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UM PLANO PARA
OS SEUS ESTUDOS
Este GUIA DO ESfUDANTE ATUALIDADES oferece uma ajuda e tanto
para as provas, mas é claro que um único guia não abrange toda a preparação
necessária para o Enem e os demais vestibulares.
É por isso que o GUIA DO ESTUDANTE tem uma série de publicações que,
juntas, fornecem tm1 material completo para um ótimo plano de estudos. O
roteiro a seguir é uma sugestão de como você pode tirar melhor proveito de
nossos guias, seguindo uma trilha segura para o sucesso nas provas.
f ~~?J~SÕES O prlmolro passo para todo vostlbulando é oscolhor com clareza a FOTO: STRINGER/REUTERS
ca rrelra e a un lversld ade onde pretE1nde estudar. Conhecendo o grau
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de dificuldade do processo seletivo e as matérias que têm pE!so maior
CALENDÁRIO 2016
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· · -. . . ~t na hora da prova, fica bem mais fácil planejar os seus Qstudos para
obter bons resultados.
••d)•· CAAREiRAS. ••
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COMO o GE PODE AJUDAR WCE o GE PROFISSOES traz todos os
Veja quando sío lançadas
IS nossas publicações
cursos superiores existentes no Brasl~ explica em detalhes as carac-
terísticas de mais de 260 carrE1íras e ainda Indica as instituições que M~S PUBLICAÇÃO
oferecem os cursos de melhor qualidade, de acordo com o ranking Janeiro
do ostrolas do GUIA DO ESTUDANTE• com a avaliação oficial do MEC. Fevereiro GE HISTÓRIA
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Março GEATUAI.IOADES 1
fJ REVISE AS MATÉRIAS-CHAVE Abril
GE GEOGRAFIA
Para começar os estudos, nada melhor do que rwlsaros pontos mais GEQUÍMICA
Importantes das principais matérias do Ensino Médio. Você pode re- GE PORTUGUts
passartodas as matérlasou focar apenas em algumas dE!las.Além de Maio
GEBIOLOGIA
rever os oonteúdos, éfundamental fazer multo exercício para praticar.
GEENEM
Junho
GEFWEST
() COMO OGE PODEAJUDARYOCE: Nós produzimos todos os anos um
gula para cada matéria do Ensino Médio: GE MATEMATICA, História, Julho GEREOAÇÃO
Goografla, Portugufs, Rodação, Biologia, Qulmlca • Flslca. Todos Agosto GEATUAI.IDADES 2
reúnem os tE!mas que mais caem nas-provas, trazQm multas questões GE MATEMÁTICA
de vestibulares para fazer e têm uma linguagem fácil de entendElr, Setembro
GE FfSICA
PQrmltfndo que você E!Stude sozinho.
Outubro GE PROl'ISSÕES
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Novembro
li MANTENHA-SE ATUALIZADO Dezembro
~o . . . :.1o Opasso flnalécontinuarestudando atualidades, pois as provasexlgElm
alunos cada vez mais antenados com os principais fatosqueocorrem Os gulas ficam um ano nas bancas-
~NEM
no Brasil e no mundo.Além disso, é preciso conhecer em dE1talhes o com exceção do ATUALIDADES, que é
seu processo seletivo - o Enem, por exemplo, é bem diferente dos semestral. Vod podo comprá-los tamb6m
demais vestibulares. nas lojas on-Un9 das Uvrarlas Saraiva
o Cultura.
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tfl(U:fllOStll WiOl ....&Ot ffil
~ C) COMOO GE POOEAJUOARWCE O GE ENEM oo GE Fuvost sãovor-
dadE1lros "manuais de instrução~ que mantêm você atuall.zado sobre FALE COM AGENTE:
todos os segredos dos dois maiores vestlbuta·res do pais. Também não Av. das Nações Unidas, 7221, 18• andar,
dá para pordor a próxima odição doGEAtualldados, quosorá lançada CEPOS425-902, São Paulo/SP, ou omall para:
em agosto, trazendo novos fatos do noticiário que ainda podE!m cair gula doostuda nto .1brl (@atloltor.com. br
nas provas dos processos sellrtlvos do final do ano.
PAUSA NA CRISE
Agarota síria
campo de refugiados de Mafraq fica na Jor- Zubaida Falsat pula
ESTANTE
a Dkas cutua Is Sugestões de ftlmes, histórias em quadnnhos e
Ili BRASIL
fotografias que complementam reportagens desta ed1çao 78 l,.eachment Entenda como é esse processo legal que ameaça o
segundo mandato da presidente Ollma Rousseff
PONTO DE VISTA 84 eom..>çso no Coneresso Deputados e senadores sob pressa:>
16 Retrosp1<1IVI/Persptctlva Veja o que os principais SE1manânos aa Ditadura militar Manifestantes pedem a volta dos militares
destacaram em seu balanço de 2015 e o que se espera para 2016 9l Rolonnapol1Uca0Supremo TrlbunalFederal(STF) prolbe a doação
18 Crist poUtlca Como os Jornais noticiaram o vazamento de de empresas prtvadas aos pa rtldos nas campanhas elc;ilto rals
denúncias do senador Oelcídro doAmaral (PT) contra o governo
DESTRINCHANDO
li ECONOMIA
20 OUmpiadas no Brasil Veja com gráficos e mapas o que 94 Crist «onõmk.a AJuste fiscal do governo tenta equilibrar as
os Jogos olimplcostêm a ver com história, geopolítica, contas, mas provoca rECessão e desemprego
desenvolvimento socioeconômico e urbanização 100 Pla,o Crut.1do Ofracasso do primeiro grande plano para tentar
a
42 Almffllldliodo mundo muçulm.,oAhlstórla da rellB1ão
46 UnlloEuropetaO drama humano e poUtlco dos m11hares de 144 Aqutdmento iloblt Entenda o acordo de todos os países na
refugiados que chegam ao Velho Continente COf>.21, que substituira o Protooolo de Kyoto
St RllssfaA p~ncla Intervém na Guerra da Síria e volta a se 150 OtsastN ambftntll As questões levantadas e as conseciuênclas do
contrapor mllltannente ao Ocidente rompimento da barragem da mineradora Samarco c;im Mariana (MG)
S8 Twqula Cresce a tensão potrtlca e reUg1osa no país 1st Chemobyt Há 30 anos ocorna o maior acidente nuclearda história
62 Guerra Civil Espanhola Há 80 anos começava o sangrento conflito 156 Doenças Ovírus Zlka e a mlcrocefaUa assustam o Brasil eo mundo
que antecipou a li Guerra Mundial 162 MarttANasaencontra água no planetavennelho
64 Am6rtca latina EIElltores mudam os rumos poUtlcos na Argentina
e na Venezuela, parceiros do Brasil no continente SIMULAOO
10 Afric,a Ocontinente quedependedas exportações de matQr1as. 164 Testt 37 questões dos vestibularessobre temas desta edição
prtmase é afetado pela queda Internacional dos preços
76 ArttcoOdegelo provocado pelo a';IUECtmento global abre novas PENSAOORES
rotas mercantes e frc;intes de extração de pEt:róleo e gás do subsolo na Znnurt Bllurnan O sociólogo que discute a sociedade Uqu1da
6 GEATUALIOADU j l •suncrtro: 201G
ESTANTE
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A ditadura
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traços cnticos TINI/A
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Duas obras com fatos e p~f!().
1!0/9 EKAII
horrores da ditadura militar,
em charges e quadrinhos ?t::iX>!I
1!0/9 EKAM
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/3K/().4//IJ,f
O polêmico
Irãemfoco
HQs belas e emocionantes
abordam a opressão sofrida
pelo povo iraniano
Irãéumdosprotagonistasdo
150
A história começ.a com o desapareci-
mento do estudante Mehdi Alavi, de 19
anos, nos protestos. Sua mãe, Zahra, e
•
em quadrinhos feitas por iranianos que seu innão,Hassan, vão à praça e ficam
ganharam destaque mundial. sabendo da violenta repressão. Come-
Plersépolis, a autobiografia em qua- • • •
rll11 então uma angustiante busca, que
drinhos de Marjane Satrapi, narra a his- / .. se estende por semanas, pelos labirin-
tória do país dos anos 1970 até a década tos de hospitais, repartições públicas
de 1990, passando pela Revolu~,\'o de e prisões - en1 busca de Mehdi. É uma
1979 - que derrubou a ditadura pró- viagem pelas entranhas do regime che-
EUA do xá Reza Pahlevi e implantou história em quadrinhos de 2004 na fiado pelos aiatolás,
a .a tual república islâmica. Na narrati- Feira de Frankfurt Sua versão cine- O Paraíso de Zahra é uma obra em
va de Satrapi, publicada no Brasil em matográfica venceu o prêmio do júri quadrinhos prodigiosa, n1agnifica-
2007, é como se o povo iraniano tivesse 110 Festival de Cannes de 2007. mente desenhada, que fala muito da
pulado da frigideira para o fogo. Mais recentemente, os leitores brasi- realidade do Irã, complementando a
Marjane tinha 10 anos quando se leiros puderam ver O ParaísodeZahra, história de turbulências e instabilida-
viu obrigada a usar véu e a estudar em publicado em 2011, cujos autores são des retratada en1 Persépolís. Juntas,
uma sala de aula só de meninas. Era o a11ô11imos, com pseudônimos de Amir as publica9ões atuam como registro
resultado do Estado religioso erguido e Khalil. Trata-se de um retrato can- da luta permanente pela liberdade em
no país, com sua atmosfera sufocante e dente da sociedade iraniana, em um um país marcado pela opressão. IBI
autoritária.Persépoüs aborda, com hu- momento recente: o Movimento Verde,
mor leve eirônico, o dia a dia opressivo en1 2009, en1 que milhares de pesso- PERStPOLIS
dos iranianos. convivendo com tortu- as tomaram a Praç-a da Liberdade, em AUTOR Ma,jane Satrapi
ras, assassinatos, pressão nas escolas e Teerã, acusando de fraude as eleições lDrTORA Companhia das Letras,352 pâginas
a guerra contra o Iraque (1980-1988). que reconduziram o então presidente
O impacto da obra Jhe conferiu re- Malm10Ud Ahmadinejad ao cargo. Mais O PARAISO DE ZAHRA
percussão n1uudial e nnútas premia- de 70 pessoas foram mortas pela polícia AUTORArnir& Khalil
ções. Persépolis foi escolhida a melhor e 4 n1il forant presas. lDrTOAA Leya,272 páginas
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ESTANTE
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m 2015, mais de 1 milhão de revelar o lado humano da crise dos dio tentaram cruzar, cujo destino final
UM MESMO FATO PODE SER NOTICIADO DE MANEIRAS VARIADAS POR DIFERENTES VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO
O VEJA O ISTOÉ
Uma foto em primeiro planodo rosto do )Jlz Serglo Moro, ro~ Chama atonçio aausincla do uma grande lmagom ou de um
ponsjvel polas lnwsUpçóuda oporação Lava Jato. Elo apal'Qto fortotexto na capa, em que predomina, slmplosmento, a cor
sérto e com um olhar ass«tfvo. AImagem ganha ainda maior branca. Essa falta log.oseexpUca pela pequena chamadaquo
d..taquodov!do ao fundooswro. E""' foi a oS<:Clha de Vo)a para apareco, discreta, abaixo do nome da rwtsta: "2016 não pode
Ilustrara sua Rotrospecllva 2015. passar om bnnco. Faça um ano molhor!".
Abaixo da foto, a chamada principal afirma: '·Elo salvou o Asslmtorna-so dant a rolaçioda capa branca coma prtmolra
ano!'! Amanchew supN(Jle 2015 foi ruim, mas wv.um eranct. parto da fraw, que faz rofn6ncla à Porspoctlva 2016. Nossa
• '1nlcofato po,ltlvo (quo salvou o ano) - dai a pubUcaçio da soç.ão são aprosontadas cinco roportag.ens sobro alguns do.s
foto llnfca na capa o o fato do a roportagom sobro o Juiz, na wontos do ano que H ln Ida, como os Jogos OUmplcos no Rio
rotrospoctfva, ter novo páginas, onquanto todas as demais do Janotro o as elotções nos Estados Unidos, quo podorão,
rocebaram duas p,glnar. sogundo a rovlsta, "construir um ano molhor". fraw, "º"ª
Nat141fncla da manchtt•vemot•xto, CJ.l•conflnna a rnt.nçio assim e.orno ocorro nas outras trts rwlstas, h6 uma cótlca
do wmanírlo do valorillr a atuação do Juiz: "VGja p95qulsou ao ano que pas.sou. Mas dlferentomonto do Carta Capital o do
300 sontenças quoSerglo Moro lavrou nosíaltlmos qufnmanos Vejo, h6umaconclamação direta para H faiorum ano molhor.
o descobrkl as ralzas da dotormlnação • oftcl4ncla do Juiz q.» Entro os outros Hntanár1os. a /stol 6 a 6nlca a trazor tanto
dC!!Uao Brasil a primeira esperança real dovencor a comtpçâo'! uma porspoctlva do 201G como uma rotrospoctlva do 2015. Os
Afraw, além de onaltGCer Moro - roferlndo-se a sua dotor- fatos do ano quo pauou são chamados numa tuJa na parto
mlnação o efk:IOncla e como sondo a primeira osporança roal suporl<M' da revista (Rotrospoctlva 2015), com poquonas Ima-
dovoncor a conupção-, também oxpres.sa a ldofade que Isso gens do pessoas quo protagonizaram alguns dots4s aconteci-
11r!a lncontortlivo~ pois foi multado deum exaustivo trabalho mentos- como Dllma, EduardoCUnha, ativista do movlmonos
JomaUstlco que lwou om consideração lOO sontonças. fomlnlstas o Mlnolrlnho, o atual campoão mundial do surfo.
OFATO A operação Lava-Jato e a atuação do
juiz Sergio Moro, a crise política do go-
Retrospectiva edições de final de ano das verno Dilma, a questão dos refugiados,
• uatro principais revistas se- as manifestações fenúnistas,a tragédia
e perspectivas anais brasileiras - carta Ca-
pítal,Época, IstoÉ e Veja- trouxeram,
an1biental em Mariana e o avanço do
zika vírus, entre outros acontecimentos
para2016 como de costume, uma retrospectiva
do ano que passou, com os fatos e os
que marcaram 2015, estiveram napauta
dos semanários. E o olhar para o futuro
Como as principais revistas personagens que ganharam destaque ficou por conta de buscar soluções para
semanais do prus fizeram um no período e as perspectivas para o ano questões como a crise econômica, o
balanço de 2015 e apresentaram que se inicia nas diferentes áreas, como crescimento do desemprego e os em-
as expectativas para o ano novo poütica, economia, cultura e sociedade. bates nas redes sociais.
FOI.HA DE S.PAUW
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Ex-líder do premo liga Dilma e Lula
à Lava Jato, e oposição pede renúncia
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Como os três principais diários
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interferiram na Lava Jato
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~~ exlp , ,wuslo clt Nova YO<l<, lffl 19'9. a íldtnm t rM.kln, dt briUflko,u Ctrtb do S.I,
dt Al..anha, Austria, Euro,.J coru todos os modalhu. Mu ntnhum dt llbtrudo Japlo, ,1,....,
llull,!ria, &llllrlat Tu,qvla - gostos. Os comltlsquo seus adtl.ls aMN mais closestrt.- no, ltps
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ranking de medalhas passou a ser visto
Mais que cratas europeus criaram no final
do século XIX era wn festival
como um.a demonstração de poder e or-
gulho nacional, refletindo, muitas vezes
umevento atlético com repercussões modestas. as conquistas sociais e econônúcas do
• Mas, perto da I Guerra Mw,dial, os Jo- país. Ser anfitrião dos Jogos virou uma
esportivo gos já eran1 e.x.plorados em um âmbito oportmúdade para países promoverem
refom1as urbru.ústicas na cidade-sede
que extrapolava a perfonnance esportiva.
Veja o que as Olimpíadas Ver compatriotas desfilarem com sua e lustrarem a imagem internacional
têm a ver com a geopolítica, bandeira pela primeira vez numa ceri- Acompanhe abaixo a evolução no
o desenvolvimento social e mônia olímpica tomou-se um momento nltmero de participantes e con10 os
econômico e a urbanização de celebração lúst:óricaem mais de cem comitês olímpicos e os Jogos se tor-
países que conquistaram a independên- naram parte importante dageopolirica
por Wlllam Taclroe MultljSP cia nesse tempo. O bom desempenho no internacional.
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)Of'Spala Nrk,doS~. Mosco-u.A URSS respondo de partklpantes, Ahlestina. f.lz em 2011; eo Kosovo, que
tentatindo rvsgata, os "furOfldo" oembarp • n~Ollmp!ada se.gulnte, em sua estrtla olímplc.a. cledarou • lndependlnci,
refllins, cinco tirrorisw, um eventos esportivo! ,obo Los Angelts, Hderandoo diS4niiaem 2ocl,mas
polid.a.l tum piloto morrcn. rogjmo ele apm,eld. bokota do bloco sod.a.llst.a. , lndanloobto,.
reconheclmtntod.1 ONU.
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197 211 201 outras 13 naçees qut a
ONU nloreconhectcomo
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169 Rto, como hlestlna t
159 Taiwan, Atf a wim6nla de
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ncs fogos du896, oxlpm .1ltos IM~I montos dos atfeus.
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22 GtATUAUDAOU I l•semestrt 201'
Isso porque o pódio costuma ser uma Os altos investin1entos em educação, atletas ou de bons desempenhos pon-
área lim.ita:da a wna elite esportiva que, o incentivo à prática esportiva para as tuais em determinadas modalidades.
não por coincidência, truubém são os crianças e as boas condições de vida Portant~ é possível aprender muito so-
países mais ricos. Entre as cinco nações para a população acabam tendo reBe- bre o cenário global analisando as Olin,-
que mais ganharam medalhas na história, xos diretos no quadro de medalhas. píadas. Nos mapas e gráficos a seguir,
quatro estão no G-7 (grupo dos países Na maioria das vezes, os países me- você confere como o poder do dinheiro
mais ricos do mundo): Estados Unidos, nos desenvolvidos acabam dependendo e dos inve.stimentos sociais são deter-
Reino Unido, França e Alemanha. do talento e do esforço individual dos minantes para a performance olímpica.
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EXTREMISTAS ISIÂMICOS Entre os gru- tornou-se um ator bastante úti~ porque porque o YPG recebe o apoio dos norte-
pos que querem derrubar Assad, além a milícia é uma das principais forças de americanos na luta contra o EI, mas é
dos rebeldes moderados, há facções resistência tanto contra os extremistas um dos principais inimigos da Turquia,
extremistas islãn1icas, que estão frag- do EI como os "moderados• do ELS. que teme o fortaleciment o dos curdos
mentadas em diversos grupos. Uma das Essa situação embaralha o jogo das em seu próprio território.
organizações que mais conquistaram potências, colocando EUA e Turquia,
terreno, principalmente nos prin1eiros ambos membros da Otan, a aliança mi- ASOBRE VIVtNCIA DE ASSAD
anos do conflito, foi a Frente al-Nusra, litar ocident al, em lados opostos. Isso Com tantas forças envolvidas no com-
um braço da rede extremista AI Qaeda bate, nestes cinco anos da guerra civil
na Síria. Posteriormente, a partir de 2013, houve diversos momentos em que as
o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) A entrada da Rússia tropas de Assad estiveram à beira da
aproveitou-se da situação de caos cria-
da pela guerra civil e, vindo do Iraque,
no conflito na Síria derrota. Os violentos combates travados
entre regime e rebeldes foram marcados
avançou de fom1aavassaladora e brutal, embaralhou a estratégia por avanços e retrocessos das forças
ocupando metade do território sírio. oficiais em cidades estratégicas, como a
das potências e capital Damasco,Homs eAleppo - âre-
CURDOS Há, ainda, o que podemos favoreceu Assad as que hoje são controladas por Assad.
chamar de uma quarta força envolvida Mas o momento mais delicado para
no conflito. Trata-se dos curdos, etnia o ditador foi em 2013, quando um ata-
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que habita territórios de Síria, Turquia, quecom anuas quínúcas no subúrbio de
Iraque, Irã, Annênia eAzerbaidjão e rei- Damasco foi atribuído ao regime sírio.
vindica a criação de um Estado próprio Os EUA chegara.tu até a anunciar uma
para o seu povo - o Curdistão. Desde o ofensiva militar punitiva, mas acabaram
inicio do conflito na Síria, a Unidade de aceitando a solução diplomática ofereci-
Defesa Popular (YPG), uma milícia da pela Rússia: o ataque seria suspenso
formada para defender as regiões habi- comocompromissodaSíriaemdestruir
tadas pelos curdos no norte do país, se suas armas quínúcas. O plano deu certo,
fortaleceu. Para o regime de Assad,a YPG eAssadganhouumasobrevidanopoder.
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Diante de todas essas an1eaças, é ARELUTÃNCIA DOS EUA direta na Síria cause o mesmo efeito pro-
surpreendente o fato de Assad ainda Além das divergências com a Rússia, os duzido na invasão ao Iraque em 2003:
sustentar o seu regime. l\•fas dois fato- EUA têm um problema adicional: a ava- uma rebelião de diversos grupos contra
res centrais explicam a permanência liação segundo a qual o principal perigo a ocupação estrangeira e a permanência
do ditador sírio. Em primeiro lugar, o imediato é o EI não é compartilhada por prolongada das tropas dos EUA no país.
regime beneficiou-se, por trágica ironia, alguns de seus principaisparcei.ros.Aco- Porora, os norte-an1ericanos procuram
do crescimento do EI, que fez acender me~rpelajá mencionada Turquia, cujos manter os bombardeios aéreos e enga-
a luz de perigo para as grandes potên- principais ininligos são os guerrilheiros jar ao máximo possível os seus aliados
cias. Houve uma mudanfa de foco, e a curdos do Partido dos Trabalhadores de europeus ou locais - principahnenteos
estratégia da coalizão ocidental passou a Curdistã~oPKK.Jánoentendimentode curdos-numcornpromissomaisdireto
privilegiar acontenfão dogntpo terro- Arábia Saudita e Israel, a ação do Irã na de combates no terreno. No meio dessa
rista, deixando para uma etapa posterior Síria é mais perigosa que a do EJ. falta de entendin1entoentre as potências
a questão da retirada de Assad do poder. Outro problema é que parceiros es- estrangeiras, Assad vai estendendo sua
O segundo motivo, mais determinante, tratégicos dos EUA, como Fran~ Reino longevidade à frente da ditadura síria.
foi a intervenção núütar da Rússia em Unido, Alemanha, Turquia e Arábia
defesadeAssad. Em setembro de 2015, Saudita, revelam-se incomodados com FRÃGIL CESSAR-FOGO
o governo russo iniciou ataques aéreos o que acreditam seruma posturaonússa Com a resistência de Assad e a pro-
dirigidos ao território da Síria, oficial- do governo de Barack Obru.na, que teria longação de um sangrento conflito, os
mente contra as posições do EI - mas aberto espaço para a ofensiva russa. atores envolvidos na guerra passaram a
não só. Os bon1bardeios russos tinham O país está destn1ído, mas as tropas de se empenhar em uma solução diplomá-
como alvo principal os rebeldes modera- Assad, apoiadas por iranianos e pelo tica. O Conselho de Segurança da O NU
dos anti-Assad,just.amente aqueles que Hezbollah, e tendo como retaguarda aprovou, em dezembro, uma resolução
são apoiados pelos EUA e as potências os fortes bombardeios da Rússia, con- prevendo negociações no inicio de 2016
ocidentais. Obviamente, essas ações mi- quistou posições importantes. entre o goven10 sírio e os rebeldes, sem
litares foram condenadas pelo goven10 Obrut'l.at porém, mostra-se muito resis- a participação de grupos e indivíduos
norte-americano, para quem o foco dos tente ao envio de tropas para combates considerados "terroristas", caso do EI e
ataques deve ser o EI e não ajudar Assad terrestres. Na verdade, o governo norte- da Frente al-Nusra. O processo de paz
(vejamaissobreaRússia napág.54). americano teme que uma intervenção seria precedido de um cessar-fogo e
EM fU<a RQfugfados sfrios aguardam l)Qrmtssao das autoridades para cruzar a frontolra com a Turquia: mais de4 mllh6es deixaram a Sfrta
conduziria, entre outros pontos, a um ODRAMA DOS REFUGIADOS habitantes do pais abandonararu seus
governo transitório e eleições no prazo O atendimento àsvítim-asda guerra e a lares, tornando-se deslocados internos
de 18 meses. Foi a primeira vez que a criaçiiode um corredor para a entrada de ou refugiados em diversos países.
Rússia aceitou um documento desse ajuda humanitária são ações considera- Apesar de a crise dos refugiados atin-
tipo. O país não concorda, porém, com a das prioritárias pelas grandes potências gir a Europa com força neste ano, as
saída de Assad do poder como condição para tentar minimizar o sofrimento da pessoas que fugiram da guerra na Síria
para as negociações, como defendem população síria. Nestes cinco anos de dirigiram-se principalmente para cin-
grupos rebeldes de oposição. violência inintemipta, quase metade dos co países do Oriente Médio: Turquia,
Mas as negociações nem chegaram a Líbano, Jordânia, Iraque e Egito, que
começar de fato. O aumento dos bom- receberam pelo menos 4,3 milhões de
bardeios russos, principalmente na Desde o início da pessoas desde o início da crise. Essas
cidade de Aleppo, levou à suspensão
por três semmas das discussões, pre-
crise, Turquia, Líbano, nações concentram 95% dos refugia-
dos sírios e demandam 111uito mais
vistas inicialmente para o começo de Jordânia, Iraque e assistência dos serviços públicos do
fevereiro. Somente nos primeiros dez que ocorre atualmente na Europa (veja
dias do mês, os ataques russos provo-
Egito receberam 95% mais sobre a Europa na pág. 46).
caran1 mais de 500 mortes em Aleppo. dos refugiados sírios Nesses países que fazem fronteira
Apesar das dificuldades, no fim de fe- com a Síria, há sérios problemas para
vereiro entrou em vigor um cessar-fogo garantir as necessidades básicas dos
<>00000 ~ < > 0 0 0 < > 0
na Síria, em wn acordo costurado por refugiados, como alimentação, abrigo
EUA e Rússia. A pausa nas hostllidades e ensino para as criaJ.lfas, A gravidade
tem como principal objetivo a entrada de da situação tem levado a un1a mudança
ajuda humanitária no país. Continuariam de posição dos governos dessas nações.
apenas as ações contra o EI ea Frente al- No Libano,onde o total de sírios refu-
-N usra. No entanto, poucas horas após o giados, superior a 1 núlhão, equivale a
início do cessar-fogo, o governo sírio eos 25% da população total, entraram em
grupos rebeldes já trocavamacusa~õesde vigor em 2015 novas exigências para os
que o outro lado havia violado a trégua. estrangeiros que chegam, como o paga-
• • • •
é\CJrré\ COJ)
Intervenções de potências ocidentais no Oriente Médio
marcam a história da região e contribuem para o
desenvolvimento áo fundamentalismo
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l'IMDJlREIAÇAO
A Revolução
lslãmlca no Irã, em
1979, representou
um momento de
ruptura do pais com
os Estados Untdos
ropeus concederam a possibilidade Em 14demaio de 1948, foi criado o Es- Essa situação levou Israel a cons-
de manter Estados independentes,do tado de Israel, que, desde o inicio recebeu tituir-se como un1 país altamente
ponto de vista formal, en1bora também forte apoio político, militar e financeiro militarizado, em que os conflitos são
submetidos ao controle das potências. dos EUA. Cinco países árabes enviaram constantes, entremeados por tréguas.
Dessa forma, os acordos Sykes-Picot tropas para Unpedir sua fundação, mas Um dos efeitos desse longo conflito foi
definiram a configuração política do as forfaS militares de Israel venceran1 o desenvolvimento de grupos funda-
Oriente Médio após a guerra. Com base o combate. Após a guerra, en1 janeiro mentalistas islâmicos que combatem
neles, negociações oficiais estabeleceram de 1949, Israel passou a ocupar 75% da Israel de fonna radical. O palestino
fronteiras, muitas das quais artificiais, região. Mais de 700 mil palestinos foram H:uuas, inspirado na Im1andade Mu-
porque dividiram civilizações milenares, expulsos, refugiando-se na Cisjordânia, çuhuana, controla a Faixa de Gaza - o
que mantinham laços culturais e eco- em Gaza ou nos países árabes vizinhos. que complica ainda mais a busca pela
nômicos comuns. Tudo isso contribuiu Em 1967, Israel voltou a derrotar uma paz, já que Israel não negocia com o
para o crescimento de um sentimento aliança de países árabes na Guerra dos grupo, por considerá-lo terrorista. Há
antiocidental nos povos da região. Seis Dias, e passou a controlar a Cisjor- também o libanês Hezbollah, vincu-
dâtlia e Jerusalén1 Oriental, a Faixa de lado politicamente ao governo sírio
CRIAÇÃO OE ISRAEL Gaza e a Petúnsula do Sinai (que seria e apoiado pelo Irã, que já enfrentou
Logo após a II Guerra Mundial (1939- devolvida ao Egito em 1982), além das militarmente Israel no sul do Líbano.
1945), outro grande acontecimento re- Colinas de Golã, que pertenciam à Síria.
configurou politicamente a regi-ão: a cria- REVOLUÇÃO ISLÃMICA NO IRA
ção do Estado de Israel. O novo país, ao Outro momento decisivo nas relações
ocupar parte do território histórico da Após a I Guerra entre o Oriente Médio e o Ocidente
Palestina, expulsou milhares de árabes Mundial, Reino Unido ocorreu no Irã com a Revolução Islâmi-
palestinos que eram a maioria da popula- ca, de 1979, que derrubou o xá Moharn-
ção local e criou uma situação de disputas e França estabeleceram mad Reza Pahlevi (filho do primeiro xá,
com as várias nações árabes vizinhas. que abdicara em 1941). Durante anos,
Israel tem sua origem no sionismo,
fronteiras artificiais no os EUA mantiveram uma alianc;a com o
movimento surgido na Europa no século Oriente Médio Irã, sustentando um governo corrupto
XIX, com objetivo de criar un1 Estado e pouco interessado nasin1ação social
para os judeus. O apoio internacional à do país. Em troca,. as empresas norte-
causa aumentou, depois da II Guerra,ao americanas mantinhan1 vantajosos
ser revelado o genocídio de cerca de 6 contratos, principalmente para explo-
milhões de judeus nos campos deexter- rar os recursos energéticos iranianos.
mmio nazistas, o Holocausto. Em 1947, a Eml978,acriseeconômicaeaarnpla
Organização das Nações Unidas (ONU) corrupção desencadearam protestos con-
aprovou a divisão da Palestina em dois tra o xá. As várias correntes oposicionis-
Estados- um para os judeus, com 53% tas unirrun-se sob a liderança do aiatolá
do território, outro para os árabes, com Ruhollal1 Khomeini, exilado na França.
