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3.

2 - NA INGLATERRA

No contexto da economia mercantilista, podemos notar que os ingleses não contavam com as vantagens
desfrutadas por seus demais concorrentes comerciais. Por um lado, não tinham à sua disposição um grande império
colonial (como os portugueses e espanhóis) que pudesse lhes gerar divisas a curto prazo. Por outro, não detinham o
conhecimento técnico observado, por exemplo, na tradicional manufatura de luxo francesa. Desse modo, tiveram que
empreender outras ações econômicas capazes de inseri-los na acirrada competição econômica daqueles tempos.

O chamado mercantilismo comercial foi uma das grandes marcas da economia britânica nessa época. Nesse tipo
de prática econômica, os ingleses empreenderam a construção de uma poderosa frota de navios capaz de navegar por
grandes distâncias e conseguir mercadorias no mundo oriental. Basicamente, os comerciantes britânicos atingiam lucro
comprando mercadorias a um custo muito baixo e revendendo-as a um valor muito maior. Não raro, também acumulavam
pouposos lucros com a realização de fretes marítimos.

Com o passar do tempo, o desenvolvimento da economia comercial inglesa incentivou a criação das chamadas
companhias de comércio, entre as quais podemos destacar: a dos Mercadores Aventureiros, a Companhia das Índias
Orientais, a do Levante e a Companhia da Moscóvia. Além dessas ações oficialmente reconhecidas, a Coroa Inglesa
também acobertava a ação criminosa de piratas que assaltavam várias embarcações espanholas abarrotadas com os
metais preciosos provenientes do continente americano.

Na medida em que fundaram alguns entrepostos comerciais e conquistaram algumas colônias – em regiões como
Bombaim (Índia), nas Antilhas, na Pérsia (atual Irã) e na América do Norte – o mercantilismo inglês ampliou seus ganhos e
fronteiras. Seus afamados artigos têxteis, o alúmen e o papel eram apenas alguns dos produtos britânicos que fizeram
grande sucesso no mercado exterior. Paralelamente, devemos salientar as ações jurídicas que também influíram na
incrível expansão do mercantilismo inglês.

No ano de 1651, Oliver Cromweell instituiu um “ATO DE NAVEGAÇÃO” onde todas as mercadorias europeias só
poderiam chegar ao país em embarcações inglesas ou do seu verdadeiro país de origem. Tal lei acabava incentivando o
comércio marítimo britânico e evitava o possível encarecimento de produtos que fossem intermediados pela ação de
atravessadores. Já em 1660, um novo ato estabeleceu que o capitão e três quartos de todas as embarcações deveriam
ser de origem inglesa.

O triunfo dessas ações econômicas acabou sendo notado pela situação privilegiada que a Inglaterra alcançou já nos
séculos XVII e XVIII. O espírito empreendedor, a participação ativa do Estado e a diversificação das atividades
econômicas são apenas alguns dos fatores que explicam o fato de os ingleses liderarem o panorama econômico mundial a
partir desse período. De fato, a posição de maior economia do mundo só veio a estremecer na primeira metade do século
XX, com a eclosão das guerras mundiais.

Na Inglaterra, o mercantilismo atinge o seu apogeu durante o período chamado de Long Parliament (1640–1660). As
políticas mercantilistas também se aplicaram durante os períodos Tudor e Stuart, especialmente com Robert
Walpole como principal partidário. O controle do governo sobre a economia doméstica era menor que no restante
da Europa, devido à tradição da Common law e o progressivo poder do parlamento.[33]
Os MONOPÓLIOS CONTROLADOS PELO ESTADO estenderam-se, especialmente antes da guerra civil inglesa,
apesar de serem com frequência questionados. Os autores mercantilistas ingleses estavam divididos com a respeito da
necessidade de controlo da economia interior. O mercantilismo inglês adotou a forma de controlo do comércio
internacional. Foi posto em prática um amplo leque de medidas destinadas a favorecer a exportação e penalizar a
importação. Foram instauradas taxas alfandegárias sobre as importações e subvenções à exportação. Foi proibida a
exportação de algumas matérias-primas. As Navigation Acts (Ato de Navegação) proibiam aos comerciantes estrangeiros
fazer comércio no interior da Inglaterra. A Inglaterra aumentou o número de colônias e, uma que vez estavam sob controlo,
eram instauradas regras para autorizar a produzir apenas matérias-primas e a comerciar unicamente com Inglaterra. Isto
conduziu a progressivas tensões com os habitantes dessas colônias e foi uma das principais causas da Guerra de
Independência dos Estados Unidos.
Estas políticas contribuíram em larga medida a tornar a Inglaterra na maior potência comercial do Mundo, e uma potência
econômica internacional. No interior, a transformação de terras não cultivadas em terreno agrícola teve um efeito
duradouro. Os mercantilistas pensavam que para fazer crescer o poderio de uma nação, todas as terras e recursos deviam
ser utilizadas ao máximo, o que levou a se embarcarem em grandes projetos como a drenagem da região
dos fens ("pântanos" da planície de Bedford).[34]

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