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INDICE
Colheita de material.......................................................................................... 02
Sangue.............................................................................................................. 02
Pele e mucosas.................................................................................................10
Sistema respiratório...........................................................................................17
Sistema gastrointestinal....................................................................................19
Sistema urinário................................................................................................ 22
Sistema reprodutor........................................................................................... 24
Sistema Circulatório e linfático..........................................................................28
Sistema ostioarticular........................................................................................31
Sistema nervoso central ...................................................................................32
Aves ..................................................................................................................34
Referências .......................................................................................................43
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COLHEITA DE AMOSTRAS
Sangue
O sangue é responsável pelo transporte, regulação e proteção do organismo,
podendo também ser um eficiente transportador de patógenos. É um dos elementos
utilizados em exames diagnósticos para diversas doenças.
O sangue é composto pelo plasma que representa a maior parte de seu volume,
estão presentes também hemácias, leucócitos e plaquetas que compõe a parte sólida do
sangue.
A maior parte do plasma é composta por água, outros componentes são o
oxigênio, glicose, vitaminas, gás carbônico, hormônios, sais minerais, aminoácidos,
uréia, lipídio etc.
Os glóbulos vermelhos também chamados de hemácias ou eritrócitos sãos os
responsáveis pelo transporte do oxigênio e gás carbônico, efetuando a troca desses
gases para a respiração e equilíbrio do organismo. As hemácias possuem tempo de vida
variado nas diferentes espécies animais, nos cães é de cerca de 120 dias, similar aos
humanos, enquanto que em gatos nascem e morrem em até 60 dias.
Nas aves as hemácias são nucleadas, diferentemente dos mamíferos que são
anucleadas.
Fonte: http://www.professoraangela.kit.net/tubosdecoletaeanticoagulantes.htm
Após a colheita o sangue total NÃO PODE ser congelado, deve ser refrigerado
de + 2 a + 8 graus, temperatura de geladeira, por um período máximo de 48 horas.
Observar que este material não deve ser armazenado na porta do refrigerador onde a
temperatura é mais alta devido ao abre e fecha, não deve ser colocado logo abaixo do
congelador pois tal compartimento pode congelar e não refrigerar, o local ideal é no
fundo da geladeira na própria grade.
Para o transporte do sangue refrigerado utilizar caixas de isopor ou qualquer
recipiente que ofereça isolamento térmico, colocar junto à amostra gelo comum ou gelo
seco que garanta a refrigeração (temperatura máxima de oito graus centígrados).
Para transporte de curta distância LACEN - SC (2005) recomenda que os tubos
com amostras (sangue ou soro) devem estar em estantes e transportados em caixas
térmicas.
Em transporte de longa distância sugerem os seguintes procedimentos:
- Colocar os tubos identificados com as amostras em um saco plástico e fechar.
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- Colocar o saco com os tubos na posição vertical, protegido com papel, em uma meia
garrafa plástica cortada (pode ser de refrigerante).
- Fixar com fita adesiva o saco à embalagem plástica
- Colocar em caixa térmica.
- Colocar gelo reciclável dentro da caixa
- Colocar papel por cima, amassados de forma a manter os tubos em pé, evitando que
se batam no transporte.
- Colocar as requisições correspondentes, devidamente preenchidas, dentro de um
saco plástico (não devem entrar em contato com o gelo porque estragam).
- Fechar o saco com as requisições e fixá-lo a tampa da caixa
- Fechar bem a caixa térmica
- Identificar a caixa com remetente e destinatário
- Fazer o envio ao laboratório escolhido.
Segundo LACEN-SC (2005) é importante que o gelo seja reciclável para não
haver perda de amostras e a caixa térmica de transporte deve ser de polietileno ou
similar, devendo ser higienizada a cada transporte, fixar na caixa a informação de que
contem material infectante ou de risco biológico, informar também o nome do remetente
com telefone e endereço para aviso em caso de acidentes.
