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PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

O sistema de equações é solucionado como auxílio dos determinantes das


matrizes.

• Determinante Principal (Δp)

0,73333 L1 0,20000 L1
Δp =
0,20000 L1 0,73333 L1

Δp = (0,73333L1 ) − (0,20000L1 ) = 0,49777L21


2 2

• Determinante Característico (ΔcX1)

− δ10 0,20000 L1
Δ c X1 =
− δ 20 0,73333 L1

Δ c X1 = − 0,73333 L1 ⋅ δ10 + 0,20000 L1 ⋅ δ 20

Logo:

Δ c X 1 − 0,73333 L1 ⋅ δ10 + 0,20000 L1 ⋅ δ


X1 = = 20
Δp 0,49777L21

− 1,47323 δ 10 + 0,40179 δ
X1 = 20
(7.33)
L1

Deve-se ressaltar que:

X1 = M 10

• Determinante Característico (ΔcX2)

0,73333 L1 − S10
ΔcX2 =
0,20000 L1 − S 20

Δ c X 2 = −0,73333L1 ⋅ δ 20 + 0,2000L1 ⋅ δ10

Logo:

Δ c X 2 − 0,73333 L1 ⋅ δ 20 + 0,20000 L1 ⋅ δ
X2 = = 10
Δp 0,49777L21

− 147323 δ 20 + 0,40179 δ10


X2 = (7.34)
L1

Assim como:

X 2 = M 20

234
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Observa-se que os valores de X1 e X2 dependem dos valores de δ10 e δ20, que


dependem da posição da carga P = 1 tf sobre a viga.

Os diversos valores assumidos por X1 e X2 quando a carga P = 1 tf se desloca


sobre a viga, representam as ordenadas das linhas de influência de momentos fletores
em S10 e S20, respectivamente. Desse modo, pode-se dizer que:

⎧LIX1 = LIM S10



⎩LIX 2 = LIM S20

Calculam-se, a seguir, os valores assumidos por δ10 e δ20 quando a carga P=1 tf
se desloca sobre a viga.

Aplicando-se a carga P = 1 tf no 1º vão do sistema principal, ilustrada na Figura


7.49, e relacionando-a com os hiperestáticos unitários aplicados também no sistema
principal da Figura 7.50, determinam-se δ10 e δ20 para cada seção deste trecho em
análise:

• Cálculo de δ10

1
δ10 = × M × M (1 + ξ) L1 (7.35)
6
__
Mas, M = 1 (7.36)

Px.x '
e M= = ξ.ξL1 (7.37)
L

x
com ξ = (7.38)
L

a equação (7.35) para a ser escrita como

1
δ10 = × ξ ⋅ ξ' (1 + ξ)L21 (7.39)
6

Denominando-se

WD = ξ ⋅ ξ' (1 + ξ) (7.40)

A expressão (7.39) modifica-se para:

1
δ10 = × WD × L21 (7.41)
6

A parcela de WD é tabelada em função de ξ, ou seja:

WD = f (ξ) (7.42)

235
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

• Cálculo de δ20

δ 20 = 0
P=1 tf

X X'
DM 0

L1 1,2L1 L1

M=X . X'/L1

Figura 7.49 - Aplicação da carga unitária no 1o vão

X1=1 tfm X1=1 tfm


DM1

1,00

X2=1 tfm X2=1 tfm


DM2

1,00

Figura 7.50 - Aplicação dos hiperestáticos unitários no sistema principal

O Quadro 7.3 apresenta o cálculo de δ10 e δ20 para as diversas posições de P = 1


tf no 1º vão.

Quadro 7.3 - Cálculo das ordenadas do 1º vão das LIMS10 e LIMS20

Seção ξ WD δ10 δ20 X1 = M10 X2 = M20


S0 0,00 0,000 0,0000 0 0,000 0,000
S1 0,10 0,099 0,0165 L12 0 - 0,0243 L1 + 0,0066 L1
S2 0,20 0,192 0,0320 L12 0 - 0,0471 L1 + 0,0129 L1
S3 0,30 0,273 0,0455 L12 0 - 0,0670 L1 + 0,0183 L1
S4 0,40 0,336 0,0560 L12 0 - 0,0825 L1 + 0,0225 L11
S5 0,50 0,375 0,0625 L12 0 - 0,0921 L1 + 0,0251 L1
S6 0,60 0,384 0,0064 L12 0 - 0,0943 L1 + 0,0257 L1
S7 0,70 0,357 0,0595 L12 0 - 0,0877 L1 + 0,0239 L1
S8 0,80 0,288 0,0480 L12 0 - 0,0707 L1 + 0,0193 L1
S9 0,90 0,171 0,0285 L12 0 - 0,0420 L1 + 0,0115 L1
S10 1,00 0,000 0,0000 0 0,000 0,000

236
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Aplicando-se a carga P = 1 tf no 2º vão (v. Figura 7.51) e adotando o mesmo


procedimento apresentado para o 1º vão, determinam-se os valores dos hiperestáticos X1
e X2; que são apresentados no Quadro 7.4.
P=1 tf
X X'
DM 0

1,2L1 L1

Figura 7.51 - Aplicação da carga unitária no 2o vão

x.x '
M=
1,2L1

• Cálculo de δ10

1
δ10 = ⋅ M ⋅ M ⋅ (1 + ξ ) ⋅ L1 ⋅ 1,2 (7.43)
6

Neste caso, M = ξ.ξ1 .1,2L1 (7.44)

Substituindo-se (7.36) e (7.43) em (7.44), tem-se:

1
× ξ.ξ'×(1 + ξ ) × (1,2L1 )
2
δ10 = (7.45)
6

Denominando-se

W ' D = ξ.ξ'×(1 + ξ ) (7.46)

A expressão (7.45) modifica-se para:

δ10 = 0,24 × L21 × W ' D (7.47)

A parcela de W’D é tabelada em função de ξ, ou seja:

WD′ = f (ξ) (7.48)

• Cálculo de δ20

A dedução da expressão de δ 20 segue na mesma seqüência de δ10 , daí:

δ 20 = 0,24 × L21 × WD (7.49)

237
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Quadro 7.4 - Cálculo das ordenadas do 2º vão das LIMS10 e LIMS20

SEÇÃO ξ WD W’D δ10 δ20 X1 = M10 X2 = M20


S10 0,00 0,000 0,000 0,0000 0,0000 0,000 0,000
S11 0,10 0,099 0,171 0,0410 L12 0,0238 L12 - 0,0508 L1 - 0,0186 L1
S12 0,20 0,192 0,288 0,0691 L12 0,0461 L12 - 0,0833 L1 - 0,0402 L1
S13 0,30 0,273 0,357 0,0857 L12 0,0655 L12 - 0,0999 L1 - 0,0621 L1
S14 0,40 0,336 0,384 0,0922 L12 0,0806 L12 - 0,1034 L1 - 0,0817 L1
S15 0,50 0,375 0,375 0,0900 L12 0,0900 L12 - 0,0964 L1 - 0,0964 L1
S16 0,60 0,384 0,336 0,0806 L12 0,0922 L12 - 0,0817 L1 - 0,1034 L1
S17 0,70 0,357 0,273 0,0655 L12 0,0857 L12 - 0,0621 L1 - 0,0999 L1
S18 0,80 0,288 0,192 0,0461 L12 0,0691 L12 - 0,0402 L1 - 0,0833 L1
S19 0,90 0,171 0,099 0,0238 L12 0,0410 L12 - 0,0186 L1 - 0,0508 L1
S20 1,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

E, para finalizar, aplica-se a carga P = 1 tf no 3º vão, conforme ilustra a Figura


7.52.

P=1 tf
X X"
DM0

L1

M=X . X'/L1

Figura 7.52 - Aplicação da carga unitária no 3o vão

Os coeficientes δ10 e δ20 são calculados com os diagramas das Figuras 7.50 e
7.52, já tabelados.

• Cálculo de δ10

δ10 = 0

• Cálculo de δ20

1
δ 20 = × WD' × L 2
1 (7.50)
6

Os valores dos hiperestáticos X1 e X2 estão apresentados no Quadro 7.5.

