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GABRIELI DE OLIVEIRA ALVES

A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E DO
LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTA

CidadeAno

Pirassununga 2018
GABRIELI DE OLIVEIRA ALVES

A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E DO
LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTA

Projeto apresentado ao Curso de


Licenciatura em Pedagogia da Instituição
Centro Universitário Anhanguera.

Orientador: Ana Massambani

Pirassununga 2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

2. TÍTULO DO PRIMEIRO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)


ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

3. TÍTULO DO SEGUNDO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)


ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

4. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)


ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30
13

1 INTRODUÇÃO

O presente projeto busca definir a importância da alfabetização aliada ao


letramento no processo de ensino- aprendizagem da criança, com ênfase nos
anos iniciais do ensino fundamental, combinação de ações que deve ser
trabalhada com direcionamento e valorização dos conhecimentos adquiridos
acerca da leitura e da escrita.

Analisa-se que alfabetizar letrando, proporciona aos alunos um


aprendizado contextualizado e muito mais significativo ao aluno, podendo ser
combinado à troca de experiências, interação com o meio, aquisição de variados
conhecimentos e desenvolver conhecimentos já adquiridos.

Buscando definir a dimensão da contribuição desta relação harmônica


entre alfabetizar e letrar, sua contribuição ao desenvolvimento da criança e a
importância do pedagogo como facilitador/mediador no processo de alfabetização.

O projeto aborda o letramento trabalhado junto ao processo de


alfabetização como ferramenta fundamental de aprendizado e desenvolvimento,
enfatizando este processo nos anos iniciais do ensino fundamental, baseando-se
no conceito dos estudiosos como Emília Ferreiro, Magda Soares e Ana
Teberosky.
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1.1 O PROBLEMA

Como a alfabetização trabalhada em consonância ao letramento apresenta


resultados tão significativos para o aprendizado dos alunos dos anos iniciais do
Ensino Fundamental?

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Compreender a importância da alfabetização aliada ao letramento no processo de


ensino- aprendizagem dos alunos nos anos iniciais do ensino fundamental, com
ênfase nas práticas direcionadas ao 1º ano deste ciclo.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

Reconhecer a diferença entre alfabetização e letramento.

Entender como o letramento influencia positivamente o desenvolvimento e


contextualização do mundo para a criança.

Compreender o papel do docente no processo de alfabetização indissociável ao


letramento.
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3 JUSTIFICATIVA

Este tema foi escolhido, devido à necessidade de planejamento e


desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem relacionado a
alfabetização aliada ao letramento, afim de proporcionar aos alunos dos anos
iniciais do ensino fundamental o aprendizado significativo e contextualizado
através da prática, com ênfase no 1º ano deste ciclo.

A importância deste tema está relacionada à necessidade que a criança


possui de interpretar o mundo ao redor, mundo este que está diretamente
relacionado à leitura e a escrita, diante disso, este projeto poderá proporcionar
aos meus colegas docentes e demais interessados, uma visão mais ampla e clara
acerca da importância de alfabetizar letrando.
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas inseparáveis ao contrário:
o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar ler e escrever no contexto das
práticas sociais da leitura e da escrita de modo que individuo se torne ao mesmo
tempo, alfabetizado e letrado. (soares, 1998)
Com intuito de proporcionar aos leitores a diferenciação de alfabetização e
letramento, suas influencias na leitura de mundo por parte das crianças e o papel
do professor neste processo, com embasamento teórico em estudiosas como
Emília Ferreiro (1974, Magda Soares (1998) e Ana Teberosky (1979) entre outros
nomes que poderão ser citados ao longo do projeto devido à abordagem dessas
teorias combinadas à maiores informações acerca do tema.
Buscando abordar a contribuição do letramento, intrinsecamente, ao
processo de alfabetização para a vida do aluno dos anos iniciais do ensino
fundamental, deve-se ao fato de que estes alunos estão descobrindo o mundo da
leitura e da escrita, e necessitam de estímulos e experiências que os aproximem
de sua realidade cotidiana. Este processo de ensino merece maior compreensão
sobre sua importância, evidenciando o alfabetizar e o letrar em sala de aula, bem
como o papel do professor sendo alfabetizador e formador de cidadãos.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente projeto será fundamentado nas teorias de estudiosas como Ana


Teberosky (1979), Emília Ferreiro (1974) e Magda Soares (1998), dentre outras
afim de explanar sobre as características dos processos de alfabetização e
letramento, e a importância desta combinação para o aprendizado dos alunos dos
anos iniciais do ensino fundamental.
Segundo soares (1998), a alfabetização e o letramento devem ser
trabalhados de forma intrínseca independente de suas ações possuírem
diferenças.

Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas inseparáveis ao


contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar ler e
escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita de
modo que individuo se torne ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.
(soares, 1998)

Permitindo ênfase às diferenças entre estas duas ações, Soares (1998)


destaca que independente destas existirem a importância da harmonia entre os
dois processos para propiciar aos alunos a aquisição da escrita e da leitura de
modo contextualizado é evidente, pois a pratica pedagógica pautada em
alfabetizar e letrar os alunos é extremamente significativa, pois permite a eles
compreender a sociedade que eles encontram- se inseridos, tornando estes
indivíduos alfabetizados e letrados.
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Para Barbosa (2013), o aluno deve ser individuo ativo no processo de


aquisição no processo de alfabetização e letramento.

Saber ler e escreve possibilita o sujeito ser construtor do seu próprio


conhecimento, pois sabendo ler, ele se torna capaz de atuar sobre o
acervo de conhecimento acumulado pela humanidade através da
escrita e, desse modo, produzir, ele também, um conhecimento.
(Barbosa, 2013, p.19)

Através desta afirmação de Barbosa (2013), pode-se notar a evidente


importância de aliar a alfabetização ao letramento, através de práticas
pedagógicas que proporcionem o aprendizado dos alunos da atualidade, e
principalmente que atendam a necessidade de leitura de mundo que as crianças
apresentam desde muito cedo.
Para que este processo seja efetivo é necessário que o professor reconheça
a importância da combinação entre estes dois processos no desenvolvimento da
leitura e escrita dos alunos nos anos iniciais do ensino fundamental,
proporcionando condições de formação par que estes alunos estejam preparados
para o mundo. Para kramer (1986), a alfabetização deve ser desenvolvida
enfatizando possibilitar aos alunos adquirir mecanismos básicos para ler e
escrever, quando cita que “o desenvolvimento da comunicação e expressão com
ênfase no processo de produção e utilização de textos” (1986, p.19)
Seguindo esta concepção de kramer (1986), é evidente a necessidade de
proporcionar aos alunos oportunidades de decifrar o mundo ao seu redor e as
diferentes informações que nele estejam contidas, o aluno precisa ser estimulado
a dominar a leitura e a escrita, através da compreensão deste conhecimento, sua
aplicação em seu cotidiano, possibilidades de ampliar estes conhecimentos e
também produzir novos conhecimentos baseados no domínio que possua.
A escola e o processo de alfabetização ganharam evidencia como uma
parceria de resultados a partir de 1990, após a “conferência mundial sobre
educação para todos”, que definiu a dimensão da importância da leitura e da
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escrita como ferramentas de aprendizagem global, devendo serem desenvolvidas


de modo indissociável.
O professor alfabetizador deve reconhecer a importância do letramento no
processo de aquisição de conhecimentos relacionados a leitura e a escrita, bem
como este domínio reflete diretamente na vida social dos alunos, pois através da
alfabetização e do letramento é possível que o professor torne uma experiência
natural e significativa a inserção da criança ao mundo, permitindo a ela
compreender e fazer uso, da leitura e da escrita.
Inteirando, soares (1985, p.21), afirma que o processo de alfabetização
necessita ser:

Suficientemente amplo para incluir a abordagem mecânica do ler/


escrever, o enfoque da língua escrita como meio de expressão/
compreensão, com especificidade e autonomia em relação à língua
oral, e ainda, os determinantes sociais das funções e fins da
aprendizagem da língua escrita. (soares, 1985, p.21 apud kramer
1986, p.17)

A autonomia ganha destaque nesta nova perspectiva de ensino, sendo


evidente sua importância, aliada a combinação da alfabetização e o letramento
como ferramenta significativa para a aquisição da linguagem, tanto escrita como
oral.

