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Códigos de transmissão em banda base

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1 CÓDIGOS DE TRANSMISSÃO EM BANDA BASE


Devido à simplicidade e eficiência que podem ser obtidos com sistemas de transmissão
banda base, são estes os mais largamente utilizados em comunicação de dados em distâncias
limitadas, como perímetros urbanos, campus ou redes com abrangência local /ROC 99/.
As características desses sistemas estão intimamente relacionadas com o código utilizado
para representar e transmitir a informação. A escolha do código a ser adotado pelo sistema de
comunicação banda base é baseado em quatro critérios:
1. menor banda de freqüência ocupada pelo espectro de energia do sinal;
2. facilidade de recuperação do sincronismo;
3. não possuir componentes de baixa freqüência (facilita o acoplamento indutivo);
4. robustez (em relação ao ruído) e simplicidade de implementação.

Por quê uma freqüência alta é ruim na transmissão sobre par de fios? Porque quanto
maior a freqüência, maior a atenuação (característica do meio físico), assim, a distância
alcançada pela transmissão é menor.
Os principais códigos banda base utilizados em sistemas de comunicação de dados
digitais são os seguintes: AMI, HDBn, 4B/3T, bifase (manchester), MLT-3 e 5B/6B. A seguir
esses códigos serão examinados com mais detalhes.

1.1 NRZ – Non Return Zero


O código NRZ é usado como referência, por ser extremamente simples. Nele, o sinal fica
totalmente em “1” ou “0” durante todo o tempo de bit, como mostra a figura.

O problema deste código é que um excessivo número de “0”s ou “1”s faz com que o
receptor perca o sincronismo com o transmissor, necessitando uma linha adicional de
sincronismo externo.
NRZ é utilizado na interface RS-232, que é a linha de comunicação serial dos
computadores com modens, por exemplo. É também utilizado no giga ethernet baseado em fibra
ótica. O código NRZ necessita metade da freqüência do codificação Manchester.

1.2 Manchester (bifase)


O código bifase, o código bifase diferencial, e o código Milller são todos códigos de dois
níveis, codificam essencialmente a transição (fase) do sinal entre os dois níveis de tensão. Esses
códigos, devido à sua simplicidade de implementação, são largamente empregados em redes
locais, como a Ethernet e Token Ring, e também na gravação magnética de dados em discos
rígidos ou flexíveis.
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O código bifase associa a cada bit “zero” uma transição negativa do sinal no meio do bit,
e para o bit "um" é codificado uma transição positiva no meio do bit. Já o código bifase
diferencial associa a cada bit "zero" uma transição no início do bit enquanto os “ums” não tem
transição no início do bit.
A figura a seguir1 ilustra seu funcionamento e o motivo de necessitar uma freqüência tão
elevada.

Sinalização física no 10BASE-T


Os sinais do 10BASE-T são enviados através de dois pares trançados utilizando
transmissão diferencial balanceada, ou seja, em cada par, um fio é usado para levar a amplitude
positiva do sinal diferencial (de 0V a +2,5V) e um fio leva a amplitude negativa do sinal (de 0V
a –2,5V). O sinal pico a pico medido entre os dois fios é, portanto, 5V.
A transmissão diferencial fornece seu próprio ponto de referência, através do qual os
sinais elétricos mudam para negativo ou positivo (de acordo com a codificação Manchester).
Não há necessidade de terra comum nos equipamentos ligados por um segmento UTP, o que
isola a sinalização de problemas com variações de voltagem de terra, aumentando a segurança do
sistema [SPU 00] pg 127. A figura a seguir ilustra o processo.
Codificação Manchester para o 10BASE-T – par trançado

1 0 1 1 0 0

+2,5V

Fio trançado 1

0V

Fio trançado 2

-2,5V

100ns

Sinalização física no 10BASE-FL


Os transceivers óticos enviam e recebem pulsos de luz através da fibra ótica de acordo
com a codificação Manchester, com um esquema de sinalização bastante simples conhecido
como NRZ (Non-Return-to-Zero), onde o bit “1” significa a existência de luz e o bit “0” significa
a ausência de luz. Existe uma fibra para enviar o sinal (TX) e uma para receber o sinal (RX).
Veja exemplo na figura a seguir.

