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Escola Técnica UNISUAM

Curso Técnico em Edificações


Disciplina Material de Construção 1

Material de Construção 1
Apostila

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 1


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Curso Técnico em Edificações
Disciplina Material de Construção 1

Unidade 01: Pedras – Mármores e Granitos


São materiais constituintes essenciais da crosta terrestre provenientes da solidificação do magma ou
de lavas vulcânicas ou da consolidação de depósitos sedimentares, tendo ou não sofrido transformações
metamórficas. (NBR 6502 / 80)

 Mármore: Rocha calcária cristalizada sob alta pressão ou temperatura.


 Granito: Rocha ígnea em cuja composição entra basicamente o Quartzo, o Feldspato e Mica.

Tipos de Acabamento

São responsáveis pela textura final do material, seja mármore ou granito feito em diferentes
processos. Para escolher, leve em conta não só o aspecto da peça, mas sim, verifique a indicação do
fornecedor para o seu uso.

 BRUTO: Sem nenhum tipo de acabamento, se apresenta com as características naturais. É serrado
nas dimensões e espessuras usuais ou sob encomenda.

 POLIDO: Liso e brilhante, feito a partir de lustração tanto em mármores como granitos. É
escorregadio em contato com a água. O material é lixado com abrasivos e depois lustrado com
produtos químicos, revelando e realçando o brilho e aumentando sua capacidade de
Impermeabilização.

 FLAMEADO: Feito a base de fogo, dá um aspecto rugoso e ondulado. É indicado somente para
granitos com espessura igual ou superior a 2,5 cm. Por isso, é indicado para áreas externas devido à
propriedades antiderrapantes. pode ser feito apenas no granito (excessão: verde escuros e pretos ); o
material é submetido a um maçarico, tornando-se antiderrapante e rugoso.

 APICOADO: Feito a partir de impactos, dá um aspecto poroso e uniforme às pedras. É indicado


somente para granitos com espessura igual ou superior a 2,5 cm e para áreas externas devido à
propriedades antiderrapantes.

 JATEADO: É feito a partir de jatos de areia, que dão aspecto opaco às pedras. Usado tanto em
mármores e granitos e indicado para áreas externas.

 LEVIGADO: Usado tanto em mármores como em granitos, trata-se de um acabamento semi-polido,


adequado a áreas internas e externas. O material é aplainado e semi-polido, ficando com quase
nenhum brilho e não escorregadio.

 ESCADAS INTERNAS: O tipo de acabamento mais indicado é o polido, porém serão mais seguras
se for feita uma faixa apicoada.

 ESCADAS EXTERNAS: O acabamento apicoado ou flamejado das peças a tornarão mais seguras e
antiderrapantes.

 BORDAS DAS PISCINAS: Prefira acabamentos jateados ou levigados, que não deixam a superfície
escorregadia, nem machucam no contato.

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Propriedades Físicas

Cor, Fratura, Homogeneidade, Porosidade, Permeabilidade, Gelividade, Dilatação, Térmica, Dureza,


Condutividade Térmica e Aderência.

Propriedades Mecânicas

Resistência à Compressão, Tração, Flexão e Cisalhamento.

Normas ANBT

 NBR 12763 | NBR 12764 | NBR 12765: Propriedades Mecânicas e Físicas das Rochas.
 NBR 12766: Porosidade e Absorção da Água.
 NBR 6162: Forças Devido ao Vento.

Patologias

Mármore, granitos e outras rochas ornamentais são materiais de revestimento muito duráveis, além
de conferirem solidez e nobreza à edificação. Porém, se não forem corretamente instalados ou não
receberem cuidados apropriados, apresentarão problemas que certamente encurtarão sua vida útil e
comprometerão a qualidade do revestimento e da obra.
As patologias dos revestimentos são estudadas com intuito de diagnosticar as causas do problema,
estabelecer os devidos reparos de acordo com os revestimentos em questão, além de fornecer os
procedimentos que minimizem ou evitem a ocorrência dessas patologias em outros revestimentos.
Em geral, as patologias estão associadas a diversos fatores:

 Especificação de materiais incompatíveis com as condições de utilização, por desconhecimento das


características e propriedades das pedras.
 Emprego das técnicas de execução não adequadas.
 Ausência de um projeto
 Falta de controle de qualidade das etapas de produção.

Registros dos Principais Casos de Patologias Rochosas

 Modificação de Coloração
 Umidade
 Minerais Secundários
 Argamassa
 Resina
 Perda de Brilho
 Riscos
 Deterioração
 Trincamento e Fraturamento
 Falhas dos Selantes

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Patologia | Modificação de Coloração

 Presença de minerais, que quando alterados perdem suas características iniciais, dentre elas a
coloração original, comprometendo também a estética do material.
 Existência de minerais ferrosos (sulfetos), que quando oxidados produzem manchas castanhas na
superfície da pedra.
 Deposição de sujeira na superfície e encardidos ocasionam uma aparência amarelada na pedra.
 Amarelamento de ceras ou outras películas utilizadas na proteção ou impermeabilização da superfície
da placa.

Perda da cor original das placas de ardósia, Placas de granito verde escuro apresentando
ocasionada pela liberação de ferro pela pedra. coloração modificada tanto pela perda de CO² dos
minerais devido ao seu microfissuramento por
dilatação térmica, quanto pela ação dos raios
solares, agente de mudança de coloração de
minerais.

Manchas amareladas originais, pela liberação de Ocorrência de manchas na superfície da placa de


óxido de ferro pelas placas de quartzito revestindo granito devido a infiltração de água através do piso.
fachada comercial

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Patologia | Umidade

 Características das rochas escolhidas – elevada porosidade, elevada permeabilidade, constituição


mineralógica imprópria, coloração (em pedras claras, principalmente as de coloração cinza, visualiza-
se mais nitidamente esse tipo de manchas).
 Existência de fatores externos intrínsecos à construção, como infiltrações de muros de arrimos, de
baldrames e pilares, mal vedados ou impermeabilizados.
 Manifestações impróprias do revestimento devido a abundantes lavagens o que facilita a infiltração
pelas juntas.
 Percolação de água da chuva formando manchas em forma geométrica, que circulam os vãos de
aberturas e as juntas entre placas numa fachada ou piso. Esse fatos compromete também a
durabilidade e a estanqueidade das edificações.

Mancha acastanhada devido à liberação de óxidos


de hidróxidos de ferro (ferrugem) por porta de ferro e
Aparecimento de manchas nas placas de granito sua infiltração por meio de soluções em mármore
provocadas pelas águas das chuvas que percolam branco adjacente.
juntas mal rejuntadas

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Patologia | Minerais Secundários

Rochas são compostas por diferentes espécies de minerais primários com variável resistência ao
intemperismo químico, agentes ambientes agressivos e produtos de limpeza fortemente reativos. Por
decomposição um mineral primário transforma-se em outro, dito secundário, num processo no qual ocorre a
liberação de certos elementos químicos.

Entre os minerais mais susceptíveis à alteração vale destacar:

 Sulfetos de Ferro Amarelo (presentes nos Granitos) e Calcários Metamórficos (Mármores e


Ardósias), por alteração são transformados em óxidos e hidróxidos de Ferro amarelados, castanhos
avermelhados, castanhos ou vermelhos (Ferrugem).
 Granadas Ferríferas em Granitos Brancos que também liberam ferrugem.
 Magnetitas em Granitos que por alteração liberam ferrugem.
 Minerais contento trações de Manganês ou Cobalto. Sua alteração resulta em manchas perto
azuladas, irregulares, denominadas de dendritos que lembram fósseis de Samambaias, comum em
Arenitos e Quartzitos.

Mancha de ferrugem causada pela decomposição de Mancha de ferrugem em Mármore Branco de fachada
minerais ferríferos presentes no mármore com os comercial. A fonte dos hidróxidos e óxidos de ferro é
agentes do meio externo. provavelmente adjacente da porta de ferro.

Placas de granito com mancha de ferrugem resultante da alteração de magnetita presente em veios.

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Patologia | Minerais Secundários

Placas de granito com a provável presença de


magnetita, que ao reagir nas condições ambientais
ocasionou o manchamento da placa formando meios Charnockito com manchas de ferrugem resultante da
escuros. alteração de magnetita.

Ardósias verdes com manchas de ferrugem Ardósias preta com manchas de ferrugem
resultantes da alteração de sulfetos. resultantes da alteração de sulfetos.

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Patologia | Argamassa

Patologia com manchamentos, fissuramentos e deslocamentos das placas são muito comuns em
placas pétreas fixadas pelo processo convencional, devido a:

 Excesso de água da argamassa (manchas escuras com aspecto molhado) que por exsudação,
penetra nos poros da pedra de baixo para cima.
 Impurezas de ferro no cimento e na superfície de areia (não lavada), transportada durante a
evaporação da água da argamassa, que penetram nos poros e fissuras da pedra, causando manchas
indeléveis amareladas, vermelhos acastanhados ou castanhos.
 Carreação de sais solúveis (carbonatos) para a superfície da placa sob a forma de manchas brancas
(eflorescência) ou de cal usado indevidamente no preparo da argamassa ou de cimento de qualidade
inferior. Dificilmente consegue-se retirar a mancha branca impregnada no revestimento, pois o
carbonato, ou outra solução formada, quando diluídos em água, penetram pelos poros da pedra.

Manchas provenientes tanto da umidade excessiva


da argamassa (manhas escuras) quanto de
Manchas úmidas ou oleosas em placas de granito impurezas do material fixante (manchas amareladas)
provocadas pela evaporação de água excessiva em placas de granito.
carreando ou não excessos de resinas da
argamassa.

Manchas de ferrugem em mármore proveniente de Eflorescência de carbonato de cálcio em Gnaisse


impurezas de ferro no cimento e na areia da Bruto (‘Miracema”)
argamassa.

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Patologia | Argamassa

Eflorescência de carbonato de cálcio em granito de espelho


de escada irradiando-se a partir de junta horizontal.

Pequenos pontos de eflorescência de


carbonato de cálcio em placa de Gnaisse
Eflorescência de carbonato de cálcio em ardósia preta polido irradiando-se a partir de juntas
irradiando de juntas verticais e horizontais horizontais.

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Patologia | Resina

São utilizadas geralmente para a reconstituição de quebras na superfície das placas. São comumente
usadas em Mármores Travertinos para preencher os “buracos” superficiais desta rocha muito porosa. Apesar
de o produto utilizado ser específico para esta finalidade, a reconstituição ressalta com tempo, pois as resinas
não tem a mesma natureza, cor ou textura da rocha, perdendo, por ressecamento, a sua transparência e sua
aderência á rocha.

Mancha de resina usada como selante de superfície


de placa de mármore travertino em fachada residencial.

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Patologia | Perda de Brilho

A adequada resistência da pedra é um dos principais pré-requisitos para a sua utilização em


ambientes de elevada solicitação. Entretanto nem todas as pedras apresentam o mesmo nível de resistência,
sendo algumas mais adequadas que outras para certos usos. Assim a perda de brilho por desgaste abrasivo
resulta tanto de características intrínsecas da rocha quanto do nível de tráfego a que um piso em uma
escadaria é submetido. Mármores, Pedra Sabão e outras rochas podres em quartzo tem pequena resistência
ao desgaste. Já os Granitos, muito ricos em quartzo, resistem muito bem a longas e intensas abrasões.

Perda de brilho em mármore por abrasão

Perda de brilho em mármore de escadaria de um banco por abrasão.

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Patologia | Riscos

Riscos na superfície do material pétreo dependem de sua dureza, que é a resistência de um material
ao risco. Pedra Sabão, Ardósia e Mármores são pedras mais macias quando comparadas aos Granitos,
rochas ricas em Feldspato e Quartzo, sendo mais susceptíveis ao risco. O Risco é o desgaste mais comum
em edificações que não respeitam sua finalidade original. É o caso de residências que se transformam em
casas comerciais, palácios transformados em museus de intensa visitação, mudança de repartição de baixo
atendimento para as instalações de uma repartição com intenso atendimento, etc.

Placa de mármore desgastada e riscada em escadaria.

Riscos em ardósia de parede externa de residência.

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Patologia | Deterioração

Quando grande parte de um revestimento pétreo apresenta patologias variadas, diz-se que o
revestimento está deteriorado. A Deterioração do revestimento pétreo é condicionada por vários fatores:

 Características Físicas Mecânicas da Rocha – Rochas Carbonáticas por sua solubilidade em Ácidos
Naturais e Artificiais sofrem, com o tempo, degradação estética e funcional, quer em ambientes
poluídos, muito úmidos ou à beira mar.
 Presença de abundantes minerais de fácil decomposição, que por este processo comprometem a
estética e a durabilidade do revestimento.
 Fadiga, em longo prazo, da textura e/ou estrutura da rocha com elevado coeficiente de dilatação
térmica, por expansões e contrações sucessivas o que leva à perda de suas características física
mecânica.
 Utilização de material em inicio ou estado avançado de decomposição, por desconhecimento das
características e propriedades do revestimento escolhido. Incluem-se aqui muitos granitos amarelos,
cuja cor não é primaria e sim secundária, resultante da alteração parcial da rocha. Partes destas
rochas são muito porosas e apresentam características físicas mecânicas pouco recomendáveis para
numerosas aplicações.

Placa de mármore deteriorada por dissolução


em meio ambiente quimicamente agressivo.

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Patologia | Trincamento e Fraturamento

 Falta de cuidado no transporte (choque entre placas) e assentamento da peça.


 Elevado índice de dilatação térmico das placas de revestimento que são expostas a amplas variações
térmicas e deparado por juntas com larguras insuficientes para evitar o contato entre placas
adjacentes.
 Baixa resistência ao impacto, em casos de pisos sujeitos a alto tráfego de pessoas, cargas ou
veículos.

Trincas em placas de mármore causadas por juntas


de dilatação com largura insuficiente. Fraturas, em placas de mármore, causadas por
juntas de dilatação com largura insuficiente.

Trincamento da placa de granito fruto de um


Fraturamento de placa de Gnaisse por impacto.
assentamento com camada de fixação descontínua.

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Patologia | Falhas dos Selantes

Problemas com os selantes das juntas (usados como rejuntes no assentamento) são causados por
dois fatores:

 Excesso de produto utilizado e falta de limpeza posterior, manchando a superfícies da pedra ao redor
das juntas.
 Falta de produto, havendo descontinuidade no rejuntamento o que propicia a infiltração de água da
chuva ou de limpeza e o surgimento de manchas de umidade.

Manchamento em granito devido à aplicação


excessiva de selante em juntas.. Mancha em soleira de granito por infiltração de água
em juntas insuficientemente seladas

Manchamento em granito devido à aplicação


excessiva de selante na junta Mancha em escada de granito por infiltração de água
em juntas insuficientemente seladas.

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No desenvolvimento do projeto deve-se atentar para:

 Cargas paralelas ao plano das faces: peso próprio das placas e peso de eventual camada de
isolamento térmico. Considerar a diferença de temperatura que poderá ocorrer entre a superfície do
revestimento e a camada de fixação.
 Cargas perpendiculares ao plano das placas: ação do vento e impactos acidentais.
 Deformação permanente por retração de argamassa de assentamento.
 Cuidados com os efeitos de umidade e da chuva.
 Cuidados com as agressividades do meio ambiente, provocadas por ácidos gerados pela disposição
de gases, podendo até manchar as pedras.
 Cuidados com os componentes metálicos sob o ponto de vista da durabilidade e com atenção
redobrada ao item corrosão.
 Cuidados especiais para as juntas de acabamento.
 Antes de especificar uma pedra verifique o emprego que será dado.
 Granitos Cinzas e Brancos em fachadas retêm mais umidade, usa-se inserts metálicos para amenizar
o problema.
 Não descuidar na verificação do grau de polimento.
 No caso de uso de pedras em grande escala é preciso verificar a qualidade em laboratório. Em casos
pequenos a assessoria e dada por marmoristas ou mineradores.
 Atenção especial por não existir padronização de peças.

Colocação | Tiras, Lascas e Placas

 Deve-se observar o local onde serão aplicadas as pedras.


 Previsão de detalhes para execução da tarefa.
 Atentar para espessura das placas de mármore ou granito a serem empregados e a camada de
argamassa de assentamento.
 Atenção com tubulações que provocarão recortes no piso com ralo ou tomada.
 Deve-se fazer um lançamento do piso, isto é, como as placas soltas fazer uma visualização do
serviço acabado.
 Após esta tarefa anterior procede-se à execução da argamassa em quantidade pequena para fixação
das placas de referência de nível.
 A colocação da 1ª fiada é a mais importante, pois depende o sucesso da tarefa.
 Conferir sempre o nivelamento das placas com auxílio do nível.
 Remover sempre o excesso de argamassa.
 Manter sempre a limpeza das arestas e da superfície da pedra.
 Proteger o piso em fase dos maus tratos da obra. Deve-se cobri-lo com uma leve camada de gesso
mole, que ao endurecer possibilita o tráfego dos operários.

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Colocação | Revestimento de Paredes

 As paredes devem ser chapiscadas com cimentos e areia.


 Quando não houver piso, devera ser usada uma régua de madeira que simule a existência de um
piso no local. Deve ser colocada na posição desejada, nivelada imobilizada, utilizando-se o auxílio de
cunhas e pinos de fixação.
 No revestimento de paredes as placas necessitam de fixação de grampos metálicos.
 A referência do alinhamento deve consistir na colocação entre a primeira e última pedra de
referência, de uma linha de nylon com objetivo de fornecer o alinhamento exato as próximas pedras a
serem colocadas.

Colocação | Revestimento de Escadas

 Os degraus em mármore ou granito, geralmente possuem espessuras de 3 cm e os espelhos de 2


cm.
 As juntas entre espelhos e degraus deverão ser preenchidas com nata de cimento branco ou comum
dependendo da cor do revestimento.
 Os degraus devem apresentar leve caimento para evitar o acúmulo de sujeita e umidade.
 Deve-se prever uma faixa antiderrapante no piso da escada para evitar escorregamentos.
 A modernização do maquinário de corte tem permitido diminuir a espessura das placas e com a
mesma qualidade.

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Unidade 02: Revestimentos Cerâmicos


É um material muito antigo que era utilizado apenas pela nobreza. Nesta época os azulejos eram
ricamente decorados pelos artesãos ceramistas e iam revestir as paredes dos grandes palácios. Graças à
produção industrial em massa e à evolução tecnológica o revestimento cerâmico tornou-se acessível a todas
as camadas sociais e as possibilidades de uso cresceram muito.
Atualmente existem revestimentos cerâmicos para todos os tipos de ambientes: áreas comerciais,
industriais, residenciais, fachadas, piscinas etc. Suas características de impermeabilidade, estabilidade de
cores, facilidade de limpeza, resistência à abrasão e a manchas somadas à sua beleza estética fazem do
revestimento cerâmico o produto ideal para atender às suas necessidades.

A qualidade e a durabilidade de uma superfície com revestimentos cerâmicos estão diretamente


relacionadas aos seguintes aspectos:
1. Planejamento: Escolha correta do revestimento cerâmico
2. Qualidade do material de assentamento
3. Qualidade da construção e do assentamento
4. Manutenção

Patologias

Destacamento

Ocorre quando a placa cerâmica desprende do substrato. Isto se deve por problemas de
assentamento, podendo ocorrer também quando o substrato esteja especificado fora da norma.