PITUCO et al.(2010) ensinam como fazer um bom esfregaço sanguíneo:
1. Manter a lâmina horizontalmente entre o polegar e o indicador.
2. Colocar uma pequena gota de sangue sem anticoagulante na extremidade da lâmina.
3. Colocar uma segunda lâmina (extensora) contra a superfície da lâmina, em frente à
gota de sangue, formando um ângulo de 45º.
4. Movimentar a lâmina para trás, de modo que entre em contato com a gota de
sangue, pressionando-a até que a gota se espalhe por toda a borda da lâmina.
5. Impelir a lâmina, mantendo sempre o mesmo ângulo, num só movimento firme e
uniforme, sem separar uma lâmina da outra. Forma-se então uma delgada camada de
sangue.
6. Secar rapidamente ao ar e identificar com lápis.
7. Fixar por dois minutos em álcool metílico, retirar e secar.
8. Enviar ao laboratório em porta-lâminas.
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Biopsia
A biopsia é um procedimento invasivo, exige anestesia, é um processo onde
pequenos fragmentos de tecidos ou células são retirados. Em caso de morte do animal
podem ser retirados fragmentos maiores de várias partes. A análise é feita em
laboratório de histopatologia. O objetivo é identificar alterações celulares que
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Raspado de pele
As dermatopatias são doenças que afetam o sistema tegumentar, (pele e pêlos)
e constituem 30% da casuística de atendimento na clínica de pequenos animais,
representando um grande desafio de diagnóstico ao clínico (TECSA, 2010).
A etiologia das dermatopatias em cães e gatos são diversas (TECSA, 2010):
• Ectoparasitismo (DAAPP – Dermatite alérgica a picada de pulgas);
• Endocrinopatias (Hiperadrenocorticismo);
• Infecções bacterianas e fúngicas, protozoárias (Leishmaniose);
• Componentes imunológicos (alergias);
• Neoplasias (Carcinomas epidermóides);
• Estresse;
• Associação de duas ou mais causas.
O raspado de pele é um elemento diagnóstico, mas seu resultado deve ser
associado a uma boa anamnese, ao histórico do animal, a uma investigação clínica
mais detalhada. O raspado é indicado para a pesquisa de sarnas, ácaros e
dermatófitos.
De acordo com TECSA (2010) as técnicas de colheita de raspado de pele são:
Material utilizado: 01 lâmina de bisturi posicionada em 45º e frascos coletores de rosca,
lâminas de microscopia ou mesmo tubos de soro para acondicionar a amostra coletada.
São utilizados dois tipos distintos de raspados de pele: superficial e profundo.
Raspado superficial:
• Indicado na suspeita de escabiose canina (Sarcoptes scabiei), sarna notoédrica felina
(Notoedres cati) e sarna otodécica (Otodectes cynotis). Deve ser realizado com
amplitude em múltiplas áreas de pele, não sendo necessário sangramento capilar. As
áreas de escolha envolvem bordas de pavilhão auditivo, pele glabra da região
abdominal e de articulações úmero-rádio-ulnar e tíbio-társica.
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identificação do local de colheita do material, junto aos achados clínicos devem estar
devidamente expressos na ficha de solicitação de exames.
Cultivo celular:
Cultivo de bactérias e fungos permitindo o isolamento de possíveis agentes
etiológicos ou oportunistas. Trata-se de um recurso que permite ao clínico direcionar o
diagnóstico e instituir manejo e terapia medicamentosa mais específicas de acordo com
o agente identificado.
Cultura e antibiograma:
Pesquisam-se bactérias e sua susceptibilidade a antimicrobianos. O material a
ser coletado para tal análise constitui-se de swabs de lesões, swabs auriculares ou
aspirados de lesões pustulares íntegras.
Cultura fúngica
Pesquisam-se fungos em geral e em especial os responsáveis por
dermatofitoses. O material a ser coletado envolve raspados de pele de áreas
lesionadas e bordas de lesões.