1
http://en.wikipedia.org/wiki/Manchester_code
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Codificação Manchester para o 10BASE-FL – fibra ótica

1 0 1 1 0 0

Presença de luz

Ausência de luz

100ns

1.3 AMI ou bipolar


A lei de formação do AMI (Alternate Mark Inversion), ou também conhecido por código
bipolar, associa a cada bit 1 (marca) um pulso com largura de 0,5 Tb (tempo de bit), alternando
pulsos positivos e negativos para minimizar as componentes de DC no espectro. Esse código foi
originalmente desenvolvido na década de 60 pela Bell americana para Sistemas PCM (Pulse
Code Modulation). A principal limitação do código AMI é a ausência de informação de relógio
com longas seqüências de zeros. Por esse motivo é comum o código AMI ser usado em conjunto
com um embaralhador de bits, ou scrambler. A figura a seguir ilustra o código2.

O código AMI foi utilizado nas antigas linhas T1 (1,544 Mbps) e canais de 64Kbps
americanos.

1.4 HDBn
É um código semelhante ao AMI, mas que evita as seqüências de mais de “n” zeros
sucessivos, através da substituição do zero “n+1” por uma marca de violação (V). A violação
consiste em um pulso com a mesma polaridade do pulso anterior.
Assim, nesse código, ao serem detectados quatro zeros consecutivos, serão codificados
blocos do tipo 000V ou B00V, em que B é um pulso bipolar normal e V corresponde a um pulso
de violação (mesma polaridade do anterior). A codificação de um ou outro bloco é feita de tal
forma que o número de pulsos B entre duas violações V seja sempre impar. Esse código é
recomendado pelo ITU-T sendo também o código padronizado pelo sistema Telebrás para os

2
http://en.wikipedia.org/wiki/Alternate_Mark_Inversion
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modems banda base utilizados pela Embratel nos sistemas multiplex de primeira e segunda
ordem (E1 e E2).
O HDB3 é utilizado nas redes G.703 E1, onde se utiliza somente dois pares de fios para
enviar e receber o sinal. Um par de fios para transmitir e um para receber.
As seguintes regras devem ser obedecidas em uma seqüência de 4 zeros:
• O 2o e 3o zeros são sempre representados pela ausência de pulsos
• O 4o zero é sempre uma violação
• O 1o zero será substituído por B se o pulso que o precede tem a mesma
polaridade da última violação
• O 1o zero será substituído por B se o pulso que o precede é uma violação

Código HDB3
Exemplo 1

01 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1
B V

V B V

Exemplo 2
01 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0

0 0 0 V 0 0 0 V

B 0 0 V B 0 0 V

1.5 4B/3T
No código 4B/3T, os dígitos binários são agrupados em grupos de 4 bits, e cada grupo de
4 bits é convertido em 3 bits. O resultado é uma redução na taxa de sinalização em ¾ .
A escolha da seqüência é feita de acordo com o valor médio atual da componente
contínua do sinal. A seqüência 000 não é utilizada por não ser boa para a transmissão de relógio.
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Palavra binária Modo positivo Modo negativo Disparidade DC


0000 0-+ 0-+ 0
0001 -+0 -+0 0
0010 -0+ -0+ 0
0011 +-+ -+- 1
0100 0++ 0-- 2
0101 0+0 0-0 1
0110 00+ 00- 1
0111 -++ +-- 1
1000 0+- 0+- 0
1001 +-0 +-0 0
1010 +0- +0- 0
1011 +00 -00 1
1100 +0+ -0- 2
1101 ++0 --0 2
1110 ++- --+ 1
1111 +++ --- 3

O resultado pode ser visto na figura a seguir.

Código 4B/3T

01 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1

- + + 0 + + - + - + - 0 0 - + 0 - + - + 0 - - 0 + + +

-2 -1 +2 +1 +1 +1 +1 +1 -2 +2

Existem seis estados possíveis em relação à disparidade DC (-3, -2, -1, +1, +2, +3). Como
o estado nulo não existe, é feita a passagem direta de –1 para +1 e vice-versa no acréscimo
de +1 ou –1.
O código 4B/3T é utilizado em FDDI.

