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A transição da música barroca para a clássica foi efetuada sobretudo por Carl Philipp
Emanuel Bach (1714‐1788) e por seu irmão Johann Christian Bach (1735‐1782), filhos
do compositor Johann Sebastian Bach (1685‐1750). Os compositores passam a elaborar
formas mais desenvolvidas, como a sinfonia e os concertos para instrumentos e
orquestra.
Segundo filho de Johann Sebastian Bach e Maria Barbara Bach, seu talento se
manifestou já na infância, recebendo completa e esmerada educação musical
de seu pai, mas inicialmente tencionava dedicar-se profissionalmente
ao Direito, estudando na Universidade de Leipzig e na Universidade de
Frankfurt.
Deixou obra volumosa, com mais de 750 composições entre peças para
teclado solo, concertos, sinfonias, música sacra, música de câmara e lieder.
Cravista virtuoso, cerca de metade de sua produção é para o teclado, além de
ter deixado um importante tratado técnico que exerceu grande impacto.
Sua música é louvada pela sua originalidade, inventividade, vigor, elegância e
incomum expressividade, caracterizando o chamado Estilo Galante ou Rococó.
Introduziu importantes inovações em termos de forma, estilo, estrutura e
harmonia, contribuiu significativamente para o desenvolvimento
da sonata clássica, e é considerado um dos precursores da formação do
idioma e das formas musicais típicos do Classicismo. Ao mesmo tempo, a
intensidade da expressão emocional, a imprevisibilidade e os fortes contrastes
de sua música o qualificam também como um dos primeiros românticos.
Seu prestígio foi muito grande enquanto viveu, tido como um dos maiores
virtuosos, compositores e professores de sua época, mas na primeira metade
do século XIX declinou radicalmente e sua produção foi largamente esquecida.
Sua obra começou a ser resgatada na década de 1860, mas embora voltasse a
ser mais apreciado, ainda era tido como uma figura menor, de talento limitado,
notável mais por ter sido um agente destacado na consolidação da linguagem
clássica do que pelos méritos intrínsecos de suas composições. Esta visão só
começou a ser revertida na segunda metade do século XX, quando os estudos
a seu respeito iniciaram uma fase de acelerada multiplicação e
aprofundamento, mas permaneceu influente até a década de 1990. Desde
então sua reputação vem sendo rapidamente recuperada, já sendo
considerado em ampla escala como um dos mais importantes, originais e
influentes compositores do século XVIII.
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Joan Benson, cravo
Solfeggietto, Wq.117.1 /
H.220
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Música orquestral[editar | editar código-fonte]
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Advent Chamber Orchestra e Constance Schoepflin (flauta)
Presto, do Concerto para Flauta em sol maior
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Advent Chamber Orchestra e Constance Schoepflin (flauta)
Os que têm o teclado como instrumento solista, treze no total,
são os mais inovadores do conjunto, contribuíram
significativamente para o estabelecimento de sua reputação
como compositor,[27][30] e foram uma importante influência para a
geração seguinte, notadamente na produção concertante
de Mozart, que deles retirou muitos ensinamentos em termos de
estrutura, do uso expressivo das dinâmicas e da atmosfera
de recitativo e lirismo dos movimentos lentos.[31] Vários foram
revisados depois de sua composição, muitas vezes modificando
drasticamente sua substância.[30] Destaca-se no conjunto
o Concerto em ré maior Wq 11, de expressão sóbria e
concentrada e intenso conteúdo dramático, distante dos espírito
leve, ornamental e despreocupado mais comumente associado
ao Estilo Galante. Seu allegro inicial ainda remete à forma antiga
da sonata, com apenas um tema principal e variações, mas o
material polifônico é limitado, indicando um caminho
progressista.[32] Também é notável a coleção de Seis Concertos
para Cravo Concertato Wq 43, pelo fato de se dirigir a um
público amplo onde se incluíam amadores, tornando-se muito
apreciada. Não obstante, sua escrita é muitas vezes exigente.
No geral eles seguem o modelo básico do concerto popular no
norte da Alemanha, mas em muitos pontos são experimentais e
inventivos, ultrapassando as convenções estabelecidas para o
gênero. Nos movimentos lentos, de qualidades líricas ou
patéticas, ele se mostra em geral mais original, explorando
relações tonais incomuns e exibindo grande liberdade na
estrutura, sem abandonar um poderoso sendo de coesão
formal.[33] A imprensa de Hamburgo comentou essas obras em
1772:
"Finalmente podemos anunciar aos conhecedores e entusiastas da
música a publicação completa dos seis excelentes concertos para cravo
do nosso estimado senhor Bach, pelos quais estivemos longamente
esperando com impaciente ansiedade. Todos os seis satisfazem as
expectativas que formamos a partir das obras-primas de um intérprete
como ele, que conhece todos os mais belos aspectos do instrumento.
