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ÍNDICE

Análise de Vibração I
1. Conceitos de Manutenção......................................................... 02
2. Técnicas Utilizadas e base tecnológica.................................... 03
3. Conhecimento de Máquinas...................................................... 04
4. A vibração................................................................................... 05
5. Grandezas da Vibração.............................................................. 07
6. Nível de vibração........................................................................ 10
7. Parâmetros de vibração............................................................. 12
8. Escolha do Parâmetro de Vibração.......................................... 13
9. Transdutores de Vibração......................................................... 14
10. Pontos de Medição................................................................ 16
11. Curvas de Tendência............................................................. 17
12. Avaliação das Vibrações....................................................... 17
13. Guia de orientação de causas.............................................. 19
14. Causas.................................................................................... 25
15. Anexos.................................................................................... 34
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1. CONCEITOS DE MANUTENÇÃO

1.1 - MANUTENÇÃO:
São todas as ações necessárias para que um equipamento, máquina ou componente seja
conservando ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma condição
especificada.

1.2 - TIPOS DE MANUTENÇÕES:

1.2.1 Manutenção Corretiva - É o serviço de manutenção realizado após a falha, como o


próprio nome sugere é o trabalho de corrigir. Equivale a uma atitude de defesa enquanto se
espera uma próxima falha acidental. É chamada “manutenção catastrófica” ou
“manutenção tipo bombeiro”. Ou seja, é norteada pela idéia: “nada se faz enquanto não
houver fumaça (defeito ou falha)”.
Este ainda é o método tradicional de se fazer manutenção e sempre gera altos custos de
material, mão de obra e tempo elevado de equipamento parado, devido a dificuldade de se
planejar as intervenções.

1.2.2 Manutenção Preventiva – Define-se como sendo um conjunto de procedimentos que


visam manter a máquina em funcionamento, executando rotinas que previnam paradas
imprevistas.
É o método onde as intervenções têm previsão, preparação, programação e controle. Ou
seja, as intervenções são planejadas.
As rotinas de manutenção preventiva compreendem:

- Lubrificação.
- Inspeção com máquina parada.
- Inspeção com máquina em operação.
- Ajuste ou troca de componentes em períodos predeterminados.
- Revisão de garantia.
- Cuidados com transporte e armazenamento.
- Reparos de defeitos detectados pela inspeção.

1.2.3 Manutenção Preditiva – É um aperfeiçoamento da manutenção preventiva, baseado


no real conhecimento das condições da máquina, equipamento ou componente.
A manutenção preditiva nasceu de uma constatação: muitos componentes ainda em bom
estado são trocados nas intervenções de preventiva.Devido a isso, buscou-se modos de
rever o momento da falha para intervir pouco antes da ocorrência.
Seu objetivo é prevenir falhas nos equipamentos ou sistemas através de acompanhamento
de parâmetros diversos, permitindo a operação continua do equipamento pelo maior tempo
possível. Ou seja a manutenção preditiva privilegia a disponibilidade à medida que não
promove a intervenção nos equipamentos ou sistemas, pois as medições e verificações
são efetuadas com o equipamento produzindo.

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1.2.4 Manutenção Pró-ativa - Tem como objetivo fazer com que as instalações e/ou
equipamentos atinjam, com “start-up vertical”, o desempenho das funções requeridas nos
processos, promovendo as condições necessárias para que esse desempenho padrão seja
mantido ao longo do seu ciclo de vida. Início das ações ainda na fase de projeto.

1.2.5 Manutenção Detectiva – É a atuação efetuada em sistemas de proteção buscando


detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção. Um
exemplo simples e objetivo é o Botão de teste de lâmpadas de sinalização e alarme em
painéis.
Na manutenção Detectiva, especialistas fazem verificações no sistema, sem tirá-lo de
operação, são capazes de detectar falhas ocultas, e preferencialmente podem corrigir a
situação, mantendo o sistema operando.

2. TÉCNICAS UTILIZADAS E BASE TECNOLÓGICA

2.1 Análise de Vibração

Definição – Através da monitoração dos parâmetros de vibração, tais como, aceleração,


velocidade e deslocamento, é possível detectar prematuramente os defeitos e assim
manter a saúde dinâmica dos equipamentos, de modo a inibir a evolução de “não
conformidades”.

Tipo de Análise – Análise de Onda no Tempo, FFT, ODS, Modal, Medição Síncrona,
Análise de Corrente Elétrica, Análise de Órbita, Ensaio de ressonância Estático e
Dinâmico.

Instrumentos Utilizados – Coletor de Dados, Analisadores, Caneta de vibração,


Osciloscópio, Transdutores, Acelerômetros, Alinhadores Laser ou Mecânicos,
Balanceadores, Alicate Amperímetro e Lâmpada Estroboscópica.

2.2 Análise Termográfica

Definição – A termografia é a técnica preditiva que permite o acompanhamento de


temperaturas e a formação de imagens térmicas, conhecidas por termogramas.

Tipo de Análise – Termogramas.

Instrumentos Utilizados – Termovisores compostos por câmera e unidade de vídeo.

2.3 Análise de Óleo

Definição – As análises de óleo tradicionais implicam na retirada de amostras, a intervalos


regulares, de modo que o acompanhamento das características do lubrificante possa ser
feito ao longo do tempo.

Tipo de Análises – Análise espectrográfica, ferrografia, viscosidade e cromatografia.

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Instrumentos Utilizados – Espectrógrafo, Espectrômetro de absorção, Cromatógrafo


Gasoso, Ferrógrafo e Viscosímetro.

2.4 Análise Acústica

Definição – É a técnica utilizada para detectar ruídos de alta freqüência produzidos por
vazamentos, particularmente de ar comprimidos gases e vapor. O sensor é um microfone
apropriado e o ruído é convertido para uma freqüência audível ou mostrado em um
indicador.

Tipo de Análise – Análise de Freqüência Ultra-sônica.

Instrumentos Utilizados – Detector Ultra-sônico e fone de ouvido.

2.5 Inspeção Estacionária

Definição – É utilizada para detectar defeitos como: trincas, desgastes internos ou


externos, porosidades, defeitos em soldas ou dupla laminação em estruturas mecânicas
de máquinas ou componentes estacionários.

Tipo de Análise – Partícula Magnética, Ultra Som (espessura), Raios-X e Liquido


Penetrante.

Instrumentos Utilizados – Medidor de espessura Ultra-Sônico, Luz Ultravioleta, Líquidos


Penetrantes e Reveladores, Magna Flux e Aparelho para Raio X.

