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Aula 16

Economia p/ TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Cargo 4 - Economia

Professores: Heber Carvalho, Jetro Coutinho, Paulo Roberto Nunes Ferreira


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AULA 16 – 2.5 Conceitos de déficit e dívida


pública. 3.6 Contabilidade fiscal. 3.6.1 NFSP.
3.6.2 Resultados nominal, operacional e
primário. 3.6.3 Dívida pública. 3.7
Sustentabilidade do endividamento público. 3.8
Financiamento do déficit público a partir dos
anos 80 do século XX.
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SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA
Déficit e dívida pública 02
Critérios acima e abaixo da linha 05
NFSP acima da linha 07
NFSP abaixo da linha 10
Regime de contabilização 12
Conceitos Adicionais 13
Evolução e sustentabilidade do endividamento público 16
Resumão da Aula 36
Exercícios comentados 37
Lista de questões apresentadas na aula 49
Gabarito 53

Olá caros(as) amigos(as),

Hoje, veremos os conceitos atinentes à forma como é feita a


conceituação do déficit e da dívida pública no Brasil. Apesar de ser
curta, é normal alguma dificuldade com os assuntos estudados. Leia a
aula umas 03 ou 04 vezes até entender, se necessário. Uma hora a ficha
cai, garantimos!

Um grande abraço a todos!


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DÉFICIT E DÍVIDA PÚBLICA

A arrecadação total de impostos no país corresponde à chamada


carga tributária bruta. A diferença entre a carga tributária bruta e as
transferências governamentais1 é a carga tributária líquida do governo.
É com base nesta carga tributária líquida que o governo pode financiar
seus gastos correntes2 (o chamado consumo do governo). A diferença
entre a carga tributária líquida e os gastos correntes determina a
poupança do governo em conta corrente.

Carga tributária bruta (CTB) = Total de impostos arrecadados

Carga tributária líquida (CTL)=(CTB) – Transferências do governo

Poupança do governo = (CTL) – Gastos correntes

A poupança do governo não é o resultado do orçamento público,


nem se constitui em uma medida do déficit público, pois não considera as
despesas de capital, como os investimentos, por exemplo. O que ela
mostra é a capacidade de investimento do governo, sem pressionar
outras fontes de financiamento. Deixe-nos explicar um pouco melhor:
quando o governo apresenta poupança positiva (excesso de carga
tributária líquida sobre os gastos correntes) é sinal que sobrou um
dinheiro que poderá ser usado para as despesas de capital, que são os
investimentos públicos3 (construção de escolas, estradas, portos, etc).

A diferença entre a poupança do governo (ou poupança


pública) e o investimento público fornece o valor do déficit ou
superávit público. Se a poupança do governo for maior que o
investimento público, haverá superávit público. Se o investimento for
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maior que a poupança, haverá déficit público. Note que a diferença entre
poupança do governo e investimento público significa a diferença entre a
arrecadação total e o gasto total. Assim:

Déficit/superávit público=Poupança do governo – gastos de


capital

ou

Déficit público/superávit público = poupança do governo –


investimentos do governo

ou

Déficit/superávit público = Total de impostos – Transferências do


governo – Gastos correntes – gastos de capital (investimentos)

Quando há superávit público, isto significa que o governo está


arrecadando mais do que está gastando, logo, está fazendo política fiscal
contracionista (restringindo a demanda agregada). Quando há déficit
público, isto significa que o governo está gastando mais do que está
arrecadando, logo, está fazendo política fiscal expansiva (aumentando a
demanda agregada).

Devemos nos concentrar agora na situação em que há déficit


público (os investimentos superam a poupança, ou os gastos totais
superam a arrecadação total). Caso o governo incorra em déficit, o gasto
que supera a receita deverá ser financiado de alguma maneira, ou seja, o
governo deverá, ou “tirar” dinheiro de algum lugar para cobrir este déficit,
ou ainda, poderá “fabricar” dinheiro.

O ato de “fabricar” dinheiro consiste na emissão de moeda pelo


Banco Central. O ato de “tirar” dinheiro de algum lugar consiste na venda
de títulos públicos ao setor privado (interno e externo). Funciona dessa
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maneira: o governo, prometendo uma determinada remuneração (juros),


vende títulos ao setor privado. Assim, ocorre uma troca: o setor privado
entrega dinheiro ao governo, que, por sua vez, entrega o título (público)
ao setor privado. Esta operação consiste em uma transferência de
poupança do setor privado para o setor público4.

Resumimos assim as duas principais maneiras de se obter recursos


para financiamento do déficit público:

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•! Emitir moeda5: o Banco Central


(instituição emissora de moeda) emite
moeda e a entrega ao Tesouro Nacional
(União);

•! Venda de títulos públicos ao setor


privado (interno e externo).

A primeira forma de financiamento do déficit (monetização da


dívida ou emissão de moeda) tem a inconveniente consequência de
provocar inflação, sendo que, neste caso, a emissão de moeda
representaria política monetária expansiva. Entretanto, ela tem a
vantagem de não implicar endividamento do governo, pois ele
simplesmente “imprime” o dinheiro de que necessita.

A segunda forma tem a inconveniente consequência de aumentar o


endividamento público. Este, por sua vez, traz uma nova categoria de
gastos que é a rolagem e o pagamento dos serviços (juros, custas,
emolumentos, etc) dessa dívida. Entretanto, ela tem a vantagem de não
provocar pressões inflacionárias adicionais, além daquelas que foram
provocadas em momento anterior pelo excesso de gastos públicos, uma
vez que, vendendo títulos, o governo não estará criando mais moeda para
satisfazer o seu déficit.

Ainda não comentamos sobre isso, mas achamos importante


ressaltar que os conceitos de déficit e dívida pública não se confundem.
Déficit é o excesso de gastos sobre a arrecadação, enquanto dívida é o
acumulado de déficits, ou seja, é uma espécie de passivo do Estado.
Dizemos que o déficit é uma variável “fluxo” e a dívida é uma
variável “estoque6”.

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Este método de apuração do déficit público explicado acima é o
método tradicional, no entanto, ele apresenta algumas incorreções,
porquanto considera o conceito de governo levando em conta apenas a
administração direta (União, Estados, Municípios e DF). Todavia, sabemos
que existem outras instituições públicas não enquadradas na
administração direta que auferem receitas e realizam gastos. Temos, por
exemplo, as empresas estatais (empresas públicas e sociedades de
economia mista), as autarquias e as fundações públicas.

A fim de solucionar este problema, o Brasil passou a utilizar a partir


do início da década de 1980 um método mais abrangente utilizado pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI). Este método é o de Necessidade
de Financiamento do Setor Público Não Financeiro7 (NFSP). Não se
assuste com o nome, pois ele próprio sugere o seu significado:
necessidade de financiamento (ou seja, é igual a déficit, pois quando há
déficit, há também a necessidade de financiá-lo, daí o nome “necessidade
de financiamento...”). No entanto, antes de definir as NFSP, devemos
saber o que a diferença entre os critérios “acima” e “abaixo” da linha:

1. Medição “acima da linha” versus “abaixo da linha”

Verifique, apenas como exemplo, a estrutura de gastos de “José” no


mês de Janeiro de 2015:

Despesas Receitas
Aluguel 700 Salário 2300
Luz, água, NET 300
Alimentação 600
Outros 1000
Total 2600 Total 2300
Acima da linha Χ
Abaixo da linha ∆ 38736334693

Necessidade de Financiamento do José : 2600 – 2300 = 300

Fazendo um paralelo entre o orçamento de José, representado


acima, e o orçamento do governo, temos o seguinte acerca dos métodos
de mensuração do déficit público:

•! Acima da linha: ocorre quando se mede o déficit com base na


execução orçamentária das entidades que o geram, isto é,
diretamente das receitas e das despesas. No caso de José, pelo
método acima da linha, mediríamos o déficit por meio da medição
do que foi auferido como receita e do que foi gasto como despesa
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(pela verificação dos dados que estão acima da linha, como o
próprio nome sugere). No caso do governo, verificamos quais foram
os gastos com, por exemplo, educação, saúde, custeio, etc. (enfim,
todos os gastos das entidades) e quais foram as receitas, para,
então, verificarmos o déficit ou superávit público.

•! Abaixo da linha: por este método, mede-se o tamanho do déficit


pelo lado do financiamento. Em vez de se preocupar com as
receitas e gastos, simplesmente, faz-se a seguinte pergunta:
quanto eu tenho que pagar (quanto eu tenho que financiar)? A
resposta será o próprio déficit público8. No caso de José, pelo
método abaixo da linha, mediríamos o seu déficit pela quantia que
ele precisa financiar para fechar as contas do mês (ele precisa
financiar 300, logo, 300 é o seu déficit ou sua necessidade de
financiamento).

Os dados oficiais das necessidades de financiamento do Brasil são


gerados pelo Banco Central e o método utilizado é o “abaixo da
linha”, ou seja, a partir das alterações no valor da necessidade de
financiamento (ou na variação do endividamento). A razão da escolha
desse critério é que, se a conferência de receitas e despesas é diferente
da variação do endividamento, o mais provável é que os dados acima da
linha, muito mais trabalhosos e complicados de contabilizar, estejam
errados (algum item talvez não tenha sido corretamente apurado,
gerando, porém, na prática, uma variação na necessidade de
financiamento).

Conquanto os dados oficiais sejam mensurados por meio do método


“abaixo da linha”, outras entidades governamentais (geralmente as
unidades orçamentárias de menor escalão) fazem levantamentos “acima
da linha”, pois, apesar de mais imprecisos, eles permitem saber de forma
mais apropriada o que exatamente se passa com a receita e a despesa
das unidades orçamentárias (com o que está se gastando mais, por
exemplo). 38736334693

Assim, perceba que nós podemos conceituar as NFSP utilizando


qualquer um dos dois critérios, ainda que o cálculo oficial realizado pelo
BACEN utilize somente o critério abaixo da linha. Assim, se você vir uma
questão de prova com este formato: “pelo critério acima da linha,
conceituam-se as NFSP...”; não estranhe, pois o critério acima da linha
está sendo usado apenas como meio de conceituação e isto não significa
que o BACEN utilize o critério acima da linha para apurar as NFSP.

Agora, nós veremos os diversos conceitos das NFSP, pelos dois


critérios:
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2. As NFSP segundo o critério “acima” da linha

Neste ponto, devemos distinguir três conceitos de necessidade de


financiamento do setor público (NFSP):

•! Déficit nominal ou total (Necessidade de Financiamento do


Setor Público – Conceito nominal): engloba qualquer
necessidade de novos financiamentos para fazer frente a qualquer
despesa. Podemos então concluir que o déficit nominal significa:
gastos totais menos receitas totais.

•! Déficit primário ou fiscal (Necessidade de Financiamento do


Setor Público – Conceito primário): é medido pelo déficit total,
excluindo a correção monetária e cambial da dívida e os
pagamentos de juros de dívidas contraídas anteriormente. De fato,
é a diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributária no
exercício, independente de juros e correções da dívida passada.
Podemos então concluir que o déficit primário significa: gastos não
financeiros menos receitas não financeiras. Pode ser conceituado
também como: déficit primário = déficit nominal – pagamento
de juros nominais. Consequentemente, temos: déficit nominal =
déficit primário + pagamento de juros nominais.

•! Déficit operacional (Necessidade de Financiamento do Setor


Público – Conceito operacional): é medido pelo déficit primário
acrescido dos pagamentos de juros da dívida passada. Em outras
palavras, é o déficit nominal, excluindo a correção monetária e
cambial. Este é o conceito considerado mais adequado para refletir
as necessidades reais de financiamento do setor público, uma vez
que o conceito nominal apresenta-se inconveniente, já que é muito
suscetível às variações nas taxas de inflação (elas causam correção
monetária) e às variações na taxa de câmbio (causam correção
cambial). Assim, as cláusulas de correção monetária (devido à
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inflação) fazem com que qualquer aumento da inflação eleve as


NFSP, sem que isso signifique maiores gastos. Nos períodos de
inflação elevada, era o conceito para se medir o déficit público.
Podemos, então, concluir que o déficit operacional significa: déficit
operacional = déficit primário + pagamentos de juros reais.
Hoje, no entanto, com a inflação e câmbio estáveis, o déficit
nominal é o mais adequado, pois é o mais amplo (receitas totais –
gastos totais).

