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INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1
CAPITULO I
1. ORÇAMENTO DO ESTADO................................................................................................. 2
1.1. Breve histórico ...................................................................................................................... 2
1.2. Noções gerais ........................................................................................................................ 3
1.3. Conceitos gerais .................................................................................................................... 3
1.4. Orçamento e Actividade Financeira...................................................................................... 5
1.5. Classificação do Orçamento ................................................................................................. 6
1.5.1. Elemento do Orçamento e figuras afins ............................................................................. 6
CAPITULO II
2. REGRAS ORÇAMENTAIS .................................................................................................... 7
2.1. Anuidade Orçamental ........................................................................................................... 7
2.2. Plenitude orçamental ............................................................................................................. 8
2.4. Equilíbrio Orçamental ........................................................................................................... 9
CAPITULO III
3. ESTRUTURA DO ORÇAMENTO E O EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL ............................. 9
3.1. Princípio de Equilíbrio Orçamental ...................................................................................... 9
3.2. Orçamentos de capital e equilíbrio orçamental ................................................................... 10
CAPITULO IV
4. PREPARAÇÃO CONTEÚDO E FORMA DO ORÇAMENTO .......................................... 11
4.1 Preparação do Orçamento .................................................................................................... 11
4.1.1 Competências e processos administrativos ....................................................................... 11
4.1.2 Elaboração das previsões orçamentais .............................................................................. 11
4.2. Conteúdo e forma de orçamento ......................................................................................... 11
4.3. Aprovação e Execução do Orçamento ................................................................................ 12
CAPITULO V
5. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO ......................................................................................... 12
5.1. Execução do Orçamento de receitas ................................................................................... 12
5.2. Execução do Orçamento de despesas ................................................................................. 13
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................... 15
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica, e foi elaborado pelos estudantes do ISGECOF
(Instituto Superior de Gestão, Comércio e Finanças) do 3°ano, e tem como objectivo aprofundar o
nosso entendimento sobre o orçamento do estado. Orçamento de Estado – é uma previsão, em regra
anual, das despesas a realizar pelo Estado e dos processos de as cobrir, incorporando a autorização
concedida à Administração Financeira para cobrar as receitas e realizar despesas e, limitando os
poderes financeiros da Administração em cada período anual. É com essa linha de ideia que o
trabalho basea – se em estudar.
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CAPITULO I
1. ORÇAMENTO DO ESTADO
Segundo Lunkes (2003) existem vestígios de prática orçamentária em épocas mais antigas em
relação ao surgimento do dinheiro. O termo “orçamento” em francês é traduzido como bouge ou
bougette, originado do latim bulga. A expressão bougett foi incorporada ao vocabulário inglês entre
1400 e 1450. Porém, as raízes das práticas contemporâneas de orçamento devem-se ao
desenvolvimento da Constituição inglesa em 1689. A lei estabelecia que o rei, e depois o primeiro-
ministro, poderia cobrar certos impostos ou gastar recursos, mas somente com a autorização do
Parlamento. Em meados do século XVIII, o primeiro-ministro levava ao Parlamento os planos de
despesas envoltos em uma grande bolsa de couro, cerimônia que passou a chamar-se de opening
of the budget, ou abertura de orçamento. A palavra budget substituiu rapidamente o termo bolsa e
em 1800 foi incorporada ao dicionário inglês. (LUNKES, 2003, p. 35-36). O século XIX foi
fecundo no que se refere ao desenvolvimento de políticas, procedimentos e práticas gerenciais,
especialmente no governo de Napoleão (LUNKES, 2003). Por exemplo, em 1860 a França tinha
desenvolvido um sistema contábil unifor- me, aplicado em todos os departamentos do governo.
Na época, foi determinado um período fiscal de referência e regras para a prestação de contas.
Também foi estabelecido um programa de auditoria e a reversão de recursos não empregados ou
alocados.
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1.2. Noções gerais
Segundo Prof. Dr. Sousa Franco (1980:31), a teoria de orçamento foi elaborada, sobretudo durante
o liberalismo e se liga intimamente aos objectivos inspiradores da democracia liberal: protecção
dos particulares contra o crescimento estadual e os acessos do estrabismo. Este movimento foi
generalizando ao longo da idade média, sofrendo um recuo, a partir do século XVI, com o
absolutismo monárquico.
