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ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM:

A UTILIZAÇÃO DA MAQUETE NO ENSINO DE HISTÓRIA

Isabela Leite Santos1


Wêndeu Santana2

GT 8 – Espaços Educativos, Currículo e Formação Docente (Saberes e Práticas)

RESUMO
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma contribuição para a discursão acerca da
utilização de recursos didáticos inovadores na aula de História, destacando o uso da maquete. Essa
atividade foi desenvolvida pelo Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), curso de
História da Universidade Federal de Sergipe, no Colégio Estadual Tobias Barreto, com a proposta de
abordar o tema sobre a economia colonial açucareira em Sergipe, juntamente com a importância de
se construir materiais didáticos. Pesquisas apresentam as dificuldades que alguns alunos possuem
com a disciplina História, devido ao fato de ser tão teórica. Para tanto, esse trabalho traz a
experiência sobre o uso da maquete no ensino de História aliada à possibilidade de se realizar
projetos interdisciplinares no âmbito educacional.

Palavras-chave: Aprendizagem. História. Recursos didáticos. Maquete.

ABSTRACT
This article aims to present a contribution to the discourse about the use of innovative didactc
resources in History class, highlighting the use of the mockup. This activity was developed as part of
the Institutional Program for beginner teacher (PIBID), History course of University Federal of
Sergipe, at Tobias Barreto State School, as an proposal to approach the subject of the colonial sugar
economy in Sergipe, as well as the importance of constructing didatic materials. Researchs show the
difficulties that some students have when studying the History subject, because of its theoretical
nature. Therefore, this article brings the experience of using mockup for History teaching and the
possibility to carry out interdisciplinary projects in educational domain..

Keywords: Apprenticeship. History. Didactic Resources. Mockup.

INTRODUÇÃO

O tema abordado foi trabalhado no Programa Institucional de Iniciação à


Docência (PIBID), que tem como objetivo melhorar a formação dos alunos dos cursos de
licenciatura, assim como inserir esses futuros professores no cotidiano da rede pública para

1
Graduanda em História pela Universidade Federal de Sergipe, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (PIBID). E-mail: <isaleite97@gmail.com>.
2
Graduando em História na Universidade Federal de Sergipe, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (PIBID). E-mail: <wendeusantana16@hotmail.com>.
1
que os mesmos utilizem metodologias de caráter inovador e interdisciplinar ajudando na
aprendizagem dos alunos.
O projeto denominado “A economia colonial açucareira com ênfase na produção
sergipana” foi realizado no Colégio Estadual Tobias Barreto, com os alunos do 7° ano “C” do
turno vespertino, com um total de 25 alunos sob a supervisão técnica do professor Josias
Maia. O objetivo desse projeto foi a construção de um material didático que possibilitasse um
maior entendimento sobre a história sergipana de maneira criativa e que fosse construído
pelos próprios alunos.
Recursos didáticos são ferramentas utilizadas pelos professores como forma de
facilitar a aprendizagem dos alunos, ou seja, é tudo aquilo que o professor utiliza em sala de
aula para auxiliar na compreensão do conteúdo. Nos dias atuais é muito difícil construir uma
aula sem esses recursos, pois a medida em que a sociedade se moderniza o professor e todo o
espaço escolar deve acompanhar essa modernização.
De acordo com Souza (2007, p. 111),

[...] o professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos


didático-pedagógicos que estão ao seu alcance e muita criatividade, ou até
mesmo construir juntamente com os alunos, pois, ao manipular esses objetos
a criança tem a possibilidade de assimilar melhor o conteúdo. Os recursos
didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve haver um
planejamento por parte do professor, que deverá saber como utilizá-lo para
alcançar o objetivo proposto por sua disciplina.

O recurso utilizado nesse projeto foi a maquete, pelo fato dos pibidianos nas suas
pesquisas terem constatado que esse recurso possibilita uma maior participação/assimilação
do conteúdo com o presente dos alunos. A maquete pode ser um material muito útil para os
professores de história, já que permite aproximar o teórico com o prático.
Para Soares (2014, p. 55), “[...] a proposta de utilizar maquetes como mediação do
diálogo estabelecido com os alunos vai ao encontro com as novas perspectivas de ensino,
visto que dá materialidade ao que seria apenas uma explanação conteudista”.
Conforme Lopes, Flôres e Soares (2007, p. 4), a maquete proporciona “[...] uma
visualização mais concreta de acontecimentos históricos, tipologias arquitetônicas, acidentes
geográficos, fenômenos climáticos e ambientais, entre outro”. Dessa forma, a utilização de
maquete torna-se fundamental no cotidiano das aulas de história possibilitando uma ampla
visão dos acontecimentos históricos.
O uso da maquete é de extrema importância no ensino de História, já que
2
[...] proporciona uma melhor visualização dos períodos que para ele [o
aluno] se mostravam fora da realidade vivida, algo pertencente a um
“espaço” extremamente confuso dentro do seu cotidiano, um “tempo”
diferente do seu e, portanto, sem qualquer relevância para resolução de seus
problemas imediatos. (ZIEGLER, 2007, p. 640).

