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5 Som.ra e 6ues so.re o mundo capitalista depois do 7riunfo so.re o naismo 2 Sa%da da
Se'unda Guerra (undial
" impacto da Se'unda Guerra so.re o con+unto da sociedade europ#ia teve caracter%sticas in#ditas
" fato de ter sido uma 'uerra total, envolvendo a mo.ilia)*o de todos os setores produtivos e
recursos naturais, dei4ou cicatries profundas entre os so.reviventes 2s utilia)8es de novas
tecnolo'ias de destrui)*o e as enormes mo.ilidades dos e4#rcitos atin'iram 9reas e4tensas "
.om.ardeio das vias de comunica)*o e o desmantelamento e mudan)a de f9.ricas para onas mais
se'uras contri.u%ram para desor'aniar, ainda mais, a vida material das pessoas 2li9s, nunca se
vira, at# ent*o, tamana transfer:ncia de contin'entes populacionais 2 'uerra deslocara deena de
mil8es de pessoas, soldados, prisioneiros de 'uerra, as v%timas do racismo, tra.aladores for)ados,
al#m dos movimentos espontâneos de popula)*o fu'indo da 'uerra 7ais flu4os provocaram, por
toda a Europa, altera)8es demo'r9ficas, pro.lemas 'eopol%ticos e co0ues 0ue acrescentaram novos
tensionamentos & sempre e4plosiva conviv:ncia entre as diversas nacionalidades continentais 2l#m
das deenas de mil8es de mortos, feridos, mutilados e desa.ri'ados, deve-se conta.iliar o n1mero
de nascimentos 0ue, previstos se'undo as tend:ncias do pr#-'uerra, n*o ce'aram a ocorrer
Calcula-se 0ue ao redor de ;; mil8es de pessoas, potenciais produtores e consumidores, dei4aram
de nascer na Europa, o 0ue # um dado espantoso 2 própria falta de .ra)os no campo 'erou
su.produ)*o, encarecimento dos alimentos e sur'imento do mercado ne'ro em um per%odo em 0ue
a fome e o desa.astecimento estavam na casa da maioria dos europeus
" endividamento das economias europ#ias, em decorr:ncia da 'uerra, # outro fato a destacar "s
pa%ses envolvidos 'astaram seus esto0ues de moeda e recorreram a empr#stimos e4ternos e ao
endividamento
rela)*o a al'unscomercial,
pa%ses doprovocando a reconvers*o
7erceiro (undo Em 5<=;,de por
saldos das anti'as
e4emplo, pot:ncias
a d%vida europ#ias
.ritânica +unto &em
2r'entina >uns 5?@ mil8es de li.rasA só foi erada com a venda de empresas 0ue a Gr*-Bretana
possu%a na0uele pa%s >ferrovias, companias de constru)*o el#trica, transporte ur.anoA 2 essa
altura, parte desse material +9 era considerado o.soleto, mas a nacionalia)8es foram capitaliadas
pelo pro+eto pol%tico peronista
"s %ndices 'lo.ais do fim da 'uerra mostram as enormes dificuldades dos pa%ses europeus para
ressur'ir da destrui)*o material "s n%veis de produ)*o ca%ram em 0uase todos eles Comparada aos
anos , a produ)*o de cereais diminu%ra em D, a de carne @@ e outros produtos a'r%colas D;
Em.ora al'umas tecnolo'ias vinculadas & ind1stria de 'uerra se tivessem desenvolvido, o produto
industrial despencou Claro, al'uns .eneficiaram-se com o colapso europeu "s EU2, durante a
'uerra, triplicaram a produ)*o industrial >em 5<=@ produiram metade da produ)*o mundialA +9 a
sua renda per capita aumentou mais de 5 >de ;; para 5?@ dol9resA
2l#m das perdas materiais, as pot:ncias coloniais europ#ias tiveram enorme dificuldade para
manter seus imp#rios Por 0u: aA a contradi)*o no apelo das metrópoles ao esfor)o de 'uerra
colonial contra as ditaduras fascistas em nome da democracia e li.erdade .A a falta de condi)8es
materiais para resta.elecer a tradicional rela)*o metrópole-col3nia cA a penetra)*o econ3mica
americana nas col3nias europ#ias durante a 'uerra dA a press*o pol%tica e simultânea dos EU2 e da
URSS contra a manuten)*o da ordem colonial a primeira, contr9ria aos mercados fecados a
se'unda, identificando-se com os movimentos revolucion9rios e procurando novos espa)os
econ3micos para relacionar-se /ndependentemente de 0uest8es ideoló'icas, a descolonia)*o
enfra0ueceu a Europa em .enef%cio das superpot:ncias
" impacto da 'uerra so.re a consci:ncia europ#ia foi consider9vel Restou um medo residual da
.ar.9rie, da tecnolo'ia destrutiva, dos perversos efeitos das ocupa)8es Iada mais .rutal, do 0ue a
presen)a de milares de crian)as órf*s, al#m das terr%veis ima'ens dos diversos olocaustos >+udeus,
eslavo, ci'ano e etcA Ieste aspecto, a reconstru)*o foi muito mais dif%cil " cola.oracionismo ficou
como ferida e4posta nas consci:ncias nacionais Puni-lo /'nor9-lo E4ecr9-lo 2 'uerra a.alou
cren)as profundas da cultura europ#ia 2s cicatries f%sicas e morais, +unto com a memória ou o
es0uecimento, foram a outra cara da sociedade 0ue devia reer'uer-se
2 e4peri:ncia da pós-primeira 'uerra e a crise de 5<?< serviram de refer:ncia para evitar situa)8es
posteriormente semelantes " dilema para a economia americana era o de como evitar uma crise
de superprodu)*o no fim da 'uerra "u se+a, como orientar um reordenamento internacional e a
necess9ria reconvers*o de uma economia de 'uerra para uma outra em tempos de pa, sem correr o
risco de um 0ue.ra-0ue.ra 'eneraliado Como faer para ade0uar os altos %ndices de
produtividade atin'idos entre 5<< e 5<=; com a realidade do pós-'uerra Por um lado, era
fundamental evitar a fal:ncias das economias europ#ias, pois a recupera)*o econ3mica da Europa
era estrat#'ica para a manuten)*o da supremacia dos EU2 Por outro, a superpot:ncia destinou
cotas de alimentos a fundo perdido como a+uda umanit9ria para 0ue os europeus enfrentassem os
dolorosos primeiros meses de fome e frio Ia pr9tica o 'overno dos EU2 comprava enormes
esto0ues de seus a'ricultores, mantina os lucros para o setor a'r%cola, impedindo a sua 0ue.ra, e
melorava muito a sua ima'em e4terna Entretanto, a a+uda n*o t*o desinteressada assim Havia
uma contrapartida 2s econ3micas europ#ias deviam se'uir as recomenda)8es americanas de
fle4i.iliar seus mercados e suas pol%ticas econ3micas &s novas tend:ncias estruturadas a partir da
ló'ica do sistema de acumula)*o dos EU2
2 receptividade e docilidade dos 'overnos europeus &s orienta)8es americanas era fato levado em
conta 2 interdepend:ncia entre a Europa e os EU2 acentuou-se si'nificativamente " plano
'arantiu aos EU2 manter %ndices de produtividade semelantes aos da 'uerra E se a Europa
recuperou rapidamente um novo ciclo de crescimento, ca.e lem.rar, entretanto, 0ue perdera a
primaia mundial dentro do capitalismo Fora deslocada, definitivamente, pelos EU2 " plano
permitiu superar a tend:ncia & esta'na)*o da Lfome de dólaresM, su.stituindo-a pela dolaria)*o do
mundo 2 com.ina)*o dos efeitos da Confer:ncia de Bretton Joods com os do Plano (arsall
confirmava a id#ia de Lamericania)*o da economia do mundo ocidentalM, ou se+a, a imposi)*o
e'em3nica dos EU2 >7rias, 5<DD, p?=A
Finalmente,
Europa dos em
seis,?;acordavam
de mar)o de 5<;D, Fran)a,
o 7ratado B#l'ica,
de Roma, Holanda,
criando 2lemana,Econ3mica
a Comunidade 6u4em.ur'oEurop#ia