3. CONHECIMENTO DE MÁQUINAS

Como veremos, a análise de vibração proporcionará uma valiosa ajuda na identificação de causas,
e se confirmado que é o caso de desbalanceamento, uma técnica correta aplicada facilitará a
execução. Quanto mais você conhece sobre o defeito, maior a confiança com a qual você pode
diagnosticar.
Em análise de vibração, isto deve ser adquirido passo a passo. Um pouco de teoria é necessário
para o entendirnento de procedimentos. O grande sucesso é influenciado pela qualidade dos
instrumentos e técnica utilizada, mas sobretudo, pela habilidade do executante em lidar com as
informações geradas pelos instrumentos, e o seu domínio sobre a máquina a qual será realizada a
monitoração, desde seu funcionamento até conhecer todos os seus componentes e para isso é
muito importante elaborar um dossiê com o croqui do equipamento e os dados importantes para
identificar a causa da vibração.
Uma realimentação sobre acertos e erros auxilia o desenvolvimento pessoal, desbloqueando o
raciocínio e promovendo a empatia com o assunto.

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4. A VIBRAÇÃO

Através da monitoração dos parâmetros de vibração, tais como, aceleração, velocidade e


deslocamento, é possível detectar prematuramente os defeitos e assim manter a saúde
dinâmica dos equipamentos, de modo a inibir a evolução de “não conformidades”.

Para tanto, utiliza-se de dois tipos de medição que permitem planejar correções seguras
com base na tendência de desvios:

Off-line – refere-se a medições intermitentes, cuja periodicidade é estabelecida de acordo


com a criticidade de cada equipamento.

On-line – refere-se a medições contínuas, possibilitando um acompanhamento das


condições do equipamento em tempo real.

Um corpo está vibrando, quando descreve um movimento de oscilação em torno de uma posição
de referência e seus parâmetros de projetos são alterados.

Vibrações mecânicas podem ser geradas intencionalmente para produzir um trabalho útil como em
alimentadores, britadores, compactadores, vibradores para concreto, uso em ensaios de fadiga,
etc; porém, a vibração é considerada indesejável, e sua presença em equipamentos rotativos
acelera consideravelmente as falhas, provocando paradas inoportunas, elevando os custos de
produção.
Este trabalho, dedica-se ao entendimento da vibração não desejada, identificando a origem pelo
estudo de seu comportamento, registrada por instrumentos de medição, de modo a promover um
diagnóstico exato, que permita uma correção definitiva. Pois o entendimento do problema é um
precioso passo no caminho da solução.
Na prática, a vibração existe devido a efeitos dinâmicos, tolerância de fabricação, folgas, atrito
entre partes em contato, folgas desequilibradas em elementos rotativos e recíprocos, ficando em
níveis admissíveis enquanto as condições de projeto são mantidas.
Um aumento do nível de vibração, está relacionado com alterações ocorridas em um ou mais
elementos da máquina, influenciando também outros componentes por estarem interligados. Uma
pequena vibração pode excitar freqüências de ressonância de outras partes estruturais e ser
amplificada para um nível maior de vibração, que geralmente será percebido na estrutura e não
diretamente na fonte de vibração.

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Ex: Se uma lâmina for segurada e sua outra extremidade for puxada até o limite máximo, ao soltá-
la oscilará positiva e negativamente até voltar ao seu ponto de referência.

Porém, o que se encontram nos equipamentos industriais, são vários componentes vibrando em
freqüências diferentes, ao mesmo tempo, de modo que estas vibrações se somam e se subtraem
formando um espectro em função do tempo, no qual não se distingue a quantidade de
componentes existentes, tampouco as freqüências em que ocorrem.

Estes componentes podem ser revelados, plotando nível de vibração pela frequência. Quando se
analisa as freqüências de vibração de uma máquina, normalmente encontra-se um certo número de

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componentes de freqüências, as quais estão diretamente relacionadas aos movimentos


fundamentais das várias partes da máquina.

5. GRANDEZAS FÍSICAS DA VIBRAÇÃO


As principais grandezas são Freqüência, Amplitude e Fase

5.1 FREQUÊNCIA

Freqüência é o numero de ciclos por segundo, medidos na unidade Hz (Hertz).


Ex: As estações de um rádio são divididas em ondas de freqüências. A amplitude de cada estação
determina a nitidez do som.

F = Freqüência
F = 1
1 = nº de ciclos
T = Tempo
T

A investigação dos sinais através da freqüência é a técnica fundamental no diagnóstico de


vibrações. A análise de freqüência facilita o trabalho para a detecção de fontes de vibrações

Exemplo:

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Causa Amplitude x Tempo Nível de Velocidade Freqüência


RMS
Desbalanceamento
do conjunto do 1180 RPM
Motor Elétrico 6,41 mm/s (19,68 Hz)

Desbalanceamento
do conjunto do 0,6 mm/s 1548,6 RPM
Rotor do Ventilador (25,81 Hz)

Efeito Aerodinâmico 0,049 mm/s 18576 RPM


(309,7 Hz)

96.000 RPM
Rolamento 0,45 mm/s (1.600 Hz)

Chaveta com folga 6.940 RPM


no rotor 0,75 mm/s (115,67 Hz)

Falha elétrica 2,50 mm/s 7.200 RPM


(120 Hz)

Correia
0,80 mm/s 900 RPM
(15 Hz)

Poli-harmônica 12,74 mm/s Valor Global

A análise de freqüência é representada com o parâmetro escolhido para a medição em função da


freqüência.

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5.1.1 Movimento Harmônico


Movimento harmônico é o movimento que se repete, dentro de um mesmo ciclo, chamado
de período de vibração, de acordo com a figura abaixo.

Exemplo do prato de bateria

Representação de um movimento harmônico

5.1.2 Movimento Periódico

O movimento periódico é o intervalo de tempo, chamado de período de vibração, designado pelo


símbolo T (tempo)

T
x(t
) 12

9
t 3

3.1.3 Movimento Randômico Exemplo: Ponteiro de um relógio

Representação de um movimento periódico

5.1.3 Movimento Randômico

O movimento randômico ocorre de uma maneira aleatória, não repetitiva. Contém todas as
freqüências de uma banda específica de freqüência, podendo ser também chamando ruído.
Exemplo: o estourar de pipocas dentro de uma panela.

5.2 AMPLITUDE

A AMPLITUDE relaciona-se com a quantidade de energia contida no sinal vibratório mostrando a


criticidade e destrutividade dos eventos presentes.
É plotada no “EIXO Y” cartesiano.

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É o tamanho da onda, variando conforme a energia emitida no sinal de vibração, determinando sua
criticidade e seu grau destrutivo.

Tamanho da amplitude, maior energia

Tamanho da amplitude, menor energia

5.3 FASE

Informa a interação cinética entre os esforços atuantes e a reação física da máquina ou


componente.

Em máquinas rotativas tem-se o seguinte evento: Em um ponto de referência da máquina existe a


atuação da força num determinado instante “t” e, para toda AÇÃO existe uma REAÇÃO igual e
contrária.

A força de ação é rotacional e quando ocorrer à reação, o ponto forçante não estará no ponto de
referência. Esta diferença de fase é chamada de fase do movimento.

