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Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH)

Curso de Engenharia Mecânica

TÓPICOS ESPECIAIS – SISTEMAS TÉRMICOS


RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA:
TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM REGIME
TRANSIENTE

Belo Horizonte, novembro de 2017


Danilo Gomes de Souza
Jansen Roque
Leonardo Luiz Negrão de Assis
Natália Mendes Lara
Paulo Rodrigo Araújo
Rodrigo Silva Guimarães
Yuri Cerceau

TÓPICOS ESPECIAIS – SISTEMAS TÉRMICOS


RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA:
TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM REGIME
TRANSIENTE

Trabalho elaborado durante a disciplina de Sistemas


Térmicos como requisito parcial para aprovação.
Professora: Sinthya Gonçalves Tavares

Belo Horizonte, 05 de novembro de 2017


1. INTRODUÇÃO

No regime transiente, a temperatura muda não somente com a posição no interior do corpo.
Ela muda também a energia interna conforme a variação de tempo, podendo ser acumulada ou
descarregada. Quando um determinado sólido sofre uma mudança súbita de temperatura em
seu meio, à medida que o tempo transcorre, a temperatura T1 tende a igualar a temperatura T ∞
do meio ao qual o corpo foi inserido, atingindo uma distribuição estacionária.

As informações acima descritas são a essência do método da capacitância global, que é a


hipótese que indica que a temperatura de determinado sólido é uniforme no espaço, isto é, as
variações de temperatura dentro deste sólido são desprezíveis. Para o calculo de um problema
pelo método da capacitância global, deve-se inicialmente calcular o número de Biot.

h . Lc
𝐵𝑖 =
𝑘

Onde:

h = coeficiente convectivo do fluido


k = condutividade térmica do sólido
Lc= comprimento característico, dado através da divisão volume do sólido V, e a área
superficial As.

Se o valor encontrado para Bi < 0,1 mostra que o método de calculo utilizando a capacitância
global será validado por apresentar pequena margem de erro. Neste caso, pode-se calcular a
temperatura T alcançada em determinado tempo t através da seguinte forma:


θ
θ = = ∑ Cn exp(−ξn2 Fo ) 𝑐𝑜𝑠(−ξn. x ∗ )

θi
n=1

Onde:

x* = x/L, sendo x o ponto onde deseja-se calcular a temperatura e L a metade da espessura da


parede.
Fo = número de Fourier dado através da equação:
α. t
Fo =
L2
Sendo α a difusividade do sólido.
Cn = coeficiente dado através da equação:
4senξn
Cn =
2ξn + sen(2ξn)
Os valore de ξn são raízes positivas da equação transcendental:
ξn tan ξn = Bi
E os valores positivos dessas raízes são descritos na literatura.
Para demonstrar que para valores de Fo>0,2 a solução em série da equação da capacitância
global é infinita podendo ser aproximada pelo primeiro termo a série. Utilizando esta
aproximação, a forma adimensional da distribuição de temperatura é dada por:

θ
θ∗ = θi = C1 exp(−ξ1 2 Fo )𝑐𝑜𝑠(−ξ1 2 . x ∗ ) ou θ∗ = 𝜃0∗ 𝑐𝑜𝑠(−ξ1 2 . x ∗ )

Pode-se deduzir da última equação descrita que ela é a dependência temporal da temperatura
em qualquer posição do interior da parede é igual à dependência da temperatura no plano
central. Os coeficientes C1 e ξ dependem do número de Biot sendo fornecidas em tabelas.

O objetivo deste relatório é analisar experimentalmente a variação da temperatura, com o


tempo, no centro de um produto, e comparar com resultados teóricos.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. MATERIAIS UTILIZADOS

Os materiais utilizados para a prática acima destacada estão descritos a seguir:

 Picnômetros de 25 e 50 ml
 Proveta de 250 ml
 Balança de precisão
 Esferas de vidro
 Água destilada
 Termômetro digital de vareta
 Béquer de 100 ml

A figura 1 destaca parte dos equipamentos utilizados nesse experimento.