Uma nobre melodia é acompanhada por bem escolhidas harmonias,
ajustando-se às características do instrumento da melhor maneira, com
passagens brilhantes nas quais o músico pode demonstrar sua
habilidade e seu instrumento da forma mais vantajosa, embora o senhor
Bach tenha tido cuidados para torná-los acessíveis aos amadores".[33]
Página manuscrita do allegro doConcerto para Teclado em
mi menorWq 15
Ainda que os concertos fossem parte essencial de sua vida
profissional, em particular os de teclado, nos quais atuava
como solista, suas sinfonias não atendem a uma
necessidade prática semelhante, e formam um grupo
relativamente pequeno de dezoito exemplos. [34] Oito datam
do período berlinense e nada se sabe sobre as
circunstâncias de sua composição, mas elas parecem
atender às necessidades das sociedades musicais da cidade,
que imitavam as preferências da corte e as difundiam entre a
burguesia ilustrada, contribuindo para formar o gosto em
ampla escala. Entre as mais importantes dessas sociedades
estava a Musikübende Gesellschaft, fundada em 1749, que
tinha como hábito executar "somente as mais recentes e
melhores aberturas, sinfonias e trios". Várias cópias
manuscritas de sinfonias de Bach foram encontradas nos
antigos arquivos desta sociedade. Seu estilo trai a influência
de Johann Gottlieb Graun, que seguia uma estética
italianizada favorecida pela corte prussiana.[35] Já o grupo
restante do período hamburguês exibe uma abordagem nova
e mais pessoal, e foi fruto de encomendas: seis para o
barão Gottfried van Swieten e seis para um mecenas não
identificado. A partir de relatos da época, que sugerem a
existência de um total maior, conclui-se que várias sinfonias
foram perdidas. Várias peças sobrevivem em manuscritos,
mas sua autoria tem sido disputada. Todas as peças
autênticas têm três movimentos, no esquema rápido-lento-
rápido. O primeiro movimento é sempre o de maior fôlego e o
mais ambicioso técnica e estilisticamente, fazendo uso
regular da forma sonata.[34][36] Os primeiros exemplos ainda
se espelham na antiga sonata com ritornello, mas a partir das
últimas sinfonias berlinenes este modelo começa a ser
rompido em favor de uma estruturação tripartida que aponta
para a emergência do princípio da exposição-
desenvolvimento-recapitulação típico da sonata clássica,
chegando a uma culminação na última coleção deste
grupo.[35][36] As seis obras compostas para van Swieten são
mais arrojadas que as berlineses, com muitas passagens
virtuosísticas, um crescente uso de modulações exóticas e
abruptas mudanças de dinâmica, tonalidade e material
motívico, e na opinião de Adams se distinguem das
precedentes pelo seu caráter aventuresco e
experimental.[37] Os movimentos lentos em todas elas são
funcionalmente elementos de transição tonal entre o primeiro
e terceiro movimentos, e estes são muitas vezes quase tão
substanciosos quanto os primeiros, mas usam ritmos de
dança e têm em geral estrutura bipartida com ritornelli.
Muitas vezes Bach solicitou que suas sinfonias fossem
executadas sem pausas entre os movimentos.[34] Sua escrita
orquestral também reflete a evolução estilística. As primeiras,
segundo as práticas italianas, usam os violinos em uníssono,
com raras passagens em terças, as violas dobram
os baixos uma oitava acima e a partitura não inclui sopros.
Mais tarde ele enriqueceu consideravelmente as texturas,
culminando nas sinfonias Wq 183 com doze partes
diferentes.[34][35] As quatro e últimas obras agrupadas sob a
catalogação Wq 183 representam o ápice de sua escrita
sinfônica. Elas possuem uma textura completamente
desenvolvida em termos orquestrais, e além do baixo
contínuo, onipresente em todas as sinfonias, nestas o autor
acrescentou uma parte para violoncelo obbligato. Foi a única
coleção impressa ainda em sua vida, e ganhou o mais alto
favor da crítica entre todas desde sua estreia em
1776,[36] quando o Hamburgische unpartheyische
Correspondent noticiou:
"Anteontem na Konzertsaal auf dem Kamp o mestre de capela Bach
conduziu quatro grandes sinfonias que recentemente havia composto. A
orquestra era talvez a maior que Hamburgo viu nos últimos tempos.