e /t9lia, a
>CEEA Em.ora sem maior omo'eneidade entre os parceiros, ouve voluntarismo pol%tico para
superar o ressur'imento de conflitos 2 livre circula)*o de produtos a'r%colas e industriais e ta4as
alfande'9rias comuns ante terceiros caracteriaram o primeiro per%odo da CEE 2 /n'laterra, ponta-
de-lan)a dos interesses dos EU2 no continente n*o 0uerendo a.rir a sua ona internacional de
influ:ncia >a CommonealtA, optou por n*o faer parte da CEE assim como n*o fiera da CEC2
" crescimento econ3mico das tr:s d#cadas posteriores & 'uerra constituiu um fato in#dito 2s
perspectivas de esta'na)*o foram afastadas pelos mecanismos internacionais implementados pelos
EU2 2 interdepend:ncia 'radual dos mercados, com.inando-se com um Estado 0ue assumia
tarefas econ3micas e sociais, propiciou Lo 'rande saltoM >Ho.s.am, 5<<;, p?@=A 2 intera)*o
mercado-Estado produiu a Leconomia mistaM " Estado plane+ava, racionaliava e orientava a
produ)*o Comprometia-se com previd:ncia social e 'arantia o pleno empre'o, afastando o clima
de insta.ilidade Era o Estado Re'ulador ou de Bem-Estar Social
(as como se e4plica o crescimento do pós-'uerra Io 0ue di respeito & or'ania)*o do tra.alo, o
0ue predominou na reconstru)*o do pós-'uerra foi a e4pans*o do sistema americano conecido
como fordismo " sistema de tr a.alo montado pelo empres9rio HenrQ Ford consistia na ade0ua)*o
de tarefas se0enciais e repetitivas, e4istentes desde o s#culo passado, com a in#dita esteira
mecânica, criando assim uma lina de monta'em Fi4ando o tra.alador ao lon'o da esteira,
reduia o 'asto in1til de ener'ia e controlava a velocidade do processo de tra.alo "s 'anos em
produtividade
melor foram not9veis
os tra.aladores, estes 7seam.#m estava
tornariam impl%cita no "u
consumidores fordismo a vis*o
se+a, por de 0ue
0ue n*o se remunerasse
ampliar o le0ue de
consumidores se isto implicava mais produ)*o Ford acreditava 0ue ca.ia ao Estado re'ulamentar e
or'aniar essas rela)8es " Ie !eal de Roosevelt dava-le, parcialmente ra*o
2ntes da Se'unda Guerra (undial, o fordismo e4istia somente nos EU2 Ia reconstru)*o
constituiu-se num dos pilares da e4pans*o americana inculado aos princ%pios do Estado capitalista
re'ulador, a+udou a solucionar o pro.lema do e4cesso de m*o-de-o.ra 0ue n*o era a.sorvido pelos
sistemas de tra.alo, mais simples e em menor escala, e4istentes na Europa antes da 'uerra 2
imposi)*o e e4pans*o do fordismo na Europa e Oap*o trou4eram r9pidos .enef%cios 2 lina de
monta'em acelerou e dinamiou a produ)*o, especialiou os tra.aladores em a)8es simples e
moderniou os padr8es de produ)*o, especialmente no setor automo.il%stico e de eletrodom#sticos
2l#m do próprio conceito, 'rande parte da ma0uinaria necess9ria para a lina de monta'em tam.#m
deveria ser comprada dos EU2
(as, em termos pol%ticos, o mais importante talve tena sido a e4porta)*o da concep)*o de um
mercado massificado do 0ual faem parte importantes setores de tra.aladores industriais e
a'r%colas 2 ades*o & id#ia de ver no oper9rio um consumidor potencial teve, como conse0:ncia
imediata, o fortalecimento dos mercados internos e a possi.ilidade de um crescimento econ3mico
parcialmente auto-sustentado das economias nacionais desenvolvidas 2 transforma)*o do
tra.alador em um consumidor de produtos at# ent*o inacess%veis, atrav#s de aumento salarial,
criava uma sensa)*o de meloria material e esvaiava press8es sociais 'erais " fordismo, al#m de
ser um dos pilares do camado Estado de .em-estar social 'erou, tam.#m, demandas de ma0uinaria
e capital "s padr8es de produ)*o em s#rie e em 'rande escala e o consumo massificado, li'ados
direta ou indiretamente a investimentos dos EU2, mostram o real car9ter deste reordenamento
mundial
2 .ase teórica do Estado pós-'uerra nos pa%ses desenvolvidos foi formulada pelo economista
.ritânico Oon (aQnard TeQnes, 0ue em 5<@ pu.licou 2 7eoria Geral do Empre'o, do Ouro e da
(oeda 2 sua proposta fundamental defendia o est%mulo da demanda e o aumento da produ)*o, da
renda e do empre'o atrav#s da interven)*o do Estado Este devia corri'ir os defeitos do mercado
o.+etivando um capitalismo eficiente Como veremos depois, a doutrina TeQnesiana, ao defender o
papel re'ulador do Estado na economia e nas rela)8es sociais, aca.ou sendo a sustenta)*o
e4plicativa do Estado de .em-estar social
" potencial a.erto pelas novas desco.ertas cient%ficas e tecnoló'icas aumentou a demanda de fontes
de ener'#ticas e estimulou o estudo so.re outras " carv*o, o '9s, o petróleo, a eletricidade e a
idr9ulica foram e4plorados como nunca Praticamente, at# 5<D, falava-se em Lener'ia .arataM
Iada mais e4emplar da incr%vel velocidade da transforma)*o do mundo material do 0ue a
massifica)*o do automóvel e dos eletrodom#sticos Facilitando a vida do cidad*o-consumidor
comum, tais produtos passaram a faer parte da vida da sociedade moderna e do Lmodo de vida
americanoM >2merican aQ of lifeA, e4portado mundo afora
2pontadas as diretries e tend:ncias 'erais do per%odo ca.e apresentar uma .reve s%ntese dos
principais pa%ses capitalistas envolvidos na reconstru)*o " discurso omo':neo entre eles, desde o
fim da 'uerra, era o dos valores democr9ticos ocidentais e, acima de todos a li.erdade como valor
universal "s EU2 propuseram uma reconstru)*o do espa)o pol%tico, um modelo .ipartid9rio e a
esta.ilidade do .em-estar econ3mico e da pa social 7al modelo, com al'umas vari9veis e
carre'ado com o anticomunismo do in%cio do pós-'uerra, espalou-se pela Europa e Oap*o
"s EU2, fiadores da ordem ocidental, desenvolveram tr:s orienta)8es 0ue pautaram a reconstru)*o
5A or'aniar a economia capitalista em volta de sua lideran)a e interesses ?A a.rir os imp#rios
coloniais e as metrópoles europ#ias aos seus investimentos e com#rcio A derrotar a onda
revolucion9ria anticapitalista >na Europa, no E4tremo "riente e depois, na 2m#rica 6atina e fr icaA
2 2lemana "cidental sentiu fortemente o impacto da Guerra Fria 2 divis*o territorial, em 5<=<,
entre uma 9rea capitalista >Rep1.lica Federal da 2lemanaA e outra socialista >Rep1.lica
!emocr9tica da 2lemanaA produiu umas das situa)8es mais traum9ticas do mundo
contemporâneo " sistema pol%tico foi estruturado a partir dos princ%pios de democracia,
parlamentarismo, federalismo e 'arantias de li.erdade e direitos 2s for)as pol%ticas a'lutinaram-se
assim Uni*o >democratas-crist*os e outros católicos de direita antinaistas e anticomunistasA
Partido Social-!emocrata >SP!A, es0uerda reformista com al'uns princ%pios mar4istas Partido
6i.eral >F!PA reformista e de centro !e 5<=< aos anos @, a alian)a da Uni*o com os li.erais
ocupou o poder Tonrad 2denauer foi o 'rande nome do ressur'imento alem*o pautado pela
inte'ra)*o e cola.ora)*o com o .loco ocidental, est%mulo & inte'ra)*o europ#ia e 0uestionamento