Eflorescência

Ocorre quando a umidade externa entra em contato com os sais solúveis do cimento e de cal de
base, levando até a superfície do esmalte e surge a formação de uma nata branca.

Gretagem

Ocorre quando o esmalte da peça sofre tração ou trinca. Isto se deve a falta de tecnologia na
produção da peça cerâmica.

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PLANEJAMENTO: Escolha correta do Revestimento Cerâmico.

Especificar corretamente ficou muito fácil. As distribuidoras de material cerâmico indica o local de uso
de todos os revestimentos cerâmicos esmaltados considerando todas as suas características técnicas.

Assim você só precisa observar a codificação abaixo:

Código Local de Uso


LA Banheiros Residenciais
LB Salas / Quartos e Cozinhas Residenciais sem acesso para a rua.
Áreas Comerciais sem acesso para a rua. Ambientes Residenciais (Garagens e Varandas)
LC
com acesso para a rua.
LD Áreas Comerciais com acesso para a rua.
LE Calçadas e Ambientes Externos com áreas planas.
LP Piscinas
LF Fachadas

Algumas características técnicas e classificação de revestimentos cerâmicos são importantes e é bom


que você as conheça para uma correta especificação:

Absorção de Água

A absorção de água é utilizada para classificar todos os revestimentos cerâmicos e definir as


especificações a serem seguidas pelo fabricante. A absorção de água também é um indicativo da resistência
mecânica de um revestimento cerâmico.

Veja a classificação:

Absorção de Água Classe Resistencia Mecânica Denominação


≤ 0,5 % BI a Altíssima Porcellanato
> 0,5 a ≤ 3,0 % BI b Muito Alta Grês
> 3,0 a ≤ 6,0 % BII a Alta Semi-Grês
> 6,0 a ≤ 10,0 % BII b Média Semi-Grês
> 10,0 % BIII Baixa Poroso

Lembramos que a resistência mecânica é uma característica importante apenas para produtos que
serão usados em piso, pois os azulejos – usados nas paredes - não são submetidos à grande esforço
mecânico.

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PLANEJAMENTO: Escolha correta do Revestimento Cerâmico.

Deslizamento

Outra característica importante para os produtos destinados a uso em piso é o deslizamento. Esta
característica também é determinada em laboratório e de acordo com o resultado do coeficiente de atrito a
úmido (COF) os revestimentos são classificados e recomendados para diferentes locais.

Classe COF Indicação de Uso


I < 0,4 Inadequado para Áreas Externas.
II ≥ 0,4 Recomendado para Áreas Externas em nível.
III ≥ 0,75 Recomendado para Áreas Externas com rampa até 10%

Tamanho

A variação de tamanho é inerente ao processo de fabricação dos revestimentos cerâmicos. De


maneira a evitar dificuldades de assentamento e comprometimento do efeito estético as distribuidoras de
material cerâmico separa os revestimentos em 3 classes de tamanho: P, M, e G. Assim é importante conferir
no recebimento se em todas as embalagens, de um mesmo produto, o tamanho é o mesmo.
Nunca assente produtos de tamanhos diferentes. Caso a paginação do projeto especifique o uso de
produtos diferentes em um mesmo ambiente, o tamanho destes produtos deve ser o mesmo.

Variações da Tonalidade da Cor

O revestimento cerâmico é um acabamento e, por isto, além das características técnicas a estética
também é um fator decisivo na hora da especificação. Muitos revestimentos apresentam variações de
tonalidade intencional, de forma a reproduzir as condições da natureza ou para criar um efeito estético único.
Para facilitar a identificação sobre se o produto escolhido tem ou não uma variação intencional de
tonalidade de uma peça para outra, as distribuidoras de material cerâmico adota uma classificação que está
explicada a seguir:

 V1 = Aparência Uniforme: as diferenças de tonalidade entre peças de uma mesma produção são
mínimas.
 V2 = Variação Leve: as diferenças são claramente distinguíveis na textura e/ou no padrão dentro de
cores similares.
 V3 = Variação Moderada: as cores presentes numa única peça serão parte das cores presentes nas
outras peças, mas a quantidade de pigmentos de cores em cada peça pode variar significativamente.
Por exemplo: uma “nuance” de cor de um dos pisos pode aparecer como a cor predominante em
outro.
 V4 = Variação o Acaso: diferenças de cores ao acaso de piso para piso de modo que uma peça
pode ter cores totalmente diferentes das outras. Desta forma o resultado final será único.

Antes de iniciar o assentamento confira se o número da tonalidade é o mesmo em todas as


embalagens. Não assente produtos de tonalidades diferentes em um mesmo ambiente.

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PLANEJAMENTO: Escolha correta do Revestimento Cerâmico.

Planejamento das Juntas

As cerâmicas se diferenciam de outros tipos de acabamentos porque compõem mosaicos ao gosto do


projetista. As juntas fazem parte da qualidade das aplicações e auxiliam na beleza do revestimento. Além da
importância estética as juntas desempenham importante papel porque dão flexibilidade para a superfície na
acomodação das peças. Observe os diferentes tipos e largura de juntas:

 Juntas Estruturais: definidas no projeto da obra e devem ser respeitadas durante o assentamento.

 Juntas de Dilatação: são as juntas que interrompem o contra piso e têm como função permitir
possíveis variações dimensionais. A largura deverá ser de 10 mm e preenchida com material elástico.
Essas juntas devem ser previstas, no máximo, a cada 6 metros lineares para áreas internas e
externas, respeitando os limites de 20m² para pisos externos, 32 m² para pisos internos e 12 m² para
fachadas.

 Juntas de Dessolidarização: são juntas cuja função é separar o revestimento do piso para aliviar
tensões provocadas pela movimentação da base ou do próprio revestimento. Devem ser colocadas
no encontro entre o piso e a parede e em volta de pilares. A largura deverá ser de 10 mm e poderá
ficar sob o rodapé ou ser preenchida com material elástico.

 Junta de Assentamento: são as de união entre as peças cerâmicas. A largura mínima a ser
observada depende do tamanho do revestimento e está sempre recomendada na embalagem do
produto.

Importante:

 Adquira 10% a mais de revestimento para eventuais cortes, quebras ou futuras reformas.
 No processo de fabricação de revestimentos cerâmicos pode ocorrer variações de tamanho e
tonalidade. Segundo as normas do setor cerâmico NBR 13818 e ISO 13006 no mínimo 95% das
peças devem estar livres de defeitos superficiais. Se o número de peças defeituosas estiver
dentro deste limite (5% do lote adquirido) o lote é considerado conforme. Separe estas peças e use-
as para recortes. Caso o número exceder a este limite entre em contato com a Assistência Técnica
antes de assentar as peças. Abra duas ou três embalagens, espalhe as peças e verifique se o efeito
estético é o esperado.

Cuidados na Obra

 Ao receber o revestimento cerâmico na obra, tome cuidado para que nenhum dano venha a ocorrer
comprometendo assim a qualidade do produto.
 É importante que as embalagens estejam empilhadas da maneira correta a fim de evitar danos ao
produto como quebra de cantos ou até de toda a peça. As embalagens dever ser empilhadas
cuidadosamente até uma altura máxima de 1,5 metros. Deposite sempre as embalagens
verticalmente. Preste atenção às figuras abaixo e utilize sempre a forma adequada de
empilhamento.

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Qualidade do Material de Assentamento

Recomendamos observar as seguintes normas de assentamento:

 NBR 13753: Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de
argamassa colante.
 NBR 13754: Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa
colante.
 NBR 13755: Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização
de argamassa colante.

Argamassa Colante

A qualidade do material de assentamento é o segundo fator relacionado à durabilidade do


revestimento cerâmico. A argamassa colante e a argamassa de rejuntamento também devem ser escolhidas
de acordo com o ambiente a ser revestido. Escolha a argamassa de assentamento ideal de acordo com o tipo
e o local de uso do revestimento cerâmico.

Siga rigorosamente as informações da embalagem de Argamassa

Argamassa de Rejuntamento

A argamassa de rejuntamento contribui significativamente para o efeito estético final de um ambiente.

Siga rigorosamente as informações da embalagem de Rejuntamento

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Qualidade da Construção e do Assentamento

A qualidade da construção é outro fator importante. Quando construir um contra piso térreo, para
obter um ótimo resultado, siga estas orientações:

Execução do Contra Piso

Os requisitos básicos para a execução do contra piso em pavimento térreo são:

 Drenagem para eliminar a pressão hidrostática sob a edificação e áreas adjacentes.


 Colocação de uma camada de pedra britada com 15 a 20 cm de espessura entre o solo e o contra
piso.
 Camada de concreto de espessura mínima de 8 cm e com, pelo menos, 400 kg de cimento por m³,
adequadamente dosado com baixa relação água/cimento; precisa ser vibrado e curado.
 Impermeabilização do contra piso, se necessário.
 A superfície deve ser plana, rugosa, sem fissuras e livre de fatores que reduzam a aderência tais
como umidade excessiva, óleos, graxas e outros.

Execução do Emboço em Paredes Internas

Se a alvenaria for de tijolos de cerâmica, estes deverão ser de boa qualidade:

 Os blocos de concreto devem ter baixa absorção de água e serem curados adequadamente, serem
assentados no prumo e com argamassa resistente.
 A parede deve estar limpa, ter superfície regular, ser plana, sem fissuras e livre de fatores que
reduzam a aderência tais como: umidade excessiva, óleos, graxas e outros.
 Antes de aplicar o reboco é comum chapiscar a superfície dos blocos com argamassa apropriada.
Esse chapisco aumenta a área de contato do reboco e garante aderência.
 Prepare a argamassa de chapisco com uma parte de cimento para dois de areia lavada grossa.
 Para qualquer tipo de base, umedeça-a com o auxílio de uma trincha.

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Qualidade da Construção e do Assentamento

Rebocando (emboço)

Passadas 24 horas depois de fazer o chapisco inicie o reboco, usando 1 parte de cimento para 5 de
areia média de rio e 0,5 ou ½ de cal de boa qualidade que pode ser substituída por plastificante. Caso preferir
utilizar argamassa de emboço pré-fabricada, siga rigorosamente as instruções do fabricante.
A superfície deve ser plana, rugosa, sem fissuras e livre de fatores que reduzam a aderência tais
como: umidade excessiva, óleos, graxas e outros.
A areia média é ideal porque o reboco fica com uma superfície rugosa, com boa aderência da
argamassa colante na hora da fixação final das peças cerâmicas.
Não esqueça que a areia deve estar livre de sais e outras impurezas.

Execução do Assentamento

Antes de iniciar o assentamento faça uma inspeção nas peças cerâmicas que serão assentadas,
verificando se todas são da mesma referência, tonalidade e tamanho. Não misture peças de tonalidade e
tamanho diferentes em um mesmo ambiente. Caso o projeto especifique a combinação de produtos
diferentes em um mesmo ambiente certifique-se de que o tamanho é o mesmo para todos.
Leia as instruções das embalagens de revestimento e argamassa. A temperatura da superfície a ser
revestida deve estar entre 4°C e 32°C. Em temperaturas altas umedeça levemente a superfície. Respeite as
juntas estruturais, de dessolidarização e de dilatação. Estas juntas devem ser preenchidas com mastique de
poliuretano ou similar. Não cubra as juntas de dilatação, estrutural e de dessolidarização com argamassa
colante ou de rejuntamento. Antes de começar o assentamento planeje os recortes e a distribuição das peças
bem como a largura das juntas.

Preparação da Argamassa Colante

Misture a argamassa em um recipiente limpo, observando sempre a quantidade de água indicada.


Eventualmente esta quantidade pode variar de acordo com as condições climáticas do local. Certifique-se de
estar usando a argamassa colante indicada para a sua aplicação. Despeje a quantidade de água indicada no
recipiente. Em seguida adicione o pó, mexendo sempre até obter uma consistência firme e sem grumos.
Deixe a argamassa repousar durante 5 a 10 minutos. Volte a mexer sem adicionar mais pó ou líquido.
Durante o uso mexa ocasionalmente para manter a mistura trabalhável. Para dar mais velocidade ao preparo
e melhorar a operação de mistura utilize o misturador elétrico. Caso a argamassa colante seja de sistema
bicomponente, substitua totalmente a água por um aditivo.

Aplicação da Argamassa Colante

Aplique uma camada fina de argamassa colante (3 a 4 mm) com o lado liso da desempenadeira
proporcionando assim uma melhor aderência. Em seguida utilize o lado dentado da desempenadeira num
ângulo de aproximadamente 600, formando cordões de argamassa.

Aplicação do Revestimento Cerâmico

Aplique as peças cerâmicas fazendo-as deslizar um pouco sobre os cordões de argamassa.


Pressione as peças com a mão e bata com um martelo de borracha para esmagar os cordões e assegurar
uma melhor aderência.

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Qualidade da Construção e do Assentamento

Controle da Aderência

De vez em quando retire e observe uma peça recém assentada. O verso da peça deverá estar com,
no mínimo, 90% de sua área preenchida com argamassa colante.

Tempo em Aberto

Controle o tempo em aberto da argamassa colante. A argamassa estará em boas condições se, ao
tocar os cordões, os dedos sujarem. Não aplique o revestimento em áreas onde a argamassa já estiver seca.

Rejuntamento

Retire os espaçadores e faça o rejuntamento, no mínimo, 48 horas após o término do assentamento.


Limpe todas as juntas e a superfície das peças assentadas enquanto a argamassa ainda estiver fresca. Uma
limpeza antes deste prazo poderá provocar a remoção parcial do rejuntamento e se for tardia obrigará a uma
limpeza agressiva, mecânica ou química, que poderá deteriorar irreversivelmente a superfície cerâmica. Nos
casos de pisos com textura rústica passe uma camada de cera líquida sobre a peça antes do rejuntamento.

Liberar para tráfego leve somente 24 horas após o rejuntamento.

Limpeza Final de Obra

Como citado anteriormente é importante evitar o acúmulo de resíduos de assentamento e


rejuntamento. Caso seja necessária uma limpeza mais agressiva nunca utilize ácidos, pois a superfície do
revestimento poderá ser atacada irreversivelmente. Para a limpeza em final de obra utilize um Removedor.

Atenção: Para cada caso há um Removedor apropriado, para que não ocorra patologia no piso.

Manutenção Periódica

O revestimento cerâmico destaca-se por sua facilidade de limpeza. Mas o ideal em qualquer caso é
que se evite sempre o acúmulo de sujeiras. Eventuais manchas ou sujidades podem ser facilmente
removidas, na maioria das vezes utilizando-se apenas um pano úmido. Nos casos de persistência das
manchas utilize saponáceo ou água sanitária.
Para o porcellanato polido (superfície brilhante) recomendamos produtos específicos de acordo com o
tipo de mancha, como se pode ver a seguir:

Tipo de Manchas Produtos para Limpeza


Graxas e Óleos Água quente e Detergente Alcalinos
Tintas Removedor de Tintas
Ferrugem Água Sanitária e Saponáceo
Café Água Sanitária e Saponáceo
Tintas de Caneta Solvente Orgânico (Acetona ou Benzina)
Borracha de Pneus Solvente Orgânico (Aguarrás) ou Saponáceo
Cerveja e Vinho Detergente Alcalino ou contento abrasivo ou Água Sanitária.

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Unidade 03: Vidros


O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida com o resfriamento de uma massa
líquida à base de sílica.
Em sua forma pura, o vidro é um óxido metálico super esfriado transparente, de elevada dureza,
essencialmente inerte e biologicamente inativo, que pode ser fabricado com superfícies muito lisas e
impermeáveis. Estas propriedades desejáveis conduzem a um grande número de aplicações. No entanto, o
vidro é frágil, quebra-se com facilidade.

Composição

As matérias-primas que compõem o vidro são os vitrificantes, fundentes e estabilizantes.

Os vitrificantes são usados para dar maior característica à massa vidrosa e são compostos de
anidrido sílico, anidrido bórico e anidrido fosfórico.
Os fundentes possuem a finalidade de facilitar a fusão da massa silícea, e são compostos de óxido
de sódio e óxido de potássio.
Os estabilizantes têm a função de impedir que o vidro composto de silício e álcalis seja solúvel, e
são: óxido de cálcio, óxido de magnésio e óxido de zinco.
A sílica, matéria prima essencial, apresenta-se sob a forma de areia; de pedra cinzenta; e encontra-
se no leito dos rios e das pedreiras.
Depois da extração das pedras, da areia e moenda do quartzo, procede-se a lavagem a fim de
eliminar-se as substâncias argilosas e orgânicas; depois o material é posto em panelões de matéria refratária,
para ser fundido.
A mistura vitrificável alcança o estado líquido a uma temperatura de cerca de 1.300°C e, quando
fundem as substâncias não solúveis surgem à tona e são retiradas. Depois da afinação, a massa é deixada
para o processo de repouso, de assentamento, até baixar a 800°C, para ser talhada.

Propriedades Físicas e Químicas:

 Boa dureza
 Boa qualidade ótica
 Impermeável aos raios ultravioletas

Propriedades Mecânicas

Evoluíram com os processos de tempera e laminação, oferecendo melhor desempenho quanto a


resistência e segurança.

Classificação:

 Forma: Plana, curva e perfilada


 Transparência: Transparente, translúcido e opaco
 Tipo: Recozido e segurança (temperado, laminado, lamina anti-bala, aramado)
 Acabamento: float, impresso, fosco, espelhado, refletivo, gravado
 Coloração: Colorido e incolor

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Tipos de Vidros | Vidro “Fantasia”

Os vidros chamados de “Impressos” ou “Fantasia” são vidros planos e translúcidos, com diversos
tipos de desenhos geométricos em uma ou ambas as faces, que conferem á vedação maior ou menor
privacidade.
Podem ainda receber tratamento superficial á base de jatos de areia (efeito jateado) ou esmalte,
conforme tabela abaixo:

Vidro Fantasia Espessura (mm) Desenho Geométrico Acabamento


Canelado 4 mm Caneletas Verticais Brilhante
Pequenas reentrâncias e saliência
Pontilhado 4mm / 6mm / 8mm / 10mm Texturizado
superficiais
Desenhos em alto relevo de forma
Martelado 4 mm Brilhante
circular e ranhuras
Miniboreal 4 mm Superfície Pontilhada Texturizado
Silésia 4 mm Losangos Texturizado
Jacarezinho 4 mm Pequenos retângulos em alto relevo Brilhante
Bolinha 4 mm Desenho em alto relevo de forma Brilhante
Opaco 4mm / 6mm / 8mm / 10mm Liso Fosco
Esmaltado 4mm / 6mm / 8mm / 10mm Liso Esmaltado

Acabamento Produção Vantagens Desvantagens Aplicação


Acabamento
Brilhante (a fogo) natural depois de Superfície Brilhante Ambas as faces
estirado
Reduz Reduz a resistência
Tratado com ácido ofuscamento e a do vidro a impacto Usualmente em
hidrofluorídrico passagem de luz e e esforços uma face
aumenta a difusão mecânicos
Fosco Difícil de limpar,
Aumenta a difusão reduz a
Jatos de areia fina Usualmente em
e reduz a transmissão
e ar comprimido uma face
passagem de luz luminosa e torna o
vidro muito frágil.
Esmaltes vítreos
aplicado em uma Reduz a
das faces, transmissão
Usualmente em
Esmaltado posteriormente luminosa e
uma face
aquecidos e proporciona difusão
fundidos à mais uniforme
superfície do vidro
Superfície rugosa Reduz a
Somente em uma
Texturizado impressa em uma transmissão
face
das faces luminosa

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Tipos de Vidros | Vidros “Fantasia”

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Tipos de Vidros | Vidro Aramado

Vidro plano, liso, translúcidos com uma malha metálica quadrada, inserida em seu interior. É
resistente a corrosão. Em caso de quebra os estilhaços ficam presos a malha metálica.