A interação é fator determinante deste processo, pois é preciso proporcionar


aos alunos experiências de interação entre eles mesmos, com o meio, com
familiares e com o professor, bem como a diversidade de gêneros textuais que a
sociedade utiliza em seu cotidiano, o professor é facilitador neste processo pois
através de sua didática e preparação professional que os resultados são
construídos em um processo de ensino- aprendizagem.
19

Soares (2001) ressaltar em seus estudos que a alfabetização é um processo


complexo, que uma vez aliado ao letramento potencializa os resultados obtidos
através da oportunidade de contato com diferentes gêneros de leitura e escrita, e
através destas experiências visa atender as necessidades reais que os alunos
possuem em seu cotidiano, em sua casa, no supermercado, enfim, na sociedade
em que ele esteja inserido.

[...] Implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler e


escrever para atingir diferentes objetivos para informar ou informar-
se, para interagir com os outros, para imergir no imaginário, no
estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir, para
divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para catarse,
...habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de
textos, habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que
marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos ao escrever:
atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e
informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma
diferenciada, segundo as circunstâncias, os objetivos, o
interlocutor[...]. (soares, 2001, p.92)

Partindo desse pressuposto, pode-se enfatizar o surgimento de uma nova


perspectiva como um compromisso de todos na tarefa da alfabetização que
envolve todos do círculo de vivência dos alunos, escola, professor, familiares e
amigos, sendo necessário permitir ao aluno que de modo autônomo, ocupe o
papel de individuo ativo nesse processo de construção de conhecimento de leitura
e escrita, como um ser de direitos e deveres na sociedade, possibilitando a ele
uma compreensão de mundo que ultrapasse as paredes da sala de aula.

Portanto, é necessário que os professores reconheçam a necessidade de


alfabetizar em consonância ao letramento, principalmente nos anos iniciais do
ensino fundamental onde a base deste conhecimento relacionado à leitura e à
escrita começa a ser fundamentado, e que o processo de ensino permita ao aluno
20

apropriar-se da linguagem oral e escrita, dentro de uma nova perspectiva de


alfabetização e letramento.

Soares (2003) existem dois objetivos para um processo de alfabetização


que merecem destaque, primeiro que o professor alfabetizador deve dar suporte
ao aluno através do estimulo da compreensão e reflexão sobre diferentes gêneros
textuais e suas características e finalidades, e no segundo objetivo é propiciar
experiências que permitam aos alunos interagir com o sistema de escrita,
apropriar-se dele e ter autonomia de interagir através dele.
Tendo como finalidade, com embasamento teórico, de tornar evidente a
importância da alfabetização aliada ao letramento do processo de ensino-
aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental, este projeto será objeto
de ampliação de conhecimentos acerca do tema escolhido, visando atingir uma
nova perspectiva de alfabetização e letramento, de modo que o aprendizado dos
alunos seja pautado nesta relação intrínseca de ensino.
21

5 METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa será desenvolvida a partir de revisão literária


baseada nos estudiosos do tema escolhido, buscando comprovar teoricamente a
importância da alfabetização aliada ao letramento do processo de ensino-
aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Serão desenvolvidas pesquisas focadas nas teses relevantes construídas
através de estudos ao decorrer dos tempos, com ênfase nas teorias das estudiosas
Emília Ferreiro (1974, Magda Soares (1998) e Ana Teberosky (1979) entre outros
nomes que poderão ser citados ao longo do projeto devido à abordagem dessas
teorias acerca deste tema abordado em consonância aos dias atuais.
A pesquisa será realizada em livros publicados por estudiosos em destaque,
e demais destes que agregaram embasamento teórico à ideias por elas publicadas.
A pesquisa fará uso de descritores como: alfabetização, letramento, aprendizado e
Ensino Fundamental.
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1. O QUE É ALFABETIZAÇÃO; E EM QUE SE REFERE O LETRAMENTO?