ao Estatuto de "cupa)*o >0ue vi'orou at# 5<;;A " Lmila're alem*oM continuou nos anos @ com a
amplia)*o de pro'ramas sociais Entretanto, sinais de contra)*o da e4pans*o econ3mica e de
infla)*o come)aram a manifestar-se /sto apro4imou setores pro'ressistas da Uni*o e a social-
democracia >0ue em 5<;D a.andonara o mar4ismoA /mpuseram-se ent*o, medidas de controle de
pre)os e sal9rios e amplia)*o da previd:ncia social Ia pol%tica e4terna, ouve importante
apro4ima)*o com o 6este europeu e com a própria 2lemana "riental JillQ Brandt, o l%der da
social-democracia nos anos @, enfrentou o pro.lema da imi'ra)*o >turca, espanola e portu'uesaA
e a efervesc:ncia estudantil e oper9ria de 5<@K, refor)ando a ordem p1.lica e a se'uran)a Em
5<@<, a alian)a
e'emonia entrecoali*o
2 nova o SP! erefor)aria
os li.eraiso reformismo
afastou os democratas-crist*os do poder
do Estado de .em-estar após vinte anos de
social
(arcada pelo cola.oracionismo de parte da popula)*o durante a 'uerra, a Fran)a passou por
importante reconstru)*o pol%tica " perfil pol%tico definiu-se ao redor dos Partidos Comunistas,
socialista e o (ovimento Repu.licano Popular >democrata-crist*oA 2 constitui)*o de 5<=@
esta.eleceu um poder e4ecutivo fr9'il em .enef%cio do le'islativo 2t# o fim dos anos ;, uma
alian)a entre socialistas e o (ovimento Repu.licano dava & Fran)a destacado papel dentro dos
es0uemas internacionais de inte'ra)*o e coopera)*o, afian)ando o ressur'imento europeu >"72I,
5<=< CEC2, 5<;5 CEE, 5<;DA (as os pro.lemas coloniais a.alaram profundamente o pa%s o
ietn* e a 2r'#lia mostraram a incompet:ncia diplom9tica para encontrar uma solu)*o ne'ociada e
transformaram-se em retum.antes derrotas militares 2pesar do sucesso econ3mico de importantes
setores do pa%s, a L'uerra su+aM na 2r'#lia e a press*o dos militares de e4trema direita em manter a
col3nia des'astaram completamente a / Rep1.lica 2 elei)*o de !e Gaulle em 5<;K, como um
'overno de Lsalva)*o nacionalM, foi acompanada de uma nova constitui)*o e um fort%ssimo poder
e4ecutivo >podia nomear o cefe do 'overno, dissolver a 2ssem.l#ia Iacional, usar poderes
e4cepcionais nas crises, apelar diretamente aos eleitores via ple.iscitosA !e Gaulle +o'ou todo o
seu prest%'io no reconecimento da independ:ncia da 2r'#lia >5<@?A, apesar da violenta campana
do 'rupo paramilitar de e4trema direita "r'ania)*o do E4#rcito Secreto >"r'aniation arm#e
secrete, "2SA Ia pol%tica e4terna, procurou autonomia ante o .loco ocidental, tentando recuperar o
or'ulo franc:s, uma posi)*o internacional de desta0ue e 0uestionando o 'rau de in'er:ncia dos
interesses dos EU2 dentro da Europa 2ssim devem ser avaliadas a retirada francesa do mando
unificado da "72I >5<@@A e visita de !e Gaulle ao Canad9 francófono >5<@DA e as iniciativas
nucleares desde o in%cio dos anos @ /nternamente, por#m, o 'overno sofreu s#rios
0uestionamentos de setores econ3micos pre+udicados com a inte'ra)*o europ#ia X persist:ncia do
desempre'o e da infla)*o somaram-se descontentamentos re'ionais contra o centralismo de Paris
Em 5<@K, conflu%ram as reivindica)8es oper9rias com a intensa mo.ilia)*o estudantil 0ue produiu
o Lmaio franc:sM " 'overno conse'uiu com.at:-lo, mas pouco depois, um !e Gaulle
profundamente des'astado retirava-se da cena pol%tica
Ia Gr*-Bretana, o fim da 'uerra trou4e um fato surpreendente Jinston Curcill, lideran)a maior
na resist:ncia ao naismo, foi derrotado na elei)*o de +ulo de 5<=; Clement 2ttlee, tra.alista,
venceu com um pro'rama de amplas reformas sociais e nacionalia)8es " pro'rama de
nacionalia)8es atin' iu o Banco da /n'laterra, os setores mineiros, as ferrovias, o '9s e a
eletricidade Paralelamente, um ousado plano previdenci9rio ameniava o desempre'o, 'arantia
sa1de p1.lica e a.ria frentes de tra.alo atrav#s de um pro'rama de moradias populares Para
financiar tudo isto, al#m de uma pol%tica de austeridade, optava-se por diminuir o prota'onismo
internacional, ficando a re.o0ue da orienta)*o dos EU2 e a.rindo m*o de importantes col3nias
>Yndia, Pa0uist*o, Birmânia e Ceil*oA " 'overno 2ttlee promoveu restri)8es ao consumo e ao
sal9rio Pior, a escalada militar dos EU2 na Cor#ia e o conse0ente rearmamento do e4#rcito in'l:s
>ante a perspectiva de um novo conflito de propor)8es mundiaisA o.ri'aram o 'overno a cortar o
or)amento dos pro'ramas sociais " resultado n*o poderia ser diferente em 5<;5, os conservadores
voltaram ao poder 7ina in%cio um per%odo de leve desnacionalia)*o >siderur'ia, transporte
rodovi9rioA mas mantinam-se as reformas sociais, assim como consolidava-se a pol%tica de
ne'ocia)*o das independ:ncias coloniais em troca da perman:ncia na Commonealt Em 5<@= os
tra.alistas voltaram a vencer >H JilsonA e, apesar das dificuldades monet9rias, mantiveram os
pro'ramas sociais e os investimentos em escolas, ospitais e moradias Concomitantemente,
cresceram os conflitos no Ulster >/rlanda do IorteA Io in%cio dos anos D, o recrudescimento da
0uest*o irlandesa, acompanada da radicalia)*o dos setores oper9rios e a crescente perda de
competitividade da ind1stria in'lesa es.o)ou um 0uadro de profunda crise
Ia /t9lia manifestava-se
antimonar0uista desdeamericana
(as a press*o a 'uerrae uma
uma recomenda)*o
forte tend:ncia revolucion9ria,
sovi#tica antifascista dae
ao cola.oracionismo
es0uerda com os setores .ur'ueses esvaiaram os setores radicais Em +uno de 5<=@, um ple.iscito
re+eitou a (onar0uia >;= dos votosA "r'aniou-se ent*o, a LReconcilia)*o IacionalM, coali*o
liderada pela democracia-crist* >!CA, so. a 0ual se moviam inclusive, setores fascistas
so.reviventes Io ano se'uinte, os representantes socialistas e comunistas, so. o calor do
endurecimento das rela)8es URSS-EU2, foram e4pulsos do 'overno Em 5<=K, a vitória eleitoral
do .loco da direita, cu+o ei4o era !C apoiada pela /'re+a e pelos EU2, afastou o Lperi'o vermeloM
esta.elecendo as .ases para reconstru)*o do pa%s L" mila're dos anos ;M n*o escondeu as maelas
de uma /t9lia muito desi'ual em termos sócio-econ3micos e re'ionais " contraste entre o Iorte
industrialiado e o Sul a'r9rio se manteve, sendo percept%vel a perman:ncia do flu4o mi'ratório do
se'undo para o primeiro 2 necessidade de apoiar-se em alian)as re'ionais levou a !C a faer
concess8es a outras for)as pol%ticas, provocando se'uida insta.ilidade ministerial Entrementes, a
es0uerda passou a aceitar o +o'o pol%tico da democracia parlamentar e apro4imou-se dos setores
pro'ressistas da !C /sto permitiu 0ue, em 5<;K e 5<@, coali8es entre a !C e a es0uerda
es.o)assem um Estado de .em-estar, como no resto da Europa "cidental Por#m, no fim dos anos
@, os pro.lemas avolumaram-se ouve desacelera)*o econ3mica com infla)*o e desempre'o,
so.reviv:ncia de pr9ticas de nepotismo, clientelismo e corrup)*o das elites " descontentamento
