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CURSO DE
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA
Aluno:
1
CURSO DE
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA
1.1 UM OLHAR SOBRE A PSICOPEDAGOGIA – BREVE HISTÓRICO
2 ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
3 O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO
4 LEIS, CÓDIGOS E DIRETRIZES DA PSICOPEDAGOGIA
4.1 CÓDIGO DE ÉTICA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA
(ABPp)
4.2 OUTROS DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA PARA O PSICOPEDAGOGO
MÓDULO II
5 O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM E AS PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO
ESCOLAR
5.1 COMO ESTUDAR MELHOR – ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
5.1.1 Atenção
5.1.2 Memória
5.1.3 Associação de ideias
5.2 ORIENTAÇÕES AOS ALUNOS
5.2.1 Na sala de aula
5.2.2 O estudo em casa
5.2.2.1 Local de estudo
5.2.2.2 Tempo
5.2.2.3 Material
5.2.2.4 Cuidados com o corpo
5.2.2.5 Concentração
5.2.2.6 Estudo em grupo
5.2.2.7 Provas
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5.2.3 A leitura
MÓDULO III
6 DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO
6.1 PRIMEIRO CONTATO (AGENDAMENTO)
6.2 QUEIXA
6.3 ANAMNESE
6.4 CONTRATO E SESSÕES DE AVALIAÇÃO
6.5 DEVOLUTIVA E ENCAMINHAMENTO
6.6 INFORME PSICOPEDAGÓGICO
MÓDULO IV
7 AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA DA CRIANÇA DE 6 A 11 ANOS E DO
ADOLESCENTE
7.1 PROVAS DO DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO
7.1.1 Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos
7.1.2 Conservação das quantidades de líquidos
7.1.3 Conservação da quantidade de matéria (quantidade contínua)
7.1.4 Conservação do comprimento
7.1.5 Conservação de peso
7.1.6 Conservação do volume
7.1.7 Classes – mudança de critério (dicotomia)
7.1.8 Quantificação da inclusão de classes
7.1.9 Intersecção de classes
7.1.10 Seriação de bastonetes
7.1.11 Combinação de fichas duplas para pensamento formal
7.1.12 Permutações com um conjunto determinado de fichas
7.2 TRANSTORNO, DISTÚRBIO, DIFICULDADE OU DOENÇA?
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MÓDULO V
8 RECURSOS PSICOPEDAGÓGICOS E AMBIENTE DE TRABALHO
8.1 OBSERVAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS
GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
1 FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA
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aconteceu no início da história da Psicopedagogia, quando os primeiros Centros
Psicopedagógicos foram fundados na Europa, em 1946, por J. Boutonier e George
Mauco, com direção médica e pedagógica. Esses centros tentavam readaptar
crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola e em casa, bem
como atendiam crianças com dificuldade de aprendizagem apesar de serem
inteligentes (MERY apud BOSSA, 2000, p. 39), mas comprovou-se, por meio da
prática, que não seriam suficientes para compreender os problemas existentes.
Era preciso ter alguma noção também de Neurologia, Sociologia, Psicologia
Genética e Social. Enfim, os conhecimentos da Psicopedagogia não se baseiam
somente nas áreas que o nome nos faz lembrar, pois no momento em que a
Psicologia entrou na educação (anos 60 e 70), muitos erros foram cometidos, por
meio do Behaviorismo, que via a criança como um ser passivo no processo de
aprendizagem que lhe era imposto; e também do Movimento Humanista, que via o
aluno separado da realidade. Ainda na década de 60, houve também a
medicalização dos problemas de aprendizagem, quando os professores fechavam
diagnósticos de disfunções psiconeurológicas, mentais e/ou psicológicas. Dentre os
diagnósticos mais comuns estavam a Disfunção Cerebral Mínima e os Distúrbios de
Aprendizagem: afasias, disgrafias, discalculias e dislexias, que eram reforçados por
médicos e recorriam à linha medicamentosa de tratamento.
Na década de 80, por meio de um movimento apoiado pelo Materialismo
Dialético, o social passa a ter um peso maior sobre a aprendizagem. Porém, na
tentativa de combater o radicalismo das duas teorias psicológicas (Behaviorismo e
Humanismo), foi tão radical quanto, deixando de lado a complexidade do ser humano.