238
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Quadro 7.5 - Cálculo das Ordenadas do 3º vão das LIMS10 e LIMS20

SEÇÃO ξ W’D δ10 δ20 X1 = M10 X2 = M20


S20 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
S21 0,10 0,171 0,000 L12 0,0285 L12 + 0,0115 L1 - 0,0420 L1
S22 0,20 0,288 0,000 L12 0,0480 L12 + 0,0193 L1 - 0,0707 L1
S23 0,30 0,357 0,000 L12 0,0595 L12 + 0,0239 L1 - 0,0877 L1
S24 0,40 0,384 0,000 L12 0,0640 L12 + 0,0257 L1 - 0,0943 L1
S25 0,50 0,375 0,000 L12 0,0625 L12 + 0,0251 L1 - 0,0921 L1
S26 0,60 0,336 0,000 L12 0,0560 L12 + 0,0225 L1 - 0,0825 L1
S27 0,70 0, 273 0,000 L12 0,0455 L12 + 0,0183 L1 - 0,0670 L1
S28 0,80 0,192 0,000 L12 0,0320 L12 + 0,0129 L1 - 0,0471 L1
S29 0,90 0,099 0,000 L12 0,0165 L12 + 0,0066 L1 - 0,0243 L1
S30 1,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Apresenta-se na Figura 7.53 o aspecto das linhas de influência de momentos


fletores para as seções S10 e S20.

• Linha de Influência de M10 ( LIMS10 )

LIM S 10

• Linha de Influência de M20 ( LIMS20 )

LIM S 20

Figura 7.53 - Aspecto das linhas de influência de momentos fletores em S10 e S20

7.5.3.2 Cálculo das Ordenadas dos Extremos dos Balanços das


Linhas de Influência de Momentos Fletores
A metodologia descrita anteriormente permitiu calcular as ordenadas nos
décimos dos vãos das linhas de influência dos momentos fletores sobre os apoios
intermediários da viga. Deve-se agora, determinar as ordenadas das seções situadas nos
balanços das vigas. Como os balanços são isostáticos, os trechos das linhas de
influência localizadas nos mesmos são constituídos por retas. Portanto, basta calcular a
ordenada do extremo do balanço, para a definição completa do trecho.

A Figura 7.54 ilustra a linha de influência de momentos para S10, onde:

• X1 = Ms10 para, P =1 tf no extremo do balanço esquerdo;

• X2 = Ms10 para, P = 1 tf no extremo do balanço direito.

239
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

x2

x1
LIM S10

Figura 7.54 - Linha de influência de momentos em S10

Aplicando-se a carga P = 1 tf no extremo do balanço, conforme mostra a Figura


7.55, e traçando-se o diagrama de momentos fletores, tem-se:
P=1 tf
x2
DM1

x1

Figura 7.55 - Aplicação da carga unitária no extremo do balanço esquerdo

x1 = Ms10, para P =1 tf no extremo do balanço esquerdo;

x1’ = Ms10, para P =1 tf no extremo do balanço direito (por simetria).

Para a determinação das ordenadas dos extremos dos balanços de todas as linhas
de influência de momentos fletores, deve-se calcular o diagrama de momentos fletores
da viga para a carga P = 1 tf aplicada no extremo do balanço (DM0).

Relacionando o diagrama da Figura 7.56 (DM0) com os hiperestáticos unitários


aplicados também no sistema principal da Figura 7.57, determinam-se δ10 e δ20 para
cada seção deste trecho em análise:

• Cálculo de δ10

1
δ10 = − × 1 × 0,2 L1 × L1 = − 0,0333 L21
6

δ10 = −0,0333L 21

• Cálculo de δ20

δ20 = 0
P=1 tf
0,2 L1
DM0

L1 1,2 L1 L1

Figura 7.56 - Carga unitária aplicada no balanço esquerdo do sistema principal

240
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X2=1 tfm X1=1 tfm


DM1

1,00

X2=1 tfm X2=1 tfm


DM2

1,00

Figura 7.57 - Aplicação dos hiperestáticos unitários no sistema principal

Substituindo-se os valores de δ10 e δ20 nas expressões (7.33) e (7.34), tem-se:

X1 = 0,0491 L1

X 2 = − 0,0134 L1

Encontrados os valores de X1 e X2, pode-se traçar o diagrama de momentos


fletores da Figura 7.58.

0,200 L1
-0,0134 L1
DM1

x1
0,0491L1
x1

Figura 7.58 - Diagrama de momentos fletores para carga unitária no extremo do


balanço esquerdo

As abscissas x1 e x2 são pontos fixos no diagrama do 1º e 2º vãos,


respectivamente, e são calculados por:

0,0491.L1
X1 = = 0,197.L1
0,2 + 0,0491

0,0134.L1
X2 = = 0,214.L1
0,0491 + 0,0134

Pela definição de linha de influência, tem-se:

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PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

• + 0,0491 L1 → ordenada do extremo do balanço esquerdo da LIMS10 ;

• - 0,0134 L1 → ordenada do extremo do balanço esquerdo da LIMS20 .

Por simetria:

• - 0,0134 L1 → ordenada do extremo do balanço direito da LIMS10 ;

• + 0,0491 L1 → ordenada do extremo do balanço direito da LIMS20 .

7.5.3.3 Cálculo das Linhas de Influência dos Momentos Fletores


das Seções Intermediárias, Esforços Cortantes e Reações de
Apoio
a) Linhas de Influência de Momentos Fletores

O cálculo das ordenadas das linhas de influência de momentos fletores e


esforços cortantes nas diversas seções intermediárias da viga é feito a partir das linhas
de influência dos hiperestáticos ( LIMS10 e LIMS20 ). A Figura 7.59 ilustra o
procedimento a ser adotado:

P=1 tf
s s'

S
hip. hip.
M esq. M dir.
x

(L-X) / L (Mhip.
esq.)

M hip.
esq. M hip.
dir.
esq.

x
M hip.

M hip.
dir.

hip.
X / L M dir.

Ms isost.

Figura 7.59 - Carga unitária aplicada em seção qualquer de tramo isostático

O momento em uma seção intermediária é calculado com a expressão:

L−x x
MS = ⋅ M esq
hip. + ⋅ M dir isoest .
hip. + M S (7.51)
L L

242
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Por analogia,

L−x x
LIMS = ⋅ LIM esq
hip. + ⋅ LIM dir isoest
hip. + LIM S (7.52)
L L

A Figura 7.60 mostra LIMisost de uma seção S qualquer para uma carga unitária
P = 1 tf passeando pelo vão.
P=1 tf
y

L-x / L ( x )
LIM s isost.

Ms

Figura 7.60 - Carga P=1 tf no vão

y L−x
Para y < x ⇒ M S = ⋅ ⋅x (7.53)
x L

L−y L−x
Para y > x ⇒ M S = ⋅ ⋅x (7.54)
L−x L

O Quadro 7.6 apresenta o cálculo das ordenadas para o traçado da linha de


influência de momentos fletores para a seção S4.

243
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Quadro 7.6 - Ordenadas nos décimos de vão da LIMS4

Seção LIMShip LIMShip LIMSiso4 LIMS


0 10 4
S1 0 -0,0243 L1 0,0600 L1 0,4 ×(-0,0243) L1 + (0,6000) L1 = 0,0503 L1
S2 0 -0,0470 L1 0,1200 L1 0,4 × (-0,0470) L1 + (0,1200) L1 = 0,1012 L1
S3 0 -0,0670 L1 0,1800 L1 0,4 × (-0,0670) L1 + (0,1800) L1 = 0,1532 L1
S4 0 -0,0825 L1 0,2400 L1 0,4 × (-0,0825) L1 + (0,2400) L1 = 0,2070 L1
S5 0 -0,0921 L1 0,2000 L1 0,4 × (-0,0921) L1 + (0,2000) L1 = 0,1632 L1
S6 0 -0,0943 L1 0,1600 L1 0,4 × (-0,0943) L1 + (0,1600) L1 = 0,1223 L1
S7 0 -0,0877 L1 0,1200 L1 0,4 × (-0,0877) L1 + (0,1200) L1 = 0,0849 L1
S8 0 -0,0707 L1 0,0800 L1 0,4 × (-0,0707) L1 + (0,0800) L1 = 0,0517 L1
S9 0 -0,0420 L1 0,0400 L1 0,4 × (-0,0420) L1 + (0,0400) L1 = 0,0232 L1
S10 0 0 0 0
S11 0 -0,0508 L1 0 0,4 × (-0,0508) L1 = -0,0203 L1
S12 0 -0,0833 L1 0 0,4 × (-0,0833) L1 = -0,0332 L1
S13 0 -0,0999 L1 0 0,4 × (-0,0999) L1 = -0,0396 L1
S14 0 -0,1034 L1 0 0,4 × (-0,1034) L1 = -0,0414 L1
S15 0 -0,0964 L1 0 0,4 × (-0,0964) L1 = -0,0386 L1
S16 0 -0,0817 L1 0 0,4 × (-0,0817) L1 = -0,0326 L1
S17 0 -0,0621 L1 0 0,4 × (-0,0621) L1 = -0,0248 L1
S18 0 -0,0402 L1 0 0,4 × (-0,0402) L1 = -0,0161 L1
S19 0 -0,0186 L1 0 0,4 × (-0,0186) L1 = -0,0074 L1
S20 0 0 0 0
S21 0 0,0115 L1 0 0,4 × (0,0115) L1= 0,0046 L1
O aspecto da linha de influência de momentos fletores em S4 está representado
na Figura 7.61.