Aplicação

Varandas, guichê e portas de elevador (visor).

Dimensões

De comprimento: 2.00m ou 3.00m e de largura: 1.25m, sendo a espessura 6mm.

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Tipos de Vidros | Vidro Laminado

Vidro de segurança composto de duas ou mais laminas de vidro (float, temperado ou refletivo),
intercaladas por uma película de polivinil butiral (PVB), que pode ser incolor ou colorida.

Vantagens

Aumenta a capacidade de isolamento termo acústico do vidro e em caso de quebra os fragmentos


ficam presos a película.

Dimensões

Comprimento e Largura: 2.35m x 3.15m.

Segundo a NB-226 da ABNT (Trata do vidro na Construção Civil), o uso vidro laminado deve ser
obrigatório para locais que exijam segurança: Peitoris, sacadas, telhados e clarabóias

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Tipos de Vidros | Vidro Temperado

Considerado um vidro de segurança. Quando quebra fragmenta-se por inteiro. Tem boa resistência a
impactos. Deve ser detalhado, não admite cortes e furos depois de executada a têmpera. Possui ferragens
próprias e pode ser encaixilhado como vidro comum.

Cores

Havana, Cinza e Prata.

Dimensões

Comprimento e Largura: 3.20m x 2.40m com espessuras de 6 a 10 mm.

Aplicações

Lojas, Vitrines, Portas e etc.

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Tipos de Vidros | Vidro Duplo

Vidro isolante termo acústico tipo CLIMASON (Santa Marina). Apresenta câmara de ar desidratado.

Espessura

Varia de 14mm a 34mm.

Dimensões

Comprimento e Largura: 30cm x 30cm a 2.50m x 2.00m ou sob encomenda.

Separação entre os vidros: feita por tubo metálico quadrangular recheado com silicagel sendo o
conjunto duplamente selado.

Vantagens

Reduz o ruído, não permite que o calor interno se dissipe, impede a saída do ar refrigerado.
Permite varias combinações (vidros coloridos, temperados, laminados e refletivos). Há necessidade
de projeto especifico.

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Tipos de Vidros | Structural Glazing (Fachada de vidro estrutural)

Cortina de vidro onde o perfil se esconde atrás do vidro colocado por silicone estrutural ao caixilho e
fixado a estrutura (a estrutura metálica de sustentação não aparece).

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Tipos de Vidros | Vidro Float

Vidro simples, liso, popularmente chamado de cristal de pano. Produto homogêneo sem ondulações.
É frágil e apresenta perigo quando quebra. Suas espessuras variam de 2 a 6 mm. As cores são: Verde,
Bronze, Cinza e Incolor.

Tipos de Vidros | Vidro de Cristal Liquido

É composto por dois vidros laminados separado por uma câmara, com filmes de cristais líquidos
injetado.

Aplicação

Locais que exijam transparência, privacidade, assepsia, higiene (sem uso de cortinas), hospitais e
berçários. Deve-se combinar espessura, têmpera, tipo, cor do vidro e cor do polivinil butiral

Tipos de Vidros | Vidros Laminados à Prova de Balas

O que permite um vidro ser resistente as balas é a sucessiva junção de lâminas de vidro, unidas pela
película de polivinil butiral.
São fabricados vidros laminados com espessuras de 20 mm, 25 mm, 30 mm, 38 mm, 44 mm e 50
mm.

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Tipos de Vidros | Bloco de Vidro Comum

Dimensões: 20 x 20 x 4cm
Aplicações: Divisórias, Corredores e Garagens.

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Tipos de Vidros | Blocos de Vidro Coloridos

Dimensões: 19x19cm (25 peças/m).


Cores: Bronze, Fumê, Azul, Vermelho, etc.
Aplicações: Fachadas, divisórias, etc.

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Tipos de Vidros | Telhas de Vidros

Tipo: Francesa e Colonial


Aplicações: restrita a pequenas peças na cobertura para facilitar a iluminação.

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Tipos de Vidros | Vitral

Técnica desenvolvida com a Arquitetura Gótica.

Exemplo: Catedral de Chartes – França

Patologias

 Espessura inadequada (abaixo da norma pode provocar fissuras)


 Acabamentos das bordas (devem ser lixadas)
 Movimentações (mau dimensionamento das folgas dos caixilhos)
 Falta de limpeza (impede que o vidro fique apoiado dos calços)
 Reflexos retorcidos (Caixilharia sem planimetria, falha na colocação de calços e dimensões
inadequadas)
 Vedantes, massas e gaxetas (não devem ser rígidos, podem provocar tensões nas placas)

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Unidade 04: Material Plástico

Em química e tecnologia, os plásticos são materiais orgânicos poliméricos sintéticos, de constituição


macrocelular, dotada de grande maleabilidade (que apresentam a propriedade de adaptar-se em distintas
formas), facilmente transformável mediante o emprego de calor e pressão, e que serve de matéria-prima para
a fabricação dos mais variados objetos: vasos, sacola, toalhas, embalagens, cortinas, bijuterias, carrocerias,
roupas, sapatos.
A matéria-prima dos plásticos geralmente é o petróleo. Este é formado por uma complexa mistura de
compostos. Pelo fato de estes compostos possuírem diferentes temperaturas de ebulição, é possível separá-
los através de um processo conhecido como destilação ou craqueamento.
A fração nafta é fornecida para as centrais químicas e petrodoicas, onde passa por uma série de
processos, dando origem aos principais monômeros, como, por exemplo, a creolina.
São divididos em dois grupos, de acordo com as suas características de fusão ou derretimento:
termoplásticos e termorrígidos.

História

A designação "plástico" origina-se do grego plassein e exprime a característica dos materiais quanto
a moldabilidade (mudança de forma física). Adota-se este termo para identificar materiais que podem ser
moldados por intermédio de alterações de condições de pressão e calor, ou por reações químicas.
O primeiro acontecimento que levou à descoberta dos plásticos foi o desenvolvimento do sistema de
vulcanização, por Charles Goodyear, em 1839, adicionando enxofre à borracha bruta. A borracha tornava-se
mais resistente ao calor. O segundo passo foi a criação do nitroceluloide, em 1846 por Charles Schonbein,
com a adição de ácido sulfúrico e ácido nítrico ao algodão. O nitroceluloide era altamente explosivo e passou
a ser utilizado como alternativa à pólvora. Posteriormente, foi desenvolvido o celuloide com a adição da
cânfora. Esse novo produto tornou-se matéria-prima na fabricação de filmes fotográficos, bolas de sinuca,
placas dentárias e bolas de pingue-pongue. Em 1909, Leo Baekeland criou a baquelite, primeiro polímero
realmente sintético, podendo ser considerado, portanto, o primeiro plástico. Era resultado da reação entre
fenol e formaldeído. Tornou-se útil pela sua dureza, resistência ao calor e à eletricidade.
Na década de 30 foi criado um novo tipo de plástico: o náilon.[1] Após a Segunda Guerra Mundial
foram criados outros, como o dácron, o isopor, o poliestireno, o polietileno e o vinil. Nesse período, os
plásticos se difundiram no cotidiano das pessoas de tal forma a não ser possível imaginar o mundo de hoje
sem eles.

Classificação

Podem ser subdivididos em termoplásticos e termofixos:

 Termofixos são polímeros de cadeia ramificada, para os quais, o "endurecimento" (polimerização ou


cura) é consequência de uma reação química irreversível.
 Termoplásticos, tem como vantagem sua versatilidade e facilidade de utilização, desprendendo-se,
geralmente, da necessidade de máquinas e equipamentos muito elaborados (e financeiramente
dispendiosos).

Dentre os termofixos conhecidos, destaca-se o poliéster. As resinas poliésteres constituem a família


de polímeros resultantes da condensação de ácidos carboxílicos com glicóis, sendo classificados como
resinas saturadas ou insaturadas, dependendo da cadeia molecular resultante.

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Exemplos

 Tereftalato de polietileno (PET ou Pete): John Rex Whinfield inventou um novo polímero em 1941
ao condensar etilenoglicol com ácido tereftálico. A substância condensada foi o tereftalato de
polietileno (PET ou Pete). PET é um termoplástico que pode ser reduzido a fibras (como o dácron) e
filmes (como Mylar). É o plástico principal das embalagens para alimentos com fecho.
 Poliestireno (Isopor): o poliestireno é formado por moléculas de estireno. Ele é capaz de formar um
plástico rígido e resistente a impactos para móveis, gabinetes (para monitores de computador eTVs),
copos e utensílios. Quando o poliestireno é aquecido com ar na mistura, forma o isopor. O isopor é
leve, moldável e um excelente isolante.
 Cloreto de polivinila (PVC): o PVC é um termoplástico formado quando o cloreto de vinil (CH2=CH-
Cl) sofre polimerização. Após a produção, ele fica frágil, então os fabricantes colocam um líquido
plastificante para torná-lo macio e maleável. O PVC é muito utilizado para tubulações e
encanamentos, por ser durável, impossível de corroer e mais barato do que tubulações metálicas.
Porém, após muito tempo, o plastificante pode ser eliminado naturalmente, tornando a tubulação
frágil e quebradiça.
 Politetrafluoroetileno (Teflon): o teflon foi feito em 1938 pela DuPont. É criado pela polimerização
das moléculas de tetrafluoroetileno (CF2=CF2). O polímero é estável, resistente a altas temperaturas
e a várias substâncias químicas e possui uma superfície quase sem atrito. O teflon é utilizado na fita
de vedação de encanamento, utensílios para a cozinha, canos, revestimentos à prova d'água, filmes
e mancais.
 Polietileno, LDPE e HDPE: o polímero mais comum dentre os plásticos é o polietileno, feito de
monômeros de etileno (CH2=CH2). O primeiro polietileno foi produzido em 1934. Atualmente,
chamamos esse plástico de polietileno de baixa densidade (LDPE) porque ele flutua em uma mistura
de álcool e água. No LDPE, as fibras de polímero são entrelaçadas e organizadas imprecisamente,
então ele é macio e flexível. Foi utilizado pela primeira vez para isolar fios elétricos, mas atualmente,
é utilizado para filmes, embalagens, garrafas, luvas descartáveis e sacos de lixo.

Na década de 50, Karl Ziegler polimerizou o etileno na presença de vários metais. O polímero
polietileno resultante era composto principalmente por polímeros lineares. Essa forma linear produzia
estruturas mais firmes, densas e organizadas, e é chamada atualmente de polietileno de alta densidade
(HDPE). O HDPE é um plástico mais rígido com ponto de fusão mais alto do que o LDPE, e que encolhe em
uma mistura de álcool e água. O HDPE foi apresentado pela primeira vez em bambolês, mas é usado hoje
principalmente em recipientes.

 Polipropileno (PP): em 1953, Karl Ziegler e Giulio Natta, trabalhando independentemente,


prepararam o polipropileno a partir de monômeros de propileno (CH2=CHCH3) e receberam o Prêmio
Nobel de Química em 1963. As diversas formas de polipropileno têm seus respectivos pontos de
fusão e rigidez. O polipropileno é utilizado em acabamentos de carros, embalagens de bateria,
garrafas, tubos, filamentos e sacolas.

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Cloreto de Polivinila | PVC

O PVC é um termoplástico formado quando o cloreto de vinil (CH2=CH-Cl) sofre polimerização. Após
a produção, ele fica frágil, então os fabricantes colocam um líquido plastificante para torná-lo macio e
maleável. O PVC é muito utilizado para tubulações e encanamentos, por ser durável impossível de corroer e
mais barato do que tubulações metálicas. Porém, após muito tempo, o plastificante pode ser eliminado
naturalmente, tornando a tubulação frágil e quebradiça.

Característica do PVC

Maior leveza, facilidade de manuseio, facilidade de estocagem, facilidade de ancoragem, boa


resistência química e à água, imunes a corrosão e custo baixo.

Normas ABNT

 NBR 5648: Para tubos que conduzem água fria.


 NBR 5688: Para tubos utilizados na condução de esgoto sanitário e ventilação.
 NBR 10843: Para dutos de águas pluviais.

Uso do Material Plástico na Construção

 Rede de Esgotos
 Rede de distribuição de água potável
 Esquadrias
 Forros
 Divisórias
 Mantas
 Pisos
 Calhas
 Caixas d’água
 Revestimento de paredes
 etc.

Aplicação | Tubulação para Adução e Distribuição de Água.

Classificação: Linha PBA, Linha PBS e Linha DE FOFO.

 As linhas PBA e PBS são fabricadas na cor marrom a partir do DN (diâmetro nominal)
 Diferença entre as linhas PBA e PBS: Está nos sistemas de união dos tubos e conexões.
 As da linha PBA são unidas através de juntas elásticas (ponta e bolsa dotada de anel de borracha).
 Os tubos e conexões da linha PBS são unidos por juntas soldáveis.
 Os tubos da linha DE FOFO são fabricados na cor azul.

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Linha DEFOFO

Benefícios Características
O anel já é incorporado ao produto eliminando a
Elevada Resistência a impactos
necessidade de estique de anel.
Menor Esforço de inserção de luva nas
Facilidade de aquisição
tubulações.
Matéria prima PVC com comporto alterado
Fácil Instalação
conforme Norma ABNT/NBR 7665/2007.

Aplicação | Tubulações Empregadas em Rede de Esgoto Sanitário

Normas ABNT

 NBR 7968: Tubulação de saneamento nas áreas de rede de distribuição, adutoras, redes coletoras
de esgoto sanitário.
 NBR 5688: Tubo de PVC rígido (Esgoto secundário e primário)

Características

 Tubo: Comprimento 6cm.


 DN: 40, 50, 75, 100, 150.
 Conexões: Curva de 90 graus, Curva de 45 graus, Joelho de 45 graus, Joelho de 90 graus, ligação
para esgoto, luva, Tê.

Aplicação | Componentes de PVC empregados em Instalações Elétricas

 Eletrodutos (Rígidos ou flexíveis corrugados)


 Perfis de PVC para instalações elétricas aparentes.
 Componentes terminais de instalação (caixas, espelhos, tomadas, interruptores)

Normas ABNT

 NBR 6689: Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas prediais – Especificação.
 NBR 5354: Requisitos gerais para material de instalações elétricas prediais – Especificação

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Outras Aplicações

Esquadrias de PVC

Norma ABNT

NBR 10821: Caixilho para edificação

Alguns critérios complementares à Norma 10821 para o bom funcionamento da janela de PVC.
Comportamento ao fogo, comportamento mecânico, resistência às cargas de vento, isolação acústica,
resistência à água e às operações de manuseio.

Piso Vinílico

Uso: Revestimento de superfícies de pavimentos cobertos de residências, áreas de maior transito.


Apresenta superfície regular e plana, fácil limpeza, antialérgicos, isolantes termo acústico, fáceis de
instalar. Os pisos vinílico flexíveis são fornecidos em mantas de diversas cores e padrões.

Divisórias Internas de PVC

Características: Leveza, boa resistência química aos agentes de limpeza, boa durabilidade,
apresentam cavidades internas formando vazios de ar melhorando o desempenho térmico.

Norma ABNT

NBR 11681: Divisórias leves internas moduladas.

Siding

São sistemas de lâminas de PVC rígido para revestimento de parede (vertical e horizontal). Boa
durabilidade, leveza, boa isolante térmica e acústica.

Persianas em PVC

Ventilação e iluminação reguláveis, leveza, estanques à água e ao ar.

Forro de PVC

Acabamento interior, isolamento térmico, ocultamento de redes de instalação, leveza, não


apresentam problemas de degradação, dispensam manutenção, permitem colocação de luminárias, facilidade
de remoção.

Cantoneiras de PVC

Vantagens: Cores diversas, boa resistência a quebra e não são atacadas quimicamente pelo cimento
e cal.

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Outras Aplicações

Telhas de PVC

Facilidade de instalação, manutenção, durabilidade, leveza, constância da espessura e translucidez.

Calhas de Piso

Modulação, boa resistência química, estanqueidade

Impermeabilização com Mantas Asfálticas

Um dos sistemas de impermeabilização do tipo flexível. Aplicado para proteger as lajes contra
infiltração de água.

Norma ABNT

NBR 9952: “Mantas asfáltica com Armadura para Impermeabilização”

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PATOLOGIAS FREQUENTES EM SISTEMAS PREDIAIS HIDRÁULICOS SANITÁRIOS E DE GÁS


COMBUSTÍVEL DECORRENTES DE FALHAS NO PROCESSO
Texto retirado do site: Fórum da Construção | http://forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=27&Cod=319

Este trabalho apresenta as patologias mais frequentes verificadas em anos recentes nos sistemas
prediais hidráulico-sanitários e de gás combustível de 24 edifícios residenciais novos e antigos, no município
de Curitiba, objeto de laudos técnicos decorrentes da atividade profissional dos autores.
Além de quantificar as patologias mais frequentes apontadas nesses laudos, o trabalho lista as
causas mais frequentes, concluindo que estão principalmente relacionadas a deficiências nos respectivos
projetos de sistemas prediais hidráulico-sanitários e de gás, de forma assemelhada ao reportado em
trabalhos e artigos técnicos originários de países estrangeiros, e relaciona aquelas mais comuns
consequentes de falhas do processo de produção desses projetos. Finalmente, são feitas recomendações
para a supressão preventiva desses problemas ainda na fase do projeto executivo, antes que venham a se
manifestar na forma de futuras patologias.

1. INTRODUÇÃO
A frequência de incidência e as causas de problemas patológicos nos sistemas prediais hidráulico-
sanitários e de gás combustível têm sido ainda pouco pesquisadas em âmbito mundial, e, em particular, no
Brasil. Isto talvez por demandar recursos vultosos, longos períodos de observação, ensaios, simulações e
testes invasivos e/ou destrutivos em escala real em edificações existentes, etc., para que os dados
resultantes sejam considerados consistentes.
Segundo MARTINS et al. (2003), com a introdução de inovações tecnológicas, de um lado, e a falta
ou escassez de conhecimento para a aplicação de novos sistemas construtivos, de outro, e já sob a vigência
do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.087 de 1990), e mais recentemente o novo Código Civil (Lei
10.406 de 2002), o estudo das falhas construtivas no campo da Engenharia começou a ser tratado de forma
mais sistematizada, com base em princípios científicos, através da divulgação das ocorrências de patologias
construtivas e seus reparos. A importância do estudo das patologias construtivas, em particular aquelas
relativas aos sistemas prediais em apreço, reside na possibilidade da atuação preventiva, especialmente
quando elas têm por causa falhas no processo de produção dos respectivos projetos de engenharia.

