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A Imputação Objetiva no Direito Penal – Günther Jakobs

Capítulo I – Fundamentos da Imputação objetiva do comportamento

Jakobs narra o mito de Adão e Eva e fala sobre a imputação da responsabilidade sobre
os dois diante da atitude de Eva pela influência da serpente, e afirma que este é um dos
primeiros casos em termos de imputar a culpa. Isso se faz através de um CONTATO
SOCIAL. Neste contato, gera-se uma VÍTIMA e um AUTOR. Alguns terceiros, no
entanto, não são relevantes no momento. Um agricultor compra uma máquina nova. O
peão se machuca. Houve um autor, o agricultor, e uma vítima, o peão, mas os fabricantes
sabiam que isso poderia acontecer.
Justamente por isso, a imputação tem por significado: o RISCO pelo qual deve
responder um dos intervenientes (ou vários deles) é definido como causa
determinante, enquanto que todas as demais condições se consideram não-
determinantes, é dizer, ESTIMAM-SE SOCIALMENTE ADEQUADAS. Tendo em
vista essa ideia de riscos socialmente adequados, poder-se-ia imputar a culpa à vítima,
afirmando que ela cria o risco ao envolver-se com a máquina, ou com o fabricante, que
não tomou os devidos cuidados com o produto, ou com o autor, que deveria ter evitado a
curiosidade da vítima.
Ou talvez, ninguém teria culpa. O caminho correto é o objeto da imputação objetiva
do comportamento. No entanto, como se sabe, todos os caminhos seriam possíveis dentro
de determinados CONTEXTOS SOCIAIS. Por isso, a imputação objetiva do
comportamento tem em mente a SOCIEDADE CONCRETA em que se insere a conduta.
A teoria naturalista falha nesse ponto. Os resultados, por si só, não possuem grande
interpretação sem todo o contexto social em que se inserem. Se assim não fosse, as
pessoas iriam refletir por dezenas de horas antes de tomar quaisquer atitudes.
Tendo em vista a infinidade de combinações possíveis, o Direito seleciona algumas
pessoas para que se possa imputar a causalidade de determinados resultados. Se não,
teríamos um ad infinitum de possibilidades de imputação, como já se bem sabe. É uma
tentativa de PADRONIZAÇÃO que cria um verdadeiro PAPEL SOCIAL de indivíduo
que gera o resultado. E assim, os contatos anônimos se tornam possíveis. Mesmo sem
conhecer, já sabemos que o ladrão é um criminoso. Esse fenômeno de criação de papéis
“abstratos” é a DESINDIVIDUALIZAÇÃO.
Sendo assim, na imputação, imputam-se os desvios a respeito DAQUELAS
EXPECTATIVAS a que se referem ao portador de um papel. Entenda-se papel como
um sistema de posições normativas. Assim, neste sistema, a ação individual poderá ser
SOCIALMENTE [juridicamente] interpretada. E deste modo, se o condutor anda numa
velocidade acima do normal, ele cria um risco, e mesmo que discorde, é punido por esse
risco, pois sua ação é socialmente interpretável.
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