LIM S 4

Figura 7.61 - Aspecto da linha de influência de momento na seção S4

O Quadro 7.7 apresenta o cálculo das ordenadas para o traçado da linha de


influência de momentos fletores para a seção S15.

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PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Quadro 7.7 - Ordenadas nos décimos de vão da LIMS15

Seção LIMShip LIMShip LIMSiso


15
LIMS
10 20 15
S1 -0,0243 L1 0,0066 L1 0 0,5 × (-0,0243) L1+ 0,5 × (0,0066) L1 = -0,0089 L1
S2 -0,0470 L1 0,0129 L1 0 0,5 × (-0,0470) L1+ 0,5 × (0,0129) L1 = -0,0171 L1
S3 -0,0670 L1 0,0183 L1 0 0,5 × (-0,0670) L1+ 0,5 × (0,0183) L1 = -0,0244 L1

S4 -0,0825 L1 0,0225 L1 0 0,5 × (-0,0825) L1+ 0,5 × (0,0225) L1 = -0,0300 L1


S5 -0,0921 L1 0,0251 L1 0 0,5 × (-0,0921) L1+ 0,5 × (0,0251) L1 = -0,0335 L1
S6 -0,0943 L1 0,0257 L1 0 0,5 × (-0,0943) L1+ 0,5 × (0,0257) L1 = -0,0343 L1
S7 -0,0877 L1 0,0239 L1 0 0,5 × (-0,0877) L1+ 0,5 × (0,0239) L1 = -0,0319 L1
S8 -0,0707 L1 0,0193 L1 0 0,5 × (-0,0707) L1+ 0,5 × (0,0193) L1 = -0,0257 L1
S9 -0,0420 L1 0,0115 L1 0 0,5 × (-0,0420) L1+ 0,5 × (0,0115) L1 = -0,0153 L1
S10 0 0 0 0
S11 -0,0508 L1 -0,0186 L1 0,0600 L1 0,5 × (-0,0508) L1-0,5 × (0,0186+0,060) L1= 0,0253 L1
S12 -0,0833 L1 -0,0402 L1 0,1200 L1 0,5 × (-0,0833) L1-0,5 × (0,0402+0,120) L1= 0,0583 L1
S13 -0,0999 L1 -0,0621 L1 0,1800 L1 0,5 × (-0,0999) L1-0,5 × (0,0621+0,180) L1= 0,0990 L1
S14 -0,1034 L1 -0,0817 L1 0,2400 L1 0,5 × (-0,1034) L1-0,5 × (0,0817+0,240) L1= 0,1475 L1
S15 -0,0964 L1 -0,0964 L1 0,3000 L1 0,5 × (-0,0964) L1-0,5 × (0,0964+0,300) L1= 0,2036 L1
S16 -0,0817 L1 -0,1034 L1 0,2400 L1 0,5 × (-0,0082) L1-0,5 × (0,1034+0,240) L1= 0,1475 L1
S17 -0,0621 L1 -0,0999 L1 0,1800 L1 0,5 × (-0,0621) L1-0,5 × (0,0999+0,180) L1= 0,099 L1
S18 -0,0402L1 -0,0833 L1 0,1200 L1 0,5 × (-0,0402) L1-0,5 × (0,0833+0,120) L1= 0,0583 L1
S19 -0,0186 L1 -0,0508 L1 0,0600 L1 0,5 × (-0,0186) L1-0,5 × (0,0508+0,060) L1= 0,0253 L1

S20 0 0 0 0
S21 0,0115 L1 -0,0420 L1 0 0,5 × (0,0115) L1 -0,5 × (0,0420) L1 = -0,0153 L1
S22 0,0193 L1 -0,0707 L1 0 0,5 × (0,0193) L1 -0,5 × (0,0707) L1 = -0,0257 L1

O aspecto da linha de influência de momentos fletores em S15 está representado


na Figura 7.62.

LIM S 15

Figura 7.62 - Aspecto da linha de influência de momento na seção S15

b) Linhas de Influência de Esforços Cortantes

O cálculo das linhas de influência dos esforços cortantes, nas diversas seções, é
feito a partir das linhas de influência dos momentos hiperestáticos M10 e M20. A
expressão (7.55) define o valor do esforço cortante, em uma seção qualquer, em função
do cortante isostático e dos momentos hiperestáticos nas seções adjacentes. Vale
ressaltar que a expressão considera os sinais dos esforços.

M dir esq
hip − M iso
Vs = Vsiso + (7.55)
L

Por analogia,
esq
s
LIM dir
hip − LIM hip
LIVS = LIViso + (7.56)
L

245
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

A Figura 7.63 ilustra as parcelas dos esforços isostáticos e hiperestáticos para o


cálculo das ordenadas da linha de influência de cortante para uma seção S intermediária.
P=1 tf
y L-y

S
esq dir
M hip Mhip

(P.(L-y)) / L (P.y) / L (Parcela do isostático)

dir esq dir esq


(Mhip -Mhip ) (Mhip -Mhip ) (Parcela do hiperestático)
L L L

Figura 7.63 - Carga P=1 tf no vão

A Figura 7.64 mostra LIVisost de uma seção S qualquer para uma carga unitária P
= 1 tf passeando pelo vão.

1,00
S

1,00 LIV S isost.

Figura 7.64 - Linha de influência de cortante na seção S

O Quadro 7.8 apresenta o cálculo das ordenadas para o traçado da linha de


influência de cortante para a seção Sdir
0 .

246
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Quadro 7.8 - Ordenadas nos décimos de vão da LIVSdir


0

Seção LIVSiso
dir LIMShip LIMShip LIV dir
0 0 10 S0

S1 0,9000 0 -0,0243 L1 0,9000 – 0,0243 = 0,8757


S2 0,8000 0 -0,0470 L1 0,8000 – 0,0470 = 0,7530
S3 0,7000 0 -0,0670 L1 0,7000 – 0,0670 = 0,6330
S4 0,6000 0 -0,0825 L1 0,6000 – 0,0825 = 0,5175
S5 0,5000 0 -0,0921 L1 0,5000 – 0,0921 = 0,4079
S6 0,4000 0 -0,0943 L1 0,4000 – 0,0943 = 0,3057
S7 0,3000 0 -0,0877 L1 0,3000 – 0,0877 = 0,2123
S8 0,2000 0 -0,0707 L1 0,2000 – 0,0707 = 0,1293
S9 0,1000 0 -0,0420 L1 0,1000 – 0,0042 = 0,0580
S10 0 0 0 0
S11 0 0 -0,0508 L1 -0,0508
S12 0 0 -0,0833 L1 -0,0833
S13 0 0 -0,0999 L1 -0,0999
S14 0 0 -0,1034 L1 -0,1034
S15 0 0 -0,0964 L1 -0,0964
S16 0 0 -0,0817 L1 -0,0817
S17 0 0 -0,0621 L1 -0,0621
S18 0 0 -0,0402 L1 -0,0402
S19 0 0 -0,0186 L1 -0,0186
S20 0 0 0 0
S21 0 0 0,0115 L1 0,0115
S22 0 0 0,0193 L1 0,0193

O aspecto da linha de influência de cortante em Sdir


0 está representado na Figura
7.65.

100
dir
LIV S 0

Figura 7.65 - Linha de influência de cortante na seção Sdir


0

O Quadro 7.8 apresenta o cálculo das ordenadas para o traçado da linha de


dir
influência de cortante para a seção S10 .