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Juros nominais X Juros reais

A taxa de juros nominal corresponde ao ganho monetário obtido por


determinada aplicação, independente do comportamento do valor da
moeda (independente da inflação). Por exemplo, se eu (Heber) aplico
hoje R$ 100,00 e resgato daqui a 01 mês R$ 130,00, a taxa de juros
nominal foi de 30% a.m., ou seja, os R$ 30,00 que eu ganhei em relação
aos R$ 100,00 que apliquei. Se eu tivesse resgatasse R$ 300,00, a taxa
de juros nominal teria sido de 200% a.m.

A taxa de juros real corresponde ao ganho que se obtém em termos de


poder de compra. Ou seja, ela corresponde à taxa de juros nominal
recebida, descontada a perda de valor da moeda, isto é, descontada a
inflação no período da aplicação. Ou seja, a taxa de juros real é igual à
taxa de juros nominal menos a taxa de inflação.

Suponha que eu tenha aplicado R$ 100,00 e resgatado R$ 130,00; mas a


inflação no período tenha sido de 30%. Neste caso, percebemos
claramente que os 30% que eu ganhei nominalmente foram totalmente
corroídos pela inflação. Do ponto de vista real, descontada a inflação, o
ganho da aplicação foi de 0%.

Assim, podemos definir que a taxa de juros nominal corresponde à soma


entre a taxa de juros real e a taxa de inflação:

juros reais = juros nominais - inflação


ou
juros nominais = juros reais + inflação

Veja que o conceito de juros nominais é bem mais amplo, e inclui a


inflação (correção dos preços). Esta correção dos preços pode ser
resumida nas correções monetária e cambial, pois tais correções são
decorrentes de variações no valor da moeda (correção monetária e
cambial). 38736334693

Assim, quando somamos os juros nominais ao déficit primário, estamos


somando não somente as taxas de juros sobre a dívida, mas também a
correção monetária e cambial. Por isso:

déficit nominal = déficit primário + juros nominais.

Os juros reais não incluem a correção de preços (correção monetária e


cambial). Por isso:

déficit operacional = déficit primário + juros reais

Assim, fique atento quando a questão fala em juros nominais ou reais.

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Neste caso, apenas se a questão fizer esta distinção entre "nominais" e
"reais", os conceitos que você deve decorar são os que estão acima.

Esta diferenciação é importante, pois muita gente não entende porque o


déficit nominal é igual ao déficit primário (e não o déficit operacional)
mais os juros nominais. A chave está no entendimento da diferença entre
juros nominais e juros reais.

Se for falado apenas “juros”, sem especificar se são “nominais” ou


“reais”, você pode adotar o seguinte:

déficit nominal = déficit primário + juros + correção monetária e/ou


cambial

déficit operacional = déficit primário + juros

Nota: quando se fala em NFSP, sem especificar se é o conceito


nominal, operacional ou primário, a intenção é tratar do conceito nominal,
que é o mais amplo dos três (receitas totais – gastos totais).

O quadro a seguir resume as principais diferenças entre os


conceitos de déficit público:

Correção monetária
Juros nominais
Resultado e/ou cambial
nominal Juros reais
Resultado operacional
Resultado primário

Os mesmos conceitos se aplicam quando falamos de superávits,


assim, temos:

•! Superávit primário: excesso de arrecadação sobre os gastos


totais, excluindo os gastos (ou receitas) com pagamentos de juros
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sobre a dívida e correção monetária e cambial.

•! Superávit operacional: resultado primário levando-se em conta,


adicionalmente, os gastos (ou receitas) com pagamentos de juros
reais.

•! Superávit nominal: resultado operacional levando-se em conta,


adicionalmente, os gastos (ou receitas) com correção monetária e
cambial da dívida passada. Pode ser também igual ao superávit
primário mais os pagamentos de juros nominais.

Ressaltamos também que, quando temos superávits, em qualquer


conceito, não temos Necessidades de Financiamento, ou podemos dizer

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também que as Necessidades de Financiamento, neste caso, são
negativas. Quando as NFSP são positivas, há déficit (uma vez que há
“necessidade” de financiamento).

O conceito que apresenta maior destaque na mídia é o conceito


primário, pois é ele que mostra efetivamente como está a condução da
política fiscal do governo e o esforço fiscal que o governo está fazendo
para pagar a dívida (apesar do conceito primário ser o mais “badalado”,
ele não é o mais relevante; o mais importante e relevante é o conceito
nominal, que é o mais amplo), ao apurar somente a arrecadação de
impostos e os gastos correntes e de investimento, independentes da
dívida pública (que provoca gastos/receitas com pagamentos de juros e
correção monetária). A relevância desse conceito está no fato de separar
o esforço fiscal do impacto das variações nas taxas de juros, o que,
dependendo do tamanho da dívida pública, tem grande influência sobre as
necessidades de financiamento do governo.

3. As NFSP segundo o critério “abaixo” da linha (e no Manual de


Finanças Públicas do BACEN)

Em primeiro lugar, veja que, seguindo o método abaixo da linha,


nós temos que a NFSP será igual à variação da dívida em um determinado
período. Por exemplo, suponha que José (aquele mesmo do quadro que
montamos no início da aula), antes do mês de Janeiro de 2015, não tenha
qualquer dívida com quem quer que seja (ou seja, dívida de José antes de
Janeiro igual a 0). Em Fevereiro, entretanto, José teve NFSP de 300
(déficit de 300). A variação de sua dívida, portanto, foi no valor de 300.
Você observa que a dívida variou exatamente no valor da necessidade de
financiamento (NFSP). Por este exemplo, é fácil constatar, de um modo
geral, que a NFSP (conceito “total” ou nominal) será sempre igual à
variação da dívida.

Com o governo, ocorre o mesmo: a NFSP corresponde à variação da


38736334693

dívida pública. Se o governo, em um período, apresentar necessidade de


financiamento, digamos, no valor de 100, então, isso é sinal que a sua
dívida aumentou em 100 (NFSP=variação da dívida). A partir desta
ideia, podemos verificar mais a fundo como conceituamos as NFSP por
meio do critério abaixo da linha. Ressalto que este é o critério utilizado
pelo BACEN, e que consta no seu Manual de Finanças Públicas.

Seguem os conceitos que foram retirados quase que literalmente do


Manual do BACEN. Portanto, fique atento, pois o examinador pode fazer
um “copiar”/”colar”, apenas mudando palavras para te confundir:

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!! Resultado nominal sem desvalorização cambial: corresponde à
variação nominal dos saldos da dívida líquida (DLSP9), deduzidos os
“ajustes patrimoniais10” efetuados no período (receitas de
privatizações e os reconhecimentos de dívida). Exclui, ainda, o
impacto da variação cambial sobre a dívida externa e sobre a dívida
mobiliária11 interna indexada à moeda estrangeira (este ajuste
levando-se em conta a indexação à moeda estrangeira é chamado
de “ajuste metodológico”). Abrange o componente de atualização
monetária da dívida, os juros reais e o resultado fiscal primário.

!! Resultado nominal com desvalorização cambial: corresponde à


variação nominal dos saldos da dívida líquida, deduzidos os ajustes
patrimoniais efetuados no período (privatizações e reconhecimento
de dívidas). Exclui, ainda, o impacto da variação cambial sobre a
dívida externa (ajuste metodológico). Abrange o componente de
atualização monetária da dívida, os juros reais, a apropriação da
variação cambial sobre a dívida mobiliária interna e o resultado
fiscal primário.

Nota 1: veja que, mesmo considerando “com desvalorização cambial”,


não se considera (é excluído) o impacto da variação cambial sobre a
dívida externa. Para a dívida interna, contudo, considera-se a variação
cambial.
Nota 2: Segundo Fernando Rezende, ainda podemos conceituar a NFSP
nominal como: a variação da dívida fiscal líquida (DFL12) entre dois
períodos de tempo.

!! Resultado primário: os juros incidentes sobre a dívida líquida


dependem do nível de taxa de juros nominal e do estoque de dívida,
que, por sua vez, é determinado pelo acúmulo de déficits nominais
passados. Assim, a inclusão dos juros no cálculo do déficit dificulta
a mensuração do efeito da política fiscal executada pelo governo,

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38736334693

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motivo pelo qual se calcula o resultado primário do setor público,
que corresponde ao déficit nominal (NFSP) menos os juros nominais
apropriados por competência, incidentes sobre a dívida pública. A
parcela dos juros externos e incidentes sobre a dívida mobiliária
vinculada à moeda estrangeira é convertida pela taxa média de
câmbio de compra.

Nota 3: o Manual do BACEN realmente “pula” o conceito de resultado


operacional. Isto se deve à atual conjuntura econômica do Brasil, onde,
em virtude dos baixos índices inflacionários, o déficit operacional perdeu
sua relevância. A própria LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), em
diversas passagens, faz referência somente aos resultados nominal e
primário, ignorando o resultado operacional. No entanto, para provas de
concursos, é claro, você deve saber os três conceitos.

Dos conceitos acima, extraídos principalmente do Manual de


Finanças Públicas do BACEN, pode-se depreender, de forma
esquematizada, que:

Resultado nominal s/ desvalorização cambial = variação da DLSP –


Ajustes patrimoniais – impacto da variação cambial sobre as dívidas
interna e externa
Resultado nominal c/ desvalorização cambial = variação da DLSP –
Ajustes patrimoniais – impacto da variação cambial sobre as dívidas
externa
Resultado nominal = variação da DFL entre dois períodos (ver nota 2)
Resultado operacional = variação da DFL – correção monetária da
dívida13
Resultado primário = variação da DFL – correção monetária da dívida
– Juros reais

4. Regime de contabilização
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Existem dois tipos de regimes para contabilização do déficit público:

•! Regime de competência: os fatos contábeis são registrados de


acordo com o período em que ocorreu o fato gerador (despesa ou
receita). Por exemplo, imagine que o governo brasileiro faça a
compra de 10 aviões caça Rafale da França, no valor de US$ 150
bilhões. No regime de competência, a despesa será contabilizada no
momento do fato gerador (momento da compra) e não no momento

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em que o governo brasileiro efetua o pagamento ao governo
francês.

•! Regime de caixa: os fatos são registrados no momento em que se


dá o pagamento ou o recebimento. No exemplo acima, segundo o
regime de caixa, a compra dos aviões só seria contabilizada no
momento em que houvesse o pagamento ao governo francês. De
acordo com o regime utilizado, pode-se chegar a diferentes valores
de déficit/superávit.

No Brasil, os resultados primários são contabilizados pelo


regime de caixa. Já as despesas financeiras líquidas (juros
nominais pagos e recebidos) são apuradas pelo Banco Central pelo
regime de competência, e com isso as NFSP no conceito nominal,
formadas pela soma do resultado primário e dos juros nominais (despesas
financeiras líquidas), são computadas de forma híbrida. Assim, temos o
seguinte:

•! Resultado primário: regime de caixa

•! Resultado nominal: regime híbrido (pois os juros são


contabilizados pelo regime de competência, enquanto as
receitas e despesas não financeiras são contabilizadas pelo
regime de caixa).

PS: o resultado operacional também será contabilizado em um


regime híbrido, devido ao fato de os juros serem contabilizados pelo
regime de competência.

5. CONCEITOS ADICIONAIS

Neste item, colocamos alguns conceitos adicionais retirados das


publicações da Diretoria de Política Econômica do BACEN, especialmente
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as Normas Relacionadas à Política Econômica-Financeira, extraídas do


Manual de Finanças Públicas daquela entidade.

As bancas, às vezes, gostam de cobrar estes conceitos de forma


literal, exatamente como eles constam nas publicações do BACEN. Assim,
sugerimos a leitura (e memorização) do que está abaixo. Além da
transcrição literal dos conceitos, também procuramos sistematizar o texto
original, a fim de facilitar o entendimento.

Conceito de setor público e governo geral

O conceito de setor público utilizado para mensuração da dívida


líquida e do déficit público é o do setor público não-financeiro mais Banco

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Central. Consideram setor público não-financeiro as administrações
diretas federal, estaduais e municipais, as administrações indiretas, o
sistema público de previdência social e as empresas estatais não-
financeiras federais, estaduais e municipais, além da Itaipu Binacional.