47"/4. Estes últimos rejeitaram o plano. O goven10 não conseguiu controlar a
insurreição, e, en1 janeiro de 1979, Reza Em um.a operação fulminante,i1úcia- quais Saddam apoiava-se para gover-
Pahlevi fugiu do pais e obteve asilo polí- da em 16 de janeiro de 1991, as forças nar. Os protestos contra o don1ínio
tico nos EUA. Após um regresso triunful coligadas de cerca de 30 nações, lide- estrangeiro logo deram origem a uma
ao Irã, Khomeini assunúu o poder. radas pelos EUA, derrotaram o Iraque insurgência contra as forças ocidentais.
A Revolução Islãmicae.,plicitou are- em pouco mais de un1 mês. Mesmo Atentados e ataques tornaram-se fre-
jeiç.10 da sociedade iraniana à submissão derrotado, Saddam Hussein conseguiu quentes, convulsionando o país.
ocidental e marcou a instaurat,ão de um se sustentar no poder. Com a posse de Barack Obama na
regime que se contrapõe fortemente aos presidência dos EUA, em 2009, os norte-
EUA. Além disso,alterou a correlação de OCUPAÇÃO DO IRAOUE americanos começ-aram a retirar astro-
forças na regi-ão. Em um país-chave como Nadécadaseguinte,olra.quevoltariaa pas do Iraque gradualmente, concluindo
o Irã foi criada uma repllblica islãnúca ser alvo das forças militares norte-ame- a operação em dezembro de 2011. Alétu
dirigi.da por xiitas, um fator a mais de ricanas, numaaç.ão cujos efeitos estão no de deixar cerca 110 m.il civis mortos, essa
tensão com os outros regimes da região, cerne da atual crise no Oriente Médio. longa pennanência em solo iraquiano
todos comandados na época por sunitas Em 2002, EUA e Reino Unido acusaram desestabilizou completamente o país,
(leia soúre xiitas e sunitas na pág: 42). Saddan1 Hussein de acumular armas com o acirramento das desavens-as po-
de destn1ição em massa. O gove-mo do líticas e sectárias. Aliada a esse fator, a
AGUERRA DO GOLFO presidente norte-an1e-ricano George W. retirada das tropas norte-americanas
A Guerra do Golfo marca a primeira Bush começou os preparativos para uma foi sucedida por um vácuo de poder
intervenção militar norte-americana no guerra contra o Iraque,que era apresen- que favoreceu a proliferação de diversas
Oriente Médio após a queda do Muro tada também como parte de sua ofensiva milícias. O desenvolvhnento do grupo
de Berlim e o início da derrocada socia- contraoterrorismo,11.aesteiradareação Estado Islâmico está diretamente vin-
lista em 1989 - período em que os EUA aos atentados cometidos pela AI Qaeda, culado aessasitua~o (veja na pág:28).
consolidaram sua hegemoniamundiaL nos EUA, em li de setembro de 200L Todas essas intervenções contribu-
O estopirn do confilto foi a anexafão do EUA e Reino Unido decidiram atacar íram para fomentar uma forte aversão
Kuweit pelo Iraque, em 1990. o Iraque, em março de 2003, mesmo ao Ocidente em grande parte das socie-
Mesmo tendo apoiado o Iraque na sem o respaldo da ONU. Derrotaram dades muçuln1anas do Oriente Médio.
guerra contra o Irã (1980-1988), os rapidamente os iraquianos, conquis- Obviamente, o repúdio às ingerências
norte-americanos decidiram acionar tando a capital, Bagdá, em 9 de abril, das grandes potências por si só não é
sua máquina de guerra contra o ditador e instalando um governo de ocupação. suficiente para explicar a atual onda
iraquiano Saddan1 Hussein. Além de Meses depois, Saddam foi capturado, e fund:unentaüsta em alguns setores do
restaurar a sobe-rania do Kuweit, o ob- ele acabou sendo executado em 2006. ishunisn10-afinal,não se pode ignorar
jetivo era evitar que o fortalecimento de Posteriormente, ficou comprovado que o baixo desenvolvimento econômico
um país-chave no Oriente Médio como o ditador iraquiano não possuía armas na maioria dessas sociedades e as di-
o Iraque alterasse o equilíbrio de poder de destruição em massa. visões dentro do próprio islã como al-
na região. Implicitamente, a intervenção As forças de ocupação dos EUA guns catalisadores do extremismo. Mas
ainda mandava um claro recado sobre a te11taran1 impor no Iraque uma nova também é inegável que esse histórico
capacidade norte-americ3na de susten- ordem política, favorecendo a maioria de dominação ocidental gerou fortes
tar sua hegemoni3 no Oriente Médio. xiita em detrimento dos sunitas - nos ressentin1entos ainda não superados.
f\ iménsidijó -do
mundó rriuçU]m~nó
A ação de grupos fundamentalistas que dizem agir em nome
do islã alimenta distorções sobre a segunda crença mais
popúlar do planeta
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,, osúltimosauos,aima-
gem do islanúsmo fi-
cou nmitoassociada a
estereótipos do terro-
rismo, da intolerância RAPIOAEXPANSÃO
grande império, o califado. O dirigente
do novo império era o khalifa (califa),
termo que equivale a representante de
Maomé após a sua morte. Ao longo da
história, os muçuhnanos constituíram
e da repressão aos di- O islamismo, ou islã, cujos seguido- três grandes califudos ou in1périos: Onú-
reitos individuais. Essa visão deturpada res são conhecidos como islâmicos ou ada (661-750), Abássida (750-1258) e
é consequência da atividade de gn1pos muçulm.anos,é uma religião monoteísta Otomano (1281-1922). O fim do Império
violentos como a AI Qaeda e o Estado baseada nos ensinamentos de Mohamed Otomano marcou o fim do predonúnio
Islânúco (EI), que dizem basear seus atos (570-632), chamado no Ocidente de Ma- muçulmano como força política unifi-
bruta.is no islã. Ao escolher o caminho do omé, que nasceu e viveu onde atualmen- cada de u ma ampla região do planeta.
fundamentalismo para disseminar sua te se situa a Arábia Saudita. Aos 40 anos,
interpreta~o radical do islã, essa mino- Maomé passou a tervisõeseouvirvoze~ SUNITAS EXIITAS
ria barulhenta ae.aba silenciando outras que atribuiu ao anjo Gabriel, trazendo- Os muçulmanos dividem-se em uma
tendências da religião- uma expressiva lhe a revela~o da palavra de Deus (Alá). pluralidade de corrent es, n1as duas
maioria que repudia os atos de violência. Posteriormente, essas mensagens foran1 grandes vertentes são as principais: os
Ainda que essa pequena fração funda- consolidadas nu m livro, o Alconfo. s unitas (cerca de 85%) e os xiitas (15%).
mentalistaganhe os holofotes da mídia, Perseguido pela elite comercial de Aorigemdessadivisãoremontaàdisputa
ela é incapaz de representar toda adi- Meca, sua cidade natal, Maomé partiu pela sucessão de Maomé à frente do islã.
versidade de uma comunidade fom1ada em 622 para Medina. Esse movimento, Após a sua morte, duas tendências se
eor 1,7 bilhão de adeptos do íslanúsmo. conhecido como Hégira (ou llligração), manifestaram. A minoritária defendia
E a segunda crença mais popular, depois é um dos ele111entos constitutivos do que o sucessor fosse alguém da família do
do cristianismo, que tem 2,4 bilhões, e islamismo. Conquistando adeptos rapi- profeta - Ali, primo e genro de ~laomé,
seus seguidores aumentam numa velo- damente, ~I.aomé, chamado pelos segui- era quem liderava essa corrente. Já a ou-
cidade maior do que a religião de Cristo. dores de profeta, tornou-se não apenas o tra tendência entendiaquequalquermu-
Ao longo de seus quase 14 séculos de chefe religio~ mas o ~vemantepolitico ~ulmano poderia ser o escolhido, desde
existência, o islamismo exerceu grande e comandante militar de Medina. Os que fosse da tribo de Maomé- o clã dos
influência, não apenas na esfera reli- novos fiéis dispuseram-se a reali.zarwna coraixitas - e aceito pela comunidade.
giosa, mas nos can1pos da política, da guerra santa de expansão do islã, que se Esteúltimogrupoquedefendiauma
economia e das relações internacionais. espalhou por todas as regiões da Arábia. eleição entre seus seguidores acabou se
Uma de suas principais características é Mesmo após a n1orte de Mao111é, impondo, e Abu Bakr, amigo de Maomé,
abranger não apertas um corpo de cren- exércitos comandados por seus suces- tomou-se o califa, en1632. Seguiram-se
ças, mas orientações que influenciam sores invadiram territórios vizinhos e outros dois califas (Omar eOtman) at é
toda a vida social de seus praticantes. em menos de um século fomiara111 um Ali, o primo de ~Iaomé, assumir o po-
PRECES DIAIUAS
Muçulmanos rezam
..., mesquita de
Moscou (Rússia):
r@Ugflo tem 1,7
bUhlodeseguldores
«n dtversos pai ses
der, o que alterou o sistema sucessório ódio religioso para atingir seus objeti- Salafismo, que vem da expressão al-
em favor de seu grupo e desencadeou vos políticos - seja o controle do poder salaf, ou seja, os predecessores, designa
uma guerra civil dentro do islã. Ali foi local, a expansão da influência regional de fommgenérica essa linha de inrerpre-
1Uorto eru 661, abrindo espaço para que ou a distnbuição das riquezas nacionais tat,ão, enquanto wahabisn.10 diz respeito
Muawiyya se tornasse califa, iniciando a para o seu grupo de apoio. É o que tem diretamente ao movimento criado pelo
primeira dinastia califul, a dos onúadas. acontecido em países coutoSíria,Iraque, teólogo Moharumed ibn Abd al-Wahhab,
A maioria dos árabes aceitou a pacifi- Líbano, Barein e Iêmen. Ainte-rfer-ência no século XVIII, em alianc-a com o clã
cai;ão sob seu com.ando. Mas os seguido- estrangeira, especialmente das potências dos Saud - que formaria t~na dinastia
res de Ali consideravam Muawi yya um ocidentais, também exerce papel deci- responsável pela reunificac;ão árabe na
usurpador e fonnaralll o Partido de Ali sivo neste cenário (veja mais na pág. 38) Arábia Saudita, em 1932. Os wahabi-
(Shiat Ali), que é a origem dos xiitas. O tas passaram a ter grande influência na
segundo filho de Ali, Hussein, liderou OFUNDAMENTALISMO WAHABITA Arábia Saudita. AfamiliaSauddetinhao
uma rebelião contra Yazid, filho e su- A atual onda fundamentalista no islã poder político e econômico, enquanto os
cessor de Muawiyya, mas foi facilmente tem origem em algumas correntes den- clérigos wahabitas passaram a controlar
derrotado. Isso consolidou o poder dos tro do sunismo que pregam uma inter- a educação e o sistema judiciário.
onúadas, que se tornaram os seguidores preta?º rigorosa e literal do Alcor<l'o. Com a influência regional e interna-
da tradição (sunna), ou sunitas. O salafismo e o wahabismo são as ex- cional obtida com a riqueza do petróleo,
pressões mais ativas dessas tendências. os sauditas difundiran1 esses princí-
GEOPOLÍTICA ERELIGIÃO pios em vários países. As monarquias
Durante sêculos, as rivalidades se as- da Arábia Saudita e do Catar terian1
sentaratn, e as duas alas do islamismo Os preceitos gasto, desde a década de 1970, cerca de 3
conviver.un em relativa paz. Eru boa lvahabistas difundidos bilhões de dólares por ano pll!a fümnciar
medida, as divergências mais recentes a constn1ção de madrassas, u1Uversida-
têm a ver com a Revolução lra.11.iana, pela Arábia Saudita de~ mesquitas e outras instituições, para
vitoriosa em 1979, que levou os xiitas ao difundir o wahabisruo pelo mundo. As
poder. A ascensão política do Irã foi vista
inspiram diversos potências ocidentais não se opuseram a
como umaameaç.a à hegemonia regional grupos terroristas essa aç.ão, porque os dois países são seus
da Arábia Saudita, guardiã das tradições aliados e mantêm inúmeros negócios-
sunitas na região (veja mais na pág. 3'!). em particular a venda de petróleo e a
<>00000 ~ <>000<>0
Mais do que um grande conJlito seo- compra de armas - que ajudam a mo-
tário, o atual antagonismo entre xiitas vimentar a economia norte-americana
e sunitas está mais ligado a disputas e de várias nafõeS europeias.
geopolíticas. Na verdade, a rivalidade Os preceitos wahabistas inspiraram
é alimentada n1enos pela imposiç-ão de diversos grupos terroristas que dizem
wna vertente religiosa sobre a outra; combater em nome do islã. O fortale-
trata-se mais de unta disputa por po- cimento dessa corrente ganhou gran-
der local e regional. Nessa estratégia, de impulso na invasão do Afeganistão
os governantes acabatn insuflando o pela União Soviética, em 1979. Diversos
LONGA TRAVESSIA
Poüdais conduzem
migrantes na
Eslovênia. an
outubro de 201s:
fluxo recordQ na
Europa
a INTERNACIONAL UNIÃO EUROPEIA
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a INTERNACIONAL UNIÃO EUROPEIA
O governo húngaro
reprime o ingresso de
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refugiados alegando
"defender a cultura da
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NAVEGAÇÃO ARRISCADA Embarcação lotada de migrantes se aproxima da Ilha d<> Kos, na Gréóa
Hungria e da Europa"
do final de 2010. No ano passado, ore- O governo nacionalista da Hungria, Em meio ao crescente sentimento de
crudescimento do conflito na Síria fez porexen1plo, decidiu construir uma cer- xenofobia no continente, a Eslovênia
com que milhões de sírios deixassem canos 175 quilômetros e01 sua fronteira foi outra nação a edificar cercas a fim de
o país e buscassem refúgio em países com a Sérvia (país que não integra a UE) impedir a entrada ilegal de imigrantes.
vizinhos e nações europeias. e conseguiu aprovar um conjunto de leis A barreira foi erguida na fronteira com
Com isso, a rota oriental, via Grécia, que punem com até três anos de prisão a Croácia, sin1ada ao sul.
tomou a dianteira. Cerca de 800 mil quem tentar fazer a travessia ilegal-
refugiados e migrantes aportaram na mente. A nova lei húngara de migraç.ão, Schengen na berlinda
EW'Opa por esse can1inho en1 2015, classificada pela oposir'º de esquerda e A implantação de controles frontei-
cn1zando o Mar Egeu, que separa os por organizações humanitárias de "au- riços é uma das respostas de alguns
territórios turco e grego. No mesmo toritária e anticonstitucional'\ também países ao intenso Buxo n1igratório.
período, o número de pessoas que cru- permite que o governo deporte imigran- A fim de proteger seus territórios, os
zaram o Mediterrâneo a partir da Líbia tes ilegais. Com a medida, o goven10 do governos estão, na prática, revendo
e do Norte da África em direção à Itália primeiro-mi1ústro conservador Viktor os termos do Acordo d e Schengen,
ficou em 150mil. Segundo a O IM, 77% Orbán tenta reprimir o ingresso dos des- que libera a circulação de pessoas e
das 3.771 mortes registradas em 2015 locados e, em suas palavras "defender a mercadorias entre as fronteiras das na-
ocorreram na rota central, enquanto cultura da Hungria e da Europa1' , com ções e.uropeias signatárias do tratado.
21% aconteceram durante a travessia políticas de caráter xenófobo. At é se- Criado em 1985, o Espaço Schengen
do Mar Egeu, na vertente oriental ( veja tembro do ano passado, mais de 160 mil é um dos maiores símbolos da inte-
infográfico na pág. 49). pessoas já haviam entrado no território gração continental e reúne 22 de seus
Além das rotas pelo Mediterrâneo, húngaro pela fronteira COlll a Sérvia, a 28 países-membros, além de Islândia,
vale ressaltar que uma parte reduzida maioria deles com a intenção d~ se-guir Noruega, Su íça e Liechtenstein, que
dos migrantes chega por terra, atraves- viagem nuno à Alemanha ou à Austria. não fazem parte do bloco. Reino Unido,
sando a Turquia, muitas vezes a pé, até Assin1 como a Hungria, a Áustria de- Irlanda, Romênia, Bulgária, Chipre e
alcançar os territórios búlgaro ou grego. cidiu erguer barreiras para lidar com a Croácia integram a UE, mas não ade-
incessante chegada de refugiados ao seu riram ao Espaço Schengen.
Frente anti-im igração território. Em outubro do ano passado, o Em meados de fevereiro, os parla-
Divisões profundas entre os Estados- governo austríaco anunciou a intenção mentares da UE iniciaram discussões
membros da UE sobre como enfrentar de construir uma cerca na fronteira com com o objetivo de restringir a livre
a crise e a inércia diante da chegada a Eslovênia, um dos gargalos de entrada circulaç.ã o na região e restabelecer o
dos migrantes são, segundo analist as, dos refugiados na Europa Ocidental. controle de passaporte nas frontei-
o principal fator a agravar o proble- Dois meses antes, 71 pessoas haviam ras internas para limitar a entrada de
ma. De um lado, países como Suécia e sido encontradas sem vida dentro de um refugiados. Antes disso, a Comissão
Alemanha têm adotado uma postura caminhão de transportes estacionado Europeia, braço executivo do bloco,já.
mais liberal e favorável ao acolhimento às margens de tuna estrada próxima haviaame.a çado a Grécia de suspensão
dos refugiados. No entanto, algumas à fronteira com a Hungria. O grupo do Espaço Schengen caso o país não
nações defendem medidas drásticas tinha ingressado no país com a ajuda conseguisse resolver as deficiências
para conter a chegada dos deslocados. de traficantes de pessoas. do controle de suas fronteiras.
C> MIGRANTEqu1lqutrPffS01qutmud1
Outra convenção europeia que pas- declara~ões de seus dirigentes, poderia do região ou pais.
sou a ser colocada em discussão a partir aceitar um nlm1ero maior de refugia- C) MIGRANTE ECONÔMICO pessoa quo
do agravamento da crise dos refugiados dos. Segundo dados oficiais relativos muda do roglão ou pais, por vontada
foi a Regulafão de Dublin, que trata a 2014, 10,9 milhões de imigrantes vi- p róprf a, para o scaparda pobntz.a • «n
da política de c.o ncessão de asilo na vem na Alemanha, cuja popula~o total busca do melho rosco nd l\iío• do vida.
União Europeia. Por essa lei, aprovada soma 82,7 milhões. C> REFUGIADO possoaquomudadoro-
pelos estados-membros em junho de A postura receptiva dos alen1ães, em glão ou pais tontando fugir do guor-
1990 na capital irlandesa - daí o seu contraste com a posição pouco amis- ras, conflitos lntamos, persogulçâo
nome -, as pessoas que buscam asilo tosa da maioria dos países da região, (poUtlca, étnica, rollglosa otc.) •
no continente precisam requisitá-lo no está fondamentada em razões demo- violação do direitos humanos.
primeiro país em que colocaren1 os pés. gráficas e econômicas. A baixa taxa de C> SOLICITANTE DE ASILO p ....aqu•...-
Essa determinação põe forte pressão natalidade está levando o número de dlu prot~o lntomaclonal• •l"•nl•
nas nações situadas nos limites terri- habitantes do país a um rápido declí- a concossão do status do rofug&ado.
toriais do bloco, como Itália, Grécia e nio. Projeções da Comissão Europeia
Hungria, que são o ponto de chegada apontam que a população alemã cairá A distinção ontro ossos concoltos 4
dos refugiados. A Grécia, que desde para 70,8 milhões em 2060. Ao mesmo multo lmportanto do ponto do vista
2008 enfrenta graves dificuldades fi- tempo, cresce o índice de dependên- lagal. f sso porquo apanas os rofuglados
nanceiras,já deixou claro que não tem cia de idosos, que é a relação entre a Cilncontram acolhimento na Conwnção
como acolher os milhares de migrantes população mais velha (aposentada e das Nações Unidas sob~ o Estatuto dos
que chegaram ao seu território nos úl- onerosa aos cofres públicos) e a mais Rofuglados, dQ 1951, e nas dlretrfzH da
.
timos meses e pediu ajuda emergencial
aos parceiros europeus.
nova e em idade ativa (a força motriz
do país, capaz de trabalhar, gerar ri-
União Europala para obtanção do asilo.
J' os mlgnntis oconOmlcos não têm
quezas e pagar impostos). Até 2060, direito a roquarer asilo.
O papel da Alemanha o percentu.al da população com 65 Muitos pafsos ouropeus barram a
A fim de amenizar a pressão sobre anos ou n1:11s em comparação aos que ontrada de Imigrantes Ilegais sob a
essas nações, o governo alemão passou têm entre 15 e 64 anos de.v erá subir Justtflc.atlva do quo a matorta dossos
a adn.1itir em agosto do ano passado para 59%, contra os 32% atuais. E o estrangeiros quo choga à Europa são
que migrantes oriundos da Síria so- problema se estende a toda a Europa. mfgrantose não refugiados. Mas o Alto
licitassem visto no país mesmo tendo At.é 2060, haverá no continente apenas Comissariado das Nações Unidas para
transitado antes por outras naç.ões dois trabalhadores para cada indivíduo Rofu1taclos(Acnur)contfftaoa'l\lmtn·
europeias. Liderado pela chanceler acima de 65 :11105, a metade da propor- to,aftrmando quo oito om cada doz mi·
Angela Merkel, o pais adotou desde ção atual. Em resumo, a Alemanha e a grantos provim de pafsos em conflito
o i1úcio da crise dos refugiados uma Europa precisam da força de trabalho ou sob roglmo do 0:x~ão, como Sfrta,
polítfoa de portas abertas e recebeu dos inúgrantes para sair dessa encn1- Afeganlstâ~ lraquo oErttrola. No ano
pelo menos 800 mil pessoas em 2015, zilhada demogró.fic.a. passado, 1,2 milhão do pessoas soUcl-
quatro vezes mais do que o registrado Uma das iniciativas do governo taram asllo no contlnanto, mais do quo
no ano anterior. Economia mais forte Merkel, que enfrenta a menor popu- o dobro do 2014. Do total, c,irca de 360
do continente, a Alemanha, conforme laridade desde 2011, foi pressionar seus mil oram sírios.
Política de acolhimento
de refugiados liderada
pela Alemanha é
contestada por metade RECOMEÇANDO AVIDA Abrigo para roluglados •m anttgoa•roporto d• S.rllm, naAl•manha
da população do país
N
aesteiradacrisedosrefugiados,
umanovaameaçapairasobrea o bloco perderá um integr3Jlte. ROTA FATAL Agrande maioria dos refugia-
UE: a possibilidade de o Reino Com origem na Comun.idade Econô- dos entra no continente atravessando o
Unido abandonar o bloco. No dia 23 de mica Europeia (CEE), fundada em 1951, Mar Mediterrâneo. A rota mais utilizada éa
junho, os britânicos irão às urnas para o bloco foi formalmente criado em 1992. que faz a ligação marítima entre a Turquia
decidir se o país deve ou não permanecer A partir daí, expandiu-se progressiva- e a Grécia. Cerca de 850 mil refugiados
no maior bloco econômico do mundo. mente e hoje é formado por 28 países. utilizaram esse caminho. Segundo a Orga-
A realização do plebiscito atende a A crise financeira de 2008 atingiu em nização Internacional para as Migrações,
uma promessa de campanha do primei- cheio alguns Estados-membros, nota- o número de mortos e desaparecidos nas
ro-ministro conservador David Can1e- damente Grécia, Portugal, Espanha e travessias pelo mar bateu recorde no ano
ron, quando foi reconduzido ao cargo Irlanda. Tentativas malsucedidas de su- passado, chegando a 3.771 pessoas.
em maio de 2015. Insatisfeito con1 as perar a crise ameac;aram a estabilidade
obrigações que o país deve atender para da UE e fortaleceram grupos de extren,a RESPOSTA EUROPEIA A crise é agravada
permanecer no bloco, principahnente direita, partidários de uma platafonua pela falta de acordo entre os membros
no que se refere ao acolhimento de imi- xenófoba e antieuropeia. A saída do da UE sobre como enfrentar o problema.
grantes europeus, Cameron era um duro Reino Unido do bloco daria munição Alguns países, como Alemanha e Suécia,
crítico da permanência do país na UE. a eurocéticos de todo o continente a têm adotado uma postura mais liberal
A gota d'água foi o anúncio do sistema seguirem o mesmo caminho. IE e favorável ao acolhimento dos refugia-
dos, enquanto outros defendem medi-
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das drásticas para conter a chegada dos
( SAIU NA IMPRENSA .......................................................
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........... deslocados. Hungria, Austrla e Eslovênia
.......................................................................................................... construíram barreiras em suas fronteiras
para impedir a entrada dos refugiados.
PELO MENOS 30 PAfSES Diante da pior crise migratória enfrentada Ogoverno húngaro também aprovou uma
DEVOLVERAM REFUGIADOS pela Europa desde a Segunda Guerra Mundlat, lei que pune com prisão Imigrantes que
DE FORMA ILEGAL EM 201S, a Anistia também criticou nestaquarta-felra a entrem ilegalmente no país.
DIZ ANISTIA vergonhosa resposta dos países do oonttnente
Com agfndas Internacionais à chegada maciça de refugiados e pediu uma PLEBISCITO BRITÃNICO Outro problema
mudança ra:llcaldoscompromlssos por parte enfrentado pelo bloco europeu é a ameaça
Ao menos 30 países obrigaram, de forma da comunidade Internacional do Reino Unido de deixar a associação.
!lega~ refugiados a voltarem a lugares onde 4
Esta Europa,queê oblooo mais rloodo mun- Os britânicos Irão dec.ldir em um plebis-
corriam rlsco de vida, Informou um rela- do,não ê capaz de velar pelos direitos bâslcos cito, programado para Junho deste ano,
tório da Anistia Internacional que analisa de a\gUmas das pessoas mais perseguidas do se ficam ou saem do bloco. Depois de
a situação dos direitos humanos em 160 mundo,éwrgonhoso•,d1sse osecretârlo-geral conseguir concessões da União Europeia, o
naçóes. Segundo a ONG, cinco desses paí- da orga nJzação, Sa UI Shetty. (...) primeiro-ministro David Cameron passou
ses pertencem à União Europeia: Espanha, a apoiar a permanência do país na UE.
Holanda, Hungria, Grécia• Bulgária. (...) O Globo, 24/2/201' .........................................................
....... ..... .. ... ..................... ..... ..... .......
........................................................................................................
ÀARENA GEOPOLÍTICA
entanto, Moscou evitava realizar uma in-
tervenção militar direta no conflito para
defender seu aliado histórico. Essa estra-
tégia começou a mudar em setembro de
2015, quando as forças russas iniciaram
un.1a. série de ataques aéreos em defesa de
Ao intervir diretamente na guerra da Síria, Assad. Entre os alvos estavam bases do
grupo extremista Estado Islâmico (EI),
a Rússia pretende assegurar seus interesses no mas não só. Os ca?-5 russos também atin-
Oriente Médio e mostrar que ainda exerce papel giram outros grupos anti-Assad que são
apoiados pelos Estados Unidos (EUA) e
fundamental nas crises mundiais pelo Ocidente, o que gerou críticas por
parte dos norte-americanos.
---
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1
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ACORDO
Na crise da Ucrânia, O presidente ru~
Vla<II mIr Putln
Putin bateu de (ddlr.) recobe Bashar
frente como al-Assad, presidente
da Súia, no Kr<mlln,
Ocidente e criticou o Ml Moscou, em 2015
expansionismo da Otan
A crise na Ucrânia anexação à Rússia. A Crimeia também é Essa parceria rende a Moscou o controle
A perda da influência sobre as an- estratégica por abrigar uma importante da base naval de Tartus 110 litoral da
tigas repúblicas do período soviético base naval n1ssa em Sebastopoi o que Síria. O porto é o principal acesso da
sempre causou ressentin1ento entre a garante a h1oscou acesso ao Mar NegTo, Rússia ao Mediterrâneo e representa
elite política n1ssa. Por isso, quando a Logo na sequência, irromperam revoltas o ponto mais estratégico da R\1ssia no
Ucrânia passou a negociar um acordo separatistas em importantes províncias Oriente Médio.
comercial com a UE no final de 2013, do leste ucraniai10t como Donetsk e Lu- Agora, isolada internacionalmen-
Putin achou que os europeus haviam gansk, onde também vive um grande te e mergulhada em uma séria crise
ido longe demais. Afinal, a Ucrânia é contingente de russos. econômica, a Rússia decidiu intervir
um país estratégico para a geopolítica Europeus e norte-americanos acu- direta111ente no conflito da Síria para
n1ssa, considerado chave para a sua sar:uu a Rússia de violar a integridade tentar alterar o jogo a seu favor. Para
seguranri nacional. O alinhamento territorial da Ucrânia e desrespeitar o muitos analistas, o objetivo é emba-
da Ucrânia com os europeus poderia direito internacional Em represália, as ralhar a crise para tentar extrair van-
facilitar o inçesso do país na Otan e potências ocidentais expulsaram a Rús- tagens geopolíticas. Devido à falta de
a consequente instalação de bases em sia do G-8 e aplicarain sanções contra iniciativa das potências ocidentais, a
seu território. A ideia de ver as forças o sistema financeiro, as indí1strias de R\1ssia quer se posicionar como um
militares ocidentais em sua fronteira defesa e de tecnologia e o estratégico ator capaz de interferir nos rumos do
sudoeste é algo inconcebível para Putin. setor de energia. Nos meses seguintes, Oriente Médio - e, portanto,aumentar
Logo. quando o presidente ucraniano as medidas começaram a afetar gra- seu peso na comunidade internacional.