Consistia em cerca de quarenta profissionais e alguns amadores, que
executaram essas sinfonias incomparáveis e únicas com tal precisão e
espírito que o senhor Bach louvou publicamente sua perícia e a
audiência deu as mais vivas expressões de sua aprovação". [36]
Christoph Friedrich Nicolai deixou outro testemunho do
grande impacto que elas provocaram em seu tempo:
"Qualquer um que desejar encontrar um compositor tão verdadeiramente
original quanto nosso Bach, que persegue livremente seus próprios
caminhos, desimpedido de todo costume ou moda, atenderá ao desejo
de seu coração nestas esplêndidas e únicas sinfonias. Em nenhuma de
suas outras obras este grande mestre mostrou-se tão original quanto
nestas; por causa disso, essas sinfonias apresentam algumas
dificuldades de execução, mas quando elas são superadas, contudo, o
esforço é plenamente recompensado. Obras como estas são dons que
somente Bach pode oferecer, e portanto todos os verdadeiros amigos da
arte desejariam que Bach nos desse somente obras deste quilate".[36]
Esta coleção traz os mais avançados exemplos da
sua abordagem progressista da forma sonata. As
tonalidades básicas dos três movimentos são
fortemente encadeadas, embora internamente as
modulações conduzam o discurso por longínquas
paragens antes de retornar à base. Segundo Kidger &
Fisher, o mais significativo das últimas sinfonias é o
uso avançado das técnicas de variação e de
desenvolvimento temático. Contudo, ainda restam
sinais da antiga sonata com ritornello, o que pode
explicar o seu uso de fortes contrastes de textura e
dinâmica e de elementos polifônicos, a fim de
emprestar maior variedade à forma.[36] A coleção foi
reeditada várias vezes no século XIX e no século XX,
constituindo o único grupo de sinfonias compostas em
sua geração que jamais saiu inteiramente do
repertório,[34] e a qualidade do conjunto de sua
produção neste gênero o coloca como um dos
principais sinfonistas de sua geração.[38]
As sonatinas são um gênero inventando por Bach que
fica a meio caminho entre a música de câmara e a
música de orquestra e entre a suíte e o concerto.
Todas foram compostas para um ou dois teclados
solo e uma orquestra, surgindo no breve intervalo de
1762–1764, quando ainda estava em Berlim. Não
ofereceu exemplos comparáveis nem antes nem
depois, e nem existem similares diretos na obra de
outros compositores alemães. Todas, exceto uma,
trazem os movimentos numa mesma tonalidade, um
padrão comum para suítes mas não para concertos. A
estrutura dos movimentos individuais (sempre dois ou
três) varia de longas seções bipartidas a uma
sucessão de formas de danças com reprises da
capo literais ou variadas. O acompanhamento dos
solos é em geral reduzido a poucos instrumentos, em
geral duas flautas e orquestra de cordas a quatro
partes, além de um baixo contínuo. As exigências
técnicas para o solista não são muito altas e sua parte
dobra em larga medida o acompanhamento, e isso
leva a crer que se destinassem a amadores ou a um
público mais popular. O autor revisou muitas delas no
período hamburguês, expandindo a instrumentação
com uma combinação variável
de trompas, trompetes, tímpanos, oboés, fagote e
cordas adicionais, além de incrementar
consideravelmente as partes do solo e do baixo
contínuo, emprestando-lhes qualidades concertantes,
ainda que sua estrutura geral não se modifique e
divirja do modelo padrão do concerto. Este grupo de
peças tem resistido a qualquer definição precisa, e
por isso tem sido pouco explorado pelos
pesquisadores, mas na avaliação de Peter Wollny o
seu estudo é essencial para a compreensão do seu
estilo tardio de escrita orquestral.[39]
Música de câmara[editar | editar código-fonte]
Frontispício para Duas Trio SonatasWq.161 para dois
violinos e baixo ou violino e teclado
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Alex Murray, flauta; Martha Goldstein, cravo
Peça para caixa de música Wq
193/6
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Música sacra[editar | editar código-fonte]
Bach deixou um grosso corpo de composições
sacras, muitas delas de largas dimensões,
como oratórios, cantatas e paixões. Embora seja
uma parte de grande importância em sua obra
completa, com trabalhos de elevado mérito, é
talvez a parte menos conhecida do grande público
e a menos estudada de sua produção.[45] Ao
suceder Georg Philipp Telemann como diretor
musical de Hamburgo, ele continuou tendo que
organizar a música das cinco principais igrejas da
cidade: São Pedro, São Nicolau, São Jacó, Santa
Catarina e São Miguel. Isso exigia a composição
de cantatas sacras, paixões, pequenas peças
corais para vésperas, salmos e dias festivos,
obras laudatórias para a instalação de novos
pastores e outros oficiais do clero. Também estava
associada ao cargo a obrigação de compor peças
fúnebres para grandes burgueses e funcionários
públicos, ou serenatas festivas para cerimônias
civis, como a posse de novos burgomestres ou
outros altos funcionários públicos. Nem sempre
ele ofereceu obras suas nesses serviços, usando
também um grande repertório que estava à
disposição, como era uma praxe da época.[46]
Página manuscrita do Magnificat, da
seção Magnificat anima mea
Neste conjunto se destacam em especial os
oratórios em termos de qualidade intrínseca e
recepção histórica. Suas peças neste gênero
trazem textos inspirados na Bíblia e são
compostas para solistas vocais, coro e orquestra.