Incluem-se também no conceito de setor público não-financeiro os


fundos públicos que não possuem característica de intermediários
financeiros, isto é, aqueles cuja fonte de recursos é constituída de
contribuições fiscais e parafiscais.

Assim, você deve guardar os integrantes do setor público não-


financeiro:

- Administrações diretas federal, estaduais e municipais;


- Administrações indiretas;
- Sistema público de previdência social;
- Empresas estatais não-financeiras federais, estaduais e municipais;
- Itaipu Binacional; e
- Fundos públicos cuja fonte de recursos é constituída de contribuições
fiscais e parafiscais.

Já a mensuração da dívida pública líquida e do déficit público


engloba todo o pessoal aí de cima (setor público não-financeiro) mais o
Banco Central.

Fique ligado! Veja que o BACEN não faz parte do setor público não-
financeiro. Apenas afirmamos que a mensuração da dívida líquida e do
déficit leva em conta o setor público não-financeiro mais o BACEN. Ou
seja, repetindo: não estamos dizendo que o BACEN faz parte do setor
público não-financeiro, mas apenas que seu resultado faz parte da
mensuração da dívida e do déficit.

O BACEN é incluído na apuração da dívida líquida pois o seu


resultado é transferido imediatamente para o Tesouro Nacional (para o
“caixa” do governo14). Assim, qualquer operação do BACEN que implique
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lucro ou prejuízo impactará imediatamente as disponibilidades em caixa


do Tesouro Nacional, o que impactará, por conseguinte, a dívida pública.

Por exemplo, suponha que o BACEN tenha feito algumas operações


de open market (compra e venda de títulos públicos) e tenha auferido
alguma receita decorrente de tais operações. Esta receita irá
imediatamente para o Tesouro Nacional. Neste caso, a dívida líquida do
governo será diminuída. Então, veja que, realmente, as operações do

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BACEN devem fazer parte do cômputo da variação da dívida líquida do
governo.

Ademais, segundo o manual de Finanças Públicas do BACEN, outro


motivo que leva este a ser incluído na mensuração da dívida líquida e do
déficit é o fato de que o BACEN é o agente arrecadador do imposto
inflacionário. Este se refere à perda de valor da moeda decorrente das
emissões monetárias realizadas pela autoridade monetária.

Quando o BACEN emite moeda, coeteris paribus, surge a inflação e


a perda de valor da moeda. Assim, os agentes possuidores de moeda têm
sua riqueza diminuída, mas o BACEN tem sua riqueza aumentada, pois
ele emitiu a moeda que fez os agentes perderem riqueza15. Essa moeda
emitida segue para o Tesouro Nacional, devendo, portanto, impactar a
dívida pública líquida. Assim, veja que o fato de o BACEN ser o
arrecadador do imposto inflacionário também faz com que ele seja
considerado no cômputo da variação da dívida pública líquida e do déficit
público.

Ainda em relação ao BACEN, deve-se notar que o conceito de dívida


líquida leva em conta os ativos e passivos financeiros do BACEN,
incluindo, dessa forma, a base monetária16.

Por fim, devemos conceituar “governo geral”: abrange as


administrações diretas federal, estaduais, municipais, bem como o
sistema público de previdência social. Esta conceituação de governo geral
tem o objetivo de aproximar os indicadores brasileiros dos padrões
internacionais adotados.

Vejamos agora a diferenciação entre dívida líquida e pública:

Dívida líquida do setor público

Corresponde ao saldo líquido do endividamento do setor público


38736334693

não-financeiro e do BACEN frente ao sistema financeiro (público e


privado), ao setor privado não-financeiro e ao resto do mundo.

Ou seja, é o que setor público não-financeiro “deve” (débitos ou


dívidas) em contrapartida ao que ele tem de crédito (créditos). Enfim, a
dívida líquida é o balanceamento entre dívidas e créditos.

A contabilização da dívida líquida, conforme já destacado na aula,


segue o regime de competência.
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Dívida pública do governo geral

A dívida bruta do governo geral abrange o total dos débitos de


responsabilidade do governo federal, estaduais e municipais, junto ao
setor privado, ao setor público financeiro, ao BACEN e ao resto do mundo.

Os débitos de responsabilidade das empresas estatais das três


esferas de governo não são abrangidos pelo conceito. Os débitos são
considerados pelos valores brutos, sendo as obrigações vinculadas à área
externa convertidas para reais pela taxa de câmbio de final de período
(compra).

Os valores da dívida mobiliária do Governo Federal (que abrange


dívidas securitizadas e carteira de títulos públicos federais no BACEN) são
calculados com base na posição de carteira, que não leva em
consideração as operações compromissadas17 pelo BACEN. São deduzidos
da dívida bruta do governo federal os créditos representados por títulos
públicos que se encontram em poder de seus órgãos da administração
direta e indireta, de fundos públicos federais, dos estados e dos
municípios, a saber: aplicações da previdência social em títulos públicos,
aplicações do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e outros fundos em
títulos públicos e aplicações dos estados em títulos públicos federais.
Analogamente, são deduzidas da dívida dos governos estaduais e dos
municipais as parcelas correspondentes aos títulos em tesouraria.

6. Evolução e sustentabilidade do endividamento público


Neste tópico, vamos falar da evolução do endividamento público a
partir dos anos 1980 e também da sustentabilidade do endividamento.
Vamos começar falando um pouco de sustentabilidade do endividamento
público.
De um modo geral, a noção que devemos ter se uma dívida é
grande ou não vai depender muito do devedor de que estamos tratando.
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Por exemplo, suponha que uma empresa de pequeno porte (uma loja)
deva uns R$ 300.000 a um banco. Se a empresa é pequena, e fatura
pouco, isto representa uma grande dívida. A empresa pode até decretar
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falência por causa disso.
Agora, por outro lado, se um conglomerado financeiro ou industrial
tem uma dívida de R$ 300.000, isto não representa NADA. É troco de
pão! Isto porque o faturamento do conglomerado é altíssimo, de tal forma
que essa dívida não impacta as atividades do conglomerado.
Quando vamos fazer um financiamento em um banco (vamos
assumir uma dívida), o primeiro item levado em conta é a nossa renda.
Dependendo da renda que comprovamos possuir, podemos assumir
grandes dívidas. No entanto, se nossa renda é baixa, o banco não nos
emprestará uma quantia razoável (não nos deixará assumir uma dívida
grande).
Com um país (em vez de uma empresa ou pessoa), a situação é
semelhante em alguns aspectos. A diferença está no fato de que um país
não precisa de “autorização” para se endividar. Basta ele emitir (e vender)
títulos no mercado e, pronto, a dívida aumenta. Nesta situação, é
diferente de uma pessoa normal, para a qual é necessária um agente
credor (um banco, geralmente) interessado em emprestar algum dinheiro.
A semelhança acontece no que se refere à análise se uma dívida vai
ser grande ou não. O item levado em conta para avaliarmos se uma
dívida é grande ou não é a relação da dívida com o “faturamento” ou a
“renda” do país. Só que um país não possui faturamento, mas sim um
“PIB”. Assim, nós avaliamos a sustentabilidade do endividamento
público a partir da relação dívida/PIB.
Se esta relação for baixa, o endividamento é sustentável. Na
medida em que a relação aumenta, o endividamento perde
sustentabilidade. Assim, uma dívida pública de R$ 1,5 trilhão para o Brasil
não é tão grave, uma vez que o PIB é de mais de R$ 4,5 trilhões. Ou seja,
a relação dívida/PIB do Brasil é de aproximadamente 35%, o que é
considerado uma relação muito boa. Dívida sustentável.
Já a mesma dívida do Brasil (R$ 1,5 bilhão) para um país com PIB
bem menor (por exemplo, a Argentina, que possui um PIB de R$ 1,5
bilhão... aproximadamente) seria mais grave. Apenas a título de
38736334693

comparação, vários dos países em crise na Europa possuem relação


dívida/PIB maior que 01 unidade. Ou seja, a dívida supera o PIB. Veja
alguns números de alguns países (dados de 2012, referentes, portanto,
ao consolidado de 2011):

País Relação dívida/PIB (aproximado)


Brasil 35%
EUA 107%
Irlanda 109%
Japão > 200%

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Itália 121%
Grécia 165%
Portugal 106%

Ainda em relação ao endividamento público, apresentamos abaixo


alguns conceitos que podem cair em prova (retirado do trabalho
“Sustentabilidade e limites de endividamento público: o caso brasileiro”,
publicado no site do Tesouro Nacional):
•! Solvência;
•! Liquidez;
•! Sustentabilidade; e
•! Vulnerabilidade

Um primeiro conceito relacionado à discussão da dinâmica da dívida


pública é o de solvência. Uma entidade qualquer é dita solvente se o
valor presente descontado de seus gastos primários (isto é, exclusive
encargos financeiros) correntes e futuros não é maior que o valor
presente descontado de sua renda corrente e futura, líquida de qualquer
endividamento inicial. Ou seja, na análise da dívida pública, de modo
simplificado, podemos entender que a condição de solvência requer que a
previsão de receitas (presentes e futuras) seja maior que a previsão de
despesas (presentes e futuras).
Outro conceito é o de liquidez. Uma entidade é dita líquida se seus
ativos líquidos e o financiamento disponibilizado pelo mercado são
suficientes para honrar o pagamento e/ou a rolagem do serviço e das
amortizações de suas dívidas.
O terceiro conceito é o de sustentabilidade. A posição de
endividamento de uma entidade é dita sustentável se ela satisfaz a
condição de solvência sem que sejam necessárias maiores correções em
suas receitas e/ou gastos dados os custos de financiamento que ela
encara no mercado. Portanto, o conceito de sustentabilidade engloba
38736334693

conjuntamente os conceitos de solvência e liquidez, sem fazer uma


delimitação clara entre eles.
Dentro desta ideia de sustentabilidade, existem (existiram) vários
estudos sobre o que seria uma dívida sustentável. Conforme dissemos,
hoje, pelo menos para fins de prova, o que interessa é nós focarmos na
relação dívida/PIB. No entanto, ainda vale a pena expor aqui na aula o
argumento de Bohn (o mais relevante, para concursos):
"! Caso o resultado primário responda positivamente a
acréscimos na dívida pública, então, esta pode ser vista
como sustentável (mesmo em uma ambiente de incerteza
econômica).

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Por fim, o conceito de vulnerabilidade é simplesmente o risco de
que as condições de solvência e/ou liquidez sejam violadas e a entidade
devedora entre em crise.
....
Agora que vimos a sustentabilidade do endividamento, vamos falar
da evolução da dívida a partir dos anos 1980. No início dos anos 1980, as
projeções sobre o endividamento brasileiro não eram nada boas. Quem, à
época, fizesse qualquer projeção sobre o que aconteceria naquela década
em relação à dívida/déficit diria que o déficit público brasileiro seria alto
durante a década de 1980 e que a relação dívida/PIB iria aumentar.
No entanto, não foi o que aconteceu. A relação dívida/PIB de
meados dos anos 1990 era muito similar à do início dos anos 1980. Isto
aconteceu devido à receita da senhoriagem. Ou seja, uma inflação alta
gera a necessidade de emissões monetárias (que tendem a realimentar a
inflação). Ao mesmo tempo, a emissão monetária é dinheiro que fica com
o governo. Ou seja, a emissão monetária significa propriamente o
governo imprimindo dinheiro para si mesmo. Só que essa emissão
realimenta a inflação.
O fato é que, nos regimes inflacionários da década de 1980, a
receita de senhoriagem se constituiu em uma forma de financiamento do
déficit público, impedindo que a relação dívida/PIB se elevasse. Durante
os anos 1980, essa relação dívida/PIB manteve-se relativamente estável
(especialmente, na segunda metade da década).
Na fase seguinte à implantação do Real, com a inflação controlada,
e sem a receita de senhoriagem, a relação dívida/PIB cresceu bastante
entre 1994 e 2003 (chegou a 60% do PIB!).
Para sistematizar nosso estudo, e ficar mais fácil para vocês
estudarem, vamos dividir a trajetória da dívida pública em alguns
períodos (Giambiagi e Além, Finanças Públicas: teoria e prática no Brasil,
3ª.edição, página 221):
o! 1981/1984; 38736334693

o! 1985/1989;
o! 1990/1994;
o! 1995/1998;
o! 1999/2002;
o! 2003/2006;
o! 2006/2010;
o! 2011/2014.

