando o encruamento
para os passes subsequentes. A laminação a quente, portanto, comumente se aplica em
operações iniciais (operações de desbaste), onde são necessárias grandes reduções de
seções transversais.
b. Laminação a frio - a peça inicial para o processamento, nesse caso, e um
produto semiacabado (chapa), previamente laminado a quente. Como a temperatura de
trabalho (temperatura ambiente) situa-se abaixo da temperatura de recristalização, o
material da peça apresenta uma maior resistência a deformação e um aumento dessa
resistência com a deformação (encruamento), não permitindo, dessa forma, intensidades
elevadas de redução de seção transversal. Um tratamento térmico de recozimento, entre
uma e outra sequência de passes, pode se tornar necessário em função do programa de
redução estabelecido e das propriedades exigidas do produto final. A laminação a frio e
aplicada, portanto, para as operações finais (de acabamento), quando as especificações do
produto indicam a necessidade de acabamento superficial superior (obtido com cilindros
mais lisos e na ausência de aquecimento, o que evita a formação de cascas de óxidos) e de
estrutura do metal encruada com ou sem recozimento final. As temperaturas de laminação
e as de recozimento tem seus limites, superior e inferior, definidos criteriosamente em
função do tipo de material a ser processado e das condições de cada processamento em
particular.
Na laminação a quente um conjunto de dois cilindros e utilizado para as primeiras
etapas de redução, de tal modo que a peça e conduzida diversas vezes para o passe entre
esses cilindros. Nas etapas finais da laminação a frio, e na maioria das etapas de
laminação a frio, o trabalho e efetuado em diversos conjuntos (gaiolas) de cilindros
dispostos em sequência (trem de laminação). A sequência e o número de etapas de
laminação dependem das condições iniciais da peça (forma e natureza) e das condições
finais especificadas (dimensões, formas, acabamento superficial, propriedades mecânicas
e metalúrgicas).
3 FORJAMENTO
Segundo a DIN 8583 Forjamento livre é conformar por pressão com ferramentas
que se movimentam umas contra as outras e que não contêm a forma da peça ou somente
a contêm em parte.
A moldagem livre é apropriada para a confecção de peças de tamanhos diversos,
que devem receber formas simples e lisas com superfícies planas ou uniformemente
redondas. Para o forjamento de peças pesadas de um tamanho da ordem de 100 toneladas
a moldagem livre é a única possibilidade de fabricação.
O forjamento livre pode ser realizado com o auxílio da força muscular, quando
então é denominado forjamento livre manual, ou com o auxílio, das prensas ou máquinas
de forjar, neste caso recebe a denominação de forjamento livre a máquina. Tanto numa
situação quanto outra, o formato da peça, assim como suas dimensões são obtidas pela
habilidade do forjador em manipular as máquinas e as ferramentas, sendo, portanto, uma
operação a ser realizada por profissional especializado.
No forjamento livre manual é comum o uso da bigorna (figura 3.1) como elemento
de apoio. A bigorna é assentada sobre um bloco de concreto, ferro fundido ou ainda
madeira e também se faz uso de diversas ferramentas como pode ser visto nas figuras a
seguir.
Este equipamento consiste de uma base que suporta colunas, nas quais são
inseridos as guias do suporte da ferramenta e o sistema para a elevação da massa cadente
até a altura desejada. O mecanismo de elevação é geralmente acionado por um pedal, de
maneira a deixar livres as mãos do operador para a manipulação da peça. Existe uma
grande variedade de sistemas de elevação, destacando-se entre eles aquele no qual a
massa cadente é elevada mediante a pressão exercida por ar comprimido em um pistão
colocado no topo do martelo. Esse tipo de acionamento oferece a vantagem de maior
velocidade e maior rendimento do que os sistemas com cintas ou correntes metálicas. O
levantamento pode ser feito, de forma semelhante, através de cilindro hidráulico: a
massa, nesse caso, tem alta velocidade de subida, devido às altas pressões imprimidas no
cilindro por uma bomba de óleo. O trabalho máximo produzido pela massa cadente é a
capacidade nominal do martelo. Esse trabalho, que pode ser transmitido ao metal,
depende basicamente do peso do sistema cadente e da velocidade final no momento do
início do impacto.
Sendo:
T = trabalho fornecido pelo sistema cadente (Joule)
Q = peso do sistema cadente (N)
H = altura máxima da queda (m)
M = massa do sistema cadente (kg)
V = velocidade do instante do impacto (m/s)
g = aceleração da gravidade (m/s2)
O trabalho que pode ser transmitido (ou energia de golpe) e expresso através da
energia cinética disponível imediatamente antes do início do impacto:
T = Q.H
Esse tipo de equipamento e limitado pela massa do martelo e pela altura máxima
de elevação dessa massa, embora alguns equipamentos modernos sejam providos de
meios para variar a magnitude de massa cadente.
Caracteriza-se por duas massas que se chocam no meio do percurso com a mesma
velocidade, sendo que a massa superior e acionada por um sistema pistão-cilindro. A
massa inferior, ligeiramente menor que a superior (cerca de 5%) e acoplada normalmente
a superior por meio de cabos.
Os martelos de contragolpe apresentam, em relação aos tipos anteriores, algumas
vantagens, entre as quais se podem mencionar: maior rendimento, pois o trabalho e
absorvido entre duas massas que se chocam e muito pouco dele e transmitido as
fundações, resultando em menor vibração transmitida ao solo e a própria peca; e maior
velocidade de acionamento, do que a correspondente de um martelo de queda livre de
mesma capacidade. Possuem, entretanto, as seguintes desvantagens: maior
desalinhamento entre as partes superior e inferior da matriz; necessidade da forca de
forjamento estar localizada no meio da matriz para evitar grandes atritos entre as massas e
as guias; impossibilidade de manipulação da peça durante o movimento, pois, ao
contrário do martelamento simples, onde o operador pode virar a peça durante os vários
golpes do martelo, aqui ambas (massas e guias) encontram-se em movimento; e maiores
despesas de manutenção.
Além das três principais operações de forjamento livre, outras podem ser
classificadas nesse tipo de processo, pois utilizam as mesmas ferramentas e dispositivos.
Muitas delas, contudo podem ser realizadas no forjamento em matriz. Essas outras
operações de forjamento livre são: furacão, dobramento, fendilhamento, ampliação, corte
e rebaixamento. No fendilhamento (Figura 3.5) o material aquecido e separado por meio
de um mandril de furacão provido de gume. Depois que a ferramenta e impelida até a
metade da peça, esta é virada para ser fendilhada ao lado oposto. A expansão (Figura 3.5)
e uma operação usada geralmente após o fendilhamento, servindo para alargar a fenda. A
operação de corte (Figura 6.4c) e usada para remover o material excedente por
cisalhamento. O rebaixamento e utilizado para produzir rebaixos com cantos-vivos: a
peça e inicialmente entalhada na região pretendida e, posteriormente, e forjada até a
espessura desejada.
Figura 3.5 Operações de forjamento em matriz aberta: a) fendilhamento, b)
expansão c) corte.
5 Referências Bibliográficas