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A Doutrina Secreta da Kabbalah – Parte 16

A Ciência Sagrada Kabbalística da Linguagem

O Tetragrammaton e a Ciência Sagrada Hebraica

A Pronúncia do Tetragrammaton
Apesar de a pronúncia do Tetragrammaton ter sido proibida, no mínimo, desde o
século III a.C., a todos exceto ao sumo-sacerdote no dia do Yom Kippur e no
recôndito do Santo dos Santos, uma exceção que terminou com a destruição do
Templo, há agora duas pronúncias bem reconhecidas do Tetragrammaton: uma
promulgada por estudantes bíblicos modernos e a outra, rejeitada por eles.
A pronúncia aceita universalmente pelos estudantes bíblicos é Yaweh e aquela
desacreditada por eles é Jeovah.
Ambos os movimentos de crédito e descrédito parecem ter começado com Jean
Astruc, médico de Luís XV, que originou um "elevado senso crítico" em 1753,
distinguindo dois ramos no Gênesis marcados pelo uso de Elohim ou "Yahweh".
O último assumindo o lugar do que ele entendia como a forma incorreta do popular
Jeovah.
É agora um dogma-padrão, repetido em todos os livros bíblicos respeitáveis tanto
judeus como não-judeus, que a pronúncia Jeovah é um produto da ignorância de
hebraístas gentios relativa a uma prática escritural hebraica que indicava o termo
substituto Adonai, colocando pontos vocálicos desse nome entre as letras do
Tetragrammaton.
Era igualmente considerado prova de sua própria iluminação, novamente entre
judeus e gentios, o orgulhoso uso da forma "correta", Yahweh.
Foi um comentário de Rudolf Steiner que me sugeriu como nosso estudo das letras
vocálicas poderia resolver esse impasse entre as pronúncias cristãs, uma vez que a
tradição judaica mantinha-se calada sobre esse assunto:
Se alguém ascendesse ao mundo espiritual (...) poderia dizer que ele consiste
inteiramente de vogais.
Na falta de instrumentos corporais, esse alguém entraria em um mundo colorido de
formas variadas com vogais (...)
Isso porque encontraria nas linguagens próximas daquelas primordiais que as
palavras para as coisas do mundo suprassensível eram compostas de vogais.
A palavra hebraica Jahve, por exemplo, não teria o "j" e o "v"; consistiria somente
em vogais e seria meio cantada ritmicamente.

Steiner mostra sua modernidade usando a pronúncia Yahweh aceita, apesar de


fazê-lo com formas consonantais germânicas.
Mas sua crença de que o Nome divino "consistia apenas em vogais" abre uma nova
possibilidade de pronúncia.
Apesar de sua afirmação não poder ser verificável no que se refere à natureza
vocálica das linguagens antigas, encontramos nela uma ponta de verdade.
Quando o homem era mais mamífero do que humano, o sistema límbico emocional
predominava e deve ter produzido uma linguagem de vogais mais lírica.
Apesar de, mais tarde, as consoantes terem se desenvolvido para representar a
grande precisão da cognição cortical, espera-se que as palavras mais sagradas
mantivessem suas formas mais tradicionais, constituídas exclusivamente por
vogais.
Uma vez que aceitamos que o Tetragrammaton consiste preferencialmente em
vogais, já que sabemos que conduz vogais em suas letras, sua pronúncia torna-se
óbvia.
O Iud representa o som “i” longo, o Hei, o som “a” longo, e o Vav, o som “u” longo,
a pronúncia das quatro letras que pode ser inicialmente proposta é I-a-u-a.
Mas é um fato que os sons “i” e “u” têm término consonantal; o primeiro um Y, e o
último um W.
Assim, uma proposta mais real seria I-ya-u-wa.
Mas, se podemos ver agora que o Iud e o Vav começam com uma vogal e
terminam com uma consoante, poderia parecer que o mesmo acontecesse com o
Hei.
De fato, se observarmos atentamente, perceberemos imediatamente que ele
começa com o som vocálico e termina com a consoante aspirada.
Se a terminação consonantal for incluída, á pronúncia seria I-ya-hu-wa.
É Iyahuwah, com acentos colocados ritmicamente nas duas sílabas “ah”, a forma de
pronúncia do Nome mais provavelmente preservada ritualisticamente pelo
sacerdócio para recitação no Yom Kipur, que fazia parte da prece de expiação.

