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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO - PLANEJAMENTO E GESTÃO DO


TERRITÓRIO

RESUMO PARA PROJETO DE PESQUISA II

Título: Contribuições da agroecologia na agricultura urbana para manutenção de


infraestruturas verdes em áreas periféricas: Estudo de caso em São Mateus, SP.

linha de pesquisa: Dinâmicas Territoriais

Orientadora: Luciana Travassos


Aluno: Fábio De Santis Campos​1

Santo André, 2018.


RESUMO

O planejamento de cidades sustentáveis é um processo complexo que aborda diferentes


áreas fundamentais da economia, sociedade e meio ambiente. Infraestruturas verdes
urbanas é um conceito cada mais inserido no contexto de planejamento de cidades
sustentáveis, que dão suporte para processos ecológicos e físicos relacionados a
manutenção da funções funções abióticas, bióticas e culturais.
A Agricultura Urbana tem sido implementada nessa agenda como uma estratégia para a
produção de cidades verdes e produtivas, integrada as dinâmicas territoriais mas que
não necessariamente possuem um comprometimento frente aos processos ecológicos.
Nas periferias das cidades a disputa por terras, gentrificação, espaços limitados e a
irregularidade dos espaços públicos podem configurar uma agricultura urbana que
potencialize esses riscos.
Nesse contexto pretende-se analisar como as contribuições da agroecologia podem dar
suporte às práticas de agricultura urbana para manutenção de infraestruturas verdes em
espaços periféricos. Como estudo de caso será analisado a Associação de Agricultores
da Zona Leste, localizado em São Mateus, e que tem como princípios a agroecologia.

PROPOSTA DE SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
Justificativa

Capítulo 1: Contextualização Agricultura Urbana. Agroecologia e Infraestruturas


Verdes Urbanas
● Agricultura Urbana e Agroecologia:
○ definições e conceitos

● As Infraestruturas Verde - IVs: conceitos e definições


○ IV em várias escalas
○ ivu na mancha urbana

● Agricultura urbana e Infraestruturas Verdes.

● Aup e IVU no planejamento e gestão de cidades.


Capítulo 2 : A Produção Do Espaço Na Periferia - São Mateus, SP

● formas da produção no espaço na periferia

● cronologia histórica da formação - mapas mostrando a expansão da mancha


urbana

● au e infra verdes urbanas nas periferias: potenciais e conflitos uma análise crítica
● Contribuições da Agroecologia

Capítulo 3: Estudo de Caso: Agricultura em São Mateus, o papel da agroecologia


na Associação de Agricultores da Zona Leste como garantia de Infraestruturas
Verdes em áreas periféricas

● contextualização da agricultura em São Mateus

● Contextualização da AAZL

OBJETIVOS

● objetivo geral

● objetivo específico

METODOLOGIA

● Análise quantidade
● Pesquisas Qualitativas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO, JUSTIFICATIVA E BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL

A agricultura urbana - AU, é um conceito multidimensional que relaciona diversas


práticas agrícolas às dinâmicas territoriais e a gestão urbana e ambiental das cidades. A
AU contribui para a revegetação das paisagens urbanas em múltiplas escalas,
implementando Infraestruturas Verdes Urbanas - IVU que integram estruturas
vegetativas e de produção agrícola, manutenção da biodiversidade e funções
ecossistêmicas em habitats fragmentados (LIN, et al 2017). O conceito de serviços
ecossistêmicos das IVU valoriza as funções ecológicas que beneficiam diretamente a
população humana em termos de saúde física, econômicas e sociais . Esses espaços
cumprem papéis sociais importantes nos ambientes urbanizados em que um crescente
número de estudos demonstram efeitos positivos na saúde devido ao contato com a
natureza, principalmente em áreas com alta biodiversidade (LEDANT C. 2017;
TZOULAS et al, 2007). Também cumprem funções ambientais como: manutenção dos
regimes hidrológicos. sequestro de carbono, ilhas de frescor, absorção e retenção do
escoamento de águas pluviais, rotas e corredores ecológicos para movimento de
espécies, produção de biomassa, entre outros (AHERN, 2007).
Alguns autores enfatizam as potencialidades da Agricultura Urbana como
infraestruturas verdes urbanas (IVU) para o planejamento sustentável de cidades verdes
e produtivas (VEENHUIZEN, 2006; PLUNZ, 2018; COHEN, 2014).
Apesar dos benefícios da AU nas paisagens urbanas, essa atividade pode causar
potenciais impactos negativos: transbordamento em sistemas naturais, ou seja a invasão
de espécies inavsoras, devido uso excessivo de espécies daninhas, transgênicas ou
invasoras; impactos na saúde humana quando não são utilizados sistemas produtivos
orgânicos ou livre de agrotóxicos (geralmente é comum a irregularidade da AU em
diversos países, com muito pouco suporte em assistência técnica agrícola pelos
governos locais); gentrificação de bairros de baixa renda, quando as estratégias para
implementar áreas verdes em bairros periféricos tem o efeito contrário, e aumentam a
injustiça ambiental, elevando os custos de moradia e os valores das propriedades.
Portanto é necessário um olhar crítico e política para a correlação da AU e áreas verdes
principalmente em áreas periféricas (WOLCH et al. 2014 apud LIN, et al 2017). Outras
pesquisas ainda aponta as dificuldades e riscos da AU: informalidade, disputas por
terras e espaços limitados, ausência de organização de agricultores urbanos, técnicas
agrícolas não adequadas ao meio urbano e um déficit de políticas públicas que apoiem
essa atividade (Mougeot 2000, SANTANDREU, 2007, ALMEIDA, 2011; ULRICH S.
2017).
Nesse contexto, relacionar as contribuições da agroecologia para a agricultura
urbana, propõe sistemas alternativos de produção de alimentos que ao mesmo tempo
considere os desafios e problemáticas inerentes dos processos de urbanização, a gestão e
conflitos de terras, arranjos coletivos para provisão de alimentos, educação e
austeridade política (Deh-Tor, 2017). Segundo Dyck et al (2017), a Via Campesina
compreende a Agroecologia “como uma forma de agricultura que é altamente política e
promove a soberania alimentar; ou seja, desenvolvimento de sistemas agrícolas que
desafiam as estruturas de poder procurando colocar o controle de sementes,
biodiversidade, terra e territórios, água, conhecimento, cultura e os bens comuns nas
mãos das pessoas que alimenta o mundo”. Considera também princípios ecológicos para
o design e manutenção de agroecossistemas urbanos, onde os insumos externos são
substituídos gradativamente por processos naturais, que conservam os recursos
naturais, culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamente viáveis,
(ALTIERI et al 2017; BELLENDA et al. 2018).
Os jardins urbanos ou IVUs agroecológicos são beneficiados com o
enriquecimento da biodiversidade urbana, em alguns casos abelhas e outros
polinizadores que podem até achar condições mais favoráveis nas cidades comparado
com áreas rurais ou urbanas agrícolas com base na monocultura e uso de fertilizantes
químicos e agrotóxicos. Esses jardins também contemplam um papel educacional
importante, onde a dialética da agroecologia e a proximidade com escolas pode
promover a participação de crianças nas atividades de jardinagem e cultivo, também
proporcionando a oportunidade para aprender sobre plantas, espécies da fauna e flora,
compostagem, insetos, controle natural de pragas, conhecimento tradicional e gestão de
tecnologias sociais relacionadas. (LEDANT C. 2017; ULRICH S. 2017; BELLENDA et
al. 2018).
Como hipótese desse trabalho, proponho que a agroecologia pode contribuir para
práticas de agriculturas urbanas que potencializam a manutenção de infraestruturas
verdes urbana, influenciando a conectividade das funções abióticas, bióticas e culturais.
Como estudo de caso será analisada, sob o viés agroecológico, a agricultura urbana
praticada em São Mateus, região periférica da na zona leste da cidade de São Paulo.

OBJETIVO GERAL

O objetivo geral da pesquisa é compreender como a agroecologia pode contribuir para a


Agricultura Urbana na manutenção de infraestruturas verdes em São Mateus, região
periférica de São Paulo,

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Identificar as práticas de agricultura urbana na região de São Mateus e


compreender como elas estão relacionadas com o conceito de infraestruturas
verdes urbanas.
● Relacionar os conceitos de agroecologia-agricultura urbana-infraestruturas
verdes.
● Compreender a atuação da Associação de Agricultores da Zona Leste como
prática de agricultura agroecológica em São Mateus

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E FORMA DE ANÁLISE DOS


RESULTADOS

Para compreender a produção do espaço, urbanização e formação de periferias em


São Mateus, vou contextualizar historicamente os processos de urbanização nessa
região, com base na revisão bibliográfica de: Camargo et al.; Meyer, Groster E
Biderman, 2004; Brant, 1989; Villaça, 2001. Também será utilizado softwares e base de
dados de Sistemas de Informação Geográfica para a produção de mapas relacionados a
expansão urbana do município.