Foi nomeadamente na Inglaterra que, após as revoluções liberais do século XVII, que se foi
desenhando a instituição orçamental, que, no entanto, teria uma consagração mais exacta
particularmente no que diz respeito aos aspectos de autorização política, na França (Revolução
Francesa) e nos Estados Unidos.
Com efeito, a partir de 1997 tem se vindo a desenvolver esforços de modernização nas áreas do
orçamento do Estado, imposto indirectos, alfândegas, entre outras, o objectivo de melhorar o
sistema de programação e execução orçamental, harmonizar o sistema dos impostos indirectos e a
pauta aduaneira com os sistemas vigentes nos países da região em que Moçambique se insere e
delinear circuitos de registo na área de contabilidade pública visando torna-los mais eficientes,
eficazes e transparentes.
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Orçamento do Estado - é um documento onde se prevêem as receitas e despesas públicas
autorizadas para o período financeiro. (Teixeira Ribeiro).
O Orçamento do Estado - é a autorização política para cobrar receitas e efectuar despesa durante
um certo período, em regra anual, a qual condiciona toda actividade da Administração durante o
ano financeiro, Prof. Dr. Sousa Franco (1980:31)
Despesas Públicas é o conjunto de consumos ou gastos a serem efectuados num Estado durante o
ano económico denomina-se por despesas públicas, Prof. Dr. Sousa Franco (1980:).
Receitas Públicas - São meios económicos obtidos pelo estado e depois usados para a satisfação
das necessidades públicas, Dr. Prof. Ibraimo Ibraimo (2000: 11)
Conta Geral do Estado - a conta geral do estado tem por objecto evidenciar a execução orçamental
e financeira, bem como apresentar o resultado do exercício e avaliação do desempenho dos órgãos
do Estado, art. 45 da Lei 9/2002 de 12/02.
Fiscalização - é uma técnica de controlo capaz de permitir o exame dos actos da administração
pública, visando avaliar a execução de políticas públicas pelo produto, actuando sobre os resultados
efectivos dos programas do governo.
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Segundo Prof. Dr. Sousa Franco (1980:31), a ideia do orçamento do Estado aproxima-se na raiz do
orçamento de qualquer particular, ou seja, no essencial, trata-se de uma previsão da receita e
despesa de um determinado sujeito durante um período económico dado que carece de uma
autorização de forma a assegurar a limitação do Poder Executivo pelo Legislativo e também para
garantia dos direitos dos contribuintes. Assim ele define.
Actividade Patrimonial do Estado - O Estado tem um património que tem que ser gerido
através de um conjunto de operações. Esta zona da actividade financeira, que se relaciona
com os elementos permanentes e duradouros, não se prende propriamente com a gestão dos
dinheiros públicos, a entrada e saída de fundos durante o ano que o orçamento pretende
disciplinar.
Actividade do tesouro público - o tesouro é um serviço encarregado da centralização de
todos os movimentos de fundos (correspondendo à caixa das empresas privadas). Em
princípio cabe-lhes assegurar a execução do Orçamento através de recursos monetários.
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1.5. Classificação do Orçamento
O Orçamento Geral do Estado distingue-se, assim, de algumas outras figuras afins dos orçamentos
das pessoas privadas, da conta do Estado, do Balanço do Estado e do Plano Económico global do
Estado.
Racionalidade económica - O orçamento permite uma gestão mais racional e eficiente dos
dinheiros públicos, na medida em que concretiza uma relação entre as receitas e as despesas.
Quadro de elaboração de políticas financeiras, modernamente, o orçamento, de um ponto
de vista económico, é encarado com um elemento fundamentalmente para execução das
políticas financeiras conseguindo-se através de orçamento conhecer a política económica
global do Estado.