Viktor Yanukovich estava prestes a ven1ente a economia n1ssa. Além das A ação do país também coincide com
assinar um acordo de associação co- sanções, o país também foi prejudica- o momento em que a Europa mostra-se
mercial com a UE, Purin atravessou do pela desvalorização acentuada das mais vulnerável diante das consequên-
o negócio e ofereceu uma ajuda de 15 conunodities de energia que exporta, e cias do conflito - mais notadamente-
bilhões de dólares mais a promessa de que são a sua principal fonte de receita devido ao avanço do terrorismo do EI
um acordo econônúco com a R\1ssia. (veja mais na pág. 108). Em 2015,o pais para as cidades europeias e ao inces-
Yanukovich aceitou a oferta e virou mergulhou na recessão. sante êxodo de refugiados em direção
as costas para a UE. Mas a decisão ao continente. Apesar de atingir alvos
provocou uma onda de revoltas que A intervenção na Síria do EI, o foco da operação russa na Síria
culminou com a renúncia do presidente Desde o início do conflito, a Rússia, é claramente proteger Assad, tanto que
em fevereiro de 2014. como me01bro pem1anentedo Conselho os principais afetados pelos bombar-
Diante da ameari de perder umgover- de Segurança da ONU, vem usando seu deios são outros grupos rebeldes, que,
no aliado e ver aumentar as perspectivas poder de veto para impedir a adoção de inclusive, recebem apoio militar das
dea Ucrânia se alinhar com os europeus, resoluções contra a Síria. Para Putin, a potências ocidentais.
Putin agiu rapidamente. Unia rebelião defesa deAssad significa a manutenção Ao insistir que o fortalecimento de
11.a península da Crimeia - um.a república de uma longa aliança com a Síria, que Assad é a única forma de derrotar o
autônoma da Ucrânia, mas de população vem desde o período soviético. A Rússia EI, Putin trabalha em uma engenharia
majoritariamente n1ssa- terminou com é uma antiga fornecedora de armamen- diplomática bastante complicada: sua
a declaração de independência e sua tos e inteligência militar para os sírios. estratégia é chegar a um alinhamento
Rússia
VITIMAS DO TERROR
Em outubro de
201S, Ancara sofreu
o maior atentado
da história do pais:
95mortosemalsde
200 feridos
a ser estabelecidas com a dissolução A ascensão de Erdogan No plano externo, Erdogan obteve
do Império Otomano após a derrota O cenário começou a n1udar a partir o aval da União Europeia para iniciar
na I Guerra Mundial, em 1918. A crise de 2002, com a vitória do AKP nas elei- as negociações de ingresso da Tur-
política e econômica do pós-guerra deu ções parlamentares. A ascensão de um quia no bloco (veja boxe na pág. 60).
origem a um movllnento nacionalista, parti.do islânúco, ainda que moderado, Paralelamente, também estreitou os
liderado pelo general Mustafa Kemal, não foi bem recebida pelos militares e laços diplomáticos e comerciais com as
que adotou o codinome de "Ataturk" pela elite política. À época, Erdogan era nações muçuhn.an.as do Oriente Médio,
ou "pai dos turcos". Considerado o o líder do partido, mas havia sido proibi- especialmente Irã, Iraque e Síria.
fundador da Turquia moderna, Ataturk do de exercer cargos públicos por repre- E-m wn período de menos de uma
aboliu o califad0t o goven10 islânúco sentar uma amear' ao secularismo. Com dêcada, Erdogan tomou-se o político
comandado por um sultão, e proclamou um discurso pragmático, e m que prome- mais influente da Turquia desde Ata-
a república em 1923. tia manter as refonuas pró-ocidentais e turk, o que garantiu ao AKP expressivas
Com um programa radical de ociden- afirmava seu compronússo com o laicis- vitórias nas eleições de 2007 e 20!!.
taliza,;ão, Ataturk rompeu com o históri- mo, Erdogan reconquistou os direitos Essa popularidade foi sustentada por
coatrelame-nto entre o Estado e a religião políticos e assumiu como primeiro- importantes conquistas: a economia ia
islâmica ao fazer da 1\1rquia um país ministro em 2003. de vento em popa, as tensões políticas
secular. A medida provocou profundas Pautado por uma agenda liberali- entre religiosos e seculares haviam
alterações na estrutura social do país. As zante, Erdogan atraiu investimentos se acomodado e a Turquia passou a
novas forças políticas acompanharam a externos e aumentou as parcerias co- ser vista como um ator diplomático
polarização na sociedade e se dividiram n1erciais como exterior. Internamente, essencial na região. Durante a eclosão
entre aqueles que defendiam os valores investiu em grandes obras de infraes- da Primavera Arabe em 2011, quando
seculares de Ataturk e os favoráveis a trutura, ampliou os beneficios sociais e manifestações populares se voltaram
um papel maior do islã na vida pública. estimulou o consumo doméstico. Com contra os governos autoritários no
Esse cenário gerou grande instabilida- essa receita, a Turquia tornou-se uma Oriente Médio e no norte da África, a
de política nos anos seguintes. Como das economias emergentes mais pujan- Turquia foi frequentemente apontada
guardiões do secularismo, os militares tes do mundo. O país também firmou como um n1odelo para os países de
demibaram sucessivosgovemantesque cadeira cativa no G-20, o grupo das 20 n1aioria muçulmana que sonhavam
tinham um perfil mais religioso. maiores econonúas do planeta. com um regime mais democrático.
Ao abrir frentes de
combate contra o
Estado Islâmico e os
curdos, a Turquia se
expõe a atentados
Guinada autoritária
O poder, no entanto, seduziu Erdogan
a ponto de ele impor um.a agenda mais
autoritária. O primeiro-ministro é acu-
sado de tentar neutralizar instituições
que servem de contrapeso ao seu poder.
Alémdemi.narainfluênciadosmilitar~ CENTRAUZIIDOR Opresidente Recep Erdogan em p<OnUll(lamento após os atontados em Istambul
Erdogan se voltou contra o Judiciário,
ao concentrar no Executivo a escolha
de juízes, e contra a mídia, ao prender
jornalistas críticos ao seu governo.
Paralelamente, adotou algumas medi- DESAFIOS GEOPOLITICOS
das que abalaram a confiança que tinha
dossecularistas, como a libera,ão do uso O histórico Imperial e a localização googr.lflca ostrat6glca colocam a Turquia no
do lenço islâmico em escolas e reparti- c.ontro de Importantes conflitos de lnterosses na Nglão. Al4m da crise no Oriente
ções públicas e a proibição da venda de Médio, veja outros desafios que a poUttca ecxterna turca enfrenta:
bebidas alcoólicas à noite. Seus críticos
denunciam a inlposição de uma agenda O Gr4clo,/Chlpre: a histórica rtvalldado entro Turquia o Gr4da tom como maior foco
islâmica, enquanto os simpatizantes do detonsão a quostiodoChlpro. Essa Ilha do Medltorrinoo se divido om dois osta-
primeiro-ministro consideram as medi- dos: a Roptlbllca do Chlpro, no sul, quo possui população majoritária de orlgom
das como uma restauração da liberdade grega; e a Rep(lbllca Turca do Norte do Chipre, que é controlada pela Turquia e
de expressão religiosa. A tensão entre não tom reconhecimento Internacional As negociações para a unificação do país
seculares e islâmicos voltou a se acirrar. Cllbarram na Intransigência do turcos o gre.gos.
Essas a ~ somadas à desacelera~o
da economia, acabaram desgastando a O Armênia: a razão da crise entro os dois palsos 4 o genocldk> comotldo pelos tur-
imagem do prirueiro-mi1ústro. Mesmo cos contra os armênios duranto a I Guerra Mundial (191~1918), quo deixou 1
assim, apoiado e111 uma sólida base milhão e moto do mortos. At4 hoje a Armênia luta para quo a Turquia reconheça
de eleitores entre a população rural, o ganoddlo. Para evitar atritos dovtdoao papel estrat4glco da Turquia, os EUA o
religiosa e conservadora, ele venceu multas nações europeias não reconhecem o ginocfdlo.
as eleições presidenciais em 20_14 após
ence rrar sua passagem como pnmel.l'o- O Rüssla: as duas naçõos possuem relações amistosas quo sedoterloraram recen-
-ministro por esgotar o limite de três temento dovkfo às posições opostas om rotação ao confUto na Sfrta. O ditador
mandatos, como exige a Constituiç-ão. slrlo Bashar al-Assad 6 o principal aUado da Allssla no Oriente Médio, enquanto
a Turquia faz do tudo para tontar dorrub6-lo. Em novembro do 2015, um caça
Síria e Estado Islâmico nas o quo apoiava as tropas do Assa d foi abatido pelas forças turcas por Invadir
Além dos desafios domésticos, o gover- o ospaço a6reo do pafs.
no turco precisa lidar com uma agenda
externa conturbada. Desde 2011,a guerm O União Europeia: o lngrosso no bloco europeu 4 um desojo antigo da Turquia.
civil na Síria vem desestabilizando todo As nogodaçõo-s começaram om 2005, mas pouco avançaram disdo então. Os
o Oriente Médio. A Turquia foi um dos europiUs oxlgom que a Turquia entre em acordo para a untflcaçio do Chlpro o
primeiros países da região a se voltar roconhQÇB o genoddlo annOnlo. Além disso, QXfsto a objeção vil.ada do quo um
diretamente contra o governo da Síria pais de maioria muçulmana faça parto da UE. No final do 2015, as nogoclaçõos
logo no início do conflito, ainda que as foram retomadas após a Turquia acoitar a)Jdar a Europa na crise dos refugiados.
duas nações cultivassem boas relações
no passado. Os turcos passaram a finan- O Rofugfados: por fazer fronteira com a Slrla, a Turquia sotomou o prlndpaldostfno
ciar a oposiç-ão moderada e até os mais para os refugiados quo fogom daquilo pais Gm direção à Europa. Desdo o Inicio
radicais com o objetivo de derrubar o do conftlto, a Turquia jj recobeu mais do 2 mllhõos do sírios - e.orca do 400 mil
ditador sírioBashar al-Assad. delos vivem em campos da rofugfados superlotados.
fOGO CERRADO
Areslst4nda
Espanhadosanosl930erauru A polarização social atingiu seu pon- evitou a queda imediata do governo.
CENÁRIO POLÍTICO
EM TRANSIÇÃO
Vitória do conservador Maurício Macri,
na Argentina, e fortalecimento da oposição
na Venezuela reconfiguram as forças regionais
por Glovana Moraes Suz1n
O
so público. Além disso, acabou com o
Latina passa por ,m,
período de maisgravecriseeconômicadahistóriado controle cambial imposto desde 2011
transformações. Nas eleições país. En.1 seus quatro anos de mandato, pelo governo de Cristina como forma
presidencial na Argentina e parlamentar Néstor adotou programas de inclusão de impedir a fuga de divisas (dólares e
na Venezuela, realizadas no final de201S, social e conseguiu reorganizar as contas outras moedas internacionais). Essas
a oposição conservadora levou a melhor p{tblicas,recolocando o país no cru.ninho medidas apontam para um relaxamento
sobre os candidatos de esquerda. As do crescimento. Com a popularidade eu do controle estatal na econonúa, uma
derrotas dos governistas nesses países alta, Néstor emplacou a candidatura de das características do governo anterior.
sinalizam uma mudança na percepção sua mulher, Cristina, eleita presidente em Para conseguir aplic.arsuas políticas,
da maioria do eleitorado local, que vê 2007, que deu continuidade ao seu proje- contudo, o novo mandatário precisará
o esgotamento de um modelo que não to. A partir do segundo ruandato,iniciado obter um pacto de governabilidade, pois
consegue responder à altura aos atuais após a reeleiç.1o em 2011, a economia não telll maioria na Câmara de Deputa-
desafios econômicos.No plano regionai voltou a se deteriorar, com o aumento dos e nem no Senado. Essa fragilidade na
essas eleições já começam a alterar o da inflação e do endividamento. O pais relaç..i:o com o Congresso já se mostrou
equilíbrio entre as forças conservadoras também enfrentou uma onda de greves evidente nos primeiros dias de man-
e progressistas que tem caracterizado a que abalou a popularidade de Cristina. dato. Por meio de um decreto, Macri
América Latina nos últimos anos. O descontentan1euto da população revogou parte da Lei de Meios, um dos
argentina com os n tmos da economia grandes triunfos de Cristina. A lei visa
Fim da era Kirchner ficou claro com o resultado das umas na a democratizar a posse dos meios de
Na Arg,,ntina, a eleição de Mauricio eleição presidencial. Empresário bem- comunicação ao proibir o monopólio da
Macri,da Proposta Republicana (PRO), sucedido, Macrijá adotou medidas libe- informação, e representou uma derrota
de centro-direin\ marca um momento de ralizantes, como a quebra de barreiras do principal conglomerado de mídia do
ruptura política e econômica. Sua vitória econômicas protecionistas e abertura ao país, o Clarín. O decreto, contudo, foi
110 pleito presidencial, cou, uma diferen- mercado internacional. O recém-criado anulado pela Justiça, que restabeleceu
ça de menos de 3% de votos do candidato Ministério da Modernização iniciou um a Lei de ~leios em janeiro. Macri tru.n-
govenlista, Daniel Scioli, pôs fim a 12 corte que pode acabar com 60 mil vagas bém é acusado de autoritarismo por
anos ininterruptos de era Kirchner.Este de emprego - a justificativa é que essas designar juízes para a Suprema Corte
período começou com a eleição de Nés- pessoas foram admitidas sem concur- sen1 a aprovação do Congresso.
A crise na Venezuela opositor aprovar leis orgânicas, refor- controle estatal sobre a exploração degás
Assim como na Argentina, a esquerda mar a Constituição e até antecipar um e petróleo - a Venezuela é o país com a
na Venezuela sofreu um grande revés processo para a sucessão presidencial. maior reserva comprovada de petróleo
eleitoral, reflexo da grave crise políti- A difícil relação entre Maduro com do mundo. Mais árduo antagonista da
ca e econômica. Com a maior inflação o novo Congresso ficou explícita em influência norte-americana na região,
da América do Sul, o pais viu seu PIB janeiro, quando o presidente emitiu um Chávez manteve relações hostis com os
despencar em 2014 (veja na pág. 61). decreto que lhe garantia poderes para Estados Unidos (EUA),a ponto de ambos
Além da condução equivocada da politica intervir mais diretamente na econo1uia, os países retirarem seus embaixadores
econômica, a recessão se agravou por especialmente no setor privado, durante das respectivas capitais em 2010.
causa da redução dos preços mundiais dois n1eses. Apesar de a Suprema Corte,
do petróleo, principal fonte de receitas formada em sua maioria por aliados de Asforças políticas
do país, e é uma das causas do forte de- Maduro, aprovar o decreto, o Congresso A relação que cada país da Améri-
sabastecimento de produtos essenciais. rejeitou a medida logo na sequência, ca Latina mantém com os EUA acaba,
Para piorar, a tensão política também enterrando as pretensões do presidente. muitas vezes, por influenciar o perfil
é grande. Maduro sofre forte pressão A polarização política no país começou do governo que se encontra no poder.
da direita e governa perseguindo os a se intensificar durante a presidência de Em comum, muitas das 33 nações que
opositores que classifica como golpis- Hugo Cháve7., que governou o país de compõem a região vivem um cenário
tas. Em 2014 a Venezuela viveu uma 1999 até a sua morte, em 2013. Ele aplicou político de consolidaç.ão recente de
série de manifestações pró e contra o políticas estatizantes e antiliberais, espe- governos civis, após um período mar-
governo que resultaram em 42 mortos cialmente após 2005, quando declarou cado por ditaduras militares. Os atuais
e mais de 800 feridos. A última eleição seu apoio ao que chamou de "Socialismo governos costumam ser analisados em
parlamentar, no fim de 2015, aumentou do século XXI". Apesar de governar por três blocos informais que adotam dife-
a instabilidade do pais. A vitória da eleições regulares, sofreu uma tentativa rentes linlias para enfrentar as profun-
oposição de direita liderada pela Mesa de golpe de Estado em 2002. Em seus das desigualdades sociais e as mudanças
da Unidade Democrática (MDU), que anos no poder, ele comandou progra- econômicas neoliberais, iniciadas por
conseguiu maioria na Assembleia, é mas de refomia agrária e habitacional, volta de 1990. Nas páginas seguintes,
algo que não acontecia desde 1999. A investiu em gestões participativas entre apresentamos a situafâo atual dos prin-
maioria de dois terços permite ao bloco Estado e trabalhadores e aumentou o cipais países desses grupos.
A Venezuela aumentou
sua influência regi.onal
Gradas 'V/e nezu2lo
ao oferecer petróleo ·GANAMOS!
a preços subsidiados
para seus aliados
Bloco Bolivariano
O gn.1po tem esse nome em referência
ao he-rói da independência Simon Bolívar
(1783-1830) e é liderado pela Venezuela.
Ele se caracteriza pela adoção de politi-
1
-m8
cas nacionalistasdeoposiç-ãoclaraao ne- ~
oliberalismo e aos Estados Unidos (EUA). Ol'OSIÇAO Eleições de d e - na Venezuela marcam o fbn da hegemonia ehavista no Congresso
Outros países que fazem parte do bloco
sãoBolívia,EquadoreCuba.Eruoposi-
ção à Área de Livre Comércio das Amé-
ricas (Alca), proposta norte-americana governo reduziu a miséria em n1ais O Equa do r elegeu o presidente Ra-
paraaregião,em2004oex-presidenteda de 30%, estatizou o petróleo e o gás fael Correa pela terceira vez em 2013.
Venezuela,HugoChávez,criouaAliança e promoveu a reforma agrária. Outra Em dezembro de 2015, a Assembleia
Boüvariana para as Américas (Alba). reforma foi a constitucional, que pela Nacional aprovou diversas emendas à
Ela inclui, além dos quatro países do blo- primeira vez na história do país foi a Carta Magna. A mais U11porta11te é a
co bolivariano,ainda Dominie..\ Antígua referendo popular. Ela converteu a que permite reeleição ilimitada para
e Barl:,uda e São Vicente e Granadinas. Bolívia num estado "plurinac.ional" presidente a partir de 2021. Outra emen-
O acordo de cooperaçãoeconônúca prio- a partir do reconhecimento de 36 et- d~ no entanto, impede de concorrer à
riza o fornecimento de mercadorias e rúas como nações. Apesar de ser o país reeleic;ão quem já tiver ocupado o cargo
serviços entre os países do bloco. A Ve- mais pobre da região, o PIB da Bolívia por dois períodos. Isso fará com que
nezuela vende a essas nações petróleo a cresce entre 4% e 6% desde 2010. Mas Correa fique ao menos um mandato
preços subsidiados, em uma estratégia a redução do preço do gás natural no - entre 2017 e 2021 - longe do poder.
que fez a sua inftuência na região crescer, mercado mundial deve desacelerar a Com maioria absoluta no Congresso,
com diversos governos adotando linhas economia. Em referendo realizado em ele levou acabo mudanças importantes,
políticas semelhantes à sua. fevereiro de 2016, os bolivianos deci- como a estatização do gás e do petróleo,
Na Bolívia, o presidente Evo Morales diram que Morales não pode se can- a reforma constitucional, mudanças no
governa desde 2006 com forte apoio didatar novan1ente à presidência em sistemajurídico e uma lei de regulação
popular e de movimentos sociais. Seu 2019,impedindo sua terceira reeleição. da mídia, submetida a referendo popular.
Correa enfrentaatualn1e11teduros pro-
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.. testos. Depois de anos de crescimento,
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, SAIU NA IMPRENSA o Equador vive uma crise econômica
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................................................... desencadeada pela queda do preço do
petróleo e pela valorização do dólar,
OCDE: DESIGUALDADE DE bate à desigualdade, além de um meio de 1110eda adotada no país, que ameaça a
RENDA NA AM ltRICA LATINA deter a desaceleração econômica na re§ão. competitividade dos produtores locais.
lt 65% MAIOR QUE EM Em relatório, a entidade observa que a Cuba é o único país comunista da
DESENVOLVIDOS queda nos preços das oommodities, a menor An1érica, e tambén1 o mais dependente
atividade na China e o iníc.lo do ciclo de alta da Alba. A nação atravessou uma grave
Adesigualdade de renda na América La- de juros nos Estados Unidos impactaram a crise com o fim da União Soviética, em
tina é 65% maior que a vista em países região. •e:sses fatores externos, combinados 1991, que comprava seu açúcar a bons
desenvolvidos, 36% maior que nos países com o atraso de reformas estruturais urgêll - preços e lhe vendia petróleo com va-
do Leste Asiático e 18% acima que o regis- tes, abrandaram o ritmo no qual os países lores subsidiados. Desde 2008, quando
t rado na Africa Subsaarlana. Aavaliação é latino-americanos buscavam se aproximar Fidel Castro foi sucedido pelo im1ão
da Organização para a Cooperação e De- dos padrões devida nas economias desen- Ralll Castro, a ilha vem passando por
senvolvimento Econômico (OCDE), que volvida~ pontua o estudo.(._) reformas liberalizantes na economia.
aponta a educação, a proteção sodal e o Atualn1ente a Venezuela fornece pe-
empreendedorismo como armas no com- O Estado de Minas Gerais, 19/J/2016 tróleo em condições especiais ao país,
em troca de mercadorias e serviços de
• Bloco Bolivariano
...
• lltXKD
Presldtnte: Enrkjue Peril
• CotOMIIA
Prestdtnte: Juan Manuel
IIDID Nl«o (PartldoRE!'t'OhJCbna- santos (P1rt1do social de
• BlocoCMserva.dor 110 tnst1tuc1onal) unidade Nac.lona.Q
Esquerda '*>derada CR!SdrnentDdo PIB: l,2%. cresclm enm do PIB: 4/f'/,)
lnfl,çl• 4'"
oesemp,.go ti%
tnll,çl• ~9"
Otsempneo: 10,1%
tDH, ~716 ~4' lugar) IDH, q7,o ~7·lugar)
REGIÃO 1€1tROGtNEA
odos,qvodlllMIO .. - í ,
~ece para .1t,uns como resultado do
o,mir,l,nsolllOllill,f,'°"'b"xonlwlln
• o
a,sdm,ntotlo PIB ,:o11,s wras delntfai;/lo, de 8 AIGCIOINA a PARAGUAI
dlsempr,go. Porou~ollfk, os qu, h! ... u,.,. Presldtnte: MlurlOJ Mlerl
O>rolXIStl AepubllQna)
Presldtnte: Horaclo
artes (Pa!tldo Qllorulo)
.,. ifstrfbul{/lo de renda nas flltlmas tHcad>s CmclmentDdoPIB: ,.,,.
cnsctinentDdo PIB: O,S'*i
>l"'"IIQOI um /ndic, de O.Stnvohlmento lnflaçl• N/A tnfl,çl• ~'"
Humano~OH}IIUlsl/lmdo{IIIJlDtODUis Oesemp"t~l'!I, o,se~tr,':
pr6/tlmo de~ maior o_.,. ,t, popu/'f,lo/ IDH: ~836 ' uga~ IOH: ~679 12' ugar)
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Pnsfdenta: Nlm~ Prtsldentt: Rali Itaslro Presidente: ollanta Presidente: onma
Maduro (Partklo SOC1allsta (PartJdo Qlmu nt~a) Humila (PartlOO fW.lusseff (Partk:lo cbs
Unido da ~nezuela) crescimentodo Pll:2,11i Nac.lona.llsta Peruino) mb~hador,s)
crescimento do Pll: -41' (201~ crtsclmtnto do PlB: z.4% CrtSCl.mentodoPIB: 0,1'1
tn!laiio: 62,2" lnlla(lO: N/A tnllaçao t2'!1, 1nn,çaa 6,3%
0Htmprego:8,6ft oes,mprego. ~l" Otsemprtgo:42% Otsempngo:6.iW
IDH:0,)62 (71' lugaij IOH:~769117' luga~ IDH: 0,734(1/{lugar) IDH: 0,7SSUS"luga~
• CQIADOI • IOllVIA
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Pmldentt: EYO litlrales
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Presidente: Mlchel ie
BadlOlet(PaitldoSOClall~
Presidente: Tabaré
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c.restlnlentodo PII: \7'1, soc1,111mo) do Chile) Cmd.mentodoPIB: 3S~
tn!laiio: lfll, crescimento do PIB: 5,S'li cnsdmentodoPIB: 1fl/t '111,çaa 8,9%
oesunprego:4,6,r. inlla!lO: S8' 1nll•!J• V,'ll> Otsempngo: 7Jllo
IDH:0,7)2188' lugaij oesunpreget l,7% Otsempngo:6A% IDH: 0,79l(S2'luga~
1DH:~li62 (llg' fuga~ IDH: o,8321t,l'lugar)
saúde. Em 2015, Cuba e EUA reataram A Colômbia mantém fortes laços O Méxiooé o principal aliado dos Es-
relações diplomáticas após 53 anos de com os EUA. Além de acordos de livre- tados Unidos entre os países latino-ame-
n 1prura e reabriran1 suas en1baixadas. coruércio, os países têm um tratado de ricanos. Junto ao Canadá, eles formam há
O embargo econômico norte-ameri- cooperaç-ão núlitar. Por isso os norte- mais de duas décadas o Acordo de Livre-
cano aplicado desde 1962, no entanto, americanos possuem set e bases mili- Comércio da América do Norte (Nafta).
ainda não acabou, pois depende da tares em território colombiano - o que O acordo, que reduz ou elimina tarifas
aprovafão pelo Congresso dos EUA. é motivo de desavenças com a vizinha comerciais entre os países-membros, le-
Venezuela. Há mais de meio século, o vou muitas indústrias norte-americanas
Bloco Conservador país vive uma guerra interna envolven- a se instalarem no México, atraídas pela
Reúne os dois países da região com do fo~as do Estado, guerrilheiros das mão de obra barata e pelos subsídios
acordos de livre-comércio com os Es- Forças Armadas Revolucionárias da fiscais. O acordo garantiu ,una grande
tados Unidos - México e Colômbia-, Colômbia (Farc) e paramilitares de di- expansão ao PIB mexicano. Por outro
além do Paraguai e da recém-integrada reita. O atual presidente, Juan Manuel lado,o Nafta deixou o paísextremrunetlte
Argentina. Éo bloco de nações que ado- Santos, tenta concluir um acordo para dependente da economia de seu país
tam programaseconônllcos neoliberais, pôr fim ao conflito (veja mais na pág. vizinho e aumentou a desigualdade so-
que pregam uma menor intervenção 68). Econonúcamente, a Colôn1bia é um cial. O atual presidente, Enrique Pena
estatal na economia e estão alinhados dos destaques da região, com expansão Nieto, eleito em 2012 pelo PRI (Partido
politicamente com os norte-americanos. de 4,6% do PIB em 2014. Revolucionário Institucional), an1pliou
lança a "Operação Soberania" e massa- após a assinatura do documento. ... ... .... ........ ... .... .... ..... ........ .
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MATÉRIAS-PRIMAS D
esde o início deste século, a
África vem apresentando um
robusto crescimento econô-
mico. Esse bom desempenho é credi-
-
últimas décadas, a pobreza continua nessa região, há evidências de que o
elevada. Os grandes beneficiados são as progresso beneficia principalmente '°
en1presas estrangeiras e muitos analis- o conjunt o mais abastado da popu- lOCO lOOS
tas veem essa relação econômica como lação de cada país. A luta contra Rtctrsos dt fuaA entrada de apitais no continente
uma nova forma de colonização devido a pobreza ainda está longe de ser cresceu quase sW!ZeS. Desde 2012, ela se mantém entre
ao grau de dependência da economia e vencida. Quase metade dos africanos 18:> e1~ bilhões de dólues anuais, Eswsvalores se
subsaarianos (46,8%) tinha renda referem aremessas 00 exteriot mlstência
à exploração da natureza e da popula-
lntemadonalelnvestlmentos. De 2010 12015,o'IOlume
ção. Além disso, os regimes ditatoriais inferior a 1,25 dólar por dia, em 20ll. acumulado ultrapassoo 1trill'Oo de dólares, metade do
duradouros, a corrupção e a fragilidade valer cb PlBafricam
das instituições políticas impedem a Doenças Ocrescimento das economias (2015)
distribuição justa dos recursos propor- A África Subsaariana é assolada por Prevls6es de crosclmento 'f. do PII. As dez maiores
cionados pelas riquezas naturais. doenças graves e epidemias, resultado taxas ni Atrita etm Brasil, Chln.a omundo
Mas alguns países estão conseguindo da n1iséria, desnutrição e fome, falta
Etopia - 10) Ta1<uh>, base
aproveitar o boo1n econômico para
expandir suas indústrias, focando em
de saneamento básico e estruturas de
atendimento em saúde. A incidência
Costadolbrlim . ,4 pequnaVárlospalses
africanos devem
RDC . 8 registra as maiores
-~l
setores estratégicos e em parcerias com de aids, responsável por pelo menos 1
R'""" . 1} taxas finais de
as grandes economias emergentes. São milhão de n10rtos anualn1ente desde crescimento no mundo
hnz:lnia • 7,2
os casos de Etiópia, Tanzânia, Ruanda 1998, fez a expectativa média de vida em 201se nos anos
Camad>es seguintes. Porém, esses
eGa11a. Moçambique é destacado pelo diminuir cerca de 30 anos nos países
Moçambq,e • ~l ll'Klicesirr:idem sobre
FMI como o de desenvolvimento re- mais afetados, como Botsuana, Leso-
Btnim . SJ economias muito
cente mais promissor. Apenas de 2006
a 2009, o número de indústrias cresceu
to, Suazilândia e Zimbábue. Em 2014,
a África Subsaariana registrou cerca
cµ,ia • s,, pequenu OPIB da
Etlóp;, foi de aperos
8rasU• ·~8
62% (de 1.881 para 3.061). Em 2016, o de 70% dos contru11i11ados no mundo.
(h;na - ~9
s~6 bllhllts de dólares
país tem dez megaprojetos em cons- Um en1 cada 20 adultos na região vive em 2014. Oda Costado
Murd> l l,A Martim, J~l bllhllts
trução, em eletricidade,gás e minérios. con1 o HIY, o vírus causador da doença.
O Pr-odu(2o mineral
O bploraçlo florestal
AWJRltAHw.
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1 Ur1nio
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Prlnd,ab,..nosrl..,ás
+ouro +Zinco
• Pr>ta O Mang,n!s
• rerro + Baulita
+ Cobre + Cromo
+ Cob,lto + Plnin,
+ Nfquel <> Diam,nt?
+ Est!Jlho • n.tto/Nióbio
+ Chumlxl • Outros minérios
5EICNB.e5
COIM>IES
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Pn lereste~ mmru2identiftcvrlo.u-,iquew
naturãs docontinmte. NotR,por e»mp/o, comru
explora;,0 de petrd/eo ocorre hoie em v~ p,ttes: oorte
d.l A/ria (produÇ,O m,is ,nttg,J sll tb Sud~ Slll,O cb ~I
Ch,de eogotod,61inl.Aea:xiomi,d,Afric, cb ~/
twei;se naexplor~ miner~ Com~ lnlw vermeltJzs,
m.tise wrd~ w.dtemumaid~ das" ,egil)esqueestfo
reCPbentbgr;mdeparte d:lsinvestimeitas fimnCPiros.