Entre 1981 e 1984, houve elevação da dívida/PIB em um contexto


de forte recessão econômica e déficit fiscal. Este período foi o único da
década de 1980 onde houve elevação da relação dívida/PIB. Isto
aconteceu devido aos elevados déficits fiscais e à desvalorização cambial
ocorrida em 1983 (elevando consideravelmente o componente externo da

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dívida).
Entre 1985/1989, houve um déficit fiscal igualmente forte, porém
com uma ligeira redução da relação dívida/PIB. Nestes anos, o
crescimento do PIB (denominador da fração) ajudou a reduzir a relação.
Houve também um aumento significativo da receita de senhoriagem
(emissão de moeda). Finalmente, a aceleração inflacionária provocou uma
subindexação da dívida passada (ou seja, parte da dívida herdada do
passada perdia valor real frente ao aumento de preços... e isto fazia com
que a dívida caísse).
Entre 1990/1994, o PIB cresceu muito pouco, mas a relação
dívida/PIB continuou caindo (devido ao imposto inflacionário ou receita de
senhoriagem). Também, em 1994, o Brasil selou um acordo da dívida
externa, que implicou cancelamento de parte do seu valor. Isto fez com
que a dívida total (interna e externa) perdesse força. Neste momento, em
1994, a relação dívida/PIB era de aproximadamente 30% do PIB.
Entre 1995/1998, iniciou-se um processo de inflexão. A relação
dívida/PIB começou a aumentar. Houve déficits fiscais elevados e redução
da receita de senhoriagem (em virtude da inflação baixa). A combinação
de redução de receitas de senhoriagem com os elevados déficits públicos
fez com que a relação dívida/PIB aumentasse. As taxas de juros elevadas
também contribuíram para elevar os gastos públicos, na medida em que o
pagamento com juros aumentou. Neste momento, em 1998, a relação
dívida/PIB chegou a quase 40%.
A partir de 1999 (entre 1999/2003), o Brasil empreende um esforço
no alcance de metas de superávits primários, mas a dívida ainda aumenta
por alguns anos, por conta dos ajustes patrimoniais (como o
reconhecimento de dívidas passadas ou esqueletos), provocados
principalmente pelo impacto das desvalorizações cambiais (fazendo o
componente externa da dívida aumentar). Vale ressaltar que estes
ajustes patrimoniais mais que superaram as receitas com as
privatizações. No início de 2003, a relação dívida/PIB chegou a mais18 de
60%!
38736334693

A partir de 2003 (entre 2003 e 2006), Governo Lula, finalmente, a


relação dívida/PIB volta diminuir. Neste período, o superávit primário
aumenta e o câmbio é apreciado (reduzindo o componente externo da
dívida). No caso do governo Lula, os ajustes patrimoniais (neste caso,
provocado pela apreciação cambial) foram favoráveis, reduzindo a dívida
pública.
Depois de 2006, a relação dívida/PIB continuou caindo. Isto
aconteceu devido aos superávits primários, à redução da taxa de juros
(diminuindo o serviço da dívida) e o crescimento da economia brasileira
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(aumento do denominador da fração: o PIB).
De 2006 para 2010, tivemos apenas um período em que a relação
dívida/PIB voltou a crescer. Aconteceu no ano de 2009, devido19 à
apreciação cambial provocada logo após a fase inicial da crise financeira
internacional.
De 2011 a 2014, a DLSP caiu até 2013, mas voltou a subir em
2014. Existe uma lei chamada Lei de Diretrizes Orçamentárias que fixa,
anualmente, algumas metas econômicas, dentre as quais se encontra a
meta do superávit primário. A LDO para 2014 previa um superávit
primário de 1,9% do PIB. No entanto, com o fraco crescimento econômico
de 2011 a 2014, o baixo nível das receitas, as elevadas desonerações e a
política econômica adotada, percebeu-se que o governo não conseguiria
entregar o superávit primário.
De forma a evitar crime de responsabilidade da Presidente da
República, o governo propôs a reforma da LDO no Congresso. Depois de
muita discussão, o Congresso Nacional aprovou a alteração, mas restou
ao país um déficit primário de 32,5 bilhões de reais. Desde que o Banco
Central começou a medir o déficit (em 2001), o resultado de 2014 foi o
pior que o Brasil já teve.
No entanto, se analisarmos todo o período (2011-2014), a DLSP
continuou caindo, apesar da Dívida Bruta ter aumentado.
Abaixo segue um gráfico (fonte: Banco Central) com a evolução
recente da dívida como proporção do PIB:

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Agora, para finalizar este tópico segue um quadro esquemático


sobre os períodos de referência que utilizamos para avaliar a evolução da
dívida pública:

Período Dívida/PIB Motivos

1981/1984 Cresce •! Elevados déficits fiscais (+);


•! Desvalorização cambial (+).
Ligeira redução •! Elevados déficits fiscais (+);
1985/1989 •! Receita de senhoriagem (-);
(quase estável)
•! Crescimento do PIB (-).
•! Redução da dívida externa (por acordo
Ligeira redução
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1990/1994 firmado) (-);


(quase estável) •! Continuam os altos déficits (+) e a
receita de senhoriagem (-).
•! Déficits fiscais elevados (+);
1995/1998 Cresce •! Não há mais receita de senhoriagem
relevante (+);
•! Taxas de juros elevadas (+).
•! Superávit primário (-);
•! Receitas com privatizações (-);
1999/2002 Cresce •! Ajustes patrimoniais (esqueletos e
desvalorização cambial faz o
componente externo da dívida
aumentar) (+).

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•! Superávits primários (-);
2003/2006 Diminui •! Crescimento do PIB (-);
•! Redução das taxas de juros (-).
•! Superávits primários (-);
2006/2010 Diminui •! Crescimento do PIB (-);
•! Redução das taxas de juros (-).
•! Superávits primários (-);
2011/hoje Diminui •! Crescimento do PIB (-);
•! Redução das taxas de juros (-).

PS: na coluna “motivos”, o que está com sinal de (-) reduz a relação dívida/PIB.
O que está com sinal de (+) aumenta a relação dívida/PIB.

7. Financiamento e Lei de Responsabilidade Fiscal.


Bom pessoal, como o nosso concurso é para Tribunal de Contas, nós
consideramos importante ter algumas noções sobre o Deficit Público
segundo as disposições da LRF.
Aqui, nossa abordagem irá mudar um pouco. Sairemos um pouco
do âmbito da Economia e entraremos no âmbito do Direito Financeiro
(apesar de que essas duas ciências possuem muitos pontos comuns).
Veremos o financiamento do setor público de acordo com a Lei de
Responsabilidade Fiscal, que nada mais é do que as disposições
constantes da LRF que tratam sobre o Déficit Público.
Sendo assim, vamos lá?
7.1 Antecedentes da LRF
Nos anos 80, a economia brasileira estava um caos. O país vinha
passando por um descontrole inflacionário e por muitas oscilações das
taxas de juros. O cenário externo também não era favorável, pois o
câmbio brasileiro beirava à insolvência. Insolvência é a situação em que
um país não consegue pagar suas obrigações. 38736334693

Não bastando esse cenário ruim, a crise do petróleo em 1979 fez


com que o país estagnasse. Enquanto nos anos 70 o Brasil vinha
crescendo a uma média de 7% ao ano, o crescimento nos anos 80 foi
próximo de 2% ao ano. Uma desaceleração de 71,4%. A dívida brasileira
estava cada vez mais alta e chegamos a pagar 236 bilhões de dólares em
juros e amortizações da dívida.
A situação econômica do Brasil não era, nem de longe, a
experimentada após os anos 2000.
Internamente, as políticas econômicas eram caóticas. Não
conseguiam atacar a causa da inflação e muito menos resolver os
problemas estruturais apresentados pela Economia.
Para que esses problemas fossem resolvidos, o governo possui

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basicamente duas políticas. Uma é a política monetária, que tem como
principal foco de atuação o volume de moeda disponível na economia, a
inflação e a taxa de juros. A outra política é a política fiscal, que é a
política que envolve os gastos públicos.
Nesse período da economia brasileira, as duas políticas eram
ineficazes. A inflação altíssima, as altas taxas de juros e as variações
cambiais tornavam a política monetária inócua. Pelo lado fiscal, nosso país
sempre teve problemas, sempre gastou muito e mal.
Se tivéssemos em um curso de Macroeconomia, veríamos
exatamente como essas duas políticas, monetária e fiscal, impactam no
crescimento da economia, na inflação e nas taxas de juros. Como não é o
caso, iremos apenas ressaltar o seguinte: Se um país gasta muito, ele
incentiva o crescimento econômico (o que é bom). No entanto, esse
crescimento a mais tem um custo: traz pressões inflacionárias, aumenta a
taxa de juros e aumenta a dívida do país. Como vimos nos tópicos
anteriores, a inflação corrói o poder de compra da população e altas taxas
de juros fazem com que o país pague juros cada vez maiores. Essas duas
medidas combinadas com o aumento da dívida, fazem com que o
crescimento econômico gerado pelo aumento do gasto público seja
comprometido seriamente em um período de 4-5 anos e, se nada for
feito, a situação se agrava.
Pois bem, no caso brasileiro, uma característica marcante ainda
piorou o cenário econômico: a Constituição Federal de 1988. Com o fim
da ditadura militar, a população passou a reivindicar mais seus direitos e
isso ensejou mais despesas por parte do Estado. Nossa CF aumentou
DRASTICAMENTE as responsabilidades do Estado e, assim, fez pressão
por um aumento nas necessidades de gastos, especialmente na área se
seguridade social (saúde, assistência e previdência). Além disso, houve
uma concentração das riquezas do país na mão da União, o que piorou a
situação dos entes subnacionais.
Bom, em duas páginas, já deu para perceber como era a situação
nos anos 80 (e olha que só estamos lendo, imagine se tivéssemos vivido!
O pessoal um pouco mais velho deve lembrar dessa época).
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Não bastasse essa situação, o governo usava e abusava do Efeito


Patinkin. Como a inflação era muito alta, o governo adiava os
pagamentos. Enquanto o governo não pagava, a inflação ia corroendo a
dívida do governo e, quando o governo finalmente pagasse o que devia,
seria um montante muito menor, pois a inflação corroía a dívida. Este é o
efeito Patinkin.
Então, de um lado, você tinha um país em crise econômica (interna
e externa) que não podia usar os canais monetários apropriados para
combater a inflação e a alta taxa de juros. De outra banda, tinha um
governo muito confortável com a inflação e que foi sempre acostumado a
gastar muito, o que piorava o quadro brasileiro.

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Nos entes subnacionais, a situação era parecida. Era muito comum
que o prefeito que perdesse uma eleição, aumentasse o gasto público
fortemente para que seu sucessor pegasse a prefeitura numa situação de
insolvência financeira e com muitas obrigações a cumprir que foram
geradas pelo prefeito anterior.
Pois bem, passado um tempo, no governo Itamar Franco, o ministro
da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, diagnosticou que a inflação era
o principal problema econômico brasileiro. Assim, todos os esforços
deveriam ser voltados ao combate à inflação, de que foi resultado o Plano
Real20. Esse combate à inflação, também foi acompanhado de algumas
mudanças estruturais. As duas principais foram o regime de metas de
inflação a ser utilizado pelo Banco Central (canal monetário) e o equilíbrio
nas contas públicas (canal fiscal). Houveram diversas outras medidas,
mas, para nosso estudo, essas duas foram as principais.
No lado fiscal, a medida mais emblemática foi a aprovação da Lei de
Responsabilidade Fiscal, já no governo FHC. Essa Lei visava mudar o
comportamento do Governo em relação à inflação e às contas públicas.
Para isso, a LRF instituiu limites de endividamento, de geração de
despesas e estabeleceu diversas regras que favorecem o equilíbrio das
contas públicas.
Assim, o principal objetivo era evitar que os entes da federação
gastassem mais do que arrecadavam e, se fosse necessário recorrer ao
endividamento, que seguissem regras rígidas e transparentes.
A LRF se preocupou não apenas com o âmbito federal, mas também
com os entes subnacionais. Afinal, de nada adiantaria o governo federal
fazer fortes ajustes fiscais, se não houvesse disciplina fiscal dos entes
menores.
Depois de vários anos de debate intenso no Congresso Nacional2122,
a LRF foi aprovada como Lei Complementar 101/2000. Alguns pontos da
LRF ainda são objeto de discussões no Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, a literatura econômica anota que a cultura de gestão fiscal
deu uma guinada considerável após a aprovação da Lei. Não que a 38736334693

responsabilidade fiscal esteja impregnada na mente dos governantes,


mas se está caminhando para isso.

