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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1
CAPITULO I
1. ORÇAMENTO DO ESTADO................................................................................................. 2
1.1. Breve histórico ...................................................................................................................... 2
1.2. Noções gerais ........................................................................................................................ 3
1.3. Conceitos gerais .................................................................................................................... 3
1.4. Orçamento e Actividade Financeira...................................................................................... 5
1.5. Classificação do Orçamento ................................................................................................. 6
1.5.1. Elemento do Orçamento e figuras afins ............................................................................. 6
CAPITULO II
2. REGRAS ORÇAMENTAIS .................................................................................................... 7
2.1. Anuidade Orçamental ........................................................................................................... 7
2.2. Plenitude orçamental ............................................................................................................. 8
2.4. Equilíbrio Orçamental ........................................................................................................... 9
CAPITULO III
3. ESTRUTURA DO ORÇAMENTO E O EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL ............................. 9
3.1. Princípio de Equilíbrio Orçamental ...................................................................................... 9
3.2. Orçamentos de capital e equilíbrio orçamental ................................................................... 10
CAPITULO IV
4. PREPARAÇÃO CONTEÚDO E FORMA DO ORÇAMENTO .......................................... 11
4.1 Preparação do Orçamento .................................................................................................... 11
4.1.1 Competências e processos administrativos ....................................................................... 11
4.1.2 Elaboração das previsões orçamentais .............................................................................. 11
4.2. Conteúdo e forma de orçamento ......................................................................................... 11
4.3. Aprovação e Execução do Orçamento ................................................................................ 12
CAPITULO V
5. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO ......................................................................................... 12
5.1. Execução do Orçamento de receitas ................................................................................... 12
5.2. Execução do Orçamento de despesas ................................................................................. 13
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................... 15
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica, e foi elaborado pelos estudantes do ISGECOF
(Instituto Superior de Gestão, Comércio e Finanças) do 3°ano, e tem como objectivo aprofundar o
nosso entendimento sobre o orçamento do estado. Orçamento de Estado – é uma previsão, em regra
anual, das despesas a realizar pelo Estado e dos processos de as cobrir, incorporando a autorização
concedida à Administração Financeira para cobrar as receitas e realizar despesas e, limitando os
poderes financeiros da Administração em cada período anual. É com essa linha de ideia que o
trabalho basea – se em estudar.

Na parte inicial, encontramos seguidamente os tópicos desenvolvidos: breve histórico sobre o


orçamento do estado, noções gerais do orçamento do estado, conceitos gerais, Orçamento e
Actividade Financeira, classificação do orçamento, Elementos e Funções do Orçamento, estrutura
do orçamento e o equilíbrio orçamental, preparação conteúdo e forma do orçamento, e execução
do orçamento. Esses tópicos são apresentados sob forma de resumo, simplesmente dando-se ênfase
aos conceitos básicos, e características gerais. Os subtópicos apresentados foram inseridos para ter
uma ideia geral do assunto, depois disso encontram – se a conclusão e as fontes bibliográficas.

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CAPITULO I

1. ORÇAMENTO DO ESTADO

1.1. Breve histórico


A necessidade de orçar recursos não é recente. Sua origem é tão antiga quanto a própria
humanidade, visto que o homem primitivo previa suas necessidades visando à sobrevivência no
inverno. A origem da palavra orçamento deve-se aos antigos romanos, que usavam uma bolsa de
tecido chamada de “fiscus” para coletar os impostos. Posteriormente, a palavra foi também
utilizada para as bolsas da tesouraria e também para os funcionários que as usavam. No início da
Idade Média, a tesouraria do Reino Unido era conhecida como “fisc”. (LUNKES, 2003, p. 35)