247
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Quadro 7.9 - Ordenadas nos décimos de vão da LIVSdir


10

LIVSiso
Seção
dir
10 LIMShip LIMShip LIV dir
S10
10 20

0,0066 + 0,0243
S1 0 - 0,0243 L1 0,0066 L1 = 0,0258
1,2
0,0129 + 0,0470
S2 0 -0,0470 L1 0,0129 L1 = 0,0499
1,2
0,0183 + 0,0670
S3 0 -0,0670 L1 0,0183 L1 = 0,0711
1,2
0,0225 + 0,0825
S4 0 --0,0825 L1 0,0225 L1 = 0,0875
1,2
0,0251 + 0,0921
S5 0 -0,0921 L1 0,0251 L1 = 0,0977
1,2
0,0257 + 0,0943
S6 0 -0,0943 L1 0,0257 L1 = 0,1000
1,2
0,0239 + 0,0877
S7 0 -0,0877 L1 0,0239 L1 = 0,0930
1,2
0,0193 + 0,0707
S8 0 -0,0707 L1 0,0193 L1 = 0,0750
1,2
0,0115 + 0,0420
S9 0 -0,0420 L1 0,0115 L1 = 0,0446
1,2
S10 1,000 0 0 1,000

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S11 0,900 -0,0508 L1 -0,0186 L1
1,2

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S12 0,800 -0,0833 L1 -0,0402 L1
1,2
0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S13 0,700 -0,0999 L1 -0,0621 L1
1,2

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S14 0,600 -0,1034 L1 -0,0817 L1
1,2

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S15 0,500 -0,0964 L1 -0,0964 L1
1,2

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508)
= 0,9268
S16 0,400 -0,0817 L1 -0,1034 L1
1,2

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S17 0,300 -0,0621 L1 -0,0999 L1
1,2

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S18 0,200 -0,0402L1 -0,0833 L1
1,2

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S19 0,100 -0,0186 L1 -0,0508 L1
1,2
S20 0 0 0 0

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S21 0 0,0115 L1 -0,0420 L1
1,2

0,900 +
(− 0,0186 + 0,0508) = 0,9268
S22 0 0,0193 L1 -0,0707 L1
1,2

248
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

dir
O aspecto da linha de influência de cortante em S10 está representado na Figura
7.66.

dir
LIV S 0
100

dir
Figura 7.66 - Linha de Influência de Cortante na seção S10

c) Cálculo das Linhas de Influência das Reações de Apoio

A Figura 7.67 mostra a variação do esforço cortante na seção de apoio S10. Nota-
se que a reação de apoio é a soma algébrica do valor dos cortantes à direita e à esquerda
do referido apoio.
Vesq
_

Vdir

Figura 7.67 - Cortantes à esquerda e à direita da seção S10

Por analogia, as linhas de influência de reações de apoio são obtidas por meio da
soma algébrica das linhas de influência de cortantes à esquerda e à direita do respectivo
apoio. Assim,

LIR = LIVdir − LIVesq (7.57)

Vale ressaltar que a expressão considera os sinais dos esforços.

A Figura 7.68 ilustra como se obtém a linha de influência de reação de apoio da


seção S10, utilizando-se a expressão (7.57) a partir das linhas de influência de cortante
de S10esq e S10dir.

249
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

_ 1,00
_ _
+ +

1,00

+
_
-
_ +
+

dir
1,00 LIV S 0

_ -
+
+

1,00 LIR S 10

Figura 7.68 - Linha de influência de reação de apoio em S10

7.5.4 Cálculo das Solicitações Máximas e Mínimas devidas às


Cargas Móveis
O dimensionamento do vigamento principal das pontes é feito para os esforços
máximos em cada seção. São as linhas de influência que permitem visualizar as
posições mais desfavoráveis das cargas móveis, para a determinação desses esforços
máximos. Para isso, carregam-se, com o trem-tipo previamente calculado, as linhas de
influência nas posições mais convenientes.

• Posicionamento do trem-tipo sobre linha de influência:

Para obtenção dos momentos fletores ou esforços cortantes máximos e mínimos,


devidos às cargas móveis, deve-se colocar o trem-tipo na posição mais desfavorável,
determinada de acordo com o seguinte critério:

− Momentos Fletores e Esforços Cortantes Máximos:

A carga distribuída do trem-tipo é posicionada sobre todos os trechos da linha de


influência com ordenadas positivas; e, as cargas concentradas são posicionadas sobre as
máximas ordenadas positivas da linha de influência.

− Momentos Fletores e Esforços Cortantes Mínimos:

A carga distribuída do trem-tipo é posicionada sobre todos os trechos da linha de


influência com ordenadas negativas; e, as cargas concentradas são posicionadas sobre as
máximas ordenadas negativas da linha de influência.

O exemplo da Figura 7.69 ilustra o procedimento explicado:

250
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

P P P
q
P P P

q q q

S4 S5

y4 y6
y5 = y mín
S1 S2 S6
LIM S15
y1 y3 S3
y2

y2= y máx

Figura 7.69 - Carregamento da linha de influência de momentos fletores da seção


S15

Uma vez colocado o trem-tipo na posição mais desfavorável, os valores


numéricos dos momentos fletores máximos e mínimos são definidos por:

M =P⋅ ∑ y + q ⋅ ∑S (7.58)

onde:
y é a ordenada da linha de influência;
S é a área da linha de influência.

Para o exemplo da Figura 7.69, vem:

M Smáx
15
= P ⋅ (y1 + y 2 + y 3 ) + q ⋅ (S1 + S 2 + S6 ) (7.59)

M Smín
15
= P ⋅ (− y 4 − y 5 − y 6 ) + q ⋅ (− S 4 − S5 ) (7.60)

As ordenadas y (y1,y2 .....,yc) são obtidas por interpolação linear, a partir das
ordenadas nos décimos de vão. A área que a função que define a linha de influência
obtida como se segue:

O momento fletor devido a uma carga distribuída é igual ao produto q ⋅ S , sendo


S a área da linha de influência sobre a qual atua a carga “q”, ilustrada na Figura 7.70.
dP

dx LIMs

Figura 7.70 - Carregamento com carga distribuída

251
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Sabe-se que:

dP = q ⋅ dx (7.61)

e,

dM s = y ⋅ dP (7.62)

Integrando a equação (7.51), tem-se:

M s = ∫ y ⋅ dP = ∫ y ⋅ q ⋅ dx = q ∫ y ⋅ dx = q ∫ dA = q ⋅ S (7.63)

As áreas das linhas de influência (S1, S2,...,S6) podem ser obtidas pela regra de
integração de Simpson. A Figura 7.72 mostra a área S, definida por uma função
qualquer, dividida em n trechos, com suas respectivas ordenadas.
h

y1 y2

y0 yn
y n-1
n .h

Figura 7.71 - Integração por Simpson

onde:
n é o número de divisões do vão

Com a expressão (7.64), formulada por Simpson, calcula-se a área definida por
uma função.

⎧ ⎫
h ⎪ ⎪
S= (
⎨ 0y + y n ) + 4 ( y
11442
+ y +
3 44 y −1
n3 ) + 2 ( y +
12444
y + ...
4 2444 + y )
2 ⎬
n −3 (7.64)
3⎪ ⎪⎭
⎩ ordenadas ímpares ordenadas pares

Outra forma bastante simples e menos trabalhosa de se obter as áreas das linhas
de influência (S1, S2,...,etc) é através dos diagramas de esforços seccionais, devidos à
atuação de uma carga uniformemente distribuída unitária, sobre cada vão da viga
isoladamente.

Demonstra-se, a seguir, que as ordenadas destes diagramas (valores dos esforços


seccionais nas seções) correspondem às áreas das linhas de influência dos esforços
seccionais correspondentes.

252
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Observando-se a Figura 7.72 e aplicando-se uma carga distribuída de 1 tf/m, na


expressão (7.63),tem-se :
q tf/m

S0 S0

s LIMs

2º Vão

Figura 7.72 - Artifício para cálculo das áreas das Linhas de Influência

Ms = q ⋅S = S (7.65)

Conclui-se, portanto, que a área do 2º vão da linha de influência do momento em


S (LIMs) é numericamente igual ao momento fletor na seção S, devido à atuação de
uma carga uniformemente distribuída e unitária no 2º vão da viga considerada.

De acordo com o método simplificado exposto, para a determinação de todas as


áreas das linhas de influência dos esforços seccionais, devem-se calcular os diagramas
das solicitações seccionais (momentos fletores, esforços cortantes e reações de apoio)
devidos à atuação de uma carga uniformemente distribuída unitária em todos os vão da
viga isoladamente.