7.2 Objetivos da LRF

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O principal objetivo da LRF está no caput do art. 1º. A LRF, com
amparo no artigo 163 da CF, estabelece “normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal”.
O parágrafo primeiro do mesmo artigo estabelece que por
“responsabilidade na gestão fiscal” entende-se:
1 – A ação planejada e transparente;
2 – Prevenção de riscos e correção de desvios que afetem o equilíbrio das
contas públicas;
3 – garantia de equilíbrio nas contas, via cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas, com limites e condições para a
renúncia de receita e a geração de despesas com pessoal, seguridade,
dívida, operações de crédito, concessão de garantia e inscrição em restos
a pagar.

Veja que o objetivo da LRF é bem ambicioso. Além do planejamento


governamental (até hoje deficiente em nosso país), a LRF traz uma nova
noção de equilíbrio das contas públicas: o resultado primário equilibrado.
Ou seja, o equilíbrio a ser buscado é o equilíbrio autossustentável (aquele
que não depende de operações de crédito e endividamento).
É claro que, sob algumas condições, os governos podem se
endividar. No entanto, a dívida pública tem sido o principal problema
econômico enfrentado pelo país nos últimos tempos, em todos os níveis
de governo23. E, por isso, a LRF atua também sobre esse ponto.

7.3 Disposições da LRF sobre a dívida pública e ajuste fiscal


7.3.1 O anexo de metas fiscais
O maior instrumento de intervenção do Estado na Economia é o
orçamento público. No Brasil, a CF institui três leis que tratam de
orçamento.
A primeira lei é o Plano Plurianual (PPA) que, segundo o artigo 165,
38736334693

§1º, da CF, estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e


metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
Outra lei é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que compreende
as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orienta a
elaboração da lei orçamentária anual, dispõe sobre as alterações na
legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento (§2º do art. 165 da Constituição).
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A terceira lei é a Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo
Congresso a cada ano.
Pois bem, nesse cenário todinho, a LRF tratou, inicialmente, sobre o
PPA, a LDO e a LOA. No entanto, a parte relativa ao PPA foi vetada.
Restaram disposições referentes à LDO e à LOA.
Para o nosso estudo aqui, o que nos interessa são as disposições da
LRF aplicáveis à LDO. Como vimos, a LDO estabelece metas para a
administração pública federal. A LRF evidenciou que nessas metas, devem
estar contidas metas fiscais. É assim a redação do dispositivo:

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Veja que a LRF determinou que a LDO tratasse sobre o equilíbrio


entre as receitas e despesas e critérios e formas de limitação de empenho
(falaremos mais sobre isso daqui a pouco). O interessante para nós,
nesse ponto, é o Anexo de Metas Fiscais.
Esse anexo estabelece metas de receita, metas de despesa, metas
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de resultado nominal, metas de resultado primário e metas para o


montante da dívida pública, para o ano que se refere e para os dois
seguintes, ou seja, o AMF estabelece metas para 3 exercícios.
O §2º do art. 4º da LRF nos dá a composição do AMF:

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Note que, além das metas futuras (§ 1º), o art. 4º da LRF


determina que a LDO contenha uma avaliação dos resultados passados
(incisos I e II do § 2º), o que dá subsídios para projeções consistentes
das metas a serem alcançadas.
No inciso III do mesmo parágrafo, a LRF demonstra preocupação
com a deterioração do patrimônio público, ao exigir que os recursos
obtidos com a alienação de ativos24, como os provenientes de
privatizações, tenham destaque no anexo de metas fiscais da LDO. Tal
determinação permite avaliar a evolução do patrimônio líquido do ente,
por exemplo, verificando se as receitas de alienações estão sendo
reaplicadas em investimentos, o que mantém o patrimônio líquido; ou se
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estão sendo usadas em gastos de custeio25, o que faz o patrimônio líquido


diminuir.
Já o inciso IV visa evitar que os recursos de fundos de natureza
previdenciária sejam utilizados em finalidade diversa da programada, o
que era muito comum no passado. O que a LRF objetiva é garantir a
viabilidade econômico-financeira dos fundos ao protegê-los de uso
indevidos e assegurando a utilização apenas nas finalidades previstas em
seus estatutos, como nos pagamentos de pensões, complementação de

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aposentadorias e subsídios às despesas médicas de titulares e
dependentes.
Concluindo, o inciso V alinha ações, resultados e transparência, ao
exigir que o anexo de metas fiscais demonstre a previsão de renúncia de
receitas e da expansão das despesas obrigatórias continuadas, que
normalmente trazem heranças fiscais para mandatos seguintes. Por
exemplo, ao aumentar as remunerações dos servidores públicos, um
prefeito passará essa obrigação para todos os seus sucessores, já que as
remunerações são irredutíveis. Tal despesa obrigatória continuada deverá
estar prevista no anexo de metas fiscais.

7.3.2 Limitação de empenho e movimentação financeira


No tópico anterior, vimos que a LRF exige que a LDO traga o AMF.
Mas, e se essas metas não forem cumpridas? Ou se a Economia
apresentar alguma situação em que não se alcançará o cumprimento das
metas? A LRF também possui uma disposição sobre isso, consubstanciada
no seu artigo 9º:

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Ou seja, o acompanhamento das receitas deve ser realizado


bimestralmente. Se a receita não comportar o cumprimento das metas,

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os poderes devem, por ato próprio, limitar o empenho e movimentação
financeira. O empenho é um ato que reserva uma parte do orçamento
para o pagamento de alguma despesa. Já a movimentação financeira é o
pagamento com dinheiro em si. O que a LRF quer com essa medida, é
que, caso as receitas não permitam o atingimento das metas, o governo
deve diminuir seus gastos. Para essa diminuição dos gastos, ele deve
deixar de reservar parcelas do orçamento para despesas (limitação de
empenho) e diminuir o ritmo de pagamentos (limitação de movimentação
financeira).
Em outras palavras, a limitação de empenho, usualmente usada
como sinônimo de contingenciamento, consiste no bloqueio de
despesas previstas no Orçamento. É um procedimento empregado pela
Administração para assegurar o equilíbrio entre a execução das despesas
e a disponibilidade efetiva de recursos. A realização das despesas
depende diretamente da arrecadação das receitas. Assim, caso não se
confirmem as receitas previstas, as despesas programadas poderão
deixar de ser executadas na mesma proporção. As despesas são
bloqueadas a critério do Governo, que as libera ou não dependendo da
sua conveniência. Os contingenciamentos têm sido decretados com
frequência, e como a liberação depende da conveniência da
Administração, estimula a negociação política entre o Poder Executivo e
os parlamentares, que querem ver suas bases eleitorais atendidas na
execução orçamentária e financeira.
Dessa forma, a limitação de empenho e de movimentação financeira
visa impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro. Se
essa situação fosse permitida, o Estado devido à situação de urgência,
deveria pedir emprestado. Como pegar empréstimo com urgência implica
em elevados encargos, isso estaria prejudicando o ente público.
Sobre o caput do art. 9º, vale ressaltar: 1 – O acompanhamento
das receitas é BIMESTRAL (se a questão falar em trimestral, semestral ou
o que for, estará errada). 2 – Cada poder faz o seu ato próprio para a
limitação (se a questão disser que o Poder Executivo faz por todo mundo,
estará errada). 3 – Cada poder tem 30 dias para publicar o ato próprio
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(cuidado com esse prazo. Não são 60, nem 90 dias, são apenas 30 dias).
4 – A única possibilidade de limitação de empenho é a frustração de
RECEITAS (e não de despesas).
Passando para a análise dos parágrafos, temos que o §1º
estabelece que se a receita voltar a crescer, o Governo pode recompor os
empenhos de forma proporcional à redução imposta pela limitação.
O §2º traz despesas que não podem sofrer limitação de empenho.
Despesas que são obrigações constitucionais (por exemplo, o Fundo de
Participação dos Estados ou o Fundo de Participação dos municípios) ou
legais do ente não podem ser objeto de limitação. Também, não podem
ser objeto de limitação as despesas destinadas ao pagamento do serviço
da dívida e as ressalvadas pela LDO (no âmbito federal, as despesas do

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PAC e do Programa Brasil Sem Miséria vêm sendo ressalvadas pela LDO,
ou seja, essas despesas não podem ser objeto de limitação).
Enquanto o §3º está suspenso por uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADIN) proposta no STF, os §§4º e 5º estabelecem
medidas para que o Congresso Nacional avalie o cumprimento das metas
fiscais, seja em audiência pública, seja nas reuniões das comissões.

7.3.3 Limites da Dívida Pública e Recondução da Dívida aos Limites


A LRF também tratou de alguns limites para a dívida pública, bem
como de prazos para a recondução da dívida aos limites, caso esse limite
fosse ultrapassado.
Antes de estudarmos os limites, precisamos ter em mente uma
definição adotada pela LRF. Essa definição é a de Dívida Pública
consolidada que, segundo o art. 29, inc. I é “montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas
em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de
operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.”
Ou seja, qualquer despesa que decorra de lei, contrato, convênio,
operação de crédito (basicamente, empréstimo)26 e que tiver prazo para
pagamento superior a 12 meses, será considerada dívida consolidada
(também chamada de fundada).
Pois bem, a LRF estabeleceu um prazo para que o Presidente da
República encaminhasse ao Senado e ao Congresso algumas propostas
para a os limites das dívidas consolidadas da União, Estados, DF e
Municípios e também da dívida mobiliária. Por vários motivos que não
vêm ao caso aqui explicar, nós, até hoje, não temos limites para vários
tópicos.
Os limites mais importantes para o nosso estudo são os de dívida
consolidada e de contratação de operações de crédito.
Limites em relação à RCL27
38736334693

Objeto União Estados/DF Municípios


Dívida
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Acreditamos que não é o caso de vocês saberem esses limites, ok?


É só pra exemplificar numericamente, belezinha?
Prosseguindo, a LRF determina que, quadrimestralmente, haja
verificação do atendimento ao limite, pela apuração do montante da
dívida líquida consolidada.
Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o
respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele
reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente
em pelo menos 25% no primeiro (art. 31, LRF).
Ou seja, se, por algum motivo, um ente da Federação ultrapassar o
limite, ele deverá voltar ao limite em 3 quadrimestres. E o excesso do
limite tem que ser reduzido em 25% logo no primeiro quadrimestre.
Suponha que o município de São José do Rio Preto estoure o limite de
120% para a dívida consolidada e tenha compromissado 170% da sua
RCL. No primeiro quadrimestre, ele deve reduzir o excedente em 25%, ou
seja, o excedente é 50% (170% - 120%). 25% do excedente de 50% é
12,5%. Então, o município deve reduzir, no primeiro quadrimestre, a
dívida consolidada de 170% para 157,5%.
Enquanto o limite estive estourado, o ente da federação estará sob
as seguintes sanções:
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou
externa, inclusive antecipação de receita, ressalvado o
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária28.
II – obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao
limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho.
Resumindo tudo até aqui: Se um ente estourar o limite, deve voltar
ao limite em 3 quadrimestres, reduzindo pelo menos 25% do excedente
no primeiro quadrimestre. Enquanto ele não voltar ao limite, não pode
contratar operação de crédito (ressalvado o refinanciamento do principal
da dívida mobiliária) e terá que obter resultado primário. 38736334693

E se passar os 3 quadrimestres e o ente não tiver voltado ao limite?