2. REQUISITOS DE DESEMPENHO x PATOLOGIAS E INCONFORMIDADES


LICHTENSTEIN (1985) conceitua desempenho como o comportamento de um produto quando em
uso. No caso da construção civil, este produto pode ser tanto o sistema “edifício”, os vários subsistemas que
o compõem (estruturas, instalações, vedações, etc.), ou os próprios componentes que formam um
determinado subsistema.
AMORIM (1989) ressalta que o conceito fundamental da concepção sistêmica reside no princípio de
que os produtos (projetos, sistemas, componentes, etc.) podem ser descritos e o seu desempenho medido,
sem que seja necessário pensar nas partes que os compõem.
Segundo ele, as necessidades básicas para a utilização desse conceito em relação a uma edificação,
ou a partes dela, são: identificação das necessidades dos usuários da edificação, identificação dos desgastes
a que estará sujeita, identificação dos requisitos de desempenho que ela deverá atender para satisfazer às
necessidades dos usuários, e aplicação de critérios e métodos de avaliação confiáveis para a verificação do
atendimento a esses requisitos.
Por outro lado, compreende-se por requisito de desempenho a formulação qualitativa das
propriedades a serem alcançadas pelo edifício, ou por suas partes, de maneira a atender determinadas
necessidades do usuário. Os requisitos de desempenho são relativos ao uso propriamente dito da edificação,
à resistência que esta deverá oferecer aos desgastes que sobre ela atuam e às consequências que ela
produzirá sobre o meio ambiente. De forma bastante geral, pode-se afirmar que já incorre numa patologia

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(problema real, com sintomas já manifestos) ou numa inconformidade (problema potencial ou já instalado e
ainda sem sintomas aparentes) todo sistema ou subsistema que não atende algum requisito de desempenho,
particularmente aqueles textualmente exigidos por legislação específica, regulamentação ou normalização
técnica.

3. ASPECTOS LEGAIS, REGULATÓRIOS E NORMATIVOS.


Quando o empreendimento que resulta numa edificação implica numa relação de consumo, ele é
regido pela Lei nº 8.078 de 1990, o Código de Defesa do Consumidor, cujo artigo nº 39 (Seção IV: “Das
Práticas Abusivas”) reconhece o CONMETRO como entidade com atribuição legal para elaborar e expedir
regulamentos técnicos (RT’s), na ausência de normas expedidas por órgão oficiais competentes (estas
efetivamente com força de lei, como aquelas emitidas por agências reguladoras governamentais).
Dessa forma, na sua ausência, valem as normas aprovadas e registradas pelo CONMETRO, cuja
Resolução nº 6/92 reconhece e legitima como normas brasileiras aquelas homologadas pelo Foro Nacional de
Normalização, que, ao serem nele registradas, passam a receber a designação "NBR" (Norma Brasileira
Registrada no CONMETRO).
A Resolução nº 7/92 do CONMETRO designou a própria Associação Brasileira de Normas Técnicas
(uma entidade privada sem fins lucrativos, reconhecida de Utilidade Pública) o Foro do Sistema Nacional de
Normalização, com atribuição, em seu nome, de elaborar normas técnicas.
Dessa forma, por delegação de competência, a observância das normas técnicas da ABNT em
projetos de engenharia cujo produto resulta em relação de consumo, até então de caráter facultativo,
representando apenas uma referência técnica, ao menos desde 1992 tornou-se compulsória, amparada pelo
artigo nº 39 do Código de Defesa do Consumidor.
Desde então, quaisquer inconformidades normativas verificadas nos sistemas hidráulicos prediais de
uma edificação, relativas às normas técnicas correlatas da ABNT, sejam nos respectivos projetos, seja no que
nela se encontra efetivamente instalado, constituem patologias, manifestas ou potenciais.

4. PRINCIPAIS CAUSAS DE PATOLOGIAS EM SISTEMAS PREDIAIS


A necessidade de avaliação do desempenho das edificações, depois de colocadas em uso, deu
causa a levantamentos sistemáticos, realizados nos anos 70 em diversos países com longa tradição de
construir bem, cujos resultados quanto à origem das respectivas falhas seguem-se:

Gráfico 1 - Origem percentual de falhas em edificações (MARTINS, 2003)

O gráfico acima destaca, portanto, como principais causas de patologias de origem endógena durante
ocupação, ou seja, originadas por fatores inerentes à própria edificação: falhas decorrentes de projetos (36%
a 49%), falhas de execução (19% a 30%), de componentes (11% a 25%) e de utilização (9% a 11%).

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Na fase de projeto dos sistemas prediais, os vícios podem ocorrer por falhas de concepção sistêmica,
erros de dimensionamento, ausência ou incorreções de especificações de materiais e de serviços,
insuficiência ou inexistência de detalhes construtivos, etc. (GNIPPER, 1993).
Mas também as patologias e inconformidades podem decorrer de falhas no processo de produção do
projeto, tais como falhas de comunicação com projetistas de outros sistemas prediais (estrutural, elétrico,
telefônico, ar condicionado, etc.) e da inexistência de coordenação ou compatibilização com os diversos
outros subsistemas da edificação (vedações, circulação horizontal e vertical, etc.), ou seja, por falta de um
processo ordenado de desenvolvimento segundo os princípios já consagrados do que se convencionou
chamar engenharia simultânea, conforme FABRÍCIO & MELHADO (2002).

4.1. PATOLOGIAS EM SISTEMAS PREDIAIS HIDRÁULICO-SANITÁRIOS E DE GÁS COMBUSTÍVEL


São características próprias dos sistemas hidráulicos prediais as suas complexidades funcionais e a
inter-relação dinâmica entre os seus diversos subsistemas, além da enorme variedade de materiais,
componentes e equipamentos constituintes (tubos, conexões, registros, válvulas, acessórios, reservatórios,
bombas, tanques, dispositivos de controle, dispositivos de medição, etc.).
Estas peculiaridades, em consequência, podem dar origem a uma grande diversidade de
manifestações patológicas nas edificações, que vão desde simples falhas frequentes em certos equipamentos
até intrincadas flutuações de pressões, vazões e temperaturas, decorrentes de falha de concepção sistêmica
no projeto. Porém, muitas das patologias manifestas ou potenciais incidem de forma repetitiva em diferentes
edifícios inspecionados, revelando falhas sistemáticas na fase de projeto desses sistemas prediais.
Ao se caracterizar e apontar essas falhas mais frequentes, mesmo com base apenas em
levantamentos feitos num pequeno universo amostral de um determinado centro urbano, os resultados podem
ser razoavelmente extrapolados para outras cidades verticalizadas do país, com o intuito de evitar que se
repitam em novos edifícios a serem projetados e construídos.
Portanto a tipificação e caracterização da natureza das patologias e inconformidades mais frequentes
nesse universo amostral podem contribuir para uma ação preventiva ao menos durante a etapa de projeto de
novas edificações.
A título de exemplo, entre as perícias em instalações hidráulicas prediais realizadas pelos autores nos
últimos oito anos na cidade de Curitiba - PR, foram selecionados 24 edifícios residenciais julgados mais
representativos, cujos laudos técnicos apresentam certas patologias recorrentes, grande parte das quais
poderão ser evitadas em edifícios ainda a serem projetados e construídos, sob a presunção do
aproveitamento da experiência acumulada (GNIPPER, 2007).

Anos em Nº itens patologias / inconformidades


Ano da Nº de Nº de presentes
EDIFÍCIO uso até a
ocup. pavtos aptos
perícia AF AQ INC GÁS ESG AP OUTRO TOTAL
Residencial Iguaçú 1965 38 06 24 15 02 03 02 02 02 03 29
Savion 1984 17 23 18 13 02 01 03 04 - 04 27
Sobral 1985 17 24 18 10 04 - 04 19 07 04 48
Sônia Léa 1986 14 17 14 12 05 01 04 20 03 03 48
Le Coin 1989 16 09 10 22 05 - 08 20 09 02 66
Rio Mississipi 1992 09 21 32 08 01 - - 07 02 02 20
Nicole I 1995 08 16 78 20 - 02 02 13 09 03 49
Andrea Dória 1995 08 18 54 30 - 02 - 19 11 03 65

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Colina do Estoril 1996 08 20 56 14 08 - 09 11 06 03 51


Fleming Boulevard 1997 05 07 08 21 10 - 06 20 12 03 72
Lugano 1997 04 22 64 10 - - 01 12 01 - 24
Tambaú 1998 04 22 72 27 01 01 08 18 08 04 67
Princesa Elisabeth 1998 06 25 42 13 07 - 08 16 07 03 54
Cádiz 1999 05 21 60 17 01 01 07 12 01 03 42
Alba Zaninelli 2000 02 11 16 21 05 - 02 17 14 04 63
Viana do Castelo 2000 04 11 14 20 04 01 07 22 13 04 71
Mont Royal 2001 04 28 144 22 12 - 08 27 13 06 88
Luxemburgo 2001 02 06 24 20 08 03 10 10 06 01 58
Royal Park 2001 05 27 22 27 11 01 05 24 16 05 89
Ville Bretagne 2003 03 13 45 23 17 01 06 23 10 07 87
Palazzo Reale 2003 04 27 21 39 22 02 10 24 12 05 114
Ana Luísa 2003 04 18 112 40 - 01 10 29 22 07 109
Sant’Anna 2004 02 12 24 14 04 - 10 16 06 03 53
Kensington 2004 01 27 27 28 10 02 03 24 08 04 79

A tabela 1 mostra a freqüência de incidência qualitativa de inconformidades presentes e patologias manifestas, subdivididas em
água fria (AF), água quente (AQ), combate a incêndio (INC), gás combustível natural ou liquefeito de petróleo (GÁS), esgoto
sanitário (ESG) e águas pluviais (AP). Na coluna “outro” estão apontadas patologias e inconformidades relevantes não relacionadas
diretamente com esses subsistemas, porém associadas a tubulações como um todo.

4.2. NATUREZA DAS PATOLOGIAS FREQÜENTES EM SISTEMAS PREDIAIS CONSEQÜENTES DE


FALHAS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DO PROJETO.
Considerando uma combinação da incidência relativa (frequências) com um nível atribuído à
gravidade (relevância) das correspondentes consequências de uma dada patologia ou inconformidade cuja
causa provém de falha no processo de produção do projeto, particularmente por falta de um processo
adequado de engenharia simultânea, apontada nos laudos dos 24 edifícios inspecionados, resultou de maior
frequência e relevância as elencadas na Tabela 2.
Note-se que as patologias apontadas, exclusivamente decorrentes de falhas no processo de
produção do projeto, não foram necessariamente referenciadas pelos sintomas consequentes (mau cheiro,
vazamento, refluxo, ruído, etc.), mas por citações de mais fácil identificação.

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Sist. NATUREZA DA PATOLOGIA OU INCONFORMIDADE


Tampas de acesso às câmaras do reservatório elevado executadas e instaladas de modo incorreto,
AF
com possibilidade de admissão de água contaminada em seu interior
AF Adoção de reservatório elevado e/ou cisterna com câmara única (sem septo separador)
AF Ramais de distribuição de água fria e quente dos apartamentos formando sifões com possibilidade de
AQ segregação de ar em seus colos altos
AF Tubulações plásticas expostas ao tempo
Irregularidades na central redutora de pressão: ausência de meios para drenagem, exigüidade de
AF
espaço para instalação de filtros tipo Y e registros de fechamento
AF Barrilete elevado dividindo o mesmo espaço físico com a casa de máquinas de elevadores
Ausência ou insuficiência de folga das paredes laterais da cisterna com paredes limítrofes do subsolo,
AF
e da laje de fundo com o piso
AF Cisterna enterrada ou semi-enterrada impedindo esgotamento totalmente por gravidade
Insuficiência de espaço na casa de bombas de recalque para instalação de registros de fechamento
AF
adequados nas tubulações de sucção das bombas centrífugas
AF Casa de bombas em cota superior ao fundo da cisterna impedindo afogamento das bombas
AF Tampa da abertura de acesso à cisterna sem fechamento estanque e/ou de modo incorreto
AF Propagação de ruídos e vibrações das bombas de recalque a partir da casa de bombas
AF Existência de eletrodutos correndo aparentes dentro da cisterna
AF Formato alongado da cisterna, com zonas de estagnação, dificultando a renovação da água
AQ Ramais de distribuição de água quente correndo dentro de enchimentos de contrapiso das lajes
Extensão insuficiente de braço de flexão em derivações de colunas de distribuição de água quente em
AQ
edifícios com sistema de geração central, devido à exigüidade de espaço.
Ausência ou insuficiência de aberturas adequadas de ventilação permanente para ar de combustão em
GÁS
ambientes contendo equipamentos a gás
Ausência de meio ou duto coletivo de ventilação permanente para os abrigos de medidores de gás
GÁS
situados nos halls dos andares
GÁS Extensão insuficiente do trecho vertical das chaminés de aquecedores a gás com tiragem natural
Ramais de distribuição de gás combustível executados em aço carbono preto correndo dentro de
GÁS
enchimentos de contrapiso das lajes e desprovidos de tubos-luva ventilados nas extremidades
Ramais de distribuição de gás combustível correndo dentro de vazios construtivos e paredes drywall,
GÁS
desprovidos de tubos-luva ventilados nas extremidades

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Sist. NATUREZA DA PATOLOGIA OU INCONFORMIDADE


Ligação direta e em nível de tubo ventilador secundário em coluna de ventilação sem a presença de
ESG
alça de ventilação com altura adequada
ESG Ramais de descarga de máquinas de lavar roupa e louças subdimensionados
Posicionamento de terminais de colunas de ventilação de esgoto e tubos ventiladores primários em
ESG
locais inadequados na cobertura, em regiões de depressão quando da incidência de ventos fortes
ESG Sifão flexível de pia de cozinha instalado sem altura mínima de fecho hídrico
Inexistência de redução excêntrica e redução da seção útil de ralos planos por manta de
AP
impermeabilização superficial da laje e de sua proteção mecânica
Empoçamento de águas pluviais em áreas externas e transbordamento para o interior do edifício
AP
quando ocorrem chuvas intensas
AP Posicionamento de poço de drenagem sob vaga de garagem dificultando manutenção urgente

Tabela 2. Patologias e inconformidades mais frequentes decorrentes de falhas no processo de produção dos projetos hidráulico-
sanitários e de gás combustível.

5. CONCLUSÕES
A tabela 2 corrobora a constatação, ao menos em Curitiba, da mesma realidade presente em países
europeus em relação à principal origem das causas de patologias, segundo relatam MARTINS et al. (2003) e
também AMORIM et al. (2004), ou seja, falhas associadas aos respectivos projetos.
A ausência de um processo ordenado de produção dos projetos de edificações, em particular de
edifícios residenciais, ou falhas ocorridas durante o desenvolvimento desse processo, pode resultar em
posteriores manifestações patológicas nos seus sistemas prediais hidráulico-sanitários e de gás combustível,
associadas a algum nível de desconforto ou de risco para os seus usuários.
Uma vez que as causas dessas patologias estão localizadas nos respectivos projetos, justamente
nesta fase é que medidas preventivas adequadas deverão ser adotadas, destacadamente a completa e
simultânea integração aos demais projetos do edifício ao longo do seu processo de concepção e
desenvolvimento. O prévio conhecimento das falhas mais frequentes, pelo autor do projeto e/ou por um
coordenador do seu processo de produção, poderá contribuir neste sentido.

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 50


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 MARTINS, M. S.; HERNANDES, A. T.; AMORIM, S. V. Ferramentas para melhoria do processo de


execução dos sistemas hidráulicos prediais. 2003. In: III Simpósio Brasileiro de Gestão e
Economia da Construção, Anais, p 16-19, 16-19 setembro de 2003, São Carlos.

 LICHTENSTEIN, N. B. Patologia das construções: procedimentos para formulação do


diagnóstico de falhas e definição de conduta adequada à recuperação de edificações. 1985.
Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo.

 AMORIM, S. V. Custos relacionados com a qualidade em sistemas prediais hidráulico-


sanitários. 1994. In: VIII Simpósio Nacional de Sistemas Prediais., Anais, p 145-154, 27-28 setembro
1994, São Paulo.

 AMORIM, S. V.; DIAS JR., R. P.; SOUZA, K. E. 2004. Melhoria da qualidade dos sistemas prediais
hidráulicos e sanitários através do estudo da incidência de falhas. In: X Encontro Nacional de
Tecnologia do Ambiente Construído, Anais, p 16-19, 18-21 julho de 2004, São Paulo.

 GNIPPER, S. F. Patologias mais frequentes em sistemas hidráulico-sanitários e de gás


combustível de edifícios residenciais em Curitiba 2007. In: X Simpósio Nacional de Sistemas
Prediais. Anais, 29-30 agosto de 2007, São Carlos.

 GNIPPER, S. F. Especificações recomendadas para a contratação de projetos de instalações


hidráulicas. 1993, In: 58º Encontro Nacional da Construção. Anais, 29-30 agosto de 1993, Belém.

 FABRICIO, M. M.; MELHADO, S.B. Por um processo de projeto simultâneo. In: II Workshop
Nacional:
Gestão do processo de projeto na construção de edifícios, 2002, Porto Alegre. Anais, PUC/RS -
UFSM - EESC/USP, 2002. CD-ROM (publicação e apresentação do artigo).

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 51


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Unidade 05: Madeira


A madeira é um material produzido a partir do tecido formado pelas plantas lenhosas com funções de
sustentação mecânica. Sendo um material naturalmente resistente e relativamente leve, é frequentemente
utilizado para fins estruturais e de sustentação de construções.
É um material orgânico, sólido, de composição complexa, onde predominam as fibras de celulose e
hemicelulose unidas por lenhina. Caracteriza-se por absorver facilmente água e por apresentar propriedades
físicas diferentes consoantes à orientação espacial.
Pela sua disponibilidade e características, a madeira foi um dos primeiros materiais a ser utilizado
pela humanidade, mantendo, apesar do aparecimento dos materiais sintéticos, uma imensidade de usos
diretos e servindo de matéria-prima para múltiplos outros produtos. É também uma importante fonte de
energia, sendo utilizada como lenha para cozinhar e outros usos domésticos numa parte importante do
mundo.
A sua utilização para a produção de polpa está na origem da Indústria Papeleira e de algumas
Indústrias Químicas nas quais é utilizada como fonte de diversos compostos orgânicos.
A sua utilização na indústria de Marcenaria para fabricação de móveis é uma das mais expandidas, o
mesmo acontecendo na sua utilização em Carpintaria para construção de diversas estruturas, incluindo
navios.
A madeira é um dos materiais mais utilizados na Arquitetura e na Engenharia Civil. A Indústria
Florestal ocupa vastas áreas e a exploração de madeira em florestas naturais continua a ser uma das
principais causas de desflorestação e de perda de habitat para múltiplas espécies, ameaçando severamente
a biodiversidade a nível planetário.