social manifestou-se na forma de 'reves maci)as >5<@<A por sal9rio e fortalecimento dos conselos
de representantes sindicais nas ne'ocia)8es capital-tra.alo-Estado
2 inser)*o do Oap*o no cen9rio internacional causou impacto 2 derrota militar atin'iria duramente
dois pressupostos ideoló'icos .9sicos da sociedade nip3nica, o racismo e o papel divino do
imperador 2t# 5<;5, o 'eneral (ac2rtur administrou o pa%s como território ocupado !urante tal
per%odo foram fi4adas as .ases da recupera)*o do pa%s "s EU2 tinam cinco ei4os de interesse 5A
a destrui)*o do poder militar e a responsa.ilia)*o das suas a)8es ?A a desmilitaria)*o da
sociedade e reconvers*o industrial A a democratia)*o do pa%s e a limita)*o do poder do
imperador >Constitui)*o Parlamentar e Sufr9'io UniversalA =A o desenvolvimento econ3mico 0ue
'arantisse o retorno aos investimentos americanos e auto-sustentasse a reconstru)*o do pa%s e ;A a
transforma)*o do Oap*o em ponto de apoio do sistema defensivo dos EU2 no E4tremo "riente
2ssim sendo, diversas a)8es foram encaminadas para moderniar a mentalidade das elites, impor o
reconecimento dos sindicatos e a reforma a'r9ria 2 reativa)*o econ3mica partiu da modernia)*o
do par0ue industrial preservado pela 'uerra 2s in+e)8es de capital e4terno e a Guerra da Cor#ia
aceleraram o desenvolvimento 2 com.ina)*o de fatores con+unturais com a e4ist:ncia de uma m*o-
de-o.ra .arata e relativamente dócil, a conten)*o do 'asto p1.lico e da infla)*o, e a capacidade de
poupan)a do Estado e da popula)*o 'arantiram o Lmila're +apon:sM Em fun)*o do car9ter
estrat#'ico e 1nico 0ue o Oap*o tina para os EU2 no conte4to da Guerra Fria, o pa%s n*o precisou
direcionar capitais para a se'uran)a nacional ou outros 'astos militares >.em ao contr9rio da0uele
pa%s, L'uarda-cuva nuclearM do mundo ocidentalA !esde a sa%da de (ac2rtur, o Partido 6i.eral-
!emocr9tico esta.eleceu-se no 'overno mantendo la)os or'ânicos com influentes setores
econ3micos Ios anos @, a economia +aponesa ocuparia amplos espa)os internacionais 2d0uirindo
e produindo tecnolo'ia avan)ada, adaptando patentes importadas e desenvolvendo a capacidade de
concentra)*o da m*o-de-o.ra no tra.alo, estruturou uma sofisticada ind1stria sider1r'ica, naval,
automo.il%stica e eletr3nica I*o só ocupava mercados e4ternos como o aumento da renda nacional
criara um 'rande mercado interno
=A 2 e4i':ncia de maior 0ualifica)*o da m*o-de-o.ra e o contato com novas tecnolo'ias levaram &
universalia)*o da alfa.etia)*o e do ensino fundamental 2t# os setores po.res passaram a ter mais
consci:ncia da importância da educa)*o para a ascens*o social 2 amplia)*o das escolas e da
universidades foi o.+eto de press*o pol%tica, inclusive no 7erceiro (undo " papel da educa)*o na
politia)*o das massas secundaristas e universit9rias foi evidente Gera)8es mais conscientes,
cr%ticas, e4i'entes e mais .em instrumentaliadas sur'iram deste processo Por isso 5<@K foi o ano
da e4plos*o estudantil E4i'ia-se o are+amento 'eral do mundo acad:mico (as criticavam-se
tam.#m as contradi)8es de uma sociedade 0ue come)ava a ter pro.lemas sociais crescentes, al#m
da .urocratia)*o, massifica)*o, despersonalia)*o e aliena)*o Secundaristas e universit9rios
clamaram
0ue estavamcomo uma 'era)*o
rece.endo 0ue .uscasse
das 'era)8es seu espa)o
anteriores mas muitoomais
o imperialismo, 'ritaram
napalm contraat3mica,
e .om.a o le'adoa
mercantilia)*o de tudo e os valores consumistas da sociedade .ur'uesa, 0ue pausteriava e
massificava 0ual0uer postura aut3noma e solid9ria " parado4o # 0ue a radicalia)*o era de setores
0ue, em tese, viviam muito melor 0ue a 'era)*o anterior mas 0ue e4i'iam, al#m da 0ualidade
material, mais 0ualidade de vida O9 no 7erceiro (undo, 5<@K foi muito mais do 0ue isso foi
tam.#m den1ncia da opress*o econ3mica e4terna, do su.desenvolvimento cr3nico e de muitos
autoritarismos
;A 2 'uerra provocou 'rande crise no sentimento reli'ioso 2s posturas das diversas i're+as ante o
olocausto e diante do próprio naismo foram muitas vees, am.%'uas 2 dimens*o da destrui)*o
umana e material atin'iu em ceio a f# das pessoas 2 isto somou-se a forte presen)a do
materialismo consumista como medida de sucesso e esta.ilidade 2 elei)*o de Oo*o $$/// para o
papado em 5<;K, iniciou um fase de a.ertura aos pro.lemas sociais 2s enc%clicas (ater et (a'istra
>5<@5A so.re aspectos sócio-ec3nomicos, e Pacem in 7erris >5<@?A envolvendo a pa e as rela)8es
internacionais, confirmaram essa preocupa)*o Finalmente, o Conc%lio aticano // >5<@?-5<@;A
esta.elecia as .ases para uma orienta)*o mais sens%vel & situa)*o dos setores po.res e terceiro-
mundistas
" car9ter destrutivo da 'uerra produiu refle48es so.re os limites do uso da ci:ncia e da tecnolo'ia
e so.re os fundamentos de uma #tica civiliatória 2 perda da umanidade estava presente numa
sociedade profundamente ferida /mportante, apesar da euforia material dos anos 'loriosos, sempre
pesou so.re a consci:ncia coletiva a lem.ran)a da .ar.9rie anterior e o medo do olocausto nuclear
"s novos desafios e a procura de novas respostas estimularam a produ)*o cient%fica Ias ci:ncias
econ3micas polemiou-se so.re os caminos a se'uir no mundo do pós-'uerra TeQnes, Gal.rait,
Samuelson e os ultrali.erais HaQecW e Friedman apontaram caminos diferentes para a nova ordem
econ3mica Ia filosofia, o e4istencialismo e o mar4ismo marcaram posi)*o a partir de novas
correntes 0ue renovaram o am.iente intelectual Sartre, 2ltusser e (arcusse estiveram entre os
principais inspiradores da efervesc:ncia pol%tico-cultural do fim dos anos @
7am.#m a produ)*o art%stica e liter9ria sofreu impacto direto dos acontecimentos do per%odo "s
novos avan)os cient%ficos permitiram utiliar outros recursos de e4press*o >o pl9stico na escultura,
a eletr3nica na m1sicaA " e4perimentalismo, a e4ist:ncia de um p1.lico muito maior e de mediana
forma)*o e as diversas percep)8es so.re os fatos produiram uma e4plos*o de manifesta)8es
art%sticas e4tremamente variadas Ia pintura, entre outras correntes, destacavam-se a perman:ncia
do surrealismo, presente no mundo dos sonos, das alucina)8es e do su.consciente >(iró, !al%A e a
aus:ncia de elementos fi'urativos na e4plos*o colorida das formas no a.stracionismo >TandinsWi,
(ondrian, PoliaWoffA Fortemente marcada pela sociedade individualista e de consumo de fins dos
anos ;, a Pop 2rt foi a 'rande representa)*o pl9stica dos anos 'loriosos, mostrando o efeito da
massifica)*o e a mercantilia)*o de tudo atrav#s da transforma)*o de %cones em produtos de
consumo
Ia ar0uitetura, os avan)os t#cnicos permitiram responder &s enormes demandas ur.anas Pr#dios
'i'antescos >edif%cios, est9dios, aeroportos, depósitosA 9reas a.ertas acompanando a e4pans*o