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FIGURA 2 –Complexidade do Ser Humano
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Como a literatura argentina tem grande influência na área psicopedagógica no
Brasil, cabe ao profissional brasileiro pesquisar quais instrumentos lhe são permitidos
na utilização em consultório e quais são de uso exclusivo do psicólogo, bem como
realizar encaminhamentos quando perceber que há questões além da aprendizagem
a serem trabalhadas e que estão fora do seu objetivo e preparo profissional.
Outros nomes de destaque na psicopedagogia argentina são Sara Paín,
Jacob Feldmann, Ana Maria Muniz, Jorge Visca, dentre outros. De acordo com
SAMPAIO (2004):
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No Brasil, segundo Lino de Macedo (1994), o psicopedagogo se ocupa das
seguintes atividades: orientação de estudos; apropriação de conteúdos escolares
que o aluno apresenta maior dificuldade, desenvolvimento de raciocínio,
principalmente por meio de jogos; e atendimento a crianças com comprometimentos
orgânicos mais graves. Sendo que estas atividades não são excludentes entre si.
A Psicopedagogia como uma prática compõe técnicas de intervenção que
tratam dos problemas de aprendizagem, trabalhando as possíveis raízes do
problema e resgatando os elementos essenciais à aprendizagem de qualquer
conteúdo específico, diferenciando-se da prática pedagógica, que se ocupa,
especificamente, do conteúdo a ser aprendido.
A Psicopedagogia como um campo de investigação descarta qualquer recorte
da realidade que impeça uma visão mais completa do fenômeno pesquisado; tem
como objetivo de estudo o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as
realidades interna e externa da aprendizagem, procurando estudar a construção do
conhecimento em toda a sua complexidade. Já como um saber científico, não tem um
corpo de conhecimentos estruturalmente organizado, apesar da prática eficiente.
Em sua atuação, é preciso que o psicopedagogo tenha respeito pela escola
tal como ela é, apesar de suas imperfeições, pois é por meio dela que o aluno se
situará em relação a seus semelhantes, optará por uma profissão e participará da
construção coletiva da sociedade à qual pertence. Este fato não impedirá que o
profissional colabore para a melhoria das condições de trabalho numa determinada
escola ou na conquista de seus objetivos.
A aprendizagem é responsável pela inserção da pessoa no mundo da
cultura. O psicopedagogo ensina como aprender e, para isso, necessita apreender o
aprender e a aprendizagem. Enfim, a Psicopedagogia contribui para a percepção
global do fato educativo e para a compreensão satisfatória dos objetivos da
educação e da finalidade da escola, possibilitando, assim, uma ação transformadora.
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2 ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
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FIGURA 3 – A Criança e seu Mundo.
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Disartria: dificuldade na articulação de palavras devido a disfunções
cerebrais.
Discalculia: dificuldade para a realização de operações matemáticas
usualmente ligadas a uma disfunção neurológica, lesão cerebral, deficiência de
estruturação espaço-temporal.
Disgrafia: escrita manual extremamente pobre ou dificuldade de realização
dos movimentos motores necessários à escrita. Esta disfunção está muitas vezes
ligada a disfunções neurológicas.
Dislalia: é a omissão, substituição, distorção ou acréscimo de sons na
palavra falada.
Dislexia: dificuldade na aprendizagem da leitura, devido a uma
imaturidade nos processos auditivos, visuais e tatilcinestésicos responsáveis pela
apropriação da linguagem escrita.
Disortografia: dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada por
fraseologia incorretamente construída, normalmente associada a atrasos na
compreensão e na expressão da linguagem escrita.
Disgnosia: perturbação cerebral comportando uma má percepção visual.
FIGURA 4 – Aprendizagem.
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Enurese: emissão involuntária de urina.
Esfíncter: músculo que rodeia um orifício natural. Em psicanálise, na fase
anal está ligado ao controle dos esfíncteres.
Espaço-temporal: orientar-se no espaço é ver-se e ver as coisas no
espaço em relação a si próprio, é dirigir-se, é avaliar os movimentos e adaptá-los
no espaço. É a consciência da relação do corpo com o meio.
Etiologia: estudo das causas ou origens de uma condição ou doença.
Gagueira ou tartamudez: distúrbio do fluxo e do ritmo normal da fala que
envolve bloqueios, hesitações, prolongamentos e repetições de sons, sílabas,
palavras ou frases. É acompanhada rapidamente por tensão muscular, rápido
piscar de olhos, irregularidades respiratórias e caretas. Atinge mais homens que
mulheres.
Hipercinesia: movimento e atividade motora constante e excessiva.
Também designada por hiperatividade.