Segundo Lunkes (2003) existem vestígios de prática orçamentária em épocas mais antigas em
relação ao surgimento do dinheiro. O termo “orçamento” em francês é traduzido como bouge ou
bougette, originado do latim bulga. A expressão bougett foi incorporada ao vocabulário inglês entre
1400 e 1450. Porém, as raízes das práticas contemporâneas de orçamento devem-se ao
desenvolvimento da Constituição inglesa em 1689. A lei estabelecia que o rei, e depois o primeiro-
ministro, poderia cobrar certos impostos ou gastar recursos, mas somente com a autorização do
Parlamento. Em meados do século XVIII, o primeiro-ministro levava ao Parlamento os planos de
despesas envoltos em uma grande bolsa de couro, cerimônia que passou a chamar-se de opening
of the budget, ou abertura de orçamento. A palavra budget substituiu rapidamente o termo bolsa e
em 1800 foi incorporada ao dicionário inglês. (LUNKES, 2003, p. 35-36). O século XIX foi
fecundo no que se refere ao desenvolvimento de políticas, procedimentos e práticas gerenciais,
especialmente no governo de Napoleão (LUNKES, 2003). Por exemplo, em 1860 a França tinha
desenvolvido um sistema contábil unifor- me, aplicado em todos os departamentos do governo.
Na época, foi determinado um período fiscal de referência e regras para a prestação de contas.
Também foi estabelecido um programa de auditoria e a reversão de recursos não empregados ou
alocados.

A origem do Orçamento de Estado já ficou sobejamente referenciada a partir da necessidade de


conceder aos cidadãos contribuintes a possibilidade de não só darem o seu acordo expresso, mas
também de verificarem o modo da respectiva utilização, em relação às receitas e às despesas
públicas.

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1.2. Noções gerais
Segundo Prof. Dr. Sousa Franco (1980:31), a teoria de orçamento foi elaborada, sobretudo durante
o liberalismo e se liga intimamente aos objectivos inspiradores da democracia liberal: protecção
dos particulares contra o crescimento estadual e os acessos do estrabismo. Este movimento foi
generalizando ao longo da idade média, sofrendo um recuo, a partir do século XVI, com o
absolutismo monárquico.

Foi nomeadamente na Inglaterra que, após as revoluções liberais do século XVII, que se foi
desenhando a instituição orçamental, que, no entanto, teria uma consagração mais exacta
particularmente no que diz respeito aos aspectos de autorização política, na França (Revolução
Francesa) e nos Estados Unidos.

Na sequência da revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a


Constituição Monárquicos de 1791 vieram afirmar a competência exclusiva do corpo legislativo
para fixar as despesas e repartir os impostos, firmando de uma forma mais precisa o conteúdo do
orçamento.

Segundo a Lei n. 9/2002, de 12 de Fevereiro, em Moçambique, o sistema de administração


financeira assenta em normas legais que remotam a mais de cem anos, sendo de destacar o
regulamento de fazenda, que data de 1901 e o regulamento de contabilidade publica, de 1881.

Com efeito, a partir de 1997 tem se vindo a desenvolver esforços de modernização nas áreas do
orçamento do Estado, imposto indirectos, alfândegas, entre outras, o objectivo de melhorar o
sistema de programação e execução orçamental, harmonizar o sistema dos impostos indirectos e a
pauta aduaneira com os sistemas vigentes nos países da região em que Moçambique se insere e
delinear circuitos de registo na área de contabilidade pública visando torna-los mais eficientes,
eficazes e transparentes.

1.3. Conceitos gerais


Orçamento - é um documento onde são previstas as receitas e despesas, ou ainda um mapa de
previsão de receitas e despesas.

Estado - é um ente de direito publico, dotado de poderes públicos; é um conjunto de Povo,


Território e Soberania

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Orçamento do Estado - é um documento onde se prevêem as receitas e despesas públicas
autorizadas para o período financeiro. (Teixeira Ribeiro).