Sistema gastrointestinal
Patologias que ocorrem no sistema digestivo são denominadas doenças
gastrointestinais. O trato digestivo inicia-se na boca e termina na porção final do
intestino grosso. São componentes deste sistema a boca, esôfago, estômago, intestino
delgado e intestino grosso, em anexo glândulas e linfonodos.
Em animais de companhia como os cães e gatos, distúrbios do sistema digestivo
são comuns em viroses, verminoses e infecções bacterianas. Os animais jovens e os
mais velhos são os mais acometidos em função da menor eficiência do sistema
imunológico.
Nos animais de produção bovinos, suínos e aves a incidência de doenças do
trato digestivo pode ocorrer em função da aglomeração de animais, ingestão de
alimentos processados, pastos com alta densidade de animais etc. Na ocorrência de
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Sistema urinário
As doenças do trato urinário são comuns em cães e gatos, podendo acometer
rins, ureteres,bexiga ou todos os órgãos do sistema urinário.
O trato urinário divide-se em:
- Trato urinário superior: rins e ureteres
- Trato urinário inferior: bexiga e uretra
A avaliação da urina pode fornecer várias pistas para patologias relacionadas ao
sistema urinário. Em cães e gatos a colheita de urina pode ser feita pela micção normal,
por cateterismo uretral (sonda e espéculo) ou por cistocentese.
Na micção natural existe a vantagem de ser isento de riscos e pode ser colhido
pelo proprietário do animal. A desvantagem é que a amostra pode estar contaminada
com células, bactérias e debris localizados na uretra distal (RADOSTITS et al, 2002).
A colheita por sonda ou cateter possuí a vantagem de retirar a urina de dentro
da bexiga, evitando-se assim a contaminação com o meio externo, no entanto a
utilização de equipamentos pode produzir pequenas lesões em seu trajeto e possibilitar
o aparecimento de sangue na urina que não teria importância diagnóstica. A colheita
por sonda no macho é bem mais prática que em fêmeas.
Segundo RADOSTITS et al. (2002) a cistocentese é bem tolerada por cães e
gatos. Esta técnica consiste na punção da bexiga com uma agulha através da parede
abdominal para obter uma amostra de urina, é simples quando a bexiga é palpável.
Utiliza-se agulha de calibre 22 e 2,5 a 3 centímetros de comprimento, em cães de
grande porte podem ser de 7 centímetros.
Passo a passo da cistocentese:
- Ter em mãos uma seringa de 10 mL com o calibre e comprimento desejado.
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FIGURA 12 - cistocentese
Fonte: synararillo.com.br
A urina colhida via cistocentese é a mais indicada para cultura e antibiograma,
pois teoricamente é um ambiente estéril, e a presença de qualquer número de bactérias
seria um achado anormal. Em cães e gatos é recomendado colher de 3 a 5 mL de
urina, devendo ser encaminhada ao laboratório até uma hora após a colheita em
temperatura ambiente, se refrigerada (entre 2 a 8º C) até cinco horas após a colheita,
pode ser enviada na própria seringa ou em frasco estéril.
Em animais de produção a colheita de urina para exames é realizada também
pela micção natural, cateterismo ou punção vesical. Segundo PITUCO et al.(2010)
deve-se realizar a higienização da região vulvar ou do prepúcio com água e sabão,
enxaguar e secar com papel toalha, logo após colher o jato intermediário com coletor
universal estéril. A micção pode ser induzida por várias formas:
- obstrução dos olhos e boca em pequenos ruminantes, durante uns segundos
(funciona tanto em machos como em fêmeas).
- Em touros deve-se realizar uma massagem suave e rítmica no óstio prepucial e
em vacas massagem vulvar.
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- Eqüino pode urinar após ser levado a uma baia limpa após período de exercício
- Suínos machos podem urinar em resposta a uma corrente de água quente
dirigida ao prepúcio.
- Uso de furosemida (diurético) por via intravenosa favorece a micção dentro de
10 a 15 minutos (não deve ser utilizado em animais com suspeita de presença de
urólitos).