ur.ana, a utilia)*o crescente de novos materiais >vidro, alum%nioA, a op)*o pela altura para dar
mais espa)o &s superf%cies verdes etc S*o marcadas re'istradas disso o edif%cio da "IU, em Iova
ZorW, e as concep)8es arro+adas e funcionais de "scar IiemaQer para a cidade de Bras%lia
2 m1sica, al#m de 'anar ri0ueas r%tmicas important es, tornou-se o.+eto de 'rande consumo de
massas 2ssociada & evolu)*o da mo.ilidade social dos +ovens e adolescentes, aproveitou-se da
fant9stica
televis*o possi.ilidade de ser
e alta-fidelidade torreproduida como
naram-na e4t nunca
remam ente antes o fora
popula " disco
r e pro duirade
m vinil,
o feno3me
r9dio,
no ada
amplia)*o permanente de p1.lico, independentemente de estilos musicais " fen3meno musical
marcante dos anos 'loriosos foi o RocW de Elvis PresleQ a Oimi Hendri4, passando pelos Beatles, o
rocW pautou musicalmente as mudan)as sociais do seu tempo
Por 1ltimo, a 0ue # considerada a arte mais caracter%stica do s#culo $$, o cinema Estourou como
um 'rande ve%culo de massa, emocionando o p1.lico com ima'ens, ilus8es e mensa'ens 2
concep)*o de industria cinemato'r9fica lem.ra as modernas empresas produtivas do fordismo 2
preocupa)*o com resultados comerciais imediatos tornou-se o móvel da maioria das produ)8es,
reduindo sensivelmente a 0ualidade do produto 2s inova)8es t#cnicas foram rapidamente
incorporadas, como a cor e tela panorâmica, assim como aproveitaram-se as escolas de cinema Se #
verdade 0ue se criou um mercado para o entretenimento >aproveitando a demanda da massa por
op)8es de laerA, tam.#m # verdade 0ue al'uns diretores produiram 'randes o.ras refle4ivas
Rossellini, !e Sica, Capra, Jeles, 7ruffaut, Gordad, 7ati, Bu[uel, Jilder e Ber'man est*o entre
eles 2 ind1stria de HollQood marcou a produ)*o do per%odo, diversificando tem9ticas e
investindo muito dineiro em 'randes produ)8es E cumpriu, tam.#m, importante papel na
e4pans*o ideoló'ica do Lmodo de vida americanoM, +untamente com a televis*o /nclusive, a difus*o
desta 1ltima 'erou uma ind1stria própria 0ue teve nos EU2 o 'rande motor propulsor !esde os
anos ;, come)aram a produir-se e a e4portar-se intermin9vel e variada produ)*o de s#ries de 7
americanas Produtos t%picos da industria cultural massificada de .ai4a 0ualidade para p1.licos
pouco e4i'entes, a 7 e o cinema >assim como as istórias em 0uadrinosA desempenaram
destacado papel na padronia)*o cultural em curso nos anos ; e @
" a.andono das teses revolucion9rias pela social-democracia isolou a es0uerda europ#ia dentro de
um 0uadro de Lsatania)*oM do .olcevismo e do comunismo Por#m, n*o se tratou somente disto
"s social-democratas manifestariam diferen)as concretas em rela)*o aos pro+etos socialistas e
a.riram m*o de fatores pol%ticos mo.iliadores 2 op)*o pelo reformismo dentro dos limites do
capitalismo a.riu-les cances eleitorais Ia pr9tica, procurou-s um consenso, um compromisso de
classe envolvendo o capital e o tra.alo TeQnes +9 avia dado o sinal, ca.ia ao Estado intermediar
tal rela)*o >Estado re'uladorA "s Social-democratas preenceram esse Estado com preocupa)8es
sociais pro'ressistas e at# umanistas >se comparadas &s outras propostas da direitaA " consumo
passava pelo compromisso dos capitalistas em direcionar parte dos seus lucros &s atividades
produtivas >criando mais empre'osA e em concordar com uma distri.ui)*o de ri0uea > sem colocar
em risco, em momento al'um, a propriedade privada ou a ierar0uia social e4istenteA O9 os
tra.aladores aceitavam as re'ras do funcionamento do sistema, inseriam-se nele e reconeciam a
propriedade privada do capital Esta foi a compensa)*o da produtividade e da distri.ui)*o de
parcela dos 'anos Sintetiou a com.ina)*o de crescimento econ3mico com uma m*o-de-o.ra
plenamente empre'ada, com sal9rios rao9veis e prote'ida pelo Estado de .em-estar social 7*o
forte foi o impacto deste tipo de proposta & sociedade 0ue at# setores pol%ticos de direita a
assumiram, mesmo 0ue parcialmente 2ssim se e4plica o por0u: dos conservadores na /n'laterra ou
da democracia-crist* na 2lemana preservarem parte do Estado de .em-estar Portanto, o Estado foi
instrumento de diversas a)8es encadeadas 5A assumiu as atividades 0ue n*o interessavam ao setor
privado, mas 0ue eram 'lo.almente importantes ?A re'ulou, mediante mecanismos pol%ticos, as
rela)8es econ3micas entre o capital e o tra.alo e compensou os efeitos distri.utivos do mercado
A desempenou papel econ3mico, fornecendo servi)os e insumos a .ai4o custo, financiando a
atividade privada, realiando o.ras p1.licas e capacitando a m*o-de-o.ra =A incorporou m1ltiplos
pro'ramas sociais >assist:ncia familiar, a.itacional, au4%lio financeiro, sa1deA
"s 'overnos deviam estimular o aumento da produ)*o, diminuir o n1mero dos e4clu%dos do circuito
produtivo e, conse0entemente, promover o crescimento da demanda de todo tipo de consumo
Fundamentalmente, deviam promover uma melor distri.ui)*o de renda entre os setores menos
a0uinoados 2umento s salariais, su.s%dios, 'astos e investimentos 'overnamentais, pr:mios,
redu)*o de impostos, oferta de servi)os sociais etc 7ais eram os mecanismos 0ue apontavam nessa
dire)*o Encontrar um consenso social e pol%tico era o 0ue de mais interessante avia no cen9rio
institucional do pós-'uerra Nuase todos os pro'ramas de 'overno referiam-se a tal o.+etivo "
pleno empre'o e a i'ualdade para todos no rece.imento dos servi)os do Estado de .em-estar social
contentavam se'mentos importantes da popula)*o
"utra cr%tica 0ue se fa & social-democracia # 0ue, ao impedir a revolu)*o, promovendo o
compromisso de classe 0ue imo.iliou os setores sociais mais radicais, fortaleceu o mercado " seu
pro+eto de compromisso n*o só n*o eliminou as contradi)8es estruturais do capitalismo como
perpetuou a necessidade de manter so. controle os dese0uil%.rios V outro parado4o defendendo
uma economia de mercado com crescente produtividade para manter o pacto social, a social-
democracia fortaleceu o capital e a+udou-o a com.ater suas contradi)8es >dese0uil%.rio na
distri.ui)*o de ri0uea, efici:ncia pela redu)*o salarial, tend:ncias ao desempre'o etcA So. os
preceitos WeQnesianos, a social-democracia procurou conciliar, via Estado, o controle democr9tico
da economia com os interesses privados V ine'9vel 0ue durante os anos 'loriosos esta e4peri:ncia
pareceu definir uma fórmula 0ue satisfaia & maioria dos atores sociais envolvidos " Estado de
.em-estar social f oi uma realidade 0ue se concretiou, em diversos momentos, em 'rande parte da
Europa "cidental Por#m, muito mais do 0ue o en'a+amento de uma consci:ncia solid9ria, o 0ue
motivou o capital e os capitalistas a sustentar o Estado de .em-estar foi o medo do impacto 0ue as
con0uistas sociais dos tra.aladores sovi#ticos poderiam ter so.re o movimento oper9rio mundial