Figura 1: Parte dos materiais utilizados na prática


Fonte: UNIBH, 2017

2.2. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

Para determinação da massa específica da Sacarose e das esferas de vidro (líquido e sólido
respectivamente escolhidos para determinação do experimento) foram realizados dois
experimentos, em separado os quais estão descritos a seguir.

2.2.1. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DA SACAROSE

Para uma correta determinação do volume do picnômetro utilizado no experimento, uma


calibração foi anteriormente realizada. Para este experimento foi utilizado um picnômetro de 25
ml. Todos os valores registrados e calculados estão elencados na Tabela 1, abaixo.

O picnômetro foi pesado vazio (Figura 2) e depois cheio de água destilada (Figura 3). Após a
pesagem a temperatura da água foi anotada para determinação de sua massa específica.

Figura 2: Medição da massa do picnômetro vazio

Fonte: UNIBH, 2017

Figura 3: Massa pcinômetro+ água destilada


Fonte: UNIBH, 2017

A massa específica da água é fundamental para o cálculo do volume do picnômetro a partir da


equação a seguir:

Fórmula 1: Equação utilizada para cálculo do volume do picnômetro:

𝒎𝒑𝒊𝒄𝒏ô𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐+á𝒈𝒖𝒂 − 𝒎𝒑𝒊𝒄𝒏ô𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒗𝒂𝒛𝒊𝒐


𝑽𝒑𝒊𝒄𝒏ô𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 =
𝝆á𝒈𝒖𝒂

O valor do cálculo acima será usado para determinar a massa específica da sacarose através
da equação abaixo identificada:

Fórmula 2: Equação para determinação da massa específica do líquido


𝒎𝒑𝒊𝒄𝒏ô𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐+𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 − 𝒎𝒑𝒊𝒄𝒏ô𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒗𝒂𝒛𝒊𝒐
𝝆𝒍í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 =
𝑽𝒑𝒊𝒄𝒏ô𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐

Para a realização do cálculo acima, era necessário o levantamento de mais alguns dados; o
picnômetro de 25 ml agora foi preenchido totalmente com a sacarose (a tampa do material
serviu de referência para verificar se o recipiente estava totalmente cheio e esse foi limpo,
externamente afim de que não provocasse variações no peso da massa picnômetro+ líquido) e
pesado afim de determinar a massa da sacarose.

Figura 4: Massa picnômetro + sacarose


Fonte: UNIBH, 2017

Abaixo a tabela com os dados levantados e calculados durante o experimento:

Tabela 1: Dados levantados e calculados durante o experimento

PARÂMETROS DADOS

Massa picnômetro de 25 ml vazio 21,862 gramas

Massa picnômetro + água


46,884 gramas
destilada

Massa picnômetro + sacarose 49,545 gramas

Temperatura da água 29,1°

Massa específica da água


0,9959 g/ml*
(tabelada)

Volume do picnômetro 25,125 ml

Massa específica da sacarose 1,102 g/ml


* Fonte: edisciplinas.usp.br

2.2.2. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DAS ESFERAS DE VIDRO

Para determinação da massa específica das esferas de vidro, os passos a seguir são muito
próximos dos destacados acima com algumas alterações por se tratar de sólidos. O picnômetro
utilizado nesse experimento foi o de 50 ml. Esse picnômetro foi pesado vazio e depois pesado
cheio de água destilada. A temperatura foi registrada para determinação da massa específica
através da tabela de propriedades físicas da água.

Figura 5: Massa pcinômetro+ água destilada

Fonte: UNIBH, 2017

Figura 6: Registro de temperatura da água destilada

Fonte: UNIBH, 2017

O volume do picnômetro foi calculado através da equação identificada na fórmula 1 acima.