Nesse caso, ele ficará proibido de receber transferências voluntárias da
União ou do Estado, conforme o caso. Ou seja, se ele não voltar ao limite
no prazo, ele não poderá contratar OC, obterá resultado primário e ainda
ficará proibido de receber transferências voluntárias29.

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7.3.3.1 Situações especiais para a recondução da dívida aos
limites
A LRF também traz algumas situações nas quais os prazos previstos
nela podem sofrer alguma alteração. Essas alterações são as seguintes:
Aplicação imediata: as restrições são aplicadas imediatamente se
o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último
ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
Suspensão: na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo
Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas,
na hipótese dos estados e municípios; e em caso de estado de defesa ou
de sítio decretado na forma da Constituição, enquanto perdurar a
situação, serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições
estabelecidas no artigo.
Duplicação: já em caso de crescimento real baixo ou negativo do
Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período
igual ou superior a quatro trimestres, os prazos do artigo serão
duplicados. Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real
acumulada do PIB inferior a 1%, no período correspondente aos quatro
últimos trimestres (no âmbito federal, o crescimento do PIB previsto para
2014 é de 0,86%, ou seja, já seria um caso de duplicação dos prazos da
LRF).
Ampliação: ainda, na hipótese de se verificarem mudanças
drásticas na condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas
pelo Senado Federal, o prazo poderá ser ampliado em até quatro
quadrimestres.
7.3.4 Vedações
Por fim, devemos ficar atentos a algumas vedações trazidas pela
LRF:

38736334693

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Essas vedações trazidas pela LRF estabelecem as balizas das
operações de crédito. No Brasil, o órgão responsável por emitir títulos da
dívida pública é o Tesouro Nacional (órgão responsável pela condução da
política fiscal do governo), já que é vedado ao Bacen emitir títulos da
dívida publica (art. 34).

Com o mesmo objetivo, a LRF veda as operações de crédito entre


um ente da federação e outro (entre a União e os Estados, por exemplo).
A única exceção é se um empréstimo for concedido por um banco estatal
a outro ente da federação, e somente nos casos em que o empréstimo
não for utilizado para pagar despesas correntes ou para refinanciar outras
dívidas (art. 35).

Assim, União não pode emprestar ao Rio Grande do Sul. No


entanto, a Caixa Econômica Federal pode emprestar ao Estado do Rio
Grande do Sul desde que o Rio Grande do Sul não utilize o empréstimo
para financiar despesas correntes, nem para refinanciar outras dívidas.
Nessa situação a única dívida que o estado do RS pode refinanciar é a
própria dívida com a Caixa Econômica.

No entanto, apesar da Caixa poder emprestar a estados e


municípios, ela não pode emprestar para a União (art. 36, LRF)! A LRF
proibiu uma prática antiga, pela qual o ente federativo controlador do
banco estatal pegava empréstimos para quitar sua dívida com os demais
credores. Atualmente, o governo federal está sendo acusado de infringir
este dispositivo, por causa das chamadas “pedaladas fiscais”.

A única possibilidade de um banco estatal emprestar ao seu ente


federativo controlador, é se comprar títulos públicos. Mas esses títulos
públicos não podem ser adquiridos diretamente com o Tesouro Nacional,
apenas das mãos de terceiros, no chamado “mercado secundário”.

Por fim, o art. 37 equipara alguns procedimentos à operações de


crédito e estabelece que esses determinados tipos de procedimentos
38736334693

estão vedados.

..........

Essa aula é pequena, mas bem complicadinha. Lembrem de revisar!

Esperamos que tenham gostado!

Abraços a todos e bons estudos!

Heber Carvalho e Jetro Coutinho

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RESUMÃO DA AULA
Formas de financiamento do Déficit Público
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Conceitos do Resultado Fiscal
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Correção monetária
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EXERCÍCIOS COMENTADOS

Com relação aos conceitos de dívida pública e superávit primário,


julgue os itens seguintes.

01. (CESPE/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) No cálculo da


dívida líquida do setor público, não são consideradas as dívidas
junto a instituições como Caixa Econômica Federal, Banco do
Brasil, BNDES e demais bancos públicos federais.

COMENTÁRIOS:
Correto, pois a DLSP não leva em consideração o setor público financeiro.

GABARITO: CERTO

02. (CESPE/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) O superávit


fiscal primário corresponde à diferença entre receitas e gastos
governamentais, excetuadas as despesas com pagamento de
juros. No conceito acima da linha, as receitas são apuradas pelo
regime de caixa, enquanto as despesas são apuradas pelo regime
de competência.

COMENTÁRIOS:
Na verdade, não há relação entre os critérios acima/abaixo da linha e os
regimes de contabilização. Mas, no conceito primário, as receitas e
despesas são apuradas, ambas, pelo regime de caixa.

GABARITO: ERRADO.
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03. (CESPE/Unb – Consultor de Orçamento – Câmara dos
Deputados – 2014) Se o governo federal perdoar a dívida de
governos estaduais e municipais dos quais seja credor, o efeito
contábil imediato desse perdão sobre a dívida líquida do setor
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público será nulo.

COMENTÁRIOS:
Correto! Isso acontece por causa do regime de caixa. Como o governo
federal só iria contabilizar quando recebesse o dinheiro e agora não vai
mais contabilizar, o efeito contábil é nulo. Já que não havia registro e,
com o perdão da dívida, não mais haverá também.

GABARITO: CORRETO.

04. (CESPE/Unb – Consultor de Orçamento – Câmara dos


Deputados – 2014) O resultado primário é um conceito de déficit
público que visa medir o esforço fiscal feito pelo governo dentro

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de um dado intervalo de tempo, incluindo no cálculo o efeito de
déficits ou superávits passados sobre o esforço fiscal feito no
período sob análise.

COMENTÁRIOS:
Na verdade, o objetivo de calcularmos o resultado primário é justamente
o de EXCLUIR os efeitos passados sobre o esforço fiscal feito pelo
governo.

GABARITO: ERRADO

05. (CESPE/Unb – Consultor de Finanças Públicas – Câmara dos


Deputados – 2014) O resultado primário, que corresponde ao
resultado nominal excluída a parcela referente aos juros nominais
incidentes sobre a dívida líquida, indica, efetivamente, o esforço
fiscal do setor público sem os efeitos dos déficits incorridos no
passado.

COMENTÁRIOS:
Tudo certo! Com o resultado primário, pode-se avaliar o real esforço fiscal
do governo em conter despesas. Isso acontece porque os juros pagos
num ano são decorrentes de despesas de anos anteriores. Assim, ao
excluir do cálculo as despesas com juros, considera-se somente o ano
corrente, não levando em consideração as despesas de anos passados.

GABARITO: CERTO

06. (CESPE/Unb – Consultor de Finanças Públicas – Câmara dos


Deputados – 2014) O conceito de resultado operacional consiste
em indicador de ampla relevância em países de inflação alta, como
o Brasil antes do Plano Real, uma vez que exclui o impacto da
inflação sobre a necessidade de financiamento do setor público.

COMENTÁRIOS: 38736334693

Questão bem tranquila! Ao excluir a correção monetária (e também a


cambial), o país exclui o efeito da inflação sobre as contas públicas. Vimos
na aula que a inflação tem como consequência a alteração nas contas
públicas (Efeito Oliveira-Tanzi e Patinkin). O conceito de resultado
operacional exclui esses dois efeitos sobre a NFSP e, por isso, refletem
adequadamente os impactos da dívida pública num país com inflação alta.
Já nos países com inflação baixa, os outros dois conceitos são suficientes
para medir as NFSP.

GABARITO: CERTO

07. (CESPE/Unb – Consultor de Finanças Públicas – Câmara dos


Deputados – 2014) A apuração dos resultados fiscais pode ser

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realizada por dois critérios: abaixo da linha e acima da linha. O
primeiro critério é calculado pela Secretaria de Tesouro Nacional
do Ministério da Fazenda, enquanto o segundo é acompanhado
somente pela Secretaria de Orçamento Federal do Ministério de
Planejamento, Orçamento e Gestão, órgão que apura o
desempenho fiscal do governo.

COMENTÁRIOS:
Fácil essa, não? O critério abaixo da linha não é acompanhado somente
pela SOF-MPOG, mas principalmente pelo BACEN.

GABARITO: ERRADO
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08. (Cespe – Analista Economia – MPU – 2013) Em relação à
contabilidade fiscal, endividamento e financiamento do déficit
público, julgue os itens que se seguem.
As necessidades de financiamento do setor público não financeiro
(NFSP) apuram o resultado pelo regime de caixa, de maneira que
as despesas públicas, com exceção dos juros, são computadas
como déficit no momento em que são pagas, e as receitas não são
consideradas quando ocorre o fato gerador, mas no momento do
recebimento dessas.

COMENTÁRIOS:
Exatamente. Como vimos na aula, as receitas e as despesas são
contabilizadas pelo regime de caixa. Exceção fica à conta dos juros, que
são contabilizados por competência.

GABARITO: CERTO

09. (CESPE – Ana. Adm. – ANAC – 2012) A necessidade de


financiamento do setor público (NFSP) corresponde ao conceito de
déficit nominal, referindo-se à variação da dívida fiscal líquida
38736334693

entre dois períodos de tempo.

COMENTÁRIOS:
Exatamente. Vimos essa relação durante a aula, na página 11.

GABARITO: CERTO

10. (CESPE – Ana. Adm. – ANAC – 2012) O déficit operacional é


uma unidade de medida utilizada em períodos de inflação estável.

COMENTÁRIOS:

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Pelo contrário. O conceito operacional é utilizado para períodos de elevada
de inflação instável, pois ele exclui o efeito da inflação e permite uma
melhor visualização do desempenho das contas públicas, sem o efeito
monetário do ajuste de preços.

GABARITO: ERRADO

11. (CESPE – Ana. Adm. – ANAC – 2012) O déficit nominal resulta


da diferença entre os gastos totais e as receitas totais, enquanto o
déficit primário resulta da diferença entre os gastos não
financeiros e as receitas não financeiras.

COMENTÁRIOS:
Ok! Sem problemas, né?

GABARITO: CERTO

12. (CESPE – Ana. Adm. – ANAC – 2012) A dívida líquida do setor


público é a soma das dívidas interna e externa do setor público
com o setor privado, incluindo a base monetária e excluindo os
ativos do setor público, tais como as reservas internacionais e os
valores das privatizações.

COMENTÁRIOS:
Exatamente como visto em aula (página 11, nota de rodapé nº 9).

GABARITO: CERTO

13. (CESPE – ACE – TCDF – 2011) As necessidades de


financiamento do setor público, apuradas nos três níveis de
governo — federal, estadual e municipal —, correspondem à
avaliação do desempenho fiscal da administração pública,
podendo ser denominadas necessidades de financiamento das
empresas estatais caso se refiram ao resultado do orçamento
38736334693

fiscal.

COMENTÁRIOS:
Errado. Como vimos, as NFSP compreendem o setor público não-
financeiro que compreende as administrações diretas federal, estaduais e
municipais, as administrações indiretas, o sistema público de previdência
social e as empresas estatais não-financeiras federais, estaduais e
municipais, além da Itaipu Binacional. Assim, não podemos denominar as
NFSP como “necessidades de financiamento das empresas estatais”.

GABARITO: ERRADO

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!
60#73(8/9/0(,∋0:∋;<#(/(=/40#(,#>4&∃<#(?(≅>;∋(ΑΒ !
14. (CESPE – ACE – TCDF – 2011) Estimar o resultado primário
como função da dívida pública e de variáveis como o hiato do
produto e os gastos atípicos do governo é uma das formas de
testar a sustentabilidade do endividamento público. Na hipótese
de o resultado primário responder positivamente a acréscimos na
dívida pública, esta será considerada sustentável.

COMENTÁRIOS:
Exatamente. Vimos que o resultado primário corresponde ao esforço do
governo para conter a dívida pública. Assim, se a dívida pública crescer e
o resultado primário responder positivamente (ou seja, crescer na mesma
proporção), a dívida será considerada sustentável. Isso acontece porque o
país aumentará a dívida na mesma proporção que aumentou sua
“poupança” para pagar a dívida.

GABARITO: CERTO

15. (CESPE – Prof. Gestão Financeira – IFB – 2011) Em uma


economia fechada e sem inflação, déficit operacional iguala-se ao
déficit nominal.