A tradição reconstruída durante a prece do Avodah na liturgia moderna do Yom


Kipur descreve que cada uma das recitações do Nome pelo sumo-sacerdote era tão
prolongada que a comunidade tinha tempo de responder com uma frase bastante
longa, indicando que ele era entoado musicalmente.
Mas, durante os mil anos ou mais em que uma pronúncia geral do Nome foi
permitida, fez-se que as quatro vogais fossem truncadas para permitir uma
recitação mais fácil ou rápida.
A mais simples dessas simplificações resultou em uma das seguintes formas:
'Yah'wah ou 'Yahuwah.
Ambas têm grande semelhança com as formas modernas de pronúncia, mas
também uma diferença significativa.
É claro que 'Yah'wah, finalmente reduzida para Yawah, está muito próxima da
versão moderna Yahweh: porém, a primeira parece ser mais coerente, pois não
haveria razão para os dois Hei's terem pronúncias diferentes.
Similarmente, `Yahuwah, que seria simplificado para Yahowah, é próximo do
supostamente inapropriado Jeovah. mas novamente temos de dar preferência ao
Yahowah pela mesma razão de pronúncias idênticas das letras Hei.
Uma vez que os judeus foram separados em vários locais, em dois reinos e ainda
na Babilônia, parece provável que diferenças lingüísticas tenham acontecido e, com
isso, houve interferência na pronúncia do Nome.
A utilização do Nome era proibida em maldições ou juramentos, conforme
recomendava o Terceiro Mandamento, que impedia seu uso em vão.
Entretanto, seu uso em compromissos sagrados, bênçãos e preces devia ser
comum e suficientemente contínuo para permitir que as várias tendências
lingüísticas o influenciassem, levando às duas principais pronúncias que já
apresentamos.
A primeira coisa que parece estar provada pela habilidade de derivar Yahweh e
Jeovah de um entendimento de que o Tetragrammaton era composto
exclusivamente de letras vocálicas indica que aquele deve ter sido o significado
original daquelas letras.
As consoantes Y, H, W identificadas, essas letras deviam ser os sons conclusivos
das vogais, já que mais tarde pensou-se que as representavam de fato.
Parece claro também que elas sempre foram letras vocálicas, isto é, aquelas que,
por carregarem originalmente uma combinação consoante-vocálica, poderiam ser
usadas tanto na forma vocálica original como para expressar o som truncado de
suas consoantes finais.
Parece que a linguagem hebraica, como o grego, era originalmente composta de
letras significando vogais e consoantes.
Adicionalmente às três letras do Tetragrammaton, que também aparecem em
muitas palavras hebraicas representando as três principais vogais longas, há ainda
as duas letras silenciosas Alef e Ayin, que também significam vogais nas palavras
hebraicas, como, por exemplo Adonai (com Alef) e Sh'ma (com Ayin).
O fato de a maior parte das vogais não ser lingüisticamente diferenciada levou ao
desenvolvimento dos pontos vogais massoréticos, um produto recente de
conveniência literária envolvendo a indicação do som vocálico das consoantes.
A segunda coisa que tal derivação parece ter provado é que Jeovah não é menos
válido que Yaweh e, assim, que este último não pode ser considerado a abreviação
correta ou a pronúncia original do Tetragrammaton.
Jeovah é a pronúncia correta do Nome indicada pelos pontos massoréticos
colocados nas letras do Tetragrammaton na Bíblia, uma vez que se entenda o
anglicismo de transformar o Iud em J e o Vav em seu equivalente consonantal V.
O que aparece é um sheva sob o Iud, indicando a redução da vogal para “u” com a
conseqüência de colocar o acento na sílaba seguinte; uma dupla pontuação do Vav,
com o ponto cholam sobre ele indicando o som “o” e o kamatz sob ele indicando
um som “a”: 
.
Lendo as letras estritamente como consoantes, teremos Yehovah ou a forma
anglicizada Jeovah.
Entretanto, se assumirmos que os escribas massoréticos não estavam tentando
indicar a pronúncia tradicional do Tetragrammaton, mas ainda estivessem
conscientes do caráter vocálico de suas letras, então a pronúncia indicada seria um
pouco diferente.
O shéva sob o Iud estaria indicando uma queda da vogal inicial “i” e sua redução,
que levaria o acento à sílaba seguinte transformando o som em yah.
A segunda sílaba seria o mesmo “ho”, mas a terceira começaria com o fim do som
anterior, e o Vav seria pronunciado “wah”.
Teríamos então 'Yahowah, provavelmente acentuada nas primeira e terceira
sílabas.
Se imaginarmos que os escribas tentavam reproduzir o mais próximo possível a
pronuncia do Nome, acreditamos ser esta a mais próxima do original.