O próximo passo foi a determinação da massa específica das esferas de vidro; para isso as
esferas foram pesadas com o auxílio de um béquer. Para a determinação da massa das
esferas foi descontado a massa do béquer que fora pesado anteriormente vazio.
Para determinação do volume das esferas que foram pesadas, estas foram transferidas para o
picnômetro de 50 ml e este material foi preenchido com água completamente, até a altura
anteriormente atingida quando o picnômetro foi preenchido com água destilada. Esta ação
permite a identificação do volume das esferas através do volume da água deslocada, princípio
que tem como base o teorema de Arquimedes (282 - 212 AC).

Assim, o volume das esferas foi calculado com a fórmula 3:

Fórmula 3: Cálculo do volume das esferas/água deslocada


𝒎á𝒈𝒖𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒂
𝑽á𝒈𝒖𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒂 = 𝑽𝒆𝒔𝒇𝒆𝒓𝒂𝒔 =
𝝆á𝒈𝒖𝒂

Onde:

𝒎á𝒈𝒖𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒍𝒐𝒄𝒂𝒅𝒂 = 𝒎𝒆𝒔𝒇𝒆𝒓𝒂𝒔 + 𝒎𝒑𝒊𝒄𝒏ô𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐+á𝒈𝒖𝒂 − 𝒎𝒑𝒊𝒄𝒏ô𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐+á𝒈𝒖𝒂+𝒆𝒔𝒇𝒆𝒓𝒂𝒔

Com a massa e o volume das esferas calculados, é possível a determinação da massa


específica das esferas:

Fórmula 4: Equação para determinação da massa específica das esferas

𝒎𝒆𝒔𝒇𝒆𝒓𝒂𝒔
𝝆𝒆𝒔𝒇𝒆𝒓𝒂𝒔 =
𝑽𝒆𝒔𝒇𝒆𝒓𝒂𝒔

Como realizado no subitem anterior, os valores obtidos através da observação e dos cálculos
estão determinados na tabela 2 a seguir.

PARÂMETROS DADOS

Massa picnômetro de 50 ml vazio 32,283 g

Massa picnômetro + água destilada 94,336 g

Massa picnômetro + água destilada + esferas 96,793 g

Massa das esferas 3,552 g

Massa de água deslocada 1,096 g

Temperatura da água 28,9º

Massa específica da água (tabelada) 0,9959 g/ml*

Volume do picnômetro 62,308 ml

Volume da água deslocada água deslocada


1,100 ml
(volume das esferas)
Massa específica das esferas de vidro 3,229 g/ml

* Fonte: edisciplinas.usp.br

Os cálculos dos resultados apresentados, referentes a massa específica da sacarose e das


esferas de vidro, estão descritos no anexo único deste relatório.

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Após a finalização do experimento, foi realizada uma pesquisa em bibliografias com o intuito de
comparar os valores de densidade obtidos no ensaio com os valores de densidade
documentados. A tabela a seguir mostra o resultado da comparação.

Tabela 3: Dados levantados e calculados durante o experimento

Item Densidade (Experimento) Densidade (Bibliográfica)

Sacarose 1,102 g/ml 1,160

Esferas de vidro 3,229 g/ml 0,125 – 4,3 g/ml*

Fonte: automotive business; educa.fcc

* Os valores de densidade das esferas de vidro variam de acordo com o material e método de
fabricação empregada.

Conforme pode ser observado, os experimentos para medição da densidade da sacarose e das
esferas de vidro divergiram dos valores documentados. Um dos fatores que influenciaram essa
diferença foi a temperatura ambiente, onde as referências bibliográficas apontam valores de
densidade medidos a 20°c e a temperatura média no meio do ensaio foi de 29°c. Para a
sacarose, pode ter sido o único fator a influenciar a divergência do resultado obtido comparado
ao documentado.

Já para as esferas de vidro, deve ser salientado que não há informações suficientes para
determinar qual o valor da densidade a ser considerado para comparação, visto que esse valor
pode ser de 0,15g/ml para esferas de vidro ocas ate 4,3 quando consideradas esferas de
sulfato de bário.

http://www.automotivebusiness.com.br/Marcelo%20Tambascia%20-%203M.pdf

http://educa.fc.up.pt/ficheiros/fichas/653/densidade%20relativa.pdf

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