COMENTÁRIOS:
Exatamente. Em uma economia fechada, não temos correção cambial. E
em uma economia sem inflação, não temos correção monetária. Ou seja,
se a economia for fechada e sem inflação, a economia não apresentará
nenhuma correção cambial nem monetária, fazendo com que o Déficit
operacional se iguale ao déficit nominal (conforme quadro das páginas
08/09).

GABARITO: CERTO

16. (CESPE – Economista – MS – 2010) Deficit nominal é também


conhecido como necessidades de financiamento líquido do setor
público. Já deficit primário exclui do deficit nominal correções e
38736334693

juros da dívida interna.

COMENTÁRIOS:
Questão bem simples, né?

GABARITO: CERTO

17. (Cespe – Economista – MTE – 2008) Dívidas públicas elevadas


exigem déficit fiscal menor para manter a razão dívida/PIB
constante, garantindo, assim, a sustentabilidade da dívida pública.

COMENTÁRIOS:

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!
60#73(8/9/0(,∋0:∋;<#(/(=/40#(,#>4&∃<#(?(≅>;∋(ΑΒ !
Não são necessários déficits fiscais menores para manter a relação
dívida/PIB constante. Ou se diminui a dívida (caso em que serão exigidos
superávits fiscais), ou se aumenta o PIB em proporção maior que a
dívida. Nesse segundo caso, podemos ter déficits fiscais, mas, como o PIB
está crescendo mais que a dívida, a relação dívida/PIB fica constante.

GABARITO: ERRADO

18. (CESPE – Economista – MTE – 2008) Aumentos nas taxas de


juros que incidem sobre a dívida pública elevam as necessidades
de financiamento do setor público (NFSP) no conceito nominal,
porém, não alteram o resultado primário do setor público.

COMENTÁRIOS:
Exatamente. Esse aumento nas taxas de juros eleva a NFSP porque
aumentam o montante de juros a ser pago. Como o resultado primário
não leva em consideração os juros, o aumento nas taxas de juros não
altera o resultado primário.

GABARITO: CERTO
!
!
19. (CESPE – ECONOMISTA – MPU – 2010) - O déficit operacional
reflete adequadamente as necessidades reais de financiamento do
setor público.

COMENTÁRIOS:
Em macroeconomia, as variáveis reais geralmente indicam que estamos
descontando o índice de preços de variáveis nominais (exemplos: PIB real
= PIB nominal/índice de preços; salários reais (W/P) = salários nominais
(W) / índice de preços (P)). Nos conceitos de déficits, ocorre o mesmo.

O déficit nominal leva em conta as necessidades nominais de


financiamento, incluindo a diferença de receitas e gastos (conceito
38736334693

primário), juros pagos e recebidos (conceito operacional) e correção


monetária devido à inflação (conceito nominal). As necessidades reais são
calculadas descontando-se o índice de preços, ou seja, não levam em
conta a correção de preços provocada pela inflação. Assim, as
necessidades reais de financiamento são refletidas pelo conceito de déficit
operacional (desconta-se o índice de preços, ou correção monetária, do
conceito de déficit nominal), ao passo que as necessidades nominais são
refletidas pelo conceito de déficit nominal.

É uma abordagem conceitual um pouco diferente e que raramente


aparece em provas (nem se encontra nos livros textos sobre o assunto,
pois está em desuso). Como a banca já cobrou, achamos interessante
colocar na aula!

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!∀#∃#%&∋()∗(+,!−.,(
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60#73(8/9/0(,∋0:∋;<#(/(=/40#(,#>4&∃<#(?(≅>;∋(ΑΒ !
GABARITO: CERTO

(CESPE/Unb - ANALISTA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO -


CIÊNCIAS ECONÔMICAS – SEGER/ES - 2009) A economia do setor
público analisa o papel desempenhado pelo governo nas
economias de mercado. Acerca desse assunto, julgue os itens.

20. O resultado primário do setor público é mais apropriado para


avaliar a magnitude do ajuste fiscal porque ele não leva em conta
os impactos da política monetária.

COMENTÁRIOS:
Os impactos da política monetária (questões envolvendo as remunerações
de juros e correção monetária) são avaliados somente nos resultados
operacional e nominal. O resultado primário leva em conta somente
receitas e despesas não financeiras. Assim sendo, a assertiva está
correta.

GABARITO: CERTO

21. O resultado nominal do setor público corresponde ao resultado


primário acrescido das receitas financeiras e das despesas de
juros incorridos pela dívida pública.

COMENTÁRIOS:
O conceito trazido pela assertiva foi o de resultado operacional. Assim, o
resultado operacional corresponde ao resultado primário acrescido das
receitas financeiras (juros) e das despesas de juros.

O resultado nominal corresponde ao resultado primário acrescido das


receitas financeiras (juros), correção monetária e cambial e das despesas
de juros, correção monetária e cambial.

GABARITO: ERRADO 38736334693

(CESPE/Unb - ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR – MDIC - 2008)


- A teoria macroeconômica analisa o comportamento dos grandes
agregados econômicos. Com base nessa teoria, julgue os itens a
seguir.

22. Quando o deficit nominal do setor público, mensurado em


termos do PIB, corresponde ao produto entre a taxa de
crescimento do PIB real e a razão dívida/PIB, essa razão é
constante.

COMENTÁRIOS:
Questão bem engenhosa, não é mesmo!?

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!
60#73(8/9/0(,∋0:∋;<#(/(=/40#(,#>4&∃<#(?(≅>;∋(ΑΒ !

Vamos lá:

Em primeiro lugar, nós temos a razão (é sobre ela que gira o raciocínio da
assertiva):

!∀#∃%&
∋()

Para facilitar, vamos dar números hipotéticos à dívida e ao PIB. Suponha


que a dívida seja 500, e o PIB seja 1000. Se o PIB crescer a uma taxa
qualquer, digamos, uns 5%; então, para essa razão se manter constante
a dívida também só pode crescer 5%. Neste caso, para a dívida crescer
5% (no valor de 25), o déficit nominal deve ser 25.

Agora, é só fazer as contas para ver a assertiva está correta. O produto


entre a taxa de crescimento do PIB real e razão dívida/PIB seria:

Crescimento do PIB real X (dívida/PIB) = 0,05 x (500/1000) = 0,025

Como o PIB é 1000, e o déficit nominal é 25, então, o déficit nominal


mensurado em termos do PIB seria 0,025.

No entanto, muita atenção! A questão fala em crescimento do PIB real. O


que isto quer dizer? Isto significa que o crescimento do PIB não leva em
conta o crescimento dos preços, descontando-o.

Ou seja, o crescimento do PIB real desconta o nível de preços da


economia, ou desconta a correção monetária (descontar o nível de preços
é o mesmo que descontar a correção monetária). Desta forma, se houver
variação de preços (que é a situação comum), o que está escrito no
enunciado não será correto.

Apresento abaixo duas versões 38736334693


alternativas, que poderiam ser
consideradas corretas:

Quando o deficit operacional do setor público, mensurado em termos do


PIB, corresponde ao produto entre a taxa de crescimento do PIB real e a
razão dívida/PIB, essa razão é constante.

"! Neste caso, estamos falando do déficit operacional, que desconta o


nível de preços da economia (desconta a correção monetária),
assim como faz o PIB real.

Quando o deficit nominal do setor público, mensurado em termos do PIB,


corresponde ao produto entre a taxa de crescimento do PIB nominal e a
razão dívida/PIB, essa razão é constante.

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!∀#∃#%&∋()∗(+,!−.,(
! +/#0&∋(/(/1/0∀2∀&#3(∀#%/∃4∋5#3(
!
60#73(8/9/0(,∋0:∋;<#(/(=/40#(,#>4&∃<#(?(≅>;∋(ΑΒ !

"! Neste caso, estamos falando do crescimento do PIB nominal, que


não desconta o nível de preços da economia (não desconta a
correção monetária), assim como ocorre no déficit nominal.

GABARITO: ERRADO

(CESPE/Unb - ECONOMIA - PREF. VILA VELHA-ES - 2008) - O


desequilíbrio orçamentário decorrente de um processo
inflacionário superior ao estimado na elaboração do orçamento,
era constante. Determinei, em junho de 1993, um corte de US$ 6
bilhões das despesas numa reprogramação do orçamento de
comum acordo com o Congresso. Da mesma forma, a privatização,
observem bem, de estatais que não justificavam sua permanência
na gestão governamental. Com os recursos captados reequipei a
Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, além de injetar
recursos na Saúde e Educação, Ciência e Tecnologia. Levando-se
em conta o curto período de mandato, de dois anos e poucos
meses, teríamos que priorizar setores.

Itamar Franco. Entre a Crise e o Real. In: O Estado de São Paulo.


Publicado: 28/1/2008 ( com adaptações ).

23. O deficit público primário é igual ao deficit total ou nominal


excluídas as correções monetária e cambial e os juros reais da
dívida contraída anteriormente.

COMENTÁRIOS:
A assertiva está perfeita! Outra definição para o déficit público primário
seria:

... é igual ao deficit total ou nominal excluídas os juros nominais da


dívida contraída anteriormente.
38736334693

GABARITO: CERTO

24. As necessidades de financiamento do setor público (NFSP) -


conceito operacional - são iguais ao deficit público primário
excluídas as correções monetária e cambial.

COMENTÁRIOS:
A assertiva está errada. Ela estaria certa caso fosse trocada a palavra
“primário” por “nominal”, assim:

As necessidades de financiamento do setor público (NFSP) - conceito


operacional - são iguais ao deficit público nominal excluídas as correções
monetária e cambial.

60#7(8/9/0(/(=/40#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!=2!∀#!23!
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!
60#73(8/9/0(,∋0:∋;<#(/(=/40#(,#>4&∃<#(?(≅>;∋(ΑΒ !

GABARITO: ERRADO

25. Um governo que se defronta com uma situação de déficit


poderia financiá-lo através da monetização da dívida, que é a
emissão monetária pelo banco central.

COMENTÁRIOS:
Item correto. Se o governo quiser, ele pode emitir moeda para financiar
seu déficit. Os governos tentam evitar tal tipo de medida pois ela sempre
vem acompanhada de inflacão.

GABARITO: CERTO

(CESPE/Unb - CONTROLADOR DE RECURSOS MUNICIPAIS –


ECONOMIA – PMV – SEMAD/ES - 2008) - A ação do Estado é
crucial para garantir a produção eficiente e eqüitativa de bens
públicos, bem como de bens privados ofertados pelo setor público.
Baseando-se nos princípios básicos da economia do setor público
e das finanças públicas, julgue os itens subseqüentes

26. As Necessidades de Financiamento do Setor Público (NFSP),


no conceito operacional, representam a diferença entre as NFSP
nominais e a atualização monetária incidente sobre a dívida
líquida do setor público.

COMENTÁRIOS:
Item correto. A única dúvida que poderia pairar é com relação à parte
final da assertiva, quando fala que a atualização monetária existente é
aquela que incide sobre a dívida líquida do setor público. Isto é correto.
Aliás, não é só a correção monetária, mas também os juros.

Tanto a correção monetária quanto os juros que são tratados nos diversos
conceitos de NFSP incidem sobre a dívida líquida do setor público.
38736334693

GABARITO: CERTO

27. Aumentos do superavit primário e das taxas de juros


contribuem para elevar a razão dívida/PIB para uma dada taxa de
inflação.

COMENTÁRIOS:
O aumento do superávit primário tende a reduzir a razão dívida/PIB, ao
passo que o aumento das taxas de juros tende a aumentar a razão
dívida/PIB. Não é possível saber o efeito resultante só com a afirmação do
enunciado.

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60#73(8/9/0(,∋0:∋;<#(/(=/40#(,#>4&∃<#(?(≅>;∋(ΑΒ !
GABARITO: ERRADO

28. Aumentos nas taxas de crescimento da economia contribuem


para elevar o patamar de sustentabilidade da dívida pública,
porque o crescimento permite elevar o endividamento do setor
público sem aumentar a proporção da dívida em relação ao PIB.

COMENTÁRIOS:
O critério para avaliar a dívida pública de um país é a relação dívida/PIB.
Se um país com PIB reduzido possuir uma dívida, digamos, de 100
bilhões, isto é ruim. Por outro lado, se um país com PIB elevado possuir o
mesmo montante de dívida, isto já não é considerado ruim.