Estrutura e Características da Madeira

As árvores crescem em média cerca de 12 cm por ano, assim a madeira é um produto gerado de
forma lenta, num processo que em geral dura dezenas ou centenas de anos.
Sendo a madeira um produto da Fisiologia Vegetal, tem uma estrutura complexa, composta a partir
da estrutura celular da planta que lhe deu origem, do que resulta uma diferenciação radial e longitudinal das
suas características físicas e químicas, originando as seguintes partes bem diferenciadas: Medula, Cerne,
Borne ou Alburno e Nós.
Na planta viva esta estrutura, recoberta exteriormente pelo Súter e respectivo Ritidoma (a casca),
forma o Tronco da árvore.
Assim, um corte transversal num tronco de árvore, permite observar que este é formado por vários
anéis circulares concêntricos, que correspondem ao crescimento da árvore e que organizam a sua estrutura:

• Casca: a parte exterior, correspondente ao Súber, responsável pela protecção do tronco.


• Floema: tecidos superficiais do tronco, responsáveis pelo transporte de seiva.
• Lenho: é a parte do tronco de onde se extrai a madeira, compreendida entre a casca e a medula, e
divide-se em duas zonas:
• Cerne: a parte mais escura da madeira e a que lhe dá mais resistência.
• Alburno: a zona mais clara que transporta a seiva bruta das raízes para as folhas.
• Medula: corresponde ao tecido mole e esponjoso na parte central do tronco, vestígio do meristema
apical do ramo.

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Diagrama de um Tronco

 Medula (0)
 Anéis Anuais (1)
 Feixes Vasculares (2)
 Raios Primários (3)
 Raios Secundários (4)
 Câmbio Vascular (5)
 Floema (6)
 Súber (7)
 Casca (8)
 Ritidoma (9)

Características da Madeira

Dada à diversidade das espécies que produz madeira, este material apresenta grande diversidade de
características mecânicas, de densidade, higroscopia, cor, grão, resistência ao apodrecimento e ao fogo,
odor, e múltiplos outros fatores diferenciadores. Tal diferenciação determina os usos da madeira, tornando
difícil o estabelecimento de classificações genéricas.

Madeiras Duras e Madeiras Macias

A madeira é usualmente classificada como madeira dura ou madeira macia. A madeira de coníferas
(por exemplo: pinho, pinus) é chamada madeira macia, e a madeira de árvores latifoleadas (por exemplo:
carvalho) é chamada madeira dura. Essa classificação é às vezes muito desvantajosa. Isso porque algumas
madeiras duras, como a balsa, são de fato muito mais moles ou macias do que a maior parte das madeiras
macias, e inversamente, também algumas madeiras macias (por exemplo: teixo) são muito mais duras do que
a maioria das madeiras duras.
Além disso, madeiras de diferentes tipos de árvores têm diferentes cores e graus de densidade. Isso,
aliado ao facto de algumas madeiras terem um crescimento mais longo do que outras fazem com que
madeiras de diferentes espécies tenham qualidade e valor comercial diferenciado. Por exemplo, enquanto o
mogno, de madeira dura e escura, é excelente para a produção artesanal de móveis finos, a balsa, clara e
pouco densa, é muito usada para fabricação de cofragens e de moldes construtivos de vários tipos.

Classificação | Madeira Dura ou de Lei

Proveniente de árvores de boa qualidade, de crescimento lento. Exemplos: Jacarandá, Sucupira,


Perobá do Campo, Imbúia, etc.

Classificação | Madeira Macia

Apresentam crescimento rápido e são empregadas em trabalhos auxiliares da construção, como


andaimes, formas e barração. Exemplo: Pinho, Pinus, etc.

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Propriedades Físicas da Madeira

Umidade

É a medida pelo peso da água dividido pelo peso de amostra seca em estufa.
 Madeira Verde: h > 30%
 Madeira Semi-Seca: 23% < h < 30%
 Madeira Comercialmente Seca: 18% < h < 23%
 Madeira Seca ao Ar +/- 12% < h 18%

Retratilidade

Propriedade que apresenta a madeira de sofrer alterações de volume e dimensões quando seu teor
de umidade varia entre o ponto de saturação ao ar e a condição de seca em estufa. (h = 0%)

Massa Específica

A massa específica varia de peça para peça conforme a localização da madeira do exemplar de
origem e de exemplar para exemplar, e conforme as condições regionais de crescimento.

Condutibilidade Elétrica

Estando bem seca, trata-se de um bom isolante e de elevada resistividade. Quando úmida é
condutora como a maior parte dos materiais que contêm sais minerais.

Condutibilidade Térmica

É um mau condutor.

Propriedades Mecânicas da Madeira

As exercidas no sentido axial ou no sentido das fibras da madeira: compressão, tração, flexão
estática e flexão dinâmica.
As que exercem transversalmente às fibras: compressão e tração normal às fibras, torção,
cisalhamento e fendilhamento (rasgo).

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Ensaios

Alguns dos ensaios realizados com a Madeira são:


 Resistência à compressão axial em peças curtas
 Resistência à compressão em função da massa especifica aparente
 Resistência à compressão função da umidade
 Resistência à compressão axial em peças longas
 Resistência à compressão normal e obliqua às fibras
 Resistência à tração axial
 Resistência à flexão estática
 Resistência à flexão dinâmica
 Resistência à tração normal às fibras
 Resistência ao fendilhamento
 Resistência à penetração e ao desgaste
 Resistência a cargas de grande duração
 Resistência a cargas alternadas

Produção da Madeira

 Corte: Pode ser por machado, por traçador ou serra elétrica. O corte geralmente é feito na época do
inverno e no Brasil nos meses sem o “R” (Maio, Junho, Julho e Agosto)
 Toragem: A árvore é desgalhada algumas horas depois de abatida e traçada em toras, facilitando o
transporte.
 Flaquejo: Consiste em esquadriar a tora, dando-lhe secção quadrada ou retangular.
 Desdobramento: Operação final na obtenção de madeira bruta. O trabalho é realizado na serraria.
Obtém-se pranchas, pranchões, tábuas.

O desdobro pode ser:

 Normal: É o mais usado e é feito em pranchas paralelas.


 Radial ou em quartos: Melhora a resistência ao desgaste da madeira, ressalta o desenho dos veios,
o acabamento fica mais uniforme, as peças empenham menos, não racham facilmente, porém exige
maior mão de obra e há maiores perdas.
 Espiral: Consiste em fornecer lâminas contínuas, sem emendas, racham fácil. Usa-se para
compensados.

Nomeação

 Madeira Bruta: Trata-se da tora propriamente dita.


 Madeira Serrada: Quando a peça passou por desdobros. Exemplos: Tábua, ripa e sarrafo.
 Madeira Beneficiada: Quando a peça passou por desdobro e passa também por um processo de
molduragem. Exemplo: Taco, rodapé e lambris.

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Uso da Madeira

Vantagens

 Facilidade de obtenção.
 Grande resistência mecânica.
 Fácil de trabalhar.
 Pouca sensibilidade as variações de temperatura.

Desvantagens

 Heterogeneidade (depende de alguns fatores que contribuem para formação e crescimento da


árvore).
 Fácil deteriorização causada por organismos, microorganismos e fungos.
 Combustível.
 Como material derivado de ser vivo, pode apresentar falhas e defeitos que comprometam suas
resistência ou aparência.

Utilização da Madeira

 Estruturas: Podem ser definitivas ou provisórias (vigas, pilares e andaimes).


 Acabamentos: Rodapés.
 Esquadrias: Portas e Janelas.
 Piso: Tacos e tábua corrida.
 Forros: Lambris, réguas.

Secagem da Madeira

Pode ser ao ar livre ou através de estufas.

Vantagens

 Promover a estabilidade dimensional da madeira.


 Eliminar defeitos de secagem quando a madeira estiver em condições normais de serviço.
 Impedir o ataque de fungos e insetos.
 Ajudar o preparo da madeira para colagem.
 Ajudar no preparo da madeira para tratamento preservativo.

Armazenamento da Madeira

 Deve ser arrumada em pilhas regulares sem torção das peças.


 O armazenamento deve ser ambiente seco e abrigado do sol.
 Em se tratando de frisos, estes devem ser empilhados de maneira uniforme, para evitar deformações.
 O mesmo procedimento deve ser adotado para ripas do telhado, assoalhos.
 As esquadrias também devem estar protegidas, amarradas e estocadas de forma correta para evitar
empenamento.

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Defeitos da Madeira

São considerados defeitos, todas as anomalias que alteram o desempenho da madeira e suas
propriedades físico-químicas.

Defeitos de Crescimento

 Nós: Imperfeições da madeira nos locais onde se desenvolvem os ramos ou galhos da árvore. O nó é
designado firme quando o tecido do galho correspondente for vivo. Os nós ocasionam redução na
resistência à tração. O nó solto é quando o galho que o originou já era morto.
 Bolsas: Semelhantes a bolhas, surgem na fase de crescimento.

Defeitos de Produção

 Ocorrem na fase de desdobro, quando apresentam fratura, cantos quebrado e fibras cortadas na
serragem.
 Costaneiras: Tábuas imperfeitas apresentando resíduos de casca, geralmente ocorre durante a fase
de desdobro.

Defeitos de Secagem

 Fendas: São rachaduras no topo das peças, geralmente acontecem pela secagem rápida da
superfície.
 Arqueamento: Empenamento no sentido do comprimento da peça.
 Abaulamento: Empenamento no sentido da largura da peça.
 Fibras Reservas: Fibras não paralelas ao eixo da peça e reduzem a resistência da madeira.

Patologia da Madeira

ALTERAÇÕES QUE OS FUNGOS PROVOCAM CAUSANDO A DESTRUIÇÃO


DAS CELULAS DA MADEIRA E TIPOS DE FUNGOS E INSETOS.

 Podridão Branca: A madeira perde seu aspecto lustroso e torna-se esbranquiçada.


 Podridão Parda: Tem aspecto de estar levemente queimada, adquire coloração parda, apresenta
rachaduras perpendiculares ao longo das fibras.
 Podridão Mole: O ataque de fungos se restringe à superfície da madeira. Quando úmida apresenta-
se amolecida.
 Bolor: Comum em madeiras de árvores recém-cortadas.

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Preservativos para Madeira

Madeira Preservada é aquela tratada através de preservativos adequados.

Um preservativo deve apresentar:

 Poder de penetração.
 Envenenar a madeira base de fungos e insetos.
 Apresentar quantidade suficiente e prolongar a vida útil.

Classificação

 Preservativos solúveis em óleo.


 Preservativos solúveis em água (proteção temporária o proteção definitiva)
 Temporária: Usado na preservação contra mofo, insetos (brocas) e em madeiras durante transporte e
armazenamento ou toras recém-cortadas.
 Definitiva: Não tem odores, manejo fácil.
 Em qualquer tratamento a retenção do imunizante é fundamental.

Exemplos de Preservativos

 Creosoto: Usado no tratamento de dormentes, estacas marítimas;


 Creosoto de alcatrão de hulha: Altamente tóxico, fácil penetração, de natureza oleosa, diminui a
absorção de água pela madeira, seus vapores são nocivos as plantas. Precisa de manipulação
cuidadosa e tem alto odor. A madeira creosotada não pode ser pintada. Antes de ser aplicado o
produto é aquecido.
 Pentaclorofenol: Solúvel em óleo, altamente tóxico, usado para combate a putrefação e insetos.
 Solução de Naftenato: Apresenta custo alto, empregado em lonas e cordas.
 Pentaclorofenol de Sódio: Solúvel em água, usado na preservação de mofo, combate ao ataque de
insetos e em toras recém-cortadas.

Normas da ABNT

 NBR 07203: Madeira serrada e beneficiada


 NBR 11700: Madeira serrada de coníferes provenientes de reflorestamento para uso geral.
 NBR 06451: Taco de madeira para soalhos.

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Cobertura - Madeiramento

 Cumeeira: A peça de madeira situada na porção mais elevada da tesoura.

 Ripas: Elemento componente do madeiramento do telhado,a ripa possui uma pequena seção
transversal, se comparada com uma terça ou caibro, e serve para melhor distribuir as cargas geradas
pela cobertura. Em telhados de palha, comumente utilizados em regiões praianas, as ripas servem
para fixar as palhas no telhado porque a carga gerada pela mesma é muito pequena, comparada à
telha cerâmica. Na região nordeste do Brasil a seção transversal mais utilizada na confecção das
madeiras para as ripas é de 5,0cm x 1,5cm. Localiza-se sobre os caibros e atua no sentido
transversal da queda d'água do telhado. A distância entre as ripas não é padrão, ela depende do
tamanho das telhas.

 Caibros: O caibro é um elemento componente do madeiramento do telhado, ficando localizado sobre


as terças e abaixo das ripas. Atua no sentido longitudinal da queda d'água do telhado. Na região
nordeste do Brasil a seção transversal mais utilizada na confecção das madeiras para um caibro é de
3,5cm x 7,0cm. Age juntamente com as ripas na distribuição das cargas sobre todo o madeiramento.
A distância entre os caibros é de 0,50m.

 Terças: Peça de madeira que se apoia nas pernas das tesouras de uma cobertura, onde são
assentados os caibros. A distância entre as terças variam de 1,50m a 3,00m.

 Espigão: Linha de cumeeiras; divisor das águas mestras do telhado; peça de madeira que sai do
encontro dos frechais no ângulo ou canto de um edifício.

 Frechal: Peça de madeira ou metálica que se coloca horizontalmente sobre as paredes, em toda sua
extensão, destinada a suportar as extremidades dos caibros; viga de madeira na qual se pregam os
caibros à beira do telhado.

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 Beiral: Parte do telhado que excede o limite da prumada da parede; beirado ou beirada de uma laje
ou placa.

 Empena ou Oitão: Partes inclinadas dos frontões; paredes laterais inclinadas, onde se apóia a
coberta, formando a cumeeira nos telhados de duas águas; peça inclinada da tesoura de uma coberta
que vai da cumeeira aos flechais.

 Ricão ou Água Furtada: Formado pela junção dos diversos planos elementares que compõem o
telhado e por onde corre a água pluvial.

Tipos de Madeira e Aplicações

 Braúna: mourões
 Cerejeira: lambris, móveis, rebaixos.
 Angelim: esquadrias, estacas, vigas, caibros.
 Angico-Preto: móveis, esquadrias, estacas, vigas, caibros, ripas.
 Canafístula: esquadrias, tábuas, tacos, caibros, ripas.
 Canela-Branca: rodapés, molduras, miolo de portas e painéis.
 Canela-Parda: revestimentos internos.
 Caviúna: lambris, painéis, marcos de porta, esquadrias, venezianas.
 Cedro: rodapés, forros, mobiliário, venezianas, empregada em sauna.
 Capaíba: ripas, caibros, tendência a rachaduras.
 Freijó: lambris, caixilhos, acabamentos internos, móveis.
 Gapara: estacas, mourões, ripas, assoalhos, estruturas externas.
 Gonçalo-Alves: esquadrias, móveis, tábuas, tacos.
 Imbuía: esquadrias em geral, caibro, ripas, coronhas de arma de fogo, entalhes.
 Ipê-Amarelo: deck de piscina, tábua para assoalho.
 Ipê-Roxo: degraus de escada, tacos, estruturas externas, esquadrias.
 Jacarandá-da-Bahia: móveis, revestimento de móveis, painéis.
 Jatobá: esquadrias, caibros, ripas, vigas, cabos de ferramentas, peças torneadas.
 Louro-Amarelo: móveis, rodapés, molduras, pranchas, tábuas.
 Muiracatiara: vigas, caibros, tacos, escadas, divisórias, forros, moveis.
 Mogno: móveis, lambris, painéis, folhas decorativas, rodapés, esquadrias internas.
 Maçaranduba: estruturas externas, postes, estacas, vigas, caibros.
 Pau-Marfim: móveis, tacos, tabuas para assoalho.
 Peroba-Rosa: vigas, caibros, ripas, esquadrias, tacos para assoalho.
 Pinho-do-Paraná: forros, tábuas para fôrmas de concreto, esquadrias, caixotaria.
 Pinus: mobiliário.
 Pinho de Riga: mobiliário, ripas, caibros, tacos, tábuas para assoalho.
 Piquiá: dormentes, estacas, mourões.
 Sucupira: esquadrias, assoalhos, lambris, móveis.
 Vinhático: móveis, painéis, molduras, rodapés.

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Unidade 06: Tintas e Vernizes


A indústria de tintas para revestimentos utiliza um grande número de matérias-primas e produz uma e
elevada gama de produtos em função da grande variedade de produtos/superfícies a serem aplicados, forma
de aplicação, especificidade de desempenho.
De modo geral, a tinta pode ser considerada como uma mistura estável de uma parte sólida (que
forma a película aderente à superfície a ser pintada) em um componente volátil (água ou solventes
orgânicos).
Uma terceira parte denominada aditivos, embora representando uma pequena percentagem da
composição, é responsável pela obtenção de propriedades importantes tanto nas tintas quanto no
revestimento.
A tinta é uma preparação, o que significa que há uma mistura de vários insumos na sua produção. A
combinação dos elementos sólidos e voláteis define as propriedades de resistência e de aspecto, bem como
o tipo de aplicação e custo do produto final.
As tintas podem ser classificadas de várias formas dependendo do critério considerado. De acordo
com o mercado atendido e tecnologias mais representativas as tintas podem ser assim classificadas:
 Tintas Imobiliárias
 Tintas industriais do tipo OEM (original equipment manufacturer)
 Tintas Especiais

Tintas Imobiliárias

Tintas e complementos destinados á construção civil; podem ser subdivididas em:

 Produtos aquosos (látex): látex acrílicos, látex vinílicos, látex vinil-acrílicos, etc.
 Produtos base solvente orgânico: tintas a óleo, esmaltes sintéticos, etc.
 Tintas Industriais do Tipo OEM (original equipment manufacturer)

As tintas e complementos utilizados como matérias primas no processo industrial de fabricação de um


determinado produto; incluem, entre outros os seguintes produtos:

 Fundos (primers) eletroforéticos


 Fundos (primers) base solvente
 Esmaltes acabamento mono-capa e bi-capa
 Tintas em pó
 Tintas de cura por radiação (UV), etc..

Tintas Especiais

Abrange os outros tipos de tintas, como por exemplo:

 Tintas e complementos para repintura automotiva


 Tintas para demarcação de tráfego
 Tintas e complementos para manutenção industrial
 Tintas marítimas
 Tintas para madeira, etc

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As tintas também podem ser classificadas quanto à formação do revestimento, isto é, levando-se em
conta o mecanismo da formação do filme protetor e a secagem ou cura das tintas.

 Lacas: A película se forma através da evaporação do solvente. Exemplos: lacas nitro celulósicas e
lacas acrílicas.
 Produtos Látex: A coalescência é o mecanismo de secagem. Exemplos: as tintas látex acrílicas,
vinil-acrílicas usadas na construção civil.
 Produtos Termo Convertíveis: A secagem ocorre através da reação entre duas resinas presentes
na composição a uma temperatura adequada ( entre 100 a 230 C; os produtos utilizados na indústria
automotriz e em eletrodomésticos são exemplos.