A urina destes animais pode ser utilizada para a pesquisa de Leptospira spp,
brucela spp e técnicas de biologia molecular.
PITUCO et al. (2010) orientam:
Para a pesquisa de Leptospira spp: Meio de Fletcher, colocar 1 mL de urina em 9 mL
de solução salina tamponada, pH 7,2 e inocular 2 mL dessa diluição em tubo contendo
meio de Fletcher.
Para pesquisa de Brucela spp: Meio BHI, colocar 1 mL da urina em 3 mL em tubo
contendo meio de transporte (BHI).
Para técnicas de biologia molecular: Não utilizar nenhum meio, enviar o restante de
urina, cerca de 20 mL.
Sistema reprodutor
Em cães e gatos os problemas reprodutivos podem ser avaliados através de
exames laboratoriais como: swabs vaginais e citologia de esfregaço vaginal. Outros
exames auxiliares são ultrasson ou RX para detecção de prenhez ou outras patologias
que provocam o aumento abdominal.
A cultura bacteriana é feita a partir da colheita de material com um swab.
Segundo RADOSTITS et al.(2002) realiza-se a higiene da vulva da cadela, e com a
ajuda de um espéculo faz-se a colheita na parte cranial do útero, considerado que o
útero é um local estéril não é normal a presença de bactérias.
- sêmen
- muco prepucial
- muco cervicovaginal
- urina ( anteriormente comentado).
Feto de até dois quilos: Enviar inteiro em saco plástico refrigerado, nunca congelar,
enviar em prazo de 48 horas, no máximo. É importante enviar soro do sangue da mãe.
O feto será necropsiado e diversas partes serão analisadas em exame histopatológico,
pesquisa-se também o agente etiológico direta ou indiretamente.
Fetos e natimorto com mais de dois quilos: Deve-se realizar a colheita de fígado, baço,
pulmão, sistema nervoso central, coração, rim, timo e fluidos corporais (torácico,
pericárdico, gástrico). A colheita deve ser feita com materiais esterilizados, colher partes
lesionadas. Os exames realizados são a pesquisa direta do agente e o
histopatolólogico.
Utilizam-se três tipos de amostras:
- fragmentos de 20g, sem nenhum conservante, embalado em sacos plásticos e
refrigerados, são utilizados para a pesquisa direta do agente patológico.
- fluídos corporais, colhido na quantidade de 3 mL, sem nenhum conservante,
também refrigerado em tubos estéreis, são utilizados na pesquisa de anticorpos.
- fragmentos de cada órgão com medida de 3x3x1, fixado em formol 10%, em
frascos que permitam 10 partes para uma, pode ser enviado refrigerado ou em
temperatura ambiente, jamais realizar o congelamento, são utilizados para a confecção
de lâminas para o exame histopatológico.
Plancenta: Colher áreas de transição do tecido com e sem lesão, em ruminantes colher
algumas carúnculas. Acondicionar para dois tipos de exames, a pesquisa direta e o
histopalógico, respectivamente fragmento de 20g e fragmentos de 3x3x1, o primeiro
sem nenhum conservante e refrigerado e o segundo em formol a 10%.
Sêmen: A colheita de sêmen em bovinos é realizada com a ajuda de uma fêmea, com
eletroejaculador ou vagina artificial. É necessário a utilização de palhetas ou tubo de
ensaio esterilizado para o transporte da amostra. Sêmen in natura, 0,5 mL, sêmen
industrializado 10 palhetas de 0,5 mL. As amostras devem ser bem identificadas e a
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IMPORTANTE: O touro deve ser mantido sob repouso sexual no mínimo 07 dias antes
da realização da colheita. Evitar contaminação do muco com urina. Quando for o caso,
colher primeiro o swab prepucial e depois proceder ao lavado. Solicitar ao laboratório os
meios apropriados (PITUCO et al. 2010).