Então, o que se avalia como critério da dívida é a relação “dívida/PIB”.


Por exemplo, hoje, no Brasil, esta relação gira em torno de 37%. Na
Grécia, esta relação é de mais de 100% (ou seja, a Grécia deve mais que
o valor de seu PIB).

Desta forma, se um país cresce (crescimento do PIB), isto significa que há


espaço para a dívida crescer sem alterar a relação dívida/PIB. Em outras
palavras, há sustentabilidade para a dívida.

GABARITO: CERTO

(CESPE/Unb - ANAL. EXEC. em METR. E QUAL. - CIÊNCIAS


ECONÔMICAS – INMETRO - 2007) - A ação do Estado tem sido
crucial para garantir o funcionamento das economias de mercado.
Por essa razão, é importante estudar a economia do setor público,
incluindo-se aí as questões de finanças públicas. A esse respeito,
julgue os itens a seguir.

29. As necessidades de financiamento do setor público (NFSPs),


no conceito operacional, correspondem à variação da dívida
líquida do setor público; portanto, excluem qualquer elemento de
38736334693

atualização monetária.

COMENTÁRIOS:
A assertiva está errada, pois a variação da dívida líquida do setor público
corresponde às NFSP em seu conceito nominal (não excluem a atualização
monetária).

GABARITO: ERRADO

30. A existência de um deficit primário é incompatível com a


constância da relação dívida/PIB, particularmente quando as
taxas de juros são muito baixas.

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COMENTÁRIOS:
A existência de um déficit primário (ou qualquer outro tipo) é consistente
com um aumento da dívida pública. No entanto, se o PIB crescer, é
possível que, mesmo havendo déficit, a relação dívida/PIB se mantenha
constante.

Ou seja, a assertiva é errada, pois há compatibilidade entre a existência


de déficits e a constância da relação dívida/PIB, desde que o PIB cresça.

GABARITO: ERRADO

38736334693

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LISTA DE QUESTÕES

Com relação aos conceitos de dívida pública e superávit primário, julgue


os itens seguintes.

01. (CESPE/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) No cálculo da dívida


líquida do setor público, não são consideradas as dívidas junto a
instituições como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES e
demais bancos públicos federais.

02. (CESPE/UnB – Economista – SUFRAMA – 2014) O superávit fiscal


primário corresponde à diferença entre receitas e gastos governamentais,
excetuadas as despesas com pagamento de juros. No conceito acima da
linha, as receitas são apuradas pelo regime de caixa, enquanto as
despesas são apuradas pelo regime de competência.
!
03. (CESPE/Unb – Consultor de Orçamento – Câmara dos Deputados –
2014) Se o governo federal perdoar a dívida de governos estaduais e
municipais dos quais seja credor, o efeito contábil imediato desse perdão
sobre a dívida líquida do setor público será nulo.

04. (CESPE/Unb – Consultor de Orçamento – Câmara dos Deputados –


2014) O resultado primário é um conceito de déficit público que visa
medir o esforço fiscal feito pelo governo dentro de um dado intervalo de
tempo, incluindo no cálculo o efeito de déficits ou superávits passados
sobre o esforço fiscal feito no período sob análise.

05. (CESPE/Unb – Consultor de Finanças Públicas – Câmara dos


Deputados – 2014) O resultado primário, que corresponde ao resultado
nominal excluída a parcela referente aos juros nominais incidentes sobre
a dívida líquida, indica, efetivamente, o esforço fiscal do setor público sem
os efeitos dos déficits incorridos no passado.
38736334693

06. (CESPE/Unb – Consultor de Finanças Públicas – Câmara dos


Deputados – 2014) O conceito de resultado operacional consiste em
indicador de ampla relevância em países de inflação alta, como o Brasil
antes do Plano Real, uma vez que exclui o impacto da inflação sobre a
necessidade de financiamento do setor público.

07. (CESPE/Unb – Consultor de Finanças Públicas – Câmara dos


Deputados – 2014) A apuração dos resultados fiscais pode ser realizada
por dois critérios: abaixo da linha e acima da linha. O primeiro critério é
calculado pela Secretaria de Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda,
enquanto o segundo é acompanhado somente pela Secretaria de
Orçamento Federal do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão,
órgão que apura o desempenho fiscal do governo.

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!
08. (Cespe – Analista Economia – MPU – 2013) Em relação à
contabilidade fiscal, endividamento e financiamento do déficit público,
julgue os itens que se seguem.
As necessidades de financiamento do setor público não financeiro (NFSP)
apuram o resultado pelo regime de caixa, de maneira que as despesas
públicas, com exceção dos juros, são computadas como déficit no
momento em que são pagas, e as receitas não são consideradas quando
ocorre o fato gerador, mas no momento do recebimento dessas.

09. (CESPE – Ana. Adm. – ANAC – 2012) A necessidade de financiamento


do setor público (NFSP) corresponde ao conceito de déficit nominal,
referindo-se à variação da dívida fiscal líquida entre dois períodos de
tempo.

10. (CESPE – Ana. Adm. – ANAC – 2012) O déficit operacional é uma


unidade de medida utilizada em períodos de inflação estável.

11. (CESPE – Ana. Adm. – ANAC – 2012) O déficit nominal resulta da


diferença entre os gastos totais e as receitas totais, enquanto o déficit
primário resulta da diferença entre os gastos não financeiros e as receitas
não financeiras.

12. (CESPE – Ana. Adm. – ANAC – 2012) A dívida líquida do setor público
é a soma das dívidas interna e externa do setor público com o setor
privado, incluindo a base monetária e excluindo os ativos do setor
público, tais como as reservas internacionais e os valores das
privatizações.

13. (CESPE – ACE – TCDF – 2011) As necessidades de financiamento do


setor público, apuradas nos três níveis de governo — federal, estadual e
municipal —, correspondem à avaliação do desempenho fiscal da
administração pública, podendo ser denominadas necessidades de
financiamento das empresas estatais caso se refiram ao resultado do
38736334693

orçamento fiscal.

14. (CESPE – ACE – TCDF – 2011) Estimar o resultado primário como


função da dívida pública e de variáveis como o hiato do produto e os
gastos atípicos do governo é uma das formas de testar a sustentabilidade
do endividamento público. Na hipótese de o resultado primário responder
positivamente a acréscimos na dívida pública, esta será considerada
sustentável.

15. (CESPE – Prof. Gestão Financeira – IFB – 2011) Em uma economia


fechada e sem inflação, déficit operacional iguala-se ao déficit nominal.

60#7(8/9/0(/(=/40#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!2ϑ!∀#!23!
!∀#∃#%&∋()∗(+,!−.,(
!
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!
60#73(8/9/0(,∋0:∋;<#(/(=/40#(,#>4&∃<#(?(≅>;∋(ΑΒ !
16. (CESPE – Economista – MS – 2010) Deficit nominal é também
conhecido como necessidades de financiamento líquido do setor público.
Já deficit primário exclui do deficit nominal correções e juros da dívida
interna.

17. (Cespe – Economista – MTE – 2008) Dívidas públicas elevadas exigem


déficit fiscal menor para manter a razão dívida/PIB constante, garantindo,
assim, a sustentabilidade da dívida pública.

18. (CESPE – Economista – MTE – 2008) Aumentos nas taxas de juros


que incidem sobre a dívida pública elevam as necessidades de
financiamento do setor público (NFSP) no conceito nominal, porém, não
alteram o resultado primário do setor público.
!
19. (CESPE – ECONOMISTA – MPU – 2010) - O déficit operacional reflete
adequadamente as necessidades reais de financiamento do setor público.

(CESPE/Unb - ANALISTA ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO - CIÊNCIAS


ECONÔMICAS – SEGER/ES - 2009) A economia do setor público analisa o
papel desempenhado pelo governo nas economias de mercado. Acerca
desse assunto, julgue os itens.

20. O resultado primário do setor público é mais apropriado para avaliar a


magnitude do ajuste fiscal porque ele não leva em conta os impactos da
política monetária.

21. O resultado nominal do setor público corresponde ao resultado


primário acrescido das receitas financeiras e das despesas de juros
incorridos pela dívida pública.

(CESPE/Unb - ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR – MDIC - 2008) - A


teoria macroeconômica analisa o comportamento dos grandes agregados
econômicos. Com base nessa teoria, julgue os itens a seguir.
38736334693

22. Quando o deficit nominal do setor público, mensurado em termos do


PIB, corresponde ao produto entre a taxa de crescimento do PIB real e a
razão dívida/PIB, essa razão é constante.

(CESPE/Unb - ECONOMIA - PREF. VILA VELHA-ES - 2008) - O


desequilíbrio orçamentário decorrente de um processo inflacionário
superior ao estimado na elaboração do orçamento, era constante.
Determinei, em junho de 1993, um corte de US$ 6 bilhões das despesas
numa reprogramação do orçamento de comum acordo com o Congresso.
Da mesma forma, a privatização, observem bem, de estatais que não
justificavam sua permanência na gestão governamental. Com os recursos
captados reequipei a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, além de
injetar recursos na Saúde e Educação, Ciência e Tecnologia. Levando-se

60#7(8/9/0(/(=/40#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!21!∀#!23!
!∀#∃#%&∋()∗(+,!−.,(
!
+/#0&∋(/(/1/0∀2∀&#3(∀#%/∃4∋5#3(
!
60#73(8/9/0(,∋0:∋;<#(/(=/40#(,#>4&∃<#(?(≅>;∋(ΑΒ !
em conta o curto período de mandato, de dois anos e poucos meses,
teríamos que priorizar setores.

Itamar Franco. Entre a Crise e o Real. In: O Estado de São Paulo.


Publicado: 28/1/2008 ( com adaptações ).

23. O deficit público primário é igual ao deficit total ou nominal excluídas


as correções monetária e cambial e os juros reais da dívida contraída
anteriormente.

24. As necessidades de financiamento do setor público (NFSP) - conceito


operacional - são iguais ao deficit público primário excluídas as correções
monetária e cambial.

25. Um governo que se defronta com uma situação de déficit poderia


financiá-lo através da monetização da dívida, que é a emissão monetária
pelo banco central.

(CESPE/Unb - CONTROLADOR DE RECURSOS MUNICIPAIS – ECONOMIA –


PMV – SEMAD/ES - 2008) - A ação do Estado é crucial para garantir a
produção eficiente e eqüitativa de bens públicos, bem como de bens
privados ofertados pelo setor público. Baseando-se nos princípios básicos
da economia do setor público e das finanças públicas, julgue os itens
subseqüentes

26. As Necessidades de Financiamento do Setor Público (NFSP), no


conceito operacional, representam a diferença entre as NFSP nominais e a
atualização monetária incidente sobre a dívida líquida do setor público.

27. Aumentos do superavit primário e das taxas de juros contribuem para


elevar a razão dívida/PIB para uma dada taxa de inflação.

28. Aumentos nas taxas de crescimento da economia contribuem para


elevar o patamar de sustentabilidade da dívida pública, porque o
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crescimento permite elevar o endividamento do setor público sem


aumentar a proporção da dívida em relação ao PIB.

(CESPE/Unb - ANAL. EXEC. em METR. E QUAL. - CIÊNCIAS ECONÔMICAS


– INMETRO - 2007) - A ação do Estado tem sido crucial para garantir o
funcionamento das economias de mercado. Por essa razão, é importante
estudar a economia do setor público, incluindo-se aí as questões de
finanças públicas. A esse respeito, julgue os itens a seguir.

29. As necessidades de financiamento do setor público (NFSPs), no


conceito operacional, correspondem à variação da dívida líquida do setor
público; portanto, excluem qualquer elemento de atualização monetária.

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30. A existência de um deficit primário é incompatível com a constância
da relação dívida/PIB, particularmente quando as taxas de juros são
muito baixas.

GABARITO
01 C 02 E 03 C 04 E 05 C 06 C 07 E
08 C 09 C 10 E 11 C 12 C 13 E 14 C
15 C 16 C 17 E 18 C 19 C 20 C 21 E
22 E 23 C 24 E 25 C 26 C 27 E 28 C
29 E 30 E

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