Orçamento do Estado - é o documento no qual estão previstas as receitas a arrecadar e fixadas as


despesas a realizar num determinado exercício económico e tem por objecto a prossecução da
política financeira do Estado, segundo o Capitulo I, art. 12 da Lei do SISTAFE (Sistema de
Administração Financeira do Estado)

O Orçamento do Estado - é a autorização política para cobrar receitas e efectuar despesa durante
um certo período, em regra anual, a qual condiciona toda actividade da Administração durante o
ano financeiro, Prof. Dr. Sousa Franco (1980:31)

Despesas Públicas é o conjunto de consumos ou gastos a serem efectuados num Estado durante o
ano económico denomina-se por despesas públicas, Prof. Dr. Sousa Franco (1980:).

Receitas Públicas - São meios económicos obtidos pelo estado e depois usados para a satisfação
das necessidades públicas, Dr. Prof. Ibraimo Ibraimo (2000: 11)

Conta Geral do Estado - a conta geral do estado tem por objecto evidenciar a execução orçamental
e financeira, bem como apresentar o resultado do exercício e avaliação do desempenho dos órgãos
do Estado, art. 45 da Lei 9/2002 de 12/02.

Fiscalização - é uma técnica de controlo capaz de permitir o exame dos actos da administração
pública, visando avaliar a execução de políticas públicas pelo produto, actuando sobre os resultados
efectivos dos programas do governo.

Modelo de previsão corresponde a um conjunto de equações que se utilizam, integrando-as nos


dados estatísticos de que se dispõe, a fim de os projectar no tempo, partindo do princípio de que no
passado determinadas variáveis evoluíram de certa forma, no futuro irão continuar a evoluir de
maneira identicamente determinada.

No Modelo de Decisão pretende esclarecer as consequências económicas da adaptação de uma


determinada medida ou estratégia de política económica.

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Segundo Prof. Dr. Sousa Franco (1980:31), a ideia do orçamento do Estado aproxima-se na raiz do
orçamento de qualquer particular, ou seja, no essencial, trata-se de uma previsão da receita e
despesa de um determinado sujeito durante um período económico dado que carece de uma
autorização de forma a assegurar a limitação do Poder Executivo pelo Legislativo e também para
garantia dos direitos dos contribuintes. Assim ele define.

Nesta perspectiva, a função peculiar do Estado é proporcionar bem-estar social da população


mediante o atendimento das necessidades públicas da população. A necessidade Publica é toda
aquela de interesse geral, satisfeita pelos serviços públicos seja por concurso dos seus agentes ou
por delegação a pessoas sob a supervisão do Estado. A afinidade de prestação de serviço público
está intimamente ligada às funções do Estado e os seus objectivos logo, a Administração pública
presta serviços objectivando satisfazer as necessidades públicas criando condições para o
desenvolvimento económico que proporciona o bem-estar social. Assim o estado prevê a suas
receitas e despesas públicas através do seu orçamento.

1.4. Orçamento e Actividade Financeira


O Estado, com o seu papel de satisfazer as necessidades colectivas da nação tem de produzir bens
e serviços para tal, o que implica a realização de despesas e para cobrir estas despesas precisa de
recursos financeiros. "O orçamento é o quadro geral básico de toda actividade financeira, na
medida em que através dele se procura regular a utilização que é dada aos dinheiros públicos. Nem
toda actividade financeira, no entanto, se cinge a execução orçamental, nomeadamente nos Estados
modernos". As duas principais zonas que pode ser indicadas como escapando à disciplina
orçamental são:

Actividade Patrimonial do Estado - O Estado tem um património que tem que ser gerido
através de um conjunto de operações. Esta zona da actividade financeira, que se relaciona
com os elementos permanentes e duradouros, não se prende propriamente com a gestão dos
dinheiros públicos, a entrada e saída de fundos durante o ano que o orçamento pretende
disciplinar.
Actividade do tesouro público - o tesouro é um serviço encarregado da centralização de
todos os movimentos de fundos (correspondendo à caixa das empresas privadas). Em
princípio cabe-lhes assegurar a execução do Orçamento através de recursos monetários.