Compreender de forma clara e abrangente sobre os processos de


alfabetização e letramento, argumentando em se estar atendo para distinguir melhor
os dois processos, tratando com conceitos e especificidades de cada parte desses
processos educacionais. E embora uma porcentagem dos Educadores infantis,
terem um olhar negativo ao se trabalhar com os dois processos, A revista nova
escola, nos fala que a polemica de se ensinar a ler e a escrever na educação infantil,
se fundamenta em pressupostos diferentes do que alfabetizar. Scarpa (2006) diz
que; “alguns educadores receiam a antecipação de práticas pedagógicas
tradicionais e a perda do lúdico, em razão destes diferentes pressuposto.”

Como se a escrita entrasse por uma porta e as atividades com outras


linguagens, tais como musicas, desenhos, brincadeiras e etc..
saíssem por outra. Por outro lado, há quem valorize a presença da
cultura escrita na educação infantil por entender que para os
processos de Alfabetização é importante a criança ter familiaridade
com o mundo dos textos. (Scarpa, 2006, p.1)

De acordo com este pensamento, deve-se ter um olhar mais analítico e


saber a posição e a importância de cada processo, pois Alfabetização e Letramento
devem ter sua posição na Educação Infantil desde os primeiros anos.

[...] “os pequenos, antes mesmo do ensino fundamental devem ter


acesso tanto a atividades de introdução a sistema alfabético e suas
convenções, a alfabetização, como também praticas sociais de uso
da leitura e da escrita, o letramento”, Magna Soares (2009).

Uma observação interessante apontada pela educadora diz respeito à


possibilidade de uma pessoa ser alfabetizada e não ser letrada e vice-versa. “No
Brasil as pessoas não lêem. São indivíduos que sabem ler e escrever, mas não
praticam essa habilidade e alguns não sabem sequer preencher um requerimento”.
23

E por este motivo entre outros que implicam o fato de se saber trabalhar com o
letramento nas escolas de educação infantil.
Em valores da alfabetização é importante ressaltar que devemos nos
atentar para não reproduzirmos um ensino mecânico e retórico, mas um ensino que
aprofunde os conhecimentos do aluno, como no passado. Na antiguidade não
existiam vários métodos e formas de se alfabetizar uma pessoa. Havia apenas um
modelo padronizado e mecânico de cópia e leitura. Com relação à forma em que as
pessoas eram alfabetizadas nesse tempo Cagliari (1998, p. 15) afirma que, naquela
época, os alunos alfabetizavam-se aprendendo a ler algo já escrito e depois
copiado. Começavam com palavras e depois passavam para textos famosos, que
eram estudados exaustivamente. Finalmente, passavam a escrever seus próprios
textos. O trabalho de leitura e cópia era o segredo da alfabetização. Sabe-se que
esta forma de ver os processos de alfabetização não foi mudada.
O Brasil com o passar dos tempos não alfabetizava muito diferente da forma
adotada na antiguidade, e nos dias de hoje infelizmente ainda acontece de
professores ensinarem de forma padronizada e mecânica, contribuindo para uma
grande defasagem na formação de crianças que saem das séries inicias do ensino
fundamental. Nos relatos de Ramos (1953, p. 102) pode-se confirmar a forma
mecânica em que era e ainda ás vezes é realizado o ensino desse processo de
aquisição da leitura e escrita. Escreveu ele:

Enfim consegui familiarizar-me com as letras quase todas. Aí me


exibiram outras vinte e cinco, diferentes da primeira e com os
mesmos nomes delas. Atordoamento, preguiça, desespero, vontade
de acabar-me. Veio terceiro alfabeto, veio quarto, e a confusão se
estabeleceu um horror de qüiproquós. Quatro sinais com uma só
denominação. Se me habituasse às maiúsculas, deixando as
minúsculas para mais tarde, talvez não me embrutecesse. Jogaram-
me simultaneamente maldades grandes e pequenas, impressas e
manuscritas. Ramos (1953, p. 102)

Nesta citação acima é possível observar a forma em que foi realizada a


alfabetização, de forma erronia e prejudicial, pois todo o processo de ensino se deu
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de uma forma mecânica e tradicional, que persiste em muitos lugares do Brasil. A


mudança deste paradigma é um trabalho bastante árduo.
Observando as leituras sobre o tema, é possível constatar que um conceito
básico para a alfabetização é de que ele é um processo que leva a aprendizagem
inicial da leitura e escrita. Sendo assim, alfabetizada é aquela pessoa que domina
habilidades básicas para fazer uso da leitura e escrita. Mas este processo não se
começa na vida escolar de uma criança e nem deve ser mal preparada ali. Para
Perez, a alfabetização;