Hipocinesia: ausência de uma quantidade normal de movimentos.
Quietude extrema.
Impulsividade: comportamento caracterizado pela ação de acordo com o
impulso, sem medir as consequências da ação.
Lateralidade: bem estabelecida, implica conhecimento dos dois lados do
corpo e a capacidade de identificá-los como direita e esquerda.
FIGURA 5 – Brincandeiras.
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Linguagem interior: o processo de interiorizar e organizar as experiências
sem ser necessário o uso de símbolos linguísticos. Por exemplo, o processo que
caracteriza o analfabeto que fala, mas não lê nem escreve.
Linguagem tatibitate: é um distúrbio (e também de fonação) em que se
conserva voluntariamente a linguagem infantil. Geralmente tem causa emocional e
pode resultar em problemas psicológicos para a criança.
Maturação: é o desenvolvimento das estruturas corporais, neurológicas e
orgânicas. Abrange padrões de comportamento resultantes da atuação de algum
mecanismo interno.
Memória: capacidade de reter ou armazenar experiências anteriores.
Também designada como "imagem" ou "lembrança".
Memória cinestésica: é a capacidade de a criança reter os movimentos
motores necessários à realização gráfica. À medida que a criança entra em
contato com o universo simbólico (leitura e escrita) vão ficando retidos em sua
memória os diferentes movimentos necessários para o traçado gráfico das letras.
Mudez: é a incapacidade de articular palavras, geralmente decorrente de
transtornos do sistema nervoso central, atingindo a formulação e a coordenação
das ideias e impedindo a sua transmissão em forma de comunicação verbal. Em
boa parte dos casos, o mutismo decorre de problemas na audição. Os fatores
emocionais e psicológicos também estão presentes em algumas formas de
mudez. Na mudez eletiva a criança fica muda com determinadas pessoas ou em
determinadas situações e em outras não.
FIGURA 6 – Comunicação.
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Percepção: processo de organização e interpretação dos dados que são
obtidos por meio dos sentidos.
a) percepção da posição – do tamanho e do movimento de um objeto em
relação ao observador;
b) percepção das relações espaciais – das posições a dois ou mais
objetos;
c) consistência perceptiva – capacidade de precisão perceptiva das
propriedades invariantes dos objetos como, por exemplo, forma, posição,
tamanho etc.;
d) desordem perceptiva – distúrbio na conscientização dos objetos, suas
relações ou qualidade envolvendo a interpretação da estimulação
sensorial;
e) deficiência perceptiva – distúrbio na aprendizagem, devido a um
distúrbio na percepção dos estímulos sensoriais;
f) perceptivo-motor – interação dos vários canais da percepção como da
atividade motora. Os canais perceptivos incluem o visual, o auditivo, o
olfativo e o cinestésico;
g) percepção visual – identificação, organização e interpretação dos dados
sensoriais captados pela visão;
h) percepção social – capacidade de interpretação de estímulos do
envolvimento social e de relacionar tais interpretações com a situação social.
Problemas de aprendizagem: são situações difíceis enfrentadas pela
criança com um desvio do quadro normal, mas com expectativa de aprendizagem
a longo prazo (alunos multirrepetentes).
Praxia: movimento intencional, organizado, tendo em vista a obtenção de
um fim ou de um resultado determinado.
Rinolalia: caracteriza-se por uma ressonância nasal maior ou menor que a
do padrão correto da fala. Pode ser causada por problemas nas vias nasais,
vegetação adenoide, lábio leporino ou fissura palatina.
Ritmo: habilidade importante, pois dá à criança a noção de duração e
sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de
habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e
entonação inadequadas.
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FIGURA 7 -
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3 O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO
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um resultado mais efetivo; diagnosticar a escola e também a família, pois muitas
vezes, são ambas ou uma delas que estão prejudicando a aprendizagem da criança.
Enfim, o psicopedagogo pode desenvolver “n” atividades no contexto escolar
ou fora dele; cabe ao profissional que se digne a assim ser chamado, ser capacitado
e responsável, além de incitar a confiança por meio de comportamentos éticos, a
todos os quais se dirige, para que seu trabalho tenha pleno sucesso e eficácia,
amenizando o sentimento de exclusão que uma criança que não aprende sofre.
FIGURA 8 – Escola.
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4 LEIS, CÓDIGOS E DIRETRIZES DA PSICOPEDAGOGIA
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS
Artigo 1º
A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida
com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos,
considerando a influência do meio – família, escola e sociedade – no seu
desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia.