E n*o se es0ue)a de 0ue o financiamento da ades*o ao pacto de consenso teve a enorme
contri.ui)*o indireta da e4plora)*o desenfreada 0ue o 7erceiro (undo continuou sofrendo das
economias centrais
!e 0ual0uer forma, o consumo de .ens cotidianos, como alimento, vestu9rio, moradia e laer,
estava ao alcance da m*o da0ueles 0ue, at# pouco tempo atr9s, os consideravam como lu4o V isto
0ue deu um 'rande f3le'o &s teses defendidas pela social-democracia europ#ia I*o li.ertava o
omem da e4plora)*o, mas tornava-o consumidor do sistema Funcionou assim, en0uanto durou o
consenso e este foi sustent9vel en0uanto 'arantiu empre'o e se'uran)a social
Io pós-'uerra, o Estado aumentou sua atua)*o no con+unto da sociedade, ampliou suas fun)8es e
consolidou-se como pilar da recupera)*o em marca 2 interven)*o do Estado re'ulador deu-se em
duas 'randes esferas a econ3mica, propriamente dita, e a social Em rela)*o & primeira, ca.e
lem.rar 0ue visou re'ular o funcionamento 'lo.al da economia, impulsionando e sustentando a
e4pans*o econ3mica !entro desta perspec tiva, promoveu investime ntos em tr:s dire)8es 5A
ind1strias vinculadas ao desenvolvimento da sociedade de .em-estar ?A ind1strias de .ens de
consumo
em dur9veis
espa)os >prioridade
interiores paraassumiu
" Estado os automóveisA
o.ras deAinfra-estrutura
desenvolvimento de novas
2l#m re'i8es
da oferta industriais
de tra.alo
previs%vel, as demandas de materiais e outros recursos para tais o.ras, por sua ve, multiplicaram e
dinamiaram outros setores produtivos, inclusive privados 2ssim, o.ras em estradas, ferrovias,
rede el#trica, rede de es'oto etc eram em parte de pro'ramas de ur.ania)*o vinculados a cria)*o
de empre'os e esvaiamento de tens8es sociais
"utra atividade em 0ue o Estado e4erceu uma a)*o direta so.re a produ)*o foi o financiamento de
parte da pes0uisa cient%fico-tecnoló'ica Por outro lado, apesar de destacar-se muito a procura do
.em-estar social, a pol%tica de compromisso entre capital e tra.alo teve como uma das re'ras
.9sicas a prote)*o da propriedade privada e da economia de mercado Sendo assim, usaram-se
diversos artif%cios 0ue estimulara m o capital privado su.ven)8es, isen)8es fiscais, linas de
financiamento, pro'ramas monet9rios etc " Estado ainda comportou-se como consumidor >para os
servi)os sociais 0ue prestava e os .ens p1.licos 0ue prote'iaA, sendo um 'rande consumidor de
armamento e apetrecos militares
Ia /t9lia, o /nstituto de Reconstru)*o /taliano >/R/A, cr iado durante o re'ime fascista, preservou-se
no pós-'uerra inculado ao 'overno, encaminou a recupera)*o industrial da re'i*o norte e um
pro'ramanademeloria
investir desenvolvimento para evitando
social interna, o sul Houve o cuidado
o aumento das para dinamiarIos
importa)8es as anos
e4porta)8es antesum
;, +9 avia de
pro'rama de plane+amento para a d#cada e pol%ticas para o desenvolvimento da 0u%mica,
petro0u%mica e siderur'ia
" Oap*o encaminou pol%ticas de plane+amento e intervencionismo estatal sem ter, entretanto, um
setor p1.lico desenvolvido !esde a ocupa)*o americana, o Estado interveio para 0ue.rar o poder
dos 'randes consórcios econ3micos e reduir a 'rande propriedade, de =@ para K do total 2
Guerra da Cor#ia possi.ilitou um 'rande flu4o de dólares 0ue estimularam o plane+amento 2ssim
como na /n'laterra e na Fran)a, prioriaram-se os setores estrat#'icos >a)o, 0u%mica, constru)*o
naval e petróleoA 2os poucos, o Estado desenvolveu a pes0uisa cientifica e estimulou para este
foram decisivos o .oom dos anos @
Um dos primeiros elementos ne'ociados foi a e4tens*o do conceito de sal9rio m%nimo Sal9rio 0ue
permitisse conferir, aos indiv%duos, condi)8es decentes de conviv:ncia social Sendo uma iniciativa
de ori'em in'lesa, foi na Fran)a, por#m, vi'ente desde 5<=D, 0ue ele r ece.eu a complementa)*o da
inde4a)*o &s varia)8es de pre)os >5<;A, evitando a defasa'em entre sal9rio e varia)*o do custo dos
produtos .9sicos
Em mat#ria de moradia, o Estado con'elou e fiscaliou os valores dos alu'u#is >Fran)a, /n'laterra,
2lemanaA e desenvolveu pro'ramas de constru)*o de moradias populares em 9reas destru%das pela
'uerra, de constru)*o muito anti'a >2lemana e Fran)aA ou pressionadas pelo crescimento
demo'r9fico Concomitantemente & constru)*o das moradias populares montou-se uma rede de
iniciativas de infra-estrutura 0ue se'uiam a mesma ló'ica >encanamento e a.astecimento de 9'ua,
rede de es'otos, ruasA Reformulou-se toda uma le'isla)*o a esse respeito na Fran)a, uma lei de
+ulo de 5<; instituiu um pro'rama de su.s%dios, redu)8es fiscais e empr#stimos para a constru)*o
civil, assim como a poupan)a-a.ita)*o
Em rela)*o ao ensino, a interven)*o tam.#m foi forte 2s necessidades eram diversas renova)*o
dos 0uadros diri'entes, forma)*o 0ualificada de 0uadros t#cnicos e cient%ficos numerosos para
enfrentar as novas necessidades e responder ao enorme aflu4o em todos os 'raus provocados pela
press*o demo'r9fica e pela ade0ua)*o dos futuros tra.aladores &s novas tecnolo'ia em
desenvolvimento Uma das respostas mais concretas a isto, al#m da multiplica)*o de escolas
p1.licas e pro'ramas de concess*o de .olsas, foi a institucionalia)*o do ensino o.ri'atório Ia
Gr*-Bretana, imp3s-se em 5<=D a idade de 5; anos como limite o.ri'atório, en0uanto 0ue na
Fran)a foi de 5@ anos 2 luta contra o analfa.etismo e a e4tens*o 'eneraliada do ensino prim9rio e
secund9rio caracteriam o per%odo em estudo (as 'randes dese0uil%.rios continuaram acontecendo
em .oa parte do 7erceiro (undo, apesar das relativas melorias e do apoio sistem9tico de
pro'ramas da "IU
Estes investimentos e su.ven)8es estatais foram financiados por recursos próprios do Estado e pelo
mecanismo de tri.uta)*o pro'ressiva so.re sal9rios e lucros das empresas Considerando a
realidade de lar'as camadas populacionais dos pa%ses desenvolvidos, assim como o acesso a uma
variada 'ama de produtos 0ue a au4iliavam, n*o 9 como ne'ar 0ue a vida das pessoas melorou
si'nificativamente durante os anos 'loriosos Este 0uadro # mais positivo ainda, se comparado &
realidade da 'uerra ou da depress*o dos anos 2pós um lon'o per%odo de recess*o e compress*o
das demandas, os anos 'loriosos foram fartos para al'uns e 'eraram e4pectativas para muitos mais
" capitalismo do pós-'uerra foi t*o reformado 0ue ficou irreconec%vel >Ho.s.an, 5<<;, p?@;A
"u se+a, um capitalismo 0ue, nos pa%ses desenvolvidos, mostrava um in#dito 'rau de distri.ui)*o de
ri0uea
Io in%cio dos anos D, a com.ina)*o do es'otamento do sistema de acumula)*o caracter%stico dos
trinta anos 'loriosos e do sur'imento e aprofundamento de pro.lemas de ordem con+untural
ad0uiriam um peso important%ssimo Nuais eram os sintomas da tempestade 0ue se apro4imava e
0ue se manifestavam de forma mais fre0ente no transcorrer da d#cada de 5<@