É um processo que, ainda que se inicie formalmente na escola,


começa de fato, antes de a criança chegar à escola, através das
diversas leituras que vai fazendo do mundo que a cerca, desde o
momento em que nasce e, apesar de se consolidar nas quatro
primeiras séries, continua pela vida afora. Este processo continua
apesar da escola, fora da escola paralelamente à escola. Perez
(2002, p. 66)

Tendo isto em foco, é importante que professores recém chegados a escola


saibam diferenciar os dois sistemas aqui discutidos e conduzi-los dentro dos
processos de ensino/aprendizagem.
A palavra letramento fez se necessário, segundo Magda Soares (2001), por
causa da impossibilidade de dar um sentido mais amplo à palavra alfabetização.
“Não basta aprender a ler e a escrever. As pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e
a escrever, mas não necessariamente incorporam a pratica da leitura e da escrita.”
Como pensa a autora, o individuo sem letramento se “alfabetiza”, porem não adquire
competências para utilização mais aguda desta ferramenta que lhe foi ensinada.
Com a implantação do Ensino Fundamental dos nove anos, os profissionais
do ensino, muitas vezes se questionam se criança com idade de seis anos já deve
partir por este processo da alfabetização. Estas questões se dão, geralmente pelos
pesquisadores de ensino na infância que se preocupam com o aceleramento da
própria infância. No entanto, é possível perceber que o processo de
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alfabetização/letramento já esta ocorrendo nesta idade na Educação Infantil em


várias escolas.
Iniciar aos seis ou sete anos, não é problema, o fato é saber utilizar as novas
metodologias que estão adequadas ao modo da criança aprender. Os professores
precisam com a experiência profissional e as formações continuadas, proporcionar
um ensino de qualidade na busca de uma alfabetização esperada, desenvolvendo
diferentes metodologias que instiguem a criança a desvelar-se e apropriar-se das
diferentes linguagens.
A alfabetização precisa estar centrada na compreensão e comunicação,
levando em conta o processo, modo de aprendizagem das crianças e de cada
criança, pois como afirma ou seguinte autor;

[...] “a questão fundamental é de aprendizagem a partir das crianças.


Assim a leitura não pode ser ensinada para as crianças. A
responsabilidade do professor não é a de ensinar as crianças a ler,
mas a de tornar a aprendizagem possível.” Demo (2007, p.70):

O letramento, segundo estudiosos no assunto, como Soares (1999) e


Kleimam (2007), principalmente, refere-se à apropriação da leitura e da escrita para
uso social, trazendo conseqüências (políticas, sociais, econômicas, culturais...) para
indivíduos e grupos que se apropriam da escrita, fazendo com que esta se torne
parte de suas vidas como meio de expressão, comunicação e cultura. O sujeito
torna-se usuário da leitura e da escrita na vida social e no mundo que a cerca. Neste
sentido, letrado é alguém que se apropriou o bastante da escrita e da leitura
tornando-se possível usá-las com desenvoltura, com propriedade, para dar conta
das situações sociais e profissionais e para conseguir contextualizar a si mesmo e o
mundo que o envolve.
Se considerarmos a realidade da “nova” sociedade contemporânea fica claro
que apenas dominar mecanicamente a leitura e a escrita não é suficiente, em razão
disso surgem estes movimentos defendendo a necessidade de associar ao processo
da alfabetização, o letramento na perspectiva de fazer deste processo a
aprendizagem de conhecimentos socialmente necessários
26

