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VIDA DE LEIBNIZ

Introdução

Atualmente os biógrafos costumam dividir a vida profissional de Leibniz em


quatro períodos:

I. infância, de 1646 a 1667, em Leipzig e Nuremberg


II. primeiros passos na política, teologia e filosofia, de 1667 a março de
1672, em Frankfurt e Mainz
III. período parisiense (incluindo viagens a Londres), de março de 1672 a
novembro de 1676
IV. Hanover, de 1676 até sua morte em 1716

I. Leibniz em Leipzig e Nuremberg (1646-1667)


Gottfried Wilhelm Leibniz nasceu em Leipzig em 1º de julho de 1646, filho de
Friedrich Leibniz, professor de filosofia moral na Universidade de Leipzig, e
de Catharina Schmuck. Tendo perdido o pai em 1652, sua mãe se encarregou
de sua educação. O garoto ingressou na escola aos sete anos e tão logo
aprendeu a língua latina (que, segundo o próprio Leibniz, decorreu de seu
próprio esforço autodidata), passou a freqüentar a biblioteca do seu falecido
pai. Lá empreendeu várias leituras: poetas, oradores, juristas, filósofos,
matemáticos, historiadores e teólogos – de Lívio a Cícero; de Heródoto,
Xenofonte e Platão a historiadores do Império Romano. O hábito de
empreender uma leitura universal e assídua o fez dominar muitos campos do
saber. Ele mesmo nos relata que a História, a poesia e a Lógica estavam entre
seus primeiros interesses:

“Antes que alcançasse a classe escolar na qual a Lógica era ensinada,


aprofundei-me na leitura dos historiadores e poetas, pois, tão logo aprendi a
ler passei a desfrutar dos seus versos. Porém, assim que aprendi Lógica fiquei
impressionado com a ordem dos conceitos.” (GP VII 516) [cf. Ariew, p.18]

Leibniz freqüentou a universidade dos 14 aos 21 anos, inicialmente na


Universidade de Leipzig (1661-1666) e, depois, na Universidade de Altdorf
(1666-1667). Nos anos seguintes, dedicou-se à jurisprudência e à filosofia.
Aparentemente, teve seu doutorado em Direito recusado em Leipzig em
virtude de sua pouca idade (embora uma outra versão afirme que o doutorado
lhe tenha sido negado pelo Deão da faculdade sob influência de sua esposa, a
quem Leibniz granjeara a antipatia). Seja como for, obteve o doutorado em
Altdorf defendendo uma tese intitulada De Casibus Perplexis in Jure.
Durante esse mesmo período, Leibniz travou conhecimento com o barão
Johann Christian von Boineburg (1622-1672), Ministro de Philipp von
Schönborn, Eleitor de Mainz e uma das mais eminentes figuras políticas da
época. Embora Leibniz tenha sido convidado, à época, a integrar o corpo
docente da Universidade de Altdorf, preferiu ingressar no serviço público, sob
o patronato de Boineburg, vindo a ocupar diversos cargos em Mainz e
Nuremberg.
II. Leibniz em Frankfurt e Mainz (1667-1672)
As primeiras publicações leibnizianas, além de sua tese de doutorado,
abordavam temas políticos e jurídicos. Assim, em 1669, sob o pseudônimo de
Georgius Ulicovius Lithuanius, Leibniz escreveu uma obra acerca da sucessão
real polonesa. Quando Johann Casimir, Rei da Polônia, abdicou de sua coroa
em 1668, o Príncipe Palatino Phillip Wilhelm von Neuburg tornou-se um dos
pretendentes. Leibniz argumentava que não poderia haver melhor escolha que
von Neuburg.
No mesmo ano, Leibniz publicou um novo método para o ensino e
aprendizagem da jurisprudência: Nova methodus discendae docendaeque
jurisprundentiae, dedicando-o a von Schönborn.
Contudo, uma das mais importantes atividades políticas desenvolvidas por
Leibniz em Mainz consistiu na elaboração de um plano, endereçado a Luis XIV,
sugerindo que a Holanda (enquanto potência mercantil com vastos negócios
no Oriente) seria prejudicada pela eventual conquista do Egito pela França –
tal plano incidentalmente satisfaria os interesses expansionistas franceses
para além do continente europeu. Embora não tenha frutificado à época, de
algum modo tal esquema permaneceu latente nos círculos militares franceses
até sua realização por Napoleão. Embora a missão, iniciada em 1672, de
promover tal plano tenha sido mal sucedida, a viagem a Paris revelou-se de
suma importância para o desenvolvimento intelectual de Leibniz ao propiciar-
lhe um contato direto com o centro do mundo erudito da Europa.