Fronteiras artificiais
Os ,rgpas abaixo roostram a dfferen(a brutal entre u regiões étniuse cultu Qis da
•
Afrlca e as fronteiras polftlcas impostas pelas potOncia.scolonials. Aatual dlvi~
política dos pafses africanos é re9.Jhadoda coloniza<;1oeuropei.a, entreoss«ulosXV
eo XX: efoi deflnida com aConferfncia de Berl !m (1884·188s),As potências coloniais
estabeleceram 1reasde domínio ecriaram frmteiru que atellliam aos próprios
interesses, ignorando os territórios das tribos edas etnias nnivas,As nações nasci das
com aindependência. basearam suas frmte!ru na divlslo política colonial.
.
• 11e1noun~o
.......
8 1tllii
•
.....
""'!'
BpMilll
a All!fl'llffla
...,_
s
Mses IMflleMedeS
TRAGAM NOSSAS
A África Subsaariana
.-
e, a reg,ao em que a
c.AROTAS DE VOl1A
M.ães de meninas
sequestradas pelo
ONU concentra a maior grupo extrM1ista
Boko Haram, na
parte de suas forças de Nlg«ta, Qffl 2014
paz, com 111 mil homens
74 GEATUALIOADUjl•suncrtro:lOlG
RESUMO
......................................................
........................................................' ....................................
. ..............................................................................................................
.
lidadedo pode r central facilitou aacão Estima-se que cerca de 6 milhões de
• •
de piratas no Oceano Indico e no Mar pessoas te nham morrido no conflito, o Africa
Vermelho. Os terroristas do grupo AI mais sangrento desde a II Guerra Mun-
Shabab, ligado à AI Qaeda, dominavam dial. Houve avanços na pacificafão, mas CRESCIMENTO ECONÔMICOAÁfrica é um
regiões ao sul, mas perderam terreno cerca de 80 grupos rebeldes e milícias dos continentes com maior potencial de
para as tropas oficiais. Em 2014, tropas continuam a atuar no leste, onde ex- crescimento econômico e atrai investi-
dogovemoedaAmisom,amissãodepaz ploram ilegalmente a m.ineraf ão e se mentos internadonais, espedalmente
da União Africana, Ian.,ar.un ofensiva confrontam. Em 2016, atua no país a da China. Reúno 54 países• 1,1 bilhão
contra o Al Shabab, retomando várias maior força de paz da ONU no mundo, de habitantes. Nos últimos 15 anos, a
cidades. Deslocado de suas bases, o grupo com 22 n1il pessoas. A RDC recebe economia do continente cresce a taxas
se reorganizou na fronteira com o Qu- investime ntos da China em estradas elevadas, movida porfortesexportações
ê nia, e passou a atacar aquele pais, por de ferro para viabilizar a exportação de commodities para a China e outras
apoiar o governo somali. No pior ataque de núnérios por um porto no Atlântico. nações emergentes. Esse crescimento,
em anos, em abril de 2015, o AI Shabab contudo, é afetado pela queda dos preços
assassinou 147 estudantes em uma uni- MALI Situado no noroeste africano, internacionais das matérias-primas.
ver sidade no nordeste do Quênia. essa ex-colônia francesa tem a parte
norte do território ocupada pelo Deserto PETRÓLEO E MINÉRIOS A África abriga
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA 00 CONGO do Saara, onde diferentes grupos tua- quase 9%das reservas globais de petróleo
(ROC) Seis países (Angola, Uganda, regues armados lutam por autononlla. e gás e exporta também minérios valiosos,
Ruanda, Burundi, Re pública Centro- A partir de 2012., os tuaregues orga- como ouro e diamantes, estanho, cobal-
Africana e Namíbia) e vários grupos nizam-se no Movimento Nacional de to, níquel e cromo. Porém, o baixo nível
guerrilheiros se envolveram na guerra Libertação de Azawad e tomam várias de industrialização e a dependência da
civil da República Democrática do Con- cidades no norte. exportação de commodities fragiliza a
go (RDC), inic iada e m 1998, motivada Na mesma região, atuam terroristas economia dos países.
pela disputa por riquezas n1inerais. da Ansar Dine, braço da AI Qaeda no
Após um frágil acordo de paz assinado Magreb Islâmico, que pretende instau- ÁFRICA SUBSAARIANAÁrea mais pobre do
em 2003, os confrontos irron1peran1 rar um estad o islamita, e acentuam-se planeta,compreende 48 nações da região
com maior intensidade em 2008. os conftitos armados entre tuaregues, central e sul do continente, delimitada
Quatro anosde pois,a e ntrada do gru- terroristas e tropas federais, todos con- ao norte pelo Deserto do Saara. Aregião
po M23, composto de antigos rebeldes tra todos, alé m de sequestros de turis- concentra a maioria dos casos de doen-
que integravam o Exército, gerou mais tas e atentados dos jihadistas. Desde ças Infecciosas no mundo, como malária,
instabilidade. Os conflitos armados são 2013, atuam no pais tropas da França, tuberculose e aids.Aregião sofreu o pior
mais fortes na região leste (próxima à da União A&icana e da ONU. llll surto de ebola da história, com mais de
fronteira com Uganda e Ruanda), rica 28 mil casos e 11 mil mortes.
e m miné rios raros como ouro, estanho, PARA IR ALEM Timbuktu (de Abderrahmane
cobalto, tântalo e nióbio. Em 2013, os Sissako, 2014) indicado ao Oscar 2015, conta o PARTILHA OAÁFRICAA flm do soluciona-
1.700 combatentes do M23 depuser.unas drama de um pescador do Ma~ que é perseguido rem sua disputa pelo território africano e
armas e iniciaram conversações de paz. por grupos j ihadi stas. suas riquezas, as nações europeias pro-
moveram entre 1884e 1885a Conferência
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de Berlim. Oencontro dividiu o continente
. entre.essas potências, crlandofrontelras
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( SAIU NA IMPRENSA ......
...................................................... artificiais, que não levaram em conta os
territórios originais das diferentesetnlas,
EUA E ALIADOS LUTAM CONTRA do Sudão, naAfrlca Oriental, para que não suas religiões e seus costumes.
EXPANSÃO DO EI NA ÃFRICA rumem ao Oriente Médio. Em vez disso, são
orientados a ir para a Líbia. A lnteligênda CONFUTOS 'wrios países africanos enfren-
O braçx:, do Estado Islâmico (EI) na líbia dos EUA afirma que o objatlvo imediato tam guerras civis motivadas pela disputa
está se alastrando sobre uma ampla área do EI é constituir um novo califado neste dos recursos naturais, por rivalidades ét-
da África, atraindo novos recrutas de países pais: há sinais de que o grupo estabelece nicas ou contra ditadores. Grupos terro-
como o Senegal, que estavam em gran- instituições de govemança por lá.(•••) ristas, como o Boko Haram, na Nigéria,
de parte imunes à propaganda jihadista. -O EI na líbia tornou-se um ímã queatral o AI Shabab, na SomáUa, e o Ansar Dine,
Autoridades africanas, junto aos aliados pessoas não só no país, mas do continente no Mali, seguem orgaolzaçõ-es como a
ocidentais, aumentam os esforços para africano, bem como de fora - enfatiza o AI Qaoda • o Estado Islâmico. Elos roall.
combater a ameaça. (...) diretor da Agência Contrai de Inteligência zam atentados, sequestros e massacres,
Líderes do EI na Síria estão avisando a (CIA) dos EUA, John Bronnan. c-ausando o deslocamento de grandes
recrutas que vêm de nações do oeste afrJ- contingentes da população.
cano, como Senegal e Chade, bem como Jornal Extra U/2/201' .........................................................
....... ..... .. ... ..................... ..... ..... .......
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Artico é uma região localizada neta, é visto como uma grande opor-
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Em um ptríodo dt PCIUO> Nls de 30 AAdmlnlstra!lo Hodonal O<.o2nkat
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ttlo regirtndadurant'1 ovti1o, dwldo Octano Ãrtko podt doUpall(III
aos efoltM das muclanç,s cllmltka< totafmentt durmtt o vtrSD tm 20"'°.
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m BRASIL IMPEACHMENT
O prlmofro caso do lmpoachmont do quo so tom noticia na história ocorrou no século XIV, na lnglatorra, om
um procosso do parlamonto contra o barão Latfmor, acusado do favorocor Inimigos do rofno o dosvlar rocursos
quo seriam dovldos ao rol, Eduardo Ili. Entre os procossos mais famosos no mundo, esü o do presfdonte dos
Estado, Unidos (EUA) Richard Hlxon. Envolvtdoom um osdndalodoosplonagom na sode do Partido Domocrata,
o ropubUcano Nlxon acabou renunciando om 1974, antos da condusão do procosso do lmpoachmont.
No Brasil, o tlnlco prfllldente a ser dlllltltufdo por lmpoachmont foi Fernando Collor de Mollo, em dotembro de
1992. O quo motivou a sua dostltulção foi um osdndalo de corrupçio, conhocldo como "Esquoma PC" - uma
pr"ka do lavagom do dlnholro no oxtorlor comandada por Paulo Usar Farias, tosourolro da campanha ololtoral
do Collor. As don6nclas mobilizaram protostos polo pais e doram origem ao movlmonto dos Caras Pintadas.
Horas antos da decisão ftnal pilo lmpeachment no Sona do, CoUor renunciou, tentando ovltar a perda dos
dlrolto.s polttlcos. Mlllmo assim, o Sona do aprovou a dostltufção do prosklonto no dia 29dodozimbro do 1992.
O vlce-prQSldenti, Itamar Franco, assumiu at4o final do mandato. Duranto oito anos, CoUor ftcou fnotoglvol -
proibido do se candidatar a qualquor cargo plblla,. Em 1994, o ox.pn,sldonto foi absolvido em procosso almlnal
polo Supremo Tribunal Fodoral (STF). Elo voltou ao c:onérlo polltlco om 2006, ao ologor-so sonadorpolo estado
do Alagoas. Em 2014, folro«elto.
ORITO DO IMPEACHMENT
Osupremo Tribuno! í<cler>I decidiu quu amar, dos O.pulados•, porta deenuad, de um pedido de
o
VOTAÇÃO EM PLENÃRIO DA CÃMARA
lmpuch mrml Mas f do Sonado a respongbjlidade de Instaurar oprocossoe tomir ,;e decisão final
SQ a comissSo~rovar i abortura do prOQsso, dois
U!rços dos depllbdos t.amWm precisam ser t fnor
~11 o td.mite seguir; se for contra, dois terv,s
o o
COMISSÃO OACÃMARA
precisam dorrubM o ~er. So o pedido do 1btrtu ra
cio processo for aprO't.ido, am.atf rli >oi» Senado.
PEDIDO
Qualquer clda,llo pode UN comissão com dep1.1Qdos dt todos os ~rtidos e 1
pedir o impuctimentdo ~nadas ;nalisa o pedido t i dtfesa do r4u eemite
pr,siclentt d• Repô bllcL um ~ro<tr contra ou a favor do impadlmtnto,
Qu1111 nlta. ou recusao
podido 4o pr,siclentt d•
a mm dos O.putadcs.
o
ACUSAÇÃO
Nm mmiss2oespoclal no Sc!nado, lndkada pelos
líderes de ada partido, red!tt um documento mm ~
acu~s contn. o preçldenteda Al!pObllca. O
e
u.rgo. Assum; o•ke. oprocesso élnstau r.ado.
COMISSÃO 00 SENADO
No~. uma comissão
tm!te um pa.rffl! rcontra ou i
b.vor da abtrtu r.i do processo.
e ---1
o
JULGAMENTO
t rean.zado no plenkiodo Senado, mm a
x usaçlo e a defesJi se rowtando.. O
impe3'hmtnt ocono se tiver ovoto de dois
tuios doi senador,s. So for >l>so!Yldo, o
presldento reassume ocu,o imodimmonw.
SQ condenado, 4ah.s.tadodmnit111~nta do
urro. Otice assu mu:t4 ofinal do mandato.
DEPUTADOS E
SENADORES NA
MIRA DA JUSTIÇA
Lava Jato investiga esquema de desvio de
dinheiro na Petrobras que envolve congressistas
de diversos partidos. Entenda como o ambiente
político do Legislativo influencia a corrupção
O
S08 IHVEST"AÇÃO
(STF) autorizou em 3 de mar- o prin1eiro senador preso no exercício Os presidentes do
ço a abertura de um processo do mandato desde a redemocratização Senado, RQflln
criminal contra o presidente da Câmara do pais, em 1985. Ele foi solto em 19 de Calheiros (àesq.),
dos Deputados, Eduardo Ctmha (PMDB- fevereiro e teria acertado acordo de edaCãmara,
-RJ). Ele é acusado de corrupção passiva delação premiada con1 o Ministério Eduardo Cunha,
e lavagemdedinheiro.Segundoa denún- Público Federal (veja mais sobre a Lava ambos do PMOB
cia apresentada pelo procurador-geral Jato no boxe da pág. 86).
da República, Rodrigo Janot, em agosto As acusações contra Delcídio e Cunha
de 2015, o deputado recebeu propina representam mais uni passo no cerco ao
como parte do esquema de corrupção Congresso Nacional, impulsionado pelo fase da operaç-ão, aparecian1 nomes de
da Petrobras investigado pela Operação crescimento do número de denúncias parlamentares apontados pelos dela-
Lava Jato. Ctmha teria ganho 5 milhões contra deputados e senadores acusados tores como beneficiários da comipç-ão.
de dólares para utilizar sua in.Buência de corrupção. Como consequência das
e viabilizar a contratação sem licitação investigações promovidas pela Lava Política de alianças
de dois navios-sonda em 2006 e 2007. Jato, o STF já autorizou a abertura de Mas por que tantos parlamentares
A decisão ocorreu apen3s três meses inquérito contra 50 parlamentare.s do aparecem envolvidos em praticamente
e meio após outra medida incomum, PT,PMDB,PSDB,PP,PTBeSD.Alémde todos os escândalos que vêm a público?
também detemúnada pelo STF: a or- Delcídio e Cunha, outro político de peso A resposta tem a ver com o poder que
dem de prisão em flagrante do sena- que engrossa essa lista é o presidente eles detêm e com o ambiente político
dor Delcídio do Amaral (PT-MS), sob do Senado, Renru1 Calheiros (PMDB). no Congresso. A Constituição Brasi-
acusação de dificultar as investigações À medida que avançaram, as investiga- leira, promulgada em 1988, criou um
da Operação Lava Jato. Uma gravação ções referentes à corrupção na Petrobras regime híbrido: é presidencialista, mas
mostrou o senador oferecendo fup e foram mostrando que não eram apenas tem um parlamento forte. Suas normas
dinheiro para que o ex-diretor daArea os funcionários e dirigentes da empresa obrigam o presidente da República, que
Internacional da Petrobras NestorCer- ou os empresários que prestavam ser- é chefe do Poder Executivo,a submeter
veró, investigado pela Lava Jato, não viço à estatal que armavam esquemas à aprovação do Congresso Naciona~ que
o delatasse. Ao ser detido em 25 de para atacar seus cofres. A cada nova é o Poder Legislativo, quase todos os te-
FLACRAHTE
A distribuição De!cldlo do Amaral
(PT) foi o prbnelro
de cargos para sMador preso
congressistas e aliados no exercido do
mandato desde a
é uma das principais redemocratlzaçao
fontes de corrupção
CONGRESSO NACIONAL RECEBE deputados em casos de desvio de dinheiro EDUARDO CUNHA Opresidente da Câmara
PIO~ AVALIAÇÃO DESDE do Orçamento da União. O desempenho dos tem inúmeros poderes,como dElfiniroque
"ANOES DO ORÇAMENTO" deputados e senadores do atual Congresso é o plenárfovota.Com isso, exerce enorme
vlstocomoótlmoou bom pors%,como regular pressão sobre o Executivo, pois pode to-
Areprovação ao desempenho dos deputados por 34%,e5% nãot~moplnlãosobreotema, lher suas ações. Eduardo Cunha atrai o
e senadores que estão atualmente no Con- Oapolo à cassação do mandato do preslden. interesse tanto no governo federal, pois
gresso Nacional atingiu seu índice mais alto te da camaradas Deputados, EduardoCunha pode impedir a tramitação do impeach-
desde 1993: atualmente,53% dos brasileiros (PMOB),é maJo~tárloentreos brasil.iras: 81% mentcontra a presidente Oilma Rousseff,
consideram o trabalho dosparlamentares ruim avallam que ele deveria sercassado,e os de- quanto da oposição, pelo motivo oposto.
ou péssimo. Essefndlc:e~supenor ao registrado mais se dMdem entre os que são contrários Por isso, apesar de todas as dE1núodas
em Junho (42%) e só ê superado pelo registra- (7%), Indiferentes (4%) ou não têm opinião contra si, é poupado pelos dois lados da
do em novembro de 1993 (56%) e dezembro (9%) sobre essa medida.(-,) disputa e até o Início de março ele cons~
do mesmo ano("*'), época da revelação do guia se manterna presidência da Câmara,
caso dos "anões do orçamento•,queenvohl!a Datalolha, 3lJ/U/20J5 .........................................................
....... ..... ..... ..................... ..... ..... .......
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NOSTALGIA
PERVERSA
Mantfestantes
pedem a volta dos
militares durante
atos contra Dilma,
Qm março de 2015
.................................................
.................................................
SAIU NA IMPRENSA
A euforia pelo Milagre .................................................
.................. ................ ...............
Econômico no auge da VOLKS lt A PRIMEIRA EMPRESA gações feitas pela Comissão Nacional da
ditadura foi solapada A TENTAR REPARAR APOIO À Verdade(CNV). (._)
....1964
O:orre o gd pt.
o..-
1965
AI~ - Ck pu1iOOS
~
1967
Posse do general - 1968
Mriadt'.lf
1969
:r::-MR$
..... 1970
OBrasil tuna.-se - -1971
0~1dtomata
1973
Golpe de Estado
....1974
Possedogene,al - 1975
Oj:irna.lirta
....
-
Janaof uikdo àextintos.
OP'e1ide11te
c.tuSlt. "~""º
Ce• IUI protuta em iud«dos
,o:rrt,aogowerro EUA
trkampdo
mundial de
Cwtos:lm11u,
li:5erdoMA4
roUrugi.ai Gei.\ que
propõe aabertura
VWJúlknogi
torturado e morto
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Al-1-0Ccrwes,:i tem podem de
ditld:ir
\ ~· 111 0 ,- fllt:ebol
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~ Golpe roCbile. "lenta,graduile
seguia"
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der:lara oseneral Corta.e Silva CostaeSilvafi:a Militares no
Castelo 8raac4 ftchaoCongresso doente.Junta
Militar impede Cria;hdo poduat! igJg
111,sa!nt:e edecrrtaoA~S ovkutomao 001.(odi
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pode<
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Embaiwl«es
seque stracbs:
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Militar mu~qda
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Primeira aisecb
petfÕleo. Os ~su
árabe1elnamo
P'f9Jemrepiesalia.
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Carlos Mvwbella, junho;eda.Soi;a, a Israel na.Guerra • Remo.çlo
lfderda.Al , em dezembro doYom l<ippur. cbsCmos
f mortop:r FimdoMil~e 1tdemocratiza
a.gentesil'oOcps Eoon6mico "'"4"
M.ltM;aepU.IWhitCri'a1Ct10Wt-,.·~b'ltlllrfOlllfttlde01irJro;Oips:o,/4fUIBtltOd!Oiftll/lolltJQeS-Oct;atDC»<t.dOWcamt.lbdeo,tv;lr,tsdt~flt$-Wtftd!o,tv;lr,tsdti.saat«l8
- 1976
Oopedrio
Manoel Fielfill'n
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Mril
19n
GtiSl!I fecha.o
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1978
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SloP.wlo
1979
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Ae,duçlo
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1980
Lula.eou!Jos
1ra.nia!a Se.,gunda. dirigtntes
crise do petf{leo sinclka.is slo
Mril
1981
Atellta:bn:i - - 1982
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Riocetha.ba.la.o derrota.mos
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1983
Fimcb 1t1ime
militar na.
Argentina
Mril
1984
Millàs RlS rua.s
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ma.so Conares»
1985
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U
ma das mais importantes mu- ação do poder econômico sobre o poder acompanhou a decisão do STF e vetou
danças da chamada Reforma político, que desequilibra o processo os itens que autorizavam as doações
Política entrará em vigor nas eleitoral em favor do capital A medida de empresas a partidos e candidatos,
elei~es de 2016 para prefeitos e vere- também objetiva combater a corrup- dias após a decisão da corte suprema.
adores: a proibição do financiamento ção na política, como as promíscuas O veredicto do STF dificulta a missão
empresarial às campanhas de políticos relações entre empreiteiras, partidos da oposiç.'io no Congresso Nacional de
e partidos nas eleições. Trata-sede uma e políticos reveladas na Opera~o Lava tentar derrubar os vetos da Presidência.
mudança importante para tentar &ear a Jato (veja boxe na pág. 86). A decisão ainda joga um balde de água
Combate à corrupção
Antes da decisão do STF, as empresas CADA CENTAVO EM DISPUTA putas em 2016. Se as regas atuais valEissem
respondiam por ruais de 90% do financia- hâ quatro anos, Paes teria apenas uma
mento eleitoral.Segundo o TSE, de 2002 Segundo colocado nas eleições para a doação legal em sua prestação dEi contas:
a 2012 os gastos em eleições cresceram prE!feitura do Rio de Janeiro em 2012, Mar- um c.hEique de 15 mil reais dEI GuílhEimte
de R$ 798 milhões para R$ 4,5 bilhões. celo Freixo, do Psol,dlsputará novamEinte o Ache( ...).
Com isso, partidos e candidatos fica- cargo neste ano. RecentemEinte, o prefEiito Por outro lado, Freixo tem experiência
van1 reféns dos interesses dos doadores. carioca, Eduardo Paes, do PMDB, definiu o em arrecadar doações dE! pessoas físicas
A suposiç.ão é que as empresas esperam, adversário dEI Pedro Paulo, seu candidato (...). Em20U, o candidato do Psol recebeu
depois, algum tipo de reton1odos eleitos à sucessão, como "um rapaz latino-ameri- cerca de 1 milhão de reais em oontribulções
- como se fosse um investimento. Era cano, sem dinheiro no bolso". (...) individuais em dinheiro, transferência Eile-
rotineiro no meio empresarial, por exem- Em 2012, Paes angariou 21,2 milhões de trônic-a PQla intEirnete trabalho voluntário
plo, a doação de grandes volumes para reais em doações e FrEiixo, pouco mais dE! estimado em reais.
candidatos opostos no 1nesmo pleito, 1 milhão. A decisão do Supremo Tribunal
como forma de garantir seus interesses Federal(...) deve ajudar a equilibrar asdis, CartoCapltxi/, 20/1/2016
qualquer que fosse o vencedor.
O
Brasilterminouoanode2015 como a ampliação de receitas. Agora, atravessar o período sem grandes so-
sob efeito de uma intensa cri- passado mais de um ano da implemen- bressaltos econôn1icos. No entanto,
se econômica. Após passar tação do ajuste fiscal, fica a dúvida: a o prolongamento dessas medidas de
por quase uma década de crescimen- dose do remédio funcionou ou ajudou estímulo econônúco durante o gover-
to econômico, inBação estável e alto a piorar a moléstia? no Dihna foi deteriorando as contas
nível de emprego, o cenário agora é públicas. Ao incentivar o consumo, o
mais nebuloso. Com o agravamento O agravamento da crise governo esperava que houvesse um
da recessão, o Produto Interno Bruto O governo do presidente Lula (PT) crescimento dos investin1entos e da
(PIB) no ano passado encolheu 3,8%, (2003-2011) adotou como bases da capacidade de produção, o que não
o pior resultado desde 1990. A inflação política econômica os investimentos ocorreu. A decisão do goven10 Dilma
fechou o ano acima dos 10% e é a mais governamentais em infraestn1tura e a de baixar os juros para incentivar a
alta desde 2002, enquanto o aumento abertura de linhas de crédito para em- economia pela facilitação do crédito
do desemprego traz ainda mais inse- presários e para conswnidores, visando também tem sido criticada como uma
g,,rança para os trabalhadores (veja à ampüac;ão da produção e do co11Sumo. das causas da volta da inflação.
gráfico na pág. 91). Também houve medidas de distribuição
Essa conjuntura negativa tem relação de renda, principalmente na promoção Principais medidas
direta com um problema estrutural na de programas sociais e no aumento real A adoção do ajuste fiscal em 2015 re-
economia brasileira: o desequilíbrio do salário mínimo. Toda essa política foi presentou uma guinada na política eco-
nas contas públicas. Nos últimos anos, conduzida sob uma diretriz orçamentá- nômica que marcou o primeiro mandato
o governo federal passou a gastar cada ria pautada pela obtenç-ão de superávits de Dihna e foi recebida com surpresa.
vez mais, enquanto a arrecadaçã.o com primários- ou seja,gastou-se menos do Principa.hnente porque muitas dessas
impostos e tributos diminui\L Em 2014, que se arrecadou em impostos, excetu- medidas contradiziam o discurso da
o sinal de alerta se acendeu. Pela pri- ando as receitas e despesas com juros. presidente. Durante a campanha para a
meira vez desde 1997,o governo federal No goven10 Dilma, porém, o desem- acirrada eleição de 2014, Dilma chegou
registrou um déficit primário em suas penho da economia piorou. A prolon- a apontar que seu principal adversário,
contas. Ou seja, as despesas do governo gada crise internacional, que impactou o senadorAécio Neves (PSDB), faria um
superaram as receitas - o rombo nas as nossas exportações de commodities governo de aperto de gastos e corte em
contas governan1entais em 2014 foi de para o mercado chinês, causou estragos. prograJ11as sociais, ao contrário do que
17,242 bilhões de reais. Mas muitos especialistas apontam as ela prometia fazer.
Diante desse cenário, a presiden- ações adotadas pelo governo federal O início dessa mudança deu-se com
te Dihna Rousseff (PT) começou seu para estimular os investimentos como a substituição do núnistro da Fazenda,
segundo mandato em Iº de janeiro de principal responsável pelo desequilíbrio Guido Mantega, ligado ao PT, pelo eco-
2015 sob o signo do chamado •iuste fis- orçamentário. nomista Joaquin1 Levy, que estava na
cal. Essa expressão, também conhecida Durante a grave crise financeira ini- direção do Bradesco, um dos grandes
como plano de austeridade, designa ciada em 2008, o governo Lula aumen- bancos nacionais. Levy tomou posse em
um conjunto de medidas que visa a tou os subsídios às grandes empresas janeiro de2015anunciandoo ajuste fis-
equilibrar o orçamento do governo, e ofereceu incentivos fiscais a setores cal.Em relação aos cortes de despesas, as
envolvendo tanto a contenção de gastos da indústria, o que permitiu ao Brasil principais medidas do ajuste fiscal foram:
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O Corte de benelicios, restrição de
pagamentos de auxílio-doença e de
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O Restrição ao seguro-desemprego,
a contribuição mínima passa de seis NO VIRMEIMO Orowflliloptlaúrlo d,s contls pdOIGJs /ndk• , re/afJo entr, oque foi mead>do C<>111 /mpostos
para doze meses para pedi-lo pela eo que tol1ast~ exdufdlS .urecaif.ue desptSlS comJuros. 'lej1PQ!as bMTas em vetmelhoque opemo
brasJ/etogastou mm do que mecadou em 19SV, 10l ,t e101J, quvwto orombo no orçamento <Mgou 1 J 11,l
primeira vez, e de seis para nove b/1Mes dt rea/1 ANl/s,ndo , Bnh~ >Od confere ope«entwldtssfs ,~.;r, eos d4ffclts em re/4Jo ,o PIB.
meses pela segunda vez.
fOfrtl: &ncof.elllal
O Abono salarial, restrição do acesso
ao benefício para quem recebe me-
nos de dois salários mínimos ao mês. dência Social, sobren1do a partir de metade do rombo de 2015 refere-se às
O Cortes no orçamento federal, o 2014, foi reduzido. dividas com bancos públicos e com o
governo deixou de gastar 82,7 bi- O Incentivo à repatriação de recursos, FGTS, que o goven10 foi obrigado aqui-
lhões em 201S com investimentos permite que todo patrin1ônio lícito tar para cobrir as chamadas "pedaladas
federais e projetos de parlan,entares. mantido por brasileiros no exterior fiscais• (veja o boxe napóg. ao lado).
Os maiores cortes foram em infra- (mas omitido da Receita Federal,
estrutura urban.8t sal1de e educ.açâo. para não se pagar in1posto) seja re- Efeitos colaterais do ajuste
O Redução de ministérios e de des- gularizado com o pagamento de 15% Quando avaliamos o ajuste fiscal, as
pesas administrativas.: o número de de imposto e mais 15% de multa. Os contas não são simple~ pois o r!ciocínio
ministérios passou de 39 para 31; os beneficiários ficruu livres de outros que vale para o orçamento funúliar não
salários da presidente, do vice e dos tributos ou penalidades. pode ser transferido para um Estado.
ministros foram reduzidos em 10%; Reduzirgastos é,sem dúvida, a principal
e foram eliminados 3 mil cargos oo- Primeiros resultados medida quando se trata de equilibrar
missio11ados no governo federal,além Para medir o resultado do primeiro os gastos de uma casa. Mas, no caso do
de outras despesas adnúnistrativas. ano de ajuste fiscal não basta subtrair Estado, há cortes que podem provocar
O Bloqueio de reajustes aservidores, cortes e adicionar aumentos de receita. a diminuição da própria receita.
decidiu-se adiar a concessão de re- O impacto das medidas não pode ser Os cortes de gastos oficiais provocam
ajustes de salários aos funcionários mraliado isoladamente, wnavez que elas um efeito amplo na econonúa. Quando
públicos federais até agosto de 2016. influenciam umas às outr~ e muitas te- o governo reduz, por exemplo, o inves-
rão resultado maiorem 2016. Além disso, timento em obras de infraestrutura -
Em relação ao aumento de receitas, as medidas de ajuste econômico foram como geração de energia, transportes,
as principais medidas foram: impactadas poroutrosacontecimentos. telecomunicações e setor de água e es-
A grave crise política, porexemplo,gerou goto -, determina a paralisia de vários
O Elevação de tnl>utos sobre os uma queda de braço entre a presidente e setores produtivos, causando o encolhi-
combustíveis1 com isso o litro da o Congresso, que dificultou a aprovação mento ou o fechrunento de empresas e
gasolina, do etanol e do diesel fica- de medidas do governo. Para piorar, os postosdetrabalho. Consequentemente,
ram mais caros para o conswnidor. desdobramentos da Operação Lava Jato essas medidas para reduzir as despe-
O Aumento do JOFt elevação do Im- - afetando os negócios da Petrobras e sas acabam tendo um efeito contrário
posto sobre Operações Financeiras das gigantes da construção civil -tan1- na outra ponta do orçamento, que é
(IOF) no crédito ao consu111idor, bém tiveram grande repercussão sobre a queda na arrecadação de impostos.
passando de 1,5% para 3% ao ano. a economia nacional. Afinal, quando as empresas fecham ou
O Fitt1 da redução do IP) de auto- Mas os dados consolidados até o fe- dimi11uen1 a produção e as vendas, me-
móveis: o goven10 volta à cobranri chamento desta ediç-ão mostravam um nos contribuem para a Receita Federal.
integral do Imposto sobre Produtos agravamento ainda maior das contas Outro efeito colateral da atual política
Industrializados (IP!) dos automóveis. públicas em 2015. Apesar das medidas econômica é causado pelo aumento dos
O Redução da desoneração fiscah o de ajuste fiscal, o governo apresentou juros. Com ainftaçãoem alta,o governo
benefício às empresa~ que passaram um déficit printário de R$ lll bilhões, o foi elevando gradativan1entea taxa bá-
a contribuir menos co1n a Previ- que corresponde a 1,88% do PIB. Quase sica até atingir 14,2S% em setembro de
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CPMF, a Contribuição Provisória sobre Peru JB,3\
Movimentação Fmanceira, é considerada
essencial para o governo equilibrar suas
contas.A CPi\<IFé um tributo cobrado a
COBRA MUITO Pa~uai
Venezuelo -
16,4%
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. . ........ . tarefa de impedir a remMCação dos pre-
ços pelos lojistas. Era 28 de fevereiro de
1986, e a equipe econômica do governo
acabava de lan?f' o Plano Cntzado, um
amplo programa de medidas econômi-
cas baseado no coilgelamento de preços
para derrubar a hiperinJlação.