Sistemas de Dois Componentes

A formação do filme ocorre na temperatura ambiente após a mistura dos dois componentes (
embalagens separadas ) no momento da pintura; as tintas epóxi e o os produtos poliuretanos são os
exemplos mais importantes.

Tintas de Secagem Oxidativa

A formação do filme ocorre devido à ação do ar. Os esmaltes sintéticos e as tintas a óleos usados na
construção civil são os exemplos mais marcantes.

Matérias-Primas

As matérias-primas básicas para a produção de quase todos os tipos de tintas são constituídas:

 Resinas
 Pigmentos
 Solventes
 Aditivos

Resinas

As resinas são formadoras da película da tinta e são responsáveis pela maioria das características
físicas e químicas desta, pois determinam o brilho, a resistência química e física, a secagem, a aderência, e
outras.
As primeiras tintas desenvolvidas utilizavam resinas de origem natural (principalmente vegetal).
Atualmente, com exceção de trabalhos artísticos, as resinas utilizadas pela indústria de tinta são sintéticas e
constituem compostos de alto peso molecular. As resinas mais usuais são as alquídicas, epóxi,
poliuretânicas, acrílicas, poliéster, vinílicas e nitrocelulose.

 Resina Alquídica: Polímero obtido pela esterificação de poliácidos e ácidos graxos com poliálcoois.
Usadas para tintas que secam por oxidação ou polimerização por calor.
 Resinas Epóxi: Formadas na grande maioria pela reação do bisfenol A com eplicloridina; os grupos
glicidila presentes na sua estrutura conferem-lhe uma grande reatividade com grupos amínicos
presentes nas poliaminas e poliamidas.
 Resinas acrílicas: Polímeros formados pela polimerização de monômeros acrílicos e metacrílicos;
por vezes o estireno é copolimerizado com estes monômeros.

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A polimerização destes monômeros em emulsão (base de água) resulta nas denominadas emulsões
acrílicas usadas nas tintas látex. A polimerização em solvente conduz a resina indicada para esmaltes
termoconvertíveis ( cura com resinas melamínicas ) ou em resinas hidroxiladas para cura com poliisocianatos
formando os chamado poliuretânicos acrílicos.

 Resina Poliéster: Ésteres são produtos da reação de ácidos com álcoois. Quando ela é modificada
com óleo, recebe o nome de alquídica. As resinas poliéster são usadas na fabricação de primers e
acabamentos de cura à estufa, combinadas com resinas amínicas, epoxídicas ou com poliisocianatos
bloqueados e não bloqueados.
 Emulsões Vinílcas: São polímeros obtidos na copolimerização em emulsão ( base água) de acetato
de vinila com diferentes monômeros: acrilato de butila, di-butil maleato, etc. Estas emulsões são
usadas nas tintas látex vinílicas e vinil acrílicas.
 Resina Nitrocelulose: Produzida pela reação de celulose, altamente purificada, com ácido nítrico, na
presença de ácido sulfúrico. A nitrocelulose possui grande uso na obtenção de lacas, cujo sistema de
cura é por evaporação de solventes. São usados em composições de secagem rápida para pintura de
automóveis, objetos industriais, móveis de madeira, aviões, brinquedos e papel celofane.

Pigmentos

Os pigmentos são substâncias insolúveis no meio em que são utilizados (orgânico ou aquoso) e têm
como finalidades principais conferir cor ou cobertura às tintas. Os corantes são substâncias geralmente
solúveis em água e são utilizados para conferir cor a um determinado produto ou superfície.
Os corantes se fixam na superfície que vão colorir através de mecanismos de adsorção, ou ligações
iônicas e covalentes enquanto que os pigmentos são dispersos no meio (tinta) formando uma dispersão
relativamente estável.
Os corantes são muito utilizados na indústria têxtil e os pigmentos são fundamentais em tintas para
revestimento.
Há três grandes categorias de pigmentos: pigmentos inorgânicos, pigmentos orgânicos e pigmentos
de efeito.

 Pigmentos Inorgânicos: dióxido de titânio, amarelo óxido de ferro, vermelho óxido de ferro,
cromatos e molibidatos de chumbo, negro de fumo, azul da Prússia, etc.
 Pigmentos Orgânicos: azul ftalocianinas azul e verde, quinacridona violeta e vermelha, perilenos
vermelhos, toluidina vermelha, aril amídicos amarelos, , etc.
 Pigmentos de Efeito: alumínio metálico, mica, etc.

Cargas

As cargas são minerais industriais com características adequadas de brancura e granulometria sendo
as propriedades físicas e químicas também importantes. Elas são importantes na produção de tintas látex e
seus complementos, esmaltes sintéticos foscos e acetinados, tintas a óleo, tintas de fundo, etc,
Os minerais mais utilizados são: carbonato de cálcio, agalmatolito, caulim, barita , etc. Também são
importantes os produtos de síntese ( cargas sintéticas ) como por exemplo: carbonato de cálcio precipitado,
sulfato de bário, sílica, silico-aluminato de sódio, etc.
As cargas além de baratearem uma tinta também colaboram para a melhoria de certas propriedades:
cobertura, resistência às intempéries, etc.

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Aditivos

Este grupo de produtos químicos envolve uma vasta gama de componentes que são empregados em
baixas concentrações (geralmente <5%), que têm funções específicas como conferir importantes
propriedades às tintas e aos revestimentos respectivos, tais como:

 Aumento da proteção anticorrosiva


 Bloqueadores dos raios UV
 Catalisadores de reações
 Dispersantes
 Umectantes de pigmentos e cargas
 Melhoria de nivelamento
 Preservantes
 Antiespumantes.

A tabela a seguir relaciona alguns aditivos com a função respectiva.

Aditivos Função
Formação de radicais livres quando submetidos à ação de radiação UV iniciando
Fotoindiciadores
a cura das tintas de cura por UV.
Catalisadores da secagem Oxidativa de resinas alquídicas e óleos vegetais
Secantes
polimerizados.
Modifica a reologia das tintas (aquosas e sintéticas) modificação esta necessárias
Agentes Reológicos
para se conseguir nivelamento, diminuição do escorrimento, etc..
Inibidores de Corrosão Conferem propriedade anticorrosivas ao revestimento.
Dispersantes Melhoram a dispersão dos pigmentos na tinta.
Nos sistemas aquosos aumentam a molhabilidade de cargas e pigmentos,
Umectantes
facilitando a sua dispersão.
Bactericidas Evitam a degradação do filme da tinta devida à ação de bactérias, fungos e algas.
Facilitam a formação de um filme contínuo na secagem de tintas à base de água
Coalescentes
unindo as partículas do látex.

Brilho das Tintas

Os pigmentos reduzem o brilho e os reflexos da tinta. Ao empregar pigmentos com tamanhos e formatos
diversos e em maiores quantidades obtém-se os seguintes níveis de brilho:

 Brilhante (menor quantidade de pigmento)


 Semi brilho
 Acetinado
 Fosco (maior quantidade de pigmento)

O brilho da pintura é determinado por um instrumento que lê a refletividade a partir de diferentes


ângulos a partir da vertical e comparando com um padrão da indústria (vidro polido = 100).

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Os químicos que produzem as tintas usam um índice chamado PVC (concentração do volume de
pigmento) para indicar a taxa de pigmento em relação ao ligante na formulação de uma tinta. O PVC é uma
comparação dos volumes relativos (não dos pesos) entre o total de pigmento e de ligante e é calculado
assim:

% PVC = Volume de pigmentos e cargas


Volume total da tinta seca x 100

Ainda que variem muito de acordo com o tipo e tamanho do pigmento utilizado, os valores mais
comuns de PVC associados com diferentes níveis de brilho de tinta são:

 Brilhante < 20% PVC


 Semi Brilho 30 a 35% PVC
 Acetinada 35 a 45% PVC
 Fosca 45 a 80% PVC

Uma ampla variação de níveis de pigmentação ocorre na formulação de tintas foscas. Tintas foscas
de melhor qualidade, tanto para interiores como para exteriores, têm um PVCs entre 38 e 50 %.
Em geral, essas tintas têm mais ligante disponível por unidade de pigmento, elas terão maior
durabilidade do que outras tintas foscas com maior PVC, se as outras características não variarem, assim
como em relação a outras características como resistência a escovação e a sujeira em uso em interiores;
retenção de cores, resistência a calcinação, resistência ao crescimento de algas e fungos e durabilidade em
geral para aplicação em exteriores.
Pintores profissionais frequentemente escolhem tintas foscas mais pigmentadas para interiores de
construções novas para ocultar desigualdades na construção e pela uniformidade dos retoques. Para usos
em exteriores, tintas foscas com alto PVC não são tão adequadas quanto às de PVC mais baixo,
especialmente em climas muito frios ou para uso sobre madeira.
As exigências de brilho para tintas mais brilhantes do que as foscas restringem a variação do PVC
comparado com a variação possível para os acabamentos foscos. Algumas especificações de tintas e/ou
ficha de segurança indicam o PVC do produto.

Acabamento

Acabamento Fosco

Proporciona uma aparência uniforme em grandes áreas. Disfarça pequenas imperfeições, mas pode
acumular sujeira, manchas e maior tendência à proliferação de algas e fungos e tende a ficar lustroso com
mais facilidade que as tintas mais brilhantes. Também pode ser usado em tetos.

Acabamento Acetinado

Conserva a aparência de novo por mais tempo. Possui maior resistência a mofo e algas.

Acabamento Semi Brilho e Brilhante

Indicados para portas, batentes, portas e janelas. A versão à base de água, é mais fácil de usar que à
base de solvente.

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 65


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Para decidir sobre o brilho, considerar tanto a aparência quanto a funcionalidade.


A tinta fosca é excelente para uma aparência uniforme em uma grande área. Ajuda a disfarçar
pequenas imperfeições, mas, por outro lado, acumula poeira e é um ambiente favorável à proliferação de
fungos e algas, ao contrário das fórmulas de meio-brilho e brilhantes.
Os acabamentos acetinados conservam por mais tempo a aparência de novo e resistem – ainda mais
do que os foscos – a mofo, bolor e algas.
Os acabamentos semi-brilhantes e brilhantes ficam bem em batentes, portas e janelas e são mais
brilhantes que as tintas acetinadas. Antigamente, só existiam versões à base de solvente; hoje em dia já são
fabricadas tintas brilhantes à base de água, mais fáceis de usar.

Qualidade das Tintas

1. Não apresentar excesso de sedimentação, coagulação, gaseificação, empedramento, separação de


pigmentos ou formação de pele ou nata.
2. Tornar-se homogênea mediante agitação manual, com uma espátula retangular. Também atentar
para o uso de material limpo para não haver a contaminação da tinta.
3. Não apresentar odor pútrido, nem expelir vapores tóxicos e nem, na superfície interna da embalagem,
haver sinais de corrosão.
4. No momento de aplicação, a tinta precisa se espalhar facilmente, de maneira que o rolo ou pincel
deslize sem resistência, suavemente, devendo as marcas destes acessórios desaparecerem logo
após a aplicação da tinta, resultando uma película uniforme, quanto ao brilho, cor e espessura.
5. Sempre diluir a tinta de acordo com o indicado na embalagem do produto, pois se a diluição ocorrer
em excesso poder-se-á ter problemas, como baixa cobertura, em cores intensas pode-se ocorrer
manchas esbranquiçadas na aplicação, escorrimento ao aplicar a tinta, dentre outros. Entretanto, se a
diluição for insuficiente, além de ficar uma aplicação pesada, haverá perda no alastramento da tinta,
deixando-a com aspecto de casca de laranja.
6. Rendimento expressa a relação entre a área pintada e o volume de tinta gasto (l/m²). Sempre que for
usada uma tinta e esta sobrar em sua embalagem, fechá-la bem, pois a tinta após aberta, tem
grandes chances de contaminação, o que a deixaria com odor e queda de viscosidade.
7. Cobertura refere-se à capacidade da tinta de cobrir totalmente a superfície em contraste e cor. Na
prática, esta capacidade é medida em número de demãos. Estas duas propriedades estão
intimamente ligadas ao tipo, qualidade e quantidade de resinas e de pigmentos utilizados na
formulação da tinta. É justamente aqui, na variação destes elementos, que se têm as maiores
diferenças de qualidade entre as tintas no mercado.

A durabilidade de uma tinta refere-se à resistência à ação do intemperismo ao longo do tempo. A


melhor tinta é aquela que demora mais para calcinar, desbotar, perder sua boa aparência bem como suas
propriedades de proteção. A qualidade também depende do tipo da tinta e a maneira de se medir
previamente a durabilidade de uma tinta é através de testes de intemperismo acelerado, o que pode ser feito
em laboratório.
As tintas devem apresentar resistência à ação de agentes químicos, comuns no uso doméstico, tais
como detergentes e água sanitária, entre outros.
Além disso, as tintas precisam prevenir o desenvolvimento de organismos biológicos, tais como fungos e
bactérias.
As tintas devem ser armazenadas em locais secos, ventilados, não sujeitos a grandes variações
térmicas. Assim, durante 2 anos da data da fabricação, a tinta armazenada na embalagem original, cheia e
fechada, atendendo às recomendações de temperatura do fabricante, não pode apresentar formação de pele.

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 66


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Patologia

A experiência das empresas de pintura e dos laboratórios aponta para duas famílias de problemas:

 Aqueles causados pela interface do filme com o substrato da aplicação.


 Os outros na própria película da pintura.

Causas da Patologia

1. Seleção inadequada da tinta por conta da exposição imprópria a condições agressivas em relação ao
produto selecionado ou por incompatibilidade com o substrato.
2. Condições metereológicas inadequadas por temperatura e/ou umidade muito elevada ou muito baixa
ou ventos fortes.
3. Ausência de preparação do substrato ou preparo insuficiente. Neste caso a pintura apresenta
pulverulência, contaminação em graxa, óleos, sujeiras, bolor, materiais soltos e substrato poroso.
4. Substrato que não apresenta estabilidade, como quando a argamassa ou o concreto ainda não
curaram, ou quando sua superfície está deteriorada ou friável.
5. Umidade excessiva no substrato advinda de infiltração, condensação, ascendente dos pisos ou
remanescente da execução da edificação.
6. Diluição excessiva da tinta na aplicação e formulação inadequada da tinta.

Patologia | Descolamento da Pintura

Apresentação

 Perda de aderência da película.


 Pulverulências ou descolamentos;
 Escamação da película.

Investigações

 Verificar a existência de umidade no substrato;


 Verificar a existência de contaminantes na interface película da pintura com o substrato;
 Verificar as características do substrato e da superfície de aplicação quanto à lisura, porosidade e
umidade.

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Curso Técnico em Edificações
Disciplina Material de Construção 1

Patologia | Descolamento da Pintura

Diagnóstico: Preparo inadequado do substrato / ausência deste preparo.


Causas
 Aplicação de tinta em superfície contaminada por sujeira, poeira, óleo, graxa, eflorescência, partículas
soltas, desmoldantes, etc.
 Aplicação sobre substrato muito poroso, que absorve o veículo, restando apenas os pigmentos e as
cargas em forma pulverulenta;
 Aplicação da tinta sobre substrato muito liso, tais como superfícies de concreto com desmoldante ou
cerâmica vitrificada.

Diagnóstico: Aplicação em substrato instável.


Causas
 Aplicação prematura da tinta formando película impermeável sobre argamassa insuficientemente
curada, com perda de aderência, pulverulência e umidade na interface do filme com o substrato.
 Aplicação de tinta sobre substrato com elevado teor de sais solúveis em água, que por evaporação e
capilaridade, depositam-se na interface do filme com o substrato.
 Aplicação de tinta sobre substratos em vias de expansão ou desagregação, magnificado pela alta
temperatura e umidade.

Diagnóstico: Aplicação sobre base úmida.


Causas
 Aplicação de tinta com baixa resistência a álcalis, como as tintas a óleo ou alquídicas, sobre substrato
úmido e alcalino, resultando em perda de aderência e pulverulência.
 Aplicação de tinta impermeável sobre substrato úmido, cuja umidade condensa e provoca o
deslocamento do filme.

Ações Preventivas

 As superfícies devem estar suficientemente secas e endurecidas, sem sinais de contaminação e


deterioração.
 Remoção de sujeiras efetuada com água. Caso insuficiente, usar solução de fosfato trissódico,
lavando bem a seguir.
 Remoção de contaminantes gordurosos com aplicação de solventes à base de hidrocarbonetos.
 Remoção de material eflorescente com escovação de cerdas macias sobre superfície seca.
 Remoção de algas, fungos e bolor com escovação de fios duros e lavagem com solução de fosfato
trissódico, lavando bem a seguir.
 Evitar pintura sobre substratos de concreto ou argamassa curados por tempo insuficiente.
 Aplicar tinta que forme película porosa e resistente a álcalis sobre substrato muito úmido, sem
condições de secagem.
 Evitar aplicação de tinta em superfície muito lisa. Tratá-las com hidro jateamento.
 Em substratos muito porosos, aplicar tinta de fundo para homogeneizar a superfície. Podem ser
usadas tintas de acabamento diluídas.
 Tintas a óleo e alquímicas somente podem ser aplicadas sobre substrato totalmente seco e curados
por 60 dias e sobre tinta de fundo resistente à alcalinidade.

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Disciplina Material de Construção 1

Patologia | Defeitos no Filme da Pintura

Apresentação

 Filme apresentando fissuras e trincas, às vezes com perda de brilho e pulverulência.


 Película pegajosa, com sinais de bolha d´água e de oleosidade, de cor amarela e marrom, podendo
apresentar-se descolorida.
 Desagregação pulverulenta, por empoçamento ou calcinação.
 Formação de bolhas e vesículas.
 Enrugamento tipo “pele de jacaré”.
 Manchas cor marrom, cinza, preta, vermelha ou verde sobre o filme.
 Sinais de manchas suaves marrom claro e amarelo.

Investigações

 Verificar a existência de deterioração na película de pintura e suas manifestações;


 Verificar as características da base de pintura quanto à umidade, à existência de partículas passíveis
de expansão ou de formação de manchas.

Diagnóstico: Problemas com a natureza da tinta


Causas
 Aplicação de tinta com baixa resistência à radiação solar em ambiente externo, com destruição do
filme por fissuramento ou por deterioração com pulverulência, eventualmente acompanhadas de
perda de brilho e de cor.
 Aplicação de tinta com baixa flexibilidade sobre substrato de variação dimensional elevada, com
destruição do filme por fissuramento.
 Aplicação de tinta com baixa resistência a álcalis, tornando a tinta pegajosa com sinais de bolhas
d´água e de óleo.
 Aplicação prematura de tinta que forme película impermeável sobre substrato de argamassa curado
em tempo insuficiente, levando a tinta a apresentar sinais de deterioração, às vezes com formação de
pó.

Diagnóstico: Problemas com a natureza da tinta


Causas
 Aplicação de tinta com baixa resistência ao ataque por agentes biológicos, tais como bolor, fungos e
algas, em substrato de alta umidade, com apresentação de manchas escuras sobre a superfície.
 Incompatibilidade das várias camadas do sistema de pintura, secagem muito rápida ou espessura
elevada, produzindo enrugamentos.