III. Leibniz em Paris e Londres (1672-1676)


No fim de março de 1672, Leibniz chegou a Paris a serviço de Johann Christian
von Boineburg (que morreria em dezembro daquele mesmo ano). Para Leibniz
o período em Paris revelou-se um dos mais intensos e frutíferos de sua vida
intelectual.
O mundo da intelectualidade, na segunda metade do século XVII, passara por
inúmeras transformações. A filosofia aristotélica, que havia dominado o
pensamento europeu desde o século XIII, quando um volume de obras do
Estagirita fora redescoberto e traduzido do grego ou árabe para o latim, via
nascer novas doutrinas com Galileu, Torricelli, Cavalieri; com Descartes,
Pascal e Hobbes e muitos outros. Embora Galileu houvesse sido condenado,
em 1632, e os trabalhos cartesianos tenham sido acrescentados ao Index, em
1663, a nova filosofia fazia-se prevalecer. As formas substanciais e a matéria
primeira dos escolásticos davam lugar ao novo mundo mecanicista dos corpos
geométricos e do movimento. Com esse novo mundo advieram novas
ferramentas matemáticas. Velhos problemas ressurgiram, incluindo questões
sobre a necessidade, a contingência e a liberdade em um mundo de átomos
governados pelas leis do movimento; o lugar da alma e sua imortalidade; de
Deus e Sua Criação.
A despeito de ter recebido cuidadosa educação acadêmica em sua terra natal,
quando chegou a Paris, Leibniz possuía pouco ou nenhum conhecimento dos
recentes desenvolvimentos nas matemáticas; em filosofia, ele próprio
admitiria que, antes de 1675, seu contato com a filosofia cartesiana era
basicamente de segunda mão, baseado em exposições vulgares.
A capital francesa lhe permitiu superar essas deficiências. A cidade
reivindicava, com justiça, o papel de centro intelectual da Europa. O próprio
Leibniz nos revela:
“Paris é um lugar onde apenas com muito esforço se pode alcançar a fama.
Encontram-se aqui os mais notáveis homens de nosso tempo, em todos os
ramos do conhecimento. É necessário trabalhar muito e com determinação
para se estabelecer uma reputação.” (carta a Johann Friedrich, 1675 [A I, 1,
491] apud Parkinson)

Exatamente determinação e capacidade de trabalho eram atributos dos quais


Leibniz não carecia e imediatamente foi aceito nos círculos intelectuais que
incluíam eminentes matemáticos e filósofos, tais como: Huygens, Arnauld e
Malebranche. Buscou, também, ter acesso aos manuscritos de Pascal e de
Descartes (de fato, alguns dos textos cartesianos chegaram até nós graças a
cópias de Leibniz).
Em janeiro de 1673, Leibniz viajou a Londres em uma outra missão política.
Lá travou amizade com membros da Royal Society, dentre os quais Henry
Oldenburg. Expôs a essa academia uma máquina de calcular que inventara;
mais versátil do que a de Pascal. Já em abril de 1673, pouco depois de
retornar a Paris, Leibniz foi eleito membro da Royal Society.
Em Paris, dedicou-se às matemáticas, especialmente à geometria, iniciando
uma série de estudos originais que culminariam com o desenvolvimento do
cálculo infinitesimal.

IV. Leibniz em Hanover (1676-1716)


Leibniz retornou a Hanover em dezembro de 1676. No caminho de volta,
deteve-se na Inglaterra e na Holanda, onde se encontrou com Espinosa.
Embora freqüentemente viajasse e assumisse responsabilidades em outras
localidades, Hanover viria a ser seu principal domicílio para o resto da vida.
Lá assumiu atribuições variadas: foi engenheiro de minas; um não bem
sucedido supervisor de exploração das minas de prata das montanhas Harz;
bibliotecário-chefe de uma vasta coleção de livros e manuscritos; diplomata;
conselheiro; historiador da corte.
Escreveu uma história geológica da região da Baixa Saxônia: Protogaea, que se
revelou um importante trabalho na história da geologia quando foi finalmente
publicada, em 1749.
Ademais, publicou numerosos volumes de documentos históricos por ele
encontrados quando de suas pesquisas em arquivos visando coletar material
para a história da nobreza de Hanover, bem como empreendeu as primeiras
pesquisas sobre as línguas européias, suas origens e evolução.
Porém, através de uma sucessão de empregadores em Havover e alhures,
Leibniz continuou a desenvolver o sistema filosófico que iniciara em Paris e
mesmo antes, em uma série de ensaios e cartas. Em 1686, ele escreveu a
Ernst von Hessen-Rheinfels:

“Compus, recentemente, um pequeno discurso de Metafísica sobre o qual


ficaria contente de ter a opinião do senhor Arnauld. Pois as questões da
graça, do concurso de Deus com as criaturas, da natureza dos milagres, da
causa do pecado e da origem do mal, da imortalidade da alma, das idéias etc.
são abordadas de uma maneira que parece dar novas aberturas capazes de
esclarecer algumas grandes dificuldades.” (GP II, 11)
Leibniz não enviou a Arnauld todo o Discurso de Metafísica, mas sim, os
resumos dos parágrafos. Tais resumos foram preservados como cabeçalhos de
cada parágrafo.
Porém, embora Leibniz tenha elaborado, visando a publicação, o conjunto
Discurso/correspondência não foi efetivamente tornado público durante a vida
do filósofo. A primeira exposição do seu sistema metafísico ocorreu em 1695,
no Journal des Savants: Sistema Novo da Natureza e da Comunicação das
Substâncias.
Com prodigiosa energia, habilidade e esforço, Leibniz conseguiu desempenhar
três papéis: o de erudito; de servidor público; e de cortesão. Possuía
espantosa energia para o trabalho; muitas vezes, fazia as refeições à mesa de
trabalho e dormindo muito pouco.
Era um homem de estatura mediana, esbelto; sua calvície coberta por uma
peruca do tipo comum na Paris de sua juventude. Embora com vida
sedentária, possuía boa saúde – um sono profundo com boa digestão. Por
costumar trabalhar até tarde da noite, não gostava de levantar-se cedo, tal
como Descartes. E embora a leitura fosse sua atividade favorita, gostava de se
misturar com as pessoas sempre buscando aprender algo. Seus
contemporâneos o descreviam como possuindo hábitos moderados.

Fontes:
ARIEW, R. G.W. Leibniz, life and works. In: JOLLEY, N. The Cambridge
Companion to Leibniz. New York: CUP. 1995. pp. 18-42
PARKINSON, G. H. R. De Summa Rerum. Metaphysical Papers (1675-1676). New
Haven. Yale University Press. 1992
RESCHER, N. G.W. Leibniz's Monadology: an edition for students. Pittsburgh:
UPP. 1991. pp. 3-9

Algumas biografias disponíveis em línguas inglesa e alemã:

 AITON, Eric. Leibniz: a biography. Bristol: Adam Hilger. 1985


 ECKHART, J. G. Leibniz Biographien. Hildesheim: Olms. 1982
 GUHRAUER, G. E. Gottfired Wilhelm Freiherr von Leibniz: Eine
Biographie. 2 vols. Breslau: 1842 [reimpresso, Hildesheim: Olms. 1966]
 MULLER, Kurt.,. KRONERT, Gisela. Leben und Werk von G. W. Leibniz:
Eine Chronik. Frankfurt am Main: Klostermann. 1969

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COLETÂNEAS DE FONTES PRIMÁRIAS E ESBOÇO CRONOLÓGICO DA OBRA

A lista a seguir não pretende ser exaustiva. Para maiores detalhes, James
O'Hara nos fornece um relato esclarecedor sobre o destino do espólio
bibliográfico de Leibniz. (ver O'Hara, James G. Leibniz's manuscript papers
and their repository. In: Hunter, Michael. Archives of the Scientific
Revolution. The Formation and Exchange of Ideas in Seventeenth-Century
Europe. New York: Boydell Press. 1988. pp. 159-170). Ver também: Ravier,
Emile. Bibliographie des Oeuvres de Leibniz. Paris: 1937 [reimpresso,
Hildesheim: Olms. 1966].
Uma das mais completas coletâneas das obras filosóficas de Leibniz ainda é a
edição de C.I. Gerhardt, Die Philosophuschen Schriften von Leibniz, 7 vols.
Hildesheim: Olms. 1965:

 vol 1: correspondências (com Thomasius, Arnauld, Hobbes, Spinoza,


Conring. Eckhart, Malebranche, Foucher, Johann Friedrich von
Brunswig-Luneburg, Molanus, von Guericke), 1875
 vol 2: correspondência (com Ernst von Hessen-Rheinfels, Arnauld, de
Volderm de Bosses, Nicaise), 1879
 vol 3: correspondência (com Huet, Bayle, Basnage de Beauval, Thomas
Burnet, Coste, Lady Masham, Jacquelot, Bourguet, Rémond, Hugony,
Hartsoeker), 1887
 vol 4: textos filosóficos, 1880
 vol 5: Leibniz e Locke (inclui Novos Ensaios sobre o Entendimento
Humano), 1882
 vol 6: textos filosóficos (período 1702-1716, incluindo Ensaios de
Teodicéia), 1885
 vol 7: correspondência com Samuel Clarke, textos filosóficos,
Characteristica, Scientia Generalis, 1890