A inJ!ação é o aumento generalizado e
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A agropecuária brasileira enfrenta safra 2014/2015, 55% da cana foi direcio- ..................................................
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significa que o valor das exportações (as exportados no mercado internacional e O os senú 1na1111faturad os, que
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superou o das importações (as merca-
. . .
a sin1ação econômica dos nossos prin-
ctpais parceiros comerc1ru.s.
passaram por algum processo
de industrialização ou beneficia-
dorias compradas de fora). ment o, mas que ainda constituem
Produtos e valor agregado matéria-prima para a indl1stria,
Exportações, importações e saldo como o a~o, matéria-prima da in-
comercial podem ser apresentados dústria automobilística, ou a ce-
em tem1os de volume ou quantidade lulose, para a fabricação de papel;
(toneladas ou barris, dependendo do
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produto). Porém,o indicador mais im-
portante é o valor (no geral, em bilhões
C) e os manufaturados, aqueles que
che-.gam ao mercado prontos para
o consumidor final, como os auto-
móveis e os computadore.s.
Crise mundial
Tradicionaln1ente, o Brasil é um gran-
de exportador de produtos básicos, ou
commodities. Hoje, as matérias-primas,
com destaque para minério de ferro,
soja, petróleo bruto e núlho, são os pro-
dutos de maior peso nas exportações
brasileiras - eles responderam por 47%
do total das exporta~ões em 2015. Mas,
por muitos anos, foram os manufatu-
rados que dominaram. Em 2009, mais
da metade das vendas externas era de
produtos com alto valor agregado; hoje,
representam menos de 40%.
OIMPACTO DO I
no mercado mundial e, na
avaliação da Agência Internacional
de Energia (IEA, na sigla em inglês),
a tendência de baixas cotações deve se
1911
55,62 CJUSES RNANCIIRA5 ltJl,1013
As <rlsesA<lltka(1997J ESTAIIUOADE CARA
• Russa (1998),tlngem Apesu da rttossJo,Nls de
50)1 u71 ,,conomlaglobal so,i, do petróleo consumido
f na forma de gasolina, quo
miantém oltndoo preço
-
Oforu lnt.erna de onergla,por 'lo da partkl~o da fonte prlmtrla no total
1160
1900
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1911)
11) ~ "·' íi!W
19!1) -- 11,1- -,_ .... .,
IO) - - llt,7
2000 .vi,I 7,1
PEIIOlEO CASNAIUIAI.
I
LlllfA CN!VAO llll«IAI.
1 Desde ornldodacolonlu~~ a
madeira • agrandt fonte de energia
no Bruu. sed afontt prlnctpalatéo
com,ço da d4uda de wo, como
Usado a:uno óleo pua lamparl nas no
slculo XIX, pam aser uQdo em
motomno ara.si! no Inicio do s«ulo
XX. torn>sea prlndpal fontt de
1 o mlnérlobmlk!lrol debalu
quallcbdt, com pouco teor alôrico,
\ por ls,o, hl lmporta!lO,
Equeimado em usl nu tumtlétrlcas
No lnfdo utltlzado nas lnd Ostrl~
passou aabaswertermelétrtcas,
resldfnclas eautomõrels. A proclu(lo
nacional tsti • mexpansao, mas h~
lenha ln natura ou de um.o ftgtU.I. energia no fim da década ele wo. etm siderurgia. lmportlÇJo da Bolfwla.
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I I l
IIOIIASSAS' HIJUJLICA l«ICWR DA LINHA AO PUR()UO Aqvoi""
outras formas dt biomassa sJo
usadas hJ slculos, como óleos
Em 1813, em Diamantina (.M'3, surge
aprimeira das usinashlclrelltrlusdo
Aopera~aoda usinaAngra, em 198s,
amplia oparque elétrico nacional.
m,do/ro tal, prlndp,J tom, dt .,,.,,,, ,1,
,egetalsel».ga(ode cana, pais. Aenergiahldrául lu eaprtnd~I Angra 2 mme(a afuncionar em 200L
adkad> fl, Jil'~ OcNa/ro, /e/toem
use nlor lnd ui aprodu ~o de etano 1 fonte de prod u~ao de eletrtddade no Em 201t essa tnerglampo nde por a/orlas, oqu, dtst,.,,... • portldp,ç/lo d>
combustfrel dt cana e blodltsel dt
sojaemamona.
pa.ls, respondendo por sg,11% cb mtal
em 201~.
\J'I, do tot,ldo p,ls e por ~1%d•
eletrlddade.
IIIJ~ "''" bldn/4tdas ,.,..,1,,.
6(1!1\ d> e/tttl<Mal/t tklp,h ... lQI.
quase
O Energja sustentável É aquela que (GNV), por seu lado, são considerados
A queda na cotação utiliza os recursos naturais disponí- mais limpos do que a gasolina ou o
veis de forma a preservá-los para uso diesei porque poluem menos.
do petróleo pode fuh1ro, ou seja, que consome os recut~·
desestimular sos en1 quantidade e velocidade nas Após a Conferência das Nações
quais a natureza consegue repô-los, Unidas Sobre o Meio Ambiente e o
investimentos em e de fomia a evitar ou minimizar os Desenvolvimento, realizada no Rio
energias limpas impactos sobre o meio ambiente. O de Janeiro em 1992 (Eco 92), cresceu
conceito de energia sustentável é pro- no mundo o investimento em energia
posto como um padrão que se busca eólica e solar. Países como China e Ale-
tionada após acidentes graves, como o da seguir, um desafio a ser alcançado.São manha investem pesado nessas fontes
usina de Chemobyl, na Ucrânia (1986), exenlplos a energiahídrica,a solar e a de energia. Após o acidente nuclear
e de Fukushima, no Japão (2011). Ainda eólica. Porém, a queUna de biomassa de Fukushima, e m 20ll, a Alemanha
assim, a energia nuclear é bastante utili- (bagaço da cana e resíduos de madei- decidiu fechar todas as suas usinas
zada, principalmente por EUA,França, ra), de gás naturai de biocligestores de nucleares, em etapas, até 2020. Nessa
Rússia, Coreia do sui Alemanha e Japão. esterco animal e o gás liberado no ar transição, contudo, intensificou o uso
pelos aterros sanitários, por exemplo, de carvão mineral em tem1elétricas.
Meio ambiente são considerados mais sustentáveis do A queda nos preços do petróleo tam-
A forma mais primária de produzir que outros, por serem de recursos que bém tem um efeito negativo sobre a enús-
energia é a mais utilizada no mundo: são repostos e porqueemiten1 menos são de poluentes, A baixa cotação do
queimar o energético. E a queima de dióxido de carbono (CO,), barril pode desestimular investimentos
madeira, carvão vegetal ou mineral e em energias limpas, levando os países a
combustíveis de petróleo libera gases O EnergialimpaÉaquelaquenâopolw manter o consumo elevado de combus-
que agravam o efeito estufa e preju- o ambiente,ou que polui meti~ como tíveis fósseis, atualmente mais baratos.
dicam o meio ambiente, o que hoje é a hidrelétrica, a eólica (dos ventos), a Isso comprometeria diretamente o al-
uma preocupação global. Esses fatores solar, a das marés, e a geotérmica (ge- cance das metas de reduç..i:o de emissões
deram origem a novos conceitos ligados rada de fontes de calor natural vulcâ- dos gases que agravam o efeito estufa,
à energia e à proteção ao meio ambiente. nico). O etanol e o gás natural veicular acertados na COP-21 (veja na pág.144).
POR QUE O PREÇO quando praticou preços abaixo do mQrca- PREÇO DO PETRÓLEO O preço médio do
DA GASOLINA NAO CAI do internadona~ e equacionar a situação barrllcalu da faixa doslOOdólaresem2014
NO BRASIL? de endividamento elevado da empresa .., para menos de50 dólares em 2016.Arazão
destaca (o analista de petróleo WaltEr De para essa queda na cotação é um desequm.
APetrobrasvem optando por não barat~ ~tto, da TEndêndas Consultoria). brloentreaofertaeademanda.Aproduç:io
ar o preço da gasolina e do diesE!I no Brasil, Para alguns anaUstas, agora que a inflação mundial aumentou, impulsionada pelos
em alta desde 2009, apesar de o petróleo está em alta e o preço do barril no EXterior Estados Unidos (EUA), que estão produzin-
seguir em queda nos mercados intema- está em baixa, ogoverno,como sócio majo- do mais óleo, a partir do mineral xisto. Os
donals, indo dos mais de 110 dólares de ritário da estatal, poderia repassar a quEda países da Organfzação dos Países Exporta-
meados de 2014 para menos de 30dólares do petróleo no exterior para o mercado dores de Petróleo (Opep) também mantêm
no último mês de janeiro.(...) interno, a fim de estimular a economia a produção elevada. Com isso.a produção
4
ApoUtlca de preços da Petrobras mudou, brasileira e controlar a inflação.(_.) mundial é maior do que o consumo.
e a empresa está segurandoos preços para
reaver o que perdeu entre 2011 e 2014, Carta Cop/ta, 9/2/201' REFLEXOS POLITICOS E ECONÔMICOS
No longo prazo, preços muito baixos
desestimulam investimentos em novas
tEcnologfas para extração do ólEo, pois
Matriz brasileira Veja a seguir diferentes marcos da a receita das vendas pode não cobrir os
O Brasil possui a matriz de e nergia evolução da matriz energética brasileira: elevados custos de produção.Abaixa co-
mais equilibrada do inundo e11tre as tação também tEm lmpUcaçõesgeopolítf-
principais economias quanto aos re- O 1953 - Fundação da Petrobras. cas, pois afeta dlretamenteaseconomlas
cursos renováveis e não renováveis que da Rússia, VEnezuela e Irã, países multo
consome. Em 2014, 39,4% da energia O 1970 - Até esta década, a energia dependentes da EXportação de petróleo
consumida veio de fontes renováveis, dominante era gerada com a quei- e rivais diplomáticos dos EUA e da Arábia
e 59,9 % de não renováveis ( vejagráfico ma de madeira e seu carvão (veja Saudita.
na pág. ili). Para ter uma ideia, a média gráfico). Ela é altamente poluente,
mundial de uso de energias renováveis é e a fomaça é tóxica ao ser humano. PETROBRAS Desde 2007, a Petrobras pas.
de 14% e, entre as nações desenvolvidas, sou a captar volumosos recursos para
a média é de apenas 10%. O 1973-1974- A crise provocada pelo Explorar os campos de petrólEo na e-a-
Nossos principais recursos primá- aumento dos preços do petróleo faz mada do pré-sal. Aqueda acentuada no
rios são o hídrico, para produzir ele- o governo adotar o Programa Pró- preço do barril obriga a empresa a rever
tricidade, e a cana-de-açúcar, da qual Álcool, que deflagra a construção de seu planeJamento,Já que a receita futura
produzimos dois recursos secundários: usinas de álcool e carros a etanol. com o pré-sal deve ser menor do que a
o etanol e o bagaço para queima. prevista inicialmente. ParalElamente, a
Apesar de ainda ser expressiva, a C> 1981 - Inaugurada a usina nuclear Petrobras enfrenta crlsedevldoaoElevado
participação da energia renovável na Angra l , em Angra dos Reis (RJ). endividamento e à Operação Lava Jato,
matriz energética brasileira tem dimi- que Investiga desvio de bilhões de dólares
nuído nos últimos anos. Essa situação O 1982 - Inaugurada a primeira me- por diretores e executivos da estatal
foi agravada em 2014 em razão da crise garrepresa hidrelétrica, Itaipu (PR).
hídrica. O longo período de fracas chu- MATRIZ OE ENERGIA É o conjunto dos
vas em algumas bacias hidrográficas fez O 1997 - Inaugurado o gasoduto Bo- recursos de energia e as formas como
dúninuir a produção de eletricidade lívia-Brasil. são usados. Uma matriz divide-se em
em represas e aumentar a produção energia de fontes rEnovávels (aquElas
de usinas termelétricas, que utilizam O 2003- Começa o programa de car- que podemos rEpor) e não renováveis
gás natural e carvão mineral. ros com motor flex etanol-gasolina, (que se esgotam). As fontes podEm ser
O equilíbrio da matriz deve ajudar que levará a cana-de-açúcar a su- primárias (pEtróleo, carvão minera~ água,
o país a enfrentar os futuros desafios plantar a água como maior recurso IEnha ,cana-de-açúcar, ventos)e secundá-
energé-ticos. De 2003 a 2013, a econo- renovável. rias, derivadas das primárias (gasolina e
mia do país cresceu 40%, mas o con- óleo dlese~ eletrlcldade, álcoo~ bagaço
sumo de energia subiu 63%. Segundo O 2004 - O Brasil institui um programa de cana). Energias sustentáveis são as
o planejamento do governo federal, para energias alternativas, como a renováveis que poluem menos. A matriz
com base em un1 cenário médio de eólica e a do biodiesel. brasileira é a mais equilibrada entre as
crescimento, até 2050 a necessidade grandes economias do mundo.
de energia triplicará e haverá maior O 2010 - Iniciada a extração de petró- ......................................................
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uso de energia não renovável. leo no pré-sal. ll!I .......................................................
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GU ,TUAUDADU l l•sct11cstrt 201' 113
li ECONOMIA GLOBALIZAÇÃO
Brunei podem perder espaço ou até ser Esse item do TPP foi vazado pelo site
eliminados, comprometendo os postos de denúncias W'tkiLeaks e faz parte das
de trabalho no país e o comércio dos negociações conduzidas secretamente
produtos nacionais. durante os cinco anos de conversas
O problema afeta também países de para a assinatura final do acordo.
economias menos díspares. O Japão, por
exemplo, sen1pre protegeu a agricultura Geopolítica
do arroz, um alimento essencial de sua O TPP tan1bé1n não deixa de ter
cultura. E esse segrnento deverá ser fortes in1plicações geopolíticas. Sob
impactado pela entrada de arroz norte- muitos aspectos, o acordo é entendido
americano. A agropecuária japonesa é como uma forma de os EUA conterem
basican1ente formada por pequenos e o forte avanço comercial da China.
médios produtores, que talvez não con- Oficialmente, o governo norte-ame-
sigam competir em preço com os pro- ricano nega a tentativa de criar un1
dutos norte-an1ericanos, que recebem contrapeso ao poder chinês na Ásia.
fortes subsídios do governo. Por isso,. os Mas é inegável que o acordo an1plia
12 membros do TPP já enfrentam pro- a influência econômica dos EUA no
testos internos de setores que se sentem globo e especialn1ente na região do
prejudicados. Os que defendem o acordo Pacífico e do Sudeste Asiático, áreas
afirmam que os beneficios conjunturais onde a China exerce grande hegemo-
Economias assimétricas na economia 11acio11al compensam as nia regional. "Não podemos permitir
Quando entrar em vigor, a parceria eventuais perdas por setor. que países como a China escrevam
deverá aumentar fortemente o comércio as regras de nossa economia", disse o
entre os membros participantes, pois eles Desafio à soberania presidente dos EUA, Barack Obama,
passarão a priorizar os negócios entre Outra crítica que se faz ao tratado é após a conclusão do acordo.
si, em detrimento de outros países que que ele consolida uma tendência típica Obama ressalta que o TPP exige dos
não fazem parte do acordo Essas nações da era daglobaliza~o: a ampliação do demais participantes a adesão prévia a
aderem ao tratado com a perspectiva poder do setor privado sobre os Esta- outros acordos das Nações Unidas, ou
de aproveitar a redu~o das barreiras dos soberanos. Um dos aspectos mais de políticas norte-americanas relacio-
tarifárias para impulsionar os setores controversos do TPP diz respeito a um nadas a direitos humanos, liberdade de
que são mais competitivos no mercado mecanismo conhecido como Acordo de organização sindical, direitos traba-
externo. Da mesma fomia, as importa- Disputas Investidor-Estado (ISDS, na llústas, combate ao trabalho escravo
ções fican1 mais baratas, estimulando a sigla em inglês). Em linhas gerais, ele e infantil e tráfico humano. Em meio
compra de itens estrangeiros que esses estabelece que uma empresa pode abrir ambiente, prevê a adoção de medidas
países necessitam para suas econoIUias. uma ação contra o governo de um país de proteção e elimina os impostos sobre
Porém, a criaç-ãode uma zona de livre- se achar que seus negócios estão sendo os produtos de energia limpa.
-comércio também pode causar impactos afetados de alguma fonna pelo TPP. O sucesso das negociações para a
econômicos e sociais. Principalmente Nesse caso, a arbitragem não ocor- criação do TPP pode estimular os EUA
porque coloca lado a lado economias reria no sistema judiciário da naç.ão a avançaren1 en1 uma outra área de
muito heterogêneas. No TPP, por exetn- em questão, mas sim em um tribunal livre-comércio, desta vez do lado do
plo,chama atenção a desproporção entre supranacional. Ou seja, o ISDS coloca Oceano Atlântico: a Parceria Transa-
aforçaeconômicadosEUA,comumPIB em pé de igualdade grandes corpora- tlântica, que envolve os norte-an1e-
de mais de 17 trilhões de dólares, e uma ções multinacionais e os governos de ricanos e o n1aior bloco econômico
naçãocomoBrune~quetemapenas400 países no e.a so de litígios comerciais. do mundo, a União Europeia (UE).
mil habitantes e um PIB de 16 bilhões Esses tribunais internacionais podem As negociações avanyaram bastante
de dólares. Ao abrir o comércio para a detern1inar que os Estados paguem nos últimos anos, mas ainda esbarram
importação de bens norte-americanos, indenizações milionárias a empresas - em n1uitos setores dos dois lados do
alguns setores da economia interna de às custas do dinheiro do contribuinte-. Atlântico contrários ao acordo.
-. 18,5
-
(USS bilhlles)
Affl4rla do Norte
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R>ntes: IIICt li Abldt ~
Os países ricos
concentram mais da
metade do comércio
mundial, acirrando as
desigualdades
baratear a circulaç.ã o de mercadorias O bloco econômico mais importante do TPP), e também Indonésia, 1'falásia,
entre seus membros. Na globalização, do mundo é a União Europeia (UE), Filipinas, Tailândia, Camboja, Mian-
porém, essas medidas reforçam a ten- tanto pela força de algmnas de suas prin- mar e Laos. O bloco possui acordo de
dência de abrir as fronteiras das nações cipais econonúas - como as da Franrt, livre-comércio com a China e a Índia.
ao livre ffuxo de capitais, ao reduzir Alemanha e Reino Unido-,quantopela Na América do Sul, o grande bloco
barreiras alfandegárias e coibir práticas profundidade das relações entre seus é o Mercosul (veja boxe na p,íg. ante-
protecionistas ( quando um país impõe membros. Na UE, é livre a circulação de rior). Em 2012, foi criada a AJi~ do
taxas pesadas para restringir a importa- capitais, serviços e pessoas e foi adotada Pacifico, bloco comercial que engloba o
ção de produtos e proteger sua própria uma moeda em comum pela maioria Chile, Pen,, Colômbia, México e Costa
produção interna) e regulamentações dos países membros, o euro. Rica, que pretendeevoltúrpara uma zona
nacionais. Existem quatro modelos bá- Os EUA impulsionaram o Acordo de de livre-comércio. Os cinco países têm
sicos de bloco econômico: Livre-Comércio da América do Norte acordos de livre-comé-rcio com os EUA,
(N afia), tornando México e Canadá eco- o queteru impulsionado suas economias.
O zona de livre-comércio, em que nonúas diretamente vinculadas à sua.
há redução ou eliminação de tarifas Na Ásia existe a Associaç.ão das Organi$ação Mundial
alfandegárias; Na~ões do Sudeste Asiatico (Asean), do Comércio
O união aduaneira, que, além de abrir bloco econômico que reúne 10 países: Outro instn1mento para a expansão do
o 1nercado interno, define regras Brunei, Cingapura e Vietnã (membros comércio global é a Organiza,ão Mundial
para o c.o mércio com nações de fora do Comércio (OMC), criada em 1995
do bloco; com o objetivo de abrir as economias
C> mercado comum, que pern1ite a nacionais, eliminar o protecionismo e
livre circulação de capitais, serviços BRICS: O GRUPO DOS facilitar o livre trânsito de mercadorias
e pessoas; e EMERGENTES entre os países. Em sua atividade de ro-
C> ,uti..~o eco11ô1uica e 111011etária, tina, a OMC atua como un1 fórum que
em que os países adotam a mesma Os principais países emorgentos so resolve litígios comerciais entre os paí-
política de desenvolvimento e uma ro6nom om um gn.apo conheddo como ses-membros- e, no linúte, até os julga.
moeda única. Brf cs, acr6nf mo para Brasl~ R4ssla, f~ Atualn1ente, a OMC tenta destravar
dia, ChlnaeAfrlca do SUl(SouthAfrlca, a chamada Rodada Doha, um ciclo de
A forma~o de blocos econômicos em lng14s). Não se trata do um bloco negociações aberto em 2001 com o ob-
acelerou o comércio mundial. Antes, econ6mko, mas do um grupo do art~ jetivo de abrir os mercados mundiais.
qualquer produto in1portado chegava culaçio poUtlca e KOf'IOmlca, quo co~ É com esse desafio que o brasileiro
ao consumidor com wn valor signifi- partilha vii rios tomas do lntores.ff om Roberto Azevêdo tomou posse como
cativamente mais alto, em função das comum. Sua principal Instituição 6 o diretor geral da OMC em 2013. A difi-
taxações impostas ao cruzar a alfândega. Banco dos Brks, criado om 2014 para culdade está justamente em manter un1
Os acordos entre os países reduziram ser uma alternativa ao FMI e Banco equilíbrio tarifário que agrade a todos.
e em alguns casos acabaram com essas Mundial como contro do financiamen- De modo geral,os países ricos querem
barreiras comerciais, processo conhe- to para projetos de dosonvotvlmonto e liberali:zar os setores em que são mais
cido como h1>eralização comercial. para socorro a pafses em dtflculdades. competitivos, como industrial e de ser-
"'
li QUESTÕESSOCIAISGtNERO
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tidos políticos sejam do sexo que tem 1Yariaçlo da pn>pOftlo de ana.lfabetos: 110 perbdo
/
a menor representatividade, no caso o
feminino. Mas os partidos têm dificul- 111!1,
dade de preencher esse número. Em se- Dtm1001, PIOJXl,PO de muN>mslllllf>bel>S (ao bdol""'
l JX)rcenQ#Jm se imtnm ma.to, n.a comf)lnf.Jo com os
tembro de 201S, o Senado aprovou, em homens. No C/15100 sup,m, C,,lm>l, Ili g,arr/e dlfe111~ l!fR
segundo n1mo, a Proposta de- Emenda (WJ(Jo1sirw de e.mdq como Engetm.rtl e CtfoctlS. >'.111 19'l0 2011
à Constituição (PEC) 98/2015 que esta-
P211/áp;190n,fo,pdttnl>allto
belece cotas ( de 10%, 12% e 16% nas três
próximas eleições, respectivamente) OI Do total de mulheres• homens, em 101s•
~E EM DIREITOS
A taxa de homicídios Protesto em
São Pauto contra
de mulheres no Brasil é o projeto de lei que
uma das mais elevadas dificulta o acesso
ao aborto leg_a~ em
no mundo, um grave novembro de 201s
problema social
de cas3. Essa mesma lógica justificadora por esse tipo de crhne merecem a pena
também aparece, segundo o estudo, nas j máxima de reclusão (30 anos), nio têm
agressões de desconhecidos contra mu- ... direito a indulto (perdão) ou anistia, e
lheres que eles consideram transgresso- § nem a responder ao processo em liber-
ras do comportamento culturalmente j dade mediante o pagamento de firu.1fa.
esperado delas. Em ambos os casos, ; Infelizmente, os assassinatos cons-
culpa-se a vítima pela agressão sofrida. ~· tin1en1 somente umas das formas de
DOIS StCULOS SEPARAM Atingiriam essa cota das vagas do Se- ABORTO No Brasil,ele é permitido apenas
MULHERES E HOMENS DA nado em 2083. Nas Câmaras Municipais, em três casos: quando a mulher é vítima
IGUALDADE NO BRASIL em 2160. E na Câmara dos Deputados, de violência sexual, seo feto é anencéfalo
André Cabette Fábio em 2254. (sem cérebro) ou se há risco de morte
Essas projeções, feitas pela reportagem, para a gestante. Pesquisa do IBGEestima
caso o ritmo recente de qu-eda da de- não são uma previsão do futuro. Usam re- que cerca de um milhão de brasileiras Já
sigualdade entre homens e mulheres no gressões lineares,equaçõesqueestimam o provocou pelo menos um aborto.Como a
Brasil se mantivesse, elas ganhariam o valor esperado de um indicador com base lei sôautorfza o aborto em casosexcepcl<>
mesmo que eles em 2085. no rltmo anterior. (...) nals, a prática clandestina é disseminada,
Oc-upariam 51% -a proporção pela qual Elas servem, no entanto, para visualizar tornando-se um sério problema de saúde
respondem na população brasileira- dos o ritmo de queda de desigualdade no país pública. Tramita na Câmara dos Deputa-
cargos de diretoria executiva em 2126. E nos últimos anos. dos em 2016 o Projeto de Lei 5.069/13,que
essa parcela dos cargos de alta gestão em diflculta o aborto legal
gorai em 2213. Folha® S.Prrulo, 2'/9/2015 .........................................................
......... ...... ..... ..................... .......... .......
.....................................................................................................
CIDADES QUASE
de ômbus em ao menos 18 mu-
nicípios brasileiros - incluindo capitais
como Salvador, Belo Horizonte, Rio de
Jane-iro e Sio Paulo - manifestações con-
Mob/Ndade urbana
Partld,açloácaáOlllodotr>nsportu,olDIJldo-llOlrasl'fotn'II) CuitosH
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82t,. (M) ~0,4'1,j
Poluentls emitidos
Mudarop:t1111antmw
Amaiorr,Mto (4rl/l,/ dos lll!sto"""ttosé ,ea/fzada • p4 ou do biddel>, •llfl•a>to am,kxparte dasdi!Undasé fMmrrid•pelos traq,mes mlttivor
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(511"} lles t,no/Jénl sai os,.spa,1..i, pelo maior le'"IJ01'5t> nas Osindi<tidJ.i; que (1)(11/S/Xlldflm,.,,.,..,31'16 li> tll.idos
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Urbani!l'ação no Brasil
A urbanização não foi um processo
homogêneo etn todos os países. Na Eu-
ropa, por exeinplot essa transição foi
mais lenta, o que permitiu wn melhor
planejamento no crescin1ento das cida-
des, com o desenvolvimento de projetos
de infraestn1tura e de oferta de serviços
públicos.Já nas nações pobres e em d~
senvolvimento, como éo caso do Brasii a
industrialização e a urbanização ocorre-
ram de forma acelerada, impulsionadas
depois da II Guerra MWldial (1939-1945).
No e.a so do Brasil, especificamente, a
urbanização teve como principal pro-
pulsor as políticas desenvolvimentistas
CASA NOYAMutheres no Rio de Janeiro se mudam para apart.amMtos de programa habitadonat pró-industrialização de Getúlio Vargas,
que atraíram trabalhadores para acida-
de a partir dos anos 1950. Além disso, a
mecanização da produção agrícola, que
Histórico da urbani!l'açáo mulou umgranden\lmerodepessoas a reduziuousodemãodeobranocampo,
O crescin1ento das cidades é uma migrarem para as cidades, onde estavam e a falta de políticas públicas destinadas
realidade mundial. A população ur- os empregos na indústria. A urbanização a fi.."tar o lavrador na terra, como uma
bana global aun1enta a uma troca quase pode ser definida como o processo de reforma agrária, estimularam o êxodo
duas vezes maior que a da população formafão ou de ampliaç-ão das áreas rural e o inchaço das cidades.
em geral. Há 65 mos, apenas 30% da urbanas, en1 detrimento das áreas rurais. Após esse impulso, o prooesso de urba-
populaç-ão mundial vivia em áreas W'- As regiões urbanas caracterizam-se pela nização deu um enorme salto. Ahlalmen-
banas, de acordo com dados da Organi- alta densidade populacional, pela pre- te, cerca de 85% dos 203,2 milhões de
zação das Nações Unidas (ONU). Hoje, dominância de atividades econômic.as brasileiros moram em cidades, segundo
54% da população do planeta vive em relacionadas à indústria, ao comércio e dadosd0Institut0BrasileirodeGeogra-
cidades e, se mantido o ritmo atual, aos serviços e pela existência de equipa- 6a e Estatística (!BGE). Essa proporção,
esse contingente deve atingir 66% em mentos públicos de uso coletivo, como que era de apenas 45% em 1960, deve
2050. São 2,5 bilhões de pessoas a mais escolas, hospitais, parques e locais para alcmçaros90%em2020,deacordocom
vivendo em áreas urbanas. laz.er. Dessa forma, as cidades atraem as projeções feitas pelo instituto. Mas a
A urbanizaç-ão é um fenômeno con- as pessoas por oferecer, teoricamente, fultade planejamento frente à urbaniza-
temporâneo com origem na Revolução melhores condições de vida, traduzidas ção acelerada provocou e agravou uma
Industrial, que ocorreu inicialmente na em mais oportunidades de trabalho, série de problemas de infraestrutura e
Europa, a partir do século XVIII, e esti- saúde, educaç-ão e lazer. na oferta de serviços públicos.