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1.5. Classificação do Orçamento

Compete ao Governo aprovar e manter um classificador orçamental de receitas e despesas do


Estado, cuja estrutura obedeça às seguintes regras:

Receita orçamental é classificada de acordo com os critérios económicos, territorial e por


fontes de recursos;
A despesa orçamental é classificada de acordo com os critérios orgânicos, territoriais,
económico e funcional.

A classificação económica tanto de receita como da despesa compreende as duas categorias


seguintes: a corrente e a de capital.

1.5.1. Elemento do Orçamento e figuras afins


Elemento económico - Trata-se da previsão da gestão orçamental do Estado.
Elemento político - É a autorização política deste plano ou projecto de gestão estadual.
Elemento jurídico - o instrumento pelo qual se processa alimentação dos poderes dos órgãos
da Administração no domínio financeiro.

O Orçamento Geral do Estado distingue-se, assim, de algumas outras figuras afins dos orçamentos
das pessoas privadas, da conta do Estado, do Balanço do Estado e do Plano Económico global do
Estado.

1.5.2. Elementos e Funções do Orçamento

a) Funções Económicas - O orçamento tem funções puramente económicas. Economicamente o


orçamento é uma previsão. E, dentro das funções económicas do orçamento, podemos considerar
em dupla perspectiva:

Racionalidade económica - O orçamento permite uma gestão mais racional e eficiente dos
dinheiros públicos, na medida em que concretiza uma relação entre as receitas e as despesas.
Quadro de elaboração de políticas financeiras, modernamente, o orçamento, de um ponto
de vista económico, é encarado com um elemento fundamentalmente para execução das
políticas financeiras conseguindo-se através de orçamento conhecer a política económica
global do Estado.

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b) Funções Políticas - O orçamento é uma autorização política que visa conseguir duas ordens de
efeito:

Garantir dos direitos fundamentais - Assegura-se através da disciplina orçamental que


a propriedade privada só é tributada na medida em que tal seja consentido pelos
representantes dos proprietários;
Garantia do equilíbrio dos poderes - Através do mecanismo da autorização política, a
cargo das Assembleias da República, cabendo a esta um papel importante no controlo
do executivo.

c) Funções Jurídicas - Decorrem do seu elemento político e consubstanciam-se através do


aparecimento de toda uma série de normas destinadas a concretizar as funções de garantia que o
orçamento visava prosseguir.

Como acima se refere, o orçamento do Estado é a previsão de receitas e despesas que poderão ser
feitas por um Governo durante o ano económico. Dada a complexidade da elaboração do orçamento
é importante que se integre os vários sectores públicos, com vista a uma previsão racional dos
recursos públicos

CAPITULO II
2. REGRAS ORÇAMENTAIS

As regras orçamentais foram teorizadas durante o liberalismo e representam uma tradução concreta
da ortodoxia liberal no plano da prática financeira. Através destes conjuntos de princípios,
procurava-se conseguir que os objectivos que prosseguidos pela instituição orçamental não
pudessem ser frustados ou sofrer desvios. Neste contexto encontramos as seguintes regras:

2.1. Anuidade Orçamental

A primeira das regras orçamentais clássicas é da anualidade, que tem o sentido do orçamento ser
um acto jurídico cuja vigência é anual sem prejuízo da existência de programas que impliquem
encargos plurianuais. A anualidade implica uma dupla exigência: Votação anual do orçamento e a
execução anual do orçamento pelo governo e pela administração pública. Anualidade nao implica,
por outro lado a coincidência com o ano civil.

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2.2. Plenitude orçamental
O princípio da plenitude orçamental comporta dois aspectos intimamente relacionados: Por um
lado, o orçamento deve ser apenas um e, por outro, todas as receitas e todas as despesas devem ser
inscritas neste orçamento. Trata-se, na prática de duas regras distintas que, num entanto, se
complementam de uma forma evidente.

a) Unidade orçamental - Em cada período orçamental (ano), o Estado deve elaborar apenas um
orçamento, alínea b) art. 13, da Lei 9/2002.

b) Universalidade Orçamental - pelo qual todas as receitas e todas as despesas que determinem
alterações ao património do Estado, devem nele ser obrigatoriamente inscritas.