7.5.4.1 Cálculo das Áreas do 1º vão das Linhas de Influência de


Momentos Fletores e Esforços Cortantes
• Momentos Fletores

As Figuras 7.73 e 7.74 ilustram os diagramas de momentos fletores devidos ao


carregamento unitário no 1º vão (DM0) e da ação dos hiperestáticos X1 (DM1) e X2
(DM2).
q = 1 tf/m

DM0
L1 1,2 L1 L1

q l² L l²
=
8 8

Figura 7.73 - Aplicação da carga unitária no 1º vão

253
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

X1=1 tfm X1=1 tfm


DM1

1,00
X2=1 tfm X2=1 tfm
DM2

1,00

Figura 7.74 - Aplicação dos hiperestáticos unitários no sistema principal

• Cálculo de δ10

1 L21 L3
δ10 = × × 1,0 × L1 = + 1
3 8 24

δ10 = 0,0417 ⋅ L31

• Cálculo de δ20

δ 20 = 0

Substituindo os valores de δ10 e δ20 nas expressões (7.33) e (7.34), tem-se:

X1 = − 0,0614 L21

X 2 = 0,0168 L21

O diagrama de momentos fletores da Figura 7.75 fornece todas as áreas do 1º


vão das linhas de influência de momento fletor (LIM).
-0,0614 (L1)²

-0,0223(L1)²
0,0084 (L1)²
DMo

L1 S15
S0 S10 S20 S25 S30

-0,0168 (L1)²

Figura 7.75 - Diagrama de momentos fletores para carga unitária no 1º vão


De acordo com a Figura 7.75, vem:

254
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

⎧Área do 1º Vão de LIMS10 = −0,0614 L 21



⎪⎪Área do 1º Vão de LIMS20 = 0,0168 L 21

⎪Área do 1º Vão de LIMS15 = −0,0223 L 21

⎪⎩Área do 1º Vão de LIMS25 = 0,0084 L 21

• Esforços Cortantes

Com diagrama de momentos fletores da Figura 7.75, obtém-se o diagrama de


esforço cortante, que servirá de base para cálculo das áreas de todas as linhas de
influência de esforços cortantes.
0,5614 L1 S = 0,0168 L1

+ _

+ +
S0 S10 S20 S30

-0,4386 L1 S = 0,0652 L1

Figura 7.76 - Diagrama de esforço cortante para carga unitária no 1º vão


De acordo com a Figura 7.76, vem:

⎧Área do 1º Vão de LIVSdir


0 = 0, 4386 L1
⎪ esq
⎪Área do 1º Vão de LIVS10 = −0,5614 L1
⎨ dir esq
⎪Área do 1º Vão de LIVS10 à LIVS20 = 0,0652 L1
⎪ dir esq
⎩Área do 1º Vão de LIVS20 à LIVS30 = −0,0168 L1

7.5.5 Cálculo das Solicitações Seccionais de Carga Móvel no


Vigamento Principal através das Tabelas de George e Anger
Para vigas contínuas simétricas, com inércia constante e com até quatro vãos, as
ordenadas das linhas de influência dos esforços seccionais foram tabeladas por Georg e
Anger. Estas tabelas fornecem as ordenadas dos décimos de vão das linhas de influência
de momentos fletores, esforços cortantes e reações de apoio. A facilidade de cálculo que
estas tabelas proporcionavam antes do advento dos programas de computador, limitava
muitas vezes o melhor lançamento da estrutura, pois os engenheiros buscavam
enquadrar a mesma nas relações previstas nas tabelas.

Encontram – se tabeladas as seguintes vigas:

a) Vigas de 2 vãos, com a seguinte relação entre os vãos:

L1:L2 = 1:1 - L1:L2 = 1:1,1 - L1:L2 = 1:1,2 - L1:L2 = 1:1,3 - L1:L2 = 1:1,4

L1:L2 = 1:1,5 - L1:L2 = 1:1,6 - L1:L2 = 1:1,7 - L1:L2 = 1:1,8 - L1:L2 = 1:1,9

L1:L2 = 1:2 - L1:L2 = 1:2,5.

255
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

b) Vigas de 3 vãos, com a seguinte relação entre os vãos:

L1:L2:L3 = 1:0,8:1 - L1:L2:L3 = 1:1:1 - L1:L2:L3 = 1:1,1:1 - L1:L2:L3 = 1:1,2:1;

L1:L2:L3 = 1:1,25:1 - L1:L2:L3 = 1:1,3:1 - L1:L2:L3 = 1:1,4:1 - L1:L2:L3 = 1:1,5:1;

L1:L2:L3 = 1:1,6:1 - L1:L2:L3 = 1:1,7:1 - L1:L2:L3 = 1:1,8:1 - L1:L2:L3 = 1:1,9:1

L1:L2:L3 = 1:2:1.

c) Vigas de 4 vãos, com a seguinte relação entre os vãos:

L1:L2:L3:L4 = 1:0,8:0,8:1 - L1:L2:L3:L4 = 1:1:1:1 - L1:L2:L3:L4 = 1:1,1:1,1:1

L1:L2:L3:L4 = 1:1,2:1,2:1 - L1:L2:L3:L4 = 1:1,3:1,3:1 - L1:L2:L3:L4 = 1:1,4:1,4:1

L1:L2:L3:L4 = 1:1,5:1,5:1 - L1:L2:L3:L4 = 1:1,6:1,6:1 - L1:L2:L3:L4 = 1:1,7:1,7:1

L1:L2:L3:L4 = 1:1,8:1,8:1 - L1:L2:L3:L4 = 1:1,9:1,9:1 - L1:L2:L3:L4 = 1:2:2:1

L1:L2:L3:L4 = 1:0,8:0,8:1

Por questão de resgate histórico da importância que estas tabelas tiveram na


simplificação do cálculo das pontes no passado, reproduz-se, na Figura 7.77, a tabela
correspondente à ponte desenvolvida no corpo deste trabalho.

Observando-se esta tabela, pode-se obter as ordenadas nos décimos de vão das
linhas de influência de momentos fletores, esforços cortantes e reações de apoio para
uma viga contínua de 3 vãos com relação L:1,2 L:L entre os mesmos.

256
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Figura 7.77 - Tabela de Anger para viga de 3 vãos com relação L1=L2=L1

257
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

7.5.6 Método Cinemático para Obtenção das Linhas de Influência


Atualmente, a velocidade requerida para elaboração dos projetos de pontes é
incompatível com cálculos manuais das linhas de influência de solicitações seccionais.
Por outro lado, a utilização de tabelas é muito limitante, pois estas não contemplam
todas as relações de vãos necessárias nem tão pouco abramgem as pontes com altura
variável de vigas. Além disso, as tabelas foram desenvolvidas apenas para sistemas em
vigas contínuas, não atendendo, portanto, aos outros sistemas estruturais correntes,
como pórticos, treliças hiperestáticas, arcos, entre outros. Por estas razões, a utilização
de programas de computador tornou-se obrigatória, não só na etapa de geração das
ordenadas das linhas de influência, mas também na fase de carregamento destas linhas
com o trem-tipo de projeto. Porém, na fase de projeto básico, na consistência dos
resultados numéricos obtidos pelos programas ou na análise de combinações de
carregamentos, um método clássico da hiperestática exerce papel fundamental ainda nos
dias de hoje. Trata-se do método cinemático de traçado das linhas de influência,
conhecido também como método de Muller Breslau. Este método, de fácil aplicação,
permite a visualização do aspecto das linhas de influência, assegurando assim análises
qualitativas dos resultados. O método, baseado no teorema dos trabalhos virtuais,
demonstra que a linha elástica da estrutura, obtida através do rompimento adequado do
vínculo que transmite a solicitação que se deseja conhecer a linha de influência,
associado à aplicação de uma deformação ou deslocamento unitário e compatível com a
solicitação aplicada no vínculo rompido, reproduz exatamente a linha de influência
procurada. A demonstração do método, que é trivial para vigas isostáticas, é encontrada
em todos os livros de hiperestática clássica.

A formulação deste método se deve a Muller Breslau e data do fim do século


XIX. Atualmente, foi redescoberto e é utilizado pelos modernos programas de análise
estrutural para obtenção das linhas de influência. O aspecto das linhas de influência é
obtido com os seguintes passos:

• Romper o vínculo que transmite a solicitação que se deseja conhecer a


linha;

• Aplicar nesta seção uma deformação unitária, no sentido oposto a


solicitação positiva aplicada no vínculo rompido. Esta deformação será
absoluta em se tratando de reação de apoio, ou relativa no caso de
solicitação seccional interna (M ou V);

• A linha elástica obtida através deste procedimento reproduz exatamente a


linha de influência do esforço ou solicitação procurada.

A demonstração deste método pode ser encontrada no segundo volume do Livro


“Curso de Análise Estrutural” do Professor José Carlos Süssekind.

