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CEDOC
CEDOC
…
L 6
K 5
energia crescente
e– 4
núcleo
energia crescente + 3
e–
e–
nível 1 (n = 1) = K e– 2
nível 2 (n = 2) = L
nível 3 (n = 3) = M 1
nível 4 (n = 4) = N
Luminosos
Os letreiros luminosos, muito usados em publicidade,
Tony Stone
utilizam principalmente gás neônio (Ne) e, por isso, são
conhecidos por luminosos de neon.
O funcionamento desses luminosos é semelhante ao
de uma lâmpada fluorescente, ou seja, os elétrons são
excitados e, na sua volta à órbita original, emitem luz.
As diferentes cores e tonalidades que podem ser obti-
das dependem da diferença de potencial, da pressão do
gás e de sua composição.
e–
Ne puro luz vermelha
luz
Ne + mercúrio (Hg) luz azul
Ne + gás carbônico (CO2 ) luz violeta e– e–
OS SUBNÍVEIS
O trabalho de Böhr despertou o interesse de vários cientistas para o estudo dos
espectros descontínuos. Um deles, Sommerfield, percebeu, em 1916, que as raias obti-
das por Böhr eram na verdade um conjunto de raias mais finas e supôs então que os
níveis de energia estariam divididos em regiões ainda menores, por ele denominadas
subníveis de energia.
O número de cada nível indica a quantidade de subníveis nele existentes. Por exem-
plo, o nível 1 apresenta um subnível, o nível 2 apresenta dois subníveis, e assim por
diante. Esses subníveis são representados pelas letras s, p, d, f, g, h, … .
Estudos específicos para determinar a energia dos subníveis mostraram que:
• existe uma ordem crescente de energia nos subníveis;
s<p<d<f
• os elétrons de um mesmo subnível contêm a mesma quantidade de energia;
• os elétrons se distribuem pela eletrosfera ocupando o subnível de menor energia
disponível.
66 PARTE 1 — QUÍMICA GERAL
Corbis
os subníveis facilitou a visualização da sua ordem
crescente de energia. Essa representação é co-
nhecida como diagrama de Linus Pauling.
K n=1 1s
L n=2 2s 2p
M n=3 3s 3p 3d
N n=4 4s 4p 4d 4f
O n=5 5s 5p 5d 5f
Linus Pauling (1901-1994) rece-
P n=6 6s 6p 6d beu dois prêmios Nobel: de Química,
7s 7p em 1954, e da Paz, em 1962.
Q n=7
1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s < 4f < 5d < 6p < 7s < 5f < 6d
Subnível s p d f
–
Nº máximo de e 2 6 10 14
Observação:
Os subníveis g, h, … são teóricos. Não são conhecidos átomos que apresentam número de elétrons
suficiente para ocupar esses subníveis.
12Mg: 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2
nível 1 nível 2 nível 3
camada K camada L camada M
nº de elétrons = 2 nº de elétrons = 8 nº de elétrons = 2
K=2 L=8 M=2
Unidade 3 — A estrutura do átomo 67
21Sc: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1
Perceba que o subnível 4s2 aparece antes do subnível 3d1, de acordo com a ordem
crescente de energia. No entanto, pode-se escrever essa mesma configuração eletrôni-
ca ordenando os subníveis pelo número quântico principal. Assim, obteremos a chama-
da ordem geométrica ou ordem de distância:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d1 4s2
Note que, na ordem geométrica, o último subnível — mais externo do núcleo — é
o 4s2, sendo que esse subnível mais distante indica a camada de valência do átomo.
Portanto:
✔ EXERCÍCIO RESOLVIDO
Considere a seguinte informação:
“Quando um átomo se transforma em um íon, a variação do número de elétrons, ‘ganho ou
perda’, ocorre sempre na camada (nível) mais externa, chamada camada de valência.”
Com base nessa informação, faça a distribuição eletrônica do 26Fe2+.
