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Luanda - “A cidade é um símbolo que deve ter uma relação social e integrada, ou seja é produto do homem, ela

é uma concepção do seu desenvolvimento e organização, constitui o objectivo das primeiras expressões de
planeamento…”.

Fonte: Folha 8

A polis grega, cidade – Estado, seguida pela civitas romana, Town anglo-saxónica e Medina Islâmica, são
exemplos das formas emergentes de planeamento urbano, de expressões de Ordenamento do Espaço não rural
que se desenvolvem com formas e funções, à medida que as necessidades se impõem, a própria cidade se ia
fortificando, por razões de defesa, do mercado, do centro de abastecimento e das trocas comerciais, é da
própria cidade – Templo e ao mesmo tempo artística que (foi) é Luanda, que apraz-nos tecer, se calhar, um
ramalhete de cogitação.

Segundo as nossas pesquisas, a cidade de Luanda, o seu crescimento urbano, ficou patente na análise da
população da Urbe, porque as autoridades forçaram à tomada de medidas urbanisticas. Estas medidas
acompanharam de perto as concepções relativas às relações entre os grupos somáticos que compõem a
população, a par de uma dinâmica decorrente da especulação imobiliária.

Em nosso entender, é imperioso fazer-se apresentação de alguns elementos sobre o histórico da administração
municipal, principalmente no que se refere à construção e à urbanização, pelo que gostaríamos de avivar a
memória de algumas das mentes fertilizantes cá do “sítio” sobre o histórico dos planos urbanísticos gizados para
Luanda, que poderá ajudar a compreender algumas contradições dos nossos dias neste domínio.

Reza a história, que o primeiro plano da cidade foi levado a cabo no longínquo ano de 1942, plano este que
deveu-se ao arquitecto francês de origem russa, Etienne de Groer e a David Moreira da Silva, que nunca
chegou a ser aplicado, porque curiosamente contrariava os interesses privados. Já em 1952, foi concebido um
plano pelo gabinete de Urbanização do Ministério do Ultramar, e que previa uma zona específica para os
africanos, numa zona residencial indígena.

Somente em 1957, uma parte das anteriores tentativas neste domínio, foi levada em conta pelo plano Regulador
da cidade de Luanda, aliás o primeiro plano a ser concebido, sob a responsabilidade da câmara de Luanda, cuja
liderança coube ao arquitecto angolano Vasco Viera da Costa, que em nosso entendimento foi o legitimo
patriarca da Arquitectura angolana, não fosse as marcas do sua obra, cuja visibilidade e imponência, ajudar
nalguns dos valores simbólicos da cidade da Kianda, como é o caso do edifício do Ministério das Obras Publicas
na  Mutamba,  e o nostálgico e emblemático mercado do Kinaxixi, junto largo cujas estatuas simbólicas, foram a
da Maria da Fonte, depois passou a ser os Blindados, marcas indeléveis do nosso processo histórico, depois a
rainha de todas as rainhas, a Ginga M´Bandi, que diga o Drº Mário Clington, um historiador de nomeada da
nossa praça académica, foi amigo pessoal do professor Cheique Anta Diop.  

Segundo o professor Fernando Mourão, na sua obra de Pós docência, “ Continuidades e Descontinuidades de
um Processo Colonial através de um Leitura de Luanda: Uma interpretação do desenho urbano”.Todos os
planos anteriores ao de 1957, foram realizados sem levar em conta as curvas de níveis da cidade, consta que
terá sido no plano Regulador de Vasco V iera da Costa, o primeiro que antes da sua tentativa de execução, fez
um levantamento aerofotogrametrico.
   - Algumas das características, e princípios a seguir na concepção dos Planos Directores?

Os Planos Municipais de Ordenamento do Território, devem ser de natureza regulamentar, de âmbito municipal,
e devem definir o regime de uso do solo, a sua classificação (apresentando-se como rural, ou urbano). A sua
qualificação pode ser (natural, agrícola, industrial…). Quanto ao conteúdo, deverá ser documental, tendo no seu
regulamento, a planta de síntese, e a planta de condicionantes.

Os Planos Directores Municipais (Ordenamento) - estabelecem os modelos de estrutura espacial do território


municipal, a estratégia de desenvolvimento e do Ordenamento (classificação e qualificação do solo)

O Plano de Urbanização (zonamento) - Define a organização espacial de parte determinada do território


municipal integrada no perímetro urbano

O Plano de Pormenor (implantação) – Desenvolve e concretiza as propostas de organização espacial de


qualquer área especifica do território municipal, definindo com detalhe a concepção e a forma de ocupação,
servindo de base aos projectos de execução.

Os momentos da participação publica na elaboração dos planos directores municipais, e os princípios a


adoptar?

Agentes/ Actores:

. As pessoas e/ ou grupos que se consideram afectados pela decisão devem ter oportunidade de participar no
processo de elaboração da decisão

. Para actores cognitivamente não competem, deve ser providenciada, uma oportunidade para participarem,
directamente ou através de actores que representam os seus interesses, com o consentimento dos actores a
representar.

. A definição de actores directamente afectados, não deve basear-se apenas em impactes de saúde, mas sim,
em impactes sócio – económicos. 
               

De forma resumida diríamos, que advogamos as virtudes de razão, segundo a qual, cada Município deve ter o
seu Plano Director, o seu plano de requalificação, o seu plano de desenvolvimento, que deve estar devendo
estar num contexto mais geral do pais, pela estratégia que os órgãos do planeamento e os órgãos políticos
deverão dar aquilo que se pretende, mas o êxito desta empreitada passa pela participação de todas as
sensibilidades, porque o processo de requalificação urbana é pertença de todos nós, deve haver uma nova
relação da população com a cidade, ela deve perceber que ao fim de tantos anos, normalmente de dez, uma
grande parte da população foi quase que esquecida e que se criaram áreas que estavam descontroladas e que,
é altura de se programar o retorno da população da cidade pelo estado, hoje existem recursos técnicos e formas
de se programar o que se pretende para a cidade, este deve ser o conteúdo do projecto territorial que pode ser
abrangente a todo país.

  Cláudio Ramos Fortuna

Urbanista

Clá udio_fortuna24@yahoo.com.br   

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