6. NÍVEL DE VIBRAÇÃO

0 nível de vibração de um espectro, em função do tempo, pode ser medido em valor pico a pico,
valor de pico e valor RMS (Root mean-Square).

Nível RMS
Nível Pico a Pico
Nível de Vibração

Valor Médio Retificado

Tempo

Nível de Pico

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O valor pico-a-pico indica o percurso máximo da onda, e pode ser útil quando o deslocamento
vibratório da parte da máquina é crítico para a tensão máxima ou a folga mecânica é limitante. É
aplicada tanto para indicar o início prematuro do defeito e também para seu estágio avançado.

O valor de pico é válido para indicação de choques de curta duração, porém, indica somente a
ocorrência do pico, não levando em consideração o histórico no tempo da onda.

O valor médio retificado leva em consideração o histórico da onda no tempo, mas é considerado
de interesse prático limitado, por não estar relacionado diretamente com qualquer quantidade física
útil.

O valor RMS (Root Mean Square) é a medida de nível mais relevante, porque leva em
consideração o histórico da onda no tempo e registra um valor de nível que é diretamente
relacionado à energia contida no sinal, e portanto, à capacidade destrutiva da vibração.

T Nível RMS
(0,707)

Nível Médio
Retificado (0,637)
Nível de Vibração
V, D, A

Tempo

Nível Pico a Pico (2,0) Nível de Pico (1,0)

Correlação entre nível pico-a-pico, nível de Pico, nível médio retificado e nível RMS, para uma onda
seno:

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7. PARÂMETROS DE VIBRAÇÃO

Os parâmetros de medição de vibração são: deslocamento, velocidade ou aceleração.


Observando a vibração de um componente simples, como uma lâmina fina, considera-se a
amplitude da onda, como sendo o deslocamento físico da extremidade da lâmina, para ambos os
lados da posição de repouso. Pode-se também descrever o movimento da ponta da lâmina, em
termos de sua velocidade e sua aceleração. Qualquer que seja o parâmetro considerado,
deslocamento, velocidade ou aceleração, a forma e o período da vibração permanecem similares.
A divergência principal é que existe uma diferença de fase entre os três parâmetros.

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Para sinais senoidais, amplitudes de deslocamento, velocidade e aceleração estão relacionadas


matematicamente em função da freqüência e tempo.

Para "n" fontes de vibração:

Os parâmetros de vibração são universalmente medidos em unidades métricas de acordo com


recomendações ISO, sendo:

deslocamento : m, mm, µm.


velocidade : m/s, mm/s.
2 2
aceleração : m/s , km/s

8. ESCOLHA DO PARÂMETRO DE VIBRAÇÃO

O transdutor utilizado numa medição de vibração é o sensor, o qual transforma o sinal vibratório em
sinal elétrico, para ser interpretado pelo instrumento de medição e mostrado ao usuário na forma
solicitada.
Os medidores de vibração estão equipados para medir todos os três parâmetros, convertendo
(através de integradores eletrônicos) o sinal medido pelo transdutor, no parâmetro escolhido pelo
usuário. Assim temos que decidir qual parâmetro utilizar numa medição de vibração.

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Cada parâmetro tem um comportamento característico em função da freqüência, conforme


demonstra figura abaixo:
DESLOCAMENTO

ACELERAÇÃO
VELOCIDADE

FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA

8.1 O deslocamento realça componentes de baixa freqüência, sendo recomendado para


medições abaixo de 10 Hz (600 rpm).
Deslocamento é usado como uma indicação de desbalanceamento em partes de máquinas
rotativas, pois amplitudes relativamente grandes ocorrem na freqüência de rotação de um eixo com
rotor desbalanceado. Devido a isto, em balanceamento de campo apresenta boa performance até
20 Hz (1200 rpm) e eventualmente até 30 Hz (1800 rpm), dependendo da rigidez do sistema.

8.2 A velocidade de vibração é o parâmetro menos influenciado por ruídos de baixa ou alta
freqüência, se mostrando num espectro a mais aplainada das curvas, sendo, por isso, o parâmetro
normalmente escolhido para avaliação da severidade de vibração entre 10 Hz e 1000 Hz.

8.3 A aceleração de vibração é o parâmetro que representa melhor os componentes de alta


freqüência, sua aplicação é recomendada na monitoração de rolamentos, engrenamentos,
problemas elétricos entre 1000 Hz e 10000 Hz de faixa de freqüência.

8.3.1 Fator de Crista - Um procedimento típico de avaliar a condição de deterioração de


rolamento é verificar a curva de tendência por fator de crista. O fator de crista é
definido como sendo a relação entre o valor de pico e o seu correspondente valor
RMS.

Pico cresce quando


aumenta a falha

Fator de
Início Pico Crista RMS cresce quando
aumenta a falha

Início RMS

9. TRANSDUTORES DE VIBRAÇÃO

Os transdutores de vibração são dispositivos que fazem a codificação de um sinal mecânico em um


sinal elétrico representativo. Existem basicamente dois tipos de transdutores: absoluto e relativo.

9.1 Transdutor relativo:

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É montado no mancal de forma a medir a vibração no eixo somente, ou seja, o deslocamento entre
o eixo e seu alojamento “transdutores sem contato” que são utilizados, na maioria dos casos, em
mancais de deslizamento de máquinas, cujos rotores atuam em altas velocidades e possuem
pequena massa relativa, contra uma carcaça de massa considerável. Os outros transdutores em
geral não teriam respostas satisfatórias aos impulsos vibratórios do eixo, pois as vibrações seriam
bem atenuadas devido a grande diferença de massa existente entre rotor e carcaça, o que
restringe suas utilizações.
Os transdutores sem contato são fixos nas caixas de mancais, onde transmitem um sinal oscilante
de alta freqüência, aproximadamente 1,5 MHz, ao eixo giratório da máquina, gerado por um
oscilador/demodulador através de um cabo de extensão. À medida que o eixo se aproxima do
sensor são induzidas correntes elétricas, chamadas de corrente de Eddy, através do material
condutivo do eixo que extrai energia do sinal excitador. Então essa variação entre o eixo e o
transdutor devido à vibração fará produzir na saída do gerador/demodulador um sinal bem
característico, que será representativo da vibração equivalente no eixo. A figura abaixo mostra,
esquematicamente, o sistema de aquisição conhecido como “transdutor sem contato”.