Habitação
A falta de moradias adequadas para
IDH M: A QUALIDADE DE VIDA NAS METRÓPOLES o conjunto da população é uma das
principais consequências da rápida
O IDH (índia, cio o.... nvolvlmonto Humano), que modo aqualldado do vida da popu- urbaniza?o no Brasil Como resultado,
laçio C!!mdtferontH pafsos, tamb6mfol calwtadoparaos 5.5'5 munfdpios brasllolros surgem assentamentos irregulares -
o para 20regtõos mCl!tropolltanas- 4 o índice do 0o5'1!nvotvlrnonto Humano Munklpal como os loteamentos clandestinos, que
(IDHM). A.sslm como o IDH (veja malsnap6g. l40), •l• consldora dados do saüdo (os- provocam graves danos etn áreas de
perança de vkfa ao nascor),oducação (m6dla dlliano.sde estudo da populaçãoadulta mananciais e de matas ciliares. Além
o axpect.atlva do GScolarfdado) o renda (renda por capita) evar&a numa escala de Oa disso, cresce o número de favelas e de
1-quanto mais porto do 1, molhonu as condições devida.
.
pessoas que vivem na rua.
O IDHM das roglóos motropoUtanas entro 2000 e 2010mostra que todas olas encon- Cerca de 6 milhões de domicílios
tram-w na faixa do Alto Oes«rVolvtmento Humano, com IDHM adma do 0.100. No brasileiros encontram-se em condições
ontanto, há ff'l.lltas doslgualdados no Interior das áreas metropoUt.anas. Numa mosma insatisfatórias, o que corresponde a 9%
região, a dtforenç.a na osporança do vtda ao nascor podo variar até 14 anos, como do total, segundo os dados mais recen-
om Hatal(RN). Na oducaçio, om algumas jr"as da n>glão motropolltana do Curitiba tes da Funda\'Õo João Pinheiro, de 2013.
(PR), mais do90% das pQSSOas com 18anosou mais possuem o Ensino Fundamental Em alguns estados, esse índice é maior,
completo; em outras ,roas, esseporcentualfol doaponas 21 %. Já a ronda m4dla om caso do Maranhão, que registra 22,l %.
Manaus (AM) pode variar at4 46 vozes, dopondendo do balrTo. No cálculo do chamado déficit habita-
N
AFAMILIACRESCEU
--
a possibilidade de perda do emprego. Eru No íitimotsú,io, a tax1 de natalidadt imuito m,nor que, dt mottafdMt:1 pcj)U/,fão ,.,.1,«e,
alguns casos, medidas mais duras foram
adotadas, como esterilizações e abortos
forçados. Com a aceleração do envelhe-
cimento da população do país, houve um Envelhecimento mundial Como resultade\ o número de crianças
abrandamento da lei. Em 2013, o governo O aumento da propo~ão de idosos (até 15 anos) e jovens (até 29 anos) veru
consentiu que casais em que wn dos pais entre os chineses é unia das faces de um diminuindo em relação à popula~,o aci-
fosse filho único tivessem dois filhos, fenômeno de extensão global: na média ma dos 30 anos, especialmente de ido-
mas poucas fanúliasse interessaram pelo mundial, a população está envelhecen- sos. Segundo o Fundo da População das
novo sistema - apenas cerca de 10% dos do. Isso acontece pela combinação de Nações Unidas (UNFPA), em 1950, os
casais que poderiam ter o segundo filho dois fatores principais: jovens equivaüam a 34% da população
decidiran1 tê-lo. A preocupação com os mundial; hoje correspondem a apenas
custos de sustentar um núcleo fumiüar O Menor taxa de fertilidade Em 25%. Por outro lado, 12% da população
maior seria um dos motivos para isso. 1950, a taxa de fertilidade média mundial tem 60 anos ou mais; em 2050,
numdial era de quase 5 crianças essa proporc;ão será de 21%.
Menos mulheres por mulher; em 2015, essa taxa é de
Alén1 dessas consequências econômi- 2,5. Quando cai a taxa de fertilida- Transição demográfica
cas e demográficas, a política do filho de, consequentemente diminuem Cada país tem seu próprio ritmo de
ú1úco provocou outros sérios efeitos também a taxa de natalidade e a envelhecimento populacional, confor-
na sociedade chinesa, agravados pela taxa de crescimento da população me o estágio de desenvolvimento em
tradicional preferência por filhos do em geral. Entre os 1notivos que que se encontra na chamada transição
sexo masculino na cultura loca~ princi- contribuem para a queda da taxa demográfica. Ela se caracteriza pela pas-
palmente nas comunidades rurais. Uma de fertilidade estão a disseminação sagem de uma sin1ação com altas taxas
das razões para essa preferência seria o de métodos contraceptivos (como de fecundidade e mortalidade (nascem
fato de, após o casamento, ser comum a pílula anticoncepcional), o au- muitas crianç~ mas também morrem
a mulher passar a integrar a fanúlia do mento da escolarização e a maior 111uitas pessoas) para u111a situação
marido. Assim, os casais com apenas presença da mulher no mercado em que ruubas as trucas estabilizam-se
uma filha têm receio de, eventualmente, de trabalho. em 1úveis mais baixos (nascem menos
não contar com ninguém para cuidar O Maior longevidade Esse fenômeno crianças e as pessoas vivem mais).
deles na velhice. Isso levou a abortos é result•do dos •vanços da medicina Países pob~ com altas taxas de nata-
de fetos do sexo fenúnino, ao abandono e da implantação de políticas ptsbü- üdade e de mortalidade, têm pirâmides
de merúnas em orfanatos e até mesmo à cas de saúde, como campanhas de populacionais triangulares. Conforme
prática do infanticídio femirúno. vacinação, além de melhores condi- o pais se desenvolve, nascem 1nenos
Como resultado, a população fonú- ções nutricionais e sanitárias, que crianças e cresce a expectativa de vida.
nina tornou-se bem menor do que a reduzem a taxa de mortalidade e Com isso, a pirârn.i.de vai assumindo um
masculina, ocasionando um desequi- elevam a expectativa devida. No fim fom1ato mais retangular, com a base
líbrio de gênero no país. Estima-se que da II Guerra Mundial, a esperanp mais estreita, enquanto aumenta.o peso
em 2020 a China terá 30 milhões de de vida média no mundo era de cerca relativo da população adulta, deixando
homens solteiros, que não conseguirão de 50 anos. Já uma criança nascida o centro mais largo. Posteriorn1ente,
encontrar uma esposa - e isso vai resul- em 2015, em um país desenvolvido, há um crescin1ento absoluto e relativo
tarem menos nascimentos, agravando tem expectativa de ultrapassar os 80 da população idosa, tomando o topo
ainda mais a situação. anos de idade. também ruais largo (vejagráfiooacíma).
Bônus demográfico
>1,7 '4 67.61,
Uma das consequências da transiç-ão ll,7mllhoes ll,6mllhee,
demográfica é a modificação na clistn1rni-
ção da proporção de crianças, adultos e
idosos. Em geral,depois de diminuírem 25.61,
o ritmo do crescimento populacional, t\ml1hoes
os países assistem ao chamado bônus Homens Mulheres Homens Mui herts
demográfico, que corresponde ao perí- Razlo de depend!ncla = 73,3 'li, Razio de depend!ncla = 47,9 'li,
odo em que há uma maior proporç-ão de
pessoas em idade para trabalhar (entre PERJOOO 00 BOIWS OEPOISDOBONUS
15 e 64anos) em relação à de pessoas de- 2020 2050
pendentes (menores de 15 anos e idosos
com mais de 65 anos). Durante o bônus, 9,4'4 231,
20111.nhoes !l)ml~ae,
dinúnuia razão de dependência -por-
centagem da pop,dação de dependentes
sobre a população em idade ativa (PIA).
Essa situação representa um grande
potencial para impulsionar o crescimen-
to econômico. Para aproveitar essa janela
de oportunidades, que é temporária e
dura o período de passagem de uma es-
Homens Mulheres Homens Mulheres
trutura etária jo\t-em para uma idosa, é
preciso que o país invista em políticas de ~ de depend!ncla • 44,4 '1b Razlo de depend!ncla = S8,7 'li,
educação e geração de empregos para
dar a essas pessoas as condições de par,- JANELA OE OPORTUNIDADE//otequta pirimi/e atwl /2010/ jí stt/1/Mndiu n, laiJt• de população
ticiparem efetivamente da econonúa. E j<mm• MI /de 15164ano, dt idade}. e mantim o topo de idosouindaestroito. No J)t(Íodoposttrioç
tm 20So., • pirimidt ttrá invtJtido oformato origina L~w da it'NtNÍ01 a pirimide ,inda ptojeu
quando a população em idade ativa (PIA) para .,,. déad• lvtura ,... PIA /6314) bem maiorque • populaçío dt dependtntts (Vo/,J
se torna popula~o economicamente
ativa (PEA), empregada ou buscando
uma colocação no mercado de trabalho.
EVOLUÇAO DA RAZAO DE OEPENOENOA GERAl EPOR GRUPO {CRIAflÇAS EIDOSOS) NO BRASIL
Bônus no Brasil Em porcentagem
Obnças • ldosm a
Em sua transição demográfica, o 1111
Brasil atravessa o período favorável oo - r....--c--1--t--;--;---1---1--1- ~
de bônus demográfico:
Q Queda na troca de crescimento da
população O indicador dinúnuiu de
~ --".,,-= ..., .1--1-+-11--;--l---l-~- I -.-:- : : :-41---~
3% ao ano entre 1950 e 1960 para
pouco mais de 1% entre 2000 e 2010; <() _j~:_-1--1-_p,..:;;:::==+:--
Q Queda da taxa de fecundidade Em oo
1960, a taxa era de 6,3 filho por mu- lO ~ - 1 - - - - l - - l -
lher; em 2015, essa taxa caiu para 1,7
filho por mulher. Estima-se que ela
~1910 l99J 191') 11!0 19111 lOOl
1
lDIO lOlJI lOJl 2014 l!l;O lOIO WO lllO lOJl 2100
chegue a perto de zero nos anos 2040;
Q Aumento da longevidade Um bra- JANELA IRASILEIRA /los •nos 191'~ • 111iode dtpendtncia ,tingiu O stU ni•tl mais •ltD/90%/ dtvido ..
sileiro nascido em 2014 tem expec- al#Mnto da porrent.,em Mcriil'l{•s na populaçio. A1Mrtirdii a cu,w contef(IUa uir, e ajane/1
comtfOUI se,brir. Por'IO/u de 2030., d1comefarí a se fechare, em .ZJOO, vo/tarí ,o flÍ'ttlde l90.
tativa de viver 75,2 anos. Em 1960,
esse índice era de 48 anos.
POR QUE A CHINA ABOLIU A long1:1vidade vai aumentar a taxa de de- POLÍTICA DO FILHO ÚNICO AChina anun-
REGRA DO FILHO ÚNICO( ... ) pendência na China e em outros lugares. ciou, em outubro de 2015, o abandono da
Jo/JoPedroCafe/ro O resultado será um declínio na taxa de rega do filho únlco,que determinava que
poupança pessoal e no balanço de conta cada casal pod1:1rla ter apenas uma única
(-.)"ApoUtlca do filho únlco,estendlda por corrente da China."( ...) criança. Essa medida ,que foi adotada em
tempo demais, significou que o apolo aos O desenvolvimento vertiginoso da China 1979 para conter a explosão demográfka
idosos ficou cada vez mais escasso. Com nas últimas décadas foi baseado em um do país, acabou aa!lerandoo aumento do
uma rede de proteção social insufkiente, modelo de multa poupança e investimento. núm1:1rode Idosos e a redução das pessoas
a poupança pessoal cresceu como forma (...) As reformas no pais, Incluindo o fim em idade ativa para trabalhar.Isso ameaça
de guardar para a aposentadoria~ diz um da política do filho único, são tentativas o cresdmento econômico chinês.
r1:1latório recente do Morgan Stant1:1y. de caminhar para um modelo com mais
"Apesar de uma proporção maior dos ênfase em consumo, serviços e inovação. ENVELHECIMENTO POPUlACIONALOque
idosos trabalhar na Asia do que na Europa ocorre atualmente na China faz parte de
ou na América do Norte, o aumento da Exame.com, n/J0/2015 um fenômeno mundial A população, de
um modo geral, está 1:1nvelhecendo devi-
do, principalmente, à redução da taxa de
fertilidade edoaumento da longevidade.
Em relação à proporção de crianças, condições econônúcas e sociais melho- Com isso, há uma proporção cada vez
adultos e idosos na população, a mudança raram, mas não foram suficientes para maior de pessoas com 60 anos ou mais
também é grande. Na última década, a fazer valer todo o potencial da estnitura vivendo no planeta. Hoje, 12% da popu-
população de idosos (60 artos ou mais) etária. O melhor aproveitamento teria lação mundial tem 60 anos ou mais; em
passou de 9;7% para 13,7%, enquanto a ocorrido no período entre 2004 e 2008, 2050, essa proporção serâ de 21%.
porcentagem de crianças e jovens (até com o crescimento da renda, redução da
17 anos) diminuiu de 33,1% para 26,9%. pobreza e das desigualdades sociais. A TRANSIÇ~ OEMOGRÁflCA Éa passagem
Atualmente, a razão de de-pendência partir de 2011, no entmto, a economia de uma situação de altas taxas defecun-
do pais é de 45%, o que significa 45 de- tem crescido menos, comprometendo dldade e mortaUdade (pirâmide popula-
pendentes para cada 100 pessoas em o aproveitamento do bônus. cional triangular) para uma realidade em
idade de trabalhar. Nos anos 1970, ela Boa parte da PIA não ingressa no mer- que nascem menos crianças e as pessoas
atingiu o seu nível mais alto (90%) de- cado de trabalho e engrossa o contingen- vivem mais (pirâmide mais retangula~.
vido, principalmente, ao aumento da te de dependentes. Segundo a Síntese de Atransição mostra o ritmo de envelheci-
porcentagem de crianças em relação Indicadores Sociais do IBGE, cerca de mento populaclona~ conforme o estágio
à população adulta como consequên- e 7 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, de desenvolvimento de cada país. Uma
cia das altas taxas de fecundidade do o que corresponde a 14% do total dessa das suas consequências é a modificação
período anterior). A partir daí, a razão faixa etári~ não estudam e nem traba- na dístr1bulção da proporção de crianças,
vem diminuindo- foi quando a janela de lham - a chamada geração "'nem-nem"'. adultos e idosos na população.
oportunidades começou a abrir. Ela deve Outro fator que influencia o aprovei-
atingir o seu ponto1uais baixo (44%) por tan1ento da janela de oportunidades é BÔNUS OEMOGRÁRCO Corresponde ao
volta de 2020-25. A partir de 2030, ela a idade média da aposentadoria. Quan- PQríodo em qu1:1 há uma maior proporção
começará a aumentar novamente, pois to mais cedo as pessoas se aposentam de pessoas em idade ativa para trabalhar
o percentual de idosos vai crescer de (aumentando a razão de dependência), (entre 15 e 64 anos) em relação à de pes-
forma mais rápida. Com isso, a janela mais curta será a janela. Esse foi um soas d1:1p1:1ndentes (menores de 15 anos
de oportunidades começará a se fechar. dos motivos da aprovação da "fórmula e Idosos com mais de 65 anos). O Brasil
No início do próximo século, por volta 8S/95 progressiva"', em noven1bro de vive esse momento.
de 2100, a razão de dependência deverá 2015, que considera o crescimento da
voltar ao nível de 1970, desta vez puxada expectativa de vida dos brasileiros no JANELA OE OPORTUNIOAOES Ourante o
pelo envelhecimento populacional. cálculo da aposentadoria. Para receber bônus, um país tem aberta uma janela de
o beneficio integrai são considerados os oportunidade para crescer economica-
Janela de oportunidades anos de contribuiçãoeaidade da pessoa, m1:1nte. lssod1:1pendedo quanto a nação ln-
E co1110 o Brasil ten1 aproveitado a sendo que a soma nún.ima deve ser 85 veste em políticas de educação e geração
sua janela? Segundo o demógrafo José para as mulheres e95 para os homens de1:1mprego para aproveitaro potencial da
Eustáquio Diniz Alves, nos anos 1980, (com contribuição mínima de 30 e 35 população em Idade ativa. Especialistas
o Brasil desperdiçou o início do bônus ano~ re.spectivamente). Esses valores da avaliam que o Brasil nãoestâ aproveitando
devido à crise econômica, ao aumento soma vão aumentar progressivaiuente pl1:1na mente essa possibilidade.
do desemprego e à fult.a de investin1e11to até chegar a 90 (para as mulheres) e .........
.. ..•.. •.... ., ...........................................
•.•.. ..•.. •... •• .. . •. ..••.... •. ... •.... ••.
em educação. Na década seguinte, as 100 (para os homens) em 2026. ll!I ........................................................
..........................................................................................................
AIGREJA EM BUSCA
DE RENOVAÇÃO
Em três anos à frente do Vaticano, o papa
Francisco assume papel ativo na diplomacia
e na defesa de ideias progressistas
Atuação diplomática
Em suas viagens, Francisco tem dado CATOLICISMO PERDE
preferênciaadestinosondeocatolicismo ESPAÇO PARA EVANGtllCOS
vem perdendo seguidores, como o Mé- NA AMtRICA LATINA
:cico, que visitou em fevereiro de 2016.
O pontífice também é recebido em países Aaproxfmaçioa,mos fUf s, uma eran-
que passam por conflitos e crises. Em d• caract•rfstlca do papado d• Francis.
maio de 2014, ele foi a Belém, na região co, ropruanta também a neceukfade
palestina da Cisjordânia, onde pediu o de reverter a porda propordonal de
fim do conflito "inaceitável"' entre Israel católicos. O fonGmono 10 acentuou
e Palestina e convidou o então presidente nas últimas décadas, prlnclpalm•nt•
O papa Francisco de Israei ShimonPeres, eo da Autoridade na Amérfc.a Latina. SQgundo o Instituto
Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Ab- norte-americano Pew Rosoarch c,m-
desempenhou bas, para irem ao Vaticano orar pela paz. ter, ontro 1970 e 2014 o percontuat de
papel decisivo na O improvável encontro foi realizado atóllcos na rogfão caiu do92% da po.
no mês seguinte. Entre os dois presi- pulação para 69%. Parto d•ss• porda
reaprorimação entre dentes, o papa pediu que sejam derru- de adeptos podo sor creditada ao au-
Cuba e Estados Unidos bados os "muros da inimizade". Duas mento na proporção do protestantes,
semanas depois, o Vaticano reconheceu quo saltou do4% para 19%no pulo do.
formalmente o Estado da Palestina, em MultosHpec:lalJrtas crodttam a escolhi
C) Contracepção1 embora condene decisão criticada pelo governo de Israel. deum papa argontlno a umatontattva
os métodos contraceptivos artifi- A atuação política do papa alcançou da Sinta S6d.frffroavançodu lcrtJas
ciais (como o uso de preservati- seu ponto mais alto quando atuou como evang411cas na América Latina.
vos), declarou que "os católicos mediador na retomada das relações di- Asituação na rogfão 4 parecida com
não devem se reproduzir como plomáticas entre Cuba e Estados Unidos o que acontaco no BnslL O pais ainda
coelhosn, pois é preciso ter res- (EUA), que estavam interrompidas des- 4 o Udermundlal om n6meros absolu-
ponsabilidade. de 1961, no auge da Guerra Fria. Num tos de católicos, com 123 milhões de
C> Homossexuruidade: a Igreja ato histórico, em dezembro de 2014, os Hguldores, do acordo com o Censo de
condena a prática homossexual, presidentes Barack Obama (EUA) e Raúl 2010. No entanto, propordonatmente
e o papa já afim1ou que a fu.mí- Castro (Cuba) fizeram o anúncio quase om relação à população, os c.atóUcos
lia é composta de um homem e sllnultaneamente. Ent seus discursos, bnsllolros diminuíram d• 96% para 65%
uma mulher. No entanto, costuma arnbos agradeceram o e11volvi111ento no porfodo. O cnucfmonto dos evangé-
afirmar que os homossexuais não cntcial do papa nas negociações. Nos licos também 6 o principal motivo da
podem ser discriminados. E é dele meses anteriores, o papa havia escrito diminuição do católicos no pafs, ombo-
a mais conciliadora declaração de a Ob:uua e a Castro, convidando-os a ratambém tenham cruddo omlmero
um pontífice sobre homossexuali- resolver questões humanitárias. Além de brasileiros que so dedararam Hm
dade: "Se um gay procurar Deus, disso, pressionou tarubén1 pela hõertação roUgtão o os do rollglõos minoritárias,
quem sou eu para julgar?n. de presos políticos dos dois países. como o osplrltlsmo.
--
OrlC!ntt MédlOe Amért<a do Norte
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UMIIIJIDO MENOS CATÕLl(l) Ap,,11 d, qued,no númtro e/e utólito, nos ú/timo,,nos,, América L,tjn,
ainda ê are,iio com m,i.s ,deptosd, rtligi~ como mostra o primeiro grífito.Ji no ~gundotrifico~
IISAIO.OOO(l9,0,) L Europa lJQSlQ(l)I)
vtmos como oc,tolicismo ues« em ritmo menor qut as outras relig~ ttndo sido ultrapassadopelo
1S7.li0.(l)I)(~ n~ íst.màmo no fiMI dos anos 1980, pt/o conjunto da, outras rdigi6e.s cmtis no início ,/e,r, siculo.
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M~IO
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Nações que nlo entra,am oo rinklng
até 7,8 ºC nesse período. Isso significa CAÇA AFUMAÇA Centro para rec:klagQm de vQfculos multo poluElntes, em Yfwu, na Chirul
que, segundo alertam os cientistas, a
Terra está em wna trajetória perigosa
de aquecimento.
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OS CUUIADOS As n~, pf<M/r,s ,m ln<Arstrlilllz>(Jo tor,m,s 1111e """ emhltlmocllf>olW 1!11' ,si,,...,..,~
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em pMttspor miNo de C01na .1tmosfera foiH,s+6 PPD\ mas JSppm fon.,u JIJsomdas por florestas eplantfose7J pelos ownos; resufundo em JJBppmatuais
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cobertu por neve egelo atmosfera milh6es homem anpfia. oefeit:o utuh,
de toneladas de provocando o aquecimento 1 25D
do planeta 8.000 S.9Xl 3DXI 9Xl 20XI
carbono a.e. a.e. a.e. a.e.
sponteirosdorelógioseapro-
Após o desastre em
Mariana, o Novo
Código de Mineração
voltou a ser discutido
no Congresso Nacional
barragem, a empresa depositava urna área metropolitana de Belo Horizonte. Em muitos países, as sanções a crimes
proporção de 40% de lallla para 60% O Ministério Público levou 17 meses ambientais costumam ser mais severas.
de rejeito arenos0t quando as medidas para investigar o incidente e depois A British Petroleum, responsabilizada
infom1adas em seus relatórios errou de pediu a condenação de quatro pessoas pelo vazamento de petróleo no Golfo do
30% e 70%, respectivamente. A maior e da própria mineradora. Passados l.S México, em 2010, foi obrigada a pagar 20
quontidade de líquidos poderia com- ano~ ninguém foi preso, e a mineradora bilhões de dólares para custear reparos
prometer a estabilidade da barragem. conseguiu abrandar o valor de multas do meio ambiente eindenizações-quan-
e indenizações através de acordos com ti.a recorde para sanções ambientais.
Medidas punitivas o Tribunal de Justifª·
Dias após o rompimento de Fundão, Em 2003, uma barragem se rompeu Legislações para o setor
a licenr1 da Srunarco para operar no na cidade de Cataguases (MG), espa- O Brasil tem uma legislação especifica
complexo de Germano foi embargada. lhando 900 mil metros cí1bicos de licor para o uso de barragens, que está em
O Ibama aplicou na empresa cinco mul- negro, material orgânico constituído de vigor desde 2010. Embora esteja dentro
tas, que somam R$ 250 núlhões de reais, lignina e sódio, na Bacia Hidrográfica dos padrões internacionais, a Política
devido aos estragos ambientais - a mi- do Paraíba do Sul. Até hoje, a empre- Nacional de Segurança de Barragens
neradorarecorre, e as penalidades ainda sa re.s ponsável pela barragem luta na é recente e ainda não está totalmente
não foron1 quitadas. Em acordo firmado Justiça para não pagar a multa que regulamentada, o que gera, entre outros
en1 março entre o governo federal e a recebeu, no valor de R$ 50 milhões. problemas,negligênciadeórgi.osfiscali-
Samarco, a empresa se comprometeu a
fazer um aporte de 4,4 bilhões de reais
nos próximos três anos para reparar os
danos provocados pelo desastre. REJEITO INERTE OU LAMA TÓXICA?
Além das indenizações,osenvolvidos
podem responder criminalmente pelo Como se não basta no tGr do Udar com a dostn.atção do SGUS laros, os moradores das
desastre. A Polícia Federal indiciou roglÕH afetadas polo rompimento da barragom da Samarco tomem quo o contato
por crimes ambientais a Saruarco, a com os roJottos da minoração provoquo algum dano à saCrdo.
Vale e a empresa VogBR (consultoria No dia sogufnto ao romplrnonto da barragom do Fundão, a Samarco lnfonnou quo o
que atestou a estabilidade da barra- rejeito llborado ora lnorto, composto em sua maior parto do sfllca (arola), o que não
gem) - sete executivos e técnicos tive- apresentaria n'1!nhum elemento químico danoso à sa6do. No entanto, um laudo do
ram a prisão decretada em fevereiro. SAAE (S•rvlço Aütõnomo do Agua o Esgoto) doBalxoGuandu (ES) at•stou a pros•nça
No entanto, a julgar pela maneira como do motals posados, como an4nlo, chumbo, cromo, zinco, b6rto o manganês, entre
o Brasil pune responsáveis por crin1es outros, em nrvols superlorH ao recomendável. Dias depois, a ONU soltou um comu.
ambientais do gênero, não são poucas nicado oftclal redlgJdo por amblontallstas al•rtando sobro a toxlcldado dos r•J•lto,.
as chances de os responsáveis saírem ASamarco afirmou que, ombora haja a presença da mota Is como forro o manganês
ilesos desses processos. acima dos valores do refor4ncla, os rojeltos não roprosontam riscos à sa6do. Por
Em 2001, ocorreu o rompimento de onquanto, o quo se sabe 6 quo a lama 4 tóxica, ainda que não oforoça ameaça roal à
um reservatório de rejeitos da Mine- população. No entanto, ambientalistas lnvostlg.am so o.s ofoltos do contato com tais
ração Rio Verde, na região de Macacos, substancias podom domorar a aparocer.
amanhãde28deabrildel986,
mergênciadesaúdepúblicain-
Síndrome de Guillain-Barré
Em 2016, esse triste ltit.o ttmle, se repetic. Aptn,s
emjantiro,,s notifrt"6ts supt11m em 461 as
rtgistr1d,s no mesmopetiododoano anterio, "' ..
, llll
"" ...
JM.lll7
ZOlS
das epidemias se devem, em parte, à alta A OMS classifica uma doença. como mundo todo, segundo a OMS. Todas
capacidade que qualquer vírus tem de epidemia quando há registros acima de elas enfrentan1 as etapas comuns ao
se modificar geneticamente, adaptando- 300 infectados a cada grupo de 100 iuil desenvolvimento de qualquer vacina,
se às condições do ambiente e criando habitantes num.a dete.rnúnada região. No que é um processo nom1altue11te muito
uma nova variedade, uma cepa. Brasil, essa taxa chegou a 813,1 casos por dificil, devido à rapidez com que esses
Além disso, em relação às doenças 100 mil habitantes. A situa~ão foi ainda núcrorganismosse modific,a m genetica-
transmitidas por vetores, como a de11gue pior em Goiás e em São Paulo, que su- mente. Também é um processo demo-
e a zika, também conta a dificuldade de peraram a taxa em mais de cinco vezes. rado, pois envolve testes com ru.úma.is e
combate ao próprio mosquito- a repro- O ano de 2016, infelizmente, não apre- humanos para verificar eficácia, 1úvel de
dução doAedes aegyptí acontece em água senta bo..1.s notícias na reversão da epide- imunização e segurança de cada vacina.
parada, e a quantidade em uma simples mia. Até o início de fevereiro já haviam Em fevereiro de 2016,o governo bra-
tampinha de garrafa jáé suficiente para sido registrados 170,1 mjl casoscontraos sileiro firmou acordo com os Estados
a !:uva se desenvolver. Segundo o Minis- 116,4 nú! verificados no mesmo período Unidos para o desenvolvimento de uma
tério da Saúde, dois terços dos criadou- do ano anterior. Porém, houve recuo no vacina a partir do sequenciamento do
ros doAede.s estão nas residências, fato número de casos graves e de mortes. genoma do vírus da zika, selecionando a
que levou militares e agentes de sal1de Além da dengue e da zik,,, o Aedes ae- parte responsável pelo desenvolvimento
a vistoriar, no itúcio de 2016, imóveis de gypti transmite outra doença infecciosa: de anticorpos. A pesquisa será feita em
todos o país para a eliminação dos possí- ovírusdochikungunya(CHIKV),que parceria entre a U1úversidade do Texas
veis focos (como água parada em caixas foi isolado pela primeira ve·z nos anos e o Instituto Evandro Chagas, do Pari.
d'água, lajes, tanques, pratos de vasos 1950, na Tanzãnja. Hoje se conhecem O prazo previsto para que o produto
de plantas, pneus etc). O crescimento quatro cepas do vírus, cada uma delas chegue ao mercado é de três anos.
desordenado das cidades e as condições batizada conforme sua região de origem Outra frente foi anunciada, também
insatisfatórias de sa.11ean1ento básico, ou maior ocorrência: Sudeste Africano, em fevereiro, pelo Ministério da Saúde e
como os esgotos a céu aberto e o lixo Oeste Africano, Centro-Africano ou Asi- o Instituto Butantan de São Paulo. A ideia
nas n1as, também tendem a aumentar os ático. A clúkungunya coineçou a fazer é usarmna vacina contra a dengue- que
criadouros, agravando a situação. vítimas no Brasil em 2014, quando foran1 está em fase final de testes -para dese11-
notificados 3,6 mil casos autóctones. Em volverum imunizante único, que evitaria
Maior epidemia da história 2015, esse número subiu para 20,6 mil os quatro tipos de dengue e a zika.