1.6 4B/5B (não é de transmissão física)


Tanto o 100BASE-TX como o 100BASE-FX utilizam o sistema de codificação 4B/5B
para efetuar a transmissão dos sinais. O 4B/5B transforma 4 bits a serem transmitidos em 5 bits,
causando um overhead de 25%, mas agregando funções de controle [SPU 00] pg 120. Esta
sinalização foi adaptada da utilizada nas redes FDDI (Fiber Distributed Data Interface).
A codificação com 5 bits (32 símbolos) ao invés de 4 (16 símbolos) permite um
acréscimo de 16 símbolos (32-16) ao sistema. Um desses símbolos é o IDLE, que é
continuamente enviado quando não existem dados a transmitir naquele momento. Isso faz com
que a sinalização fique permanentemente ativa, enviando sinais a 125Mbauds (overhead de 25%
em relação aos 100Mbit/s) quando nada mais está em andamento.
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A tabela a seguir3 mostra alguns símbolos que podem ser enviados no canal. Os símbolos
de controle são representados por letras, como J e K, utilizados juntos para marcar o início do
preâmbulo no quadro. Outros dois códigos, T e R, são utilizados para marcar o final do quadro.
Name 4b 5b Description
0 0000 11110 hex data 0
1 0001 01001 hex data 1
2 0010 10100 hex data 2
3 0011 10101 hex data 3
4 0100 01010 hex data 4
5 0101 01011 hex data 5
6 0110 01110 hex data 6
7 0111 01111 hex data 7
8 1000 10010 hex data 8
9 1001 10011 hex data 9
A 1010 10110 hex data A
B 1011 10111 hex data B
C 1100 11010 hex data C
D 1101 11011 hex data D
E 1110 11100 hex data E
F 1111 11101 hex data F
I -NONE- 11111 Idle
J -NONE- 11000 SSD #1
K -NONE- 10001 SSD #2
T -NONE- 01101 ESD #1
R -NONE- 00111 SSD #2
H -NONE- 00100 Halt
SSD= Start of Stream Delimiter (100BASE-TX Ethernet)
ESD= End of Stream Delimiter (100BASE-TX Ethernet)

A interface de rede ignora os símbolos IDLE, portanto, uma “portadora” só é detectada


quando símbolos de dados válidos são vistos no canal, mantendo a compatibilidade com o
método CSMA/CD.
Existe também o 8B/10B, que é um código binário redundante para transmissão em fibras
óticas, no qual cada oito bits são codificados em dez bits, permitindo uma melhor detecção de
erro e transmissão da informação de relógio. Esse código é utilizado no Gigabit-Ethernet.
Existe também o 5B/6B, onde cada 5 bits são codificados em 6 bits, e diversos outros
nessa linha, visando diminuir o overhead.

1.7 MLT-3 (MultiLevel Threshold 3)


No Fast-Ethernet 100Base-TX (sobre par de fios), a sinalização de linha inicialmente
converte o sinal original através do 4B/5B, que converte os 4 bits de dados para 5 bits. Após essa
etapa, utiliza-se uma sinalização chamada MLT-3 (MultiLevel Threshold 3). Durante cada
3
http://en.wikipedia.org/wiki/4B5B
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transição de sinal (4 bits convertido para 5 bits) o sinal pode assumir um entre 3 níveis. Durante
cada ciclo de relógio, uma mudança de um nível marca bit “1”, enquanto que um sinal constante
marca bit “0”. Como o nível de sinal não muda durante os bits “0”, reduz a freqüência necessária
no fio, entretanto, torna necessário o uso de um scrambler, a fim de espalhar os padrões de
emissão eletromagnética nos dados. Os três níveis são conseguidos através de tensões
diferenciais que variam de 0 a +1 no fio positivo e de 0 a –1 no fio negativo.
A figura a seguir mostra a transmissão do sinal hexadecimal “0E”, que é primeiramente
dividido em pedaços de 4 bits, depois passa pela tabela do 4B/5B e então é transmitido através
do par trançado na sinalização MLT-3.
http://www.optimized.com/COMPENDI/.