Sistema ostioarticular
O principal material colhido para avaliação de articulações é o líquido sinovial.
Identifica-se a articulação acometida: escapulo-umeral, coxofemoral ou articulações do
carpo e do tarso.
Segundo PITUCO et al. (2010)
- Sedar o animal;
- Fazer a tricotomia e a desinfecção da região da punção;
- Conter o animal, a fim de evitar movimentos bruscos;
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As doenças que acometem o sistema nervoso central são tratadas com muita
atenção visto que algumas são transmissíveis ao homem e fatais. O diagnóstico é difícil
e em muitos casos só é possível após a morte do animal.
A raiva tem sido controlada pela vacinação anual de mamíferos, principalmente
os cães e gatos, já a raiva de herbívoros ainda persiste em algumas regiões do país, o
controle é possível através de campanhas intensas de vacinação dos bovinos.
Outra doença de importância relacionada ao sistema nervoso central é a
encefalopatia espongiforme bovina (EEB), é uma zoonose que preocupa as autoridades
sanitárias.
As patologias do SNC são de difícil diagnostico devido a complexidade da
anatomia do sistema nervoso, este sistema se divide em encéfalo (cérebro, tronco
encefálico e cerebelo) e medula espinhal, que atuam de forma integrada para controlar
as funções do organismo (PITUCO et al. 2010).
Os agentes agressores são variados: bactérias, vírus, parasitas, prions, tumores,
elementos tóxicos, traumas etc, que podem afetar direta ou indiretamente as funções
do SNC produzindo sinais clínicos diversos que facilitam a identificação da disfunção e
a localização das lesões.
Animais com doenças neurológicas apresentam alterações sensitivas, motoras,
comportamentais, reflexas e sensoriais, é necessário estabelecer um diagnóstico
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3º passo: seccionar com tesoura a dura mater e retirar o encéfalo cortando os nervos
cranianos
4º passo: enviar o encéfalo inteiro com a medula espinhal cervical e o conjunto
hipófise, trigêmeos e rede admirável carotídea (capilares ao redor da hipófise)
O encéfalo e medula espinhal podem ser enviados inteiros ao laboratório, deve
ser colocado em saco plástico e refrigerado, não utilizar nenhum meio conservante,
enviar ao laboratório em até 48 horas. Este recurso de envio do SNC completo é
utilizado quando a pessoa que colher o material não dispuser de instrumentos para a
separação das porções do encéfalo.
As porções do SNC são:
- Hemisférios cerebrais
- cerebelo
- tronco encefálico
- medula espinhal cervical
Fragmentos são colhidos para exame direto e histopatológico. Para o exame
direto as porções são apenas refrigeradas, sem nenhum conservante e enviadas ao
laboratório o mais breve possível. Para o exame histopatológico as porções são
colocadas em formol 10% em frascos de boca larga, podendo ser refrigerada ou não.
Orienta-se que sejam enviados também partes do fígado, baço , pulmão, rim,
coração, linfonodos e intestinos para exame complementar.
Aves
As aves são animais muito diferentes dos mamíferos, é importante conhecer a
sua biologia para se obter sucesso na criação. Doenças parasitárias, bacterianas e
viróticas acometem as aves com frequencia, principalmente aquelas criadas sob
confinamento e em grande aglomeração. A sintomatologia das diversas doenças
aviárias é muito similar, geralmente é quase impossível o diagnóstico apenas com a
prática clínica.
Como dito por Louis Pasteur no século XIX : “Os germes não são nada, as
circunstâncias são tudo”. A noção de biossegurança já existia, é preciso ter cuidado
com o ambiente, propiciar situações que desfavoreçam os agentes infecciosos.
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Geralmente a maioria das doenças acima citadas não ocorre isoladas, quando as
aves adoecem podem estar acometidas por diversos patógenos, um mesmo lote pode
apresentar contaminação por agentes diferentes levando a elevadas perdas
econômicas por morte dos animais .
