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Avaliação da Aprendizagem

Por Emanuelle Oliveira


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Atualmente a avaliação da aprendizagem está sendo voltada para a preparação de
exames. Isso acontece porque os sistemas de ensino estão interessados nos percentuais
de aprovação e reprovação dos alunos. Com isso, os procedimentos de avaliação se
tornam elementos motivadores em busca de resultados.

A forma como a avaliação da aprendizagem está sendo empregada faz com que os
alunos tenham uma atenção centrada no processo de promoção ao final do ano letivo e
não na aquisição de conhecimentos. Já os professores utilizam as provas como forma de
pressionar os alunos a alcançar os resultados esperados pela escola.

De acordo com Luckesi (1998), a avaliação da aprendizagem está sendo praticada


independente do processo ensino-aprendizagem, pois mais importante do que ser uma
oportunidade de aprendizagem significativa, a avaliação vem se tornando um
instrumento de ameaça.

Na medida em que a avaliação se centra em provas e exames, não há uma melhoria na


qualidade da aprendizagem. Caso seja necessária a utilização de provas, é preciso deixar
claro que ela é apenas uma formalidade do sistema escolar.

Uma avaliação que busca a transformação social deve ter como objetivo o avanço e o
crescimento do seu educando e não estagnar o conhecimento através de práticas
disciplinadoras. Ela consiste em verificar o que o aluno aprendeu e se os objetivos
propostos foram atingidos e se o programa foi conduzido de forma adequada. Deve
representar um instrumento indispensável na verificação do aprendizado continuo dos
alunos, destacando as dificuldades em determina disciplina e direcionando os
professores na busca de abordagens que contemplem métodos didáticos adequados para
as disciplinas.

A prática avaliativa tem que centrar-se no diagnóstico e não na classificação. A função


classificatória é analisar o desempenho do aluno através de notas obtidas, geralmente
registrada através de números. Ela retira da prática da avaliação tudo o que é
construtivo. Por sua vez, a diagnóstica constitui-se num processo de avançar no
desenvolvimento e no crescimento da autonomia do educando, sendo capaz de descobrir
seu nível de aprendizagem, adquirindo consciência das suas limitações e necessidades a
serem avançadas.

Ela tem que ter como finalidade fornecer informações sobre o processo pedagógico que
permitam aos docentes definir sobre as interferências e as mudanças necessárias na face
do projeto educativo. Esse que precisa ser definido coletivamente para que possa
garantir a aprendizagem do aluno de forma democrática. É essencial perceber o aluno
como ser social e político que possui a capacidade de pensar criticamente sobre seus
atos e dotado de experiências, sujeito de seu próprio desenvolvimento.

Referências Bibliográficas:
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez, 1998,
7ª edição.

LÜDKE, Meng. A trama da avaliação escolar. Pátio Revista Pedagógica. nº 34 – ano


IX, 2005. Porto Alegre. Artmed.

Avaliação da Aprendizagem
Por Emanuelle Oliveira
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Atualmente a avaliação da aprendizagem está sendo voltada para a preparação de
exames. Isso acontece porque os sistemas de ensino estão interessados nos percentuais
de aprovação e reprovação dos alunos. Com isso, os procedimentos de avaliação se
tornam elementos motivadores em busca de resultados.

A forma como a avaliação da aprendizagem está sendo empregada faz com que os
alunos tenham uma atenção centrada no processo de promoção ao final do ano letivo e
não na aquisição de conhecimentos. Já os professores utilizam as provas como forma de
pressionar os alunos a alcançar os resultados esperados pela escola.

De acordo com Luckesi (1998), a avaliação da aprendizagem está sendo praticada


independente do processo ensino-aprendizagem, pois mais importante do que ser uma
oportunidade de aprendizagem significativa, a avaliação vem se tornando um
instrumento de ameaça.

Na medida em que a avaliação se centra em provas e exames, não há uma melhoria na


qualidade da aprendizagem. Caso seja necessária a utilização de provas, é preciso deixar
claro que ela é apenas uma formalidade do sistema escolar.

Uma avaliação que busca a transformação social deve ter como objetivo o avanço e o
crescimento do seu educando e não estagnar o conhecimento através de práticas
disciplinadoras. Ela consiste em verificar o que o aluno aprendeu e se os objetivos
propostos foram atingidos e se o programa foi conduzido de forma adequada. Deve
representar um instrumento indispensável na verificação do aprendizado continuo dos
alunos, destacando as dificuldades em determina disciplina e direcionando os
professores na busca de abordagens que contemplem métodos didáticos adequados para
as disciplinas.
A prática avaliativa tem que centrar-se no diagnóstico e não na classificação. A função
classificatória é analisar o desempenho do aluno através de notas obtidas, geralmente
registrada através de números. Ela retira da prática da avaliação tudo o que é
construtivo. Por sua vez, a diagnóstica constitui-se num processo de avançar no
desenvolvimento e no crescimento da autonomia do educando, sendo capaz de descobrir
seu nível de aprendizagem, adquirindo consciência das suas limitações e necessidades a
serem avançadas.

Ela tem que ter como finalidade fornecer informações sobre o processo pedagógico que
permitam aos docentes definir sobre as interferências e as mudanças necessárias na face
do projeto educativo. Esse que precisa ser definido coletivamente para que possa
garantir a aprendizagem do aluno de forma democrática. É essencial perceber o aluno
como ser social e político que possui a capacidade de pensar criticamente sobre seus
atos e dotado de experiências, sujeito de seu próprio desenvolvimento.

Referências Bibliográficas:
LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez, 1998,
7ª edição.

LÜDKE, Meng. A trama da avaliação escolar. Pátio Revista Pedagógica. nº 34 – ano


IX, 2005. Porto Alegre. Artmed.

O que é e quais os tipos de avaliação da aprendizagem?

Postado por: Coach Maria Angélica Em: Professores | comentário : 6

Olá, leitores!

Hoje preparamos um artigo com um tema que faz parte do universo dos
professores e alunos: a avaliação da aprendizagem.
Atualmente a avaliação vem sendo um tema muito discutido e polêmico entre
educadores, e muitas vezes esquecido o seu real significado.

Quando discutimos o termo “avaliar”, logo associamos com a realização de


provas, atribuição de notas e até mesmo reprovar ou aprovar um aluno, mas o
conceito de avaliação de aprendizagem é bem mais amplo. Confira os
conceitos e seu real significado.

O que é avaliação da aprendizagem de acordo com autores da pedagogia


 Luckesi, (1978): a avaliação é definida como um julgamento de valor
sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma
tomada de decisão.
 Sarrabbi, 1971: a avaliação educativa é um processo complexo, que
começa com a formulação de objetivos e requer a elaboração de meios
para obter evidência de resultados, interpretação dos resultados para
saber em que medida foram os objetivos alcançados e formulação de
um juízo de valor.
 Juracy C. Marques, 1956: é um processo contínuo, sistemático,
compreensivo, comparativo, cumulativo, informativo e global, que
permite avaliar o conhecimento do aluno.
 Bradfield e Moredock, 1963: a avaliação significa a uma dimensão
mensurável do comportamento em relação a um padrão de natureza
social ou científica.
A partir do exposto verifica-se que os autores consideram a avaliação de
aprendizagem como um processo.

Qual modelo de avaliação de aprendizagem deve ser adotado?


De acordo com a lei de diretrizes e bases da educação (Lei 9394/96) com
destaque para os artigos 1º e artigo 24- inciso V, a avaliação da aprendizagem
consiste em medir o aproveitamento e também a apuração da assiduidade do
aluno. A avaliação de aprendizagem deve ser diagnóstica, processual e
formativa.

E o que isso significa na prática da avaliação educacional?

Entenda a aplicação dos princípios de acordo com a lei de diretrizes e bases da


educação:

 O princípio de diagnóstico da avaliação de aprendizagem é saber o nível


atual de desempenho do aluno;
 O princípio da qualificação da avaliação de aprendizagem é a etapa de
reflexão e comparação com aquilo que é necessário ensinar no
processo educacional;
 O princípio processual e formativo da avaliação de aprendizagem na
prática são as etapas de planejar atividades, sequências didáticas,
projetos de ensino e aplicar os instrumentos avaliativos em cada uma
destas etapas. E direcionar ações que possibilitem atingir os resultados
de ensino-aprendizagem.
O que muitos professores confundem é o uso dos instrumentos de
avaliação como a aplicação de provas e exames com o processo e gestão da
aprendizagem dos alunos.
A prova é somente uma formalidade do sistema escolar, uma ferramenta, ela
sozinha não deve ser usada como avaliação, mas como uma parte do
processo, que tem início, meio e fim.

O educador não pode simplesmente usar os instrumentos para avaliar e se


esquecer de realizar o acompanhamento do aluno para verificar se está ou não
aprendendo.

É bastante comum os professores usarem os instrumentos de forma pontual,


por exemplo, ao final de um bimestre e no fechamento do semestre sem
realizar o acompanhamento do início ao fim.

O que pode implicar no erro de aplicar o exame de nota para classificar o aluno
e rotular os que aprenderam e os que não aprenderam de acordo com um
critério e patamar. O que não significa que o aluno que foi classificado com
uma nota abaixo de um patamar não tenha aprendido os conceitos e práticas
daquela disciplina. Para não cometer esse erro é importante entender os tipos
de avaliação e como aplicá-los no processo de ensino-aprendizagem.

Tipos de avaliação da aprendizagem

De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-


aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica),
formativa (controladora) e somativa (classificatória). Entenda cada tipo:

1. Diagnóstica
Auxilia o professor a detectar ou fazer uma verificação dos conteúdos e
conhecimento do aluno. E a partir dos dados desse diagnóstico realizar o
planejamento de ações que supram as necessidades e atinja os objetivos
propostos. Com isso se utiliza a avaliação de aprendizagem como suporte para
o planejamento de ensino. Recomenda-se aplicar este tipo de avaliação no
início do processo de ensino-aprendizagem.

Como aplicar a avaliação diagnóstica:


 Entrevistas com alunos, ex-professores, orientadores, pais e familiares;
 Exercícios ou simulações para identificar colegas com quem o aluno se
relaciona;
 Consulta ao histórico escolar/ficha de anotações da vida escolar do
aluno;
 Observações dos alunos, particularmente durante os primeiros dias de
aula;
 Questionários, perguntas e conversa com alunos.
2. Formativa
Tem como objetivo verificar se tudo aquilo que foi proposto pelo professor no
seu planejamento em relação aos conteúdos estão sendo atingidos durante
todo o processo de ensino aprendizagem do aluno passo a passo. Com isso é
possível aplicar a recuperação paralela, onde os alunos resgatam os conceitos
revisando-os ao longo do caminho e evoluindo cada um no seu ritmo.

Essa intervenção e postura do professor como mediador tira de cena aquela


prática de classificar o aluno com uma nota. Não se tem mais a visão da
avaliação no resultado do teste e sim no potencial de desenvolvimento do
aluno. O professor como mediador refletirá sobre o processo e tomar decisões
para re-planejar suas ações para intervir e adequar suas práticas em sala de
aula com o objetivo do aluno aprender e não simplesmente melhorar sua nota.

Como aplicar a avaliação formativa:


 Diariamente: ao rever os cadernos, o dever de casa, fazer e receber
perguntas, observar o desempenho dos alunos, nas diversas atividades
de classe;
 Ocasionalmente: por meio de provas ou outros instrumentos, mais ou
menos formais;
 Periodicamente: utilizando testes ao final de cada sub-unidade, unidade,
projeto, para aferir a aprendizagem e outros desempenhos dos alunos.
3. Somativa
Tem o objetivo de atribuir notas e conceitos para o aluno ser promovido ou não
de uma classe para outra, ou de um curso para outro, normalmente realizada
durante o bimestre ou semestre.

Como aplicar a avaliação somativa:


 uma prova ou trabalho final;
 uma avaliação baseada nos resultados cumulativos obtidos ao longo do
ano letivo;
 uma mistura das duas formas acima.
É necessário que o professor tenha clareza destas etapas para que possa
realizar a avaliação de forma integrada.

A prática da avaliação escolar que tem o foco a classificação, no processo de


obtenção de médias de aprovação ou médias de reprovação está ultrapassado.
Para um verdadeiro e atual processo de avaliação, não interessa a aprovação
ou reprovação de um aluno, mas sim sua aprendizagem e, consequentemente,
o seu crescimento.

Ao avaliar, o professor estará constatando as condições de aprendizagem dos


alunos, para, a partir daí, prover meios para sua recuperação, e não para sua
exclusão, como uma punição, se considerar a avaliação um processo e não
um fim.
Professor, confira esse outro artigo aqui do Canal do Ensino com 3 planilhas
que irão facilitar seu trabalho.
Até breve!

A avaliação deve orientar a aprendizagem

Esqueça a história de usar provas e trabalhos só para classificar a turma.

Avaliar, hoje, é recorrer a diversos instrumentos para fazer a garotada

compreender os conteúdos previstos

POR:

NOVA ESCOLA
01 de Janeiro de 2009

Crédito: Getty Images


Durante muito tempo, a avaliação foi usada como instrumento para classificar e rotular
os alunos entre os bons, os que dão trabalho e os que não têm jeito. A prova bimestral,
por exemplo, servia como uma ameaça à turma. Felizmente, esse modelo ficou
ultrapassado e, atualmente, a avaliação é vista como uma das mais importantes
ferramentas à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola:
fazer todos os estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar caminhos
para medir a qualidade do aprendizado da garotada e oferecer alternativas para uma
evolução mais segura.

Mas como não sofrer com esse aspecto tão importante do dia-a-dia? Antes de mais
nada, é preciso ter em mente que não há certo ou errado, porém elementos que melhor
se adaptam a cada situação didática. Observar, aplicar provas, solicitar redações e anotar
o desempenho dos alunos durante um seminário são apenas alguns dos jeitos de avaliar
(veja uma tabela com os instrumentos mais comuns, reunidos pela pedagoga Ilza
Martins Sant'Anna e a consultora Heloisa Cerri Ramos). E todos podem ser usados em
sala de aula, conforme a intenção do trabalho. Os especialistas, aliás, dizem que o ideal
é mesclá-los, adaptando-os não apenas aos objetivos do educador mas também às
necessidades de cada turma.

"A avaliação deve ser encarada como reorientação para uma aprendizagem melhor e
para a melhoria do sistema de ensino", resume Mere Abramowicz, da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. Daí a importância de pensar e planejar muito antes
de propor um debate ou um trabalho em grupo. É por isso que, no limite, você pode
adotar, por sua conta, modelos próprios de avaliar os estudantes, como explica Mere.
"Felizmente, existem educadores que conseguem colocar em prática suas propostas, às
vezes até transgredindo uma sistemática tradicional. Em qualquer processo de avaliação
da aprendizagem, há um foco no individual e no coletivo.

Mas é preciso levar em consideração que os dois protagonistas são o professor e o aluno
- o primeiro tem de identificar exatamente o que quer e o segundo, se colocar como
parceiro." É por isso, diz ela, que a negociação adquire importância ainda maior. Em
outras palavras, discutir os critérios de avaliação de forma coletiva sempre ajuda a obter
resultados melhores para todos. "Cabe ao professor listar os conteúdos realmente
importantes, informá-los aos alunos e evitar mudanças sem necessidade", completa Léa
Depresbiteris, especialista em Tecnologia Educacional e Psicologia Escolar.

Cipriano Carlos Luckesi, professor de pós-graduação em Educação da Universidade


Federal da Bahia, lembra que a boa avaliação envolve três passos:
 Saber o nível atual de desempenho do aluno (etapa também conhecida como
diagnóstico);
 Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo educativo
(qualificação);
 Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar
atividades, sequências didáticas ou projetos de ensino, com os respectivos
instrumentos avaliativos para cada etapa).
"Seja pontual ou contínua, a avaliação só faz sentido quando leva ao desenvolvimento
do educando", afirma Luckesi. Ou seja, só se deve avaliar aquilo que foi ensinado. Não
adianta exigir que um grupo não orientado sobre a apresentação de seminários se saia
bem nesse modelo. E é inviável exigir que a garotada realize uma pesquisa (na
biblioteca ou na internet) se você não mostrar como fazer. Da mesma forma, ao escolher
o circo como tema, é preciso encontrar formas eficazes de abordá-lo se não houver
trupes na cidade e as crianças nunca tiverem visto um espetáculo circense.

Mere destaca ainda que a avaliação sempre esteve relacionada com o poder, na medida
em que oferece ao professor a possibilidade de controlar a turma. "No modelo
tecnicista, que privilegia a atribuição de notas e a classificação dos estudantes, ela é
ameaçadora, uma arma. Vira instrumento de poder e dominação, capaz de despertar o
medo." O fato, segundo ela, é que muitos educadores viveram esse tipo de experiência
ao frequentar a escola e, por isso, alguns têm dificuldade para agir de outra forma.

Para Mere, essa marca negativa da avaliação vem sendo modificada à medida que
melhora a formação docente e o professor passa a ver mais sentido em novos modelos.
Só assim o fracasso dos jovens deixa de ser encarado como uma deficiência e se torna
um desafio para quem não aceita deixar ninguém para trás.

COMO APRESENTAR OS RESULTADOS


Observar, anotar, replanejar, envolver todos os alunos nas atividades de classe, fazer
uma avaliação precisa e abrangente. E agora, o que fazer com os resultados? Segundo os
especialistas, a avaliação interessa a quatro públicos:

 ao aluno, que tem o direito de conhecer o próprio processo de aprendizagem para se


empenhar na superação das necessidades;
 aos pais, corresponsáveis pela Educação dos filhos e por parte significativa dos
estímulos que eles recebem;
 ao professor, que precisa constantemente avaliar a própria prática de sala de aula;
 à equipe docente, que deve garantir continuidade e coerência no percurso escolar de
todos os estudantes.
Cipriano Luckesi diz que, "enquanto é avaliado, o educando expõe sua capacidade de
raciocinar". Essa é a razão pela qual todas as atividades avaliadas devem ser devolvidas
aos autores com os respectivos comentários. Cuidado, porém, com o uso da caneta
vermelha. Especialistas argumentam que ela pode constranger a garotada. Da mesma
forma, encher o trabalho de anotações pode significar desrespeito. Tente ser discreto.
Faça as considerações à parte ou use lápis, ok?

A Avaliação da Aprendizagem
Autora: Cássia Ravena Mulin de Assis Medel[1]
Texto Revisado: Março de 2018

Um educador motivado pela vocação, forma alunos motivados pela


disciplina e senso de organização...
"O Educador sem vocação não difere de um cego em terreno desconhecido,
sem bengala, sem guia, sem direção..."

A dúvida é um atributo natural que deve ser estimulado sempre. O bom


docente sabe usá-lo em benefício do aluno e também de si mesmo...

A Avaliação da Aprendizagem...

Nos dias de hoje, a avaliação da aprendizagem não é algo meramente


técnico. Envolve auto-estima, respeito à vivência e cultura própria do indivíduo,
filosofia de vida, sentimentos e posicionamento político. Embora essas
dimensões não sejam perceptíveis a todos os professores, observa-se, por
exemplo, que um professor que usa o erro do aluno como ponto inicial para
compreender o raciocínio desse educando e rever sua prática docente, e, se
necessário, reformulá-la, possui uma posição bem diversa daquele que apenas
atribui zero àquela questão e continua dando suas aulas da mesma maneira.

