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PRF/2016 – LÍNGUA

CMCG 1º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 01 Assinado por


PORTUGUESA Profª Londina
Asp. Gruber
GABARITO
QUESTÃO ÚNICA (66 escores)

INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE LINGUÍSTICA

Leia a crônica argumentativa que segue para responder aos itens 01 a 10.

TEXTO I

BELEZA E INTELIGÊNCIA

1 A capa da última edição da revista MTV traz a pergunta: “Você abriria mão da sua inteligência para
ser mais bonito?” Li a reportagem com a esperança de encontrar uma resposta óbvia, mas nossos
óbvios nunca batem com o dos outros. O óbvio que encontrei foi que, dos 2.359 brasileiros entre 15
e 30 anos pesquisados pelo Dossiê Universo Jovem, cerca de 60% responderam que pessoas
5 bonitas têm mais oportunidades na vida, e, portanto, sim, topariam ficar um pouco mais burros se
em troca ficassem um pouco mais belos.
Esta é uma obviedade que, em tese, se justifica: aparência conta muito no jogo da sedução e
na conquista de um emprego. Todos tratam melhor os magros e lindos. Na escola, te imitam. Nas
festas, te cercam. Nada mal. Não é demérito ser bonita, não é pecado, ao contrário, é uma glória,
10 uma benção, e beleza e inteligência podem muito bem conviver em paz no mesmo corpo. Há vários
exemplos de gente linda e sabida. Mas tendo que optar entre uma coisa e outra, alto lá, melhor
pensar direitinho.
A minha resposta óbvia para a enquete seria: toda pessoa inteligente é bonita, não importa
seu aspecto físico. Logo, não tem cabimento trocar neurônios por olhos azuis. É rara uma pessoa
15 inteligente que não seja cativante. Por outro lado, conheço vários belos que só provocam bocejos.
Há mais de 20 anos, quando ainda era publicitária, acompanhei a gravação de um comercial de tevê
interpretado por um deus grego, o homem mais estonteante que havia visto. No final da gravação,
ele me pediu carona. Eu, longe de ser uma Luana Piovani e desacostumada com estas
generosidades cósmicas, vibrei. Sabia que o rapaz morava num bairro distante, mas estava disposta
20 a levá-lo até Pernambuco, se ele pedisse. Em três minutos de conversa dentro do carro, eu queria
cortar os pulsos. Inventei um mal súbito, aleguei falta de combustível, sei lá, não lembro, só sei que
acabei deixando-o num ponto de táxi e fui para casa.
Burrice é pior que um nariz torto, é pior que cabelo ruim, é a pior das cicatrizes. Inteligência,
por sua vez, torna qualquer pessoa iluminada. Qualquer uma. Faça uma lista dos seres humanos
25 que você mais admira: a maioria não é linda, se analisadas apenas pelo padrão estético. Mas, sendo
inteligentes, ninguém lhes tira o carisma. Só não percebem isso aqueles que, não tendo mesmo
muita massa cinzenta, topam a troca.

(MEDEIROS, Martha. Beleza e inteligência. Zero Hora. Edição 14649. Porto Alegre: 02 de outubro de 2005. In: LIMA, Robson Luiz
Rodrigues de. Caderno de estudos avançados: língua portuguesa, 1ª série do ensino médio. Curitiba: Positivo, 2010, p. 46.)

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ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA
E TRANSCREVENDO-A PARA A TABELA DE RESPOSTAS, AO FINAL DO ITEM 32. SÓ SERÃO
CONSIDERADAS AS OPÇÕES ASSINALADAS NA TABELA DE RESPOSTAS AO FINAL DESTA
PROVA.

MÚLTIPLA ESCOLHA

(05 escores)

ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.

01. Da discussão propiciada pela autora, é possível inferir que

( A ) há, na sociedade, uma forte valoração da aparência física em detrimento do


conhecimento ou da sagacidade.
( B ) a aparência física é uma espécie de bênção que recompensa a falta de inteligência.
( C ) a aparência física camufla a falta de inteligência das pessoas bonitas.
( D ) só os muito carismáticos podem ser tão interessantes quanto os belos.
( E ) a autora acha a postura dos participantes da entrevista fútil, desaprovando-a.

02. A finalidade da cronista, ao se comparar à atriz Luana Piovani, ícone de beleza física no meio midiático
brasileiro, é, conforme o contexto, de

( A ) reiterar que a modelo representa o padrão de beleza estabelecido pela sociedade brasileira.
( B ) destacar como uma mulher de beleza comum sente-se lisonjeada ao obter atenção de
um homem bonito.
( C ) mostrar que o contraste entre ela e a modelo torna-se nulo, uma vez que a cronista é mais
inteligente.
( D ) reforçar que as pessoas belas fisicamente só se sentem atraídas por alguém semelhante a elas.
( E ) destacar que alguém famoso pode precisar de ajuda de uma pessoa comum.

03. É possível inferir, na conclusão da crônica argumentativa lida, que a autora considera

( A ) a falta de inteligência tão negativa quanto uma característica física considerada feia.
( B ) as pessoas que mais admiramos como destituídas de beleza física.
( C ) pouco espertos aqueles que trocam inteligência por beleza.
( D ) sem carisma as pessoas esteticamente belas.
( E ) dignas de admiração somente as pessoas que se encaixam num padrão de beleza estética.

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04. A alternativa em que há correta correspondência entre o exemplo e a figura de linguagem é

( A ) “Em três minutos de conversa dentro do carro, eu queria cortar os pulsos”. – metonímia.
( B ) “[...] acompanhei a gravação de um comercial de tevê interpretado por um deus grego[...]” –
comparação.
( C ) “Só não percebem isso aqueles que, não tendo mesmo muita massa cinzenta, topam a
troca.” – eufemismo.
( D ) “Burrice é pior que um nariz torto” – hipérbole.
( E ) “ [...] beleza e inteligência podem muito bem conviver em paz no mesmo corpo.” – antítese.

05. A alternativa em que a palavra “ponto” apresenta o mesmo sentido que no fragmento “Inventei um
mal súbito, aleguei falta de combustível, sei lá, não lembro, só sei que acabei deixando-o num ponto
de táxi e fui para casa” é:

( A ) A discussão entre o casal chegou a um ponto insuportável.


( B ) Martha não põe um ponto na discussão sobre beleza e inteligência.
( C ) Devemos nos encontrar às dez em ponto, na frente da escola.
( D ) A balsa parava naquele ponto há 20 anos seguidos.
( E ) Os funcionários devem assinar o ponto com frequência.

VERDADEIRO OU FALSO

(05 escores)

COLOQUE UM “X” NO RETÂNGULO COM V, QUANDO A SENTENÇA FOR DE SENTIDO


VERDADEIRO, OU NO RETÂNGULO COM F, QUANDO A SENTENÇA FOR DE SENTIDO FALSO.

06. Quanto à característica do gênero crônica argumentativa, presente no texto, pode-se afirmar que:

V F há uso do padrão culto da língua e de pronomes de tratamento formais.


V F o tema é motivado a partir de fatos do cotidiano, como ocorre com a crônica narrativa.
V F há referência ao interlocutor do texto, possível de ser identificado pelo uso de pronomes
de tratamento e pronomes oblíquos.
V F o ponto de vista da enunciadora não pode ser percebido ao longo do texto.
V F há subjetividade, uma vez que a enunciadora deixa transparecer suas emoções a respeito
do tema.

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DÊ O QUE SE PEDE

07. Qual é o tema da crônica argumentativa de Martha Medeiros? (01 escore)

O tema é o aparente duelo entre a beleza e a inteligência proposto por uma matéria na___
Revista MTV √.____________________________________________________________

08. A enunciadora concorda, em parte, com a opinião da maioria dos participantes da pesquisa. Como ela
justifica esse posicionamento? (01 escore)

Ela observa que, em tese, pessoas bonitas são mais bem vistas pelos outros. √__________

09. O ponto de vista predominante da enunciadora difere da maioria dos participantes da pesquisa. Qual o
ponto de vista dela sobre beleza e inteligência? (01 escore)

O ponto de vista da enunciadora é de que a inteligência é uma característica superior à


beleza. √

10. Para reforçar o ponto de vista predominante da enunciadora, são utilizados alguns argumentos que
contestam a posição da maioria dos participantes da pesquisa. Cite dois desses argumentos.

(02 escores)
A inteligência torna qualquer pessoa iluminada. √_____________________________________
A inteligência é capaz de fazer as pessoas serem cativantes, mesmo sem beleza
física.√___________________________________________________________________

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Leia o texto que segue e responda aos itens 11 a 16.

TEXTO II
INFRATORAS BUSCAM SONHO DE CONSUMO "COR-DE-ROSA"

Meninas de rua vagam na Vila Mariana em busca de celulares e lentes coloridas


Perfil psicológico das infratoras mostra a mesma situação de rua
experimentada por suas mães e até avós

Alisante de cabelo e lentes de contato coloridas são itens visados nos arrastões protagonizados por
meninas de rua, com idade entre 9 e 15 anos, nas lojas da Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo.
"Quero ser bonita, tia", disse uma delas para a conselheira tutelar Ana Paula Borges, 29, em uma das
mais de vinte vezes em que foi encaminhada para atendimento pela polícia no último ano. Negras e
mulatas de cabelos crespos, elas dizem querer alisar as madeixas para ficarem bonitas conforme o padrão
de beleza estabelecido. Usam os produtos na rua.
A mudança do visual chega à cor dos olhos. Elas furtaram um kit de lente de contato verde de R$
100. Como não dava para todas ficarem com duas lentes cada, dividiram o pacote. Algumas usavam só
uma lente ao serem levadas recentemente à delegacia.
Nas fotos do grupo que ilustram o dossiê das sete garotas no Conselho Tutelar da Vila Mariana, as
meninas fazem pose de modelo. Usam casacos rosa e acessórios. "Como toda criança e adolescente,
querem consumir, comer e passear no shopping. Elas pedem. Se não ganham, furtam", afirma Ana Paula.
Elas circulam nos metrôs Paraíso e Ana Rosa em busca dos ícones do consumo infantojuvenil:
celulares, especialmente os cor-de-rosa. "Pego o celular das lourinhas que já olham pra mim com medo",
diz a garota negra, gorro rosa. Ela tem 11 anos, não se acha bela. "Bonita, eu? Olha a cor da minha pele",
corta, diante do elogio.
O perfil psicológico e socioeconômico do grupo foi desenhado ao longo de uma série de contatos
com conselheiros tutelares e monitores do programa Presença Social nas Ruas, da prefeitura. Todas elas
têm um histórico de abandono há gerações. "As mães delas viveram a mesma realidade de rua", diz Kátia
de Souza, conselheira.

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"É uma segunda e até terceira geração na rua. É como se fosse hereditário", confirma Ana Paula.

Famosas

Desde o início de julho, os furtos das meninas na região começaram a chamar a atenção. Atraídas
pela repercussão, outras crianças resolveram fazer o mesmo.
Segunda-feira, cinco meninas e dois meninos fizeram um arrastão num hotel, do Paraíso. Levados
ao Conselho Tutelar da Vila Mariana, promoveram também um quebra-quebra no local.
Um terceiro grupo também agiu no ltaim Bibi (zona oeste) na última terça.

(TRINDADE, Eliane. Folha de S.Paulo, 28 ago. 2011. Disponível


em:<http://wwwl.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2808201101.htm>. Acesso em: 02 nov. 2016.)

VERDADEIRO OU FALSO

(06 escores)

COLOQUE UM “X” NO RETÂNGULO COM V, QUANDO A SENTENÇA FOR DE SENTIDO


VERDADEIRO, OU NO RETÂNGULO COM F, QUANDO A SENTENÇA FOR DE SENTIDO FALSO.

11. Sobre o gênero notícia, e levando em consideração o texto II, é possível afirmar que esse tem por
intencionalidade

V F atingir um público específico, no caso, os leitores que moram nos locais em que houve
atuação das crianças infratoras.

V F informar, por meio de um relato, as circunstâncias em que ocorreram os fatos


registrados.

V F relatar fatos que atingem a vida social de uma comunidade como ocorre no texto lido.

V F informar, rapidamente, o público sobre um fato, mas sem se aprofundar, quando


publicado em portais da internet, tal qual o texto lido.

V F transmitir uma opinião pessoal da equipe redatora do jornal; no caso do texto lido, há a
defesa das crianças infratoras.

V F atingir um público leitor amplo, por isso o texto II emprega a linguagem acessível à maior
parte dos leitores.

DÊ O QUE SE PEDE

12. De acordo com a notícia, por que, nos arrastões promovidos pelas meninas, os itens mais visados são
alisante de cabelo e lentes de contato? (02 escores)

Porque as meninas querem ficar bonitas√, de acordo com o padrão de beleza estabelecido√.

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13. Pelo que se pode deduzir pela leitura da notícia, há um padrão de beleza estabelecido pela sociedade.
Apresente três aspectos, apontados no texto, a respeito desse padrão estético. (03 escores)

Cabelos lisos√, pele√ e olhos claros. √__________________________________________

14. Quais argumentos são dados pela conselheira tutelar para justificar a ação infratora das meninas?
(04 escores)

Elas querem consumir, como toda criança. √ Elas pedem √e, se não ganham, √ furtam√.___

15. De acordo com o texto, qual é o ícone do consumo infantojuvenil? (01 escore)

Celulares√.________________________________________________________________

16. Em relação ao perfil psicológico e socioeconômico do grupo de meninas infratoras, que semelhança foi
encontrada entre elas? Justifique, de acordo com o texto II. (03 escores)

Todas elas têm um histórico de abandono há gerações√. As mães e, em alguns casos, as___
avós√ também viveram a mesma realidade.√_____________________________________

Leia o texto que segue para responder aos itens 17 a 22.

Texto III

DEGRAUS DA ILUSÃO

1 Fala-se muito na ascensão das classes menos favorecidas, formando uma “nova classe
média”, realizada por degraus que levam a outro patamar social e econômico (cultural, não ouço
falar). Em teoria, seria um grande passo para reduzir a catastrófica desigualdade que aqui reina.
Porém, receio que, do modo como está se realizando, seja uma ilusão que pode acabar em
5 sérios problemas para quem mereceria coisa melhor.
Todos desejam uma vida digna para os despossuídos, boa escolaridade para os iletrados,
serviços públicos ótimos para a população inteira, isto é, educação, saúde, transporte, energia
elétrica, segurança, água, e tudo de que precisam cidadãos decentes.
Porém, o que vejo são multidões consumindo, estimuladas a consumir como se isso
10 constituísse um bem em si e promovesse real crescimento do país. Compramos com os juros mais
altos do mundo, pagamos os impostos mais altos do mundo e temos os serviços (saúde,
comunicação, energia, transportes e outros) entre os piores do mundo. Mas palavras de ordem nos
impelem a comprar, autoridades nos pedem para consumir, somos convocados a adquirir o
supérfluo, até o danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas
15 péssimas estradas.

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Além disso, a inadimplência cresce de maneira preocupante, levando famílias que
compraram seu carrinho a não ter como pagar a gasolina para tirar seu novo tesouro do pátio no
fim de semana. Tesouro esse que logo vão perder, pois há meses não conseguem pagar as
prestações, que ainda se estendem por anos.
20 Estamos enforcados em dívidas impagáveis, mas nos convidam a gastar ainda mais, de
maneira impiedosa, até cruel. Em lugar de instruírem, esclarecerem, formarem uma opinião
sensata e positiva, tomam novas medidas para que esse consumo insensato continue crescendo –
e, como somos alienados e pouco informados, tocamos a comprar.
Sou de uma classe média em que a gente crescia com quatro ensinamentos básicos: ter seu
25 diploma, ter sua casinha, ter sua poupança e trabalhar firme para manter e, quem sabe, expandir
isso. Para garantir uma velhice independente de ajuda de filhos ou de estranhos; para deixar aos
filhos algo com que pudessem começar a própria vida com dignidade.
Tais ensinamentos parecem abolidos, ultrapassadas a prudência e a cautela, pouco
estimulados o desejo de crescimento firme e a construção de uma vida mais segura. Pois tudo é
30 uma construção: a vida pessoal, a profissão, os ganhos, as relações de amor e amizade, a família,
a velhice (naturalmente tudo isso sujeito a fatalidades como doença e outras, que ninguém
controla). Mas, mesmo em tempos de fatalidade, ter um pouco de economia, ter uma casinha, ter
um diploma, ter objetivos certamente ajuda a enfrentar seja o que for. Podemos ser derrotados,
mas não estaremos jogados na cova dos leões do destino, totalmente desarmados.
35 Somos uma sociedade alçada na maré do consumo compulsivo, interessada em “aproveitar
a vida”, seja o que isso for, e em adquirir mais e mais coisas, mesmo que inúteis, quando
deveríamos estar cuidando, com muito afinco e seriedade, de melhores escolas e universidades,
tecnologia mais avançada, transportes muito mais eficientes, saúde excelente, e verdadeiro
crescimento do país. Mas corremos atrás de tanta conversa vã, não protegidos, mas embaixo de
40 peneiras com grandes furos, que só um cego ou um grande tolo não vê.
A mais forte raiz de tantos dos nossos males é a falta de informação e orientação, isto é, de
educação. E o melhor remédio é investir fortemente, abundantemente, decididamente, em
educação: impossível repetir isso em demasia. Mas não vejo isso como nossa prioridade.
Fosse o contrário, estaríamos atentos aos nossos gastos e aquisições, mais interessados
45 num crescimento real e sensato do que em itens desnecessários em tempos de crise. Isso não é
subir de classe social: é saracotear diante de uma perigosa ladeira. Não tenho ilusão de que algo
mude, mas deixo aqui meu quase solitário (e antiquado) protesto.

(Disponível em http:<//veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/lya-luft-vejo-multidoes-consumindoestimuladas-a-
consumir-como-se-isso-constituisse-um-bem-em-si-e-promovesse-real-crescimento-do-pais-isso-naoe-subir-de-classe-
social/>. Acesso em nov.2016.)

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MÚLTIPLA ESCOLHA

(10 escores)

ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.

17. (IFMG) As seguintes afirmativas podem ser confirmadas por meio da leitura do texto, EXCETO:

( A ) A ascensão das classes menos favorecidas é realizada por degraus que elevam o
patamar social, econômico e cultural dos novos ricos.
( B ) Apesar da situação precária das ruas e das más condições das estradas, o consumidor é
estimulado a comprar carros.
( C ) Muitas pessoas compram a prazo e não têm condições de pagar as prestações, e às vezes
sequer têm condições financeiras de usar o bem adquirido.
( D ) O consumo é estimulado como um ato positivo e como promotor do desenvolvimento do país,
por isso as pessoas são incitadas a comprar.
( E ) O ideal seria que as pessoas fossem instruídas para consumirem de forma consciente, mas
acontece o contrário: elas são induzidas a consumir de forma exagerada.

18. (IFMG/adaptada) Sobre o posicionamento da enunciadora do texto III, podemos afirmar que

( A ) para ela, ter casa, diploma e trabalho são garantia para o sucesso inabalável.
( B ) ela é a favor da abolição da venda de carros, pois já existem muitos nas ruas e estradas.
( C ) sua principal crítica, no texto, é contra o consumo desenfreado e inconsequente.
( D ) ela acredita que as coisas vão mudar e as pessoas deixarão de consumir desenfreadamente.
( E ) ela defende que, apesar do consumo excessivo, os consumidores sempre pagam suas contas.

19. (IFMG – adaptada) De acordo com as informações contidas no texto, é correto afirmar que

( A ) no quinto parágrafo, há um elogio às políticas de conscientização sobre os riscos do consumo


exagerado.
( B ) no sétimo parágrafo, constata-se que garantir bens materiais e expandi-lo ao máximo ainda é
uma medida preventiva adequada na sociedade atual.
( C ) no nono parágrafo, há a comprovação de que a educação pode auxiliar na luta contra
o consumo exacerbado e ela deve ser vista como prioridade.
( D ) no quarto parágrafo, existe uma reflexão sobre a importância da aquisição de novos veículos
automotivos para o desenvolvimento de um país.
( E ) no primeiro parágrafo, apresenta-se a ideia de que o consumo ajuda as classes sociais menos
favorecidas a se tornarem mais desenvolvidas social e economicamente.

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20. (IFMG) A passagem destacada nos enunciados, no contexto em que se insere, NÃO corresponde,
semanticamente, à característica a ela atribuída em:

( A ) “[...] não ter como pagar a gasolina [... ]” (linha 16): ousadia.
( B ) “Sou de uma classe média [...]” (linha 23): posição social
( C ) “[...] adquirir mais e mais coisas [...]” (linha 35): consumismo
( D ) “[...] ajuda a enfrentar seja o que for.” (linha 32): ação
( E ) “Todos desejam uma vida digna para os despossuídos [...]” (linha 5): sonho.

21. (IFMG) No trecho “Em teoria, seria um grande passo para reduzir a catastrófica desigualdade que
aqui reina.”(l. 2,3), o vocábulo destacado pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

( A ) complicada.
( B ) calamitosa.
( C ) aparente.
( D ) desprezada.
( E ) enorme.

22. (IFMG – adaptada) A afirmativa em que o verbo “acabar” apresenta o mesmo sentido que em
“Porém, receio que, do modo como está se realizando, seja uma ilusão que pode acabar em sérios
problemas para quem mereceria coisa melhor” é:

( A ) Os cento e vinte minutos de prova acabaram.


( B ) A CPI do congresso acabou em pizza.
( C ) A tragédia acabou com a cidade.
( D ) O candidato acabou a tarefa.
( E ) O bandido acabou com a vida do policial acertando-lhe um tiro.

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Leia o cartum que segue e responda ao item 23.

TEXTO IV

(AMARAL, Emília. Novas Palavras. 2. ed. São Paulo: FTD, 2013, p. 308.)

23. A intencionalidade do texto é demonstrar que há

( A ) estímulo ao empreendedorismo social para que todos tenham acesso a bens materiais.
( B ) profunda discrepância na sociedade, retratada por quadros sociais antagônicos.
( C ) incentivo à aquisição de produtos tecnológicos para promover a comunicação móvel.
( D ) investimento em tecnologia da informação em detrimento à tecnologia de produção alimentar.
( E ) priorização da tecnologia como ferramenta única da evolução social.

Observe a charge e responda ao item 24.

TEXTO V

(GALVÃO, Danilo. PEC 241. Disponível em: <https://pt-br.facebook.com/Fotografia-Danilo-Galvão-104629156300955 > Acesso em:
06 nov. 2016.)

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24. O humor da charge é construído a partir da paridade do verbo “temer” com do nome do presidente da
República, Michel Temer. Tal recurso linguístico é denominado

( A ) ambiguidade.
( B ) paronímia.
( C ) antonímia
( D ) sinonímia.
( E ) homonímia.

Leia o poema de Carlos Drummond de Andrade e responda aos itens 25 a 27.

TEXTO VI

BALANÇO

A pobreza do eu
A opulência do mundo.

A opulência do eu
A pobreza do mundo.

A pobreza de tudo
A opulência de tudo

A incerteza de tudo
na certeza de nada

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Balanço. In: CEREJA, Willian Roberto. Gramática Reflexiva: volume único. 3. ed. São Paulo:
Atual, 2009, p. 271.)
Opulência: grande riqueza, luxo, esplendor.

25. Ao elaborar as estrofes formando antíteses, o eu lírico reforça, essencialmente, a ideia de

( A ) oscilação.
( B ) certeza.
( C ) exagero.
( D ) solidão.
( E ) aborrecimento

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26. O poema é essencialmente nominal, isto é, não apresenta verbos. As imagens são construídas a partir
de um nome (substantivo) e de termos que os acompanham, especificando-os. Considerando essa
definição, os termos em destaque nos versos “A pobreza do eu/a opulência do mundo” tem função
sintática de

(A) predicativos do sujeito.

(B) objetos diretos.

(C) complementos nominais.

(D) adjuntos adnominais.

(E) apostos.

DÊ O QUE SE PEDE

27. A construção do poema tem como base o contraste de palavras, que formam vários pares antitéticos.
Identifique quatro desses pares. (04 escores)

Pobreza/opulência, √ eu/mundo, √incerteza/certeza, √tudo/nada√._________________

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Leia o texto que segue e responda aos itens 28 a 30.

TEXTO VII

O romance Os miseráveis é muito comovente e emocionante, pois narra a triste história de Jean
Valjean, um homem muito pobre que, para salvar a família da fome, é forçado a roubar um simples
pão. Desde então, é condenado e preso pela polícia. Porém, quando está prestes a terminar sua pena,
foge, é capturado e acaba sendo condenado novamente. Outras tentativas de fuga ocorrem, mas
5 sempre fracassadas. Por conta disso, permanece 19 anos preso. Valjean recebe liberdade condicional,
mas é marginalizado pela sociedade por seu passado criminoso e não consegue nem trabalho, nem um
local para se abrigar. Nosso herói enfrenta muitas adversidades pelo caminho... Vale a pena conferi-
las.

