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RESUMO
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma contribuição para a discursão acerca da
utilização de recursos didáticos inovadores na aula de História, destacando o uso da maquete. Essa
atividade foi desenvolvida pelo Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), curso de
História da Universidade Federal de Sergipe, no Colégio Estadual Tobias Barreto, com a proposta de
abordar o tema sobre a economia colonial açucareira em Sergipe, juntamente com a importância de
se construir materiais didáticos. Pesquisas apresentam as dificuldades que alguns alunos possuem
com a disciplina História, devido ao fato de ser tão teórica. Para tanto, esse trabalho traz a
experiência sobre o uso da maquete no ensino de História aliada à possibilidade de se realizar
projetos interdisciplinares no âmbito educacional.
ABSTRACT
This article aims to present a contribution to the discourse about the use of innovative didactc
resources in History class, highlighting the use of the mockup. This activity was developed as part of
the Institutional Program for beginner teacher (PIBID), History course of University Federal of
Sergipe, at Tobias Barreto State School, as an proposal to approach the subject of the colonial sugar
economy in Sergipe, as well as the importance of constructing didatic materials. Researchs show the
difficulties that some students have when studying the History subject, because of its theoretical
nature. Therefore, this article brings the experience of using mockup for History teaching and the
possibility to carry out interdisciplinary projects in educational domain..
INTRODUÇÃO
1
Graduanda em História pela Universidade Federal de Sergipe, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (PIBID). E-mail: <isaleite97@gmail.com>.
2
Graduando em História na Universidade Federal de Sergipe, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (PIBID). E-mail: <wendeusantana16@hotmail.com>.
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que os mesmos utilizem metodologias de caráter inovador e interdisciplinar ajudando na
aprendizagem dos alunos.
O projeto denominado “A economia colonial açucareira com ênfase na produção
sergipana” foi realizado no Colégio Estadual Tobias Barreto, com os alunos do 7° ano “C” do
turno vespertino, com um total de 25 alunos sob a supervisão técnica do professor Josias
Maia. O objetivo desse projeto foi a construção de um material didático que possibilitasse um
maior entendimento sobre a história sergipana de maneira criativa e que fosse construído
pelos próprios alunos.
Recursos didáticos são ferramentas utilizadas pelos professores como forma de
facilitar a aprendizagem dos alunos, ou seja, é tudo aquilo que o professor utiliza em sala de
aula para auxiliar na compreensão do conteúdo. Nos dias atuais é muito difícil construir uma
aula sem esses recursos, pois a medida em que a sociedade se moderniza o professor e todo o
espaço escolar deve acompanhar essa modernização.
De acordo com Souza (2007, p. 111),
O recurso utilizado nesse projeto foi a maquete, pelo fato dos pibidianos nas suas
pesquisas terem constatado que esse recurso possibilita uma maior participação/assimilação
do conteúdo com o presente dos alunos. A maquete pode ser um material muito útil para os
professores de história, já que permite aproximar o teórico com o prático.
Para Soares (2014, p. 55), “[...] a proposta de utilizar maquetes como mediação do
diálogo estabelecido com os alunos vai ao encontro com as novas perspectivas de ensino,
visto que dá materialidade ao que seria apenas uma explanação conteudista”.
Conforme Lopes, Flôres e Soares (2007, p. 4), a maquete proporciona “[...] uma
visualização mais concreta de acontecimentos históricos, tipologias arquitetônicas, acidentes
geográficos, fenômenos climáticos e ambientais, entre outro”. Dessa forma, a utilização de
maquete torna-se fundamental no cotidiano das aulas de história possibilitando uma ampla
visão dos acontecimentos históricos.
O uso da maquete é de extrema importância no ensino de História, já que
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[...] proporciona uma melhor visualização dos períodos que para ele [o
aluno] se mostravam fora da realidade vivida, algo pertencente a um
“espaço” extremamente confuso dentro do seu cotidiano, um “tempo”
diferente do seu e, portanto, sem qualquer relevância para resolução de seus
problemas imediatos. (ZIEGLER, 2007, p. 640).
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Os jesuítas foram os responsáveis pela catequização dos índios, ensinando-os princípios da Igreja Católica no
período colonial, no qual tiveram um papel fundamental na formação da estrutura social, administrativa e
produtiva dessa sociedade.