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b) Funções Políticas - O orçamento é uma autorização política que visa conseguir duas ordens de
efeito:
Como acima se refere, o orçamento do Estado é a previsão de receitas e despesas que poderão ser
feitas por um Governo durante o ano económico. Dada a complexidade da elaboração do orçamento
é importante que se integre os vários sectores públicos, com vista a uma previsão racional dos
recursos públicos
CAPITULO II
2. REGRAS ORÇAMENTAIS
As regras orçamentais foram teorizadas durante o liberalismo e representam uma tradução concreta
da ortodoxia liberal no plano da prática financeira. Através destes conjuntos de princípios,
procurava-se conseguir que os objectivos que prosseguidos pela instituição orçamental não
pudessem ser frustados ou sofrer desvios. Neste contexto encontramos as seguintes regras:
A primeira das regras orçamentais clássicas é da anualidade, que tem o sentido do orçamento ser
um acto jurídico cuja vigência é anual sem prejuízo da existência de programas que impliquem
encargos plurianuais. A anualidade implica uma dupla exigência: Votação anual do orçamento e a
execução anual do orçamento pelo governo e pela administração pública. Anualidade nao implica,
por outro lado a coincidência com o ano civil.
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2.2. Plenitude orçamental
O princípio da plenitude orçamental comporta dois aspectos intimamente relacionados: Por um
lado, o orçamento deve ser apenas um e, por outro, todas as receitas e todas as despesas devem ser
inscritas neste orçamento. Trata-se, na prática de duas regras distintas que, num entanto, se
complementam de uma forma evidente.
a) Unidade orçamental - Em cada período orçamental (ano), o Estado deve elaborar apenas um
orçamento, alínea b) art. 13, da Lei 9/2002.
b) Universalidade Orçamental - pelo qual todas as receitas e todas as despesas que determinem
alterações ao património do Estado, devem nele ser obrigatoriamente inscritas.
Os clássicos do liberalismo procuram também definir algumas regras bastante precisas quanto à
forma como são inscritas no orçamento de receitas e despesas e a forma como se efectivam. São as
três regras fundamentais:
a) Especificação, segundo o qual cada receita e cada despesa deve ser suficientemente
individualizada, constitui excepção ao princípio da especificação a inscrição no Orçamento do
Estado de uma dotação provisional, sob gestão do Ministro que superintende a área das Finanças,
de forma a permitir a sua afectação, em momento oportuno e atempado, á realização de despesas
não previsíveis e inadiáveis.
b) Não compensação; através do qual as receitas e as despesas devem ser inscritas de forma
ilíquida;
c) Não consignação, por força do qual o produto de quaisquer receitas não pode ser afectado á
cobertura de determinadas despesas especificas. Exceptuam-se do principio da não consignação os
casos em que:
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Por virtude de autonomia administrativa e financeira, as receitas tenham de ser afectadas a
determinado fim específico ou a determinada instituição ou instituições;
Os recursos financeiros sejam provenientes de operações específicas de crédito público;
Os recursos provenientes decorrem de donativos, heranças ou legados a favor do Estado
com destino específico;
Os recursos tenham por lei especial, destino específico."
De todas as regras clássicas, o princípio de equilíbrio Orçamental, é, sem dúvida o mais importante
constituindo, já não uma mera indicação e natureza formal, mas uma verdadeira exigência
substancial quanto ao conteúdo do orçamento. Assim, o equilíbrio Orçamental tem como
fundamento no qual todas as despesas previstas no orçamento devem ser efectivamente cobertas
por receitas nela inscrita.
2.5.Publicidade
Em conformidade como qual a Lei Orçamental, as tabelas de receitas e as tabelas de despesas e
bem assim as demais informações económicas e financeiras julgadas pertinentes devem ser
publicadas em Boletim da República.
CAPITULO III
Numa primeira aproximação por equilíbrio entende-se a igualdade entre as receitas e as despesas
orçamentais.
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Existem três relações possíveis entre receitas e despesas:
Em sentido amplo o equilíbrio orçamental (em contraposição a défice: "não défice") cobre não só
as situações de equilíbrio aritmético, como também aquelas que se verifica um excedente superavit.
O equilíbrio orçamental pode ser encarado numa perspectiva "ex ante" e "ex post". No primeiro
caso fala-se do equilíbrio do orçamento ou do equilíbrio da previsão orçamental, no segundo do
equilibro da conta ou da execução orçamental. Pode, efectivamente, ter-se registado um equilíbrio
na previsao da receitas e despesas que por qualquer motivo não veio encontrar correspondência na
execução orçamental, mostrando a conta, um desequilibro entre as receitas e as despesas.