Do mesmo modo, o educador que faz uso de instrumentos de avaliação


diversos para, ao longo de um período, acompanhar o ensino-aprendizagem, é
diferente daquele que se restringe a dar uma prova ao final do período.

Segundo Canen (2001), Gandin (1995) e Luckesi (1996), a avaliação é um


julgamento sobre uma realidade concreta ou sobre uma prática, à luz de
critérios claros, estabelecidos prévia ou concomitantemente, para tomada de
decisão. Desse modo, três elementos se fazem presentes no ato de avaliar: a
realidade ou prática julgada, os padrões de referência, que dão origem aos
critérios de julgamento, e o juízo de valor.

Através desses elementos, constata-se que a avaliação não é um processo


apenas técnico. O educador deve refletir acerca de algumas questões: Quem
julga? Por que e para que se julga? Quais os aspectos da realidade que devem
ser julgados? Deve-se partir de que critérios? Esses critérios se baseiam em
quê? A partir dos resultados do julgamento, quais são os tipos de decisões
tomadas?

Como foi dito, a avaliação não é um processo apenas técnico, é um


procedimento que inclui opções, escolhas, ideologias, crenças, percepções,
posições políticas, vieses e representações, que informam os critérios através
dos quais será julgada uma realidade. A avaliação do aproveitamento de
alunos, por exemplo, pode basear-se em critérios reduzidos, apenas à
memorização de conteúdos, ou pode basear-se em critérios que visem ao
crescimento pessoal dos alunos, no que diz respeito as suas atitudes,
liderança, conscientização crítica e cidadã. Esses critérios se originam de
opiniões acerca do que se entende por educação, e vão direcionar o
julgamento de valor acerca do desempenho daqueles alunos.

O Projeto Político-Pedagógico da escola deve ser elaborado coletivamente, e


expor a visão acerca da missão da unidade escolar, direcionando os critérios
através dos quais as práticas docentes que estão sendo desenvolvidas, sejam
avaliadas. A avaliação da aprendizagem não é um julgamento de valor apenas
acerca do aluno, mas também acerca da prática docente, que tem como
resultado o desempenho do aluno. Segundo Paulo Freire, a avaliação não é
um ato pelo qual A avalia B, mas sim um processo pelo qual A e B avaliam
uma prática educativa.

Quando um professor dá uma explicação sobre um conteúdo, e no entanto, nos


instrumentos de avaliação que ele elabora, propõe exercícios que abordam
aspectos e habilidades referentes à matéria que não foram trabalhados, o
aluno sente-se "perdido", sem ter um caminho a seguir, uma reflexão que
possa fazer acerca daquela matéria.

O educador deve ter uma posição de não neutralidade envolvida na escolha


dos critérios para o julgamento de valor e na escolha daquilo que se deseja
julgar, a avaliação, como dissemos anteriormente, envolve mais do que uma
simples contemplação. Ela requer tomada de decisão. Conforme Luckesi
(1996), sendo o juízo satisfatório ou insatisfatório, temos sempre três
possibilidades de tomada de decisão: continuar na situação em que nos
encontramos, introduzir mudanças para que o objeto ou situação se modifique
para melhor ou suprimir a situação ou objeto.

Infelizmente, algumas tomadas de decisão partindo de critérios que limitam o


processo educativo a aulas expositivas, de linguagem pouco clara para os
educandos, e, que restringem a avaliação a apenas um momento final, partindo
de um único instrumento, homogêneo, tendem a optar pela "supressão" do
educando direta ou indiretamente, através de sua reprovação.

Desse modo, o educador de hoje, deve repensar acerca dos seus critérios de
avaliação, acerca da necessidade de construir políticas e práticas que
considerem essa diversidade e que estejam comprometidas com o sucesso e
não o fracasso escolar.
Para isso, faz-se necessário um retorno as formas pelas quais a avaliação foi
planejada.

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