SOLUÇÃO
a) O íon Fe2+ é formado a partir do átomo de ferro, pela “perda” de 2 e– da sua camada de
valência. Dessa forma, é necessário, antes de mais nada, determinar a camada de valência
do átomo de ferro através da sua distribuição eletrônica.
O átomo de ferro apresenta quatro níveis (camadas) de energia, sendo o subnível 4s, com
2 e–, o mais externo, onde ocorrerá a perda de elétrons. Portanto, a distribuição eletrônica
do íon Fe2+ será:
2+
26Fe 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6
68 PARTE 1 — QUÍMICA GERAL
Exercícios de classe
1. Sobre o modelo atômico de Böhr, podemos 5. A pedra ímã natural é a magnetita (Fe3O4). O
tecer as seguintes considerações: metal ferro pode ser representado por 56
26Fe e
I — Quando o núcleo recebe energia, salta seu átomo apresenta a seguinte distribuição
para um nível mais externo. eletrônica por níveis:
II — Quando o elétron recebe energia, salta a) 2 — 8 — 16.
para um nível mais energético. b) 2 — 8 — 8 — 8.
III — Quando um elétron passa de um esta- c) 2 — 8 — 10 — 6.
do menos energético para outro mais d) 2 — 8 — 14 — 2.
energético, devolve energia na forma de e) 2 — 8 — 18 — 18 — 10.
ondas eletromagnéticas.
IV — Se um elétron passa do estado A para 6. (Unifor-CE) O titânio é metal utilizado na fabri-
o estado B, recebendo x unidades de cação de motores de avião e de pinos para
energia, quando voltar de B para A próteses. Quantos elétrons há no último nível
devolverá x unidades de energia na da configuração eletrônica desse metal?
forma de ondas eletromagnéticas. (Dado: Ti Z = 22)
Quais dessas afirmações são falsas? a) 6. d) 3.
b) 5. e) 2.
2. (PUC-MG) As diferentes cores produzidas por c) 4.
distintos elementos são resultado de transi-
ções eletrônicas. Ao mudar de camadas, em 7. “Os átomos movem-se no vazio e agarram-se,
torno do núcleo atômico, os elétrons emitem chocam-se, e alguns ricocheteiam… e outros
energia nos diferentes comprimentos de ficam emaranhados…”
ondas, as cores. (Simplicius, século V d.C.)
O Estado de S. Paulo, Caderno de Ciências Hoje sabemos que os átomos emaranhados
e Tecnologia, dezembro de 1992.
são resultado de uma ligação entre eles.
Este texto está baseado no modelo atômico Nos átomos, os elétrons que participam de
proposto por: uma ligação normalmente fazem parte do
a) Niels Böhr. d) John Dalton. nível de valência.
b) Rutherford. e) J. J. Thomson. Quantos elétrons estão presentes no nível de
c) Heisenberg. valência do bromo (80
35Br)?
Exercícios propostos
1. (PUC-MG) Relacione os nomes dos cientistas 4. Qual o número atômico de um átomo saben-
com os modelos atômicos. do-se que o subnível de maior energia da sua
1. Dalton 3. Niels Böhr distribuição eletrônica no estado fundamental
2. Rutherford 4. J. J. Thomson é 4p2?
a) 30. b) 42. c) 34. d) 32. e) 28.
• Descoberta do átomo e seu tamanho rela-
tivo. 5. Os átomos dos elementos X e Y apresentam,
• Átomos esféricos, maciços, indivisíveis. respectivamente, apenas 1 elétron nos sub-
• Modelo semelhante a um “pudim de pas- níveis 3d e 4d, logo, podemos afirmar que
sas” com cargas positivas e negativas em seus números atômicos são:
igual número. a) 19 e 39. c) 19 e 42. e) 11 e 26.
• Os elétrons giram em torno do núcleo em b) 21 e 39. d) 21 e 42.
determinadas órbitas.
