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CABERINOS || DE DEBATE L | _ HISTORIA DO BRASIL editora brasiliense 1976 INDICE 1. Introdugfo .. 6... eee ceeeteeeeees tee 9 Historia do Brasil: entre a ciéncia eo samba do crioulo doido . .. we 2. Debates........ : 7 1. Historia: a estratégia do esquecimento . 19 Francisco lglésias/A Histéria falsificada . 2 Edgard Caronel/A destruipo dos documentos 24 Hélio Silva/Liberdade para a Historia sees ee 27 José Honério Rodrigues/Estudos Sociais: uma idéia infeliz . UN. Qs dramas do populismo : . Béris Fausto/Populismo: Capitulo encerrado . Fernando Henrique Cardoso/Populismo: uma crise no Estado. 35 IIL, Burguesia industrial e latifindio: contradi¢ao ou divergéncia? . . a Chico de Oliveira/Indiistria e latiféndio: uma paz duradoura? .. 43 Caio Prado Jr./Divergéncias na superticie....-. 222+. +++ . 46 IV. 0 Tenentismo ea classe média...... Nelson Werneck Sodré/O tenentismo acabou . 51 Décio Marques de Saes/Os tenentes divididos . 55 V. Cultura e dependéncia: a questio das “idéias fora do lugar” ........+++ 59 Maria Sylvia de Carvalho Franco/As idéias esto no lugar . . sees a Carlos. Nelson Coutinho/Cultura Brasileira: um intimismo deslocado, 4 sombra do poder? . cess wees ceveeees 65 VIL O sistema escravista . + 68 Antonio Barros Castro/A autonomia do sistema escravista ...... n Fernando Novais/Escravidio: uma facanha do capital mercanti 74 VII. Os operdrios na histéria contempordinea ...... +++ 7 Francisco Weffort/Do anarquismo ao populismo. cesses 79 . Bibliografia... 2... . vee 83 L Geral... ee eeee eee . 7 H. Col6nia .. - 90 ML, Independéncia 91 IV, Repdblica. 92 | Vv, CULTURA E DEPENDENCIA: A QUESTAO DAS “IDEIAS FORA DO LUGAR”. 4. -Até fins do século XVII, 0 Brasil se inseria no mercado capitalista mundial através do regime > colonial. Por imiposieao do "Pacto Colonial”, a exploracao inicialmente era predat6ria, e, no Universo capitalista, cabia & colénia a producdo de matérias primas. Em 1785, Dona Maria |, Rainha de Portugal, promulgava no Brasil um decreto de proibigso de manufaturas, que viseva aparentemente impedir a disseminago da produco capitalista, tentando manter © pais nos quadros da producdo de matérias primas para o mercado metropolitano. Com a vinda de D. Joo Vi, 2 ago da colénia a Reino-Unido ea independéncia polftica, donfigurava-se situagdo j@ existenite de fato: a instalacdo definitiva do Brasil nas fileiras capitelistas, como nacdo | ‘politicamente soberana, poréti ainda depandente economicamente do mercado mundial, enquanto ° iis agrério-exportador. ly. Este traeto hist6rico seria responsivel pela instalagdo entre nés, de um capitalism. particular. Se de infcio 2 exploracdo colonial impunha coldnia uma producéo baseads no braco escravo, & propria conjuntura capitalista mundial acabaria por impor também ao Brasil o seu modo de produc, baseado na exploragdo do trabalho livre. Sé que o trabalho assalariado se instalat coexistindo com as reminiscéncias escravistes da exploracio predat6ria. ‘As idéias que na Europa acompanhavam o desenvolvimento capitalista, e que tinham por funeo conferir estabilidade ideolégica & estrutura econdmica baseada no trabalho assalariado, ‘também entre nés acompanhavam 0 desfraldar do novo modo de produgo, Na metropole, era a Yideologia democrética do tripé Liberdade, Igualdade, Fraternidade, tal como” estabelecido pela - “Revolucao Francesa. No Brasil, contudo, estas idéias esbarravam com a instituicgo da escravidéo, Longe de tentar eliminar a coere30 Imposté”a6 braco africano (pois no tiveramr Signifieago as vozes favordveis 8 Aboliggo no perfodo da Independéncia), 2 particular via liberal brasileira iria adequar as idéias liberais européias 3 nossa estrutura econdmica, amélgama de braco livre e escravo. ‘Assim, colocadas “fora do seu lugar” em relacSo 8 Europa, as idéias liberais se fundiriam com @ autoridede necesséria para a exploragio escrava, num contexto caracter{stica: a “ideologia. do favor”. Esta, desenvolvendo-se apenas entre os homens livres, eliminaria do seu contexto a “Verdadeira base econdmica da naco. No seu ambito se desenrolaria toda atividade cultural, ideoldgica e artistica do perfodo: prova disto 6 que o escravo se tornaria objeto literdrio espectfico ‘no Brasil somente muito apés a Independéncii |. Quando, com a Aboliego, cai o Império e se_instaura.a-Repiblica no pats, a. economia ‘agrdtio-exportadora conserva. como sper estruture 2 “ideologie do favor’. Embora a mBo-de-obra Sele agore essalariada, os idéias.liberais permanecem, “fora do lugar”. A fungao ideolégica do favor, que durahte-o"tmpério afastava a base econdy erada: sua aparéncia

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