Sensor

Sinal de
saída
Vibração
Oscilador /
demodulador
Sinal de vibração
modulado em alta
freqüência
9.2 Transdutor absoluto:

É comumente utilizado em medição de vibração, montado, por exemplo, em mancais de


sustentação do eixo com seu rotor e mede a vibração total existente no mancal. É preparado para
medir um dos três parâmetros: deslocamento, velocidade e aceleração.
O transdutor, quando fixo a uma superfície vibrante, produz em seus terminais de saída uma
tensão ou descarga que é proporcional à aceleração na qual está submetido, ou seja, seu princípio
de funcionamento está na utilização de discos cerâmicos piezelétricos, que por sua vez, possuem a
propriedade física de gerar descargas elétricas quando solicitados a esforços.
No projeto deste sensor, os elementos piezelétricos são arranjados para que sejam submetidos a
uma carga na forma de massa em uma mola pré-tensionada, onde todo este conjunto é montado
assentado em uma base, sendo que o sistema massa-mola fica preso no topo e protegido por um
invólucro resistente. A figura abaixo ilustra um acelerômetro do tipo compressão.

Mola

Massa

Cristal piezelétrico

Conector

Sensor de aceleração (tipo compressão)


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A forma que o transdutor é fixado no ponto de medição, altera sua freqüência de ressonância e
conseqüentemente o alcance de freqüência.

Uma prática conceituada é ter o limite superior da faixa de freqüência de interesse da medição a
1/3 da faixa de freqüência a qual tem como limite superior de ressonância do transdutor.
Um acelerômetro piezelétrico, por exemplo, tem sua freqüência de ressonância em torno de 32
Khz, obtida na calibração, na qual a superfície de montagem é completamente plana e lisa.

Quando o acelerômetro é montado e rosqueado por um parafuso prisioneiro, fixo na carcaça da


máquina, há pouca alteração da freqüência de ressonância: 31 Khz, sendo este método o mais
recomendado para execução de medição para alcance para até – 10 Khz.

Onde os pontos de medição permanentes em máquinas estão para ser estabelecidos, e não é
desejado furar e fazer rosca de fixação, pode ser utilizado prisioneiro colado, usando cola dura, tipo
epóxi ou cianoacilato. Outras colas macias reduzem consideravelmente a faixa de freqüência do
acelerômetro.

O posicionamento do acelerômetro piezelétrico com imã permanente, altera a freqüência de


ressonância para aproximadamente 7 Khz, conseqüentemente com este modo de fixação, não se
recomenda medições acima de 2 Khz.
O transdutor transforma um sinal de vibração mecânica em um sinal elétrico que é transmitido ao
instrumento de medição, através do cabo que liga o transdutor ao instrumento. O cabo para uso
com acelerômetro não deve ficar tracionado ou flexionado, para evitar ruído triboelétrico
(eletrização por atrito). Não há problema com o cabo arrumado linearmente e bem apoiado.

10. PONTOS DE MEDIÇÃO


Os pontos de medições para se realizar a coleta nos equipamentos são diretamente nos mancais,
pois este é o local onde se concentra toda a força de desequilíbrio causadora das vibrações.

A recomendação básica para um equipamento horizontal é que sejam feitas medições na radial
horizontal, vertical e na axial. No caso de bombas instaladas verticalmente deve-se adotar coleta
radialmente em cada rolamento deslocando-se 90° um do outro.

Para enumerar os pontos da máquina é importante seguir o fluxo de energia através do sistema,
partindo da unidade acionadora para a unidade acionada.
4

1 Motor 2 3

5 6
redutor

7 8 9 Bomba 10

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11. CURVAS DE TENDÊNCIA

O gráfico que registra os níveis globais ao longo do tempo, chama-se CURVA DE TENDÊNCIA.
Através dessa curva, pode-se extrapolar com os resultados obtidos, realizando uma previsão da
data de ocorrência de níveis de falha programando-se assim as intervenções com antecedência.

Curva de Tendência

As plotagens de tendência permitem que você compare facilmente uma leitura mais recente do
PONTO de medição com as leituras anteriores e os pontos de ajuste de alarme, permitindo que
você veja qual a “tendência” do PONTO com o decorrer do tempo.

Ajuste de Curva Aplica um ajuste de curva linear à plotagem de tendência ativa, sendo um meio de
projetar a tendência no futuro (dois anos).

Ajuste de Curva

12. AVALIAÇÃO DAS VIBRAÇÕES

Para todos os pontos de medição, é registrado o nível global de vibração, que representa a
composição de várias fontes de vibração. Estes níveis avaliados, devendo permanecer dentro de
faixas admissíveis. A partir de uma tendência de evolução desses níveis de vibração, é feita uma
análise de freqüência para identificação da origem do problema.

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Os critérios de avaliação das condições de um equipamento estão baseados em normas como ISO
2372, tabela a seguir, que especificam limites que dependem somente da potência da máquina e
do tipo de fundação. Indicações Confiáveis das condições de uma máquina é baseada na alteração
das medidas relativas, isto é, a especificação de um espectro de referência, ou nível a acompanhar
a sua evolução.

O principal critério da avaliação de máquina rotativa em velocidade RMS é a norma ISO 2372 de
1974.

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13. GUIA DE ORIENTAÇÃO DE CAUSA

CAUSA DA VIBRAÇÃO FREQÜÊNCIA PLANO DOMINANTE

Desbalanceamento 1 x RPM Radial ➋

Desbalanceamento Estático - 0°
Correlação de fase ➊ Par desbalanceado - 180°
Desbalanceamento Dinâmico - 0° a 180°

➊. A correlação de fase dada é a diferença de fase aproximada medida nos dois mancais
de sustentação do rotor, estando os dois transdutores na mesma direção, por
exemplo, radial horizontal.

➋.Rotores em balanço apresentam também vibração axial significativa. Um par


desbalanceado também provoca vibração axial.

Eixo empenado ou
desalinhamento 1 X, 2 X RPM ➌ AXIAL
Angular

➌. A componente 2 X RPM pode ser esperada dependendo da magnitude do problema e


da mobilidade do sistema.

CORRELAÇÃO Axial - 180° ➍


DA FASE Radial - 0°

➍. Transdutores colocados axialmente em cada mancal, podem estar posicionados em


direções opostas, apresentando correlação de fase medida de 0° para uma correlação
verdadeira de 180°°.

A leitura de fase é influenciada pela forma de fixação axial do eixo do rotor em seus
mancais, se comportando conforme descrito acima, onde os dois mancais suportam
carga axial, fugindo da correlação de fase citada quando apenas um dos mancais
suporta carga axial, ficando o outro mancal livre para dilatação,.

Desalinhamento paralelo 1 X, 2 X RPM ➌ RADIAL

CORRELAÇÃO Radial - 180°


DE FASE Axial - 180° ➍
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Falta de rigidez mecânica 1 X, 2 X, 3 X, 4 X RPM etc..., RADIAL


também 0,5 X, 1,5 X RPM,
etc... ➎

➎. Harmônicas superiores estarão presentes, e também inter-harmônicas de 1 X RPM,


isto é, 0,5 X, 1,5 X RPM, etc ..., podem muitas vezes estar presente, resultante da não
linearidade causada por truncação, ou seja, na prática, quando ocorrer uma excessiva
falta de rigidez.

Correia de transmissão 1 X, 2 X, 3 X, 4 X RPM RADIAL


defeituosa da CORREIA

Com auxílio de lâmpada estroboscópica, é possível localizar visualmente a correia


defeituosa, posicionando-a na freqüência previamente calculada.
Nc = rotação da correia. (RPM)
Nc = π. D. n Lc = comprimento nominal da correia. (m)
Lc D = diâmetro de uma das polias. (m)
N = rotação da polia de diâmetro D. (RPM)

Massa com movimento 1 X, 2 X, 4 X Freqüência do Radial


alternativo curso ➏
Os níveis de vibração medidos geralmente diminuem com o aumento do número de ordem,
para um elemento alternativo somente.
➏. A ordem das harmônicas superiores depende do número de cilindros da máquina, composição
angular entre eles e ciclo de carga dos cilindros (um tempo, dois tempos, etc).

Chicote ou turbilhonamento 0,43 a 0,48 X RPM Radial


do filme de óleo em mancais
de deslizamento

Pode ocorrer em equipamentos de alta rotação com mancais de deslizamento, tipo


turbinas. É um problema de projeto e também de difícil ocorrência. Pode ser confundida
com a sua freqüência com ½ x RPM. A resolução do espectro deverá ser suficiente para
diferenciar este tipo de defeito.

Folga em mancais de 1/3 X, ½ X RPM Radial


deslizamento

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Observado na rotação e temperatura de operação da máquina. É, também um problema


de falta de rigidez mecânica. Harmônicos de 1x RPM são esperados.

Engrenamento Defeituoso Z X RPM e Harmônicos Radial e axial

Z = número de dentes da engrenagem.


Bandas laterais em torno da freqüência de engrenamento (Z X RPM), indicam modulação de
freqüência, para a freqüência correspondente ao espaçamento das bandas laterais. Por exemplo,
uma freqüência de engrenamento fundamental em 75 Hz, com bandas laterais espaçadas à
esquerda e à direita por 3 Hz, que é a freqüência de rotação do pinhão, mostra-se como um
problema de excentricidade do eixo do pinhão e deficiência de contato no engrenamento.
75 Hz
75 Hz
75 Hz
75 Hz 75 Hz

Bandas laterais de 3 Hz

1x eng 2x eng 3x eng 4x eng

Z1 = 25 dentes
n1 = 180 RPM

Z2 = 125 dentes
f 2 = 0,6 Hz n2 = 36 RPM

2
f e = 75 Hz

f 1 = 3 Hz fe = Z1 . n1 f e = 25 . 180 fe = 75 Hz.
1 60

Um desalinhamento entre eixos de um par engrenado pode provocar harmônicos múltiplos da


freqüência do eixo desalinhado, mostrando um pico na freqüência de engrenamento, e bandas laterais
em torno da segunda harmônica de engrenamento, espaçadas na freqüência do eixo desalinhado.

2x engrenamento
Harmônicos de 10
Hz (eixo
1x engrenamento (191 Hz) Bandas laterais de 10 Hz

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Neste exemplo temos harmônicos de 10 Hz (eixo de entrada de um redutor), um pico na


freqüência de engrenamento (191 Hz), bandas laterais de 10 Hz em torno de 2x engrenamento.

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Rolamento Freqüências Fundamentais ➐


Danificado Freqüências Induzidas ➑ Radial e Axial

➐. Os rolamentos são compostos de elementos como pista externa, pista interna, elementos
girantes e gaiola. O início de defeito em um destes elementos, apresenta uma vibração de
freqüência fundamental. A dificuldade de diagnosticar através da procura de vibração nestas
freqüências, é que elas são de baixas amplitudes e baixas freqüências, ficando obscurecidas por
outras vibrações e ruídos de baixa freqüência. Instrumentos que possibilitam aplicação da Técnica
de Envelope, conseguem auxiliar o usuário na identificação das freqüências fundamentais.

f = freqüência fundamental (Hz)


fr = freqüência relativa entre pista externa e pista interna (Hz)
Dp= diâmetro primitivo (mm)
D = diâmetro da esfera ou rolo (mm)
n = número de esferas ou rolos
β = ângulo de contato

Defeito na pista externa: f = n . fr.(1 - D . cos β) [Hz]


2 Dp

Defeito na pista interna: f = n . fr.(1 + D . cos β) [Hz]


2 Dp

Defeito na esfera ou rolo: f = Dp . fr [ 1 - ( D . cos β) 2 ] [Hz]


D Dp

Defeito na gaiola: f = 1 . fr. ( 1 - D . cos β ) [Hz]


2 Dp

Nestas equações é assumido um movimento de giro puro, sendo que na realidade ocorre algum
tipo de escorregamento tornando os resultados aproximados.
Harmônicas superiores das freqüências fundamentais normalmente estão presentes.
Softwares existentes no mercado, como por exemplo o FAM da SKF, possuem um banco de
dados bastante completo e podem calcular estas freqüências rapidamente, dependendo apenas
do modelo do rolamento utilizado.

➑. As vibrações de rolamentos provocam ressonância induzida na carcaça do rolamento e


estrutura da máquina, na faixa de 1000 Hz a 20.000 Hz. A freqüência natural é excitada por
impactos no local da falha do rolamento. Comparação de espectro medindo aceleração (m/s2)
na faixa de 1 kHz a 20 kHz permite boa avaliação da evolução do estado do rolamento.
A principal técnica utilizada na detecção de problemas em rolamentos é a técnica de envelope
de aceleração, inclusive em se tratando de baixas e baixíssimas rotações.

Medições simples de velocidade não são totalmente eficazes na diagnose, não sendo proibido
procurar por vibrações de rolamentos aí.

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Histerese e Rotação crítica do eixo.


Radial
Ressonância Freqüência natural da estrutura

Vibração excitada na passagem pela rotação crítica do eixo ou pela freqüência natural da
estrutura. Ocorre em máquinas cuja rotação de operação está acima da crítica. Em estruturas, um
exemplo comum é a vibração momentânea provocada quando um esmeril de pedestal é acionado
ou desligado.
Correções podem ser feitas alterando a rigidez da parte excitada, eixo, rotor ou estrutura. É um
problema de projeto.
Pode ocorrer influência entre máquinas que operam próximas na mesma freqüência, provocando
flutuação na vibração. As soluções podem ser de eliminar fontes de vibração de cada máquina,
mudando de rotação de operação e amortecimento da vibração através de isoladores.

Perturbação Hidráulica Ou Radial e


N° de pás X RPM
Aerodinâmica Axial

Ocorre na freqüência de passagem de lâminas, pás ou hélices, do rotor propulsor.


Verificar rigidez das lâminas, pás ou hélices, e/ou influência de turbulência do fluído sobre o rotor.
Em Torres de Resfriamento pode-se ter inclinação das pás com desvios de ângulos, causando
turbulência no fluxo de ar.
Em bombas de múltiplo estágio deve-se montar os rotores defasados de forma a reduzir a energia
do bombeamento em uma determinada freqüência (n° pás x rpm).

VIBRAÇÃO EM MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO

2 X Freqüência da linha e
Excentricidade estática componentes para: Radial
W x [n.Rs.(1-s) / ρ ± K1}

W = freqüência da linha [Hz]


N = número inteiro qualquer
Rs = número de ranhuras do rotor
S = escorregamento unitário
ρ = número de pares de pólos
K1 = zero ou n° par (2, 4, 6, 8, ...)

Pode resultar de alinhamento interno deficiente, rolamento desgastado, ou de


aquecimento local do estator. Vibração mais intensa com o motor superaquecido.
Aquecimento local do estator pode ser causado por Iâminas em curto.

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Fragilidade / afrouxamento do
suporte do estator.
Desbalanceamento de fase, 2 X Freqüência da linha Radial
resistência ou bobina.
Lâminas do estator em curto /
enrolamento.

Referido como "ferro solto".


Difícil diferenciar entre este grupo usando somente análise de vibração. A vibração estará
presente com ou sem carga.

2 X Freqüência da linha e
Lâminas soltas do estator componentes espaçados por 2 Radial
X freqüência da linha em torno
de 1 KHz. **

Pode ter alta amplitude, mas normalmente não é destrutiva. Os componentes de alta
freqüência podem ser similares aos de excentricidade estática.

1 X RPM com 2 X
FREQUÊNCIA de
Excentricidade Dinâmica escorregamento em bandas Radial
laterais e componentes de :
W X [((n.Rs ± Ke) x (1-s) / ρ) ±
K1]

Ke = grau de excentricidade: zero para excentricidade estática e um valor baixo de


número inteiro para excentricidade dinâmica.
Pode resultar de rotor curvo, rotor danificado, ou de um aquecimento local do rotor.
Vibração mais intensa com motor superaquecido. Aquecimento local do rotor pode ser
causado por lâminas em curto ou barra(s) do rotor interrompida(s) ou trincada(s).

• Barra de rotor rompida ou 1 X RPM com 2 X freqüência


trincada. de escorregamento em bandas
• Barra de rotor solta laterais e componentes Radial
• Lâminas de rotor em curto similares àqueles dados
• Junta do anel final deficiente. anteriormente para
excentricidade dinâmica

As bandas laterais de escorregamento podem ser de nível baixo, porém o instrumento


deve ter condições de detectá-las.

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14. CAUSAS

14.1 Desbalanceamento

Ocorre em 1x RPM e é um dos grandes problemas causadores de vibração em equipamentos


rotativos nas indústrias.
Algumas vezes, equipamentos expostos a processos severos e que são atingidos diretamente por
produtos (algum tipo de massa) apresentam desbalanceamento de tempos em tempos, cabendo
uma limpeza do rotor para que o problema
seja resolvido após a análise de vibração
haver detectado a elevação em 1x RPM.
As vibrações se apresentam com maior
intensidade nas proximidades do rotor
indicando a fonte do problema.
Em contrapartida, diversas empresas (ou
pessoas) têm em mente que todo o pro-
blema possa ser resolvido após um
balanceamento, o que é verdade, se o
caso for apenas de desbalanceamento.

Rotor desbalanceado devido a abrasão.


Vibração em 1x RPM.

14.2 Desalinhamento

Desalinhamentos ocorrem nas empresas como o maior índice de problemas detectados através da
manutenção monitorada.
Um desalinhamento angular apresenta vibrações elevadas na direção axial, portanto, sendo de fácil
identificação nas medições. Um valor elevado na direção axial em 1x RPM indicará um
desalinhamento angular.
Uma vibração em 2x RPM também indicará um desalinhamento (paralelo).
Quando surgem vibrações em 1x RPM o diagnóstico deverá levar em conta todas as medições
executadas em todos os pontos.
Em se tratando de desalinhamento paralelo, a vibração se manifestará na direção radial, o que às
vezes torna a análise mais demorada. Análise de envelope apresenta a 2ª harmônica elevada
quando se tratar de um desalinhamento, e apresentará a 1ª harmônica elevada quando se tratar de
um desbalanceamento.

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Vibração em 2x RPM, causada


por desalinhamento. Este tipo
de espectro também é gerado
quando se trata de um eixo
empenado, pois ele gera o
mesmo sintoma.

14.3 Falta de rigidez mecânica ou folga


Sintomas de falta de rigidez não estão ligados somente a uma base solta, mas também a uma
deficiência de projeto em muitos casos. É comum encontrarmos equipamentos trabalhando com
bases de apoio subdimensionadas e a prática requer um redimensionamento que implicará em
reforço adicional da estrutura.
Em diversos casos de moto-bombas, a colocação de concreto na base que são construídas apenas
com vigas pode resultar em grande melhora.

Falta de rigidez mecânica.


Harmônicos de 1x RPM.

Ex: falta de rigidez mecânica: 1. Corrosão na chapa da base onde é fixado o parafuso do pedestal
de um ventilador; 2. Base mal projetada.

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14.4. Correia de transmissão defeituosa


As vibrações provenientes da correia são em geral de baixas freqüências, podendo ser detectadas
em velocidade, porém, sua energia de vibração é pequena. Uma vibração proveniente de correia
defeituosa é esperada acompanhada de um desalinhamento das polias, geralmente, o que não
acontecerá se apenas a correia estiver defeituosa.
O uso de lâmpada estroboscópica auxilia na visualização da correia em movimento.

Um exemplo de desalinhamento atacado da forma


incorreta. Para suportar a vibração, foi fixados o mancal
monobloco com uma chapa. A causa não foi atacada:
desalinhamento e correia defeituosa.

Calculando-se a rotação da correia posiciona-se a lâmpada e pode-se então ver se há


escorregamento de alguma correia ou mesmo se ela está transmitindo força pela lateral do canal e
não pelo fundo.
Um tensionamento incorreto na correia também implicará em vibração excessiva na freqüência de
correia.

14.5 Movimento Alternativo

Equipamentos que possuem movimento alternativo apresentam vibrações em harmônicos de 1x


RPM em níveis maiores que aqueles que não possuem estas características. Compressores,
motores diesel são os mais comumente encontrados. Estes equipamentos transmitem tais
vibrações e, assim como em motores veiculares, são montados sobre coxins, evitando a
transmissão da vibração.
O monitoramento das vibrações pode ser executado via espectros e tendências das freqüências.
Os níveis de alarme devem ser ajustados para cada equipamento em específico.

Movimento alternativo (motor diesel). Harmônicos de


1x RPM.

