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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Beatriz Silva de Moura


Carolina dos Santos de Melo
Daniel David Guimarães Freire
Felipe Tormenta de Souza
Helena Gomes da Costa Guio
João Victor Alves Cruz

O SISTEMA ELEITORAL ADOTADO ENTRE NÓS: PRINCIPAIS CRÍTICAS

Rio de Janeiro
2017
Beatriz Silva de Moura
Carolina dos Santos de Melo
Daniel David Guimarães Freire
Felipe Tormenta de Souza
Helena Gomes da Costa Guio
João Victor Alves cruz

O SISTEMA ELEITORAL ADOTADO ENTRE NÓS: PRINCIPAIS CRÍTICAS

Trabalho de conclusão das disciplinas de Redação


e Comunicação e Introdução a política, do curso de
Bacharelado em Direito, da Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.
Professor: Luiz Otávio Ferreira Barreto Leite

Rio de Janeiro
2017
RESUMO

Este trabalho tem por objetivo abordar o sistema eleitoral adotado por nós e suas principais
criticas. Para que se possa dissertar devidamente sobre tal tema, faz - se necessario elucidar
sobre os sistemas eleitorais existentes no mundo e sua relacao com o sistema eleitoral
proporcional de lista aberta que é o adotado no Brasil, para entao se discutir as principais criticas
do sistema eleitoral vigente em nosso país.
Palavras chave: Sistema eleitoral Brasileiro, críticas do sistema eleitoral vigente.
Sumário

1. Introdução......................................................................................................................................... 4

2. O contexto histórico do sistema eleitoral ......................................................................................... 5

2.1. Antecedentes ............................................................................................................................... 5

2.2. A transição: 1930 a 1945 ............................................................................................................. 6

2.3. A consolidação: 1945 a 1950 ....................................................................................................... 7

2.4. De 1945 a 2013: três sistemas partidários distintos .................................................................. 8

2.5. Considerações finais .................................................................................................................... 9

3. Tipos de sistemas eleitorais............................................................................................................. 11

3.1. Sistema Majoritário ................................................................................................................. 11

3.1.1. Sistema Majoritário de Maioria Simples ............................................................................. 11

3.1.2. Sistema Majoritário em Dois Turnos ................................................................................... 11

3.1.3. Sistema Majoritário de Voto Alternativo ............................................................................ 11

3.2. Sistema Proporcional ............................................................................................................... 11

3.2.1. Voto Único Transferível ....................................................................................................... 11

3.2.2. Sistema Proporcional por Lista............................................................................................ 12

4. Críticas ao sistema eleitoral brasileiro vigente ............................................................................. 13

5. Do sistema eleitoral proporcional .................................................................................................. 15

6. Conclusão ......................................................................................................................................... 18

7. Referências bibliográficas............................................................................................................... 19
4

1. Introdução
A palavra Política é polissêmica, possuindo múltiplos significados. Podendo
significar a arte de governar, assim como a ciência da governança de um Estado ou Nação,
sendo também uma negociação para compatibilizar interesses. O termo deriva da palavra
grega polis, que designa aquilo que é público. Ademais, os gregos consideravam que o termo
idiota se referia àquele que não estava integrado à polis, que não se interessava ou participava
dos assuntos públicos.
Para o filósofo grego Aristóteles, “o homem é um animal político”. Tal frase, tenta
elucidar a relação entre política e humanidade. Pode-se entender este pensamento pelo fato do
homem, enquanto ser social, só viver coletivamente e não de maneira isolada na sociedade. E,
para que a vida em sociedade seja possível, é preciso haver regras que tornem a convivência
possível e que organizem as relações de poder. Com tal exposto, chega-se a conclusão de que
a política faz parte da natureza humana e está presente em todo lugar, visto que cada vez que
tomamos uma decisão e a comunicamos ou impomos, estamos exercendo um ato político.
De acordo com Norberto Bobbio, grande filósofo político, o poder político diz
respeito ao poder que um homem pode exercer sobre os outros. Já para Zygmunt Bauman, no
livro Em busca da política, a arte da política, enquanto democrática, é a arte de desmontar os
limites à liberdade dos cidadãos, sendo também a arte da autolimitação: a de libertar os
indivíduos para capacitá-los a traçar, individual e coletivamente, seus próprios limites. Além
disso, Cornelius Castoriadis, outro grande filósofo político, define política como atividade
explícita e lúdica que visa a instauração das instituições desejáveis e da democracia como
regime da máxima auto-instituição possível das instituições sociais que dependem da
atividade coletiva.
Com tais elucidações feitas, é importante situar que este ensaio visa dissertar sobre o
sistema eleitoral adotado por nós, suas principais críticas transitando pelos pós e contras do
sistema proporcional e como ele funciona, a emergência do sistema proporcional no Brasil e
sua contextualização histórica.
O sistema eleitoral adotado por nós, o modelo proporcional de lista aberta, favorece,
em tese, a representatividade no governo, além de poder permitir uma competição
interpartidária. No entanto, o que se vê é o contrário. A formação de coalizões, a existência do
voto estratégico e um reduzido número de representantes das minorias caracterizam nosso
contexto político e nosso sistema eleitoral.
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2. O contexto histórico do sistema eleitoral

As discussões sobre a reforma do sistema eleitoral brasileiro não podem prescindir da


reflexão rigorosa a respeito do modelo proporcional atualmente em vigor. Este texto busca
contribuir para essa reflexão com informações sobre sua criação em meados do século XX e
sobre seu funcionamento desde então.
Os anos que vão de 1930 a 1945 testemunharam a principal ruptura nos procedimentos
de eleição de parlamentares da história do Brasil. Até 1930, as eleições eram guiadas pelo
princípio majoritário e tinham os candidatos individuais como os agentes formalmente mais
relevantes do processo eleitoral, enquanto, a partir de 1945, elas passaram a ser guiadas pelo
princípio proporcional, tendo por principais agentes formais os partidos políticos. Antes de
passar a descrever os passos com que se chegou de uma situação à outra, vale a pena indicar
contra que experiência anterior o sistema proporcional se alçou e apontar seu embrião em
debates iniciados ainda no parlamento imperial.

2.1. Antecedentes
Entre a eleição de nossa primeira assembléia constituinte, em 1823, e a ruptura
institucional de 1930, as eleições dos deputados brasileiros foram sempre guiadas pelo princípio
majoritário. As maneiras de concretizá-lo, no entanto, foram muitas. Houve períodos em que
as circunscrições eram as províncias ou estados e períodos em que as províncias ou estados
foram divididas em circunscrições de menor extensão. Houve períodos em que vários
parlamentares eram eleitos na mesma circunscrição e períodos em que cada circunscrição elegia
apenas um representante. Mas sempre o sistema se articulava ao redor do princípio majoritário,
como, aliás, acontecia em toda parte do mundo ocidental, quase até o final do século XIX.
A configuração formal do sistema eleitoral, favorável às maiorias, contribuiu para o
fenômeno das “câmaras unânimes”, característico de boa parte de nossa história parlamentar,
embora ele deva ser atribuído também, e muito, ao controle exercido pelo grupo político que
chefiasse o governo central sobre a magistratura e os chefes de polícia, com seus delegados e
subdelegados, e sobre outros instrumentos usados para assegurar vitórias eleitorais
acachapantes. No segundo reinado, após a concentração de poderes ocorrida no início da década
de 1840, o partido governante, em mais da metade das eleições para a Câmara dos Deputados,
obteve, no mínimo, oitenta por cento das cadeiras, chegando, em alguns casos, a cem por cento.
Na primeira república, após a consolidação da política dos governadores, a situação não foi
substancialmente distinta.
Era natural, portanto, que os políticos preocupados com a formação de um regime
representativo minimamente consistente se voltassem, tanto sob a monarquia como na primeira
república, para a construção de fórmulas eleitorais que assegurassem a presença das minorias
nas câmaras. Sirva de exemplo a Lei nº 1.269, de 15 de novembro de 1904, a chamada “Lei
Rosa e Silva”, que estabeleceu os traços básicos do sistema eleitoral em vigor desde sua
promulgação até 1930: eleição em circunscrições plurinominais (cerca de cinco representantes
eleitos por circunscrição), com os eleitores podendo votar em tantos nomes quantos fossem os
lugares a preencher, menos um (para que os eleitores da maioria não pudessem ocupar com
seus candidatos todas as vagas disponíveis), e com cada eleitor podendo dar mais de um voto
ao mesmo candidato (para que os eleitores da minoria pudessem concentrar seus votos em
poucos candidatos, garantindo a eleição de algum ou alguns deles). Artifícios como esses, aliás,
raramente produziram os efeitos desejados.
Já na década de 1860, o romancista e político José de Alencar começou a defender a
adoção da representação proporcional, cujos traços mal começavam a ser desenhados no
cenário internacional, como melhor solução para as deficiências do regime representativo
brasileiro, desde, é claro, que o novo sistema viesse acompanhado de medidas para a
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apuração fidedigna dos votos. Em artigos e livros de extraordinária qualidade técnica (e,
naturalmente, muito bem redigidos), José de Alencar explicou e defendeu os princípios básicos
do sistema eleitoral proporcional.
Nas primeiras décadas republicanas, o título de maior defensor do sistema eleitoral
proporcional passou para as mãos de Joaquim Francisco de Assis Brasil. Em livros também
de grande qualidade, o político gaúcho não apenas defendeu a representação, nas câmaras
legislativas, de todos os setores socialmente relevantes, como trabalhou incessantemente na
elaboração de modelos eleitorais que assegurassem que essa representação tivesse lugar na
proporção dos votos obtidos por cada fração política. Esses esforços culminaram na redação
do Código Eleitoral de 1932, com que se iniciou a implantação do sistema eleitoral
proporcional em nosso país.

2.2. A transição: 1930 a 1945

O movimento insurrecional que levou à extinção da República Velha, em outubro de


1930, trazia a proposta de implantação de um regime efetivamente representativo entre suas
principais bandeiras de agitação e mobilização. Tanto é assim que, já em dezembro de 1930, o
governo provisório, chefiado por Getúlio Vargas, criou uma “subcomissão legislativa”,
composta pelo próprio Assis Brasil, por João Crisostomo da Rocha Cabral e por Mário Pinto
Serva para “propor a reforma da lei e do processo eleitorais”. Os membros da subcomissão
estipularam alguns princípios que dirigiriam seus trabalhos, entre os quais cabe destacar dois,
de amplas consequências: “a representação dos órgãos coletivos de natureza política é
automática e integralmente, ou tanto quanto possível, proporcional”; e “toda matéria de
qualificação de eleitores, instrução e decisão de contendas eleitorais será sujeita à jurisdição de
juízes e tribunais especiais, com as garantias inerentes ao Poder Judiciário”.
O resultado dos trabalhos da subcomissão, a que se juntou a contribuição de uma
comissão revisora, foi o Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, ou Código Eleitoral.
No que diz respeito à implantação do sistema proporcional, foi adotada, com poucas inovações,
a proposta presente em livros de Assis Brasil, chamada de “processo de dois turnos
simultâneos”, o que, para quem está acostumado com a terminologia atual, mais atrapalha do
que ajuda a compreensão do sistema. Aparentemente, os dois turnos são considerados
simultâneos porque o registro de candidatos em listas permite uma distribuição proporcional de
parte dos lugares, com recurso ao cálculo do quociente eleitoral e do quociente partidário,
enquanto o voto em indivíduos, inclusive em candidatos avulsos, permite a distribuição dos
lugares sobrantes pelo critério (majoritário) das maiores votações individuais. Cada uma das
distribuições corresponderia a um turno. O próprio Rocha Cabral informava, em 1934, que
“ainda se discute um meio de modificar-se um pouco o magnífico sistema, sem prejudicar-lhe a
pureza, muito facilitando a apuração dos pleitos” (p. 104).
Dois pontos merecem ser destacados para que fique claro que se tratava efetivamente
da introdução do sistema proporcional nas eleições brasileiras, ainda que não em estado puro. O
primeiro ponto é que a legislação passou a referir-se explicitamente aos partidos políticos como
agentes do processo eleitoral (ver, em particular, arts. 99 a 102 do Código de 1932). Cabia aos
partidos e alianças de partidos (coligações) registrar as listas de seus candidatos na
Justiça Eleitoral. Não era, no entanto, uma prerrogativa exclusiva, pois listas podiam ser
registradas por grupos de cem eleitores e candidatos avulsos eram admitidos. O segundo ponto
é a introdução do quociente eleitoral e do quociente partidário na legislação, definidos
basicamente da mesma maneira que o são hoje. Com isso, ficou estabelecido quantos votos uma
lista de candidaturas deve receber para ocupar um lugar na casa legislativa, consagrando o
mecanismo fundamental para a garantia da proporcionalidade entre votos e lugares.
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Além das eleições para a assembleia constituinte, realizadas em maio de 1933, as


eleições de outubro de 1934, para a Câmara dos Deputados e para as assembléias constituintes
estaduais, foram feitas de acordo com o Código Eleitoral de 1932. A nova fórmula eleitoral
combinou-se com o aumento significativo do controle da fidedignidade do voto para garantir a
realização de eleições inusitadamente corretas do ponto de vista formal e para a eleição de
candidatos representantes de várias correntes de opinião. Ademais, o aumento do número de
votantes entre o primeiro e o segundo pleito indica que pode ter começado ali o processo de
ampliação contínua do numero dos eleitores no Brasil (em termos absolutos e como proporção
da população), processo em curso ao longo de todo o resto do século XX.
A aplicação do sistema eleitoral proporcional ficou, no entanto, suspensa, junto com as
eleições, desde a implantação da ditadura do Estado Novo, em 1937, até sua queda, em 1945,
quando foi eleito o parlamento a que a Lei Constitucional nº 13, de 12 de novembro, concedeu
poderes constituintes. O sistema proporcional voltou então à tona, no formato que logo se
consolidaria e que ainda perdura, mesmo tendo sofrido percalços ao longo do caminho.

2.3. A consolidação: 1945 a 1950

As eleições parlamentares de 2 de dezembro de 1945 foram realizadas sob as regras do


Decreto Lei nº 7.586, de 28 de maio de 1945, editado ainda sob a presidência de Getúlio Vargas.
A nova legislação se situava no âmbito de influência da que tinha sido criada em 1932, mas
levava até o fim algumas das idéias que naquela apareciam apenas embrionariamente, ao
mesmo tempo em que tornava mais clara a redação de muitos dispositivos, inclusive daqueles
referentes à representação proporcional.
No que toca ao sistema eleitoral, talvez o elemento mais importante do Decreto Lei se
encontrasse na centralidade ainda maior adquirida pelos partidos políticos. Assim, apenas
partidos e alianças de partidos poderiam apresentar candidatos nas eleições realizadas no país.
Desapareceram, pois, as candidaturas avulsas e as listas apresentadas por grupos de eleitores.
Os partidos, ademais, não poderiam ser de caráter local, mas apenas agremiações de âmbito
nacional. Por fim, embora se mantivesse a possibilidade de votação em candidaturas
individuais, todos os votos se tornaram inequivocamente votos em partidos, pois sua primeira
função seria agora a de compor a votação do partido para efeitos de definição dos lugares que
lhe caberiam entre os disputados na circunscrição. Somente em um segundo momento o voto
individual teria relevância, para a determinação de que candidatos apresentados pelo partido
ocupariam as vagas, previamente definidas, reservadas à agremiação.
A centralidade adquirida pelos partidos políticos constituiu um momento importante no
processo de consolidação da representação proporcional. Ela se legitima, afinal, por assegurar
a proporcionalidade entre os votos obtidos por partidos e coligações de partidos e os lugares
que eles ocupam nas casas legislativas. No entanto, ainda não foi em 1945 que o princípio
proporcional se aplicou integralmente. Ele ficou em falta exatamente no mesmo ponto em que
claudicava na legislação de 1932, o da distribuição dos lugares não preenchidos com a aplicação
dos quocientes partidários (ou distribuição das sobras ou restos). É certo que, em 1945, se deu
maior peso aos partidos, pois a regra mandou que o mais votado deles ficasse com a totalidade
dos lugares sobrantes após a aplicação dos quocientes partidários, enquanto pela regra de 1932
os lugares sobrantes seriam distribuídos em função das votações individualmente obtidas pelos
candidatos. Mesmo assim, contudo, não havia qualquer preocupação com a proporcionalidade.
Ao contrário, valia o princípio intrinsecamente majoritário de que “o [partido] vencedor
leva tudo “(no caso, todas as sobras).
O Código Eleitoral de 1950 (Lei nº 1.164, de 24 de julho) veio suprir essa deficiência,
estabelecendo um critério proporcional também para a distribuição das sobras. Adotou-se o
método das maiores médias: os partidos disputam cada lugar sobrante mostrando quantos votos
teriam, em média, por cadeira ocupada, caso viessem a ocupar mais uma além das que já
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possuem. Aquele que apresentar a maior média de votos fica com o lugar. Trata-se, certamente,
de um cálculo de proporcionalidade, entre outros possíveis. Com ele, o sistema se tornou quase
totalmente proporcional, subsistindo, como resquício de desproporcionalidade, a regra, até hoje
vigente, de que os partidos ou coligações de partidos que não alcancem o quociente eleitoral
não participam sequer da distribuição das sobras.
Do ponto de vista das regras da distribuição dos lugares nas casas legislativas, a
legislação consolidada em 1950 é, fundamentalmente, aquela que subsiste até hoje. As
circunstâncias em que ela vem sendo aplicada mudaram, no entanto, constantemente, às vezes
de maneira profunda.

2.4. De 1945 a 2013: três sistemas partidários distintos

As alterações mais profundas das circunstâncias em que o sistema eleitoral proporcional


tem vigorado entre nós não resultaram de evolução interna “espontânea” da esfera político-
eleitoral, mas de intervenções externas, autoritárias. Assim, o sistema partidário em
desenvolvimento de 1945 a 1964 foi extinto em 1965 e substituído por um sistema bipartidário
imposto, que, por sua vez, foi extinto em 1979, dando início à articulação de um novo sistema
pluripartidário. Essa descontinuidade, péssima para o desenvolvimento do sistema eleitoral, nos
permite perceber com toda clareza, pela comparação entre os três sucessivos sistemas
partidários, como os efeitos das regras eleitorais não dependem apenas delas mesmas, mas
resultam, em boa medida, de influências que vêm da realidade circundante.
O sistema eleitoral que funcionou entre 1966 e 1979 dificilmente pode ser comparado
com aqueles que o antecederam e sucederam. A imposição do bipartidarismo mudava-lhe de
tal maneira a feição, que ele mal se mantinha como um sistema proporcional, aproximando-se,
em algumas de suas características centrais, dos sistemas majoritários. A diversidade social e
política do país não se podia refletir em distintos partidos, presentes nas casas legislativas na
proporção das votações que fossem capazes de obter do eleitorado. Só havia lugar, por
definição, para dois, do que resultava, ademais, que o partido que ganhasse as eleições teria,
necessariamente, maioria absoluta na circunscrição e, em última instância, na própria Câmara
dos Deputados. Era um sistema que só podia produzir maiorias inequívocas.
Já a comparação entre as duas experiências de pluripartidarismo realizadas desde 1945
(1945-1964 e 1980-2014) é mais produtiva, pois, embora as circunstâncias sejam por certo
distintas, não há um fator externo, claramente preponderante, a impedir o funcionamento
“normal” do sistema, como no período entre uma e outra. Resulta, por isso, ainda mais
interessante que regras eleitorais praticamente idênticas tenham produzido sistemas
partidários aparentemente tão diversos. O fenômeno abre campo extenso para pesquisa e
reflexão. Vale a pena, mesmo assim, chamar a atenção, de imediato, para pelo menos um
ponto. Ao longo do período que vai de 1945 a 1964, os mesmos três maiores partidos
ocuparam, sempre, em conjunto, pelo menos oitenta por cento das vagas na Câmara dos
Deputados. Já no período que vem desde as eleições de 1982, o quadro partidário tem sido
marcado por intensa fragmentação e por mudanças significativas nas posições relativas dos
maiores partidos, que, aliás, nem sempre são os mesmos. Duas configurações partidárias
bastante diferentes, para regras eleitorais bastante similares.
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2.5. Considerações finais


A reforma do atual sistema eleitoral, como qualquer reforma abrangente de um regime
de representação política, seja no Brasil ou em outro país, enfrenta obstáculos relevantes, que
não estão sob foco neste texto. Há um obstáculo, no entanto, que, por resultar da própria
estrutura do sistema vigente, merece referência aqui. Trata-se do fato de que nosso sistema
eleitoral, até por combinar representação proporcional com voto em indivíduos, apresenta
grande maleabilidade e, consequentemente, forte capacidade de resposta a diferentes situações
e a diferentes demandas dos eleitores, dos partidos, dos candidatos ou do próprio
momento histórico. Foi por isso, talvez, que as regras atualmente vigentes puderam conviver,
como se viu, com sistemas partidários muito diferentes.
A maleabilidade do sistema eleitoral se manifesta, por exemplo, nas distintas estratégias
que tanto os partidos como os eleitores podem seguir em suas decisões. Assim, um partido pode
apostar na coesão programática e ideológica, apresentando apenas candidatos que estejam
plenamente afinados com uma linha política bem definida, enquanto outro partido pode apostar
em uma postura mais flexível, que admita candidatos ligados a um leque mais amplo de linhas
políticas. O eleitor, por sua vez, tanto pode votar tendo em conta, principalmente, a legenda,
ainda que vote em um indivíduo, como pode privilegiar a confiança em um candidato individual
e, implicitamente, na escolha que ele fez da lista em que se apresenta aos eleitores.
As duas estratégias, aliás, não são necessariamente conflitantes. Assim, os militantes
mais afinados com o Partido Comunista e com o Partido Trabalhista, tal como eles surgiam em
1945, desejavam certamente criar legendas fortes, e se esforçaram nesse sentido, mas isso não
impediu que as candidaturas de Luís Carlos Prestes e de Getúlio Vargas fossem usadas como
pontos de referência para que o eleitorado pudesse identificar com mais facilidade a linha
política das novas legendas. Mais recentemente, as candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva,
em 1986, e do Dr. Enéas Carneiro, em 2002, fizeram parte da tática de implantação do PT e do
PRONA. O êxito dos partidos dependeria, por certo, da existência de base social e de militância
a sustentá-los, mas isso não invalida que a tática possa ter sido útil para os eleitores se
localizarem politicamente.
Da mesma maneira, o voto de legenda pode ser privilegiado por uma agremiação que,
tendo apelo eleitoral em um determinado momento, não dispõe, ainda, de suficientes nomes
conhecidos para neles basear, prioritariamente, sua campanha nas eleições proporcionais. Foi o
que aconteceu, por exemplo, com o Partido Verde e sua candidata à presidência de República,
Marina Silva, em 2010. Assim, também, em 1990, mais de quarenta por cento dos votos do PT
foram dados à legenda. No caso do PRONA, esse percentual chegou, em 1994, a oitenta por
cento.
A combinação de um sistema proporcional de listas com a possibilidade de votação em
indivíduos permite, ainda, que as demandas normalmente respondidas pela prevalência do
princípio proporcional e as demandas respondidas pela prevalência do princípio majoritário
sejam simultaneamente atendidas, mesmo que parcialmente, pelo sistema vigente no Brasil.
Assim, tal como acontece com os sistemas proporcionais em geral, os eleitores simpáticos a
programas e legendas ainda minoritários na sociedade frequentemente verão os partidos de sua
opção representados nas casas legislativas. Ao mesmo tempo, uma proporção muito
significativa de eleitores, superior talvez à produzida na maior parte das eleições regidas por
sistemas majoritários, encontrará na casa legislativa um parlamentar que recebeu
individualmente seu voto, pois mais da metade dos votos válidos dados nas eleições
proporcionais brasileiras (e, em algumas circunscrições, muito mais da metade) vão para um
candidato que será efetivamente eleito. Além disso, a experiência eleitoral brasileira recente
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mostra que, em sua esmagadora maioria, os deputados federais eleitos foram os candidatos mais
votados em sua circunscrição.
O tema da maleabilidade do sistema eleitoral proporcional brasileiro admite ainda maior
detalhamento, em várias direções. É notável, por exemplo, que alterações em pontos
secundários de sua estrutura, como a permissão ou proibição de coligações eleitorais, podem
produzir efeitos consideráveis. Mas o objetivo dessas considerações não é esgotar o tema ou,
sequer, valorizar, em abstrato, a maleabilidade apontada. Trata- -se, apenas, de chamar a
atenção para uma das dificuldades de construir maioria, seja no Congresso Nacional, seja fora
dele, para ultrapassar o sistema vigente. Como ele responde a demandas muito variadas,
algumas, inclusive, que parecem contraditórias, sempre que uma pessoa é colocada frente a um
modelo alternativo concreto, tende a valorizar aquelas características do modelo atual que se
perderão com sua substituição.
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3. Tipos de sistemas eleitorais

3.1. Sistema Majoritário


Baseia-se, em suma, na eleição dos candidatos que possuem a maior quantidade de
votos, sendo utilizado no Brasil para votação do Poder Executivo e para cargos no Senado
Federal. Este sistema pode ser subdividido em: Sistema majoritário de maioria simples, dois
turnos- que é utilizado no Brasil- e o voto alternativo.

3.1.1. Sistema Majoritário de Maioria Simples

Também conhecido como “voto distrital” ou “distritão”, é aquele organizado pela


divisão de distritos eleitorais com um número semelhante de eleitores, onde o candidato eleito
é aquele que consegue a maioria absoluta de votos após a contagem em cada distrito.

3.1.2. Sistema Majoritário em Dois Turnos

É o sistema que considera um percentual mínimo, de 50%, a ser alcançado e, caso


nenhum dos candidatos consigam atingir esta porcentagem, ocorre um segundo turno de
votação entre os dois concorrentes mais votados.

3.1.3. Sistema Majoritário de Voto Alternativo

Neste sistema, o eleitor possui o direito de votar em mais de um candidato construindo


uma ordem de importância. Caso o primeiro candidato escolhido pelo eleitor não consiga uma
maioria expressiva de votos, o seu voto é passado para o segundo de sua lista e assim segue
sucessivamente.

3.2. Sistema Proporcional


Baseia-se na preocupação com a representatividade da sociedade dentro do Parlamento,
sendo assim, as cadeiras são distribuídas de acordo com a quantidade de votos que cada partido
recebeu e possui como subdivisões: Voto Único Transferível e o Sistema de Listas.

3.2.1. Voto Único Transferível


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Este sistema se assemelha ao voto alternativo do sistema majoritário, no qual o eleitor


vota em diversos candidatos dentro de uma lista de importância. Para um candidato conseguir
cadeiras no parlamento, precisa ultrapassar a quota de votos definida pela fórmula= votos
divididos pelo número de cadeiras mais um (votos/cadeiras+1).

3.2.2. Sistema Proporcional por Lista

Tem como princípio a formação de listas pelos partidos, nas quais os eleitores podem
votar na qual mais lhe agradar e, a partir da votação, as cadeiras são distribuídas
proporcionalmente pela quantidade de votos que cada partido recebeu. As listas podem ser
abertas- onde o eleitor escolhe a ordem de importância dos candidatos-, fechada- na qual o
partido se encarrega da organização- ou flexível- onde o eleitor pode optar por votar na lista já
pronta ou alterá-la.
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4. Críticas ao sistema eleitoral brasileiro vigente


De acordo com o pensamento de autores como Darcy Azambuja, Guilherme Simões
Reis e Sérgio Praça, o sistema eleitoral em vigor no Brasil, que se trata do proporcional de lista
aberta, é um modelo que possibilita a eleição de um maior número de partidos.
Isso favorece a representatividade acima da governabilidade, onde, teoricamente, as
opiniões dos diversos grupos que compõem a sociedade brasileira deveriam ser levadas em
consideração, no que diz respeito à elaboração de políticas públicas.
Inclusive, sob a perspectiva de Sérgio Praça no livro “Guerra à corrupção”, o sistema
proporcional de lista aberta é um dos únicos que permite uma verdadeira competição
intrapartidária. Outros modelos, como o proporcional de lista fechada e o majoritário não
favorecem a competição, visto que obrigam o eleitor a escolher um candidato estrategicamente,
uma vez que candidatos com ideais mais extremos tendem a não serem eleitos.
Por essa razão, o que se esperava do modelo eleitoral brasileiro era um ambiente
competitivo, onde os representantes eleitos representassem os variados interesses da população.
Contudo, nota-se exatamente o contrário.
Percebem-se no sistema eleitoral atual brasileiro características relacionadas, sob o
contexto da visão do professor Guilherme Simões Reis, ao sistema majoritário, tendo em vista
a baixa representatividade, o maior foco na governabilidade, caracterizada pela formação de
coalizões e a existência do voto estratégico.
A maioria dos denominados “representantes do povo” consistem de indivíduos que
simbolizam uma minoria pertencente à elite brasileira, cujos recursos elevados e
financiamentos (muitas vezes ilegais) por empresas dão a eles uma vantagem injusta no que se
refere às eleições, o que causa um sério problema de falta de representatividade do povo no
poder político.
O reduzido número de representantes mulheres, negros e de minorias étnicas comprova
a falta de representatividade do contexto político atual e, por isso, a carência de manifestações
de variados pontos de vista, pertinentes para o enriquecimento dos debates e para a formação
de projetos verdadeiramente inclusivos, no que diz respeito ao caráter heterogêneo local.
Isso fica evidente nas inúmeras pautas que o governo tenta aprovar, cujos objetivos,
apesar de terem como finalidade a recuperação econômica do país, são prejudiciais ao
desenvolvimento e prosperidade da população e, por isso, são antagonizadas pela grande
maioria do povo. Exemplos desses projetos são a reforma previdenciária e a reforma trabalhista.
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Além disso, a formação de coalisões, muitas vezes ideologicamente indefinidas, com o


único objetivo de aprovar medidas e modificar o panorama do país, auxilia nessa falta de
coerência que é percebida hoje na administração brasileira.
Esse enfoque na governabilidade dificulta a realização de um projeto a longo prazo,
visto que cada novo governo pode impor o seu planejamento à população, ao organizar acordos
com outros partidos, normalmente em troca de cargos de confiança, que também contribuem
para seu próprio crescimento e a consequente eleição de mais candidatos.
O voto estratégico é muito utilizado no Brasil, principalmente no que diz respeito ao
pleito presidencial. Geralmente candidatos que pertencem a partidos considerados nanicos, que
tem baixa projeção de votos ou não tem um perceptível apoio por parte da massa são
desconsiderados por possíveis votantes, pelo único motivo de sua inevitável derrota.
Ademais, na conjuntura brasileira, a livre formação e extinção de partidos políticos,
apesar de novamente buscar a representatividade, na realidade permite a criação de um
excessivo número de partidos sem ideologia determinada. Frequentemente constata-se a
formação desses grupos ou a mudança de nome de antigos, com a pretensão de aparentar uma
mudança de ares que não se observa na realidade.
Também se identifica no contexto local uma alta taxa de evasão de políticos, que se
deslocam entre partidos regularmente. Isso reflete o caráter indiferente dos representantes no
que se refere a concepções ideológicas e a característica incoerente dos verdadeiros propósitos
desses indivíduos com relação aos interesses populares.
Por fim, é inegável a falha do ensino brasileiro de base na formação do aluno para o
exercício da cidadania. Tendo em vista que votar é uma das responsabilidades fundamentais
para o desempenho da cidadania num país democrático e considerando-se a perspectiva
orientadora da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no que diz respeito à construção
de um cidadão desde sua infância, é imprescindível a instrução sobre a necessidade do voto e
da escolha do candidato desde a educação básica.
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5. Do sistema eleitoral proporcional


Malgrado conhecer o sistema eleitoral do país em que se vive seja fundamental para um
exercício consciente da cidadania, no Brasil, muitas pessoas, escolarizadas e não escolarizadas,
desconhecem os detalhes dos processos eleitorais que vigoram. Nesse sentido, cumpre
apresentar e explicar o sistema proporcional de lista aberta, que é aplicado nas eleições para
deputados federais e estaduais, bem como para vereadores.
O sistema é proporcional, pois o numero de cadeiras ocupadas por partido se dá em
função de uma proporção fixa, o quociente eleitoral. O cálculo do quociente eleitoral é simples:
divide-se o número total de votos válidos, ou seja, excetuando-se os votos nulos e brancos, pelo
numero de cadeiras a serem ocupadas. Uma vez realizado esse cálculo, divide-se o número de
votos obtidos por cada partido pelo quociente eleitoral e o resultado é o número de candidatos
que aquele determinado partido irá eleger. Em um exemplo hipotético, uma eleição teve o
número total de 100.000 votos para 10 cadeiras a serem ocupadas. O quociente eleitoral é o
resultado da divisão de 100.000 por 10, que é 10.000. Se o partido A obteve 30.000 votos, esse
partido elegera 3 candidatos, pois 30.000 votos do partido divididos pelo quociente eleitoral de
10.000 tem como resultado o número 3.
A característica da lista aberta significa que os candidatos mais votados de cada partido
ocuparão as cadeiras que o partido conseguir. Ou seja, no caso do partido A, na eleição
mencionada acima, o partido divulgou uma lista com, por exemplo, 5 candidatos e as pessoas
votaram nos candidatos. Como o partido A tem direito a ocupar 3 cadeiras, desses 5, entrarão
os 3 mais votados. Caso o sistema eleitoral brasileiro fosse de lista fechada, por exemplo, o
partido decidiria os 3 candidatos que entrariam, independentemente de terem sido os mais
votados.
Ademais, cabe avaliar a escolha desse sistema, suas consequências, pontos positivos e
negativos e particularidades. O sistema proporcional é considerado um sistema que favorece a
representatividade de minorias e de um maior número de grupos dentro da sociedade. Isso
significa que mais correntes ideológicas são levadas em consideração e, dessa forma, o eleitor
pode escolher dentre um universo ampliado de partidos, correntes de pensamento e
representantes o que mais se aproxima das suas convicções e ideais. Esse sistema promove um
cenário político mais plural, maior voz para as classes oprimidas ou com menos
representatividade na sociedade, um escopo ideológico maior, bem como um debate e uma troca
de grande proporção entre ideias.
No entanto, críticas são feitas sob a perspectiva de que o processo de decisões políticas
torna-se lento, dificultado e prejudicado pela presença de tantos modos de pensar e
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reivindicações diferentes. Os que se opõe ao modelo em vigor alegam que a maior


representatividade prejudica a governabilidade. Outro fator considerado negativo é a explosão
de fundações de partido que são propiciadas pelo quadro atual, com o sistema proporcional.
Verifica-se uma quantidade enorme de partidos e uma fila extensa de partidos a serem
reconhecidos. A crítica reside no fato de que muitos desses partidos fogem ao propósito da
política e do bem comum e têm acesso facilitado ao fundo partidário. Tem-se também como
fator negativo a necessidade formação de coligações entre grupos que, em muitos casos,
defendem ideias diametralmente opostos, para garantir a governabilidade e a aprovação de
medidas e projetos.
É importante mencionar, nesse contexto, a lei 13.165/15, mais especificamente, os seus
artigos 108 e 109, que estabelecem um desempenho mínimo de 10% do quociente eleitoral em
votos para que um candidato possa ser eleito.
“Art.108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação
que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente
eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal
que cada um tenha recebido.”
“Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em
razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos de
acordo com as seguintes regras:
I- Dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação
pelo número de lugares definido para o partido pelo cálculo do quociente
partidário do art. 107, mais um, cabendo ao partido ou coligação apresentar a
maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda
à exigência de votação nominal mínima.
II- Repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a preencher.
III- Quando não houver mais partidos ou coligações com candidatos que atendam às
duas exigências do inciso I, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que
apresentarem as maiores médias.

§ 1° O preenchimento dos lugares com que cada partido ou coligação for contemplado
far-se-á segundo a ordem de votação recebida por seus candidatos
§ 2° Somente poderão concorrer à distribuição dos lugares os partidos ou as coligações
que tiverem obtido quociente eleitoral.”
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Os efeitos desses artigos lei foi questionada no sentido de que foi uma mudança
no sistema eleitoral proporcional que promoveria certa vantagem aos partidos maiores,
tradicionais e com mais recursos, em detrimento de partidos novos, com ideias
diferentes.
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6. Conclusão
Com tal exposto, é notório que conhecer o sistema eleitoral de nosso país é fundamental
para exercitarmos completamente nossa cidadania. Nesse sentido, faz-se válido ressaltar que o
sistema eleitoral adotado no Brasil é o modelo proporcional de lista aberta, que possibilita a
eleição de um maior número de partidos e favorece a representatividade, permitindo uma
competição interpartidária.
Por essa razão, o que se espera do modelo eleitoral em vigor, é um ambiente
competitivo, em que os representantes eleitos representassem os múltiplos e variados interesses
da população. No entanto, o que se observa no contexto eleitoral político brasileiro é justamente
o contrário.
A formação de coalizões, a existência do voto estratégico, um reduzido número de
representantes das minorias existentes em nosso país, a falta de representatividade e a alta taxa
de evasão de políticos que se deslocam entre partidos regularmente caracterizam o panorama
político e eleitoral do Brasil. Há, ainda, uma falha no ensino brasileiro que auxilie na formação
do aluno visando o exercício da cidadania. Sendo estas as principais críticas ao sistema eleitoral
adotado em nosso país.
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7. Referências bibliográficas

BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. São Paulo, SP: Malheiro Editores, 24° Edição, 2017.
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. 2ª ed. São Paulo: Globo, 1998.
BATISTA, Cristiane; MUÑOZ, Enara Echart. Teoria e Prática da Política. Curitiba: Appris,
2017.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 14ª ed. Brasília: Edições Câmara,
2017.
PRAÇA, Sérgio. Guerra à Corrupção. São Paulo: Évora, 2017.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-10/entenda-os-tipos-de-sistema-eleitoral-
em-discussao-na-reforma-politica, acesso em 9.11.2017 - 10h30
https://jus.com.br/artigos/16930/sistemas-eleitorais. Acesso em 9.11.2017 - 13h

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