Torna-se importante ressaltar que o professor de história também pode utilizar


outros recursos didáticos além da maquete. Esse material didático, além de favorecer um
maior entendimento do conteúdo precisa ser agradável e de fácil compreensão. Algumas
pesquisas comprovam que quando os alunos são os responsáveis pela criação dos materiais
eles tem uma maior tendência a aprender.
Diante disso, esse artigo descreve uma maquete construída para fins didáticos.
Essa maquete é uma representação de três engenhos sergipanos da época colonial, estudados e
analisados na aula de história, construídos pelos próprios alunos no qual os mesmos
perceberam que são agentes da sua própria história, percebendo também a importância de se
conhecer o passado.

O ENSINO DE HISTÓRIA E SEUS DESAFIOS

É de suma importância frisar que a discussão sobre o ensino de História não se


trata de algo recente. Os jesuítas3 foram os principais responsáveis por esse feito, no entanto
esse ensino ainda não era tido como uma disciplina escolar, era voltado apenas para o ensino
religioso, sendo que os alunos tinham acesso aos conhecimentos por meio de textos gregos e
latinos, ou seja uma língua que eles não dominavam.
No século XIX, a História tinha por objetivo o ensinamento da moral cívica
vinculada à moral religiosa, como também destacar nomes importantes que foram sinônimos
de fé ao longo do tempo. Seguindo essa mesma perspectiva, era bastante comum que a
história tanto dos santos quanto dos personagens de vida pública fosse profanada afim de que
todos conhecessem as suas boas ações para com a construção do seu tempo histórico (período
imperial).

3
Os jesuítas foram os responsáveis pela catequização dos índios, ensinando-os princípios da Igreja Católica no
período colonial, no qual tiveram um papel fundamental na formação da estrutura social, administrativa e
produtiva dessa sociedade.
3
Durante o período do regime militar a disciplina de História mais uma vez foi alvo
de transformações, sendo essas mais rigorosas devido ao seu contexto histórico. A prova
dessas modificações está implantada nas seguintes diretrizes:

1- Ensino diretivo, não crítico, sendo a História uma sucessão de fatos,


prioritariamente, de caráter político- institucional e no qual sobressaiam os
espíritos positivos que conduziriam a História; 2- A organização dos
conteúdos obedecia à periodização mais usual da História Geral, com a
subdivisão em História Antiga, Média, Moderna e Contemporânea, e a
História do Brasil, seguindo a divisão em Colônia, Império e República; 3-
Os métodos pedagógicos e a relação professor/aluno seriam geralmente
marcados pelo autoritarismo, pela concentração do poder e pelo saber na
figura do professor e da autoridade do livro didático, pela atitude passiva e
receptiva do aluno, ausentando-se daí elementos ativos, reflexivo e críticos
no processo de ensino/aprendizagem; 4- O professor transmitia e o aluno
recebia o conhecimento. Uma das principais estratégias era a elaboração de
pesquisas, entendidas como trabalho de transcrição nas quais os alunos
copiavam textos de outros livros sobre os temas indicados pelo professor.
Eram muito comuns os estudos e debates dirigidos, assim como as pesquisas
orientadas. Tudo sob a orientação do professor, que ditava os caminhos a
serem percorridos pelo aluno, que apenas seguia, não questionava, não tinha,
a oportunidade, mínima, de pelo menos refletir sobre a autoridade sugerida.
(FONSECA, 2006, p. 58).