- tesoura trinchante
- caneta
- seringas e agulhas
- pipeta Pasteur
- frascos para colheita de sangue
- eppendorfs
- plástico (folha lisa)
Procedimentos:
Para a colheita na veia ulnar em aves adultas colocar o animal em decúbito
lateral, colher o sangue com seringa descartável de 5 mL através de punção venosa,
transferir para tubo de ensaio de 10 mL limpos e secos sem anticoagulante para
obtenção de soro. Em ave de um dia a obtenção de sangue é em menor volume mas o
procedimento é o mesmo.
Para a colheita via punção cardíaca a ave é contida e realiza-se a punção no
meio da região da quilha (base do esterno), onde há um “vazio” tendo o cuidado para
não atingir o pulmão, puxar lentamente o embolo até obter a quantidade desejada e
transferir para frascos de 10 mL.
Quantidade de sangue:
Quatro mL de sangue para obtenção de um mL de soro por ave. O sangue deve
ser transportado em tubos e o soro em eppendorfs.
Numero de amostras:
exame N. de amostras
ELISA 25 soros por lote
SOROAGLUTINAÇÃO RÁPIDA (Mycoplasma e salmonela) 100 soros por lote
SOROAGLUTINAÇÃO RÁPIDA (Mycoplasma gallisepticum) 150 a 300 soros/lote
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tamponado (TPB) com solução de antibióticos (0,5x), utilizar frasco coletor ou tubos tipo
falcon, refrigerar e levar ao laboratório em até 48 horas.
3 – Histopatológico: amostra em solução de formol 10% (100 mL de formaldeído a
37% e 900 mL de água v/v), enviar em temperatura ambiente, jamais congelar.
Swab de traquéia
Conforme orientação de PITUCO et al. (2010) ao efetuar a colheita com o swab
deve-se verificar se este está sendo introduzido no local correto, pode ocorrer de estar
dentro do esôfado. A traquéia localiza-se na porção VENTRAL. Uma dica é tracionar
um pouco a língua da ave, de modo que a traquéia seja projetada em direção à
cavidade bucal, podendo então ser visualizada.
Cuidados com a colheita (PITUCO et al. 2010):
- usar luvas para efetuar a colheita e não tocar na parte que será usada
- Abrir o bico da ave e abaixar a língua
- Introduzir o swab esterilizado
- esfregar em toda a circunferência evitando mucosas da boca
- usar um swab por ave (cortar a extremidade que estava na mão)
- mergulhar a amostra no meio de transporte
Exames:
Isolamento viral : Swabes de 30 aves/ lote, agrupando 10 swabes em cada
recipiente, conservados em solução salina com antibióticos, podem ser transportados
em frascos com tampa de rosca, refrigerados e entregues ao laboratório em até 24
horas.
Isolamento bacteriológico: A quantidade de amostras são de 20 aves por lote em
meio caldo frey, acondicionados em frascos de tampa de rosca e refrigerado, entregar
ao laboratório em até 24 horas.
Biologia molecular para micoplasma: Colher também swabes de 20 aves por lote
e colocar em meio caldo frey, se for apenas refrigerada deve ser entregue em 24 horas
ao laboratório, se congelada poderá demorar mais tempo.
Swab de cloaca
O swab de cloaca é feito em caso de suspeita de salmonela no plantel. O
manipulador deve utilizar luvas e material estéril para a colheita. Fazer movimentos
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circulares na cloaca, descartar a parte do swab que não foi utilizada, mergulhar em
meio de transporte para envio ao laboratório.
REFERENCIAS
BERCHIERI, J.A., MACARI, M. Doenças das aves. FACTA, Campinas, São Paulo,
2000. 490 p.
PITUCO, E.M.; FAVA, C.D.; RIBEIRO, C.P.; BESANO, J.G.; MIVASHIRO, S.; Centro de
P & D de Sanidade Animal, Manual veterinário de colheita e envio de amostras,
2010.
LEITURA ANEXA: