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Características da transmissão Valter Roesler

Página 1 Comunicação de Dados

1 CARACTERÍSTICAS DA TRANSMISSÃO
• A direção do fluxo de dados pode ser do tipo simplex, half-duplex ou
full-duplex;
• Pode-se ter transmissão digital ou analógica;
• A transmissão pode ser serial (síncrona e assíncrona) ou paralela;
• Largura de banda
• Pode-se transmitir um sinal em banda base ou com modulação.

1.1 Direção do fluxo de dados

1.1.1 Canais Simplex


A informação é transmitida em uma única direção, ou seja, somente do
transmissor para o receptor, como mostra a figura a seguir.
Um exemplo deste tipo de transmissão é a comunicação entre um computador e
uma impressora. Neste caso, a impressora somente recebe a informação e o computador
somente envia os dados.

Transmissor Receptor

1.1.2 Half-duplex
A informação é transmitida em ambos os sentidos, de modo alternado, ou seja,
em um determinado instante a informação só vai ou só vem, a fim de evitar conflitos na
linha de dados.
Um exemplo de comunicação half-duplex é entre duas pessoas utilizando um
canal de rádio tipo PX. Quando uma pessoa fala a outra deve escutar. Quando a
primeira pessoa termina de falar, diz "câmbio" e libera o canal para a outra pessoa, que
pode então utilizar o canal.

Transmissor Receptor

Em um sistema de comunicação de dados via modem utilizando um canal half-


duplex a dois fios, existe um tempo necessário para comutar a direção da transmissão,
denominado tempo de "turnaround", normalmente na faixa entre 100 e 400 ms. Esse
tempo depende da linha, do modem e dos supressores de eco (se houver).
Os supressores de eco são dispositivos que detectam a fala humana de um lado
da conexão e eliminam todos os sinais que venham da outra direção (eco).
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Quando uma pessoa para de falar e a outra começa, o supressor de eco altera sua
direção, permitindo sinais do outro lado e eliminando os sinais deste lado. A figura a
seguir mostra seu funcionamento /TAN 96/.

Eles são utilizados em ligações telefônicas em linhas com mais de 2000 Km, pois
nesses casos a fala de uma pessoa pode ecoar no outro lado da linha e produzir eco, que
é indesejável e prejudica a conversa.
O problema da utilização de supressores de eco em transmissão de dados é que a
comunicação Full-Duplex torna-se impossível. Além disso, o tempo de comutação dos
supressores torna a transmissão lenta.
Para superar este problema, convencionou-se a utilização de um sinal puro de
2100 Hz para inibir os supressores de eco enquanto o sinal de linha estiver presente.

1.1.3 Full-duplex
A informação é transmitida em ambos os sentidos de modo simultâneo.
Normalmente é uma transmissão a 4 fios, ou seja, dois pares de fios. Entretanto, existe
uma forma de utilizar transmissão full-duplex a dois fios, alocando parte da largura de
banda para a comunicação A->B e a outra parte para a comunicação B->A.

Transmissor Receptor
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1.2 Transmissão analógica e digital

1.2.1 Transmissão analógica


Na transmissão analógica, os sinais elétricos variam continuamente entre todos
os valores possíveis, permitidos pelo meio físico de transmissão.

• VANTAGENS: precisa de uma pequena largura de banda para


transmitir o sinal;
• DESVANTAGENS: quando necessita repetidor, o repetidor amplifica
também o ruído.

Vale lembrar que QUALQUER SINAL que trafegue sobre um meio wireless é,
obrigatoriamente, analógico [LAN 2002].

1.2.2 Transmissão digital


Na transmissão digital, envia-se uma série de sinais, que tem apenas dois valores
ou uma gama discreta de valores, e correspondem à informação que se deseja transmitir.

VANTAGENS:
• Quando necessita repetidor, há uma regeneração do sinal, pois ele é
digital e pode ser totalmente recuperado, eliminando completamente o
ruído até aquele ponto da transmissão.
• Os avanços da microeletrônica estão permitindo circuitos digitais a
preços cada vez mais baixos. Circuitos analógicos são muito caros e
pouco próprios para integração e produção em larga escala
• Em comunicação digital pode-se integrar facilmente voz, dados e
imagem num mesmo tronco de comunicação, já que tudo é representado
por bits.
• Os sinais analógicos são de difícil encriptação.
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• Os sistemas de comunicação nacionais e internacionais são cada vez


mais baseados em troncos de fibra ótica, que estão totalmente
estruturados em comunicação digital.
• A comunicação ótica (projetada para ser a tecnologia do futuro), é
projetada para comunicação digital.
• Consegue-se transmitir muito mais informação em sinais digitais
• As funções de roteamento, comutação, armazenamento e controle,
próprias de um sistema de comunicação, são mais facilmente realizadas
pelos sistemas digitais (computadores e centrais de programa
armazenado – CPAs, roteadores, etc).

DESVANTAGENS: como o sinal é digital (onda quadrada), precisa de uma


grande largura de banda para executar a transmissão.

1.3 Transmissão paralela e serial dos dados

1.3.1 Transmissão paralela


Na transmissão paralela o caracter (ou código) é transmitido de uma vez só, no
mesmo instante. A seguir, o próximo conjunto de bits é preparado para ser enviado. A
figura a seguir ilustra um exemplo onde são transmitidos 8 bits (1 byte) por vez.
Observe que são necessárias 10 linhas para executar a transmissão. São elas:
• DADOS: 8 linhas, cada uma contendo 1 bit
• REF: referência ou ground
• STB: strobe - aviso que todas as linhas de dados estão na tensão correta
(1 ou 0) e o receptor pode ler a informação.
8 linhas de dados

receptor
transmissor

ref

stb

A transmissão paralela é onerosa, devido à quantidade de linhas exigidas para


fazer a transmissão, entretanto, é bastante rápida, pois o caracter é transmitido completo
e no mesmo instante.
Um exemplo de transmissão paralela de dados é a comunicação entre um
computador pessoal (PC) e uma impressora paralela, cujo conector é mostrado em
http://www.fortunecity.com/skyscraper/ photoshop/129/hwb/menu_Connector.html.
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Na transmissão serial tem-se apenas duas linhas para enviar a mensagem, sendo
que uma delas é a referência (ou ground), e a outra é a linha de sinal. Assim, os bits são
transmitidos um por vez, exigindo um protocolo especial entre transmissor e receptor
para marcar certas características da transmissão, como início dos dados, velocidade
dos bits, e outras que dependem do tipo de protocolo.
A transmissão serial pode ser de dois tipos: assíncrona e síncrona.

1.3.1.1 Transmissão serial assíncrona


Os bytes são enviados um a um, com caracteres especiais marcando o início do
byte e seu final, conforme pode ser visto na figura abaixo.
estado inicial da linha

d0 d1 d2 d3 d4 d5 d6 d7 P
start bit stop bit
A linha encontra-se inicialmente em um estado ocioso. Quando o transmissor
quer enviar o byte, manda um bit de "start", que informa ao receptor que os próximos
bits serão os dados.
Após enviar os bits de dados, é possível enviar um bit de paridade (opcional),
utilizado para conferir se os dados foram enviados corretamente.
Finalmente, é enviado o stop bit, que coloca a linha novamente no estado
original e marca o término da transmissão daquele byte. É possível então enviar um
novo byte, da mesma forma que foi enviado este, e assim por diante até o término da
mensagem.
Um aspecto importante deste tipo de transmissão é que para cada byte enviado
são necessários bits adicionais para correto reconhecimento dos dados. Assim, para
transmitir 8 bits de informação, é necessário enviar 10 bits (se paridade desligada) ou 11
bits (se paridade ligada).
A paridade serve para detecção de erros no byte. Assim, se estiver configurado
paridade par, e o byte a ser transmitido for “10100100”, o bit de paridade deverá ser bit
“1”, pois existem 3 “1”s no byte, e precisa de mais um para formar um número par
(quatro bits “1”, no caso). O receptor vai analisar os bits de dados mais o bit de
paridade, somando todos os bits “1”. Se o resultado não for par, ele detecta que houve
erro na transmissão. Note que se dois bits virarem, o receptor acha que a transmissão
está correta, mas na verdade existe um erro duplo.
O protocolo serial de um computador tipo IBM PC permite a configuração dos
seguintes modos de transmissão:
• Informação (dados úteis): 5 a 8 bits
• Paridade: par, impar ou sem paridade
• Stop bit: largura de 1 bit, 1,5 bits ou 2 bits
• Velocidade: 1.200, 2.400, 4.800, 9.600, 19.200, ... 115.200 bps

No IBM PC, o chip que faz a conversão dos caracteres ASCII para a transmissão
via interface serial é conhecido como UART (Universal Asynchronous Receiver
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Transmiter), e é utilizado um nível de tensão de -12V para representar o nível "1" lógico
e +12V para representar o nível "0" lógico.
A figura a seguir mostra o conector db9 no computador e sua respectiva tabela de
pinos. http://www.fortunecity.com/skyscraper/photoshop/129/hwb/menu_Connector.
html.

Tabela com pinos do DB9 – “9 PIN D-SUB MALE at the Computer”


Pin Name Dir Description
1 CD Carrier Detect
2 RXD Receive Data
3 TXD Transmit Data
4 DTR Data Terminal Ready
5 GND System Ground
6 DSR Data Set Ready
7 RTS Request to Send
8 CTS Clear to Send
9 RI Ring Indicator

Exercício: Suponha uma linha serial assíncrona com taxa de transmissão de 33,6 kbit/s.
Quanto tempo leva para enviar um arquivo de 2Mbytes? Suponha a serial configurada
como 8 bits de dados, 1 stop bit e paridade ímpar.

1.3.1.2 Transmissão serial síncrona


A transmissão serial síncrona caracteriza-se pelo fato dos bits de informação
serem enviados em blocos. Desta forma, os bits de um caractere são seguidos
imediatamente pelos do próximo, não havendo bits de start e stop entre eles.
A transmissão total pode ser representada como mostra a seguinte figura:
Block Check Character

sincronização informação BCC

O bloco de sincronização consiste de alguns caracteres especiais que avisam ao


receptor que está para iniciar a transmissão de uma mensagem.
O bloco de informação consiste basicamente na mensagem que deve ser enviada,
juntamente com os respectivos cabeçalhos. A mensagem útil pode ficar, por exemplo,
na faixa de 512 bytes.
O BCC é um caractere especial enviado ao final da mensagem com o objetivo de
verificar a ocorrência ou não de erros de transmissão. Em caso de erro, o receptor deve
solicitar a retransmissão da mensagem.
Vantagens da transmissão serial síncrona:
• maior eficiência (relação entre informação útil e bits redundantes)
• maior segurança na sincronização
• melhores métodos de detecção de erros
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• maior velocidade

Desvantagens:
• Exigência de buffer, implicando custo mais alto;
• perda de maior quantidade de informação em caso de erro de
sincronização ou de transmissão.

1.3.2 Comparação entre transmissão serial e paralela

1.3.2.1 Custo
A transmissão serial possui um custo de linha bem menor do que a transmissão
paralela, entretanto, requer um esforço maior de hardware e software para serializar os
bytes antes de executar a transmissão.
Para distâncias superiores a 150m, o custo da transmissão paralela torna-se
praticamente proibitivo.

1.3.2.2 Velocidade e distância


A velocidade que pode ser conseguida através da transmissão paralela é bem
maior do que na transmissão serial. Em ambos os tipos de transmissão, a velocidade que
pode ser conseguida é inversamente proporcional à distância, como pode ser visto na
figura a seguir.Normalmente, a distância na transmissão paralela de dados não passa de
30m. A transmissão serial é utilizada de poucos metros até milhares de quilômetros.

1.3.2.3 Atenuação e amplificação


Quando um sinal elétrico é transmitido através de um fio, existe perda do sinal,
que torna-se mais significativa conforme a distância. Para compensar tal perda, pode-se
utilizar transmissores de maior potência ou amplificadores de sinal em determinados
pontos do percurso.
A amplificação de um sinal serial é bem mais simples que a amplificação de
vários sinais em paralelo: problemas de fase e sincronismo associados com a
amplificação de muitos sinais em paralelo pode resultar num aumento significativo de
custos.

1.3.2.4 Conclusão
Comparando a transmissão bit-paralela e bit-serial, pode-se concluir que cada
uma delas tem aplicações onde é mais adequada. Para comunicações em alta velocidade
e a pequenas distâncias é preferível a transmissão paralela. Para longas distâncias e
menores velocidades, a transmissão serial é normalmente a única alternativa.
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1.4 Referências
[LAN 2002] LANGTON, Charan. All About Modulation, Part I. Em
www.complextoreal.com, acesso em março de 2004. 38p.

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