7.5.7 Modelagem de Estruturas para Análise em Programas de


Estruturas Reticuladas
Atualmente, o grande número de programas comerciais disponíveis para análise
de estruturas tornou esta etapa do projeto bem mais simples e rápida. Os processos de
análise manual caíram praticamente em desuso. Justifica-se a apresentação destes
processos manuais de análise neste capítulo, tendo em vista a importância dos mesmos

258
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

no controle dos resultados obtidos dos programas de computador. Aquele que conhece
os processos manuais dispõe de recursos para verificar e criticar os relatórios de saída
dos programas de análise estrutural. De toda forma, hoje é impraticável a análise de
estruturas mais complexas através de processos manuais, não só pelo volume de
cálculos necessários, mas, principalmente pelos prazos cada vez menores para
desenvolvimento dos projetos. Outro fator que indica a utilização dos programas é a
facilidade de transmissão dos dados para locais distantes através da internet. Memórias
de cálculo feitas à mão, praticamente não são aceitas atualmente. Finalmente, a análise
através de programas permite um número menor de simplificações, o que conduz a
maior precisão nos resultados com conseqüente economia na obra.

Para a maior parte das pontes, modelos de estruturas reticuladas (compostas de


elementos de barra) são suficientemente precisos para a análise estrutural estática. Estes
modelos atendem obras em tangente ou curvas, bem como obras esconsas.

A modelagem de uma estrutura, para processamento em programas de


computador que utilizam a análise matricial e o método dos elementos finitos, requer
uma divisão conveniente desta estrutura em barras com comprimentos finitos e nós. Os
programas disponíveis no mercado (SALT, SAP, SISTRUT, STRAP, etc.) analisam
diversos tipos de estruturas compostas por elementos de barras (estruturas reticuladas).

Neste livro, optou-se pela orientação através do programa SALT da UFRJ, pelo
fato de ser um programa desenvolvido por uma universidade brasileira e, portanto, fruto
da dedicação e trabalho árduo e continuado de prezados colegas. Outro fator que
determinou a escolha foi a confiança que o autor deposita no programa, pois projetou
centenas de pontes e viadutos que já foram executados, sem nunca ter tido qualquer tipo
de problema. A reprodução de parte do manual do programa foi autorizada por um dos
autores do programa, o Professor Doutor Sílvio Souza Lima da UFRJ.

7.5.7.1 Estruturas Reticuladas


As Figuras 7.78 a 7.82 apresentam os diversos modelos de barras analisados
pelos programas disponíveis no mercado.

Figura 7.78 - Pórtico Plano

Figura 7.79 - Pórtico Espacial

259
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Figura 7.80 - Treliça Plana

Figura 7.81 - Treliça Espacial

Figura 7.82 - Grelha

Apresentam-se, a seguir, de forma sucinta, algumas orientações sobre


modelagem destas estruturas.

7.5.7.2 Nós da Estrutura


Os nós da estrutura são os pontos que unem as barras que por sua vez
representam os elementos estruturais. Estes nós podem ser obrigatórios ou acessórios.

260
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Os nós obrigatórios são aqueles necessários à definição do modelo, sem os quais os


programas não processam a estrutura.

As Figuras 7.83 a 7.88 apresentam os nós obrigatórios, indicados por seta, na


modelagem de estruturas reticuladas. Os programas aceitam apenas barras retas.

Os nós da estrutura são numerados de 1 a n.

Figura 7.83 - Encontro de duas ou mais barras quando as mesmas são


efetivamente ligadas

Figura 7.84 - Mudança de direção de barras

Figura 7.85 - Extremidades da estrutura

261
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Figura 7.86 - Apoios da estrutura

Figura 7.87 - Fronteira de barras com variação de dimensões

Figura 7.88 - Nas rótulas da estrutura

Os nós acessórios são aqueles dispensáveis para o processamento da estrutura.


Eles são utilizados nos pontos da estrutura em que se deseja conhecer as solicitações
internas ou em que se deseja aplicar cargas. A Figura 7.89 ilustra alguns nós acessórios.

Figura 7.89 - Nós acessórios

7.5.7.3 Barras da Estrutura (ou membros)


As barras ou membros fazem a ligação dos nós e representam as peças ou
elementos da estrutura. (Vigas, pilares, travessas, etc.).

262
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

1 1 2 2 3 3 4 4

Figura 7.90 - Barras da estrutura

Da mesma forma que os nós, as barras da estrutura são numeradas de 1 a m.

7.5.7.4 Geometria da Estrutura


A geometria da estrutura é dada através das coordenadas dos nós em relação aos
eixos globais ortogonais (X, Y, Z), pela incidência das barras nos nós e pela definição
dos apoios e suas restrições.

• Coordenadas dos nós

Estas coordenadas são referidas a um par de eixos globais arbitrado. Estes eixos
são posicionados de modo a facilitar a definição das coordenadas dos nós da estrutura.

Coordenadas

Y X Y
1 X1 Y1
2 3
2 X2 Y2
3 X3 Y3
4 X4 Y4
1

X
Z

Figura 7.91 - Eixos globais para definição de coordenadas

7.5.7.5 Incidência das Barras


A incidência da barra indica o nó inicial e o nó final do elemento, de maneira a
representar a forma da estrutura.

263
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

n Barra
Nó Final
i
4,1,2
n-1
Nó Inicial

4 2

Figura 7.92 - Incidência das barras

7.5.7.6 Definição dos Apoios e Restrições dos Nós


Devem-se indicar quais são os nós que constituem os apoios da estrutura
(condições de contorno). Cada tipo de programa admite uma convenção para
deslocamento ou rotação, livre ou impedida. A convenção do programa SALT é:
Livre = 0
Impedido = 1

Livre desl. X Livre desl. Z

0,1,0

Y Impedido desl. Y

Z
X
Y
Impedido desl. Y

1,1,1
Z X Impedido desl. Z
Impedido desl. X

Figura 7.93 - Exemplo utilizando o programa SALT

Os impedimentos ou liberdades dos deslocamentos e rotações dos nós referem-


se aos eixos globais X, Y e Z.

7.5.7.7 Descontinuidades das Barras (Articulações)


As articulações ou rótulas das barras são informadas através do número de
deslocamentos ou rotações liberadas em relação ao seguinte sistema de referência local
mostrado na Figura 7.94:

264
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

3 5
2
6

1 i f 4 X

Figura 7.94 - Eixos locais para definição dos graus de liberdade das barras
1 é o deslocamento em x do nó inicial;
2 é o deslocamento em y do nó inicial;
3 é a rotação em z do nó inicial;
4 é o deslocamento em x do nó final;
5 é o deslocamento em y do nó final;
6 é a rotação em z do nó final.

Os eixos x, y e z aqui apresentados são eixos locais e, portanto, referenciados


para cada barra. A Figura 7.95 ilustra um elemento na direção vertical com os seus
eixos locais representados.
y

x
z

x
z

Figura 7.95 - Eixos locais das barras

As informações são fornecidas ao programa SALT da seguinte forma (sem


geração automática):

265
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

ARTICULAÇÕES (palavra chave)


|1 |2 |3 ...
|1 é o número da barra;
|2, |3,... é o código das direções com descontinuidades.

7.5.7.8 Propriedades dos Elementos


Neste item, são definidos o tipo do material, o tipo de seção bem como a
incidência das barras em relação aos nós. As informações são fornecidas ao programa
SALT da seguinte forma: (sem geração automática).

PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS (palavra chave)


|1 |2 |3 |4 |5 (campos de preenchimento)
|1 é o número do elemento;
|2 é o tipo do material;
|3 é o tipo de seção;
|4 é o nó inicial;
|5 é o nó final.

O programa admite vários tipos de materiais. Os tipos de materiais e de seções


são informados em linhas de comando específicas da seguinte forma:

TIPO DE MATERIAL (palavra chave)


|1 E μ α γ
|1 é o número do tipo do material;
E é o módulo de elasticidade;
μ é o coeficiente de Poisson;
α é o coeficiente de dilatação térmica;
γ é o peso específico.

Os Quadros 7.9 e 7.10 indicam os valores apropriados das características de cada


material.

Quadro 7.10 - Características Físicas de diferentes materiais


Material 1 (aço estrutural) 2 (alumínio estrutural) 3 (concreto)
E 2,05 X 108 kN/m² 7,00 x 107 kN/m² 2,10 x 107 kN/m²
μ 0,3 0,33 0,2
α 1,2 x 10-5/°C 2,4 x 10-5 / ° C 10-5 / ° C
γ 77,0 kN/m³ 27,0 kN/m³ 25,0 kN/m³

266
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Quadro 7.11 - Propriedades físicas para os diferentes modelos estruturais


Modelo Estrutural Propriedades
Estados planos
Sólidos
Grelha
Pórtico plano E, μ, α, γ
Pórtico espacial
Placa
Casca
Treliças planas e
E, α, γ
espaciais
TIPO DE SEÇÃO

Deve-se indicar para cada tipo de seção distinta da estrutura o número


identificador (1, 2, etc.) e suas características geométricas (Ax, Ay, Iz, etc.).

