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terminais do MOV ultrapassa o valor especificado em projeto terminal dos capacitores durante defeitos no sistema de
(ULIM), sua resistência é drasticamente reduzida, produzindo transmissão. Conforme o Edital ANEEL[1], os MOV devem
um caminho atrativo para as elevadas correntes que circulam suportar o ciclo de sobretensão da Tabela II, sem ter que
pela linha durante a falta e protegendo os capacitores dos seus ingressar nas respectivas regiões de condução das suas curvas
efeitos destrutivos. Na ocorrência de faltas internas, caso os VxI.
limites de corrente ou energia dos MOV definidos durante o
projeto sejam atingidos, o conjunto (BCS + MOV) é curto-
circuitado pela ação do Spark Gap e em seguida, ocorre o
fechamento do disjuntor de by-pass. No sistema sob análise, o
cálculo das energias dos MOV apresenta característica
peculiar, uma vez que devido à configuração do sistema de
transmissão (circuitos paralelos, 50% da compensação série
instalada em cada terminal), a falta interna para um dado BCS
é falta externa para o BCS adjacente. Para o dimensionamento
das energias associados aos MOV, foram realizados estudos
de transitórios eletromagnéticos em ATP, considerando a
aplicação de faltas externas e internas, nas configurações do
sistema elétrico definidas pelo Edital [1], [3].
TABELA I
GRANDEZAS ELÉTRICAS DOS BCS DO LOTE C
Linha Circuito Terminal X() INOM (A) ULIM (pu)
ORX - SIL C1 Oriximiná 31,45 1900 2,28
ORX - SIL C2 Oriximiná 31,45 1900 2,28
ORX - SIL C1 Silves 31,45 1900 2,30
ORX - SIL C2 Silves 31,45 1900 2,30
Fig. 1. Composição dos lotes do sistema de transmissão
SIL – LEC C1 Silves 21,09 1840 2,25
Tucuruí-Macapá-Manaus [1]
SIL – LEC C2 Silves 21,09 1840 2,25
SIL – LEC C1 Lechuga 21,09 1840 2,26
SIL - LEC C2 Lechuga 21,09 1840 2,26
TABELA II
CICLO DE SOBRETENSÃO DOS MOV LOTE C[3]
ORX SLV I SLV II LEC
Especificações
(kV) (kV) (kV) (kV)
Operação Contínua 1,0 pu 59,8 59,8 38,8 38,8
Sobretensão Freq. Fund. 8h
65,7 65,7 42,7 42,7
1,10 pu
Sobretensão Freq. Fund.
80,8 80,7 52,4 52,4
Fig. 2. Princípio de funcionamento da compensação série 30min 1,35 pu
Sobretensão Freq. Fund.
89,6 89,6 58,2 58,2
A. Considerações de Projeto 10min 1,50 pu
Sobretensão por corrente de
113,5 113,5 73,7 73,7
swing 10 seg 1,9 pu
Os valores das grandezas elétricas dos BCS objeto deste
trabalho são indicados na Tabela I [3]. O tipo de proteção Nos estudos realizados durante a elaboração do projeto básico
empregado em um sistema de compensação série é do Lote C, foi analisada eventual influência da compensação
primordialmente definido através da simulação da aplicação e série na manobra de religamento monopolar, concluindo-se
eliminação de faltas em linhas e subestações próximas e não haver restrição à implantação do mesmo.
remotas. A seguir são fornecidos detalhes relativos ao projeto Dois principais tipos de falta devem ser considerados no
dos principais equipamentos que integram os BCS do Lote C, dimensionamento das energias dos MOV, conforme descrito a
com ênfase na definição das características dos MOV. seguir.
Faltas Externas: São aplicadas externamente à parcela da
B. Metal Oxide Varistors (MOV) linha onde se encontram os BCS, delimitada pelos disjuntores
de linha. Os MOV devem ser dimensionados para suportarem
Para proteger os capacitores série contra sobretensões, os sem perda de vida útil a aplicação de tais faltas, pois o by-pass
MOV devem atender aos requisitos dos ciclos de operação dos capacitores série não é permitido nesta situação [1].
contínuo e de sobrecarga pós faltas, além de limitar a tensão
3
Fig. 4. Diagrama Unifilar Simplificado da Rede Completa Representada nas Simulações em ATP
Faltas Internas: São aplicadas no interior da parcela da linha de energia deve ser de 12,2MJ / 100ms, considerando 10% de
onde se encontram instalados os BCS. Neste caso, é permitido margem de segurança de projeto. Caso um destes valores seja
o by-pass do BCS através do Spark Gap [1], que conduzirá atingido, a falta é considerada pelo sistema de proteção como
em cerca de 1ms. Em seguida, se dará o fechamento do interna e os sinais para disparo do Spark Gap em 1ms e
disjuntor de by-pass entre 30 e 40ms, concluindo a operação posterior fechamento do disjuntor de by-pass são produzidos.
de by-pass dos BCS. Para os BCS do terminal Silves, lado Oriximiná, tais valores
Para determinação das energias dos MOV, faltas trifásicas à são de 7,9kA e 13,8MJ / 100ms. Faltas que produzam valores
terra são aplicadas em pontos selecionados, com duração de de corrente e energia inferiores aos aqui apresentados não
100ms. Para garantir que condição mais severa é obtida, o deverão produzir o by-pass dos BCS por serem consideradas
instante de aplicação da falta é variado com incremento de 6 faltas externas.
ao longo de um ciclo da tensão de 500kV. A seguir são
apresentados os resultados das simulações em ATP que Faltas Internas
propiciaram a definição das energias nominais dos MOV do
Lote C. Os locais de aplicação de falta referem-se à Fig. 4. Os resultados das simulações efetuadas indicam que a falta
interna mais severa para os MOV situados nas linhas
C. MOV das Linhas Oriximiná-Silves Oriximiná-Silves quanto ao critério de sobrecorrente é aquela
aplicada nos terminais do capacitor, lado da linha, com a linha
Faltas Externas paralela fora de operação. As Figs. 5 mostram os resultados
das referidas simulações para os BCS de Oriximiná.
Os resultados das simulações efetuadas indicam que a falta
externa mais severa para os MOV situados nas linhas
Oriximiná (ORX) - Silves (SLV) é aquela aplicada no
barramento de Silves 500kV com uma das linhas paralelas
fora de operação (Fig. 4). Os estresses mais severos
decorrentes da aplicação desta falta para os BCS dos terminais
de Silves e Oriximiná são resumidas na Tabela III, já
incluindo-se margens de segurança de projeto de 15% para as
correntes e de 10% para as energias acumuladas.
TABELA III Fig. 5a. Terminal Oriximiná: Tensão no MOV para a falta interna mais severa
MÁXIMAS SOLICITAÇÕES PARA FALTAS EXTERNAS quanto à sobrecorrente no MOV. Eixo vertical em kV
Grandeza Oriximiná Silves I
Tensão no MOV (kVp) 187,0 190,0
Corrente no MOV (kAp) 6,5 6,9
Energia Acumulada (MJ) 11,1 12,5
Fig. 6a. Terminal Oriximiná: Tensão no MOV para a falta interna mais severa
quanto à energia acumulada. Eixo vertical em kV Fig. 7. Característica VxI dos MOV das linhas Oriximiná – Silves, terminal
Oriximiná
Fig. 6b. Terminal Oriximiná: Corrente no MOV para a falta interna mais
severa quanto à energia acumulada. Eixo vertical em kA
Fig. 8. Característica VxI dos MOV das linhas Oriximiná – Silves, terminal
Silves
Housings dos
MOV