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Abstract: Identifies and analyzes some of the main components of social protection
reforms implemented in the Southern Cone countries of Latin America. For this
purpose, seeks to understand the logic that guides the social protection in
contemporary, the principles and ideopolitical concepts that justify and orient social
policies and programs in the current format of the social protection in those Latin
America countries. Such changes are associated with the current societal changes ¬
tions stemming from the crisis of accumulation patterns, which influence and guide
the reform proposals of the formats of social protection.
Keywords: Social Issues. Social Policy. Social protection. Latin America.
Assistente social. Doutora pelo Programa de pós-graduação em Serviço Social da Universidade Fede-
ral do Rio de Janeiro. Professora adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Alejandra Patorini Corletto
Introdução
T
endo em vista as considerações ração as especificidades e singularidades
antecipadas no resumo deste arti- que dão características particulares às
go, busca-se pensar alguns dos propostas de reformas em cada território
principais elementos que guiam as mu- nacional. As sociedades latino-
danças contemporâneas da proteção so- americanas possuem importantes dife-
cial nos países do Cone Sul da América renças que dependem da forma como se
Latina. De modo particular, pretende-se processou a entrada de cada uma delas
analisar, por um lado, os fundamentos na ordem capitalista, das particularida-
das reformas dos desenhos de proteção des históricas da formação político-
social que vêm sendo implementadas econômica de cada sociedade nacional,
desde o final dos anos 1980 e início dos das características e trajetórias dos sujei-
90, as quais alteraram os formatos tradi- tos políticos, dentre outras.
cionais, hegemônicos até a década de
Entretanto, os organismos internacionais
1980; por outro lado, busca-se identificar
como o Fundo Monetário Internacional
os traços fundamentais que assumem as
(FMI), o Banco Interamericano de De-
políticas sociais, nesta primeira década
senvolvimento (BID) e o Banco Mundial
do século XXI, os quais indicam uma re-
(BIRD) – importantes entidades que de-
orientação das reformas da proteção so-
finem e orientam parte significativa das
cial implementadas na maioria dos paí-
atuais reformas da proteção social nesses
ses da região, na década anterior.
países, mediante empréstimos financei-
Entende-se que além das características ros, bancos de informações e assistência
comuns que os quatro países do Cone técnica, programas de assessoria, consul-
Sul da América Latina possuem, trata-se toria e aconselhamento, assim como por
de um continente conformado por um meio do acompanhamento, monitora-
conjunto heterogêneo de países, diversos mento e avaliação dos programas e polí-
e variados. Desta forma, por entender a ticas implementados – insistiram ao lon-
região como unidade na diversidade, go da década de 1990 em sugerir de for-
que contém particularidades e traços ma impositiva um modelo único de re-
comuns, buscou-se refletir e problemati- forma no continente1.
zar as transformações na proteção social
e identificar alguns dos elementos que Porém, desde inícios do século XXI, estes
guiam as mudanças em curso nesses paí- organismos redefinem os eixos orienta-
ses. dores da nova concepção de proteção
social tendo como base: o reconhecimen-
Pensar a América Latina – como uma u-
nidade na diversidade – requer entender 1Para aprofundar a análise acerca da participação
seus traços e trajetórias comuns (enquan- dos organismos internacionais na definição das
to países capitalistas, dependentes e peri- políticas públicas na América Latina, consultar:
féricos), mas levando em conside Pastorini e Galizia (2006), Pastorini (2002) e
Galizia (2004).
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to da não materialização das promessas ção das classes e setores de classes; pela
das novas políticas sociais neoliberais em estrutura das coalizões e alianças políti-
incorporar os setores excluídos e reduzir cas; e pelo legado histórico e cultural.
a pobreza; a importância de estarem a-
Neste contexto, temos como fundamento
tentos à diversidade entre as realidades
a premissa de que a partir da segunda
dos países da região (entendendo que
metade dos anos 1980 e inícios dos 90
cada país terá que adequar essas diretri-
aconteceram mudanças expressivas no
zes fazendo opções, escolhas e discutin-
mundo capitalista3 que afetaram signifi-
do qual será a melhor estratégia, segun-
cativamente a política econômica dos
do sua realidade e história); a necessida-
países latino-americanos, incidindo de
de de incentivar novas formas de coesão
forma reveladora no desenho da prote-
social (por meio de elaboração de pactos
ção social hegemônico até a década 1980.