A dengue faz cada vez mais vítimas casos, atingindo 12 estados brasileiros. Uma vacina contra a dengue,a Den-
no mundo todo. A OMS estima que 50 gvaxia, produzida pelo laboratório
milhões de pessoas sejam infectadas a Vacinas francês Sanofi Pasteur, foi liberada para
cada ano. Em 2015, o Brasil registrou O alerta global da OMS em rela~âo ao comercialização no Brasil pela Agência
1,6 milhão de casos de dengue, a pior avan~o da zika impulsionou o desenvol- Nacional de Vigilância Sarutária (An-
epidemia da doença desde 1990, quando vimento de estudos e de pesquisas para visa) no final de dezembro de 2015. A
teve início a série histórica. Só o estado compreender melhoro~ aprimorar previsão é que ela esteja disponível na
de São Paulo concentrou quase a metade o diagnóstico e desenvolver tratamentos. rede privada até junho de 2016. O gover-
dos casos. O país teve recorde no n\m.1ero Em relação ao desenvolvimento de no ainda avalia se ela será incorporada
de mortes em decorrência da doença. vacinas, há ao menos 15 iniciativas no ao sistema público.
J
ll,l!I.
Outra
OOQfl(aS
tnnsmlssfrels 11,1'1, 9,]'11
ÓIITOS VAIUADOS Mlis dt dois lt/!Wd/ISmortts nomundo sio <1usados fJ</1 do,nfM não t1111111Jissmn - problemn c,n/iwaswl,m a>moinf- e,ádentt vaswl,r
c,,ebr1/'41'4 princip,lm,~. As dot/1/fl t,a,...is,í,.à comtítuem • segundl m,ior """' de mort~ s,guid., pet,, ,...,, txltrnM (como os acidt~s de trânsit»J
Aõltlma voz quo a OMS havia docrotado omorgênda global foi om 2014, quando ZIKA VfRUS A Organização Mundial da
o surto do obola atingiu a Afrlca. O mesmo ocorreu com a gripo HlNl, om 2009, Saúde (OMS) decretou, em fwE!relro de
consldorada um risco para a saõdo põbllca mundial dovldo à grande propagaçio 2016, situação de emergência interna-
Internacional. E agora, om 201G, foi a vaz do zlka vfrus. cional devido ao rápido avanço do zlka
Oaumonto das loco moções lnba!rcontlnentals, favorocldo pela globallz:ação, contribui no continE!nte americano e da relação
para quo as doonças lnfecdosas espath~w cada VQZ mais rapkf amontopolo mundo. com o aumento dos casos de microcefalia
Em 2015, mais dol,5 bilhões do pessoas viajaram doavtão, multas dotas trazendo em (malformação congênfta Eim que o ~rebro
seu corpo doenças lnfocclosas. Dessa fonna, os vfrus podem dar avotta ao mundo em do fE!to não se desenvolve de maneira
quostãodo horas ose dlssemlnarcomuma voloddado lffl)roulonante som s«Qffl lnklal- adequada) no Brasil.
monte dotoctados. Em alguns casos, a sfmplos vi agQm do uma possoalnfoctada a outro
pais 6 suftdonto para fnklarum ciclo quo podo dar orlgom a uma pandemia mundial MICROCEFALlAAlnda não há comprovação
Os grandos navfos,quo abasWU!m o lntonsocom6rclo lntomaclonal, também &ovam científica definitiva de causa e E!feitoentre
mkrorpnlsmospatoefnkos (tnnsmlssoNs CM dotnças) no casco, nos t.anquesdo licua o zfka vírus e a microcefalia em fetos de
do lastro, na própria carga transportada ou tripulação. Por tudo Isso, as autoridades mulheres grávidas. Mas a OMS Já confir-
m6dlcas consldoram lnwtuvol o surgJmonto de novas pandomlas. mou a existência de uma forte ligação
entre eles.. Os bebês que têm a doença
nascem com perímetro cefálico igual ou
Doenças não transmissíveis rismo. Elas avançam mais rapidamente menor a 32centímetros e podem ter outras
Enquanto as doenças transnússíveis e m países ricos, onde há maior fartura compUcações - a chamada síndrome da
respondem hoje por menos de um quarto de alin1entos industrializados e onde as zlka congênita- como problE!mascognltl-
das causas de morte no mundo, as do- tecnologias levam as pessoas a se 01ovi- V05, motores, neurológlcoserespiratórios.
enças não transmissíveis - congêrútas, mentarem menos. Nessas naçõ~ 87%
adquiridas por hábito e estilo de vida, das mortes têm como causa alguma DENGUE Assim como a zika, a dE!ngue
herança genética ou pelo envelhecimen- doenya não transmissível. Estin1a-se tamb-ém é transmitida pela picada do
to - são responsáveis por mais de 68% que até 2030 essa proporção chegue mosqultoAodesoegyptt. Em 2015, o Brasil
do total de óbitos. Duas delas, a doença a quase 90%. Mas a te ndência é de registrou 1,6 milhão de casos da doença,
isquêmica do coração (mfarto) e o aci- crescimento tarnbém em países pobres. a pior epidemia desde o início da série
dente vascular cerebral (AVC), lideram Mesmo 11.a África Subsaariana, a região histórica, há 25 anos.. Adengue chegou ao
a causa de morte en1 todas as regiões do mais pobre do mundo, a proporção país no ftnaldosêculoXIX e foi considerada
mundo, exceto na África. do número de mortes por esse tipo erradicada no final dos anos 1940. Um
Vários fatores explicam a maior inci- de doenç.as deve subir, enquanto os dos motivos para o rE!torno da epidemia
dência dessas doenças, como o aumen- falecimentos causados por doenças é a alta capacidade que o vírus tem de se
to da população idosa, a urbanização transmissíveis devem cair. No Brasil, modificar genE!tlcamente.
e o crescimento da obesidade, devido as dez doenças que mais matarn são
a dietas desequilibradas e ao sedenta- todas não transmissíve is. IE DOENÇAS TRANSMISS!VEIS Podem ser
contagiosas (passadasde um ser humano
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para outro, como é o caso da aids e da
. .....................................................
. . tuberculose) ou transmitidas por vetores,
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( SAIU NA IMPRENSA
como o mosquito Aedes aegypti. Foram
as responsáveis por cerca de 17% das
MICROCEFALIA REABRE crocE!falia, que vêm sendo associadas ao mortes no planeta, em 2015, sobretudo
DISCUSSÃO SOBRE ABORTO zika vírus.( ...) em paísespobres,quetêmmenoracesso
NO BRASIL (...) Ogrupo que prepara a ação argumE!n- a medicamE!ntos, sistemas de saúde e
ta que a mulher não deve ser punida por formas de prevenção.
O aumento nos casos de mic.nxefaha no uma falha das autoridades em controlar
Brasil reabriu o debate sobre aborto no país.. o mosquito transmissor da doença,Aedes DOENÇAS NÃO TRANSMJSSIVEIS São
Atualmente, no Brasi~ só é permitido inter- aegypti, o mesmo da dengue. aquE!las congênitas, adquiridas por há-
romper uma gravidez em caso de risco àvida Além disso, o grupo argumenta que a ile- bito e estilo de vida, herança geoQtica
da mãe,quandoa concepção foi resultado de galidade do aborto ea falta depolítlcasde ou pelo envelhecimento. Constituem a
um estupro ou quando o feto ê anencffl!o. erradicação do Aedos ferem a Constituição causadequase 70%das mortes no mundo,
Em entrevista(...), a ativista Oebora Oiniz FedE!ral em dois pontos: direito à saúde e com destaque para o lnfartoe o acidente
disse estar preparando uma ação para pedir direito à seguridade social.( ...) vascular cerebral (AVC). Essa proporção é
que o Supremo Tribunal Fed,nal autorize mais alta nos países desenvolvidos.
o aborto em gestações de bebês com mi- BBC Brasil, 31/1/2016 .........................................................
....... ..... ..... ..................... ..... ..... .......
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All longo da história, os Jogos Oll"'lcos serilrn a,n oUMrto para clvenas
1. OUMPIAOAS (Uelj 2014) manttestaç61~ Individuais ou cclellm, de runho poUUoo. Esta l11agem
retrata os velodstts aflo,anerkanos Ton1111 S11lth e Joh tarlos, 111 un
mo111nto ernbl111Wco da hhtdrla das oi111pladas 11oderaas, ooonldo nos
JogosOllnplcos da Cidadedo lol!xlco, en 1'68.
Oe uordo <011 oa,1ttx10 hlstdrtco da l11ag111 apreseatada, t <0rreto allrn ar
que os atletas:
a) participaram de uma grande manlfestaç!o oontra a polltlca racial do apar·
theld, naAfrtca do Sul.
b) prestaram homenagem aos onze desportistas Israelenses assassinados por
terroristas palestinos.
C) fizeram asaudaç3o dos Panteras Negras,grupoque lutava pelosdlreltosclvls
dos negrosesta!lunldenses.
"""'--
WWW.eh argesdoedrablogspot.com.br d) protestaram contra apolltka nazlstadeAdolf Hitler, que~lstlu~competlç!o
em uma das tribunas do estádio.
AZona Portullla do Rio de Janeiro ven recebendo iool lDs l1ves1!11en IDs pll · e) participaram do maior bokote da hlstórta dos Jogos Olímpicos, liderados
bUcos e prlrulos<011 o objetivo de prm ovw .iarenovação ffskae fundonal pelos Estados Unidos, contra aUnl~Sovlétlca.
C.01~deraado ad!uge. anovadlnanlca espada! pode t!r asegalnte <0nst·
qu!n dasobre opro cesso de urban~ailo 1esu "lf iodan etrdpole cartoc a:
a) mudança do perfl I social 3, ORIENTE MElllO AAtesp 2016)
b) degradaç3o do setor oomertlal Há grande diversidade ent,e aqueles que p,ocu,am insplraç3o em sua fé oo
1) aumenlD da atividade lndurtrtal ls/3. Amona,q,,id vaabit.l daATábiaSaud~a eas /fderes ,etigiosasxiit.s do 112
d) red uç~ da acess lb llldade viária t!m profundas disco,dandas pclltlcas edlve,gem lguabnente em quest/Jes
soc/oe(on0mkas. Em te,masmaisamplos, ocoTTenos movimentasis/amiUsum
debate sob,e se ameta cocreta é mesmo chega, ao pode, estatat assim como
sobre ademoc,ad~a diveTS/dade sociat opapel das mulheres eda eduaç3oe
sobTea maneira deintequeta,oOJrl.a E,embocaa maioTladas/s/amit3s aceite
arealdJdeda existência dosatua/sEstadas esuas r,onteira~ uma minoria mais
,adieaiprocu,a destTUITtodo o sistema eestabe/ecen,m caf/fadoque aba,que
a,egiJointeifa [do Oriente Ml!dlo).
Dan Smith. OAdas doOrienteMe!wlio, 2008.
7, REFUGIAD0S IFGVEcono111a2016l
5, ORIENIE MElllO (Unesp 2Gl6) R0TÃ$ OI! ,uGA
Detendo allberda!/e de expre553o lnestrita, mesmo depois desse ttáglco el/eilto - ~- -flcla~ ··-···- Arit.~ ·-- Ea~--H
em que os cartunistas do foma/ satlrico Charlle Hebdo foram morto~ além de -~ 40~ '°~ ,oc~
OarpmeatodefendldonotextoesU b-.10 na
a) valorlzaç!o do carater absoluto de todotipo de simbologia teológica ereligiosa.
b)prlmazlade prlnclplosorlginalmente burgueses eliberais no campo da cultura.
1) utopia comunista da Igualdade econõmlcaeda liberdade deexpressao.
d)depretlaç!o do livmarbltrlo, em favor de uma concepç:io totalitária de mundo.
e) defesa Intransigente de res trlções paraoexeKlclo daautonomia de pensamento
Um dos 11alss!rlos prdlie11a.s com o qual aEuropa se defronta hoje e11 dia !
aquestãomlgratólla. Não que Isso seja acmdak ao longo de todo o séOJlo
XX. aEaropa se11pre se viu ~vdta.scomgruposqae sala do co1t11ente, ou
para tlest dl~gla11. Pwém, atualmeatt, amigrai.lo se tomou urna questão
tnu11ttka. O11ap.t, lnUtdado "Rotas de Faga", mostra os Canl~hosqae os
migrantes adotall.
8. UHIAOEUROPEIA (Unttor201') econOmlc~ pela desigualdade IOClal, por disputas políticas acirradas, por
Os palses ela União Europeia (UE) lora11 surpmnlldos nos OIUmos rteset tensõescolonlalse nacionalistas,casos do Pais Basco eda catalunha,condlções
por 11n enor11e ftlxode lrtlgrantes, os "'afsbuu11 reltglo 1esses palses, que geram aexplosao da Guerra Civil, em 1936.
fugindo de guerras e ela til ta de ptrspe<tlru econõmlcase11 seus palses de <) a Espanha tem a marta da fragilidade lntern~ com agrave crtse econômica
011gem. Tal ftlxn de retugJwos f o 11afor e1qJtrl11entado pelo oontlnente dos Inícios do século XX, que empobrece os grandes proprtetárlos nobres e
desde aG1em dos B1lc1s, nadéc.lda de 90. burgueses, representados na Re pú bl lca eque, contrai! ltorlame nte, sol uclonam
aquestao Inte ma das nac lonal ldad es e, extern~ das colõnl as, com acordos
Soore tal assu1to, asslnale aalternativa CORRETA. em nome da liberdade.
a)A maioria dos reluglados faz aviagem para a Europa por via aérea, lotando d) otratamento oferecido pela Monarqul~ pelo E~rclto e pela Igreja é oau·
os salões de desembarque dos principais aeroportos desse continente. torltartsmoe avlolêncl~ afundando a Espanha em grave crise econõmlca,
b) Omaior númeroderefugladosé originário da Palestina edo lraque,em ~ o que dá origem à Guerra Civil Espanhola, vitoriosa para os trabalhadores
do agravamento dos conflitos armac!M em tais locais. e camponeses, organlzadM pelM anarquistas, com a ajuda das Brigadas
e) Ogoverno brasl~lro, por melo da presidente Olima Roussel, manlfestou·se Internacionais.
contrariamente aproposta de receber retugladosem seu território, em raz:io e)as soluções para os problemas na Espanhaest!o ligadas àaçAodos conser-
da crtse econõmlca que ora atravessa vadores, que, vltortosos na Guerra Civil, com a ajuda militar nazlfasclsta,
d)Com oobjetivo de facilitar o fluxo de refugiados, a Hungria abriu diversos mantêm o poder sobre MarrocM, controlam a Catalunh~ e passam a go-
pontosdeentrada em toda sua fronteira com a Sérvia. vemar atendendo aos prtnclpals Interesses clM trabalhadores, mantendo a
e) Oe acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados estabilidade econõmlca
(AcnurJ,a Alemanhacontlnuasendo odestino mais procurado por Imigrantes
que chegam aEuropa
11. AMERICAIATINA(FGV Ecoocmuo1ij
tgrandeapreocupaçloromob/oco tantopebimobilismodesuasregrasquanto
g. R0SSIA1UtrJl01Sl pelo isolamento em relaç3o aos acO(doScome1C/ais.Aparalisia dog111po regional
ROSStA FORMALllAANEXAÇAo DA CRIMEIA eas crescentes medidas protecionistasda Argentina preocupam osetorprivado
AROss/a anexou formalmente a Penlnsu/a dJ Crimeia a seu te(lft6do, depois brasileiro, oma/O( prejudkado pO( essa situaçl o.
de um duro discurso do presidente Vladimir Pu~n em meloa pesadas cd!Jcas Eprevts/vel acontlnuadaoposlç3o daA,gentina eda Venezuela affexililizaç:Jo
aos EUA, a Un/3o Europeia eao governo intelino da Ucr3nia. Nesse discurso das regras do bloco. t do Interesse brasilt~o Ignorar essa oposlç3oe assumir
que antecedeu aassinatura da anexa{<!o da Crime/~ Putin destacou aquest3o aliderança nas tratativas para retomar os entendimentos com a UE eaceitara
como vitalparaos interessesrussos.Segundo ele, oOddente"cruzou uma linha ampHaç3o na negoc/a{<!o extêrna com palses mais desei volvidos, eomo oC.nadá
Vl!fmelha"ao interfelirna Ucr3nia. 'A Crimeia sempre foi eé parte Inseparável ea Coreia do Sul AEspanha defendeu abertamente umaopç3o pragmática para
da Rílssla", declarou opresidente. que as conversaçlles entre aUni3o Europeia eobloco possam avançar.
Adaptado deestadao.com.br, 18/0J/lOl~ OCstadode 5 Paulo, gjun.1015. Adilj)tado
E.ssu e11presu dlrewnente envolvidas sãl> espe<lall1ente do segnento 19, PLANOCRUZADO (PUC-Rlo 2116)
e~resallat Sobrt o Plano Csuzado. ala.lo aogoverno losf Samey. e1119S&, mnale a
a) Petrolelras. alternattva INCORRETA.
b) Construçao pesada. a) Houveoconfiscoda poupança dos brasileiros, que só podiam sacai a lmpor-
1) indústria automobilística tancla de 50 mll cruzeiros, e também a mudança de nome da moeda para
d) Siderurgia nacional. Cruzado Novo.
e)Bancosde Investimento. b) Houve oconge Iam ento depreços, amoeda perdeu três zuos, os salários foram
congelados num patamar relativamente alm -o que levou a uma euforla de
consumo pela populaç~o brasl~lra.
17, CORRUPÇÃO (Uaesp m6) <) Por ter golpeado a lnfl~o galopante, oplano foi, num primeiro momento,
Sob opMto de vista individuai acouupç3o pode se, vista como uma escolha um sucesso, consegu Indo reabl lltar tempo rarlamente oent!o desacreditado
la(/onai baseada em uma ponderaç:Jodoscustos edos benettc/osdos compor- presidente da República, que chegara ao poder após a morte de Tancredo
tamentoshonesto ecorropto. No tocante .ls emp,esas, punir apenasas pessoas, Neves, de quem era vice.
Ignorando as Mtfdattes, implica adotaç nesse 3mbito, a teolia dJ maç3 pod~ d) Com otempo, houve o desaparecimento de produtos essenciais dos super-
como se a corropç!Jo tosse um vicio dos ind/v/duos que as praticaram no seio mercados, o surgimento de um mertado paralelo para suprir a populaçao
empresarial Oque constatamos ébemdife,entedisso. Acorrupç3o e,~ para as dos Itens escassos ea cobrança de ágio, ou seja, o pagamento por fora do
empresasenvolvidas na ope,aç3o Lava/ato, um modelode negócio que majorava preço tabelado do produto.
olucro em beneficio de todos. e) Odescongelamentode preçosreallzado peloPlanoCruzado li, em novembro
Entrtvistacom Deltan Martinauo Dallagnol [procurilior pdblico/. OEstado de de 1986, levou a um elevado aumento da lnflaç30 e, consequentemente, a
5 Paulo, 18.03.2015. Adaptado protestos vlo~ntos em todo o pais.
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12% Na dlUge "um<rttf ca ao processoprcdrtlvo ag,tcola lrullelro reladonam ao
;)elevado preço das mercadorias no comércio.
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Adaptarlo de Folha de S.Paulo, 1S.OJ.1S
b) aumento da demanda por produtos naturais.
<) crescimento da produçaode alimentos.
d) hábito de adquirir derivados Industriais.
e) uso de agrotóxicos nas plantações.
...
Apartir de seus o,nhdmeatos eda wllse do gnllco, êtorreio aflnnar que receio de boa parte dos palsesdesenvolv/dos, de economias em uansiç3o eem
o p;Js que tem 11alor depend!ncla de suasexp«ta\611 de petróleo é desenvolvimento de pellierem espaço em svas exportaçlles levou-os a aderir
a)a Australia maciçamente aos APC
b)oCanadá Umberto Celli Junior e BelisaE. Eleoterio. "O Brasil; o Mercosul e os acordos
q os EUA. preferenciais de comércio"'. ln; En rique Iglesi as et ai. (orqs.). Os Desafiosda Amérka
d)afndla. Latina no Século XXI, 2015.
e)aRússla.
Comlderaado otoatex to dlalmo, apresentado pelo ecar to, c°"'rffll de-se
ap,úlfençâo dos w,rdos prtferendaJs de aimérclo tom0 resultado
22. MATRIZlll ENERGIA[Espcex2015) a) dos pactos lnterna(lonals de mútuo desenvolvimento econõmlco, o que
Sob« arntllz energéUca 11u1dlal e seus eleitos nas emlss6es de gases de leva a Investimentos naquallflcaç!o da mlo de obra em países perfférlcos.
eslllfa, podemos aJlrnarqae b) do endividamento Interno dos palses subdesenvolvldos,oque provoca forte
1. amaior parte da geraç:loenergétlca da Chlnaestâ vinculada aocarvlomlneral, press3o lnterna(íonal pela comerclal~aç:io de seus produtos prlmános.
fato este que explica os níveis totalsdeemlssões chinesas de gases de estufa e) da crise de superproduç:lo dos antigos centros Industriais, o que demanda
superarem largamente os dos EUA. rápidos aoo rdos para evitar fechamentos deempresas edem lssões em massa.
ll assim como o Brasil, a Françaapresentaumadas matrizes energéticas mais d) doenfraqueclmento dos antigos blocoseconõmlcos,oque provocadlvergên·
limpas do mundo, pois ambos os países priorizam a explo~!o de seus elas po 1~kas ea:onõmlcas em selDres prod utlvos estratégkos de rada palt
vastos recursos hídricos. e) da globallzaç:io da a:onomla, o que alimenta uma crescente lntegraçao e
Ili.apesar de aenergia nuclear, que émais limpa. desempenhar papel de des· uma relativa unlformlzaçl.o das condições de existência das sociedades.
taque, s:io os combustíveis fósseis que predominam na matnz energética
norte.amencana.
IV. embora aenergia nuclear esteja entre as matnzes energéticas mais limpas 24, GLOBALIZAÇÃO (Ene111115!
do mundo, aAlemanha lançou, em 2011, um projetodedesatlvaç!o gradual Noffna/ doséculoXX eemratlodosavanç,s da á~d1,produzlu~eum sistema
de todas as centralsnucleares do pais. presidido pelas técnicas da lnformaç1q que passaram a exerce, um papel de
V. na produçl.o de biocombustíveis, a eficiência energétka do milho é bem elo entre as demais, unlndo-Js eassegurando ao novo sistema uma presença
superior à da cana de açúcar, Já que e~ge uma área plantada bem menor pánetária.Um mercado que utiliza esse sistema m11écnicasavançadasresufta
para obte r·se a mesma quantidade de ene rgla. nessa globallzaç3o perversa.
SANTOS, M. Por uma GvtraG/oba/ização. Rio de Janeiro: Record, lllO& Adaptado.
Ass.,aJe aaJternaUva qae apresenta todas as aJlr11atl'las o,netas.
a)l,lie IV U11a o,nseqa!ncla pa,a o setor prorudvoe outnpua o 111ndo do 1Rb.llho
b)l,lleV alMndasdastra~dtaclunotextoestâoprtSellES,respedl..l!ell!,m:
()11, lllelV a) Eliminação das vantagens locaclonalse ampliaç3o da leglslaç:io laboral.
d) 1, llle IV b) llmltaçao dos fluxos loglstlcos efortalecimento de associações sindicais.
e)lll,IVeV e) Dlmlnulç!o dos Investimentos lndustnals e desvalorlzaç:io dos postos qua-
lificados.
d) Concentraçao das áreas manufature Iras ereduç3o daJornada semanal.
23. GLOBALIZIIÇÃO(Unesp201,1 e) Automatlzaç:lo dos processos fabris e aumenlD dos níveis de desemprego.
Ocomêráointemadonaltemsldomarcadoporumafl(olíferaç3ostmptecedMtes
de acordaspreterenciais de comércio regionais, svb-regiona/t Inter-regionais e,
em especiai bilaterais (denominados Acollios Preferenclalsde Comércio -AP(J. 2 5•
GENERO (UEM :tml(adapwla)
AtualmMte,s3o poucas ospalses queainda n3o fazem parte dessesatordas. Com Ainda que Dlma Roo sstff tenh sido reeleita pa,aaPresldêada da Repúblka
oImpasse nas ~oclaçOesda Rodada Oohada OMC, aafttmativa dasprincipais e11201i., o resultado das úlUms ele~ões ladka a red11Zlda nepreseatação
economiasdo IIXlndo, como fstldos Unldos,Un/3oEuropeiaeChina,folbuscar de roolhnsna pollUca brasllelra. Na Clman Federal, por exemplo, das 113
acel?b(aç3ode APC como forma deconso/idare teracesso ano.os mercados. O vagas e11 dhputa, so11ente 51 fora11 assumidas por depawlas.
GU TUAUDAOUll•nt'flcstrt201' 169
.......................................................
.......................................................
SIMULADO
.......................................................
.......................................................
Co11fderaado oteru das 11!1116es de g@nero na polttka bmllelra, assl1ale Com base no texto e nos conhed11ento1 sobre u crlUcas ao pensmento
Vpara verdadeiro e Fpara falso. bl11rlo ap(laoo b expfl~6es das ll!fl!ôes soclah de g!nero, conslden as
aflnnaUvas aseguir.
( ) LA Igualdade formal entre os sexos convive no Brasil oom práticas recor- LNesse trecho, Vlrglnla Wooff Invoca o paradigma do construtlvlsmo social
rentl!s de subordlnaç:io, de lnferlorlzaçao e até mesmo de exclus:io de e entende que os posicionamentos sociais das mulheres e dos homens s:lo
mulheres da vida publica. fruto de forças sociais que~ndem a transcender as vontades Individuais e
( ) 2. Anatu rallzaç:lo de representações sodals que Identificam aesfera prlvada agerar opres!lles.
ts mulheres eaesfera pública aos homensacaba ~gltimando amanute nçao IL Para Vlrglnla Woolf, as separaçOesentre o mundo dos homens e o mundo
das desigualdades de gênero na politlca brasileira das mulheres s:lo Intransponíveis, havendo oorrespondêncla real entre as
( )~ oreduzido número de mulheres nos cargos eletivos da poIltlcabraslle Ira representações sociais e as práticas dos sujeitos empreendidas na experi-
é causado tanto pelo deslntl!resse feminino quanto pelas dificuldades ência concreta.
geradas pela mate midade. Ili.As evidências de que dfferentl!s sociedades atribuem poslçao de domínio
( )4-A recente femlnllizaçao da política brasileira se opõe aos valores de ao masculino fornerem a comprovaç!o de que os valores culturais sao
Igualdade, racionalidade e seriedade que ajudaram a constituir as de- determinados pelas diferenças biológicas entre os sexos, oque se expressa
mocracias modernas. em umacultura unlve15al.
( )>05 movimentos feministas surgiram das lutas coletivas das mulheres IV. Pelos exemplos históricos oonhecldos, os esquemas binários de represen-
contra o sexlsmo, a subortllnaç:lo e a lnferlorlzaçao Impostos por uma taçao do masculino edo feminino produzem hierarquias entre esses dois
estrutura social patriarcal. termos, de modo a reservar um status superior aos atributos classlftcados
como masculinos.
Brasil
1 ..0
31
1960
45 ..
1980 1991
7S
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Norte
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28
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84
Dei!X11doco11 osgriftai5admapmenudos, consldereualma!6tsaseavr.
~IA oos INO!CU SOCIAi$ l OBrasil ttm sua evolu1:io demogrática melhor representada na fase li a
partir da década de 1980.
Tlwl de
Esperança Mortli'klade li.Afase I do grático superior repn!senta com maior fidelidade o Brasíl na
Analfabetii mo fertilKStde
ele vlda
(%)
Infantil
(filhos: por décadade1920.
(anos) (f)Ot' míl)
ramill.a) Ili. Afase Ili representa de um modo aproximado oquettm ocorrlclo nas duas
1840 43 56 156 8, 1 últimas décadas no Brasil.
19SO 40 50 138 6,2 IV.Afase 1, de ambos os gráficos, ocorreu de modo uniforme em llldos os palsesque
18'0 •2 40 118 6,3 se urbanizaram independentemente desuascond~ões polltlas eeconOmlru.
1970 54 30 117 5,5
Estao corretas as afirmações
'"º 60 2S 88
•••
,...
1990
(lBGE)
8S
87
19
17
50
41
2,1
2, 1
a) 1, li, Ili e IV.
b) 1e li, apenas.
e) 1e Ili, apenas.
apudHervé Thery, Retrato cartogràfico eestatístico ln:lgnacy Sachs et ai, d) li e IV, apenas.
Brasil um Século de Transforrnaçóes e) 1eIV, apenas.
1. a humanidade, como um todo, percorre o último estágio da traos~ao demo- 34. 111H (Espcex2025)
gráfica, conslderan!IMe apenas as taxas médias decrescimento da populaç~ oIDH (klllce deDesenvolvfmlll> Hll1lln0) é asado pelo Program das Mlç6es
mundial. Unidas para o Desenvolvfmenll> (PNUD) para avaliar o nlvel de be11-estar
li. as taxas de natalidade apresentam nítido declínio, enquanto as taxas de soda! de um pais.Sobre o IDH, podt11osaflr1111 "'e
mortalidade praticamente se estabilizam; contudo, na Europa, as taxas de Lo cálculo desse índice é feito com base nos seguintes Indicadores socloeco-
mortalidade tendem a crescer um pouoo. nõmlcos: longevidade, nível de lnstruç!oe PIB per capita
lll a quase totalldadedas países em desenvolvimento Já exibe taxas de cresci- ll tal comoocoeficlentede Glnl,os valores do IDH varlamentreo e1, e,quanto
mento vegetativo lguals~sdos países desenvolvidos. mais próximos a zero, mais elevado será o IDH, Isto é, melhores serao as
IV. a Afrlcaalndaapresentaas taxas de natalidade mais elevadas do planeta, condições devida de um pais.
en quamo a Asla Já akan çou a médl a mu nd lal de crescimento vegetativo. Ili.o Brasil possui um IDH que o classlftca acima da média de muitos palses
V.oOriente Médio, assim como a As la e a América latina, apresenta dln~mlca em desenvolvimento, porém encontra-se ainda atrás de países como a
de cresc.lmento populac.lonal que avança para o último estágio da translçao Argentina eo Uruguai.
de mograflca ri.os IOHsap11!sentados pelosestadM do Maranh~ ede Alag<lils, no Nordeste
bras lle lrq estao entre os plores do mundo, 1nferlo res aos de países afrlcanos,
AlSlnale aalter1atlva "'t apresei ta todas as aflr11atlvascomtu. como Zlmbábue e Lesoto.
a)l,lllelV
b)II, Ili eV Assn ate a alternau vi qoe ll)rt~nta todas as aJlrnatlvas oorretu.