Assim o letramento é o resultado de uma pesquisa sobre a situação do


analfabetismo, vendo a necessidade de buscar uma aprendizagem mais efetiva,
sólida e necessária aos tempos atuais. Em razão disso, a intenção não era o de
substituir a alfabetização. Segundo Soares apud Carvalho (2005): “no Brasil, os
conceitos de alfabetização e letramento se confundem se sobrepõem
freqüentemente”. Nesta linha de pensamento, verifica-se como e onde se confunde
e se torna prejudicial os métodos, pois os processos de alfabetizar e letrar, são
específicos. Alfabetizar é mais para se ensinar o código alfabético, letrar é inteirar o
aluno com os diversos usos sociais da leitura e da escrita ao seu redor.
O letramento, para Kleimam (2007), tem como o objetivo a reflexão de ensino
e da aprendizagem considerando os aspectos sociais da língua escrita. Assumir o
letramento, segundo a autora, no espaço escolar é adotar o processo de
alfabetização no processo social da escrita, em detrimento a uma concepção
tradicional que considere a aprendizagem de leitura e produção textual, a um
percurso de habilidades de aprendizagens individuais.
A alfabetização, nesta nova perspectiva já não é mais tarefa exclusiva de um
único professor, mas é compromisso de toda a escola e também da própria
sociedade. O desafio atual é de que todos, em parceria, trabalhem em conjunto,
produzindo didáticas de alfabetização que realmente ensinem e não permitam a
criança ou o jovem sair da escola sem este conhecimento tão necessário para sua
integração e interação no mundo comandado pelas linguagens e as variadas formas
de expressão da comunicação social.
27

2. PRECISA-SE ENTENDER MAIS COMO O LETRAMENTO INFLUENCIA NO


DESENVOLVER DA CRIANÇA.

Smed (1999), e também os autores Goldschmied e Jackson(2006) , as


crianças de 0 a 2 anos, desde que nascem vão construindo suas características: sua
maneira de pensar, agir, sentir, sua visão de mundo, etc. Porém, isso tem grandes
influências do meio em que ela está inserida. Sendo assim, toda criança vai se
constituindo com o que vai se identificando dentro de seu meio social. Entendemos
então, que a escola de Educação Infantil é fundamental, pois auxilia a criança na
busca do seu autoconhecimento.
E são essas interações sociais, elaboração de hipóteses, conhecimento e
busca de respostas em situações diversas que devem ser abordadas como uma das
estratégias mais importantes que o professor precisa mediar nos alunos para
estimular de maneira mais enfática e abrangente nos processos de
ensino/aprendizagens nas crianças. Assim, é de responsabilidade do professor criar
juntamente com os alunos situações de conversa, brincadeiras e/ou de
aprendizagens bem elaboradas que garantam a troca entre as crianças nos ganhos
de conhecimento nestes processos.
E no meio deste procedimento de constante construção de conhecimentos
variados e vivência, é que, se dá a aprendizagem.
Para Piaget (apud MACEDO, 1994, p.3), “a aprendizagem refere-se à
aquisição de uma resposta particular, aprendida em função da experiência, obtida de
forma sistemática ou não”. Enquanto que o desenvolvimento seria uma aprender de
fato, sendo assim, o responsável pela formação dos conhecimentos.
Para que estes processos sejam viáveis e consolidados pela criança, é muito
importante atentar-se para que todos os estímulos e recursos no ambiente sejam
utilizados de forma correta e proveitosa. Como compreender no papel de professor,
o como é preciso fazer com que as crianças, através da música, consigam ouvir,
escutar, perceber, descobrir, imitar e criar novos sons, e é pelo professor, que deve
oferecer o contato da criança com os mais variados tipos de músicas e instrumentos
para que o próprio aluno crie e descubra o mundo sonoro e sua própria identidade
dentro dele.
Portanto essas sensações e idéias novas que estes estímulos e ambiente
causa na criança, desenvolve características próprias em cada uma delas, sendo
28

que o professor deve compreender que cada criança tem sua individualidade e
realiza sua arte de acordo com o momento que esta passando, ou transmitindo as
vezes expressões e conhecimentos do mundo que ela trás.
Na trajetória da educação infantil, muitas formas de educar e de organização
do ensino foram colocadas em prática, cada uma dentro de uma época, um contexto
histórico, político, social, e cultural, porém em todos os contextos e aspectos se teve
presente a prática da escrita e da alfabetização como algo de sumo importância.

Kato (1986, p.7) afirma que “... a chamada norma-


padrão, ou língua falada culta é conseqüência do
letramento, motivo por que indiretamente, é função da
escola desenvolver no aluno o domínio da linguagem
falada institucionalmente aceita”. Entretanto, é preciso
deixar se claro que alfabetização e letramento são
conceitos que devem ser interligados, mas que possuem
características próprias.