A unidade e a universalidade têm, desde logo, um fundamento político de evitar a existência de


massas de receitas e despesas que escapam do controlo político e administrativo.

2.3. Discriminação orçamental

Os clássicos do liberalismo procuram também definir algumas regras bastante precisas quanto à
forma como são inscritas no orçamento de receitas e despesas e a forma como se efectivam. São as
três regras fundamentais:

a) Especificação, segundo o qual cada receita e cada despesa deve ser suficientemente
individualizada, constitui excepção ao princípio da especificação a inscrição no Orçamento do
Estado de uma dotação provisional, sob gestão do Ministro que superintende a área das Finanças,
de forma a permitir a sua afectação, em momento oportuno e atempado, á realização de despesas
não previsíveis e inadiáveis.

b) Não compensação; através do qual as receitas e as despesas devem ser inscritas de forma
ilíquida;

c) Não consignação, por força do qual o produto de quaisquer receitas não pode ser afectado á
cobertura de determinadas despesas especificas. Exceptuam-se do principio da não consignação os
casos em que:

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Por virtude de autonomia administrativa e financeira, as receitas tenham de ser afectadas a
determinado fim específico ou a determinada instituição ou instituições;
Os recursos financeiros sejam provenientes de operações específicas de crédito público;
Os recursos provenientes decorrem de donativos, heranças ou legados a favor do Estado
com destino específico;
Os recursos tenham por lei especial, destino específico."

2.4. Equilíbrio Orçamental

De todas as regras clássicas, o princípio de equilíbrio Orçamental, é, sem dúvida o mais importante
constituindo, já não uma mera indicação e natureza formal, mas uma verdadeira exigência
substancial quanto ao conteúdo do orçamento. Assim, o equilíbrio Orçamental tem como
fundamento no qual todas as despesas previstas no orçamento devem ser efectivamente cobertas
por receitas nela inscrita.

2.5.Publicidade
Em conformidade como qual a Lei Orçamental, as tabelas de receitas e as tabelas de despesas e
bem assim as demais informações económicas e financeiras julgadas pertinentes devem ser
publicadas em Boletim da República.

CAPITULO III

3. ESTRUTURA DO ORÇAMENTO E O EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL

3.1. Princípio de Equilíbrio Orçamental

O equilíbrio orçamental é de todas as regras orçamentais clássicas, a mais importante e também a


mais controversa. Fala-se por vezes em equilíbrio financeiro, mas este representa uma realidade
mais ampla do que o equilíbrio orçamental, já que através daquela ideia se procura exprimir uma
relação entre o equilíbrio do crédito público do orçamento da própria tesouraria e os equilíbrios
globais de economia. Importa analisar:

a) Equilíbrio, défice e superavit.

Numa primeira aproximação por equilíbrio entende-se a igualdade entre as receitas e as despesas
orçamentais.
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Existem três relações possíveis entre receitas e despesas:

Se as receitas excedem as despesas, estamos em face de uma situação de superavit;


Se há igualdade encontramos uma situação de equilíbrio aritmético;
E se não chegam para cobrir as despesas, fala-se de défice.

Em sentido amplo o equilíbrio orçamental (em contraposição a défice: "não défice") cobre não só
as situações de equilíbrio aritmético, como também aquelas que se verifica um excedente superavit.

b) Equilíbrio "ex ante" e equilíbrio "ex post"

O equilíbrio orçamental pode ser encarado numa perspectiva "ex ante" e "ex post". No primeiro
caso fala-se do equilíbrio do orçamento ou do equilíbrio da previsão orçamental, no segundo do
equilibro da conta ou da execução orçamental. Pode, efectivamente, ter-se registado um equilíbrio
na previsao da receitas e despesas que por qualquer motivo não veio encontrar correspondência na
execução orçamental, mostrando a conta, um desequilibro entre as receitas e as despesas.