Indique a seqüência correta encontrada: 6. (Vunesp-SP) Um átomo tem número de massa
31 e 16 nêutrons. Qual é o número de elétrons
a) 1 — 2 — 4 — 3.
no seu nível mais externo?
b) 1 — 4 — 3 — 2.
c) 2 — 1 — 4 — 3. a) 2. b) 4. c) 5. d) 3. e) 8.
d) 3 — 4 — 2 — 1. 7. (UFMG) Na crosta terrestre, o segundo elemen-
e) 4 — 1 — 2 — 3. to mais abundante, em massa, tem no estado
2. (UFRN) Considere o diagrama a seguir, de ní- fundamental a seguinte configuração eletrônica:
veis de energia para o átomo de hidrogênio: nível 1: completo.
nível 2: completo.
n nível 3: 4 elétrons.
energia 4 A alternativa que indica corretamente esse
3 elemento é:
a) Al (Z = 13). d) O (Z = 8).
2
b) Fe (Z = 26). e) Si (Z = 14).
(I) (II) (III) (IV)
c) N (Z = 7).
1 8. (OSEC-SP) O número máximo de elétrons de
As transições em que ocorre apenas absorção um átomo que apresenta elétrons distribuídos
de energia são: em cinco níveis de energia é:
a) I, II, III e IV. c) I e II. a) 106. b) 54. c) 92. d) 58. e) 94.
b) III e IV. d) I e III. 9. A configuração eletrônica de uma espécie
3. (Vunesp-SP) Para o elemento de número atô- química com número atômico 12 é:
mico 28, a configuração eletrônica é: 1s2 2s2 2p6
que se refere a:
a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10.
a) átomo.
b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d2 4s2 4p6. b) cátion monovalente.
c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 4p6 5s2. c) ânion monovalente.
d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d8. d) cátion bivalente.
e) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d9. e) ânion bivalente.
70 PARTE 1 — QUÍMICA GERAL
10. (Fuvest-SP) A seguir, são mostradas quatro Qual das configurações corresponde:
configurações eletrônicas. a) a cada um dos átomos Cl, Mg, Ne?
I — 1s2 2s2 2p6 b) a cada um dos íons Cl–, K+, Al3+?
II — 1s2 2s2 2p6 3s2
III — 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 (Dados os números atômicos: Cl = 17, K = 19,
IV — 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 Al = 13, Ne = 10, Mg = 12)
F a ç a v o c ê m e s m o
Teste da chama
Material
Fio de níquel-cromo (10 cm) Bicarbonato de sódio
Prendedor de roupas (madeira) Sulfato de cobre
Sal de cozinha (cloreto de sódio) Cal virgem (óxido de cálcio)
Observação:
O fio de níquel-cromo pode ser adquirido em lojas de material elétrico, enquanto as substâncias que você não
tiver em casa podem ser adquiridas em lojas de material de construção ou de artigos para piscina.
Procedimento
Faça uma argola em uma das extremidades do fio de prendedor
níquel-cromo. Essa argola tem a finalidade de reter uma peque-
na amostra da substância. Prenda a outra extremidade do fio argola
no prendedor de roupas.
Recolha uma pequena amostra de sulfato de cobre na argo-
la e leve-a à chama de um bico de gás do fogão. Observe a altera-
ção da cor da chama.
A seguir, lave bem o fio com o auxílio de uma esponja de aço e repita a operação na seguinte
ordem:
a) com a cal;
b) com o bicarbonato de sódio;
c) com o sal de cozinha.
Responda:
1. Quais são as cores observadas em cada experimento?
2. Qual o motivo da lavagem do fio após cada experimento?
3. Como você poderia explicar o aparecimento de cores diferentes, relacionando elétrons e níveis
de energia?
4. Qual será a cor da chama, se você efetuar o mesmo procedimento utilizando giz branco de esco-
la, sabendo que a sua composição é sulfato de cálcio?
Esse fenômeno é empregado desde o século X pelos chineses para efeitos luminosos da
queima de fogos de artifício.