de governabilidade e expansão das bases
Tal como falamos anteriormente, no sé-
de apoio dos governos no legislativo e na
culo XXI se inaugura uma nova série no
sociedade em seu conjunto); e o estímulo
processo de reformulação da proteção
às iniciativas inovadoras de proteção so-
social na região, cujo ponto de partida é
cial (ex: redes de proteção básica, pro-
a crítica tanto dos formatos de proteção
gramas de transferência de renda, em-
social tradicionais (entendidos como se-
preendedorismo) destinadas aos grupos
letivos, corporativos, fragmentados e, em
denominados como vulneráveis.2 Essas
alguns casos, dualistas e excludentes)
diretrizes constituem os parâmetros
quanto das políticas sociais (focalizadas,
compartilhados pelos diferentes países
compensatórias e emergenciais) defendi-
da região que, adequados a cada reali-
das pelos pensadores neoliberais desde
dade local como forma de responder às
meados dos anos 1980 e ao longo da dé-
particularidades e aos níveis de desen-
cada de 90. Esse conjunto de críticas,
volvimento de cada país, guiarão as mu-
compartilhado por pensadores e técnicos
danças na proteção social, neste início de
pertencentes a diferentes campos de
século.
pensamento, embasam (ou embasaram)
É possível constatar que, na prática, cada em grande medida as mudanças da pro-
país vem implementando tais reformas teção social em curso implementadas
com algumas diferenças, adaptando as pelos chamados governos progressistas4.
diretrizes e sugestões gerais propostas à
realidade nacional específica. Este pro- 3 A referência deste trecho diz respeito ao
cesso de adaptação, por sua vez, é condi- conjunto de transformações societárias que
cionado: pelo desenvolvimento econômi- incidem na produção e reprodução da sociedade
co de cada formação social e pela corre- que tem seu marco na recessão generalizada da
lação de forças dos diferentes sujeitos economia capitalista mundial que se inicia na
década de 1970. Destacamos dentre essas
envolvidos; pela organização e mobiliza-
mudanças: reestruturação produtiva,
financeirização do capital, difusão do ideário
2Esses elementos mencionados encontram-se neoliberal e reformas dos Estados.
definidos em vários relatórios e documentos, tais 4 Estamos fazendo referência aos governos de:
como: BANCO... (2006), BIRD (2006), PNUD N. Kirchner e Cristina F. de Kirchner (na Argen-
(1990). tina), Luiz Inácio Lula da Silva (no Brasil), Lagos
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Diante destas reflexões, busca-se pensar social na América Latina porém, neles
alguns dos principais elementos que gui- predominam a busca por entender as
am as mudanças contemporâneas da particularidades de cada país, as análises
proteção social nos países do Cone Sul comparativas entre as diferentes experi-
da América Latina. Neste contexto de ências nacionais ou até, em alguns casos,
transformações societárias, pretende-se arriscam-se classificações desses modelos
compreender a lógica que orienta a pro- ou regimes protetivos. No entanto, gran-
teção social na contemporaneidade nos de parte dos analistas identifica as políti-
países do Cone Sul da América Latina, cas de proteção social dos países do Cone
ou seja, analisar os princípios e concep- Sul da América Latina como componente
ções ídeo-políticas que fundamentam e de experiências pioneiras, uma vez que os
guiam as políticas e programas sociais mesmos começaram a implementar seus
que integram o atual formato de prote- mecanismos de proteção na década de 20
ção social nesses países do continente do século passado5, antecipando-se à ins-
latino-americano. tauração da proteção social em alguns
dos países desenvolvidos (MESA-LAGO,
Dessa forma, estruturaremos nossas re-
1986; ESPING-ANDERSEN, 1995;
flexões em duas seções. Primeiramente,
FLEURY, 1994; FILGUEIRA, 1997). Exis-
apresentaremos as principais caracterís-
te consenso nesses estudos de que o de-
ticas da proteção social nesses países nos
senho de proteção social que predomi-
momentos da sua emergência e expan- nou nesse grupo de países buscou res-
são. Em seguida, levaremos a discussão
guardar principalmente os trabalhadores
nosso entendimento acerca do processo urbanos com vínculos formais de em-
de reforma da proteção social, princi-
prego, e os que realizavam atividades
palmente, a partir da década de 1990, nos setores entendidos como fundamen-
indicando as particularidades e diferen-
tais e estratégicos para o desenvolvimen-
ças das propostas e diretrizes que guia-
to econômico de cada um dos países. En-
ram as reformas da proteção social na
tretanto, os formatos de proteção social
última década do século XX (guiadas pe-
tinham como características centrais: de-
las idéias de focalização na pobreza, sele-
sigualdade no acesso aos serviços e bene-
tividade, privatização de serviços e des-
fícios em função da renda proveniente
concentração da gestão) e as redefinições
do salário, das contribuições e do poder
estratégicas da primeira década do sécu-
lo XXI (orientadas pelas idéias de equi- 5Dentre a legislação aprovada e implementada
dade, solidariedade com os mais vulne- nesse período, é possível destacar: cobertura de
ráveis e justiça social). acidentes de trabalho: na Argentina (1915), Brasil
(1919), Chile (1916) e Uruguai (1914); seguro ma-
ternidade/doença: na Argentina (1934/74), Brasil
(1923), Chile (1958) e Uruguai (1914); proteção à
Transformações societárias e velhice: na Argentina (1904), Brasil (1923), Chile
proteção social (1924) e Uruguai (1928); proteção à invalidez: na
Argentina (1944), Brasil (1923), Chile (1924) e
São muitos os estudos acerca da proteção Uruguai (1928); pensão por morte: na Argentina
(1944), Brasil (1923), Chile (1924) e Uruguai
e Bachelet (no Chile) e T. Vázquez (no Uruguai). (1928). Ver González Roaro (2003).