1)11, IVeV a)lelll
d)l,llelV b)llelV
e)I, Ili eV c)lllelV
d)\llelll
e)l,llelV
172 GEATUALIOAOES1l•umcstrc201'
Pode-se aflr11u soore oassi nto qte 3. Otextode apolo mostracomohádlferentesvertentes dentro do l~amlsmo.
a)a)ustlçaerroneamente bloqueou RS 300 milhões nacontadaempresa, pois Existem profundas dlvergênclasentreoxllsmodo Ir! ea correntewahablta da
ainda n:io se sabe a causa do fato e o tratamento da água contaminada é Arábia Saudita, por tx!!mplo, além das distintas relações que a comunidade
fácil e rap Ido. muçulmana estabelece com acultura ocidental. Posto Isso, aquest!o exige do
b) o desastre teve ampla propofl:lo deltrulndo vastas áreas verdes e regiões candidato uma reflexlo arespeito de como, equlvocadamente, multas vezes o
urbanas, mas nao provocou vitimas fatais. Islamismo évisto como uma rellglao homogênea, oque leva ageneralizações
e) as cidades queftcam ao longo do Rio Ooceestao bastante prejudicadas, pois simplistas. Existem grupos que se organizam em orientações extremistas, que
a lama contendo detritos minerais Invadiu o leito do rio e contaminou o optam pela radlcallzaçlo dos dogmas e se pautam pelo fundamentalismo e
sistema de abastecimento de água pelo combate ao Ocidente. No entanto, trata·se de uma minoria Grande parte
d) odesastre, apesar das am pias propo f1Ões, restrtnglu-se ao estado de Mlnas dapopulaç!o lsllmlca rechaça aviolência cometida pelos extremistas ebusca
Gerais, oque facllltaa açao efetivado poder público. uma convivência pacifica com acultura easociedade ocidental.
e)ofato de uma auditoria Interna ter sido feita em Julho de 201~ declarando Resposta: e
a segurança das barragens, exlmeaempresa de qualquer responsabilidade.
da Ubla, lrus onde se loca.Ilia o Deserto do Saara Jl aalternativa emenciona 12. Entre as alternativas, aúnica que combina corretamente oproduto
o "Chffre da Afrlca•, reglao no lem do continente onde ficam palses como explorado pelo pais easua relaç!o na cadela comercial mundial éac OChlle é
Somália, Entre la, Etiópia eQu!nla Como mostra o mapa, as rotas migratórias o maior produtor mundial de cobre, extraído de Jazidas na regl!ocentro-nortl!.
cruiamessas naçõe\ oquedesmenteaaltematlva.Além dlsso,somallse erltreus Aexploraçao da matéria-prima é feltaporempresas multlnaclonals, queretlram
estaoentre as naclonalldadesque formam os maioresgrupos de refugiados. o mineral eo transportam para os palses ricos, reproduzindo a condlçao de
Resposu:c exportador de commodltles de seus vizinhos, conforme menciona Eduardo
Galeano, no texto de apolo. Aprátlraexploratóna reafirma o lugar do pais na
Olvlsao Internacional do Trabalho criticada pelo autor.
8. <h refugiados chegam a Europa porvias marltlmas eterrestres, vindos Resp05ta: e
do Oriente Médio eda Afrka, prlncl paimente da SIria edo Afeganl~, devido
a conflitos Internos, lnstabUldade e vlol!ncla Mediante o endurecimento da
polltlca de recebimento de refugiados por dlve11os palses europeus, o Brasil 13, Com malsdei7omllhoode habltantes,a Nigériaéopaís mais populoso
começou adespontar como um destino alternativo, eogovemoampllou acon· da Afrlca. Mesmo banhada pelo Rio Níger ecom Intensa atividade agrícola, a
cessao de vistos para os refugiados no país. Diante do alto flum de refugiados extraçao de petróleo corresponde acerca de go'lbdas vendas externas, tornan-
em dlreçao a Europa, a Hungria fechou os portões da fronteira com a Sérvia, do o país o maior exportador do produto no continente- multo em raLlo do
para Impedir apassagem de refugiados em dlreçao àAlemanha Mesmo asslm,a petróleo,a Nigéria se tomou amaloreconomladaAfrlca OBolm Haram surge
Alemanha ainda éopaís mais procurado pelos migrantes ese prop(lsa receber no Nordeste do pais, no estado de Yobe, visando Impor a Shana (lel lslamlca)
milhares de refugiados. eo banimento de costumes ocidentais ecnst:IM. Além da Nigéna, as disputas
Resposu:e entre crlstaos emuçu !manos também ocorrem em outros países subsaan anos,
na Afrlca Central eOcidental.
Resp05ta: e
g. Com aanexaç!oda Crimeia pela Rússia, em 2014 ogoverno Putln tenta
fortalecer sua liderança epopularidade Interna, além de assegurar seus lnte·
resses geopolíticos no lem Europeu. Ao retomar ocontrole da península que 14, Aeconomia africana é pouco dlve11ificada, sendo essencialmente
Jl havia sido parte de seu terntórlo no passado, a Rússia retorça o sentimento ag rtcola Como se tratam de bens pnmános, de bahro valor agregado, as receitas
naclonallstae fortalece a política Interna, desgastada nos últimos anos pelos que os países do continente obtém a partir das exportações desses produtos
problemaseconômlco!. Além dl~o, otradicional nacionalismo russo élm portante geralmente n!o s!o multo substanciais. Odesafio da economia africana é
fatordeatraçaodoeleltorado no pais. Ao mesmo tempo, Putln buscaautonomla aumentar o nível de lndustrlallzaçao, quealndaé multo baixo. Outrofatorque
sobre areglaoqueabrlgasua estrati!glcabasenaval de Sebastopo\ únko ac= !Imita as trocas comerciais entre os países do continente é a slmllarldade da
da Marinha russa aoMedlten1neo.Ao Intervir diretamente na crise da Ucranla, produç!o- como eles dispõem basicamente dos mesmos produtos, ocomércio
Putln também busca restringir oavanço da UnlaGEuropela(UE).Obloco busca lntrarreglonal acaba ficando restrito. Soma1e a Isso a Instabilidade polltlca e
atrair a Ucranla para sua zona de lnfl~ncla, o que évisto pela Rússia como as rivalidades étnicas entre as populações, presas afronteiras traçadas artlfi-
uma tentativa de minar asua hegemonia regional. No entanto,após oepisódio clalmente pela Confer!ncla de Berlim.
da Cnmela,a UE acabou fec.hando um acordo de livre-comércio com aucranla Resp05ta: b
Resposta:d
11. Otexto refere-se ao Mercosul, bloco Integrado por Argentina, Brasil, 16. Deflagrada pela l'ollcla Federal em março de 2014, aOperaç~o lava
Paraguai, Uruguai e Venezuela. oMercosul está atualmente em negoclaçao Jato Investiga um amplo esquema de lavagem edesvlode dinheiro da PEtrobras,
para firmar um acordocomerclal com aUnlao Europeia, mas existe a reslst!ncla envolvendo executlllls da estatal, polltiCM de altoesca~ egrandes empreiteiras
da Venezuela eda Argentina Os dois países saocontrárlosa flexlblllza,;!o das do ramo daconstruç!o. Oesquema envolve opagamento de dinheiro por parte
regras do MerCMul, pois temem que a abertura comercial possa prejudicar dasempre-ltelrasa partidos polltkos por melo, principalmente, de llcltaçõesde
suas Indústrias por permitir o Ingresso de produtM manufaturados europeus obras da estatal elavagem de dinheiro. Um marco Importante da Operaçao foi
mais baratos. OImpasse evidencia M Interesses divergentes eas assimetrias adenúnclae acondenaçao hlstórlcadM corruptores - empresas eempresários
econOmkas entre os países que compõem o bloco. mlllonárlos que Manos se utllliam de esquemas afins.
Resposu:a Relp05ta: b
17. M comparar acorrupç!ocom um modelo de negócio consolidado, o li. Incorreta: Amatriz energética franCl!sa tem predomfnlo de energia nuclear,
auwr acaba por lnstltuclonallzá-la, sem, entretanto, ex.lmlr do Individuo sua sendo responsável por 75% do consumo energétko do país. Opaís busca
parcela de responsabllldade pela prática. Um sistema em que todos se benefi- uma translç!o dessa matriz e assume metas de reduç!o do uso de fontes
ciam - Indivíduo elnstltulç!o-Ulma acorrupç!o pragmática, por visar oêxito nucleares nos próximos anos.
ea utilidade prática, em beneficio de tlldos. Ili. Correta: Os Estados Unldoss!o extremamentedependentesde combustlvels
Resposta:c fMsels.
IV. Correta: Em 2011,AngelaMerkA!I decretouofethamentodas usinas atómicas
mais antigas do pais em decorn!ncla do acidente nuclear de Fukushlma,
18. As mudanças sociais naturalsocorridas pó~ rede mocratizaç!o eo no )ap!o.
amadurecimento do Estado e da democracia ao longo dos anos contribuem V. Incorreta: Acana possui maior eficiência durante o processo de produç!o,
para um sentimento de valorlzaç!o da liberdade econfiança crescente na força uma vez que produz mais biocombustível por área em relaç!o ao milho.
da democracia. Ocrescimento gradual dos movimentos sociais, apromulgaç!o Resposta:d
da Constitulç!o, o restabelecimento de direitos cMs e polltlcos s!o causas
e consequências do reconhecimento do valor da liberdade de expressao no
exercltlo da cidadania. oaumento na proporç!ode pessoas que acreditam no 2 3. Agloballzaç!oaumentou alnterdepend!ncla entre osatoreseconõmlcos
regime democrático ao longo dos anos, como mostra ográfico, é reflexo dessa globais. Após a quedado Muro de Berlim, em 1989, oplOCl!sso se Intensifica e
conjuntura.Ainda assim, cabe ressaltar que ocontingente deu% entre os que têm lnklo a quebra de barrelrastarlfárlas e oaumento do grau de lntegraç!o
preferem a ditadura n!o é Inexpressivo - vide as manifestações em favor da comercial entre os países. Aprocura pelos acordos preferenc.lalsde comércio
voltados militares que aconteceram em 2015. é uma alternativa aos amplos acordos mediados pelaOrganlzaç!o Mundial do
Resposta:d Comérclo,que busca um entendimento geral para Incentivar olivre comércio.
ARodada Ooha previa uma acordo comercial envolvendo todos os países. No
entanto, seu Impasse vem levando as nações a buscar soluções regionais e
19. Oconfisco dapoupançaaoqual aaltematlva•a•se refere ocorreu no bilaterais, de forma a dinamizar eagilizar as transaçõescomerclals. Amassl-
governo de Fe mando Collor de Melio, durante oc hamado 'Plano Collo r".OPlano ficaç!o da prátka leva à gradual erelativa busca de uniformidade que regule
Cruzado lançado porSarney foi oprimeiro de uma série de medidas lançadas a transações entre economias com padrões multo dUerentes.
partir da redemocratlzaç!oque visava combater alnflaç!o. Entre as principais Resposta: t
determinações do Plano Cruzado, estavam atrocado Crun!iro pelo Cruzado e
ocongelamento de preços.
Resposta: a 2 4, Agloballzaç!o unive~allza os avanços tecnológkose distribuino globo
as mudanças trazidas por ele. Alnovaç!o tecnológica revoluciona o moclo de
produç!o,a organlzaç!oe estrutura dasempresase do trabalho. Asubstltuiç!o
20. Acharge crltka ouso ex(esslvo de agrotóxicos na agrkultura brasi- dos processos manuais por processos automatizados aumenta aprodutividade
leira eas consequências do consumo de seus produtlls. Autlllzaç!o Intensiva esofistica oproduto. Porem, aotlmlzaç!o da produç!otem comoronsequêncla
de agroqufmlros, como pesticidas, fertli~antes e adubos químkos, apesar de o desemprego estrutural, que ocorre quando otrabalhador é substituído pela
aumentar aprodutividade, causa prejuízos à sallde humana, estando relacio- máquina. Por Isso o autor classlficaofenõmenocomo perverso.
nado principalmente à Incidência decasosdeclncer. Segundouma pesquisa do Resposta: t
IBG~ em 10 anoso aumento do uso de agrobixkos no Brasil mais que dobrou.
Estima-se que 10% dos alimentos in natura consumidos no Brasil estejam
contaminados com agrotóxkos. 25.
L Verdadeiro: Apesarde ~ haver umadlscrlmlnaç!o farmai contra as mui heres,
Resposta: e
alnferiorlzaç!o aparece na sociedade brasileira em aspectos como o salário
mais baixo em posições de trabalho Iguais eo baixo índice de mulheres em
21. opetróleo eogas natural s!oos principais produtosdeexportaç!o da poslç!ode chefia.
economia russa. Essa lnformaç!o ea análise do gráfico permitem Inferir que 2. Verdadeiro: Ourante muitos anos, as mulheres foram Identificadas como
o pais éoque mais sofre com aqueda nos preços do petrôleo, sendo o únko a responsáveis pelo lar e pelos afaieres doméstkos, cabendo ao homem o
apresentarretraç!o naatlvldadeeconõmka com aprojeç!odo barrllamenosde trabalho fora de casa. Mesmo com as mulheres conquistando mais espaço
sodólares. Aqueda do preço do barrllseacentuouapartlrdofimde 2014,devldo, no mercado de trabalho, ainda permanece em muitos setores da sociedade
sobretudo, à demanda mais baixa do que o esperado na Europa e na As la, ao avls!o de que amulher seria menos capacitada para cargos de chefia, oque
aumento da produç!oe ofertadoprodutoe aocresclmentodaproduç!ode xisto se reflete narompos~!o de gênero no Congresso Nacional.
betuminoso nos Estados Unidos, que se constitui numa alternatlvadeofertade 3- Falso: Abaixa representaç!o feminina na polltlca brasileira é reflexo do
óleo fora dos paises da Organ lzaç!o dos Países Exportadores de Petróleo (O pe p). preconceito da sociedade, que restringe opapel profissional epolltko que a
Resposta:e mulher pode exercer.Adeslgualdadedeg!nero !Imita, lncluslve,a ocupaç!o
de posições estratégicas pelas mulheres dentro dos própr!M partidos.
4. Falso: Afemlnllizaçao da política brasileira converge com os valores de
22. Igualdade dentro das democracias modernas.
1. Correta: Cercade70%doconsumo energético da China vem docarv!o mineral, s. Verdadeiro. Omovimento feminista surge para reivindicar Igualdade de
fonte altamente poluidora. No fim da década passada, o pais ultrapassou os direitos para homens e mulheres.
Estados Unidos ese tornou omaior emissor mundlaldegasesdoefeltoestufa. Resposta: vvm
2 6, Aescritora Simone de Beauvolr éuma das maiores expoentes do 30, Aanálise das duas tabelas revela que oaumento dos Indicadores
movimento feminista. Em seu livro OSegundo Sexo, ela reflete sobre a de qualidade de vida é proporcional ao aumento da taxa de urbanlzaç!o
condlçao de Inferioridade e submlss!o da mulher na sociedade patnarcal. do pais ao longo dos anos. Apartir da segunda metade do século XX, os
Naf rase 'Ninguém nasce mulher. torna-se mulher', ela parte da premissa de projetos Industrialistas edesenvolvlmentlstas estlmularam ocre.sclmento
que amulher n!o se define apenas pelo aspecto biológico. Beauvolrclasslflca econõmlco ea urbanlzaç!o, que provocou melhoras significativas no modo
o conceito de feminino como uma construçao social dentro do contexto de de vida da populaçao. Isso ocorre principalmente porque, nas cidades, a
domlnaç!o do gênero masculino. Sua obra contribui para a organliaç!o da populaç!o tem mais acesso a serviços de educaç!o, saúde e saneamento
luta das mulheres por direitos e ajuda aImpulsionar nos anos 1960 protestos do que no campo.
que pedem Igualdade de gênero. ResposU:c
Resposta:c
28.
1. Verdadeiro: Omovimento pendular ocorre quando os deslocamentos s!o 32.
dllriose n!o pennanentes,comoos realizados por trabalhadores eestudantes. LCorreta: Oúltimo estagio da translçao demográfica aponta para sua esta-
Esses movlmentM ocorrem devido àfalta de oferta de emprego eestudoem blilzaç!o, com declínio da mortalidade eaumento da expectativa de vida
cidades pequenas. ll Correta:Ataxa de mortalidade tende acrescernooontlnenteeuropeu devido
1. Falso: o conceito de urbanlzaç!o está relacionado ao crescimento das ao envelhecimento de sua populaçao.
cidades eao processo de fonnaç!o ou ampllaç!odas áreas urbanas. Rura· Ili. Incorreta; Muitos países em desenvolvimento ainda sofrem com aexplos!o
llzaçao éofenõmeno de transferência de características do campo para o demográfica.
melo urbano. Nenhum dos dois conceitos édetennlnado pela ocor~ncla IV. Correta: AAfrlca apresenta a maior taxa de crescimento demográfico entre
de deslocamentM. os cinco continentes.Já a taxa da Aslaê baixa, apesar de ser ocontinente
3,Verdadelro:As migrações sazonais s!otemporárlas, também motivadas por mais populoso do globo.
questões de necessidade, como a busca de emprego em cidades dlstantes da V. lncorreta:O crescimento populacional apresentado pelos países do continente
moradia do trabalhado t asiático epelos Integrantes da América Latina êdíspar.
1. Falso: Oconceltodepopulaç!o relatlvacorresponde àdensldadedemográfica ResposU:d
de uma regl!o, ou seja: éa relaç!o entre o número de habitantes e a área
ocupada por eles.
s.Verdadeiro: Asegmentaçao entre os locais de re.sldêncla e de emprego 33, Em meados de 1soo, chegam ao Brasil os primeirosJesuítas, Inte-
ocasiona deslocamentos rotineiros e Interações espaciais entre as cidades. grantes da ordem católica Companhia de Jesus. Eles foram os responsáveis
Os arranjos s!oas unidades que concentram aoferta eoonõmlca, social ede pela catequlzaçao dM lndlose educaç!o dos colonos, através da construçao
Infraestrutura epor Isso recebem um grande fluxo de pessoas emercadorias. de Igrejas e coléglM. No processo de conquista e colonlzaçao da América
Resposu:VFVFV portuguesa, a Igreja (atóllcaatuou decisivamente para a expans!odo Im-
pério Ultramarino Lusitano. Acatequese eaconver1!0 dos nativos era uma
fonna de controle eocupaç!odos territórios coloniais. Atualmente, aIgreja
2 9, Para responder aesta quest!o épreciso Identificar aquais palses Católica se volta novamentl! àAmérica latina propondo uma renovaç!oe o
pertencem as cld ades apresentadas no grafl co, em que oontlne ntes esses palses desengeS!iamentode dogmas oonservadores, tendo como principal expoente
se localizam ese essas nações s!odesenvolvldasou em desenvolvimento. Das dessa mudança o papa Francisco. Como reaç!o t expans!o de rellgilles
20 cidades que figuram no mapa, 12 esUo no continente asiático. fias estáo evangélicas euma busca da renovaçao do seu público por melo da atraç3o
localizadas em países desenvolvidos, como Jap!o eCoreia do Sul,e em países da populaç!o Jovem (geralmente mais afastada de práticas religiosas), a
em desenvolvimento, como índia e China N!o à toa, a Asla é o continente Igreja se vale de ações como a reallzaç3o de eventos mobilizadores, como
mais populoso do planeta -quase 6o% dapopulaçao mundial mora em algum as Jornadas Mundiais da Juventude; o apelo à partlclpaçao dos Jovens
pars aslatloo. na dlfusao de praticas catequistas; e em práticas sociais Inclusivas, que
Resposta: a dialoguem com ocontexto social atual.
Oranklng é dividido em quatro faixas: multo alto, alto, médio e baixo de- Prd4entt N>tll Mldla: Willter lOn,.>
PreO:ltntefdltora.•t"ll:AleiaMretaWlnl
senvolvimento. Diretor CClmeldal: ~Gblel COmprldo
Ili. Correta: OBrasil pMsul um ln dice de 0,755 e é classificado como um país Oltttu deVindas pmAuHfocll: omas Mletto
Dlfâo,de Marlletlns: Jla80Afno
de alto desenvolvimento humano, mas ainda está atrl.s de alguns países Diretora 0111ta1 eMclblle:Sa'llra.catYalho
v~lnhos,comoArgentlna eUruguai Oltttor de~ Edlll'.lflal:Edward Plm8'tl
IV. lncorreta:Apesarde serem os dois estados com pior IDH do Brasil, Maranh!oe D1re10ta.fdltmal Abtll: Alec:sard'i.Zapparolh
Aia,oasalndase encaixam na categoria de médio desenvolYlmento,enquanto
Lesoto eZlmbábue est!o na faixa de baixo desenvolvimento.
Resposu:a e=
Olfttl:lr ldlll:rlal · tstllo de Wlda: SêrgklGwercman
Oltttu deAeda(3o: rabloVdpe
35. Acompensaç!oamblental éum lostrumentode polltlcapúbllca que Diretor de Ntt:ráblo eosqA ldttus Nblo Akb sasakl, Usandra.Matl~ Ma-ln. Nadai, Paulo M:ttda
R1pórter:Ana lt.llrenço Anahsta. ,e lllforma(Df5 Gerelldals: S11ro1e Chawes de Tdedo Mal.lsta. ft
lníotma(tlf5 Gffe,c.lals ir,:Maria Femanda.Tepeldglan Des11n11s: Mnut Nao, WIIOr ll'l)Je At81dlmff'IIO
vlsaacontrabalançaros lmpactosamblentals esociais futuros ou Já ocorridos
ao UltU: caro11na.Garofalo, SVd'aHadch, soniaS.ntos, wall.111a Glorg~o CTl fdua-00 Blanoo(SupervlSor)
devido á lmplantaç!o de um empreendimento. Aconstruç!o de uma usina
PROOUTO OIGITAl Gertntede lle86dos Dl81lals: Mltlanne NIShlhat.a Gerentes ele Pfoeluto: Ptdro
hidrelétrica, por exemplo, provoca alnundaç!odeextensas áreas, oque pode hkre'lo e Rnt.aGoffl!S de Ag!Jar Mallstu de ltodutr:k Elllne Cr!Slhl oos santos e LeOnam e«nanlo
afetar a wgetaç!o local e forçar o deslocamento de comunidades Inteiras. A ou11ners: oanllo ~ \ ,-Alw lbelra, Stnone Yamamoto Al1ma(3o: Felpe lNr(IJI tst:aglitlet Da1el
tto oesawt,111,1110: NQrSl:l'I lrelato Poll, Cah reli., Denis v 1\15.'so, Eduardo e«&es Ferreira, Elton
compensaç!o pode se dar por melo da destlnaç!o de recursos para acrlaç!o Prado. fftatlltlo: \llnk:lusArruda
ou manutenç!ode áreas de conservaç!o pela empresa empreendedora. Esse CDI.ABDMRAM NESTA fDl;ÃO <onsult«&l: IIIOberto Cardtkrl bporl3t1J11: Cihdkl SOi'~ Ofdo TtuJllo
Instrumento está assegurado na lei quelnstltul oSistema Nacional de Unidades hb'ae; Glown ~ su2111, Mlrdl N(I.UElraTonello, Martlla san ).lan Aançl, ShEfla. Mrarda, Thals
Matcg Plnhdrt>i Therna V!flturol~ Yllllll'II ladro, Ytrl Yil9c:oocebs. lnfqyaflae lluflJ~AI"' Ny>!lrq
deConservaç!o da Natureza Mwrldo Plane!, MUltl-SPAl!'risl:k ):d \li~ Berna-do
Resposu:d WIIM,&!Jadcetudm.o:m.ru
VINDAS O[ PUBUCIDAD( -An:lrta\'elp; !RD,AIU Stvens Onttrrw:lcna.0,.WMaeooo«ooa, oec«açao
e e ~. Cristiano Pencna '"nancsrt4 Oillllela seraftm (recrd0$la, Telea>m, Ed~ao e saddfl
36. Orompimento de uma barragem de rejeitas de mlneraç!o da em- Sielna SOOto (Bens de Coosurrol Wlllam Haec,lai (rransp:,~ '**Hkladt\ fntrECenlfflllO e Turtsmo)
VENDAS NAl NJOltN(IA -MaJltofl Granacb(ltcus,:isl, Ctrlhla:Obre:lrt(OroJa(J) ewne,rtmnln~
presa Samarco, na zona rural de Mariana (IIG), provocou o maior desastre DanlelaVadl twl ka-o ffdtas (OOJltÇao ~a,IUfestJI•, LUd Sllta ('l'endas Martdlfl.! 01,eto), Marco
TulkJArabe (rst.Wlo de Crlai;aci, Mary Vtru{VtndasC«pora11wa5l PmflgoChlfla311a(e-bU51nesisl Yi11son
ambiental Já ocorrido no Brasil. Uma enxurrada de so bilhões de litros de JOnkr r.tndas Pesmls) MUICEf!NG- Miro A.bellelra('\lejal,Andrea.Costa íPesqutside M!Kado), ctw
lama contendo metais pesados atingiu nove cidades percorrendo o Rio Affletla. (Ufesttkl, <arollna. &fflalll (rn1n1n~, Diego MaO!do ~lw11 61& oatq ralaNdprete (l);am•,
Rbrdo Packness ()M:eans e fwntos). OIGITAL f MO Bill . Adriana btobtlr:l{Métr~, Alrton l,:p!S
Doce ate desaguar no litoral do Espírito Santo, a mais de 600 qullõmetros (T~dasl Man:OS Rancescdnl (IBpn~de Terdnd~, Pl:ldrlgo MUUns(llHles so~
de dlst!ncla Aregl!o mais afetada foi o distrito de Bento Rodngues,onde APOIO . Mflll IMNOED COIITENT . oa,nar serpa, ICUla Milltelbe Thla&OAral.lO PlANE,!AMIHfO,
ao menos 17 pessoas morreram e mais de 600 ficaram desabrigadas. A CDHTllllE e OPEM~OIS - fdlson soa-es ~ . flenatumunes (Marketing e c«rtlódo) CIOD< e
AIRll PRfSS EIEnce renart RfCUASOS HU*NOS . Nll KoN (Sa,We e Sttwl{osl Aleslsard'ade castro
responsabilidade pelos danos humanos, sociais eamblental.sédaempresa (Desnolflmtnto Otp11tzadoniill Mlrdo Na.Sdmento ~UIIEfaç20 e eene«dos) e 11e11naCOtdelro
(Consultoria htlfna)
poluidora, segundo o direito ambiental, através do princípio do poluidor-
RfOAÇÃO e (OR.ltfSPONOlk<IA -IN.das •ai;6es Ufl~ 7UJ, ~ and~ Pinheiros, sao Pau~ SP,
-pagador. Oe acordo com a leglslaç!o, cabe ao poluidor fornecer os recursos c.EPo~lel.bl)):97-1000.
earcar com os custos de reparaç!o. ASamarco, cujos donos s!o a brasileira PU IUCIDADf sAtl PAUlO e lnbrma(lle mtt rt!Pf9!ntllltesde: p.tillddade no 1ras11 e 11> fl:tell«:
Vale e aanglo-australiana BHP, Já foi acionada legalmente para arcar com www.publabrll.cun.lr
as consequências do desastre. Gl At\lAUCWIS l' sene:m JOl6 «b3 ~N ]IHfiU-10419 J) 4unapuUkaçao dafdtmAkll Ed"6f5
anll'ltns:'ffl'da9'dJ§laemteocas,pelo 1nçodu'.1Unaed(J)tm bl'lta ff81Sdespuadenmessa. SOldt!
Resposu:c ao !eU 1analelf0. DISIJlluda:emtcdo o pats pela.OtapSA. Dtstlbukb'aNadcnalde PUUI~ sao Paub.
APU BUCA-;AO nu adldte publk:ldldit rmlonal.
SIIWIÇDAO ASSINAN'f(: Grarde s:ao Paulo: tuJ sol]nu
37. Segundo dados da Organlzaç!o Mundial da Saúde (OMsi mais de Demais kolldads OI00}'1'Sllll VMw.abrllsac.(J)ffl
PARA ASSINAR: Q'ande: Slo Paulo: (1l) 334,nll
Demais kolldads 01007152&» VMW.asslneabrll.com.tr
so milhões de pessoas s!o Infectadas pelo mosquito da dengue (o Aedes
Para adqulllr osdlreltt.lt de ttprodU(Jodetextos e Imagens do QJacb Estudante,
aegypt~ todos os anos. OBrasil passou por uma grave epidemia da doença aasse M'IW.abrlcaiteu:lo.combr
em 2015, quando foram registrados pelo menos 1,5 mllh!odecasos prováveis IMPRfS'SA NA GRN'ICA .OIIU•. Ot.aVlam Ahedf! Uflll, 4400, CEP029(11}9)0 · fft&,tlesladoó ·
da doença, com mais de 700 mortes confirmadas de acordo com o Ministério S:loPaJO·SP
da Sa(lde - os índices s!o recordes no pais. Além da dengue, o país também IVC.. rtPP ~ ~ SIP
se viu assolado por outras duas doençasadvlndas do mesmo mosquito trans-
missor: a febre chlkungunya, com Início em 2014, ea febre zlka, a partir de ,,Abril Ml~U.
Praldeflte:Walt8" LOOW)
2015. Com sintomas multo parecidos com osda dengue, ozlka vlrus alarmou
Oltttor·SUpetlntenditfltt da Grãftca: EdualdoCosta
o pais devido á relaç!o entre os casos da doença e o surto de microcefalia, Olrelor ele flrer9seGe:stlO: rábk> Petrossl Gllb
especialmente na Regl!o Nordeste. 011etoraJurldlca: MarlanaMaela
Olftloradit AeOJUOt HUmanos: Oaudla.Nbelro
Resposu:d
Zyginunt
Bauman,
o pensador da
1D • •
modernidade
líquida
Na época atual, o ritmo
incessante das transformações
gera angústias e incertezas e
dá lugar a uma nova lógica,
pautada pelo individua1ismo
e pelo consumo
''Fluidez• é a qualidade de
líquidos egases. (..J Os lí-
quidos,diferentementedos
sólidos, rnl'o mantêm sua forma com faci-
lidade. (..J Os fluidos se movem facilmen-
te. Eles ''f!uent'1 •esrorrem.... •esvaem-se"'
"respfncrnm.., '
"transbordam" ' "vazam..,'
'"ó_.. ~ j ' '