(Blog Mundo da Leitura. Disponível em: http://wwwmarcondestorres.blogspot.com.br/2012/01/resumos-de-obras-literarias.html>


Acesso em: 10 nov. 2016.)

28. Considere o fragmento: “O romance Os miseráveis é muito comovente e emocionante [...]” para
responder aos subitens a), b) e c).

a) Por que o termo “Os miseráveis” não influencia na concordância verbal? (02 escores)

O termo “Os miseráveis” não influencia na concordância verbal porque não desempenha
a função de sujeito da oração√, com quem o verbo deve concordar√.________________

b) Em termos práticos, para que serve o segmento “Os miseráveis” na oração e qual sua função
sintática? (02 escores)

“Os miseráveis” serve para individualizar, especificar o romance de que se fala√. Sendo
assim, sua função sintática é de aposto especificativo√.__________________________

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c) Que atributos o enunciador do texto dá ao livro? Qual a função sintática que tais atributos
exercem dentro da oração? (02 escores)

Os atributos dados ao filme são “comovente” e “emocionante” √ e exercem a função


sintática de predicativo do sujeito√.___________________________________________

29. Qual a classificação, conforme o contexto, dada ao sujeito da oração no trecho “[...] Por conta disso,
permanece 19 anos preso” (l. 5). Justifique sua resposta. (02 escores)

O sujeito da oração é classificado como elíptico ou oculto√, pois é determinado e possível


de ser identificado no contexto (Jean Valjean) √.________________________________

30. Analise o fragmento “Desde então, é condenado e preso pela polícia [...]” (l. 3) para responder aos
subitens a) e b).

a) Podemos afirmar que no fragmento do texto, a voz verbal presente é passiva. Justifique.
(01 escore)

A voz do verbo é passiva porque o sujeito elíptico, Jean Valjean, sofre a ação verbal√.___

b) Há um termo, nessa oração, que atua na ação verbal. Transcreva-o abaixo, dando sua função
sintática. (02 escores)

O termo responsável pela ação verbal na voz passiva é “pela polícia” √, que desempenha a
função sintática de agente da passiva√.__________________________________________

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PRF/2016 – LÍNGUA
CMCG 1º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 16 Assinado por
PORTUGUESA Profª Londina
Asp. Gruber
GABARITO
Observe o cartaz e leia o texto sobre o filme “Os miseráveis”, realizado em 2012, e responda aos itens
31 e 32.
TEXTO VIII

Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor
Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh
Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos
depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir, ao mesmo tempo em que foge da perseguição do
5 inspetor Javert (Russell Crowe).

(Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-190788/>. Acesso em: 10 nov. 2016. Adaptado.)

31. Qual a função sintática do termo em destaque no fragmento: “A história se passa em plena
Revolução Francesa do século XIX” (l. 2)? (01 escore)

O termo em destaque apresenta a função sintática de adjunto adverbial de tempo√._____

32. Considerando os verbos/locuções verbais em destaque nos enunciados a seguir e a relação que eles
têm com seus complementos, classifique-os quanto à transitividade verbal. Em seguida, identifique e
classifique o(s) complemento(s).

a) “Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo
preso por isso” (l. 2,3). (03 escores)

“Rouba”: verbo transitivo direto√/ “um pão” √: objeto direto√.____________________

b) “[...] ele tentará recomeçar sua vida e se redimir, ao mesmo tempo em que foge da perseguição
do inspetor Javert (Russell Crowe). (03 escores)

“foge”: verbo transitivo indireto√/ “da perseguição do inspetor Javert” √:


objeto_indireto√.________________________________________________________

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PRF/2016 – LÍNGUA
CMCG 1º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª CHAMADA 17 Assinado por
PORTUGUESA Profª Londina
Asp. Gruber
GABARITO

- TABELA DE RESPOSTAS -
SÓ SERÃO CONSIDERADAS AS OPÇÕES ASSINALADAS NESTA TABELA.

ITENS
OPÇÕES
01 02 03 04 05 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
A
B
C
D
E

Correção gramatical e/ou apresentação da prova: 0,2 ponto.

FIM DA PROVA

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