Apesar de sua temática religiosa, não se
destinavam propriamente ao culto, podendo ser
executados como concertos fora das igrejas, ao
contrário das suas cantatas e suas paixões, partes
integrais da liturgia protestante. Além disso,
comparativamente, são as peças de maior fôlego
e maior ênfase dramática, sendo equivalentes
sacros das óperas profanas, contando com uma
sucessão de árias, recitativos e coros. Deixou três
peças neste gênero: Die Israeliten in der
Wüste Wq 238 (Os Israelitas no Deserto), Die
Auferstehung und Himmelfahrt Jesu Wq 240 (A
Ressurreição e Ascensão de Jesus), e a
chamada Passions-Cantate Wq 233 (Cantata da
Paixão). Elas, junto com o seuMagnificat Wq 215,
consolidaram sua reputação como grande
compositor sacro.[47]
O Magnificat foi a sua primeira composição sacra
de grande envergadura, finalizado em Berlim em
1749, e substancialmente revisto em Hamburgo
antes de 1779, quando foi executado nesta cidade
pela primeira vez. Provavelmente houve algumas
audições parciais antes disso. Outras revisões
foram feitas na década de 1780. Trata-se de uma
peça própria para o culto mariano, com solistas
vocais, coro e orquestra, contendo uma sucessão
de árias e coros. Sua recepção foi muito positiva
até depois de sua morte.[48]
Suas cantatas são em muitos aspectos peças
similares aos oratórios, embora menores e menos
ambiciosas e mais intimamente ligadas ao culto,
sendo associadas a determinadas festividades do
calendário litúrgico, como oNatal, a Páscoa, a
Festa de São Miguel e o Pentecostes. Desta
forma, muitas vezes sua escrita é mais exuberante
e brilhante que as paixões e oratórios, usam
também recursos polifônicos e harmonizações de
corais luteranos.[49] Suas poucas peças para
festividades cívicas em tudo se assemelham ao
modelo geral da cantata sacra, tendo um caráter
celebratório.[50]
Sobrevivem 21 paixões de sua autoria, um gênero
tradicional na Alemanha que na época de Bach já
tinha cem anos, e que narra a vida
de Jesus segundo os Evangelhos. As obras de
Bach utilizam muito material de outros autores ou
fazem arranjos de obras suas mais antigas, uma
prática comum naquele tempo, e são herdeiras
diretas do modelo estabelecido na fase final da
carreira de Georg Philipp Telemann. Também são
compostas para solistas vocais, tendo Jesus como
personagem protagonista, acompanhado de
outros solistas para figuras importantes, e um coro
que faz comentários sobre a ação principal ou dá
voz alternativamente a coletividades como os
discípulos, o povo, os soldados romanos, os
sacerdotes judeus, etc, com apoio de uma
orquestra. Os personagens principais se
manifestam em geral através de recitativos
ou ariosi, com árias mais raras, e Jesus é mais
frequentemente retratado em sua condição
humana e não divina, como o "Homem das Dores"
e o "Amigo da Humanidade", acompanhando uma
nova orientação teológica de sua época, que
enfatizava a piedade, o amor e a paciência diante
do sofrimento. Sendo obras integradas ao culto,
são de curta duração, as mais longas não
excedendo uma hora, e empregam um conjunto
reduzido de executantes.[51][52] A recepção dessas
obras não é bem conhecida. Um relato de Charles
Burney em sua visita a Hamburgo de 1772, onde
encontrou-se com Bach, refere que a comunidade
da igreja dava pouca atenção à música e muitas
vezes, tendo apenas estudantes ou amadores à
disposição, ela era mal executada:
"O senhor Bach me companhou à Igreja de Santa Catarina, onde ouvi
uma boa música de sua autoria, muito mal interpretada para uma
congregação completamente desatenta. Este homem certamente
nasceu para escrever para grandes intérpretes, e para uma refinada