c) Equilibro formal e substancial

Quando se fala em equilíbrio em sentido formal, está-se a pensar apenas na existência de uma
situação contabilista de igualdade entre as receitas e as despesas. Em sentido substancial o
equilíbrio abrange uma realidade mais complexa, já que aqui, se trata de determinar uma relação
concreta entre certo tipo de receitas e despesas, que tem como efeito demonstrar-se se utiliza uma
cobertura ortodoxa ou não dos gastos financeiros. Só existe o equilíbrio orçamental em sentido
substancial quando certas receitas cobrem certas despesas.

3.2. Orçamentos de capital e equilíbrio orçamental

O último critério que importa referir é o dos orçamentos de capitais, que assentam na distinção
entre receitas e despesas correntes e de capital. Receitas e despesas de capital são aquelas que
alteram a situação activa do património duradouro do Estado, enquanto as receitas e despesas
correntes são as que oneram e nem aumentam o valor do património duradouro do estado.

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CAPITULO IV

4. PREPARAÇÃO CONTEÚDO E FORMA DO ORÇAMENTO

4.1 Preparação do Orçamento

4.1.1 Competências e processos administrativos

A preparação do orçamento cabe ao governo, apoiado no conjunto da Administração Pública. Na


elaboração dos seus programas e orçamentos, o Governo deve ter em conta a sua compatibilização
com os orçamentos de investimento plurianuais, considerando toda a planificação delineada na
preparação destes. O programa e execução do Orçamento do Estado devem ser tratados a preços
correntes. A competência do governo no que toca a elaboração do orçamento esta expressamente
consagrada na Constituição da Republica de Moçambique.

4.1.2 Elaboração das previsões orçamentais


Uma que o orçamento é uma previsao de receitas e despesas que vão ser afectadas a sua cobertura,
põe-se a questão de saber quais os critérios que podem ser utilizados pelo agentes encarregados na
previsao orçamental para estabelecerem uma estimativa dos respectivos valores. Existem
fundamentalmente três grandes ordens de critérios:

Critérios administrativos ou automáticos-foram durante muito tempo aquelas que eram


exclusivamente seguidos na previsao orçamental. Baseiam-se sobre tudo na experiência e
no juízo prático da administração.
Critérios de previsao económica ? os modelos económicos podem ser usados por duas
formas na previsao orçamental: ou através de modelos de decisão ou de modelos de
previsao.

4.2. Conteúdo e forma de orçamento


A proposta da lei do orçamento é submetida pelo governo a apreciação da Assembleia da Republica
que é o órgão competente para aprova-lo, art. nr da CRM.

O orçamento é constituído basicamente pelo:


Orçamento de despesa
Orçamento de receitas

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As classificações das receitas e despesas são feitas em normas específicas prevista na lei de
orçamento, art. 24 nº 2 e 3 da lei 09/2002.

4.3. Aprovação e Execução do Orçamento

O orçamento e a sua lei são aprovados pela Assembleia da Republica ate 15 de Dezembro de cada
ano, art.26 da lei 09/2002. Aprovado o Orçamento do Estado, o Governo fica autorizado à:

Proceder á gestão e execução do Orçamento do Estado aprovado, adoptando as medidas


consideradas necessárias á cobrança das receitas previstas e á realização das despesas
fixadas;
Proceder á captação e canalização de recursos necessários, tendo sempre em conta o
princípio da utilização mais racional possível das dotações orçamentais aprovadas e o
princípio da melhor gestão de tesouraria;
Proceder á abertura de créditos públicos para atender ao défice orçamental;
Realizar operações de crédito por antecipação da receita, para atender a défices
momentâneos de tesouraria.

Não sendo aprovada a proposta do Orçamento do Estado, é reconduzido o do exercício económico


anterior, com os limites nele definidos, incluindo os ajustes verificados ao longo deste exercício,
mantendo-se assim em vigor até á aprovação de novo Orçamento do Estado.