Letramento é, portanto, o apropriamento da construção do conhecimento


através das práticas sociais da leitura e escrita. E é do caráter do professor de
Educação Infantil das crianças de 0 a 2 anos exercer com seus alunos, fazendo com
que os mesmos entrem em contato com várias tipologias da linguagem oral e
escrita. Podendo destacar: livros infantis, receita culinária, folhear jornais e revistas,
observar gravuras e rótulos, enfim, “’letramento é tudo aquilo que lemos e
escrevemos da nossa realidade”. (SOUZA, 2008, p. 276)
A rotina também é de suma importância e deveria ser feita diariamente, como
mostrar para os alunos através de fotos ou gravuras o que eles farão durante o dia.
Além, dos trabalhos e murais, a sala também deve dispor dos cantinhos lúdicos
como: biblioteca, fantasias, casinha e jogos
Nas palavras de Goldschmied e Jackson (2006, p. 35); “As pinturas podem
ser muito atraentes para as crianças e oferecer muitas oportunidades para conversa.
29

As crianças tendem a ter gostos ecléticos e a ficar curiosas com arte não
representacional.”
Etiquetar tudo que estiver na sala com os nomes de bichos em cartazes ou
objetos que fazem parte do cotidiano no mundo e sociedade, para que os alunos
mesmo não sabendo ler tenham o contato com o mundo letrado, aludindo
inconscientes por vezes, os códigos de letras que formam as palavras, como sendo
o nome das figuras expostas ao seu redor. Tender sempre, em uns anos a frente no
e no desenvolvimento, escrever o nome das obras e autores é fundamental, além de
etiquetar o restante dos cantinhos.
Para Rebellato (2009), quando a criança é inserida nessas atividades
rotineiras, ela acaba percebendo a função real da escrita e da leitura, e como elas
são importantes para a nossa vida. Assim, a criança que cresce em constante
contato com a leitura e a escrita acaba se apropriando da língua escrita de maneira
mais autoral e adquirindo experiências.
E criar um ambiente satisfatório requer tempo e paciência, até que tudo fique
pronto e se crie uma organização cotidiana com rotinas saudáveis e abrangentes.
Tudo o que com o tempo e dedicação do professor em alfabetizar letrando, tornará
as crianças mais autorais e detentoras do mundo social ao seu redor.
30

REFERÊNCIAS
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia. Resolução
CNE/CP 1/2006.

Diário Oficial da União, Brasília, 16 de maio de 2006.


BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Disponível
emhttp://pacto.mec.gov.br/, 2012.

CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. 6.


Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e Letrar: Um Diálogo entre a Teoria e a Prática. 5.


Ed. Rio de Janeiro Vozes, 2008.

CORREA, Djane Antonucci, SALCH, Bailon de Oliveira e et. al. Práticas de


Letramento: Leitura, escrita e discurso. 1. Ed. São Paulo: Parábola editorial, 2007.

FERREIRO, Emília. Com todas as letras. 2. ed. Tradução: Maria Zilda da Cunha
Lopes. Retradução e cotejo: Sandra Trabucco Valenzuela. São Paulo: Cortez, 1993.

FERREIRO, Emília. Reflexões Sobre a Alfabetização. 24. Ed. São Paulo: Cortez,
2001.

FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Tradução:


Diana Myriam Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 1991.

FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Brasil: Secretaria de Educação Básica.


Diretoria de Apoio á Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade
certa: Currículo no ciclo de alfabetização: consolidação e monitoramento do
processo de ensino e de aprendizagem: ano 2: unidade 1/ Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio á Gestão Educacional. Brasília:
MEC, SEB, 2012.

FERREIRO, Emilia & FREIRE, Paulo. In. FEIL, Iselda Sausen. Didática da
alfabetização. Apostila. Ijuí: UNIJUI, 2011. SOARES, Magda. Letramento: Um tema
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PIAGET, Jean. O julgamento moral na criança. Editora Mestre Jou. São Paulo, 1977

RIBEIRO, Vera Mazagão (org.) Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2001.

SOARES, Magna. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica,


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SOARES, Magda. Letramento: Um tema em três gêneros. 2. Ed. Belo Horizonte:


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