Parágrafo único
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento
relacionado com o processo de aprendizagem.
Artigo 2º
A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das várias
áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no sentido
ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprios.
Artigo 3º
O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de caráter
preventivo e/ou remediativo.
Artigo 4º
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Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os profissionais
graduados em 3º grau, portadores de certificados de curso de Pós-Graduação de
Psicopedagogia, ministrado em estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido,
ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se à supervisão e
aconselhável trabalho de formação pessoal.
Artigo 5º
O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (I) promover a
aprendizagem, garantindo o bem-estar das pessoas em atendimento profissional,
devendo valer-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (II)
realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia.
CAPÍTULO II
DAS RESPONSABILIDADES DOS PSICOPEDAGOGOS
Artigo 6º
São deveres fundamentais dos psicopedagogos:
A) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos
que tratem o fenômeno da aprendizagem humana;
B) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas,
mantendo uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação às
diferentes visões do mundo;
C) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado
dentro dos limites da competência psicopedagógica;
D) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia;
E) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de
classe sempre que possível;
F) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma
definição clara do seu diagnóstico;
G) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e
discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos;
H) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes;
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I) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser
conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia.
O respeito e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais
do psicopedagogo para a harmonia da classe e manutenção do conceito
público.
CAPÍTULO III
DAS RELAÇÕES COM OUTRAS PROFISSÕES
Artigo 7º
O psicopedagogo procurará manter e desenvolver boas relações com os
componentes das diferentes categorias profissionais, observando, para este fim, o
seguinte:
A) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhes são reservadas;
B) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de
especialização; encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados
para o atendimento.
CAPÍTULO IV
DO SIGILO
Artigo 8º
O psicopedagogo está obrigado a guardar segredo sobre fatos de que tenha
conhecimento em decorrência do exercício de sua atividade.
Parágrafo Único
Não se entende como quebra de sigilo, informar sobre cliente a especialistas
comprometidos com o atendimento.
Artigo 9º
O psicopedagogo não revelará, como testemunha, fatos de que tenha
conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor
perante autoridade competente.
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Artigo 10
Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros interessados,
mediante concordância do próprio avaliado ou do seu representante legal.
Artigo 11
Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos e a eles não
será franqueado o acesso a pessoas estranhas ao caso.
CAPÍTULO V
DAS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS
Artigo 12
Na publicação de trabalhos científicos, deverão ser observadas as seguintes
normas:
a) A discordância ou críticas deverão ser dirigidas à matéria e não ao autor;
b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase
aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos
colaboradores àquele que mais contribuir para a realização do trabalho;
c) Em nenhum caso, o psicopedagogo se prevalecerá da posição de
hierarquia para fazer publicar em seu nome exclusivo, trabalhos executados
sob sua orientação;
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica
utilizada, bem como esclarecidas as ideias descobertas e ilustrações
extraídas de cada autor.
CAPÍTULO VI
DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
Artigo 13
O psicopedagogo, ao promover publicamente a divulgação de seus serviços,
deverá fazê-lo com exatidão e honestidade.
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Artigo 14º
O psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em organizações
que visem o lucro com venda de produtos, desde que busque sempre a qualidade
dos mesmos.
CAPÍTULO VII
DOS HONORÁRIOS
Artigo 15
Os honorários deverão ser fixados com cuidado, a fim de que representem
justa retribuição aos serviços prestados e devem ser contratados previamente.
CAPÍTULO VIII
DAS RELAÇÕES COM SAÚDE E EDUCAÇÃO
Artigo 16
O psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridades competentes
sobre a organização, implantação e execução de projetos de Educação e Saúde
Pública relativo às questões psicopedagógicas.
CAPÍTULO IX
DA OBSERVÂNCIA E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA
Artigo 17
Cabe ao psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este código.
Artigo 18
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel observância
dos princípios éticos da classe.
Artigo 19
O presente código só poderá ser alterado por proposta do Conselho da
ABPp e aprovado em Assembleia Geral.
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CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 20
O presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em
Assembleia Geral, realizada no V Encontro e II Congresso de Psicopedagogia da
ABPp em 12/07/1992, e sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e
Nato no biênio 95/96, sendo aprovado em 19/07/1996, na Assembleia Geral do III
Congresso Brasileiro de Psicopedagogia da ABPp, da qual resultou a presente
solução.
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FIM DO MÓDULO I
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