2 crise come)ou pelos EU2 e foi e4portada a outras re'i8es " dom%nio americano declinara, em
termos relativos, durante as 1ltimas d#cadas 2l'uns indicadores econ3micos mostram a perda de
competitividade da superpot:ncia en0uanto em 5<;; o Produto Iacional Bruto >PIBA do pa%s
representava @,; do mundial, em 5<D mal ce'ava aos ,? 2 própria ta4a m#dia de
crescimento anual do PIB dos EU2, medida em s#ries de cinco anos, era superada
permanentemente, entre 5<; e 5<D, pelo Oap*o, Fran)a, 2lemana e /t9lia 2t# na produ)*o
automo.il%stica, pilar de sustenta)*o do 2merican JaQ of 6ife, verificaram-se dificuldades >diante
da produ)*o europ#ia e +aponesa os EU2 viram reduir-se a sua fatia mundial de ;5 para ;
entre 5<@; e 5<D;A
2 recupera)*o europ#ia, notadamente o mila're +apon:s e alem*o, si'nificou para os EU2 a perda
de espa)o nesses mercados (uito pior, alavancou essas economias a uma acirrada disputa nos
mercados internacionais Com matries industriais mais modernas, a0uisi)*o e reprodu)*o de
tecnolo'ia avan)ada, e especialiando-se em setores produtivos espec%ficos >eletr3nico,
automo.il%stico, sider1r'ico e 0u%micoA, a0uelas economias contavam com a vanta'em de n*o ter
maiores 3nus com a se'uran)a militar, o 0ue, parado4almente, pesava cada ve mais para os EU2
V muito importante salientar 0ue no fim dos anos @, como sinal claro do aumento da competi)*o
internacional, o modelo produtivo .aseado no fordismo come)ara a declinar ante novas formas de
or'ania)*o do tra.alo e da produ)*o !entro da perspectiva de minimiar as con0uistas dos
tra.aladores, 'anou espa)o o toQotismo >apliacado, pela primeira ve, nas empresas 7oQotaA
2trav#s devinculou
toQotismo um ri'oroso controle dedo0ualidade
a esta.ilidade empre'oeeo.ri'ando
o sal9rio &o situa)*o
oper9rio financeira
a realiar tarefas m1ltiplas,
da empresa !estao
forma, come)ava a desenar-se a terr%vel perspectiva do desempre'o, en0uanto atacavam-se as
9reas consideradas pro.lemas para um melor desempeno produtivo a.sente%smo, mo.ilidade
volunt9ria, 'reves, direitos sociais
2s demandas internas da popula)*o dos pa%ses desenvolvidos saturaram-se 2 reconstru)*o das suas
economias, acrescidas de in+e)8es de capital e de novas tecnolo'ias, atin'ia todo o con+unto de
demandas reprimidas desde a 'uerra Por outro lado, tend:ncias decrescentes na produ)*o e na
mar'em de lucros come)avam a pesar mais so.re as concess8es 0ue tinam sido feitas ao
movimento oper9rio para evitar a sua radicalia)*o " alto custo dessa m*o-de-o.ra levou a
e4pans*o de empresas multinacionais ao 7erceiro (undo " Estado de .em-estar social passava a
ser 0uestionado a.ertamente 2 sa%da de capitais e empresas dos espa)os metropolitanos seria,
futuramente, pesada carta de .ar'ana contra os sindicatos e partidos de es0uerda
2 d#cada de 5<@ vivenciou marcado 0uestionamento interno e e4terno dos EU2 Em termos da
ló'ica da Guerra Fria verificou-se a diminui)*o da distância 0ue separava URSS dos EU2 en0uanto
poderio militar, tecnolo'ia espacial e presen)a internacional 2 onda revolucion9ria 0ue se
desencadeou desde Cu.a, pelo 0uintal latino-americano, des'astou a superpot:ncia Iovos pro+etos
nacionalistas e populistas, com.inados com a e4pans*o de 'uerrilas e a radicalia)*o de al'uns
setores vinculados & /'re+a e ao e4#rcito, provocaram uma escalada in#dita na re'i*o O9 no ietn*
ocorria a maior derrota da pol%tica e4terna americana em todos os tempos >e, se devidamente
relativiada, derrota militarA Io ietn* caiu, definitivamente, a m9scara de na)*o pacifista e anti-
colonial dos EU2 mostrando ao mundo a ló'ica do L'rande porreteM, conecida 9 muito tempo por
me4icanos e centro-americanos (ais de ; mil soldados envolvidos, .om.ardeios maci)os e
utilia)*o de todo tipo de armas 0u%micas, com desastrosas conse0:ncias demo'r9ficas,
econ3micas e ecoló'icas, n*o evitaram o atoleiro Pior, a 'uerra produiu fort%ssima indi'na)*o
interna ante o princ%pio de interven)*o presente desde a !outrina 7ruman !a "fensiva do 7et
>+aneiro de 5<@KA at# os 7ratados de Paris >5<DA, o desfeco do conflito fra'iliou a pretens*o
e'em3nica internacional da superpot:ncia
"utros fatores somaram-se & re+ei)*o do conflito no ietn*, mostrando sinais evidentes de
insatisfa)*o Ia sociedade americana do pós-'uerra persistiam 'ritantes desi'ualdades sociais 2
mar'inalia)*o de importantes minorias e4puna as maelas sociais distantes do discurso oficial da
democracia-modelo
Io espa)o universit9rio, desde o in%cio dos anos @, sur'iu intensa cr%tica de costumes, valores e
pol%tica ao Perse'uido
americano poder institucional 2 Universidade
pela viol:ncia de BerWleQ
estatal e Lproi.idos sim.oliou o estiveram
de manifestar-seM movimentono estudantil
centro de
outros movimentos 0uestionadores do sistema >feminista, 'aQ, ippie e QippieA 7odas estas
tend:ncias cruaram-se com as diversas manifesta)8es de revolta de 5<@K Paris, Pra'a, (#4ico e
Berlim foram centros de a'ita)*o estudantil Ios pa%ses ricos, o inconformismo contra a
prepot:ncia do poder e da autoridade, dos valores conservadores, da .urocracia e do militarismo
Ia 7cecoslov90uia, a e4i':ncia de o4i'ena)*o do socialismo e a den1ncia da satelia)*o do pa%s
pela URSS Ia 2m#rica 6atina, a tentativa de resistir &s ditaduras e &s doutrinas de Se'uran)a
Iacional da matri americana >Brasil e 2r'entinaA, ou a tentativa de evit9-los >Uru'uai, (#4icoA
conflito de 'era)8es, sim mas, tam.#m, conflito de classes Io mundo capitalista, foi violento
sintoma do es'otamento de um sistema planet9rio com marcados dese0uil%.rios pol%ticos e sociais
ou de e4i':ncia de mais democracia, mais li.erdade, mais +usti)a 2 repress*o foi violent%ssima em
todas as partes " saldo pode parecer pouco positivo diante de tantas e4pectativas Entretanto, nos
EU2, os setores ne'ros con0uistaram maior espa)o social e pol%tico, assim como a press*o interna
contri.uiu na retirada do ietn*
2s perdas provocadas pela alta do petróleo foram desi'uais Ganaram os pa%ses produtores
alores fant9sticos foram acumulados >petrodólaresA "s EU2, apesar do impacto inicial, sentiram-
no em menor escala, pois possu%am importantes +aidas e reservas, o 0ue les permitia uma situa)*o
muito mais confort9vel do 0ue seus concorrentes diretos >Europa e Oap*oA, 0ue dependiam
sensivelmente das e4porta)8es 9ra.es Por outro lado, os EU2 atra%ram os petrodólares mediante
+uros atrativos, o 0ue les permitiu nova valoria)*o do dólar em rela)*o &s demais moedas fortes
>si'nificante aumento unilateral da d%vida dos pa%ses perif#ricos, 0ue acumulavam saldos comerciais
ne'ativos e empr#stimosA " Oap*o e os pa%ses europeus conse'uiram compensar parte das perdas
sofridas com a transfer:ncia desses custos aos pa%ses dependentes como acr#scimo de valor
a're'ado a sua produ)*o tecnoló'ica de ponta Sem d1vida, as economias afetadas a m#dio e lon'o
prao foram as perif#ricas, pois tiveram sua produ)*o prim9ria desvaloriada >salvo e4ce)8esA,
viram um crescimento acelerado e asfi4iante da d%vida e4terna e sofreram maior ta4a)*o nas
rela)8es econ3micas e financeiras esta.elecidas com os pa%ses desenvolvidos
2 crise provocou desdo.ramentos importantes "s EU2, desde o fim dos anos @, ressentiam-se do
des'aste crescente no ietn*, da perda de competitividade econ3mica, da infla)*o, do desempre'o e
da sa%da de reservas de ouro 2 crise de 5<D imp3s medidas de co0ue para comprimir o consumo
e diminuir o volume de moeda circulante o esp%rito WeQnesiano era atin'ido Io 'overno Carter
permaneceram os pro.lemas internos Io e4terior, os EU2 perderam posi)8es e influ:ncia na
2m#rica Central >Iicar9'uaA, frica >e4-col3nias portu'uesasA e sia >/r* e 2fe'anist*oA
Ia 2lemana, a crise levou & revis*o dos pro'ramas sociais en0uanto o desempre'o aumentou >um
mil*o de desempre'ados em 5<D=A Pro.lemas sócio-econ3micos e a escalada violenta do 'rupo
Badder-(einof >fra)*o do E4#rcito ermeloA des'astaram os 'overnos social-democrata de
Brandt e Scmidt
Ia Fran)a, Pompidou e Giscard d`Estain' n*o conse'uiram reverter o impacto ne'ativo da crise do
petróleo 2 revis*o dos pro'ramas sociais des'astou o 'overno e a.riu caminos aos socialistas, 0ue
ce'ariam ao poder com Fran)ois (itterrand em 5<K5
2 /n'laterra tam.#m foi sacudida Em 5<D@, avia 5,; mil*o de desempre'ados 2l#m do
a'ravamento da crise social, o 'overno tra.alista de Harold Jilson enfrentou forte press*o dos
separatistas da /rlanda do Iorte e uma 'rande pol:mica so.re a entrada da Gr*-Bretana na CEE
Esta situa)*o a.riu camino para a ascens*o do pro+eto neoli.eral dos conservadores liderados por
(ar'aret 7atcer
Ia /t9lia, a crise foi tam.#m pol%tica, a irrup)*o das Bri'adas ermelas e o assassinato de 2ldo
(oro em 5<DK acompanaram a fra'ilidade dos 'a.inetes ministeriais e um certo e0uil%.rio entre a
!C e os comunistas >estes, na lina eurocomunista de distanciamento de (oscouA Io fim da
d#cada, & insta.ilidade social somavam-se os pro.lemas vinculados & corrup)*o e & a)*o da m9fia
!ois aspectos finais devem ser analisados dentro da perspectiva da mudan)a de rumo ocorrida nos
anos D e 0ue se manifestavam su.terraneamente desde a recupera)*o do pós-'uerra as profundas
transforma)8es tecnoló'icas em andamento e o processo de 'lo.alia)*o da sociedade mundial >a
famosa aldeia 'lo.al anunciada por (ac6uanA a reestrutura)*o da economia capitalista no pós-
'uerra trou4e a articula)*o cada ve maior entre ci:ncia, tecnolo'ia e produ)*o I*o 9 d1vida de
0ue a Se'unda Guerra (undial valoriou so.remaneira a pes0uisa cient%fica aplicada aos pro.lemas
'erados pela dinâmica do conflito Essa rela)*o se aprofundou ainda mais em tempos de pa 2
desco.erta de novas 9reas cient%ficas e de novos setores produtivos insere-se na ló'ica da ade0ua)*o
entre conecimento acumulado e condi)8es tecnoló'icas >ener'ia nuclear, eletr3nica, avia)*o
supers3nica e pes0uisa espacialA Prepara-se, desta forma, a terceira revolu)*o industrial ou
revolu)*o t#cnico-cient%fica 2 ci:ncia transformou-se em o.+eto de produ)*o e as empresas e
universidades uniram-se na pes0uisa cient%fica de ponta
2 internacionalia)*o provocada pela e4pans*o das empresas multinacionais & procura de vanta'ens
competitivas desenou uma rede mundial, onde a troca de informa)*o, as e4peri:ncias
or'aniacionais e o fracionamento da produ)*o atin'iram escala planet9ria Iovas formas de
associa)*o entre empresas, filiais, matries, fus8es, tudo em nome de um processo de 'rande
concentra)*o de poder, onde o conecimento e a velocidade de transmiti-lo passaram a ser fator
essencialmente estrat#'ico " crescente investimento em ci:ncia e tecnolo'ia produiu
concentra)*o de investimentos >no caso americano, muito vinculado ao esta.lismente militarA 2s
economias nacionais mais fortes optaram por desenvolver os novos setores de ponta es.o)ados
durante os anos 'loriosos e e4portaram para o 7erceiro (undo ind1strias com tecnolo'ia o.soleta
ou poluidora >mas sem perder o controle so.re elasA
Finalmente,eaderapide
individuais do desenvolvimento
uso dom#stico 2 e4pans*o da
do inform9tica
seu consumoa.riu
e as aperspectivas
possi.ilidade dos computadores
futuras de associa)*o
entre informatia)*o e comunica)*o d*o &s pot:ncias e empresas 0ue controlam tal possi.ilidade o
delicado papel de internacionaliar padr8es de consumo, modismos lin'%sticos, valores e4ó'enos e
desvaloria)*o das culturas afetadas por essa fant9stica e4pans*o tecnoló'ica
Em resumo, 5<D foi o ano da crise 0ue salientou o es'otamento do modelo econ3mico montado no
pós-'uerra "s cortes nos pro'ramas sociais, a'u)aram ainda mais a crise, 0ue atin'ia em ceio um
universo de tra.aladores acuados pelas mudan)as tecnoló'icas, pelas novas tend:ncias de
investimento do capital e pelo avan)o de pro+etos 0ue es.o)avam a su.ordina)*o completa do
Estado ao mercado
" es0uema de Bretton Joods completara seu ciclo Permitira encontrar uma sa%da e0uili.rada para
o capitalismo no pós-'uerra, mantendo uma situa)*o vanta+osa para os EU2 Por#m, a com.ina)*o
entre o custo social interno, a ascens*o de economias competitivas e o custo da parafern9lia militar
da Guerra Fria provocou o es'otamento do sistema na passa'em dos anos @ para os D 2
possi.ilidade do Oap*o e da Europa trocaram seus dólares acumulados pelo ouro estocado nos EU2
amea)ou a .ase financeira desta pot:ncia
" fim da converti.ilidade do dólar em ouro, acompanado pela sua desvaloria)*o >para recuperar
competitividade no e4teriorA, produiu uma infla)*o 0ue se espalou mundo afora " aumento do
pre)o do petróleo aprofundou essa situa)*o Pol%ticas protecionistas, crise financeira e 0ue.ra de
empresas sucederam-se 2 crise ener'#tica afetou desi'ualmente as economias nacionais 2 paralisia
produtiva e a rela)*o econ3mica come)aram a casti'ar os .enef%cios sociais num momento em 0ue
o desempre'o come)ou a crescer de forma consistente 2s finan)as p1.licas tiveram 0ue socorrer o
capital privado e rompeu-se a pol%tica de consenso e compromisso 0ue a social-democracia a+udara
a consolidar como mecanismo de constru)*o do Estado de .em-estar social Io fim dos anos D,
este modelo de Estado come)ou a ser desmontado, en0uanto o movimento oper9rio foi ficando cada
ve mais acuado "s anos 'loriosos estavam aca.ando 2 crise do modelo do Estado de .em-estar
social foi, tam.#m, uma crise civiliatória, uma crise de e4pectativas !entro do violento processo
de permanente internacionalia)*o da economia mundial, refor)ado no pós-'uerra, o capital
encontrou um novo modelo de acumula)*o 0ue, nos anos D, tornara o.soleto o compromisso social
do pós-'uerra
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