14.6 Turbilhonamento do Filme de Óleo

É um problema de projeto e bastante incomum de ser encontrado como fonte de problema. Espera-
se o aparecimento desta vibração tão logo o equipamento entre em funcionamento.

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Importante analisar com boa definição para diferenciar entre 0.48 x RPM e 0.50 x RPM.

0.5x RPM
1 X RPM
0.48x RPM

Turbilhonamento do filme de óleo. Boa resolução para a análise.

14.7. Engrenamento Defeituoso

14.7.1 - Sintomas e Problemas


É sabido que vibrações no engrenamento proporcionam vibrações na freqüência calculada por
número de dentes vezes a rotação do eixo e harmônicos.

Fe = Z x rpm

Para saber-se qual eixo contém a engrenagem defeito (pinhão ou engrenagem), observa-se a
presença de bandas laterais em torno desta freqüência de engrenamento, conforme figura abaixo.

Fe
bandas laterais de 1x rpm

Figura 44 - Freqüência de engrenamento com bandas


laterais de 1x rpm do eixo problema.
Engrenamento com pitting. Detecção através da
análise de vibrações.

Exemplo 1:

Para um eixo pinhão que rotacione em 130 Hz, e possua 31 dentes, teremos uma freqüência de
engrenamento de 4030 Hz. Encontrando-se vibração em 4030 Hz, com bandas laterais de 130 Hz,
comprova-se uma excentricidade do eixo pinhão, provocando deficiência no contato do
engrenamento.

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Esta vibração com relação à freqüência de engrenamento é apresentada de acordo com o tipo de
problema existente no equipamento.
Uma folga no eixo pinhão provocará uma vibração de 1x rpm e harmônicos deste eixo, além de 1x
freq. engrenamento e harmônicos.
Um eixo desalinhado pode provocar uma elevação da 2ª harmônica do engrenamento, além do
surgimento da 3ª harmônica. Bandas laterais podem ou não surgir em torno destas freqüências,
dependendo da gravidade do problema.

Exemplo 2:

Um caso prático das vibrações na freqüência de engrenamento pode ser comprovado na seqüência
do trabalho a seguir, onde foi-se “desalinhando” e “realinhando” o eixo pinhão e registrando-se as
vibrações geradas por este problema.
Vibrações elevadas neste acionamento são repassados para a peça a ser usinada, causando
rugosidade elevada na sua superfície e provocando a rejeição pelo controle de qualidade.

ENGRENAMENTO E1 = E2 = 121,5 Hz

E1

E2

Engrenamentos (121.5 Hz) e espectro mostrando a supremacia da segunda


harmônica do engrenamento.

Este equipamento apresenta a engrenagem intermediária com “pitting” em alguns dentes,


diagnosticada através dos níveis de vibração encontrados na freqüência de engrenamento.
Sucessivas tentativas de baixar os níveis de vibração na freqüência de engrenamento mostraram
aumentos das harmônicas superiores, sem a queda esperada da primeira harmônica.
Na figura abaixo temos a amplitude da segunda harmônica maior que a primeira, mostrando que
um desalinhamento do eixo pinhão provoca tal sintoma.
Novas posições no eixo de entrada (inferior na figura), mostraram que além do agravamento do
desalinhamento, um engrenamento defeituoso aumenta o número de harmônicas do
engrenamento.

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Harmônicos de 1x engrenamento.

A figura abaixo mostra o aumento das harmônicas de 1x freqüência de engrenamento, devido ao


desalinhamento do eixo de acionamento (pinhão) e engrenamento defeituoso.
É sabido que um problema em uma engrenagem deve ser corrigido atuando-se no par engrenado,
e não se consegue a melhora com outro tipo de correção. Neste caso específico, o acionamento foi
substituído, passando a ser feito por corrente dentada que absorve os choques que possam surgir
com a operação.

Medição após a intervenção. Desaparecimento


da freqüência de engrenamento.

A prática de análise de vibrações tem demonstrado que em redutores pesados onde há desgastes
nos dentes, as vibrações se apresentam na primeira harmônica do engrenamento, em princípio;
passando a se apresentar aumentar a segunda harmônica à medida que o problema se agrava,
chegando a apresentar apenas a segunda harmônica num estágio avançado do defeito.

14.8 Falhas em Motores Elétricos de Indução

É necessário, primeiramente, conhecermos algumas freqüências fundamentais inerentes a este tipo


de equipamento, são elas:

14.8.1. Rotação nominal do motor (Nm):


Rotação que normalmente aparece como dado de placa, 1185 Rpm por exemplo.

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14.8.2. Rotação síncrona do campo (Ns):


É utilizada para o cálculo da freqüência de escorregamento, é a rotação do campo magnético
girante pelas bobinas do estator.

Ns = 120. Freq. Linha (Hz)


60 . número de pólos

14.8.3. Rotação real do motor no instante da coleta (Nr):


Deve ser confirmada a rotação exata do motor, via análise de vibração (Velocidade Rms até 35, 45
ou 75Hz).

14.8.4. Freqüência de escorregamento (Fe):


É dada pelo escorregamento unitário vezes a freqüência da rede.

Fe = Ns - Nr . freq. linha
Ns

Exemplo de cálculo

14.8.5. Freqüência de alimentação da rede:


Padrão no Brasil = 60Hz.

14.8.6. Freqüência de passagem de ranhuras do rotor (Fr):


Fr = Nm . Rs Onde Rs = número de ranhuras.

Conhecidas estas freqüências, pode-se analisar as possíveis falhas mecânicas e magnéticas que
podem surgir.

14.9 Defeitos em Rolamentos

Figura demonstrando região de ressonância do rolamento.

Os rolamentos são elementos de máquinas bastante estudados em termos de vibração e a razão


disto é que raramente se encontra uma máquina onde não os utilizem. Os defeitos de rolamento
podem gerar quatro freqüências fundamentais características: uma devido a defeito na pista

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externa, outra na interna, outra nos separadores ou gaiolas e por fim outra devido a defeito nos
elementos rolantes (esferas ou roletes). Nas equações apresentadas abaixo, os cálculos das
freqüências fundamentais características de defeito para cada elemento, consideram o rolamento
de esfera com rotação no anel interno. As freqüências e amplitudes no espectro de vibração
provocado por defeitos nos rolamentos, variam em função do tipo e estágio de deterioração do
elemento.

Para o cálculo das freqüências fundamentais de rolamentos usa-se a geometria do rolamento (que
é o que os softwares fazem automaticamente): Pd = diâmetro nominal; Bd = diâmetro do elemento;
n = número de elementos girantes; Ø = ângulo de contato.
Sem possuir-se um software para o cálculo em se possuindo as dimensões do rolamento, é
possível calcular manualmente.