O objetivo dessas diretrizes era fazer com que os alunos não refletissem sobre a
atual situação em que estavam inseridos, pois os assuntos eram dados de forma superficial,
impossibilitando assim a contestação ou até mesmo a compreensão da desigualdade social e a
realidade presente no período.
Fica evidente a disputa pelo sentido da História e a importância da sua didática. A
prova disso é suas reformulações ao longo do tempo, no qual a mesma já foi usada como
instrumento para a afirmação de uma identidade nacional. Mesmo assim, em pleno século
XXI, essa mesma disciplina está sofrendo alterações, mas isso só ratifica o grande poder que
essa disciplina carrega em si.
Mesmo após diversas transformações no seu método de ensino, a matéria de
História continua seguindo uma linha no âmbito escolar extremamente teórica, o que resulta
em uma ausência de interesse e compromisso por parte dos alunos, já que desta forma o
conteúdo dado em sala de aula adquire um aspecto desestimulante, cansativo e até mesmo
repetitivo.
É a partir dessa constatação que a inclusão de recursos didáticos se torna um
aliado do educando e do educador, tendo por objetivo formar um ambiente que ao mesmo

4
tempo seja atraente, estimulante e acolhedor, intercorrendo a colaboração dos alunos para que
assim a aula se construa de forma dinâmica.

A EXPRERIÊNCIA DA MAQUETE EM SALA DE AULA

Antes da produção da maquete os alunos assistiram três aulas, com o objetivo de


aprender sobre o tema em que se centrava a maquete. Nessas aulas os bolsistas explanaram a
economia colonial açucareira em Sergipe, tendo como foco as implantações dos engenhos na
época colonial. Os engenhos escolhidos para serem representados na maquete foi o Engenho
São Félix, Engenho Camaçari e Engenho Dira.
Vale enfatizar, que nessas aulas outros assuntos também foram trabalhados, como
a invasão holandesa em Sergipe, a formação da sociedade colonial e a plantação dos produtos
de subsistência. Para facilitar a compreensão do conteúdo, os bolsistas utilizaram alguns
recursos didáticos, como por exemplo, um vídeo no youtube reproduzindo a guerra dos
mascates e o uso de slides contendo imagens da formação de um engenho, os engenhos
sergipanos, a sociedade colonial e a invasão holandesa em Sergipe.
A confecção da maquete deu início no dia 13 de janeiro e foi finalizada no dia
seguinte, com o objetivo de melhorar a aprendizagem dos alunos, revisar o assunto abordado
em sala de aula e identificar as dúvidas que esses alunos possuíam. A elaboração da maquete
ocorreu antes da sua confecção, já que foi debatido com os bolsistas e a coordenadora do
PIBID História a melhor maneira de se aplicar essa atividade.
Em sala de aula, ocorreu a explicação dos procedimentos para a confecção da
maquete. Logo depois a turma foi dividida em três grupos, no qual o grupo um ficou
responsável pela confecção da maquete do engenho São Félix, o grupo dois pela maquete do
engenho Camaçari e o último grupo pela maquete do engenho Dira, esses grupos receberam
fotos dos engenhos para visualizar e reproduzir na maquete. Cada grupo recebeu os seguintes
recursos: Isopor, pincéis, tintas, papel crepom, folhas de ofícios brancas, estilete, tesoura,
palito de picolé, palito de churrasco, pistola de cola quente, papel camurça, cartolina, papel
emborrachado e cola branca.
A partir desse momento os alunos começaram a produção da maquete cortando o
isopor, em seguida colando o isopor para formar a casa grande e a capela. Logo depois os

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alunos iniciaram a pintura da maquete, a colagem dos animais e das pessoas, a representação
da plantação da cana de açúcar e a reprodução dos rios.
Figura 1 – Alunos confeccionando maquete do Engenho São Félix

Fonte: Arquivo pessoal (2017).

Figura 2 – Alunos confeccionando a maquete do Engenho Camaçari

Fonte: Arquivo pessoal (2017).

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Figura 3 – Alunos confeccionando maquete do Engenho Dira

Fonte: Arquivo pessoal (2017).

