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“(...) principalmente dos anos 80 em diante, tem início um período em que não se fala
mais na cultura como prioridade, mas da cultura como grande vitrine do desenvolvimento
e da riqueza das áreas mais poderosas.” p. 113
“Mais um museu metropolitano, o Museu de Arte Contemporânea, é totalmente adequado
para a produção artística atual, com salas de pé-direito de 5 metros e duas com quase 20
metros, usadas quando o artista faz um projeto especial. Esse empreendimento custou
algo cerca de 550 milhões de dólares, incluindo o terreno e uma parte da aquisição de
obras. É um museu que coloca Tóquio dentro do circuito mundial das grandes exposições
contemporâneas, tendo sido construído para isso.” p. 115
“Essa forma de associar a construção de equipamentos culturais com o desenvolvimento
urbano é extremamente interessante, mas exige equipamentos de tamanho compatível
com a movimentação urbana e força suficiente da economia da cidade para que esse
fenômeno acompanhe o indutor.” p. 117
” (..) Mas é importantíssimo que a iniciativa particular, os donos dos imóveis individuais
ou condomínios queiram participar desse restauro ou fazer investimentos novos. Isso
depender· do mercado querer novas moradias, de que se estabeleça um comércio
renovado e outras funções compatíveis venham participar da nova função urbana.” p. 117
NOVAS FRONTEIRAS E NOVOS PACTOS PARA O PATRIMÔNIO CULTURAL
CECILIA RODRIGUES DOS SANTOS, 2001
“Se esse patrimônio, que é de todos, deve ser preservado, é preciso estabelecer seus
limites físicos e conceituais, as regras e as leis para que isto aconteça” p. 43
“(..) o caráter simbólico do patrimônio vem sendo ampliado. O patrimônio foi deixando
de ser simplesmente herdado para ser estudado, discutido, compartilhado e até
reivindicado. Ultrapassam-se a monumentalidade, a excepcionalidade e mesmo a
materialidade como parâmetros de proteção, para abranger o vernacular, o cotidiano, a
imaterialidade, porém, sem abrir mão de continuar contemplando a preservação dos
objetos de arte e monumentos eleitos ao longo de tantos anos de trabalho como
merecedores da especial proteção” p. 44
“Tratar a cidade como um tecido vivo, como um organismo histórico em
desenvolvimento, como queria Argan (1992), significa promover ações de aproximação
em relação à sua história e à sua vocação, elaborar inventários locais do patrimônio de
interesse histórico, artístico, arqueológico e paisagístico que possam orientar as políticas
urbanas e territoriais e fazer leituras sistemáticas dos espaços e qualificar esses espaços
através do desenho” p. 47
CARTA DE VENEZA, MAIO 1964
ART. 5 a conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma
função útil a sociedade; tal destinação é portanto, desejável, mas não pode nem deve
alterar a disposição ou a decoração dos edifícios. É somente dentro destes limites que se
deve conceber e se pode autorizar as modificações exigidas pela evolução dos usos e
costumes
ART. 6 a conservação de um monumento implica a preserva o de um esquema em sua
escala. Enquanto subsistir, o esquema tradicional será conservado, e toda construção
nova, toda destruição e toda modificação que poderiam alterar as relações de volumes e
de cores serão proibidas
p. 2
CADERNOS DE PATRIMONIO CULTURAL VOL 1 EDUCACAO PATRIMONIAL
2015