As propriedades de seções de barras que devem ser informadas para cada tipo de
estrutura estão apresentadas no Quadro 7.11.

Quadro 7.12 - Propriedades geométricas para os diferentes modelos estruturais

Modelo Estrutural Propriedades

Treliça plana ou espacial Ax

Pórtico plano Ax, Ay, Iz, Wz


Pórtico espacial Ax, Ay, Az, Ix, Iy, Iz, Wy, Wz
Grelha Ax, Az, Ix, Iy, Wz
Onde:
Ax é a área da seção transversal;
Ay é a área efetiva de cisalhamento na direção y local;
Az é a área efetiva de cisalhamento na direção z local;
Ix é o momento de inércia a torção (eixo local x);
Iy é o momento de inércia em relação ao eixo y local;
Iz é o momento de inércia em relação ao eixo z local;
Wy é o módulo resistente à flexão em relação à y local;
Wz é o módulo resistente à flexão em relação à z local.

Caso não seja fundamental considerar as deformações por cortante, deve-se fazer
Ay e Az iguais a zero.

TIPO DE SEÇÃO (palavra chave)


|1 Ax Az Ix Iy [Wy]

267
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

7.5.7.9 Casos de Carregamento


O programa SALT executa simultaneamente a análise de um conjunto de
carregamentos de forma isolada e permite a combinação destes carregamentos entre si.

NÚMERO DE CARREGAMENTOS |1 (palavra chave)


|1 representa o número de carregamentos distintos a serem analisados.

7.5.7.10 Dados de Entrada dos Carregamentos


CARREGAMENTO |1 (palavra chave)
|1 é o título do carregamento

Após cada carregamento, deve-se indicar a palavra “fim”.

O programa SALT admite cargas nodais (ações aplicadas nos nós da estrutura),
cargas nos elementos, recalques de apoio e cargas de peso próprio.

CARGAS NODAIS (palavra chave)

São cargas aplicadas diretamente nos nós da estrutura, podendo ser forças
aplicadas e/ou momentos aplicados. As forças aplicadas devem ser decompostas nas
direções X, Y, Z dos eixos globais, e os momentos aplicados também se referem aos
eixos globais.

py(-) py(-) p

px (+) px(-)

mz(+)

Figura 7.96 - Aplicação das cargas nodais

As componentes de cargas nodais compatíveis com os diversos modelos


estruturais estão apresentadas no Quadro 7.12.

268
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Quadro 7.13 - Componentes de cargas nodais para os diferentes modelos


estruturais

TIPO DO MODELO COMPONENTES

pórtico plano px, py, mz.

grelha, placa pz, mx, my

treliça plana, estados planos px, py, mz

treliça espacial, sólido px, py, pz

pórtico espacial, casca px,py,pz,mx,my,mz

Assim, para o modelo grelha, pode-se ter:


CARGAS NODAIS
|1 mx R1 pz R2 [g |2 |3]

onde:
|1 representa o número do nó;
mx, pz descrevem o tipo de carga (momento, força);
R1, R2 são os valores de mx e pz, respectivamente;
[g |2 |3] são os dados de geração automática.

CARGAS NOS ELEMENTOS (palavra chave)

Só os modelos de pórtico plano, pórtico espacial e grelha admitem carga nos


elementos. As treliças planas e espaciais não admitem estes carregamentos. As cargas
possíveis de se aplicar nas barras da estrutura estão ilustradas na Figura 7.97.
Y local

py(-)

py(-)

px(-)

(i) (i + 1) X local
LA

LA

LA

Figura 7.97 - Cargas concentradas nos nós da estrutura

269
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

A forma de codificar os dados:


|1 C R1 mx R2 px R3
|1 é o número do elemento;
C é o tipo de carga (concentrada);
R1 é a distância LA ao nó inicial;
mx, py é o tipo de componente de carga concentrada;
R2, R3 são os valores de mx e py, respectivamente.

A Figura 7.98 mostra esquematicamente cargas uniformemente distribuídas ao


longo do elemento.

Os elementos de grelha admitem somente o carregamento Wz, pois a estrutura é


definida no plano X, Y e a carga atua na direção Z, perpendicular a este plano,
conforme ilustra a Figura 7.99.

Y local
wya

X local

Z local wxa
wza
LA

LB

Figura 7.98 - Cargas uniformemente distribuídas (u)

waz (-)

LA X

LB

Figura 7.99 - Cargas distribuídas atuando em grelhas

270
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Forma de codificação dos dados para uma barra:


|1 u R1 R2 wza R3 wxa R4 wya R5
|1 é o número do elemento;
u é o tipo de carga (uniforme);
R1, R2 são as distâncias LA e LB em relação ao nó inicial, respectivamente;
wza, wxa, wya são os tipos de componente de carga;
R3, R4, R5 são os valores das cargas wza, wxa, wya, respectivamente.

As cargas distribuídas linearmente estão ilustradas na Figura 7.100.


wyb
Y local

wya

X local

Z local wxa wxb


wzb
wza
LA

LB

Figura 7.100 - Aplicação de cargas lineares (l)

Forma de codificação dos dados para uma barra:


|1 l R1 R2 wxa R3 wxb R4 wya R5
|1 é o número do elemento;
R1, R2 são as distancias LA e LB em relação ao nó inicial, respectivamente;
wxa, wxb, wya são os tipos de componente de carga;
R3, R4, R5 são os valores das cargas wxa, wxb e wya.

O programa admite os seguintes tipos de carregamentos:

• Carga linear global (s);

• Carga uniforme global (w);

• Variação uniforme de temperatura (t);

• Gradiente de temperatura (g);

• Protensão (p);

• Deslocamentos prescritos (recalques de apoio).

271
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

7.5.7.11 Opções para Entrada dos Dados no Programa


O programa SALT apresenta quatro formas de entrada de dados:

a) Módulo Assistente

Os dados são fornecidos através do preenchimento de planilhas em formato


EXCEL. O preenchimento das planilhas é intuitivo e muito simples, porém esta forma é
adequada apenas para estruturas de pequeno porte com número reduzido de barras e
nós. Este modo de entrada de dados não permite o recurso de geração automática de
barras e nós da estrutura e só admite estruturas formadas por elementos de barra.

b) Editor

Os dados são digitados em editor com formatação apropriada gerando um


arquivo de dados com extensão “slt“. O editor chamado originalmente é o Bloco de
Notas do Windows, porém pode-se utilizar o Word e salvar com extensão “txt”. Esta
forma de entrada de dados é apropriada para estruturas de maior porte e características
semelhantes, como no caso de pontes. Deve-se salvar um arquivo anterior com outro
nome e digitar apenas os dados que serão alterados. Esta forma permite a utilização do
recurso de geração automática de barras e nós da estrutura, o que reduz o trabalho de
entrada dos dados e torna o arquivo mais compacto.

c) Galeria de Modelos

O programa admite vários tipos de estruturas de uso freqüente. Neste caso, o


número de dados a informar é pequeno, simplificando muito o trabalho.

d) Módulo Interpretador de Desenhos de AUTOCAD

O modelo da estrutura é desenhado no programa AUTOCAD e o arquivo de


saída é exportado em formato “dxf” para o SALT, que o reconhece e o processa. Esta
forma é a mais indicada para estruturas com geometria complexa, onde o cálculo das
coordenadas é muito trabalhoso.

Finalmente, o programa apresenta um Módulo de Linhas de Influência que


além de gerá-las, as carrega com praticamente qualquer trem-tipo definido pelo usuário.

7.5.7.12 Resultados da Análise


O programa fornece como resultado os seguintes dados:

• Deslocamento e rotação dos nós;

• Solicitações Seccionais (N, M, V);

• Reações de apoio (R).

O módulo gráfico desenha a estrutura e os diversos diagramas de estado.

272
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

7.5.7.13 Cálculo das Solicitações Seccionais no Vigamento


Principal através de Programas de Computador
Apresentam-se na Figura 7.101, o modelo discretizado e os arquivos de entrada
do programa SALT UFRJ, que foi utilizado na análise da viga contínua da Ponte
Exemplo.