Vamos agora considerar a visão-padrão de que os pontos massoréticos são meios


de indicar as vogais de Adonai.
A palavra Adonai é pontuada como segue:  .
O patach sob o Alef inicial indica um “a” curto, encurtado ainda mais pelo sheva
adicionado que joga o acento para a segunda sílaba.
O cholam acima do Dalet indica o som “o”.
O kamatz embaixo do Nun não indica o “a” longo, já que, como está seguido pelo
Iud, converte-se no ditongo “a-i”.
Apesar de poder argumentar-se que as omissões do patach embaixo do lud, do Te-
tragrammaton e de qualquer indicador de uma conversão do kamatz embaixo do
Vav, isso não consiste em problema com relação à pontuação do Tetragrammaton
com as vogais de Adonai, já que é óbvio que não combinam.
Se assim não fosse, a pronúncia de Adonai seria Uhdonah.
Não apenas Adonai teria de ser entendido como substituto, mas também que o
sheva deveria ser seguido de um patach perdido e o kamatz, seguido de um Iud
também perdido.
Muito teria de ser entendido na falta de qualquer evidência da intenção
massorética!
Mesmo não havendo maneira de resolver a questão, pode ser que a alegação
judaica da ignorância dos gentios no entendimento da pontuação substituta,
alegação aceita pelos estudantes bíblicos gentios, era realmente uma tentativa de
evitar a descoberta e o uso da pronúncia correta do Tetragrammaton pelos cristãos.
E deve ter funcionado, já que a pronúncia alternativa Yahweh então desenvolvida
não se aproxima tanto da forma original quanto Yahowah ou o Jeovall cristianizado.
Ambos envolvem uma mudança do som vocálico, mas aquela de “u” para “o” em
Jeovah está dentro do espectro da letra Vav e exige uma articulação mais fácil do
que aquela de “a” para “e” de Yahweh que, como não envolve apenas a letra Hei,
resulta em uma articulação mais dificil.
Se há qualquer superioridade em Yahweh, é na vogal de sua primeira sílaba e na
restauração do duplo acento do que era provavelmente um Nome de quatro sílabas.
O que esperamos que a discussão precedente tenha revelado é que tanto Yahweh
como Jeovah podem ter derivado da pronúncia vocálica completa do
Tetragrammaton naturalmente modificada por meio de um processo natural de
mudança lingüística, mas que nenhuma delas é a forma original.
Precisamos, agora, observar o que essa pronúncia original pode nos dizer a respeito
da natureza da divindade.
Partindo da premissa de que as letras do Tetragrammaton foram sempre
consoantes representativas de três vogais longas, a pronúncia inequívoca seria
EYAHUWAH.
O que isso indica a princípio é uma associação da divindade com a linguagem de
vogais do coração, a fonte musical da linguagem que o Gênesis nos diz que estava
lá desde o princípio da criação.
É por tal entendimento do coração que as mensagens proféticas também podem
ser transmitidas.
Mas, além dessa identificação geral com a fonte da linguagem e seu poder tanto de
criar quanto de comunicar, as associações das vogais do Nome também tem muito
a dizer.