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da importância que adquiriu a educação nesse experiências de proteção social na América Lati-
contexto. Como afirma Papadopoulos (1992, na, identifica dentre os países pioneiros: Argenti-
p.37), ‚*...+ sua centralidade, do ponto de vista na, Chile, Uruguai e Brasil. Por sua vez, Filgueira
político, talvez radique no estímulo que o Estado (1997), fazendo uma apropriação crítica dessas
dava a uma atividade fundamental para a socia- análises, afirmará que os três primeiros países
lização das novas gerações e para a transmissão mencionados tiveram experiências de proteção
de certos valores básicos para o fortalecimento da social caracterizadas pelo universalismo estratifi-
identidade nacional‛. cado, porém, a experiência brasileira integraria,
8Para pensar o caso da Argentina é importante junto com México, o grupo de países com regi-
levar em consideração as Obras Sociais e as expe- mes duais de proteção social. Filgueira (1997),
riências das mutualidades, modalidade que tam- levando em consideração a heterogeneidade ter-
bém influenciou e influencia até os dias de hoje a ritorial (entre estados e regiões) desses países, em
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da questão social em cada país ou preocu- sociais, em todos esses países as políticas
pam-se em realizar análises comparati- de proteção social foram utilizadas como
vas entre as formas de regulação e/ou mecanismos para regular o mercado, a
participação estatal. força de trabalho e os ciclos econômicos,
assim como foram úteis instrumentos
Apesar das diferenças entre países, existe
para reforçar, desenvolver e legitimar os
uma insistência por parte dos organis-
Estados, pouco institucionalizados, me-
mos internacionais, dos técnicos e dos
diante obtenção do consenso e integração
teóricos em apresentar a região como um
social. Nesse sentido, entendemos que
bloco homogêneo; dessa forma, buscam- essas políticas públicas não podem ser
se e/ou propõem-se alternativas comuns
concebidas de forma simplificada como
para enfrentar as principais questões e- medidas tomadas e/ou implementadas
conômicas, políticas e sociais contempo-
pelo Estado, num momento específico do
râneas. Em alguns casos, também são seu desenvolvimento histórico, que dei-
apagadas as diferenças entre as experi-
xava de ser liberal e transformava-se em
ências de proteção social no continente
intervencionista, atendendo às deman-
latino-americano e as européias, contri-
das e pressões dos trabalhadores (PA-
buindo dessa forma com a homogeneiza-
PADOPULOS, 1992).
ção das críticas à intervenção do Estado e
das propostas de reformulação da prote- Na verdade, tinha-se como objetivo or-
ção social em ambos os continentes. ganizar a nação do ponto de vista insti-
tucional, político, econômico, social e
No entanto, como explicitado anterior-
cultural em função das necessidades do
mente, o processo de construção das ex-
desenvolvimento econômico capitalista.
periências de proteção social nos países
Nesse processo, o Estado e as políticas
do Cone Sul da América Latina foi dife-
públicas assumem uma função central.
rente daquele acontecido nos países eu- Trata-se de um modelo estadocêntrico que
ropeus. No primeiro grupo de países,
tem como eixos: proteção do risco coleti-
não se seguiram modelos únicos nem vo, solidariedade e universalização da
puros, pelo contrário, foram experimen-
proteção social como parte de um con-
tados formatos híbridos13 de proteção
junto de condições necessárias para ga-
social – portanto, não houve nesses paí-
rantir a acumulação.14 É esse o modelo
ses um desenvolvimento e uma expansão
que a partir dos anos 1980 passa a ser
única, linear nem unidirecional.
amplamente criticado na tentativa de
Apesar das diferenças entre as formações substituí-lo por um outro, mercadocêntrico
(FILGUEIRA, 1997).