Quando se fala em equilíbrio em sentido formal, está-se a pensar apenas na existência de uma
situação contabilista de igualdade entre as receitas e as despesas. Em sentido substancial o
equilíbrio abrange uma realidade mais complexa, já que aqui, se trata de determinar uma relação
concreta entre certo tipo de receitas e despesas, que tem como efeito demonstrar-se se utiliza uma
cobertura ortodoxa ou não dos gastos financeiros. Só existe o equilíbrio orçamental em sentido
substancial quando certas receitas cobrem certas despesas.
O último critério que importa referir é o dos orçamentos de capitais, que assentam na distinção
entre receitas e despesas correntes e de capital. Receitas e despesas de capital são aquelas que
alteram a situação activa do património duradouro do Estado, enquanto as receitas e despesas
correntes são as que oneram e nem aumentam o valor do património duradouro do estado.
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CAPITULO IV
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As classificações das receitas e despesas são feitas em normas específicas prevista na lei de
orçamento, art. 24 nº 2 e 3 da lei 09/2002.
O orçamento e a sua lei são aprovados pela Assembleia da Republica ate 15 de Dezembro de cada
ano, art.26 da lei 09/2002. Aprovado o Orçamento do Estado, o Governo fica autorizado à:
CAPITULO V
5. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
Para dar inicio à execução orçamental, o governo aprova as disposições que se mostrem
necessárias, sem prejuízo da imediata aplicação das normas da lei do orçamento do estado que
sejam directamente exequíveis.
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A execução das receitas compreende três fases seguintes:
É necessário que a despesa esteja integrada numa categoria expressamente prevista no orçamento
e que o seu montante não exceda cumulativamente o que ai está previsto, ou seja, que tenha
cabimento orçamental. Em princípio é necessário que se verifique a regra ou a aplicação da regra
dos duodécimos, trata-se duma regra de prudência que é destinada a fazer frente a possíveis
desregramentos por parte da administração pública.
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CONCLUSÃO
De uma forma sumaria e pormenorizada é de salientar que, em todos os anos, o Governo apresenta
à Assembleia da República uma proposta de Orçamento do Estado. Nele constam as linhas mestras
para governar o país. O documento tem de ser apresentado no Parlamento até 15 e outubro e votado
até 15 de dezembro.
Um orçamento do governo é uma declaração financeira anual que apresenta as receitas e gastos
propostos pelo governo para um exercício financeiro que é frequentemente aprovado pelo
legislativo, aprovado pelo diretor executivo ou pelo presidente e apresentado pelo Ministro das
Finanças à nação. “O debate do Orçamento do Estado está sujeito a um processo legislativo
especial”, lê-se no site da Assembleia da República. Depois de ser apresentado e entregue na
Assembleia da República – todos os anos a 15 de outubro – são agendadas várias audições.
Durante o processo, os cidadãos podem aceder ao texto da proposta de lei, aos mapas, documentos
setoriais e ao relatório do Orçamento do Estado apresentado pelo Ministério das Finanças. Também
é possível consultar o parecer técnico da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) sobre a
proposta de lei. Se o documento suscitar dúvidas de constitucionalidade, o Presidente da República
poderá enviar o diploma para fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional. Caso contrário,
o Presidente promulga o Orçamento, que é depois enviado para a Imprensa Nacional – Casa da
Moeda, para ser publicado em Diário da República. A publicação oficial está prevista para o final
de cada ano. É suposto que o Orçamento entre em vigor no dia 1 de janeiro.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Contabilidade Pública e dos Planos sectoriais dos Serviços Autónomos da Administração
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Contabilidade Pública. Lisboa: Áreas Editora.
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10. NOGUEIRA, Sónia Paula da Silva. (2005). A Contabilidade Pública em Portugal: proposta
de um plano oficial de contabilidade único. Braga: universidade do Minho. Dissertação de
Mestrado.
11. RIBEIRO, José Joaquim Teixeira. (1997). Lições de Finanças Públicas. Coimbra:
Coimbra Editora.
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