audiência, mas agora ele parece estar fora de seu elemento. Ocorre
uma flutuação nas artes de toda cidade e país onde elas são cultivadas,
e este não é um período brilhante para a música de Hamburgo. Na
Igreja, e depois no caminho para casa, tivemos uma conversa assaz
interessante: ele me disse que se estivesse em um lugar onde suas
obras pudessem ser bem executadas e bem ouvidas, ele certamente se
mataria no esforço de agradar, mas agora 'Adeus música!', ele disse,
'esse povo são boas pessoas para a vida social, e aqui desfruto de mais
tranquilidade e independência do que tinha na corte; [mas] depois que
cheguei aos cinquenta anos eu desisti e disse Vamos comer e beber,
pois amanhã estaremos mortos!, e agora me conformei com esta
situação, exceto quando encontro pessoas de gosto e discernimento,
que merecem melhor música do que aquela que lhes damos aqui'." [53]
Canções[editar | editar código-fonte]
Outra seção importante mas menos conhecida
de sua produção é constituída
pelos lieder (canções alemãs), tendo deixado
mais de 250 exemplos, o que o torna um dos
mais prolíficos compositores do gênero e um
elemento fundamental na sua evolução
histórica. Deixou peças em todas as fases de
sua carreira, mas elas se distribuem
irregularmente ao longo do tempo. Na fase
berlinense provavelmente foi influenciado pelo
ativo grupo de cançonetistas da cidade, onde
formou-se verdadeira escola, sendo de fato um
dos seus melhores representantes, mesmo
que sua posição exata dentro desta escola
ainda ainda não tenha sido bem determinada.
Não há sinais de que tenha participado
ativamente do debate estético em torno do
gênero, que em sua época polemizava em
torno dos méritos do lied em comparação com
a chanson francesa, e em certos aspectos
suas obras deste período se afastam das
convenções locais. Na fase hamburguesa a
produção de lieder tomou novo fôlego, como
prova a ampla difusão dos seus exemplares,
impressos em várias coletâneas e
avulsamente ou em séries pessoais, e
recebidos pela crítica em geral com muito
agrado e, não raro, entusiasmo. Seu modelo
básico consiste na musicalização de poesia
com várias estrofes, com a mesma música
repetida em todas elas ou com seções
contrastantes, com um cantor solista e um
teclado de acompanhamento, embora haja
uma grande variedade de abordagens, que
dependiam do conteúdo textual. Algumas
canções são extensas e de estrutura variável,
aproximando-se do perfil de uma cantata de
câmara. Muitas vezes a parte de teclado deixa
de ser mero acompanhamento e assume um
protagonismo comparável ao da voz. Apesar
do caráter profano dos seus lieder, visível em
particular na sua fase berlinense, onde cultivou
com frequência um tratamento lírico e de
inspiração pastoral, muitos outros,
especialmente os tardios, têm textos
parafraseados das Escrituras ou são
devocionais, destinando-se à edificação moral
e espiritual do público, com um tratamento
mais austero e solene; vários foram arranjados
como corais e usados em suas paixões,
salmos e motetos sacros. Bach tinha grande
cultura literária e filosófica e aguda
sensibilidade para a poesia, e os poetas que
preferia eram escritores renomados,
incluindo Carl Friedrich Cramer, Christoph
Christian Sturm, Christian Fürchtegott
Gellert e Friedrich Gottlieb
Klopstock.[54][55][56][57][58]
Instrumentista e professor[editar | editar
código-fonte]
Referências bibliográficas
http://www.portaledumusicalcp2.mus.br/Apostilas/PDFs/8ano_05_HM%20Ocid
ental.pdf
http://historiadamusica2011.blogspot.com.br/2011/11/uma-sintese-do-
classicismo-e-seus.html
http://www.direitobrasil.adv.br/arquivospdf/musica/cla8.pdf