No próximo texto, as vogais serão identificadas primeiro com as sefirot e depois


com as harmônicos, e essas correlações indicarão onde os sons vocálicos deveriam
ser colocados no homem macro e microcósmico.
Podemos adiantar que, tanto no homem cósmico quanto no humano, o som “i”
deve ser colocado na cabeça, o “a” no coração e o som “u” no abdômen e abaixo.
Assim, as três primeiras letras do Tetragrammaton podem ser entendidas como
sintetizando ou harmonizando as forças ou expressões superiores e inferiores do
divino, o que pode ser considerado como suas formas imanente e transcendente,
pela mediação do coração divino que se posiciona ao meio.
Não deve ser surpresa, portanto, que a posição do Tetragrammaton no Diagrama
da Árvore da Vida seja na Sefirah Tiferet, em que predomina o coração divino.
Entretanto, se esse fosse o significado total do Tetragrammaton, ele não precisaria
conter quatro letras.
Uma vez que consideramos as quatro letras, a acentuação previamente
apresentada sugere que o Nome está dividido em duas unidades sonoras, “i-a” e
“u-a”.
Na cosmologia kabbalística dos Partzufim, essas unidades podem ser relacionadas a
dois níveis de acasalamento divino: aquele do Iud e o primeiro Hei com o Yichud de
Abba e Imma, e aquele de Vav e o segundo Hei com o Yichud de Ze'ir Anpin e a
Nukvah.
Apesar de o simbolismo ser sexual, a associação de ambos os acasalamentos com o
som “a” do coração sugere adicionalmente que essas unificações são de e por meio
do coração.
Poderíamos ir além e ver a unificação superior como aquela das faculdades mentais
superiores com o coração e a união inferior das faculdades instintivas também com
o coração.
Finalmente, podemos ver ambos os pares como formas definidas do coração, o “i” e
o “u” servindo como adjetivos que agem sobre um substantivo.
Visto dessa forma, “i-a” pode ser interpretado como o coração superior e “u-a”,
como o coração inferior.
Um conceito de "coração duplo" existe na tradição judaica com referência às duas
"inclinações" às quais o coração está sujeito: a boa inclinação (yetzer ha-tov) e a
má (yetzer ha-rá).
Porém, tanto aqui quanto no próximo texto, um entendimento diferente do
"coração duplo" será desenvolvido.
O nome completo, i-a-u-a ou Iyahuwah, pode ser entendido como aquele que
unifica os dois corações, ou une.
Nesse último caso, definimos a natureza de Deus como aquela em que o
transcendente e o imanente são unidos em um amor que os permeia; e, no
primeiro, definimos Sua natureza redentora em termos da graça que pode unir o
coração duplo no homem.
Como tal unificação do coração duplo pode produzir a redenção do homem, pode
ser melhor entendido pelo conceito do renascimento.
Como já vimos, o Partzuf identificado com Ze'ir Anpin, segundo Luria, nasce duas
vezes, e poderíamos dizer que a unificação do coração duplo também proporciona
um renascimento espiritual para o homem.
O humano e o divino estão trabalhando uma salvação conjunta pela qual serão
abençoados, uma salvação por meio da qual as formas transcendentes e imanentes
de Deus estarão unidas para sempre pelo e com o homem em amor harmonioso.
Como visto pelas letras vocálicas que compõem o Tetragrammaton, esse Nome
pessoal do Deus de Israel conduz à natureza exata do poder de redenção do amor
divino que foi sempre atribuída ao Deus pessoal pela tradição esotérica judaica.
Também deve ficar claro que as várias correspondências mostradas neste texto
entre as letras vocálicas e o Tetragrammaton revelam uma rede de associações
muito mais complexa do que poderia supor o produto de um simples acidente ou
pura conveniência.
Podemos dizer que essas letras trazem o significado de uma existência vital e
divina, pois enfocam uma rede de conexões tão profunda que só nos pode encher
de reverência dadas suas dimensões de correspondências ocultas, cuja explicação
.está muito além da capacidade da mente humana.
Entretanto, trazem também tamanhas evidências que podemos começar a
desenvolver o que, nas palavras de Wordsworth, é "um senso sublime de alguma
coisa fundida muito mais profundamente".

Continua

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