Com a produção da maquete os alunos mostraram-se motivados, uma vez que essa atividade
possibilitou que eles saíssem da rotina das aulas. Além do mais, revelaram um grande
entendimento do conteúdo, já que os mesmos souberam identificar e produzir todas as partes
do engenho. Também é importante deixar claro a criatividade que esses alunos possuem em
produzir esses materiais.
A maquete foi de fundamental importância para esses alunos, pois através dela os
mesmos visualizaram de forma reduzida todo o sistema do engenho e como ocorria o
processo de moagem da cana até se chegar ao açúcar refinado. É imprescindível destacar que
os professores de todas as matérias podem utilizar esse recurso, porém antes é preciso explicar
aos alunos o assunto que se quer representar, assim como o contexto do mesmo.
Os resultados esperados foram alcançados, uma vez que os bolsistas planejaram
estratégias objetivando o entendimento do conteúdo por parte dos alunos e visualizaram
colaboração de todos para a construção desse trabalho. Ficou explícito, nessa atividade, que a
elaboração de maquete auxilia na aprendizagem dos alunos de forma prazerosa e atrativa.
Diante disso, a maquete contribuiu tanto na formação dos bolsistas quanto na aprendizagem
desses alunos.
Ficou evidente a importância de se utilizar recursos didáticos que chamem a atenção
dos alunos. Uma vez que, através da maquete muitos alunos perceberam a riqueza que a
7
disciplina história possui, e que não se restringi somente a narrar fatos e coisas que
aconteceram no passado. Diante dos fatos explanados, é fundamental que o professor em suas
aulas sempre procure métodos de aprendizagem inovadores, tentando achar maneiras que
façam os alunos entenderem os assuntos de maneira prazerosa.

Figura 4 – Maquete do Engenho São Félix confeccionada pelos alunos

Fonte: Arquivo pessoal (2017).

Figura 5 – Maquete do Engenho Camaçari confeccionada pelos alunos

Fonte: Arquivo pessoal (2017).


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Figura 6 – Maquete do Engenho Dira confeccionada pelos alunos

Fonte: Arquivo pessoal (2017).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência que o PIBID oferece para os futuros professores é de extrema


importância, uma vez que, através dela o discente obtêm contato com a sala de aula muito
antes do estágio supervisionado. Outro ponto indispensável de destacar é o benefício que as
propostas do PIBID geram, já que através dessas propostas os bolsistas, encontram meios de
refletir e planejar formas de trabalhar o conteúdo com os alunos por meio de atividades
prazerosas e divertidas, influenciando diretamente na aprendizagem dos mesmos.
É evidente a deficiência que alguns alunos possuem para com a matéria, por essa
seguir um método na maior parte teórico, ocasionando assim desmotivação e desinteresse por
parte dos alunos, uma vez que esses já possuem opiniões formadas referentes à essa
disciplina, sendo que uma delas afirma que o seu ensino é focado em estudar apenas o
passado, fato esse que já foi contestado anteriormente.
Assim, é de suma importância que o educando com a participação da instituição
escolar possam criar meios eficazes de se debater o conteúdo que não se baseie apenas no
método teórico. Pois, é através de novos meios que o aluno sente-se mais estimulado e
interessado em compreender e cooperar para que, desta forma haja avanços significativos no

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modo em que o conteúdo é discutido. Além disso, é necessário salientar que o docente precisa
estar disposto a contribuir para a mudança no modo de discussão dessa disciplina.
A partir das dificuldades próprias no ensino de História, o objetivo agora é
voltado para a discussão da formação docente, para que estes estejam dispostos em adquirir e
aperfeiçoar novos meios capazes de contribuir para a resolução dos problemas que o ensino
dessa disciplina possui.

REFERÊNCIAS

FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e ensino de História. Belo Horizonte:


Autêntica, 2006.

SOARES, André L. R. Educação Patrimonial na Universidade Federal de Santa Maria: o


Núcleo de Estudos do Patrimônio e Memória e sua inserção na comunidade. X Cidade
Revelada – Encontro sobre Educação Patrimônio Cultural, 2007.

SOARES, André L. R.; et. al. Dinamicidade no ensino de História formal: resgate histórico
através de maquetes. História e Diversidade. Revista do Departamento de História.
Cáceres: UNEMAT Editora. v. 5, nº. 2, p. 63- 69, 2014.

SOUZA, S. E. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I Encontro de Pesquisa em


Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de Pedagogia da UEM: “Infância e
Práticas Educativas”. Arq Mudi. 2007. Disponível em: <http://www.pec.uem.br/pec_uem/
revistas/arqmudi/volume_11/suplemento_02/artigos/0 19.df >. Acesso em: 6 mar. 2017.

ZIEGLER, Vanessa; RODRIGUES, Lucas L. C.; ROSSI, Andréa L. Elaboração de material


didático para o ensino de História Antiga: fontes textuais e cultura material.In: Pró-Reitoria
de Graduação - UNESP. (Org.). Livro Eletrônico Núcleos de Ensino - Artigos de 2005. São
Paulo: Cultura Acadêmica Editora, v. 1, 2007.

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