Diagnóstico: Problemas com a natureza do substrato


Causas
 Aplicação da tinta sobre argamassa de revestimento contendo partículas expansivas, majorados os
efeitos por altas temperaturas e umidades, apresentando bolhas e vesículas;
 Aplicação da tinta sobre argamassa de revestimento contendo partículas solúveis em água,
produzindo manchas;
 Aplicação de tinta sobre substrato muito poroso, que absorve o veículo, restando na superfície
apenas as cargas e os pigmentos, em forma de pó, facilmente removível.

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 69


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Disciplina Material de Construção 1

Patologia | Defeitos no Filme da Pintura

Diagnóstico: Aplicação em condições inadequadas


Causas
 Secagem muito rápida devido à temperatura ou umidade inadequadas ou ventos fortes, enrugando o
filme.

Ações Preventivas

 A tinta aplicada em ambientes externos deve possuir boa resistência à radiação solar.
 A tinta aplicada em ambientes de elevada umidade não deve permitir nem favorecer a formação de
vida vegetal.
 As superfícies devem estar suficientemente secas e endurecidas, sem sinais de contaminação e
deterioração.
 Pintura deve ser realizada com temperatura variando de 10°C a 35°C.
 Não pintar com chuva, nem condensação de vapor no substrato, nem em presença de ventos fortes.
 As pinturas internas devem permitir a abertura das portas e janelas.
 A tinta deve ser bem espalhada e a espessura de cada demão deve ser a mínima possível e a
espessura do filme deve resultar da aplicação de várias demãos.
 Cada película deve ser contínua, com espessura uniforme e livre de escorrimentos. Cada demão
deve ser aplicada quando a anterior tiver secado para evitar enrugamentos e descolamentos.

Patologia | Bolhas

Umidade na superfície
Parede contendo umidade, não se executou o tratamento, mas deu-se sequência ao acabamento
final, usando massa corrida acrílica e tinta.
Após certo período, iniciou o aparecimento de bolhas, pois a água que estava na superfície começou
a evaporar, formando assim as bolhas.

Causas
 Umidade na superfície.
 Quando é usada massa corrida PVA em paredes externas ou mesmo interna, mas que tenham
contato com água.
 Por poeiras que não foram removidas da superfície, principalmente sobre massa corrida, após ser
lixada.
 Ao aplicar uma tinta com melhor qualidade sobre uma de qualidade inferior. A nova tinta, ao infiltrar
na antiga, poderá causar bolhas na superfície.
 Podem ocorrer bolhas se e quando a tinta a ser aplicada não tiver sido diluída corretamente.

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 70


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Disciplina Material de Construção 1

Patologia | Bolhas

Correção

 Raspar toda superfície que apresenta bolhas ou partes soltas. Em caso de afetar partes profundas,
refazer os retoques com massa de reboco e aguardar a cura de 30 dias.
 Corrigir o problema de umidade. Caso necessária impermeabilização, utilizar produtos apropriados.
Deixar o local que foi raspado aberto por certo período, com bastante ventilação, aguardando a
secagem total da superfície. Às vezes, a parede aparenta estar seca, mas ainda há água para
evaporar. Lixar e limpar toda à superfície.
 Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes e aguardar a secagem indicada. Prosseguir
para o acabamento final, dependendo do acabamento desejado.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de massa corrida acrílica. Lixar e limpar toda superfície com um pano úmido.
Aplicar de 2 a 3 demãos de tinta

Patologia | Massa Corrida PVA em contato com a água.

Paredes próximas ao chão com piso frio, não devem usar massa corrida PVA, porque estão sempre
em contato com água. Conforme se lava o piso, com o tempo, a água infiltra-se na película da tinta, chegando
até a massa que começa a estourar bolhas e, às vezes, causa o esfarelamento do reboco.

Correção

 Raspar toda superfície que apresenta bolhas ou partes soltas. Em caso de chegar a afetar partes
profundas, refazer os retoques com massa de reboco e aguardar a cura de 30 dias.
 Corrigir o problema de umidade. Caso necessária impermeabilização, procurar produtos apropriados.
Deixar o local que foi raspado aberto por certo período, com bastante ventilação, aguardando a
secagem total da superfície. Às vezes, a parede aparenta estar seca, mas ainda há água para
evaporar.
 Lixar e limpar toda à superfície.
 Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes e aguardar a secagem indicada. Prosseguir
para o acabamento final, dependendo do acabamento desejado.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de massa corrida acrílica. Lixar e limpar toda superfície com um pano úmido.
Aplicar de 2 a 3 demãos de tinta.

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Patologia | Descascamento

Reboco sem cura adequada

A tinta começa a descascar ou soltar da parede. Isto ocorre quando:

 Aplica-se tinta sobre superfície úmida.


 Idem sobre superfícies que contenham partes soltas e caiação.
 Idem sobre reboco sem a cura adequada de 30 dias.
 Má aderência da tinta, devido à diluição incorreta.
 Superfície calcinada, que não tenha sido preparada adequadamente.
 Sobre superfícies que não tenham eliminado totalmente o pó.

Correção

 Raspar e escovar toda superfície. Caso necessário, refazer partes do reboco e aguardar cura de 30
dias.
 Aplicar uma demão de Fundo Preparador de Paredes e aguardar secagem.
 Prosseguir com o acabamento final, de acordo com o acabamento que se desejar.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de massa corrida PVA (interno) e massa corrida acrílica (interno e externo).
 Lixar e limpar bem toda a superfície.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de tinta.

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Patologia | Desagregamento

Massa de reboco feita com excesso de areia, deixa o reboco muito fraco. Com o tempo, começa a
descascar e junto com a tinta e massa corrida, soltam-se partes do reboco e areia. É um tipo de
descascamento em que, junto com a película de tinta, sai também parte do reboco e costuma ficar esfarelado
por baixo.

Causas
 Aplicação de tinta ou massa corrida sobre reboco não curado ou sobre parede com umidade.
 Idem sobre reboco muito arenoso.

Correção

 Raspar e escovar todas as partes soltas das paredes. Caso necessário refazer alguma parte de
reboco, aguardar a cura de 30 dias.
 Limpar bem toda a superfície até eliminação total da poeira.
 Aplicar de 1 a 2 demãos de fundo preparador de paredes.
 Prosseguir para o acabamento final, escolhendo o tipo de acabamento.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de massa corrida PVA (interno) ou massa corrida Acrílica (interno e externo).
Respeitar o intervalo entre as demãos, aplicando camadas finas.
 Lixar e limpar bem toda a superfície.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de tinta.

Patologia | Manchas Esbranquiçadas

A eflorescência se dá pela eliminação de água sob a forma de vapor, durante a secagem do reboco,
quando se arrastam materiais alcalinos solúveis do interior para a superfície pintada, onde se deposita,
causando a mancha.

Causas

 Por ter sido aplicado acabamento final sobre reboco úmido ou por não ter sido curado ou, no caso de
haver umidade por chuvas e não se ter aguardado a secagem total da superfície.
 Em caso de umidade, por estar migrando da parte interna da parede para a externa.
 Em cores escuras: pode ocorrer, quando a tinta foi diluída excessivamente, aparecendo assim
marcas do rolo.

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Patologia | Reboco Úmido

Não foi aguardado o tempo de cura.

Correção

 Se o caso for devido infiltração, corrigir primeiro o problema.


 Raspar e escovar toda a parte afetada.
 Aguardar a cura do reboco de 30 dias.
 Aplicar uma demão de fundo preparador de paredes.
 Prosseguir para o acabamento final.
 Se escolher o uso de massa corrida, aplicar de 2 a 3 demãos, massa corrida PVA interno e massa
corrida Acrílica interno e externo.
 Lixar e limpar bem toda a superfície.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de tinta.

Patologia | Manchas por chuvas irregulares

Causas

 Ocorre quando acontecem chuvas tipo garoa, que molha somente pontos isolados da parede, quando
a tinta ainda não está totalmente curada.
 Após este contato com a água a tinta com filme ainda não curado, faz com que aflorem materiais
solúveis, usados na formulação das tintas.

Correção

 Caso se perceba as manchas - assim que choveu e secou – e, se elas não desaparecerem, lavar
toda a parede com água. É importante lavar o mais rápido possível, pois só assim, se conseguirá
eliminar esses materiais solúveis;
 No caso de não desaparecem as manchas, aguardar a secagem da superfície e aplicar uma demão
de fundo preparador de paredes;
 Aplicar novamente a tinta. Verificar se será necessário aplicar 1 ou 2 demãos.

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Patologia | Calcinação

Começa o estufamento da superfície, causando um esfarelamento do reboco com facilidade,


aparecendo um pó bem fino, semelhante ao sal.

Causas

 Não hidratação correta da cal que se mistura à massa do reboco.


 Por excesso de cal na preparação da massa do reboco.

Correção

 Raspar toda parte solta e escovar.


 Refazer toda parte profunda com uso de massa de reboco.
 Aguarde o tempo de cura de 30 dias e não esqueça de deixar a cal hidratar de acordo com as normas
de preparação da massa.
 Lixar e limpar, até eliminação total das poeiras.
 Aplicar uma demão de fundo preparador de paredes.
 Escolher o acabamento final desejado.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de massa corrida PVA (interno) e massa corrida acrílica (interno e externo).
 Lixar e limpar toda superfície, aguardar o intervalo entre as demãos.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de tinta.

Patologia | Repintura

Nas paredes em bom estado, pintadas com látex, basta limpar e repintar diretamente:

 Nas paredes em mau estado, é necessário remover a pintura anterior e aplicar uma demão de fundo
preparador de paredes. Após secagem pode-se aplicar o acabamento desejado.
 Nas paredes caiadas, deve-se remover, ao máximo possível, a caiação e depois aplicar uma demão
de fundo preparador de paredes.
 Nas paredes pintadas com tintas brilhantes (esmalte ou óleo), é necessário lixar totalmente, até a
perda do brilho, limpar o pó resultante deste lixamento e repintar as paredes.

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Patologia | Fungos (Mofo ou Bolor) e Algas

São micro organismos vivos que se proliferam em ambientes diferentes. Acontecem em locais com
umidade, sem ventilação e sem iluminação.

 Fungos: Proliferam tanto em área interna como externa, apresentam coloração preta, marrom, cinza,
verde e outras.

 Algas: Proliferam somente em áreas externas, apresentam coloração verde, verde-azulada e


vermelho-castanho.

Correção

 Lavar todo local em que aparecerem bolor/fungos, usar uma solução de água sanitária com água na
proporção 1:1. É importante esfregar bem a superfície com uma escova de aço e enxaguar com
água. Colocar novamente a solução e deixar agir por aproximadamente 5 horas. Repetir a lavagem,
esfregando e enxaguando bem, até eliminar totalmente todos os pontos pretos, pois caso fique um
único ponto preto, ele se prolifera novamente e espalha por toda superfície.
 Aguardar a secagem total da superfície, lixar e limpar, até eliminar todo o pó e prosseguir ao
acabamento final Aplicar massa corrida PVA (interno) e massa corrida acrílica (interno e externo),
lixar e limpar, respeitando o intervalo entre as demãos sem esquecer de aplicar camadas finas.
 Aplicar de 2 a 3 demãos de tinta. Neste caso como ocorreram os fungos por falta de ventilação é
importante que o local fique arejado, senão irá ocorrer o mesmo novamente.

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Disciplina Material de Construção 1

Verniz

O verniz é uma dispersão coloidal não pigmentada, ou solução de resinas sintéticas/naturais em


óleos dissolvidos em solventes. São usados como películas protetoras ou revestimento decorativo em vários
substratos.

 Mistura: A produção de verniz é simples e não exige as etapas de dispersão e moagem. O produto é
feito em apenas uma etapa: a mistura. São homogeneizados em tanques ou tachos, as resinas,
solventes e aditivos.
 Dispersão: Alguns tipos de vernizes necessitam também desta etapa. Quando algumas das
matérias-primas são difíceis de serem incorporadas, é necessário aplicar maior força de cisalhamento
a fim de evitar grumos.
 Filtração: Concluída a mistura, o lote é filtrado para remover qualquer partícula do tamanho acima do
máximo permitido.
 Envase: Depois de aprovado pelo Laboratório de Controle de Qualidade, o verniz é então, envasado
em latas, tambores ou containeres, rotulado, embalado e encaminhado para o estoque.

Tipos de Vernizes

São muitos os tipos e funções de vernizes disponíveis no mercado atualmente, cada um com
aplicações específicas, que se diferenciam pelo tipo de madeira, aplicação e local, em ambientes externos.

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Disciplina Material de Construção 1

Marca: CORAL

CORAL VERNIZ ACRÍLICO

O Verniz Acrílico deve ser utilizado para dar maior proteção e melhor
acabamento às paredes externas e internas de concreto, pedra mineira, ardósia
e tijolo à vista. Possui resistência à alcalinidade, à ação da maresia e também ao
sol e à chuva. É diluível em água e, quando seco, fica incolor, proporcionando
maior brilho, beleza e facilidade de limpeza à superfície.

 Lata 18 L: 225 a 275 m² por demão


Embalagem/Rendimento
Galão 3,6 L: 45 a 55 m² por demão
Rolo de lã, pincel ou trincha.
Aplicação
Limpe as ferramentas com água e sabão.
Diluir em até 10% com água limpa. Em superfícies não seladas, aplicar a
Diluição
primeira demão diluída com 30% de água limpa.
Acabamento Brilhante
Ao toque: 2 horas
Secagem Entre demãos: 4 horas
Final: 4 horas

CORALAR VERNIZ

É o verniz sintético para quem deseja economia com qualidade. É de fácil


aplicação e possui bom acabamento e rendimento. É indicado para decorar e
proteger superfícies de madeira em ambientes externos e internos, como: portas,
esquadrias, móveis, forros, etc.

Galão 3,6 L: 40 a 70 m² por demão


Embalagem/Rendimento
Quarto 0,9 L: 12 a 17 m² por demão
Áreas grandes: trincha, revólver ou rolo de espuma. Áreas pequenas: pincel com
Aplicação
cerdas macias ou boneca. Limpe as ferramentas com Coralraz.
Usar diluente Coralraz. Aplicação trincha/pincel/rolo diluir no máximo 10%.
Diluição
Aplicação revólver diluir no máximo 30%.
Acabamento Brilhante
Ao toque: 6 horas
Secagem Entre demãos: 12 horas
Final: 24 horas

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Disciplina Material de Construção 1

Marca: SUVINIL

SUVINIL VERNIZ ACRÍLICO

Suvinil Verniz Acrílico é verniz à base de água para paredes internas e externas,
que oferece acabamento brilhante e transparente. É ideal para superfícies de
concreto aparente, fibrocimento, tijolos, telhas de barro e paredes pintadas com
tintas PVA.

Aplicação Paredes - Complementos.


Interior / Exterior Tijolo ou concreto aparente, fibrocimento e paredes pintadas
Local de aplicação
com tintas PVA ou acrílicas.
Resina à base de dispersão aquosa de copolímero estireno acrílico, glicóis e
Composição
tenso ativos etoxilados.
Acabamento Brilhante
Galão 3,6 L
Embalagem
Lata 18 L
Para se obter o máximo da qualidade dos produtos Suvinil é necessário um bom
Importante
preparo da superfície a ser aplicada.

SUVINIL VERNIZ COPAL

O Verniz Copal realça a cor natural da madeira, disponível no acabamento


brilhante não altera a tonalidade. Ideal para uso interno.

Aplicação Madeiras.
Local de aplicação Interior Madeira.
Resina alquídica à base de óleo vegetal semi-secativo, hidro-carbonetos
Composição alifáticos, cargas sintéticas (fosco), pigmento inorgânico e secantes organo-
metálicos. Não contém benzeno e metais pesados.
Acabamento Brilhante
Embalagem Galão 3,6L
Para se obter o máximo da qualidade dos produtos Suvinil é necessário um bom
Importante
preparo da superfície a ser aplicada.

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Marca: SUVINIL

SUVINIL VERNIZ MARÍTIMO

O Verniz Marítimo realça a cor natural da madeira formando uma fina camada
transparente. Protege contra ações do tempo proporcionando maior durabilidade
ai aspecto natural da madeira.

Aplicação Madeiras.
Local de aplicação Exterior / Interior Madeira.
Resina alquídica à base de óleo vegetal semi-secativo, hidro-carbonetos
Composição alifáticos, cargas sintéticas (fosco), pigmento inorgânico e secantes organo metá-
licos. Não contém benzeno e metais pesados.
Acabamento Brilhante, Fosco e Acetinado.
Embalagem Galão 3,6L
Para se obter o máximo da qualidade dos produtos Suvinil é necessário um bom
Importante
preparo da superfície a ser aplicada.

SUVINIL VERNIZ TINGIDOR

O Verniz Tingidor tem poder de tingimento nas cores mogno e imbuia e realça os
veios naturais da madeira nova.

Aplicação Madeiras.
Local de aplicação Exterior / Interior Madeira.
Resina alquídica à base de óleo vegetal semi-secativo, cargas sintéticas (fosco),
Composição hidrocarbonetos alifáticos e secantes organo metálicos. Não contém benzeno e
metais pesados.
Acabamento Fosco
Embalagem Galão 3,6L
Para se obter o máximo da qualidade dos produtos Suvinil é necessário um bom
Importante
preparo da superfície a ser aplicada.

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 80


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Disciplina Material de Construção 1

Marca: SUVINIL

SUVINIL VERNIZ TRIPLO FILTRO SOLAR

O Verniz Triplo Filtro Solar forma filme sobre a madeira e contém três filtros
solares que proporcionam excelente resistência a ação do sol e chuva.

Aplicação Madeiras.
Local de aplicação Exterior / Interior Madeira.
Resina alquídica à base de óleo vegetal semi-secativo, hidrocarbonetos
Composição alifáticos, cargas sintéticas (fosco), pigmento inorgânico e secantes organo-
metálicos. Não contém benzeno e metais pesados.
Acabamento Brilhante e Fosco
Quartinho 900ml
Embalagem
Galão 3,6L
Para se obter o máximo da qualidade dos produtos Suvinil é necessário um bom
Importante
preparo da superfície a ser aplicada.

SUVINIL VERNIZ ULTRA PROTEÇÃO

O Verniz Ultra-Proteção cria uma película flexível que acompanha os


movimentos da madeira, proporcionando maior durabilidade. É repelente a água,
mais resistente a ação do sol, fungos e umidade, deixando a madeira brilhante
por muito mais tempo. Possui 8 anos de garantia!

Aplicação Madeira.
Local de aplicação Interior / Exterior Madeira
Resina alquídica à base de óleo vegetal semi-secativo, pigmentos inorgânicos,
Composição hidrocarbonetos alifáticos, secantes organo-metálicos e fungicidas. Não contém
benzeno e metais pesados.
Acabamento Brilhante
Embalagem Galão 3,6L
Para se obter o máximo da qualidade dos produtos Suvinil é necessário um bom
Importante
preparo da superfície a ser aplicada.

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 81


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Marca: SUVINIL

SUVINIL VERNIZ MARÍTIMO

O Stain Impregnante penetra na madeira e não forma filme. Possui alta


resistência a ação do sol, chuva e fungos.