Figura 7.101 - Modelo para análise da ponte no programa SALT DA UFRJ

− Arquivo de Entrada de dados do programa SALT UFRJ para cálculo das


solicitações devidas cargas permanentes.
coordenadas dos nós
1 0.000 0.00 2 1 1.50 0.00
4 5.000 0.00 1 1 2.00 0.00
6 8.800 0.00 29 1 1.80 0.00
36 63.000 0.00 1 1 2.00 0.00
38 66.500 0.00 1 1 1.50 0.00
0
condições de contorno
1 010
5 110
15 010
25 010
35 110
39 010
0
tipos de material
1 3.19e6 0.2 1.0e-5 2.5
0
tipos de seção
1 2.4400 2.4400 0.0081
2 2.4080 2.4080 0.5819
3 2.7380 2.7380 0.7762
4 2.8700 2.8700 0.8609
5 2.4960 2.4960 0.6384
0
propriedades dos elementos
1 1 2 1 1
2 2 3 1 1
3 3 4 1 2
4 4 5 1 3
5 5 6 1 4
6 6 7 1 5
7 7 8 1 2
8 8 9 1 2

273
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

9 9 10 1 2
10 10 11 1 2
11 11 12 1 2
12 12 13 1 2
13 13 14 1 5
14 14 15 1 4
15 15 16 1 4
16 16 17 1 5
17 17 18 1 2
18 18 19 1 2
19 19 20 1 2
20 20 21 1 2
21 21 22 1 2
22 22 23 1 2
23 23 24 1 5
24 24 25 1 4
25 25 26 1 4
26 26 27 1 5
27 27 28 1 2
28 28 29 1 2
29 29 30 1 2
30 30 31 1 2
31 31 32 1 2
32 32 33 1 2
33 33 34 1 5
34 34 35 1 4
35 35 36 1 3
36 36 37 1 2
37 37 38 1 1
38 38 39 1 1
0
articulações
3 3
36 6
0
numero de carregamentos 1
carregamento 1 Peso Próprio
cargas nodais
3 py -258.9
5 py -23.2
10 py -21.2
15 py -23.2
20 py -21.2
25 py -23.2
30 py -21.2
35 py -23.2
37 py -258.9
0
cargas nos elementos
4 c 1.330 py -16.50
5 c 1.000 py -24.80
14 c 0.800 py -24.80
15 c 1.000 py -24.80
24 c 0.800 py -24.80
25 c 1.000 py -24.80
34 c 0.800 py -24.80
35 c 0.670 py -16.50
3 u 0.0 0.0 wya -78.40 g 33 1
0
Fim

274
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Deve-se observar que cada bloco de dados é encerrado com o número 0.

− Arquivo de entrada de dados do programa SALT UFRJ para cálculo das


envoltórias de Momentos Fletores e Esforços Cortantes.
pórtico plano Exemplo - Apostila - Carga Móvel - Esforços Máximos
coordenadas dos nos
1 0.000 0.00 2 1 1.50 0.00
4 5.000 0.00 1 1 2.00 0.00
6 8.800 0.00 29 1 1.80 0.00
36 63.000 0.00 1 1 2.00 0.00
38 66.500 0.00 1 1 1.50 0.00
0
condições de contorno
1 010
5 110
15 010
25 010
35 110
39 010
0
tipos de material
1 3.19e6 0.2 1.0e-5 2.5
0
tipos de secao
1 2.4400 2.4400 0.0081
2 2.4080 2.4080 0.5819
3 2.7380 2.7380 0.7762
4 2.8700 2.8700 0.8609
5 2.4960 2.4960 0.6384
0
propriedades dos elementos
1 1 2 1 1
2 2 3 1 1
3 3 4 1 2
4 4 5 1 3
5 5 6 1 4
6 6 7 1 5
7 7 8 1 2
8 8 9 1 2
9 9 10 1 2
10 10 11 1 2
11 11 12 1 2
12 12 13 1 2
13 13 14 1 5
14 14 15 1 4
15 15 16 1 4
16 16 17 1 5
17 17 18 1 2
18 18 19 1 2
19 19 20 1 2
20 20 21 1 2
21 21 22 1 2
22 22 23 1 2
23 23 24 1 5
24 24 25 1 4
25 25 26 1 4
26 26 27 1 5
27 27 28 1 2
28 28 29 1 2

275
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

29 29 30 1 2
30 30 31 1 2
31 31 32 1 2
32 32 33 1 2
33 33 34 1 5
34 34 35 1 4
35 35 36 1 3
36 36 37 1 2
37 37 38 1 1
38 38 39 1 1
0
articulações
3 3
36 6
0
seqüência de trafego
1 i g 37 1
0
direção da carga -dy
valores máximos de esforço 3 i mz 33 1
3 f mz 33 1
3 i qy 33 1
3 f qy 33 1
0
trem tipo especial
comprimento do veiculo 6.00
cargas concentradas
182.92 1.50
182.92 3.00
182.92 4.50
0
cargas distribuídas
0 42.63 42.63

− Arquivo de saída de dados do programa SALT UFRJ para cálculo das


solicitações de cargas permanentes (Momentos Fletores e Esforços
Cortantes).
e s f o r ç o s n a s b a r r a s
barra sistema nó força força momento
normal cortante fletor
1 local 1 0.00 -0.00 0.00
2 0.00 0.00 -0.00
2 local 2 0.00 -0.00 0.00
3 0.00 0.00 -0.00
3 local 3 0.00 -258.90 0.00
4 0.00 415.70 -674.60
4 local 4 0.00 -415.70 674.60
5 0.00 589.00 -1673.86
5 local 5 0.00 698.29 1673.85
6 0.00 -532.37 -563.78
6 local 6 0.00 532.37 563.78
7 0.00 -391.25 267.48
7 local 7 0.00 391.25 -267.48
8 0.00 -250.13 844.72
8 local 8 0.00 250.13 -844.72
9 0.00 -109.01 1167.95
9 local 9 0.00 109.01 -1167.95
10 0.00 32.11 1237.16
10 local 10 0.00 -53.31 -1237.16
11 0.00 194.43 1014.20

276
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

11 local 11 0.00 -194.43 -1014.20


12 0.00 335.55 537.22
12 local 12 0.00 -335.55 -537.22
13 0.00 476.67 -193.78
13 local 13 0.00 -476.67 193.78
14 0.00 617.79 -1178.79
14 local 14 0.00 -617.79 1178.79
15 0.00 783.71 -2442.62
15 local 15 0.00 741.00 2442.62
16 0.00 -575.08 -1255.66
16 local 16 0.00 575.08 1255.66
17 0.00 -433.96 -347.53
17 local 17 0.00 433.96 347.53
18 0.00 -292.84 306.59
18 local 18 0.00 292.84 -306.59
19 0.00 -151.72 706.70
19 local 19 0.00 151.72 -706.70
20 0.00 -10.60 852.78
20 local 20 0.00 -10.60 -852.78
21 0.00 151.72 706.70
21 local 21 0.00 -151.72 -706.70
22 0.00 292.84 306.59
22 local 22 0.00 -292.84 -306.59
23 0.00 433.96 -347.53
23 local 23 0.00 -433.96 347.53
24 0.00 575.08 -1255.66
24 local 24 0.00 -575.08 1255.66
25 0.00 741.00 -2442.62
25 local 25 0.00 783.71 2442.62
26 0.00 -617.79 -1178.79
26 local 26 0.00 617.79 1178.79
27 0.00 -476.67 -193.78
27 local 27 0.00 476.67 193.78
28 0.00 -335.55 537.22
28 local 28 0.00 335.55 -537.22
29 0.00 -194.43 1014.20
29 local 29 0.00 194.43 -1014.20
30 0.00 -53.31 1237.16
30 local 30 0.00 32.11 -1237.16
31 0.00 109.01 1167.95
31 local 31 0.00 -109.01 -1167.95
32 0.00 250.13 844.72
32 local 32 0.00 -250.13 -844.72
33 0.00 391.25 267.48
33 local 33 0.00 -391.25 -267.48
34 0.00 532.37 -563.78
34 local 34 0.00 -532.37 563.78
35 0.00 698.29 -1673.86
35 local 35 0.00 589.00 1673.86
36 0.00 -415.70 -674.60
36 local 36 0.00 415.70 674.60
37 0.00 -258.90 0.00
37 local 37 0.00 0.00 0.00
38 0.00 -0.00 -0.00
38 local 38 0.00 0.00 0.00
39 0.00 -0.00 0.00
Fim do Programa

277
PROJETO E ANÁLISE DE PONTES SÉRGIO MARQUES FERREIRA DE ALMEIDA

Comparando-se os resultados obtidos pela modelagem no programa SALT UFRJ


com os obtidos por carregamento das linhas de influência, tabeladas por George e
Anger, verificam-se pequenas diferenças entre eles. Na modelagem feita no programa
SALT UFRJ, mesmo em vigas de altura constante, a variação de inércia devida aos
alargamentos das vigas em planta é considerada. O que não acontece nas tabelas de
George e Anger. Daí, a diferença nos resultados encontrados.

278

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