Há um projeto de publicação, em desenvolvimento, aos cuidados


da Academia de Ciências da Alemanha [G. W. Leibniz: Sämtliche Schriften
und Briefe. Ed Preussischen (Deutsche) Akademie. Darmstadt/Leipzig/Berlin:
Akademie-Verlag. 1923-]. Até o presente, foram publicados mais de vinte
volumes. Tendo em vista a magnitude da tarefa e o atual ritmo de publicação,
estima-se que a conclusão dar-se-á em dois séculos (cf. G.W. Leibniz,
Philosophical Essays. Ed. e trad.: Daniel Garber e Roger Ariew. Indianápolis:
Hackett. 1989).

A edição da Akademie pretende incluir todos os textos do filósofo:

Série I: correspondência política, histórica e geral (15 vols publicados):

 vol 1: de 1668 a setembro de 1676. Darmstadt, 1923, 1986


 vol 2: novembro de 1676 a 1679. Darmstadt, 1927, 1986
 vol 3: 1680 a 1683. Leipzig, 1938, 1970
 vol 4: 1684 a outubro de 1687. Berlin e Leipzig, 1950
 vol 5: novembro de 1687 a agosto de 1690; Berlin 1954, 1970
 vol 6: setembro de 1690 a Julho de 1691. Berlin 1957, 1970
 vol 7: agosto de 1691 a maio de 1692. Berlin, 1964
 vol 8: maio a dezembro de 1692. Berlin, 1968
 vol 9: 1693. Berlin, 1992
 vol 10: 1694. Berlin, 1979
 vol 11: janeiro a outubro de 1695. Berlin, 1982
 vol 12: novembro de 1695 a julho de 1696. Berlin, 1990
 vol 13: agosto de 1696 a abril de 1697. Berlin, 1987
 vol 14: maio a dezembro de 1697. Berlin, 1993
 vol suplementar: 1692 a 1696. Berlin, 1991
Série II: correspondência filosófica (1 vol. publicado):

 vol 1: 1663 a 1685. Darmstadt. 1926, 1987

Série III: correspondência matemática, científica e técnica (4 vols.


publicados):

 vol 1: Berlin, 1976, 1988


 vol 2: 1676 a 1679. Berlin, 1987
 vol 3: 1680 a junho de 1683. Berlin, 1991
 vol 4: julho de 1683 a dezembro de 1690. Berlin, 1995

Série IV: textos políticos (3 vols. publicados):

 vol 1: 1667 a 1676. Darmstadt, 1931


 vol 2: 1677 a 1687. Berlin, 1963
 vol 3: 1677 a 1689. Berlin, 1986

Série V: textos históricos (nenhum volume publicado)

Série VI: textos filosóficos (4 vols.[acrescida do vol.6]):

 vol 1: 1663 a 1672. Darmstadt, 1930, 1990


 vol 2: 1663 a 1672. Berlin, 1966, 1990
 vol 3: 1672 a 1676. Berlin, 1980
 vol 6: Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano. Berlin, 1962

Série VII: textos matemáticos, científicos e técnicos (2 vols. publicados):

 vol 1: 1672 a 1676 (Geometria, Álgebra, Aritmética). Berlin, 1990


 vol 2: 1672 a 1676 (Álgebra). Berlin, 1996

Outras coletâneas:
COUTURAT: Opuscules et fragments inédits de Leibniz. Ed. L. Couturat. Paris:
1903 [reimpresso, Hildesheim: Olms. 1961].

DUTENS: Gothofridi Guillemi Leibnitii opera omnia. Ed. Louis Dutens.


Genebra, 1768 (reimpresso, Hildesheim: Olms, 1989):

 vol 1: Theologia (contém Ensaios de Teodicéia)


 vol 2: Física, Metafísica, Lógica, textos sobre Ciências Naturais (inclui
Dissertatio de Arte Combinatoria, Protogaea)
 vol 3: Matemática
 vol 4: Jurisprudência, Historiografia
 vol 5: Filologia
 vol 6: Etimologia

ERDMANN: G. G. Leibnitii opera philosophica, quae exstant Latina, Gallica,


germanica omnia. Ed. Johann Eduard Erdmann. Berlin, 1840 [reimpresso,
Aalen: Scientia Verlag, 1974]

FOUCHER de CAREIL: Oeuvres de Leibniz. Ed: L. A. Foucher de Careil. Paris:


1859-65; 1875 (reimpresso, Hildesheim: Olms, 1969):

 vol 1-2: Correspondências


 vol 3-4: textos políticos e históricos (1684-1715)
 vol 5: textos diplomáticos
 vol 6: Política

GRUA: Textes inédits d'après des manuscripts de la Bibliothèque provinciale


d'Hanovre. Ed. Gaston Grua. 2 vols.Paris: 1948 [reimpresso, New York:
Garland, 1985].

KLOPP: Die Werk von Leibniz. Ed. Onno Klopp. Hannover: 1864-84.
(reimpresso, Hildesheim: Olms, 1970-73).

PERTZ: Leibnizens gesammelte Werke. Ed. Georg Heinrich Pertz. Hannover,


1843-47. (reimpresso, Hildesheim: Olms, 1966).

RASPE: Oeuvre philosophiques, latines et françaises, de feu Mr. de Leibniz,


tirées de ses manuscripts, qui se conservent dans la bibliothèque royale à
Hanovre. 7 vols. Ed. R. E.Raspe. Amsterdam e Leipzig. 1765

Um esboço cronológico da obra leibniziana:


Fonte principal: PARKINSON, G.H.R. (org.) Leibniz: De Summa Rerum. New
Haven: YUP. 1992. pp. lvvv-lxiv
(?) = datação incerta

1646-1667: Leipzig e Nuremberg


1663 - Disputatio Metaphysica de Principio Individui;
1664 - Specimen quaestionum philosophicarum ex jure collectarum;
1666 - De arte combinatoria;
- De casibus perplexis in jure;
1667 - Nova methodus discendae docendaeque jurisprudentiae.

1667-1672: Frankfurt e Mainz


1668 -1669 - correspondência com Jacob Thomasius;
1668 - Confessio naturae contra atheistas;
- Specimen demonstratiorum politicarum pro rege Polonorum xEligendo;
1669 - Defensio Trinitatis per nova reperta logica;
- De rationibus motus;
- De incarnatione Dei (?);
- De Aristotele recentioribus reconciliabili;
1669 -1670 - De vi persuadendi. De somnio et vigilia;
1670 -1671- Elementa Iuris naturalis (?);
- De materia prima (?);
1671 - Hypothesis physica nova;
- De resurrectione corporum;
- Theoria motus abstracti;
- De conatu et motu, sensu et congitatione;
- Hypothesis de systemate mundi;
- De natura rerum corporearum;
- Summa hypotheseos physicae;
- Demonstrationes quaedam physicae;
1671-1690 - correspondência com Antoine Arnauld.

1672 -1676: Paris e Londres


1672 - Demonstratio substantiarum incorporearum;
- De minimo et maximo. De corporibus et mentibus;
1673 - Confessio philosophi;
1674 - Tria axiomata primaria (?);
1675 - De mente, de universo, de Deo;
- De materia, de motu, de minimis, de continuo;
1676 - De arcanis sublimium vel de summa rerum;
- Linea intermmitata;
- Sur les premières propositions et les premières termes;
- Pacidius philalethi;
- De sede animae;
- De unione animae et corporis;
- De magnitudine;
- De formis seu attributis Dei.

1676 -1679: Hanover (a serviço do Duque Johann Friedrich)


1677 - De jure suprematus ac legationis principium germaniae;
- Dialogus de connexione inter res et verba;
1678 - De grammatica rationali;
- Analysis linguarum;
- Specimen calculi universalis (?);
- Ad specimen calculi universalis addenda (?):
- Introductio ad encyclopaediam arcanum (?);
1679 - Demonstrationes Catholicae;
- Elementa calculi;
- Calculi universalis investigationes;
- De oorgano sive arte magna cogitandi (?);
- Characteristica verbalis (?).

1680-1687: Hanover (a serviço do Duque Ernst August)


1680-1685 - Lingua rationalis;
1683 - De synthesi et analysi universali (?);
- De modo distinguendi phaenomena realia ab imaginariis (?);
1684 - Nova methodus pro maximis et mininis;
- Meditationes de cognitione, veritate et ideis;
1685 - Atque logicarum;
- Recommendation pour instituer la science générale (?);
- De verum a falso distinguendi (?);
- Non inelegans specimen demonstrandi in abstractis (?);
- Specimen calculi coindidentium et inexistentium (?);
1686 - Discours de métaphysique;
- Systema Theologicum;
- Generales inquisitiones;
- Vindicatio justitiae divinae (?);
- Brevis demonstratio erroris memorabilis Cartesii et aliorum circa legem
naturalem;
- Specimen inventorum de admirandis naturae generalis arcanis (?).

1687-1690: Alemanha meridional, Áustria e Itália


1688 - Fundamenta calculi ratiocinatoris (?);
1689 - Tentamen de motuum coelestium causis;
- De libertate;
- Prima veritates;
1689-1690 - Dynamica de potentia et legibus naturae corporae;
1690 - Primaria calculi logici fundamenta.

1690-1698: Hanover (a serviço do Eleitor Ernst August)


1692-1696 - correspondência com Basnage de Beauval;
1692 - Codex juris gentium diplomaticus;
- Animadversiones in partem generalem principiorum xxcartesianorum;
1694 - De primae philosophiae emendatione;
1695 - Système nouveau de la nature et de la communication des
xxsubstances;
- Specimen dynamicum;
- Dialogue effectif sur la liberté de l'homme;
- Tentamen anagogicum;
1697 - De rerum originatione radicali;
1698 - De ipsa natura sive de insita actionibus que creaturarum.

1698-1716: Hanover (a serviço do Eleitor Georg Ludwig)


1702 - Sur ce qui passe les sens et la matière;
- Considérations sur la doctrine d'un espirit universel unique;
1703 - Nouveaux Essais sur l'entendement humain;
1705 - Considérations sur les principes de vie;
- Eclaircissement sur les natures plastiques;
1707 - Scriptores rerum Brunsvicensium;
1710 - Théodicée;
- Causa Dei, asserta per justitiam ejus;
- Qui sit Idea;
- Commentatio de anima brutorum;
- Brevis designatio meditatiorum de originibus gentium, ductisxpotissinum ex
indicio linguarum;
1714 - Principles de la nature et de la grâce fondés en raison;
- Monadologie;
- Initia rerum mathematicarum metaphysica (?);
1715-1716 - correspondência com Clarke.

O princípio fundamental do direito | Texto de Immanuel Kant


O princípio fundamental do direito

Por Immanuel Kant*

“Qualquer ação é justa se for capaz de coexistir com a


liberdade de todos de acordo com uma lei universal, ou se
na sua máxima a liberdade de escolha de cada um puder
coexistir com a liberdade de todos de acordo com uma lei
universal.”

Se, então, minha ação ou minha condição pode geralmente


coexistir com a liberdade de todos de acordo com uma lei
universal, todo aquele que obstaculizar minha ação ou minha
condição me produz injustiça, pois este obstáculo
(resistência) não pode coexistir com a liberdade de acordo
com uma lei universal.

Disso também resulta que não se pode requerer que esse


princípio de todas as máximas seja ele próprio, por sua
vez, minha máxima, isto é, não pode ser exigido que eu dele
faça a máxima de minha ação, pois qualquer um pode ser
livre enquanto eu não prejudicar sua liberdade mediante
minha ação externa, ainda que eu seja inteiramente
indiferente à sua liberdade ou quisesse de coração violá-
la. Que eu constitua como minha máxima agir justamente é
uma exigência que a ética me impõe.

Assim, a lei universal do direito, qual seja, age


externamente de modo que o livre uso de teu arbítrio possa
coexistir com a liberdade de todos de acordo com uma lei
universal, é verdadeiramente uma lei que me impõe uma
obrigação, mas não guarda de modo algum a expectativa – e
muito menos impõe a exigência – de que eu próprio devesse
restringir minha liberdade a essas condições simplesmente
em função dessa obrigação; em lugar disso, a razão diz
apenas que a liberdade está limitada àquelas condições em
conformidade com sua ideia e que ela pode também ser
ativamente limitada por outros; e ela o diz como um
postulado não suscetível de prova adicional. Quando o
objetivo de alguém não é ensinar virtude, mas somente expor
o que é o direito, não é permissível e nem deveríamos
representar aquela lei do direito como ela mesma sendo o
motivo da ação…
*Immanuel Kant em “A metafísica dos costumes”.

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