1.8 NRZI (Non Return to Zero, Invert on Ones)


No Fast-Ethernet 100BASE-FX (100Mbps, banda base, fibra ótica), a sinalização física
para enviar a codificação de 5 bits obtida pelo 4B/5B é uma variante do NRZ (que simplesmente
envia pulso positivo no bit “1” e pulso negativo no bit “0”). Essa variante é conhecida como
NRZI (Non-Return-to-Zero, Invert-on-Ones). Esse sistema não modifica o sinal quando envia bit
“0”, e inverte o sinal do estado anterior quando enviando bit “1”.
A figura a seguir mostra a transmissão do sinal hexadecimal “0E”, que é primeiramente
dividido em pedaços de 4 bits, depois passa pela tabela do 4B/5B e então é transmitido através
da fibra na sinalização NRZI.
http://www.optimized.com/COMPENDI/FE-NRZI.htm.

O problema deste código é que um excessivo número de “0”s faz com que o receptor
perca o sincronismo com o transmissor, necessitando uma linha adicional de sincronismo
externo. A solução é utilizar este código juntamente com um algoritmo que não permita uma
seqüência grande de zeros, como o 4B/5B, por exemplo.
NRZI é utilizado no Fast-Ethernet com fibra ótica, e também nos CDs (Compact Discs) e
interface USB.
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1.9 Sinalização física no 1000BASE-T


Para enviar 1 Gbps através de 4 pares de fios levou a engenharia de redes a desenvolver
um sistema no estado da arte, chamado 4D-PAM5. Este esquema traduz 8 bits de dados em uma
transmissão simultânea de quatro símbolos (4D) através dos quatro pares de fios. Os símbolos
são transmitidos utilizando um sistema com 5 níveis de amplitude (PAM5). Os cinco níveis
incluem um sinal de correção de erros para melhorar a razão sinal ruído no cabo [SPU 00] pg
122.

1.10 Comparação entre os principais códigos analisados


Na figura a seguir são mostrados os espectros de cada código para fins de comparação. É
notório que o código 4B/3T e HDB3, apresentam uma ocupação de banda bastante favorável. Já
em termos de simplicidade de implementação, os códigos de dois níveis são melhores.
O código 4B3T exige a menor largura de banda para transmissão, permitindo o uso de um
meio menos sofisticado.

4B3T

1.11 Exemplo de utilização dos códigos


A tabela a seguir /MOE 95/ mostra os códigos de linha utilizados para os sistemas de
transmissão TDM do sistema PDH (Plesiochronous Digital Hierarchy) de 1a, 2a, 3a e 4a ordens, a
serem falados no próximo capítulo.
Meio de 2Mbps 8Mbps 34Mbps 140Mbps
transmissão
Par simétrico HDB3 - - -
1,7-3,5Km
Cabo coaxial - - 4B/3T 4B/3T ou CMI
9,3Km 4,65Km
Fibra multimodo com Binário ou CMI Binário ou CMI 5B/6B 5B/6B
LED: 820-900nm 8-12Km 9-11Km 5,5Km 5Km
1300nm 20Km 15Km 12-21Km 7Km
Fibra multimodo com Binário ou CMI 5B/6B 5B/6B 5B/6B
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Laser: 820-900nm 12-16Km 10-15Km 10-13Km


1300nm 30-40Km 25-35Km 29-39KmKm 20-30Km
Fibra monomodo - - 5B/6B 5B/6B
com Laser: 1300nm 30-55Km 30-50Km
1550nm 40-70Km

1.12 BIBLIOGRAFIA
/MOE 95a/ Moecke, Marcos. Curso de Telefonia Digital - Multiplexação por Divisão de
Tempo e Transmissão Digital. Escola Técnica Federal de Santa Catarina São
José. 1995. 25p.
/ROC 99/ ROCHOL, Juergen. Redes de Computadores – 2a parte. Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Instituto de Informática. 1999.
/TAN 97/ TANENBAUM, Andrew C. Redes de Computadores - 3a edição. Ed. Campus,
Rio de Janeiro, 1997.

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