13Quando falamos de formato híbrido, estamos
fazendo referência àquelas experiências domina- São essas mudanças na proteção social
das por uma convivência (em alguns casos, equi-
librada) de diferentes traços e características pre- Como diz Netto (1996), no período dos mono-
14
dominantes em cada um dos diferentes regimes pólios, percebe-se uma mudança na atuação do
ou modelos de proteção social (por exemplo: Estado que passa a assumir novas funções eco-
assistencial, bismarckiano e beveridgiano ou libe- nômicas diretas e indiretas; no entanto, lembre-
ral, conservador e social-democrata, dependendo mos que essas funções encontram-se organica-
das classificações tidas como referência). mente imbricadas com as funções políticas.
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novos pobres, etc.) e suas trajetórias es- autores, destacam-se: entrada da mulher no mer-
pecíficas e variadas que os conduziram à cado de trabalho; aumento das famílias monopa-
situação de exclusão na sociedade con- rentais e, dentre elas, as chefiadas por mulheres;
temporânea. alargamento da esperança de vida e envelheci-
mento da população; crescimento do desempre-
go; altos índices de jovens que não trabalham
Para aprofundar a discussão acerca do debate
15 nem estudam; crescimento da pobreza e miséria;
da ‚nova questão social‛. Ver Pastorini (2004). agravamento da violência.
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priação privada da riqueza, núcleo duro 1990, são questionadas por não assegura-
das desigualdades sociais nas sociedades rem serviços de forma homogênea, por
capitalistas, são ocultadas sob a máscara estarem preocupadas com as ações de
das idéias da sorte bruta (e das diferenças assistência focalizadas nos mais pobres e
que dela decorrem) e das opções pesso- com perder de vista a responsabilidade
ais dos indivíduos. do Estado com a provisão das ações de
proteção. Tomando essas críticas como
Por outro lado, a liberdade substantiva
ponto de partida, a reforma proposta
que permitiria o exercício positivo do
neste início do século XXI busca estrutu-
livre arbítrio é reduzida à liberdade for- rar um formato de proteção social que
mal entendida como ausência de empeci-
tenha como pilar fundamental um con-
lhos para o exercício da livre escolha in- junto de ações de proteção básica (acesso
dividual. Nessa concepção, compete aos
a transferências de renda, serviços de
governos oferecer e promover oportuni- saúde básicos e ensino fundamental) di-
dades aos indivíduos vulneráveis (con-
recionadas ao atendimento das necessi-
cebidos como vítimas da sorte bruta) para
dades imediatas das populações vulne-
participar da livre concorrência e fomen-
ráveis e daquelas que vivem situações de
tar a meritocracia, o esforço individual e
precariedade, decorrentes de circunstân-
potencializar as escolhas individuais (en-
cias que independem a realização das
tendidas como responsabilidades das
suas opções pessoais (como talentos,
opções pessoais dos indivíduos). No en- dons naturais, capacidades).
tanto, estes pensadores não levam em
consideração o contexto, circunstâncias e Entretanto, na tentativa de romper com o
condições sociais que determinam as es- corporativismo e a histórica exclusão de
colhas, preferências e eleições dos indi- alguns setores da população dos siste-
víduos. mas de proteção social tradicionais, re-
força-se ou criam-se sistemas altamente
As reformulações da proteção social na
fragmentados que deixam de fora do
atualidade apóiam-se nas críticas tanto âmbito da proteção social um contingen-
aos formatos tradicionais de proteção
te significativo da população, que não
social quanto ao formato proposto pelos
podendo aceder ao mercado para satis-
técnicos de inspiração neoliberal. Os
fazer suas necessidades sociais (educa-
principais alvos de crítica do tradicional
ção, saúde, aposentadorias etc.) acaba
modelo de proteção social concentram-se
sem alternativa no atual modelo propos-
na busca por assegurar os riscos coleti-
to.
vos, na solidariedade intra/entre classes,
na participação direta do Estado na ad- Estas idéias-guia fazem parte de uma
ministração e arbitragem dos conflitos, proposta de reforma maior vinculada à
no financiamento bi/tripartite e na parti- própria dinâmica da sociedade capitalis-
cipação dos trabalhadores no controle ta; portanto, como afirma Harvey, ‚certos
das estruturas de proteção social. processos sociais dominantes promovem
e se apóiam em certas concepções de jus-
Por sua vez, as políticas sociais neolibe-
tiça e de direitos, contestar esses direitos
rais, implementadas nos anos 1980 e particulares é contestar os processos so-
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