Estas equações assumem que o elemento não desliza, apenas rola nas pistas.
Uma aproximação bastante interessante para um rolamento que não se possui as medidas
internas (freqüências fundamentais) é:

Pista interna = rpm x n°° elementos girantes x 0.6


Pista externa = rpm x n°° elementos girantes x 0.4

Estas duas equações dão uma idéia da região da localização das freqüências destas duas
componentes, porém não permitindo uma maior precisão na análise.

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14.10 Vibração Aero-hidrodinâmica

O fluxo do fluido que passa pelas pás dos rotores tanto de bombas quanto de turbinas,
provocam uma freqüência bem característica, que é equivalente ao número de pás multiplicado
pela freqüência de rotação do mesmo e, em alguns casos, seus harmônicos também aparecem. O
plano dominante quando se trata de bombas é o radial, na direção da tubulação de descarga, a
amplitude se apresenta flutuante e aparecem harmônicas da freqüência das pás, quando existe
mais de uma saída de descarga. Um exemplo de aumento das vibrações devido ao processo
hidrodinâmico em uma bomba é mostrado na Fig. abaixo.

RMB - BOMBA
BB-04 -E4H MANCAL
18
Route Spectrum
14-APR-99 15:52
16
OVRALL= 14.54 V-DG
RMS Velocidade em mm/Sec

14
RMS = 14.39
CARGA = 100.0
Espectro característico de
RPM = 1750.
RPS = 29.16
falha devido ao fluxo hidro-
12
6x dinâmico, onde pode ser
10 constatado alto nível
8
exatamente a seis vezes a
rotação do rotor, que por sua
6 vez também possui seis pás.
4
1x
2

0
Freq: 10500
0 10000 20000 30000 40000
Ordr: 6.002
Freqüência em CPM Spec: 10.20

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15. ANEXOS

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COMITÊ Diretivo – 10/01/2005

100 100
80
80 Vef (RMS)
63
60 S
50
50
40 m mm/s

40
30 31.5
25 25 C
O
20 20 R
R
15 16 EÇ
Õ
ES
m

12.5
C
10 10 O
R U
R
AMPLITUDE DAS VIBRAÇÕES s

R
EÇ G
8 8 Õ
ES EN
6 6.3 N
EC
TE
5 5 ES S

4 4 R
AD IA
BO
M S ve
3 3.1 M IS O
U ff=
O
U

VE D 4,
2.5 2.5 M ES 5
U L EJ m
2 2 IT ÁV m
O
BO EI /s
1.6 S
LI M
1.5 M
IT
1.25 E
D
A
1 1 PE
R
C
EP
0.8
1,

0.8 Ç
ÃO
8

0,
m

H
7
m

0.63 U
0.6 M m
/s

AN
A m
0.5 0.5 0,
/s
11
0.4 m
0.4 m
/s

0.3 0.315
0.25 0.25
12.5 16 20 25 31.5 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000
Frequência Hz
15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400 500 600 800 1000

8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400 500 600


2
Frequência Períodos/minuto (x 10 )

GRUPO K' Pequenas, máquinas, partes fixas de motores, motores


elétricos fabricados em série (até 15 KW).

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400 400
375
300 Vef (RMS)
250
250
200 200 S

150 160 m mm/s

125 C
O
R
100 100 R
80 EÇ
80 C
O Õ
60 63 R
R ES

U
m

50 50 Õ
ES R
40 40 N G
EN
AMPLITUDE DAS VIBRAÇÕES s

EC
ES
30 31.5
AD SÁ TE
25 25 M
IS
R
IA
S
BO SÍ S
20 20 M VE O
U Ve
O L D
16 U ES ff=
15 M EJ
12.5
U
IT ÁV 11
O EI m
BO S m
10 10 M /s
8 8

6 6.3
4,
5
5 5 LI m
M m
4
IT
E /s
4 D
A
PE
3 3,15 R
C
EP 1,
2,5 2,5 Ç
ÃO 8
m
H m
2 U /s
2 M
AN
1,6 A
1.5 0,
11
m
1.25 m
/s

1.0 1.0
5.0 6.3 8 10 12.5 16 20 25 31.5 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400
Frequência Hz
5 6 8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400

2
3 4 5 6 8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 (x10 )
Frequência Período/minuto

GRUPO G ' Máquinas maiores (acima de 300 KW) sobre fundações


especiais (especialmente grandes motores).

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COMITÊ Diretivo – 10/01/2005

400 400
375
300 Vef (RMS)
250
250
200 200 S

160 m mm/s
150
125 C
C O
100 100
O
R RR
R
80

Õ

80 ES Õ
60 63 N
EC
ES
UR
m

50 50 ES

R G
40 40 EN
AMPLITUDE DAS VIBRAÇÕES s

IA
AD S
30 31.5 M
IS
O
U TE
25 25 SÍ
VE
DE
SE
S
BO L JÁ Ve
20 20 M VE ff
O =
U IS 18
15 16 M m
U m
12.5 IT /s
O
BO
10 10 M
8 8 7
m
m
6.3 /s
6
5 5 LI
M
IT
4 4
E
DA
PE 2,
3,15 R 8
3 CE m
PÇ m
2,5 2,5 ÃO
/s
H
2 2
U
M
AN
A
1.5 1,6 0,
11
m
1.25 m
/s

1.0 1.0
5.0 6.3 8 10 12.5 16 20 25 31.5 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400
Frequência Hz
5 6 8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400

2
3 4 5 6 8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 (x10 )
Frequência Período/minuto

GRUPO T: Grandes máquinas sobre fundações de baixa frequência própria


(particularmente turbo-geradores, turbinas e turbo-alternadores)

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COMITÊ Diretivo – 10/01/2005

100 100
80
80 Vef (RMS)
63
60 S
50
50
40 m mm/s

40
C
30 31.5 O
C
O R
25 25 R R
20 20
R
EÇ EÇ
Õ
ES Õ
15 16
N
ES
EC
U
m

12.5 ES R
SÁ G
10 10 R EN
AMPLITUDE DAS VIBRAÇÕES s

IA
8 8
AD
S
O TE
6 6.3 M
U
D S
IS ES
S ÍV EJ
5 5 ÁV Ve
EL ff
4 4 BO EI =7
S ,1
M m
3.1 O m
3 U /s
M
2.5 2.5 U
IT
O
2 2 BO 2,
8
M m
1.6 m
LI /s
1.5 M
IT
1.25 E
D
A
1 1 PE
R
C
EP 1,
0.8 0.8 Ç 1
ÃO m
H m
0.63 U /s
0.6 M
AN
0.5 A
0.5 0,
11
0.4 0.4 m
m
/s
0.3 0.315
0.25 0.25
12.5 16 20 25 31.5 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000
Frequência Hz
15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400 500 600 800 1000

8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400 500 600


2
Frequência Períodos/minuto (x 10 )

GRUPO M: Máquinas médias, em particular motores elétricos sem bases especiais


(de 15 à 75 kw) ou máquinas com bases especiais (até 300 kw)

39

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