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Durante o período do regime militar a disciplina de História mais uma vez foi alvo
de transformações, sendo essas mais rigorosas devido ao seu contexto histórico. A prova
dessas modificações está implantada nas seguintes diretrizes:
O objetivo dessas diretrizes era fazer com que os alunos não refletissem sobre a
atual situação em que estavam inseridos, pois os assuntos eram dados de forma superficial,
impossibilitando assim a contestação ou até mesmo a compreensão da desigualdade social e a
realidade presente no período.
Fica evidente a disputa pelo sentido da História e a importância da sua didática. A
prova disso é suas reformulações ao longo do tempo, no qual a mesma já foi usada como
instrumento para a afirmação de uma identidade nacional. Mesmo assim, em pleno século
XXI, essa mesma disciplina está sofrendo alterações, mas isso só ratifica o grande poder que
essa disciplina carrega em si.
Mesmo após diversas transformações no seu método de ensino, a matéria de
História continua seguindo uma linha no âmbito escolar extremamente teórica, o que resulta
em uma ausência de interesse e compromisso por parte dos alunos, já que desta forma o
conteúdo dado em sala de aula adquire um aspecto desestimulante, cansativo e até mesmo
repetitivo.
É a partir dessa constatação que a inclusão de recursos didáticos se torna um
aliado do educando e do educador, tendo por objetivo formar um ambiente que ao mesmo
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tempo seja atraente, estimulante e acolhedor, intercorrendo a colaboração dos alunos para que
assim a aula se construa de forma dinâmica.
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alunos iniciaram a pintura da maquete, a colagem dos animais e das pessoas, a representação
da plantação da cana de açúcar e a reprodução dos rios.
Figura 1 – Alunos confeccionando maquete do Engenho São Félix
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Figura 3 – Alunos confeccionando maquete do Engenho Dira
Com a produção da maquete os alunos mostraram-se motivados, uma vez que essa atividade
possibilitou que eles saíssem da rotina das aulas. Além do mais, revelaram um grande
entendimento do conteúdo, já que os mesmos souberam identificar e produzir todas as partes
do engenho. Também é importante deixar claro a criatividade que esses alunos possuem em
produzir esses materiais.
A maquete foi de fundamental importância para esses alunos, pois através dela os
mesmos visualizaram de forma reduzida todo o sistema do engenho e como ocorria o
processo de moagem da cana até se chegar ao açúcar refinado. É imprescindível destacar que
os professores de todas as matérias podem utilizar esse recurso, porém antes é preciso explicar
aos alunos o assunto que se quer representar, assim como o contexto do mesmo.
Os resultados esperados foram alcançados, uma vez que os bolsistas planejaram
estratégias objetivando o entendimento do conteúdo por parte dos alunos e visualizaram
colaboração de todos para a construção desse trabalho. Ficou explícito, nessa atividade, que a
elaboração de maquete auxilia na aprendizagem dos alunos de forma prazerosa e atrativa.
Diante disso, a maquete contribuiu tanto na formação dos bolsistas quanto na aprendizagem
desses alunos.
Ficou evidente a importância de se utilizar recursos didáticos que chamem a atenção
dos alunos. Uma vez que, através da maquete muitos alunos perceberam a riqueza que a
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disciplina história possui, e que não se restringi somente a narrar fatos e coisas que
aconteceram no passado. Diante dos fatos explanados, é fundamental que o professor em suas
aulas sempre procure métodos de aprendizagem inovadores, tentando achar maneiras que
façam os alunos entenderem os assuntos de maneira prazerosa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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modo em que o conteúdo é discutido. Além disso, é necessário salientar que o docente precisa
estar disposto a contribuir para a mudança no modo de discussão dessa disciplina.
A partir das dificuldades próprias no ensino de História, o objetivo agora é
voltado para a discussão da formação docente, para que estes estejam dispostos em adquirir e
aperfeiçoar novos meios capazes de contribuir para a resolução dos problemas que o ensino
dessa disciplina possui.
REFERÊNCIAS
SOARES, André L. R.; et. al. Dinamicidade no ensino de História formal: resgate histórico
através de maquetes. História e Diversidade. Revista do Departamento de História.
Cáceres: UNEMAT Editora. v. 5, nº. 2, p. 63- 69, 2014.
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