Aplicação Madeiras.
Exterior / Interior Madeira como portas, janelas, decks de piscina,
Local de aplicação casas/fachadas de madeiras, esquadrias, lambris, forros, móveis e demais
estruturas de madeira.
Acabamento Acetinado
Embalagem Galão 3,6L
Para se obter o máximo da qualidade dos produtos Suvinil é necessário um bom
Importante
preparo da superfície a ser aplicada.
Acabamento Único: Possui um belíssimo acabamento acetinado e
semitransparente, que deixa a mostra os veios naturais da madeira. Quanto
maior o número de demãos, maior a intensidade do brilho. Disponível nas
versões natural, mogno, imbuia e em mais cores no Sistema Suvinil SelfColor.
Os vernizes em cores poderão sofrer variações na tonalidade de acordo com o
tipo de madeira e do processo de aplicação utilizados.
Principais Vantagens: Diferente dos vernizes tradicionais, o Suvinil Verniz Alta
Observação
Performance foi especialmente desenvolvido para penetrar na madeira, evitando
assim rachaduras, trincas e a formação de bolhas no acabamento. Por este
motivo sua formulação é menos viscosa. Possui alta proteção aos raios solares,
ação repelente à água e ação contra fungos, protegendo a madeira contra o
envelhecimento precoce, o desbotamento e a deterioração.
Praticidade e Economia: É um produto de fácil aplicação e repintura,
proporcionando ação selante e acabamento ao mesmo tempo.

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 82


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Teoria da Cor

A cor pode transformar animar e modificar um ambiente. Todos nós reagimos à cor, e atualmente, é
possível levá-la a todas as áreas da vida pelo uso de matérias, tecidos e tintas. O uso de uma ou várias cores
no ambiente pode alterar a comunicação, as atitudes e a aparência das pessoas presentes; a cor pode
acalmar, reduzir o estresse e a violência ou aumentar a vitalidade e a energia.
Pesquisas demonstram que quando uma pessoa vê uma cor da qual gosta, todo seu sistema
orgânico fica relaxado. Ela muda o seu modo de ver as coisas e torna-se mais otimista - vendo a vida de
modo diferente. Este curso visa auxiliar na escolha das cores, suas combinações e aplicações nos ambientes,
com objetivo de buscar melhor qualidade de vida, não pretendendo ditar regras e muito menos limitar o uso
das mesmas.

O Que é Cor?

Cor é a sensação provocada pela ação da luz sobre a visão. Existem dois tipos de estímulos que
causam as sensações cromáticas: cor-luz e cor-pigmento.

Cor Luz

Cor-Luz é traduzida pela luz solar, que reune todos os matizes existentes na natureza. As três cores
primárias são o Verde, o Violeta e o Vermelho, que ao se unirem resulta na luz branca.

Cor Pigmento

A Cor-pigmento é a substância material que absorve refrata e reflete os raios luminosos. As três cores
primárias são o azul cyan, o amarelo e o magenta. A união desta três cores resulta no cinza-neutro.

Influência da Luz

Como já falamos anteriormente, a cor está diretamente ligada à luz, portanto o tipo de iluminação é
muito importante para a percepção da cor.
A luz solar possui todos os matizes existentes na natureza, portanto é a luz ideal para observarmos a
cor real. Quando falamos em ambientes internos, precisamos recorrer à iluminação artificial.
Existem basicamente 3 tipos de iluminação artificial: a incandescente, a fluorescente e a descarga de
alta densidade, sendo que esta ultima é comumente utilizada para iluminação pública.

Lâmpada Incandescente

A luz irradiada por ela vem, na sua maior parte, da faixa vermelha no espectro, portanto há um
aumento na densidade das cores, tornando-as amareladas. Este tipo de iluminação carece de violeta e azul e
a energia liberada vem, sobretudo, de radiação infravermelha.

Arqª Aline Rodrigues – Maio de 2012 83


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Lâmpada Fluorescente

A luz é gerada por mecanismos não térmicos que podem conter substâncias que produzem vários
tipos de iluminação, mas num espectro distorcido que emite apenas uma parcela do espectro total e carece
do vermelho e do violeta-azulado. Neste tipo de iluminação as pessoas tendem a ficar mais pálidas que o
normal. É bastante utilizada em escolas, escritórios e fábricas. Sendo assim, ao escolher cores para nossos
ambientes, devemos ter em mente o tipo de iluminação a ser utilizado. Por exemplo, a cor azul, vista à luz do
sol, parecerá muito diferente do mesmo azul visto num ambiente com iluminação incandescente ou
fluorescente.

Adição de Cores

 Cores Primárias: As primárias são as cores que não resultam de outras cores. Não podem, portanto,
ser obtidas pela mistura de outras cores. São: azul, amarelo e vermelho.

 Cores Quentes: Vermelho e amarelo e as demais cores em que predominem.

 Cores Frias: Azul e verde e demais cores em que predominem.

 Cores Neutras: Combinação entre pretos, brancos e cinzas.

 Cores Análogas: Combinações entre uma cor primária e uma secundária, que sejam vizinhas no
círculo cromático. São análogas, por exemplo, amarelo, amarelo-verde e verde.

 Cores Complementares: São aquelas cuja mistura produz o cinza-neutro:

Vermelho + Azul Esverdeado


Amarelo + Anil
Azul + Laranja

 Cores Secundárias: Cores formadas por duas cores primárias na mesma proporção.

Verde (azul + amarelo)


Laranja (vermelho + amarelo)
Azul-violeta (vermelho + azul)

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 Cores Terciárias: Intermediárias entre uma cor secundária e qualquer das duas primárias que lhe
deu origem.

Violeta (magenta + azul)


Azul (cyan + azul-violeta)
Verde - azulado (cyan + verde)
Amarelo esverdeado (amarelo + verde)
Laranja (amarelo + vermelho)
Vermelho-violeta

Matiz

Matiz é a máxima intensidade da cor; é a própria cor, bem como a variação de tonalidade obtida pela
mistura de duas cores em sua máxima intensidade, sem mistura de pigmentos pretos ou brancos, formando
novas cores.

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Harmonia das Cores

Com a harmonia de algumas cores podemos de maneira interativa mais algumas definições sobre as
cores, e também verá como a cor pode ser usada para criar ilusões e alterar visualmente as dimensões dos
ambientes.

Intensidade - Cor + branco


Tom / Valor - Cor + cinza
Sombra - Cor + preto

 Harmonia Monocromática: A utilização de diferentes matizes e tons de uma mesma cor pode criar
um ambiente interessante, mas também pode torná-lo monótono.

 Harmonia Dupla: Constitui na harmonia complementar (ou harmonia dupla, ou aposta), na


composição que opera, tendo de um lado uma cor que, pelo outro lado, tem as que lhe são apostas,
em virtude de serem de outra natureza. Em tais condições, são harmonias complementares (duplas
ou apostas):

Vermelho com Verde


Azul com Laranja
Amarelo com Violeta

 Harmonia Trio: O uso de três cores fundamentais ou de cores compostas equidistantes dentro do
círculo de cores.

 Harmonia Quadra: O uso de 4 cores com ao menos 1 cor separando uma da outra no círculo
cromático.

 Harmonia Contraste: Buscando equilíbrio, combinando cores complementares e seus diferentes


tons e matizes, por exemplo: vermelho e rosa combinados no verde, violeta e turquesa, laranja e azul,
entre outras.

Colorindo Ambientes

As Cores nos Ambientes

No momento em que vamos fazer a escolha das cores para os ambientes, podemos usar um
esquema específico baseado nas pessoas que vão viver neles e em como eles serão utilizados.

Podemos Questionar

1. Que tipo de atividade será realizada no espaço?


2. Quanta luz ele recebe?
3. Você quer basicamente um ambiente quente ou frio nesta área?
4. Você está diante de um ambiente vivo e estimulante, ou calmo e tranquilo?
5. O teto é alto ou baixo?
6. Você quer ampliar o tamanho deste aposento ou fazer com que ele pareça menor?
7. Ele é estreito e longo, ou largo e curto?

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Hall de Entrada

Quando entramos numa casa, o hall é o primeiro lugar por onde passamos nos dá as boas vindas e
transmite um pouco dos modos de vida dos donos da casa. A cor é uma linguagem que faz afirmações a
nosso respeito, portanto devemos usar uma cor que irradie energia de acordo com os moradores.

 Amarelo: associado ao intelecto e inquisição mental.


 Verde-maçã: família, crianças.
 Rosa: calor, afeto.
 Azul: independência, autossuficiência.
 Vermelho: pioneirismo, ousadia, pessoa que gosta de ser notada.

Sala de Estar

A sala de estar deve ter vários padrões diferentes. Como é um lugar onde se recebe visitas, deve ter
vários estímulos visuais para manter a atmosfera e a conversa viva e diversificada. Pode-se usar o amarelo,
laranja, vermelho com o verde e azul como complemento.

Sala de Jantar

Neste ambiente podemos criar atmosferas diferentes com o uso das cores:

 Amarelo: estimula o ego, as pessoas tenderão a dizer mais o que pensam, provoca conversas
estimulantes.
 Azul: propicia conversas mais sérias, sóbrias, sobre negócios.
 Vermelho: proporciona uma sensação de intimidade e a conversa será mais pessoal

Quarto

A cor a ser escolhida deve ser fria e relaxante, para descansar antes de dormir. Uma tonalidade mais
fria "esfria" imediatamente a atividade nas células do cérebro, ajudando a reduzir a atividade incessante da
mente. Quando dormimos absorvemos energia mais rapidamente, de maneira que as cores escolhidas para o
quarto nos afeta profundamente.

 Azul-Hortência: acalma as emoções e ajuda a relaxar e vai bem com o pêssego, salmão e rosa.
 Amarelo: estimula o pensamento, o raciocínio e a comunicação, portanto é mais indicado para
ambientes sociais.
 Verde-pálido: ajuda a equilibrar o ambiente e tem função anti-estresse, combinado a uma cor quente
dará ótimos resultados.

Quarto Infantil

No quarto das crianças podemos abusar de tons pastéis e usar cores mais fortes e desenhos
variados em meia parede ou nos armários. Até a criança completar 18 meses, devemos evitar as cores muito
fortes, pois podem deixar o bebê muito agitado. Neste período, é aconselhado usar tons claros de rosa e azul.
O teto pintado de azul claro ajudaria a criança a ter um sono repousante.

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Banheiros

Devemos evitar o preto, exceto ser em pequenos detalhes. Se optarmos por cores escuras, podemos
colocar plantas para amenizar e dar vida.

 Rosa ou Pêssego: é muito relaxante e traz muito calor ao ambiente.


 Amarelo: é a cor da criatividade, inspira novas ideias quando entramos na água.
 Azul: muito relaxante em tons avermelhados e esverdeados, porém em tons acinzentados pode
despertar introspecção e até tristeza.

Cozinha
É um dos lugares mais importantes da casa. É onde a família se reúne para comer, conversar,
relaxar, por isso devemos fazer dela um ambiente que propicie descontração e convívio.

 Rosa e Pêssego: estimula o afeto e a comunicação dos membros da família.


 Pêssego, Laranja e Damasco: ativam a criatividade e o interesse em servir melhor e faz aumentar o
interesse pela casa.
 Vermelho: é altamente emocional e estimula tanto sentimentos positivos quanto negativos, portanto
devemos usá-lo com cautela, ou seja, de acordo com a personalidade dos moradores.
 Azul: por ser uma cor fria, pode causar certo distanciamento.
 Amarelo-forte: estimula refeições rápidas e a falar muito enquanto comemos. Pode ser estressante.

Espaços Altos

Dica: para rebaixar a altura do pé direito, pinte o teto da mesma cor das paredes ou um tom mais
escuro para um rebaixamento maior.

Espaços Baixos

Dica: para aumentar a altura do pé direito, pinte o teto com uma cor mais clara que as paredes ou
branco.

Espaços Estreitos

Dica: para que o ambiente pareça mais amplo, utilize uma cor pastel ou brilhante nas paredes e teto.
Ao pintar uma das paredes menores com um tom mais escuro o ambiente parecerá menos estreito.

Espaços Em “L”

Dica: para estes ambientes, pode-se delimitá-los visualmente utilizando cores contrastantes em uma
das paredes.

Espaços Amplos

Dica: para reduzir ambientes amplos, recomenda-se pintar o ambiente todo ou duas paredes (uma de
frente para a outra) com um tom mais escuro. Uma outra possibilidade é rebaixar o pé direito com a utilização
de uma cor mais escura que as paredes

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Psicologia das Cores

A influência psicológica das cores:

Devemos usar sempre uma cor quente e uma fria junta. Nosso mundo é um mundo de polaridades:
dia e noite, quente e frio, alegria e tristeza, yin e yang, etc.
A influência das cores pode ser notada não somente na decoração, mas também na maneira de
vestir, como terapia, na expressão de um quadro, traduzindo o estado de ânimo das pessoas e a maneira
como gostariam de ser vistas.

VERMELHO

É uma cor que tem bastante energia. Faz a pessoa se sentir intrépida, ousada, poderosa, corajosa.
Todos nós precisamos de um pouco de vermelho em nossa aura para motivar-nos. Seus tons e matrizes
sugerem muitas características. Desde a determinação e vontade de cuidar dos outros à insensibilidade,
violência e egoísmo. Quando esta cor é usada com equilíbrio, seu efeito é muito positivo. Para isso, devemos
usar o verde, o amarelo-dourado que significa sabedoria ou o azul, que vai esfriar um pouco o vermelho.
Locais como teatros, restaurantes, bares e cassinos podem ser deliberadamente decorados com vermelho,
pois esta cor estimula o apetite e nos faz perder a noção do tempo.

TONS DE ROSA

Mistura de branco com o vermelho. Tons rosados proporcionam calor, afeto e podem ser relaxantes.
Os tons róseos mais quentes têm efeito positivo, pois tornam as pessoas mais ativas e desejosas de
progresso. Ideal para serem colocados em casas ou asilos de pessoas idosas, pois não vão permitr que
essas pessoas fiquem apáticas ou percam o interesse pela vida, ao contrário, vão causar uma mudança de
personalidade onde essas ficaram mais ativas e vigorosas.

LARANJA

Ajuda a pessoa a despertar seu potencial, defender seu próprio ponto de vista e ser mais confiante.
Os tons mais pálidos desta cor estimulam a comunicação das pessoas, bem como a descoberta e o
desenvolvimento da criatividade. É uma cor de grande vitalidade e pode ser usada em lanchonetes,
restaurantes, etc. O laranja-escuro deve ser usado com moderação, pois pode causar uma sensação de
desamparo e insegurança. O laranja-claro proporciona uma sensação de conforto, alegria e expressividade.
Todos os artistas criadores deveriam usar esta cor, principalmente acompanhada do azul.

AMARELO

Também uma cor de grande energia, pois é associada com a luz do Sol. É quente, expansiva, ativa a
mente a abrir para novas ideias. Ajuda na aprendizagem, pois afeta o plexo solar (núcleo do sistema nervoso
central que é um dos principais centros provedores de informação do cérebro). Essa cor alimenta o ego, mas
em demasia pode tornar a pessoa "egocêntrica". O amarelo e o branco juntos devem ser usados com
parcimônia, pois podem causar uma sensação de insegurança e instabilidade. Devemos usar com moderação
os tons de amarelo-escuro, como o mostarda, pois em demasia podem exercer um efeito negativo como
pessimismo e negatividade. Pode ser usado em halls, corredores e lugares onde têm pouca luz, pois dá uma
sensação do espaço. Esta cor é associada com o intelecto, as ideias e a inquirição mental.

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VERDE

É a cor do equilíbrio e da harmonia. Ajuda a reduzir o estresse e a tensão, pois é um meio de baixar a
pressão arterial. É uma cor que está associada com a autoestima e nos ajuda a fluir com os acontecimentos,
dando uma sensação de liberdade e fluidez. É relaxante e repousante, mas não deve ser usada sozinha, pois
pode deixar o ambiente estático. O verde-escuro proporciona uma sensação de força e estabilidade. O verde-
claro é ótimo para crianças, que geralmente o adora. Ele afeta a área do coração e nos ajuda a ser mais
afetuosos. O verde-maçã indica uma casa onde se dá importância 'às crianças, 'à família e aos animais. Pode
indicar também pessoa que tende a acumular posses e não jogar nada fora. O verde usado com cores mais
claras irradia uma energia de relaxamento e paz. É uma cor que está ligada à autoestima.

AZUL

O azul é uma cor terapêutica, que relaxa, acalma e esfria. Pode ser associado à lealdade,
integridade, respeito, responsabilidade e autoridade. Mas usado em demasia, pode deixar o ambiente frio,
pode fazer com que a pessoa fique indiferente, retraída e com sono. O índigo pode trazer à tona velhos
medos, portanto deve ser usado com o rosa. O azul-escuro e profundo é uma cor que remete a integridade e
honestidade. As pessoas que se entregam à mentira e são desleais não costumam se sentir bem em um
ambiente com esta cor, pois ela tende a fazê-las se sentir culpadas. Ele pode ser usado com amarelo para
ativar a mente e a intuição, com o vermelho para manifestar as emoções, com o rosa para trazer à tona o
lado afetuoso e com o pêssego para estimular a criatividade.

VIOLETA

Ou as pessoas odeiam ou elas amam... Essa cor tem uma vibração muito rápida e estimula o lado
artístico. Ela é associada a ideais nobres, como devoção e lealdade. Quando usado com o amarelo estimula
a introspecção para encontrar nosso eu. Quando usado com o verde estimula a generosidade e caridade. De
todas as cores, a violeta é a mais poderosa, afeta muito as pessoas, portanto devemos usá-la com critério.
Violeta-claro não deve ser usado sozinho, pois pode causar um desinteresse da pessoa pelo mundo.

PÚRPURA

Ativa as emoções básicas e, para não causar desequilíbrio, deve ser usada com o verde.

MAGENTA

Cor muito animadora. É viva e dramática e estimula as pessoas a tomarem decisões. Deve ser
usada, pelo menos nos detalhes, em empreendimentos comerciais. Grande harmonia quando usada com o
verde.

TURQUESA

É uma cor extremamente repousante e relaxante, mas deve ser usada sempre acompanhada de uma
cor quente. Na cromoterapia, é usada como meio de acalmar o sistema nervoso.

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MARROM
Cor que nos proporciona a sensação de que tudo é permanente, sólido e seguro. É a cor da
estabilidade quando usada no seu estado natural, tal qual nos móveis, etc. Transmite uma energia positiva.

CINZA

Embora muitos digam que é uma cor de neutralidade, seu efeito não passa despercebido. É uma cor
associada ao medo e negatividade, portanto devemos usar seus tons mais claros e sempre acompanhados
com cores quentes.

BRANCO

Realça todas as cores. Pode fazer com que elas ganhem luminosidade e vida. Um ambiente todo
branco pode dar a sensação de falta de força e profundidade.

PRETO

É imponente, mas só quando usado com outra cor. Do contrário, pode nos deixar indiferentes,
inacessíveis e prepotentes ao extremo.

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