Identificar as multifuncionalidades e transescalaridade de infraestruturas verdes


urbanas e como elas estão articuladas no território é a segunda etapa da metodologia.
Será utilizado como referência, a princípio, os conceitos de conectividade e funções
Bióticas, Abióticas e Culturais para correlacionar com a Agricultura Urbana e
Agroecologia (TAPPERT et al, 2017; AHERN, 2007). Será realizado o levantamento da
base de dados espaciais SIG de Áreas Verdes e Parques Municipais, Reservas do Bioma
da Mata Atlântica, Unidades de Conservação, e linhões da ELETROPAULO e SABESP
da base oficial de dados da prefeitura de São Paulo - GeoSampa.

Será realizado uma revisão bibliográfica da Agricultura Urbana associada ao


planejamento de cidades verdes e manutenção de Infraestruturas Verdes Urbanas, bem
como da Agroecologia Urbana e da Ecologia Política associada a temática, para
construir a análise sobre as contribuições da agroecologia para a AU e IVU em áreas
periféricas.

Para compreender funções multifuncionais, multiescalares e transdisciplinares da


relação agroecologia-agricultura urbana-infraestruturas verdes urbanas, será útil
correlacionar dados de métodos quantitativos a resultados pesquisas qualitativas
semi-estruturadas. Proponho pesquisas qualitativas que identifiquem tipologias de
práticas agrícolas em territórios urbanos e percepção de infraestruturas verdes urbanas
(BELLENDA, et al, 2017; GULLINO, et al, 2018; POULSEN, et al 2014).

Como estudo de caso vou analisar como está configurada a prática da agricultura
urbana no distrito de São Mateus, zona leste de São Paulo. É conhecido pelo menos o
uso de dois espaços públicos não edificáveis, que recortam o território de São Mateus, e
podem ser configurados como infraestruturas verdes urbanas: as faixas de linhões da
Eletropaulo e os dutos de abastecimento da SABESP. Também podem ser identificados
atividades de agricultura que atuam de forma independente e organizadas em
associações.

Diferentes atores serão observados nessa pesquisa para contemplar e agricultura


urbana agroecológica e a não agroecológica, a saber: agricultoras e agricultores
organizados em uma associação que tem como princípios as contribuições da
agroecologia - Associação de Agricultores da Zona Leste - AAZL - sediada na sede da
subprefeitura de São Mateus. A Associação de Agricultores da Zona Leste - AAZL
sediada na sede da subprefeitura de São Mateus, é uma associação que tem seus
princípios pautados na sustentabilidade e na agroecologia. Formada por uma
configuração de diferentes atores - cerca de 40 agricultores e agricultoras - que estão
situados em diferentes tipologias de áreas no território urbano, é uma instituição de
apoio mútuo entre os associados que promove a construção do conhecimento da
agroecologia e agricultura orgânica em parceria com outras instituições, como a Casa da
Agricultu​ra Ecológica, da subprefeitura de São Mateus, além de participar feiras
orgânicas no Parque do Carmo e na cidade.

Para comparar as diferentes percepções da agroecologia na agricultura urbana


também será realizado entrevistas com agricultores e agricultoras que não fazem parte
da AAZL e que de preferência atuem independente, para subsistência, troca ou
comercialização de alimentos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Daniela Adil Oliveira. Agricultura urbana e agroecologia na Região


Metropolitana de Belo Horizonte​. In: XII Simpósio Nacional de Geografia
Urbana. Belo Horizonte. Anais. Belo Horizonte: IGC/UFMG/AGB, 2011.

ALTIERI, M. A. et al. Urban Agroecology: Principles and potential. Urban


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BELLENDA B. et al. Agricultura urbana agroecológica: más de una década de trabajo


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BRANT, Vinícius Caldeira. ​São Paulo: ​Trabalhar e Viver. São Paulo: Brasiliense,
1989.

CAMARGO, Cândido Procópio Ferreira de et al. ​São Paulo 1975: ​Crescimento e


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COHEN, N. & Katinka W. ​Urban Agriculture as Green Infrastructure: The case of
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DEH-TOR, C. M. From Agriculture in the City to an Agroecological Urbanism: The


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GULLINO P. et al. Linking Multifunctionality and Sustainability for Valuing


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LEDANT, Caroline. Urban Agroecology in Rome: An horticulturist is resting and


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LIN, Brenda B. et al. Urban Agriculture as a Productive Green Infrastructure for


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POULSEN, M., and M.L. Spiker. 2014. Integrating Urban Farms into the Social
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TAPPERT, S., Klöti, T. and Drilling, M. ‘Contested urban green spaces in the compact
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Tzoulas K, Korpela K, Venn S, et al. Promoting ecosystem and human health in urban
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VILLAÇA, Flavio. ​Espaço Intra-Urbano no Brasil. ​2. ed. São Paulo: Fapesp, 2001.

VEENHUIZEN V, R, ​Cities farming for the future. Urban agriculture for sustainable
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