CAPITULO V

5. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
Para dar inicio à execução orçamental, o governo aprova as disposições que se mostrem
necessárias, sem prejuízo da imediata aplicação das normas da lei do orçamento do estado que
sejam directamente exequíveis.

5.1. Execução do Orçamento de receitas


A receita só pode cobrada se tiver existência legal, por outro lado para que a sua cobrança seja
válida é necessária que a mesma esteja escrita no orçamento, ou seja, que a sua cobrança esteja
autorizada para aquele ano (inscrição).

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A execução das receitas compreende três fases seguintes:

Lançamento e procedimento administrativo de verificação da ocorrência do facto gerador


da obrigação correspondente;
Liquidação, cálculo do montante da receita devida e identificação do respectivo sujeito
passivo;
Cobrança, acção de cobrar, receber ou tomar posse da receita e subsequente entrega ao
tesouro público.

5.2. Execução do Orçamento de despesas


A realização das despesas compreende as três fases seguintes:

Cabimento, acto administrativo de verificação, registo e cativo do valor do encargo a


assumir pelo estado;
Liquidação, apuramento do valor que efectivamente há a pagar e emissão da competente
ordem de pagamento;
Pagamento ou entrega da importância em dinheiro ao titular do documento de despesa.

É necessário que a despesa esteja integrada numa categoria expressamente prevista no orçamento
e que o seu montante não exceda cumulativamente o que ai está previsto, ou seja, que tenha
cabimento orçamental. Em princípio é necessário que se verifique a regra ou a aplicação da regra
dos duodécimos, trata-se duma regra de prudência que é destinada a fazer frente a possíveis
desregramentos por parte da administração pública.

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CONCLUSÃO

De uma forma sumaria e pormenorizada é de salientar que, em todos os anos, o Governo apresenta
à Assembleia da República uma proposta de Orçamento do Estado. Nele constam as linhas mestras
para governar o país. O documento tem de ser apresentado no Parlamento até 15 e outubro e votado
até 15 de dezembro.

Um orçamento do governo é uma declaração financeira anual que apresenta as receitas e gastos
propostos pelo governo para um exercício financeiro que é frequentemente aprovado pelo
legislativo, aprovado pelo diretor executivo ou pelo presidente e apresentado pelo Ministro das
Finanças à nação. “O debate do Orçamento do Estado está sujeito a um processo legislativo
especial”, lê-se no site da Assembleia da República. Depois de ser apresentado e entregue na
Assembleia da República – todos os anos a 15 de outubro – são agendadas várias audições.

O Orçamento é analisado e votado em comissões parlamentares e discutido e votado, na


generalidade, no Plenário. Posteriormente, regressa às comissões de especialidade e, mais tarde, ao
Plenário, para discussão e votação na especialidade. Depois da redação final, o documento é
promulgado pelo Presidente da República e publicado em decreto.

Durante o processo, os cidadãos podem aceder ao texto da proposta de lei, aos mapas, documentos
setoriais e ao relatório do Orçamento do Estado apresentado pelo Ministério das Finanças. Também
é possível consultar o parecer técnico da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) sobre a
proposta de lei. Se o documento suscitar dúvidas de constitucionalidade, o Presidente da República
poderá enviar o diploma para fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional. Caso contrário,
o Presidente promulga o Orçamento, que é depois enviado para a Imprensa Nacional – Casa da
Moeda, para ser publicado em Diário da República. A publicação oficial está prevista para o final
de cada ano. É suposto que o Orçamento entre em vigor no dia 1 de janeiro.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Contabilidade Pública e dos Planos sectoriais dos Serviços Autónomos da Administração
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ISCTE, Business School. Dissertação de Mestrado.
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11. RIBEIRO, José Joaquim Teixeira. (1997). Lições de Finanças Públicas. Coimbra:
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